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GEOLOGIA E 
GEOMORFOLOGIA NA GESTÃO 
AMBIENTAL 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Luciane Marcolin 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula serão abordados alguns problemas ambientais, relacionados 
aos solos, mau uso e conservação, refletindo tanto a ação natural quanto e 
principalmente a antrópica. 
 Para compreender alguns processos de degradação que ocorrem nas 
paisagens, deve-se relacionar pedologia com os aspectos geológicos e 
geomorfológicos, pois o solo e suas propriedades vão refletir o ambiente. Para 
tanto, serão abordados processos de degradação ambiental que estão 
intrínsecos a esses elementos. 
 Em um primeiro momento a aula apontará a importância geomorfológica 
na análise ambiental, que está relacionada aos solos em que impactos 
ocorrerão. Após essa abordagem, serão apontados alguns dos principais 
problemas ambientais, como as erosões e movimentos de massa em áreas 
íngremes. 
 O solo é um recurso natural essencial para a sobrevivência, portanto é 
indispensável a preocupação em conservá-lo e cuidá-lo. Em razão das grandes 
extensões e do aumento de problemas com o solo, 2015 foi declarado pela ONU 
o Ano Internacional dos Solos, em que se reforçou a necessidade de 
compreender quais são os problemas e suas formas de prevenção e ajustes. 
TEMA 1 – A GEOMORFOLOGIA E A PEDOLOGIA NA ANÁLISE AMBIENTAL 
De acordo com Ross (2010), a geomorfologia em estudos ambientais 
serve de base para compreender quais os possíveis impactos que podem 
ocorrer. Compreender suas formas e disponibilidades na paisagem, como 
declividades, é essencial em um planejamento ambiental. 
 Ross (2010) diz que uma obra deve levar em consideração os riscos que 
a natureza pode promover e também os riscos que a natureza também pode 
oferecer em decorrência das obras realizadas no ambiente. 
Para compreender esses processos que interferem na modelagem 
terrestre e causam degradação, deve-se relembrar a aula 1, em que foram 
apontadas as teorias geomorfológicas de formação do modelado: forças 
endógenas e exógenas, relacionadas à Teoria Evolutiva de Penck (1953), bem 
como as teorias que envolvem os processos de morfoestrutura e morfoescultura. 
 
 
3 
 O relevo está em uma unidade morfoestrutural que sustenta 
morfoesculturas que dependem de variáveis como clima, atuando sobre um 
material de origem (Ross, 2010). 
 O resultado dessas alterações na paisagem são as formas de relevo, seu 
modelado, sua declividade, índice de dissecação, cobertura vegetal e fragilidade 
das classes de solos. 
 Lepsch (2011, p. 410) aponta que, quando o solo está desprotegido, sem 
cobertura vegetal, estará mais suscetível a problemas ambientais, como as 
erosões, que são um dos mais graves e recorrentes desses problemas. A 
intensidade desses processos depende do tipo de solo, clima, relevo e atividades 
humanas. 
 Segundo Lepsch (2011), o uso sustentável dos recursos naturais deve ser 
cada vez mais considerado, principalmente o solo, em razão de, a cada ano, seu 
uso ser mais intensificado, relacionado ao alto crescimento populacional, 
necessitando cada vez mais de espaço, uso do solo para agricultura, para 
produzir alimentos, realização de obras. 
TEMA 2 – MOVIMENTOS DE MASSA 
Considerando o relevo, declividade e tipo de solo, podem ocorrer 
processos de movimentos de massa e destacam-se os deslizamentos nas 
encostas. Deslizamentos são fenômenos naturais contínuos que modelam a 
superfície terrestre (Fernandes; Amaral, 2010, p. 127). 
 O Brasil em seu clima tropical e apresentando maciços montanhosos está 
naturalmente sujeito a ocorrências de movimentos de massa em encostas, 
porém ocorrem incidentes ocasionados por ações antrópicas. Sendo naturais ou 
provocados, esses movimentos de massa são classificados segundo critérios 
elaborados por Sharpe (1938), sendo associado ao tipo de material, mecanismo 
de ruptura, velocidade do movimento, condições de poro pressão e 
características do solo (Fernandes; Amaral, 2010, p. 127). 
 No Brasil existem os trabalhos de Freire (1965), Guidicini e Nieble (1984) 
e IPT (1991), que permeiam as classes dos movimentos de massa. 
 
 
 
4 
2.1 Corridas (flows); Quedas de blocos; Escorregamentos (slides) 
Segundo Fernandes e Amaral (2010, p. 130), na geomorfologia, corridas 
(ou fluxos) são movimentos rápidos nos quais os materiais se comportam como 
fluidos muitos viscosos. As corridas simples estão ligadas à concentração de 
fluxos de águas superficiais em pontos da encosta. 
Fernandes e Amaral (2010, p. 147) apontam, segundo classificação de 
Guidicini e Nieble (1984), que quedas de blocos são caracterizadas por rápidos 
movimentos, e que caem por ação de gravidade, sem necessariamente a 
existência de uma superfície de deslizamento. 
Classificados de acordo com Sharpe (1938), Varnes (1958 e 1978) e 
WP/WLI (1994), “escorregamentos são movimentos rápidos de curta duração 
que apresentam plano de ruptura bem definido em que se observa o material 
deslizado e o não movimentado” (Fernandes; Amaral, 2010, p. 127). 
Com relação ao material movimentado, este pode ser formado por rocha, 
solo, mistura de solo e rocha e lixo doméstico. 
TEMA 3 – EROSÃO DOS SOLOS: LIXIVIAÇÃO E ACIDIFICAÇÃO 
 A lixiviação e a acidificação estão intimamente ligadas à atividade 
agrícola. Os vegetais no solo absorvem água e elementos nutritivos que 
posteriormente retornam ao solo por decomposição. Esses elementos serão 
absorvidos pelos coloides do solo (argila e húmus) e então absorvidos 
novamente. Se esses nutrientes não se reciclam no ambiente, a acidez no solo 
aumenta. Alguns solos apresentam mais reservas minerais e outros não, 
variando na produção vegetal (Lepsch, 2011, p. 411). 
 Acidificação são perdas de cátions básicos (cálcio, magnésio), ocorrendo 
mais em solos de clima tropical devido a chuvas mais acentuadas, que 
ocasionam a lixiviação. Quando ocorrem muito intensamente, esses coloides 
são trocados por hidrogênio, tornando o solo cada vez mais ácido, e esse 
hidrogênio é trocado por alumínio, sendo um elemento nocivo às plantas. As 
chuvas ácidas também são exemplos de acidificação que ocorrem próximo a 
centros urbanos devido à poluição (Lepsch, 2011, p. 412). 
 
 
 
5 
TEMA 4 – EROSÃO DOS SOLOS: SALINIZAÇÃO, DESERTIFICAÇÃO, 
POLUIÇÃO 
Salinização corresponde, segundo Lepsch (2011, p. 414), ao acúmulo de 
sais no solo próximo à superfície, sendo considerado o oposto da lixiviação. É 
recorrente em climas árido e semiárido, em que a água evapora mais que infiltra 
no solo, onde então os cátions básicos excedem a capacidade de troca dos 
solos, fazendo com que esses cátions se precipitem sobre o corpo do solo, 
interferindo no desenvolvimento das plantas. 
 A desertificação é a degradação em um nível muito alto no solo, ocorrendo 
em áreas áridas e semiáridas, ocasionadas por ação antrópica ou causas 
naturais. Quando mal utilizados, esses solos acabam por promover maiores 
erosões e perdas, aumentando a área de desertificação, reduzindo a 
biodiversidade e a capacidade de uso de solos para áreas agrícolas (Lepsch, 
2011). 
A poluição do solo é causada por elementos não naturais que acabam 
interferindo no ar e na água, causando por vezes impactos biológicos por toxinas. 
Exemplos são os adubos e defensivos agrícolas, que, se adicionados 
demasiadamente no solo, acabam sendo lixiviados e contaminam ambientes, 
movendo-se como poluentes nas águas que cortam o interior dos solos e 
escorrer em enxurradas ou são volatizados para a atmosfera (Lepsch, 2011, p. 
416). 
TEMA 5 – EROSÃO DOS SOLOS: EROSÃO HÍDRICA 
De acordo com Pruski (2009), erosões no Brasil, desconsiderando a 
intervenção humana, ocorrem de ordem eólica (vento) e hídrica (água), sendo 
mais expressiva a hídrica, portanto, a retratada aqui. 
 Brevemente a erosão eólica corresponde ao transporte de partículas de 
solo por ação do vento, ocorrendo principalmente em áreas mais planas ede 
baixa precipitação, ausência ou pouca vegetação, tornando o solo desprotegido. 
Solos propensos a erosão eólica apresentam baixa coesão entre suas partículas, 
pouca umidade e alta propensão a desagregação (Pruski, 2009). 
 No Brasil a erosão hídrica é mais recorrente e, segundo relatório do Cemig 
(2001), a erosão hídrica se desenvolve em quatro estágios: formação de canal 
(concentração de escoamento); incremento rápido em profundidade e largura 
 
 
6 
(cabeceira se move a montante); declínio do aumento com início do crescimento 
vegetal natural desenvolvido segurando o solo. 
 Ainda quanto à erosão hídrica, é classificada, segundo Cemig (2001 s/p), 
em superficial e subterrânea, ocorrendo de três principais formas: erosão laminar 
ou em lençol; ravinamentos; sulcos e voçorocas. 
 Erosão laminar é o desgaste uniforme e suave em que as partículas de 
argila e matéria orgânica são as primeiras porções do solo a serem levadas pela 
água (Cemig, 2001). Ocorrem em área em que há ausência de vegetação e em 
áreas de pouca inclinação de relevo. Se não controladas, evoluem para sulcos 
(Lepsch, 2011, p. 420). 
 Sulcos são irregularidades na superfície do solo que ocorrem por 
concentração de águas em enxurradas, criando ligações a outros sulcos e 
ramificando erosões (Lepsch, 2011). 
 Voçorocas são o estágio final das erosões e o avanço acelerado, 
passando gradualmente da ravina até o nível freático. Nas voçorocas os 
processos que ocorrem são o escoamento pluvial; erosão interna do solo, 
solapamento e escorregamento dos solos e escoamento pluvial (Cemig, 2001; 
Lepsch, 2011). 
NA PRÁTICA 
 Considerando a temática sobre os principais problemas relacionados ao 
solo por uso/ocupação e até mesmo naturalmente, pesquise alguma região, local 
com algum problema erosivo e discorra sobre por que estaria ocorrendo naquele 
local, evidenciando o tipo de solo, declividade do terreno, aspectos climáticos 
(precipitação, umidade). 
FINALIZANDO 
 Nesta aula foram abordados temas referentes a problemas ambientais 
relacionados aos solos. Foram pautadas algumas práticas, principalmente 
antrópicas, que alteram a estrutura natural dos solos e facilitam problemas 
erosivos, que causam danos ao meio ambiente e ao homem. 
 Alguns processos ocorrem naturalmente, porém podem ser acelerados 
com a interferência humana sobre eles, como os movimentos de massa, 
desertificação, erosão hídrica. 
 
 
7 
 Os problemas que mais ocorrem no Brasil são as erosões causadas pela 
água das chuvas em áreas agrícolas, devido ao grande número de terras 
disponíveis para o plantio e a despreocupação por parte do homem em cuidar 
do solo. 
 Contudo, em resumo, foram abordados nas aulas conteúdos referentes a 
geologia e geomorfologia como base para compreender a disposição e dinâmica 
do solo, visando a relacionar melhor as práticas conservacionistas aliadas à 
ocupação de áreas naturais pelo homem. 
 
 
 
 
 
8 
REFERÊNCIAS 
CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais. Erosão e formas de 
controle. Belo Horizonte, 2001. 
FERNANDES, N. F.; AMARAL, C. P. Movimentos de massa: uma abordagem 
geológica-geomorfológica. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia 
e Meio Ambiente. 9. ed. Bertrand Brasil, 2010. 
FREIRE, E. S. M. Movimentos coletivos de solos e rochas e sua moderna 
sistemática. Construção, Rio de Janeiro, 8, 10-18, p. 1965. 
GUIDICINI, G.; NIEBLE, C. M. Estabilidade de Taludes Naturais e de 
Escavação. 2. ed. Edgard Bl, Cher, 1984. 
IPT. Ocupação de encostas. Publicação IPT n. 1831, 216, p. 1991. 
LEPSCH, I. F. 19 Lições de Pedologia. São Paulo: Oficina de textos, 2011. 
PRUSKI, F. F. Prejuízos decorrentes da erosão hídrica e tolerância de perdas de 
solo. In: PRUSKI, F. F. Conservação de solo e água: práticas mecânicas para 
o controle da erosão hídrica. Viçosa MG: Editora UFV, 2009. 
ROSS, J. L. S. Geomorfologia Aplicada aos Eias-Rimas. In: CUNHA, S. B. 
Geomorfologia e Meio Ambiente. 9. ed. Bertrand Brasil, 2010. 
SHARPE, C. F. S. LandslineandrelatedPhenomena. New Jersey: Pageant, 
1938. 
VARNES, D. J. LandslinesTypesand Processes. HighwayResearchBoard, 
Special Report, v. 29, 20-47, p. 1958. 
VARNES, D. J. SlopeMovementandTypesand Processes. In: SCHUSTER, R. L. 
e KRIZEK, R. J. Landslines: Analysisandcontrol. 
TransportationResearchBoardSpecialReport 176. NationalAcademyofSciences, 
Washington DC, 11-33, p. 1978. 
WP/WLI-UNESCO. WorkingPartyon World LandslideInventory. The 
MultilingualLandslideGlossary. BitechPublishers, Richmond, British Columbia, 
Canadá, 1994.

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