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SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3 INFORMÁTICA ............................................................................................................ 4 ESTATÍSTICA ............................................................................................................. 27 CONTABILIDADE ...................................................................................................... 33 RACIOCÍNIO LÓGICO ............................................................................................. 54 DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL ................................................................ 61 DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................................... 81 LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................. 89 DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 94 LEGISLAÇÃO ESPECIAL ......................................................................................... 106 ARQUIVOLOGIA ...................................................................................................... 138 INTRODUÇÃO O Resumão Estratégico PF Plano Federal é um material elaborado para te fazer acertar o maior número de questões possíveis, abordando apenas os tópicos mais relevantes de cada disciplina, que deverão fazer parte do conhecimento do aluno para a prova. O objetivo não é abordar todos os tópicos do edital, mas apenas os tópicos mais relevantes para o objeto da PF. É um material feito para que bata os tópicos de forma rápida, e consiga lê-lo várias vezes antes da sua prova, facilitando assim sua memorização. Utilize-o sem moderação, e vamos rumo à aprovação. INFORMÁTICA INTERNET É um sistema global de redes de computadores interligadas que usam um conjunto próprio de protocolos com o propósito de servir progressivamente usuários no mundo. INTRANET É uma rede LOCAL, acesso RESTRITO, apenas entre os colaboradores da empresa, cadastrados em um servidor de rede. As intranets utilizam tecnologias da Internet para viabilizar a comunicação entre os empregados de uma empresa. EXTRANET Acesso à intranet através da internet, com a devida autenticação: usuário e senha. MALWARE São programas especificamente desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas em um computador. VÍRUS É um programa ou parte de um código malicioso capaz de se autorreplicar que se infiltra no seu dispositivo sem o seu conhecimento ou permissão. Ele depende de execução do programa ou arquivo hospedeiro. WORM Programa capaz de se propagar automaticamente, enviando cópias de si mesmo de um computador para outro. Ele se propaga pela execução direta de suas cópias ou pela exploração automática de vulnerabilidade (NÃO precisa de um hospedeiro). PHISHING É o crime de enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais como senhas e número de cartões de crédito, utilizando-se de meios técnicos e engenharia social. RANSOMWARE SEQUESTRA os arquivos e programas de um computador, geralmente através da CRIPTOGRAFIA, liberando-os mediante pagamento/recompensa. BACKDOOR É um programa que permite o RETORNO de um invasor a um computador. Assim ele busca assegurar um acesso remoto futuro. TROJAN Instala componentes que não conhecemos, sem a permissão do usuário, mesmo que seja prejudicial. Obs: Para o Cespe, trojan é um tipo de vírus. BOT Possibilita o controle remotamente (o computador infectado vira um “zumbi”). Sua propagação é automática (semelhante ao worm). Obs: Botnet são redes de bots. SPYWARE É um programa que monitora as atividades de um sistema e envia as informações coletadas para terceiros. Obs:Pode ser usado para o bem ou para o mal. ROOTKIT É um conjunto de programas e técnicas que permite assegurar e esconder a presença do invasor ou de outro código malicioso em um computador comprometido. É utilizado para manter um acesso. SNIFFER Monitora o trafego na rede. Pode ser utilizado por um administrador de rede para resolver alguns problemas, obter uma estatística de tráfego, saber quais sites estão sendo acessados, os tipos de protocolos usados, etc.Mas também pode ser usado para capturar senhas, entre outras coisas. ANTIVÍRUS Antivírus é um programa de proteção que tem a função de neutralizar os programas maliciosos (malwares), como vírus, Trojan Horse etc. Ou seja, apesar do nome, ele não serve apenas contra vírus! Obs: Alguns possuem a função de antispyware. ANTI-SPYWARE Anti-spyware é um software de segurança que tem o objetivo de detectar e remover spywares, como keyloggers, adwares, etc. FIREWALL É um ponto entre duas ou mais redes, que pode ser um componente ou conjunto de componentes, por onde passa o tráfego, permitindo que a autenticação, o controle e os registros de todo o tráfego sejam realizados. Tudo depende da sua configuração. O Firewall é capaz de bloquear todo e qualquer acesso que possa prejudicar a rede ou o computador. Responsável por verificar tentativas de acesso no fluxo de dados de uma rede e as bloqueia ou as permite a depender das configurações, regras ou diretrizes do firewall. PROXY Servidor que atua como intermediario entre um cliente e outro servidor. Normalmente e utilizado em empresas para aumentar o desempenho de acesso a determina dos serviços ou permitir que mais de uma maquina se conecte a Internet. Quando mal configurado (proxy aberto) pode ser abusado por atacantes e utilizado para tornar anonimas algumas açõoes na Internet, como atacar outras redes ou enviar spam. VPN Termo usado para se referir a construção de uma rede privada utilizando redes públicas (por exemplo, a Internet) como infraestrutura. Esses sistemas utilizam criptografia e outros mecanismos de segurança para garantir que somente usuários autorizados possam ter acesso a rede privada e que nenhum dado será interceptado enquanto estiver passando pela rede pública. IDS Programa, ou um conjunto de programas, cuja função e detectar atividades maliciosas ou anormal as. É um sistema passivo. IPS É um sistema reativo que busca impedir acessos não autorizados através da análise de tráfego da rede. SISTEMAS OPERACIONAIS O Linux é um sistema case sensitive (consegue diferenciar letras maiúsculas de letras minúsculas em nomes de arquivos e pastas). Usando esse sistema podemos ter, por exemplo, as pastas Jair, JAIR, jair, jAir... No Windows isso não seria possível. OpenBox, FluxBox, XFCE, Gnome e KDE são nomes de gerenciadores de janelas que são utilizados no sistema Linux. O Gerenciador de janelas é o responsável por criar um ambiente gráfico dentro do Linux. O Sistema Operacional pode ser definido como sendo um conjunto de programas. Nele estão contidos aplicativos, utilitários e um software especial denominado Kernel. O KERNEL é o mais importante software, pois ele é nada menos do que o núcleo do sistema operacional. Cabe a ele a responsabilidade pelo gerenciamento do Hardware e dos outros softwares do computador Os nomes dos arquivos (nomes.extensão) NÃO PODEM TER MAIS do que 260 caracteres e os seguintes caracteres NÃO PODEM SER USADOS NO NOME E NEM NA EXTENSÃO: “: < > / \ | ?*”. “?” e “*” são caracteres coringa. A criptografia de unidade bitlocker e é um recurso presente no Windows que permite criptografar uma unidade de disco. Usando o sistema BitLocker, não é possível criptografar arquivos individualmente, sendo possível somente a criptografia de uma unidade inteira. Lembra-se que só pode ser criptografada a unidade que contém o Windows instalado. A restauraçãodo sistema retorna o computador a uma etapa anterior chamada de ponto de restauração, sem que documentos sejam excluídos, e as alterações são reversíveis. O Windows criará pontos de restauração sempre que julgar necessário. Cortana é o nome da assistente digital da Microsoft, e ela é nativa do Windows 10. Esse recurso (Cortana) pode ser ativado através de um botão circular, presente na barra de tarefas do Windows. Permite que o usuário faça pesquisas, saiba informações sobre o clima, crie lembretes, abra aplicativos, etc. Além da Cortana, da Microsoft, temos a Siri da Apple, a Alexa da Amazon, etc. O Windows 10 possui um recurso chamado Taskview (visão de tarefas). Esse recurso mostra uma miniatura de todas as janelas abertas e ainda permite que o usuário crie áreas de trabalho virtuais com o intuito de melhor organizar essas janelas e o trabalho cotidiano. Esse recurso pode ser ativado através do botão presente na barra de tarefas. REDES DE COMPUTADORES Rede: conexão de DOIS ou MAIS computadores para permitir o compartilhamento de recursos e a troca de informações entre as máquinas LAN (Local Area Network): é uma rede de uma casa, escritório.. – área de até 10Km WLAN (Wireless LAN): é uma LAN sem fio, por sinais de rádio (WiFi); CAN (Campus Area Network): interconecta computadores (e/ou outros dipositivos) de vários edifícios; MAN (Metropolitan Area Network): é uma rede grande o bastante para não ser uma rede meramente local; WAN (Wide Area Network): qualquer rede que exceda o tamanho de uma MAN – EX:cidades, país MODO DE TRANSIMISSÃO Simplex ✓ O enlace é utilizado apenas em um dos dois possíveis sentidos de transmissão. ✓ Exemplo: TV, Rádio AM/FM Half-Duplex ✓ O enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de transmissão, porém apenas um por vez. ✓ Exemplo: Walk Talk. Full-Duplex ✓ O enlace é utilizado nos dois sentidos de transmissão simultaneamente. ✓ Ex.: Celular DIREÇÕES DAS TRANSIMISSÕES Unicast: unicamente para um destino é enviada a mensagem. Multicast: um grupo de destino é enviada a mensagem. Broadcast: todos os destinos são enviados a mensagem TOPOLOGIA DE REDE A) ESTRELA Fácil acrescentar novos PC’s. A falha de um PC não afeta os demais. CENTRALIZADA. – tudo passa pelo nó principal, não havendo trafego direto entre os dispositivos. Tudo fica dependente do ponto central, caso ele falhe, todo rede também falhará. Custo de instalação maior pois recebe mais cabos. B) ANEL A mensagem de um atravessa todo o anel ( conexão ponto-a- ponto). Transmissão simples. Requer menos cabos (BAIXO CUSTO) Desempenho uniforme Todo a rede cai, caso um pare de funcionar, difícil identificar o ponto onde ocorreu a falha. C) BARRA LINEAR Simples e fácil de instalar e aumentar. (BAIXO CUSTO) A rede funciona por difusão (broadcast). Rede mais lenta em períodos de uso intenso Colisão de dados (literalmente de eletricidade) Os problemas são difíceis de isolar. D) MALHA (FULL MESHED) A falha em um nó não prejudica os demais. Topologia livre de colisões. comunicação com os outros nós. O acrescimo de nós não prejudica o desempenho da rede. Custo alto EQUIPAMENTOS DE REDE MODEM É um equipamento que modula um sinal digital numa onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefônica e que de modula o sinal analógico e reconverte-o para o formato digital original... ROTEADORES Conectam redes diferentes e escolher a melhor rota que a informação chegue ao destino; SWITCH Segmentam uma mesma rede. ACESS POINT Aumenta o sinal de Wi-Fi. WPA2 (Wireless Protected Access) utiliza protocolo AES (Advanced Encryption Standard), proporciona alto grau de segurança e ainda torna redes Wi-Fi bem mais confiáveis. Chaves de 128 a 256 bits. MODELO OSI O modelo OSI (Open Systems Interconnection) é um modelo de referência da ISO, cujo objetivo é facilitar o processo de interconectividade entre máquinas de diferentes fabricantes. Ele é composto por 7 camadas. 01 ) FÍSICA – É responsável por transmitir bits no meio físico. Protocolos: USB, DSL, etc. 02) ENLACE - Recebe a transmissão bruta de bits, sendo responsável por controlar o fluxo de dados (endereçamento físico), transforma a camada física, de um meio de transmissão bruto, em um link confiável,fazendo que a camada física tenha a aparência de ser livre de erros para a camada superior (camada de rede) e ainda garante que os dados sejam recebidos corretamente. ✓ Protocolos: Ethernet, Token Ring, Bluetooth, Wi-Fi, etc. 03) REDE – Resposável pelo controle de trafego. A camada de rede garante que cada pacote seja transmitido de seu ponto de origem até́ seu destino. ✓ Protocolos: IP, ICMP, ARP, RARP, NAT, etc. 04) TRANSPORTE – Responsável por segmentar / fragmentar os dados para que eles cheguem ao destino livre de erros (transmissão confiável de dados).Comunicação fim-a-fim, ligando origem e destino. ✓ Protocolos: TCP, UDP, etc. 5) SESSÃO – Controla a transmissão de dados entre duas aplicações, permitindo que iniciem mantenham e terminem sessões de comunicação, tratando erros e registros. ✓ Protocolos: NETBios. 6) APRESENTAÇÃO – São realizadas transformações adequadas aos dados: criptografia, compressão de textos, conversão de padrões de terminais e arquivos para padrão de rede e vice-versa. ✓ Protocolos: SSL, TLS, etc. 7) APLICAÇÃO - Prover serviços de rede às aplicações. ✓ Protocolos: HTTP, SMTP, FTP, POP3, IMAP, DNS, etc. OBS: As camadas 1, 2 e 3 são de suporte à REDE e as camadas 5, 6 e 7 são as camadas de suporte ao USUÁRIO, implementadas via software. ARQUITETURA TCP/IP Conjunto de protocolos e camadas para conectar várias redes diferentes de maneira uniforme – é o conjunto padrão de protocolos da Internet. O modelo TCP/IP é dividido em 4 camadas: 1) ACESSO À REDE - Junta as funções das camadas Física e de Enlace do modelo OSI 2) REDE (INTERNET) - O mesmo que à camada de Rede do modelo OSI 3) TRANSPORTE – O mesmo que à camada de Transporte do modelo OSI. 4) APLICAÇÃO - Agrupa as funções das camadas de Aplicação, Apresentação e Sessão do modelo OSI. PROTOCOLO IP O protocolo IP, que está na camada de REDE, é responsável por atribuir um endereço único para cada dispositivo da rede (endereço IP) e pelo roteamento (caminho que uma mensagem segue desde a origem até o destino). Pontos que você deve se lembrar na hora da prova: O IP oferece serviço de entrega de melhor esforço Não existe garantia de entrega dos dados Os protocolos IP não são orientados a conexão Os datagramas podem ser fragmentados Os fragmentos são reconstruídos no destino final e não pelos roteadores Não faz controle de congestionamento ou fluXo TCP O protocolo TCP, que está na camada de TRANSPORTE, é responsável por fornecer uma comunicação confiável entre dois dispositivos conectados em uma rede para que seja possível o envio e o recebimento de dados. Também permite uma conxão ponto-a-ponto. UDP Protocolo da camada de TRANSPORTE. Mais rápido que o TCP, pois não é orientado a conexão. Não faz controle do fluxo de erros e nem congestionamento, logo não é confiável. TEORIA DA INFORMAÇÃO DADOS É um REGISTRO de alguma entidade. Dados são fatos que podem ser analisados e que possuem um significado implícito. Estruturados: Formato PADRONIZADO (rigidez) para cada atributo. São mantidos em banco de dados. São aqueles quem possuem a mesma estrutura de representação rígida e previamente projetada, Semiestruturados: não existe esquema padrão predefinido, sendo definido a posteriori, após a existência dos dados. Apresentam uma organização bastante heterogênea, NÃO estruturados: não possuem estruturadefinida. É a grande maioria dos dados encontrados. INFORMAÇÕES É o resultado do tratamento dos dados de forma a terem significado. Não há conclusão, mas organização que permite a análise. Conhecimento Inclui a reflexão, síntese e contexto acerca da informação. É a análise da informação, sua relevância e importância, de forma a assessorar a tomada de decisões. Conhecimento Tácito: armazenado nas pessoas; Conhecimento EXplícito: encontrado na forma de texto. Inteligência É o conhecimento contextualmente relevante que pode permitir atuar com vantagem no ambiente considerado. É o conhecimento sintetizado e aplicado a determinada situação. BANCO DE DADOS (BD) É um CONJUNTO de dados integrados (RELACIONADOS) Requisitos para um BD (CIDA) Consistência – uma transação só pode sair de uma forma consistente para outra consistente; Isolamento – garantia que na execução de uma transação, outra não realize uma interferência; Durabilidade – garantia que uma transação feita não será perdida (não pode desfazer); Atomicidade – “tudo ou nada”, a transação ocorre ou não ocorre, não há meio termo. SGBD É um conjunto de programas que permite armazenar, modificar e extrair informações de um banco de dados. EXs: Oracle, SQL Server, entre outros. O SGBD lida com dados e com metadados. Deve permitir uma série de operações básicas em um banco de dados, como a inserção, modificação, exclusão, pesquisa e ordenação de registros no BD (banco de dados) Sistema de Banco de Dados: O sistema de banco de dados é : SBD = SGBD + BD NÍVEL DE ABSTRAÇÃO DE DADOS Nível de Visões do Usuário (Externo / View): É como os dados são vistos pelos usuários. Nível Lógico (Conceitual): Faz a interface entre os dados físicos e as visões dos usuários. É um nível entre o externo e o interno. Nível Físico (Interno): Nível mais baixo de abstração. Descreve COMO os dados estão realmente armazenados, englobando estruturas complexas de baixo nível que são descritas em detalhe. é o mais próximo do meio de armazenamento físico MODELAGEM DE DADOS MODELO CONCEITUAL - O mais ABSTRATO, de modo que independe do SGBD. Aqui vamos definir os atributos, as entidades etc. São só DIAGRAMAS. MODELO LÓGICO - Uso de ferramentas Case para transformar os diagramas em tabelas. Etapa está parcialmente vinculada do SGBD. MODELO FÍSICO - Já se trabalha com um SGBD específico. Define os nomes das colunas, os tipos de dados. MODELAGEM ENTIDADE- RELACIONAMENTO (MER) ENTIDADES: Algo significativo, sobre o qual devemos possuir informações. EXemplos: Venda, Turma, Função, entre outros Entidade Fraca: está vinculada à existência de outra entidade (dependência). Entidade Forte: sua existência independe de outras entidades TABELA: Armazena todos os dados necessários sobre algo do mundo real. Um BD relacional pode ter uma ou mais tabelas. No MER as tabelas são chamadas de relações. ATRIBUTO/ CAMPO: unidade que armazena um tipo específico de dado (ou não armazena nada). É uma COLUNA da tabela. Atributo multivalorado: pode possuir mais de um valor. ✓ Atributo composto: pode ser subdividido em outros atributos. Chave Primária (PK): coluna (atributo) que identifica um registro de forma EXCLUSIVA na tabela (relação), ou seja, depende de quem usará a informação. A chave primária pode ser também um conjunto de Chave CANDIDATA / Alternativa: é uma coluna que poderia ser PK dentro de uma MESMA tabela Chave Estrangeira (FK): chave primária de uma outra relação RELACIONAMENTOS: uma vez que as entidades são identificadas, deve-se então definir como se dá o relacionamento entre elas. São sempre VERBOS. o Relacionamento PODE ter atributo; o Relacionamento pode ser simultâneo (“ida e volta”) ou não- simultâneo (só um caminho) o Independentes: NÃO HÁ necessidade de avaliação simultânea de outro relacionamento (ex: um contribuinte pode pagar sobre o lucro IRPJ e CSLL) o Contingentes / Paralelos : impõe o estabelecimento SIMULTÂNEO DE ASSOCIAÇÕES. Mais de um relacionamento deve ocorrer em um mesmo instante. o Mutuamente exclusivos: a existência de um relacionamento EXCLUI a existência do outro (ex: ou contribuinte tem CPF ou tem CNPJ) A CARDINALIDADE dos relacionamentos pode ser: 1:1 EX: 1 pessoa – só pode ter – 1 matricula 1:N EX: 1 professor – responsável por – N disciplinas sendo que 1 disciplina – só pode ter - 1 professor M:N EX: 1 quadro - pode ser pintado - vários artistas, sendo que 1 artista - pode pintar - vários títulos BIG DATA É a análise e a interpretação de grandes volumes de dados de grande variedade. Para isso são necessárias soluções específicas para Big Data que permitam a profissionais de TI trabalhar com informações não-estruturadas a uma grande velocidade. Possui dados ESTRUTURADOS e NÃO ESTRUTURADOS; Objetivo subsidiar a tomada de decisões; Principais características: QUANTIDADE e VELOCIDADE Big Data Analytics: é o trabalho analítico e inteligente de grandes volumes de dados, estruturados ou não, coletados, armazenados e interpretados por softwares de altíssimo desempenho. Algumas fontes: BI Arquivos de log Conteúdo de mídias sociais VOLUME – Quando de dados processados, grande capacidade. VARIEDADE – Relacionado com a diferença de arquivo dos dados. VERACIDADE – Confiabilidade dos dados VALOR – Trazer benefício a quem opera esses dados VELOCIDADE – Rapidez no tratamento dos dados. Mapreduce: Usa várias máquinas para fazer o trabalh mais rápido. Hadoop: modelo (framework) livre (gratuito) para armazenamento e processamento em larga escala de grandes conjuntos de dados, utilizando clusters de hardware, reduzindo o custo. DATA WAREHOUSE Coleção de dados de várias fontes com extensões diferentes, internas ou externas, armazenadas sob um esquema unificado, em um único local, que propõe sustentar a tomada de decisão. CARACTERÍSTICAS: orientado por assunto, não volátil, integrada, granularidade de dados e variante no tempo. DATA MART Nada mais é que um SUBCONJUNTO de dados de um DW, com informações de interesse particular para um determinado setor. MODELAGEM DIMENSIONAL Esquema Estrela (star schema): há uma Tabela de Fatos, que é o elemento central, e várias Tabelas de Dimensões, sempre interligadas à Tabela de Fatos por um identificador. Esquema Floco de Neve (snowflake): uma ou mais pontas da estrela têm conectadas a si novas tabelas de dimensões. DATA MINING É o processo de encontrar anomalias, padrões e correlações em grandes conjuntos de dados para prever resultados, para que possa subsidiar a TOMADA DE DECISÃO. BI – BUSINESS INTELLIGENCE BI: PROCESSO de tomada de decisões, onde a tomada de decisão é feita por informações relevantes. COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD COMPUTING) Computação em nuvem é o fornecimento de serviços de TI por meio da internet. Trata-se da disponibilidade sob demanda de recursos do sistema de computador, especialmente armazenamento de dados e/ou capacidade de computação. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAS Autoatendimento sob demanda - O provedor de serviços identifica as necessidades do usuário e reconfigura todo o hardware e software de forma transparente. Amplo acesso a serviços de rede - O acesso a serviços é por meio de mecanismos padronizados. Pool de recursos - Os recursos computacionais são agrupados para servir a vários usuários simultaneamente. Os recursos físicos e virtuais são alocados e desalocados de acordo com a demanda dos usuários. Elasticidade rápida- É a rápida capacidade de um sistema de se adaptar a uma variação na carga de trabalho quase instantaneamente. Serviços mensuráveis - Os recursos são monitorados e controlados de forma transparente tanto para o provedor de serviço quanto para o usuário. Assim, ambos podemsaber a quantidade exata de recursos utilizados. MODELOS DE SERVIÇOS Paas - Oferece um ambiente com recursos para odesenvolvimento, execução e teste de softwares. Windowns azure Iaas - Oferece infraestrutura FÍSICA (hardware) para o processamento e armazenamento de dados. Saas - Oferece um software para o usuário final. Assim não é necessário que ele instale nada em sua máquina, bastando acesso à internet. VANTAGEM Otimização no uso dos recursos, pois o cliente contrata o que precisa e pode ajustar a demanda atual e futura. Redução dos custos de pessoal – dispensa equipe de TI para gerenciar a infraestrutura. Aumento da segurança e disponibilidade. DESVANTAGEM Segurança da Informação – é preciso verificar se a empresa que oferece o serviço possui e cumpre uma política de segurança. Indisponibilidade temporária e não continuidade – o que pode acontecer com os seus dados se a empresa não tiver condições de continuar oferecendo o serviço. Baixo desempenho do serviço contratado. TIPOS DE NUVEM PRIVADA - De propriedade de um ÚNICO cliente. Acesso exclusivo, o que evita compartilhamento não autorizado PÚBLICA - Infraestrutura compartilhada, ABERTA ao público (ex: Google Drive) HÍBRIDA - É uma combinação de nuvem pública e privada COMUNITÁRIA - Restrita para diversos grupos com interesses em comum. TEORIA GERAL DOS SISTEMAS Sistema: é um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado é maior do que a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada. Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema maior. Cada subsistema pode ser detalhado em seus subsistemas componentes, e assim por diante Os sistemas abertos são caracterizados por um processo infinito de intercâmbio com o seu ambiente para trocar energia e informação Cada sistema tem um objetivo ou finalidade que constitui seu papel no intercâmbio com outros sistemas dentro do meio ambiente. ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA COMPOSTO Organização deve ser estudada em termos da interação dinâmica entre as partes que a compõem, pois o comportamento das partes é diferente quando tratadas separadamente ou consideradas no todo. ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA ABERTO Organizações são sistemas abertos que interagem com o meio externo em que estão inseridas PRINCÍPIOS DO TGS EXPANSIONISMO - Todo fenômeno é parte de um fenômeno maior TELEOLOGIA - Causa é uma condição necessária, mas nem sempre suficiente para que suja o efeito PENSAMENTO SINTÉTICO - Um fenômeno é explicado em função do papel que desempenha em um fenômeno maior. CONCEITOS IMPORTANTES Entropia: desgaste, desordem, desintegração. É uma característica própria de todo sistema, e o papel do gestor é tentar contornar esse processo. Sintropia, negentropia ou entropia negativa: para que o sistema continue existindo, tem que desenvolver forças contrárias à Entropia. Homeostase: é a capacidade do sistema de se autorregular, muitas vezes através de fluXos de feedback negativos. Por exemplo: nosso corpo mantém a temperatura constante através de mecanismos de autorregulação (suor e queima de calorias). Heterostase: toda vez que há uma ação imprópria (desgaste) do sistema, ele tende a se equilibrar. É a habilidade de manter o meio interno num equilíbrio praticamente constante, independente de ocorrer mudanças externas. Feedback / Realimentação: a informação sobre a própria organização que mostra a inadequação de seu sistema interno ao ambiente. Quando essa informação retorna à organização, ela possibilita que os processos internos sejam modificados e melhorados. Trata-se de uma informação retornando para o mesmo processo e não processo seguinte. É um processo cíclico. FASES E ETAPAS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO 1) LEVANTAMENTO DE REQUISITOS; 2) ANÁLISE DE REQUISITOS; 3) PROJETO; 4) IMPLATAÇÃO; 5) TESTES; 6) ENTREGA DA IMPLANTAÇÃO 7) OPERAÇÃO; 2 1 MANUTENÇÃO; compreensão dos problemas e estabelecimento dos objetivos e restrições do sistema. Estuda-se as possíveis soluções para o problema enfrentado. Especificação dos requisitos. Detalha-se as necessidades dos usuários, as atividades, os recursos e os produtos necessários. Descreve “o que” o sistema deve fazer. Funcionária internamente para obter os resultados desejados. Divide-se em projeto da interface com usuário, projeto dos dados e projeto dos processos. A etapa de implementação envolve: aquisição de hardware, software e serviços; programação; treinamento do usuário final; teste de programas, procedimentos e hardware; documentação do sistema; conversão do antigo sistema para o novo. PROGRAMAÇÃO Python é uma linguagem de programação com as seguintes características: Alto nível Interpretada Multiparadigma Case-sensitive É bastante utilizada para desenvolvimento web, criação de fluxos de trabalho, conexão com bancos de dados, resolução de problemas matemáticos, prototipação de software, entre outros. Ela é distribuída sob uma licença própria (compatível com a GPL), que permite a distribuição – comercial ou não – tanto da linguagem quanto de aplicações desenvolvidas nela, em formato binário ou código fonte, bastando cumprir a exigência de manter o aviso de copyright. O comando while utilizado em algoritmos implementa laços com teste antecipado de condições, testando a condição e, sendo ela verdadeira, executando o bloco de comandos. A linguagem python permite utilizar ponto-e-vírgula (;) para delimitar comandos, mas de forma opcional – assim como em outras linguagens como JavaScript e Typescript. Uma função é um bloco de código que é executado apenas quando é invocado. São três passos: 1) uma função é invocada; 2) é passado algum dado como parâmetro ou não; 3) e algum dado é retornado como resultado. No Python, uma função é definida utilizando a palavra-chave def. Sempre que você ver essa palavra em um código-fonte, saiba que ela está definindo uma função. Na estrutura de repetição while, a iteração (loop) era realizada baseado em uma expressão lógica, que poderia ser verdadeira ou falsa. A estrutura de repetição for funciona de maneira um pouco diferente – a iteração é realizada baseado em uma coleção (ou objeto iterável). Logo, a iteração é realizada sobre itens de listas, tuplas, sets, dicionários ou – até mesmo – strings. A linguagem python permite que programas sejam compilados para um formato portável chamado de bytecode. Essa característica faz com que programas escritos nessa linguagem com uma biblioteca padrão sejam executadas da mesma forma em diversos sistemas operacionais que possuam um software interpretador de Python. Ela possui uma interface com muitas bibliotecas e sistemas de janela, sendo extensível em C/C++. Além disso, pode ser utilizada como linguagem de extensão para aplicações que necessitam de uma interface programável (muito comum em aplicativos, jogos, processamento de textos, dados científicos e motores de busca). Python possui funcionalidades para expressões regulares; sockets; threads; data/tempo; analisadores XML; analisadores de arquivos de configuração; manipulação de arquivos e diretórios; persistência de dados; unidades de testes; bibliotecas clientes para os protocolos HTTP, FTP, IMAP, SMTP e NNTP. A linguagem Python suporta o paradigma orientado a objetos com todos os seus componentes, tais como herança (simples ou múltipla), polimorfismo, sobrescrita, encapsulamento, abstração, reflexão, introspecção... Não é necessário entender o que isso significa exatamente, apenas saber que ele suporta e que tudo em Python é um objeto. LINGUAGEM R É tanto uma linguagem de programação quanto um ambiente de software para análise estatística, representaçãográfica e relatórios. Quanto a ser uma linguagem, R também é uma linguagem de programação: De alto nível; É uma linguagem possui a sintaxe que se aproxima da linguagem humana Interpretada; Suas instruções são lidas e executadas por um interpretador Imperativa; É uma linguagem orientada a ações, onde a computação é vista como uma sequência de instruções que manipulam valores de variáveis; Orientada a objetos; Funcional; É um paradigma de programação que trata a computação como uma avaliação de funções matemáticas e evita estados ou dados mutáveis; De tipagem dinâmica e forte. A linguagem R é também software livre e é distribuída através da licença GNU GPL. O que torna a linguagem R também gratuita, reutilizável e distribuível até mesmo para software comercial. Então, conceitualmente, Python e R são bem semelhantes. ESTATÍSTICA MEDIDAS DE POSIÇÃO 1) Média aritmética; É a divisão do somatório dos números dados pela quantidade de números somados. Ex: média dos números 10, 2, 5, 6 ,2. Ma = (10+2+5+6+2) / 5 Ma= 5 2) Mediana; Indica o valor médio em um conjunto de números ordenados. Ela indica qual é o valor que está exatamente no meio de um conjunto de dados, quando eles estão ordenados Calculando: a) Ordene os elementos b) Se o n de elementos for ímpar, Md = Valor central. Ex: 10, 2, 5, 6 ,2. 1 passo – 2, 2, 5, 6, 10 Md = 5 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/o-resto-divisao.htm c) Se o n de elementos for par, Med = (Valor central crescente + Valor central decrescente) /2 Ex: 10,2,5,3,6,2 1 passo – 2,2,3,5,6,10 Md = (3+5)/2 = 4 3) Moda; É o valor mais se repete (número que aparece com mais frequência). Obs: A moda não é afetada por valores extremos da distribuição. Ex: 2,2,2,4,3,5,6,7 Mo = 2 4) Simetria Simetria = Média, Mediana e Moda Simétrica Média = Mediana = Moda Assimétrica positiva (à direita) Média > Mediana > Moda Assimétrica negativa (à esquerda) Média < Mediana < Moda 5) Esperança Este número também é denominado valor médio ou expectância de X. Observamos que o valor esperado E(X)E(X) só está definido se a série acima for absolutamente convergente, ou seja, se E(X)=∑i=1∞|xi|P(X=xi) < ∞. MEDIDAS DE DISPERSÃO 1) a) Variância (populacional) b) Variância (amostral) 2) Desvio Padrão É a raiz quadrada da variância 3) Coeficiente de variação É dado em porcentagem, por isso x 100. GEOMETRICA 𝑷(𝒙) = 𝒑(𝒇) × 𝒑(𝒇) … × 𝒑(𝒔) Média = (1 / 𝒑(𝒔) ) Variância = (𝟏 − 𝒑(𝒔))/(𝒑(𝒔)𝟐 ) HIPERGEOMETRICA 𝑷(𝒙 = 𝒌) = (𝑪𝑫,𝒌 × 𝑪(𝒏−𝑫),(𝒏−𝒌)) / (𝑪𝑵,𝒏) Média = 𝒏𝒑 BERNOULLI 𝑷(𝒙 = 𝒌) = 𝒑𝒌 ∙ (𝟏 − 𝒑)𝟏−𝒌 Média = 𝒑 Variância = 𝒑 ∙ (𝟏 − 𝒑) BINOMIAL 𝑷(𝒙 = 𝑺) = 𝑪𝒏,𝑺 ∙ 𝒑𝑺 ∙ (𝟏 − 𝒑)𝒏−𝑺 MÉDIA = 𝒏𝒑 Variância = 𝒏𝒑 ∙ (𝟏 − 𝒑) POISSON 𝑷(𝒙) = λx ∙ e − λ x! Média = 𝝀 Variância = 𝝀 INTERVALO DE CONFIANÇA É um intervalo estimado de um parâmetro de interesse de uma população. Em vez de estimar o parâmetro por um único valor, é dado um intervalo de estimativas prováveis. INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA Quando queremos estimar a média de uma população através de uma amostra temos dois casos distintos a considerar: quando a variância da população é conhecida e quando ela é desconhecida. Caso 01 – variÂncia conhecida: Caso 02 – Variância desconhecida: N > 30 INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A PROPORÇÃO TESTE DE HIPÓTESES O teste de Hipótese é utilizado para a tomada de decisões. Devemos verificar as duas possibilidades possíveis que fará com que se aceite ou rejeite uma alegação sobre determinada população. http://www.portalaction.com.br/content/4-vari%C3%A2ncia-de-vari%C3%A1veis-aleat%C3%B3rias Para que seja testado um parâmetro populacional, possuimos uma hipótese que seja verdadeira e uma outra que seja falsa. Essas duas hipóteses são chamadas de hipótese alternativa e hipótese nula. TESTE DE HIPÓTESE PARA A PROPORÇÃO Onde: p0 =proporção da amostra; p = proporção da população. TESTE DE HIPÓTESE PARA A MÉDIA 1) Se conhecer o Desvio Padrão: 2) Se não conhecer o Desvio Padrão e N >= 30; 3) Se não conhecer o Desvio Padrão e N < 30; REGRESSÃO LINEAR A regressão linear serve para avaliar os efeitos que outras variáveis causam sobre uma variável analisada. A relação parte de uma variável de interesse (dependente) com outras que a possam influenciar. Por exemplo: analisar a venda de um produto relacionada ao crescimento populacional de um país. A regressão linear é simples quando são analisadas apenas duas variáveis, normalmente X e Y, sendo que uma é dependente (Y) e será a função de outra que se comporta independente (X). A regressão linear simples é analisada através da fórmula: Y= α + βX Em que: "α" é o coeficiente linear e "β" é o coeficiente angular ou de regressão. Nos casos em que existem mais do que duas variáveis, passa a se chamar regressão linear múltipla. CONTABILIDADE A Contabilidade é uma cência social, controle de patrimônio e resultado, produção de informação destinada ao usuário. Objeto: Patrimônio das entidades. Objetivo: Controlar o patrimônio. Finalidade: Fornecer informações contábeis aos usuários externos. Campo de Aplicação: Aziendas (entidades econômico- administrativas), com ou sem fins lucrativos. OBS: É possível que a Cespe considere objetivo e finalidade com a mesma definição. A Contabilidade tem duas funções: Função Administrativa: controle do patrimônio Função Econômica: apuração do resultado líquido. Quais as receitas e despesas da entidade, e quanto ela perdeu ou ganhou. 2 -TÉCNICAS CONTÁBEIS Procedimentos utilizados para registrar ou levantar os fatos contábeis. Escrituração: registrar os fatos contábeis; Demonstrações Contábeis: evidenciar os fatos contábeis escriturados; Análise das Demonstrações Contábeis: extrair informações sobre a situação financeira, econômica e patrimonial da entidade, a fim de subsidiar o processo de tomada de decisões; Auditoria: examinar a escrituração e evidenciação das informações financeiras, verificando se essas informações foram elaboradas de acordo com as normas vigentes e os princípios contábeis 3 – USUÁRIOS Os principais usuários são os investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes. As demonstrações contábeis são apresentadas e expostas para o usuário comum, não tem a finalidade de atender a algum grupo específico. O relatório financeiro contém informações que auxiliam na tomada de decisão, mas não fornecem e nem podem fornecer todas as informações de que necessitam. COMPONENTES PATRIMONIAL Bens: itens avaliados, em moeda, capazes de satisfazer às necessidades das entidades, podendo ser pessoas físicas ou jurídicas; Direitos: valores a receber de terceiros, que são gerados por meio de operações da entidade; Obrigações: representam as dívidas; ATIVO: Bens e Direitos PASSIVO: Obrigação PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Capital próprio (sócios) ORIGEM DE RECURSOS: Passivo, Receita, Patrimônio Líquido APLICAÇAO DE RECURSOS: Ativo, Despesa CAPITAL PRÓPRIO: Patrimônio Líquido CAPITAL APLICADO: Ativo CAPITAL DE TERCEIROS: Passivo Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis a) Fundamentais Relevância - Informações financeiras e não financeiras que sejam capazes de influenciar significativamente na tomada de decisão por parte do usuário. Para isso devem ter valor confirmatório, preditivo ou ambos. Materialidade é um aspecto da relevância. Representação Fidedigna - Completa, neutra e livre de erros. Princípio da essência sobre a forma. b) Melhorias Compreensibilidade: Permiteque usuários compreendam seu significado. Não significa omitir informações complexas; Comparabilidade: Identificar semelhanças e diferenças entre 2 informações Verificabilidade: Diferentes observadores bem-informados e independentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo necessariamente completo, de que a representação específica é representação fidedigna Tempestividade: Ter a informação disponível antes que ela perca a capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE Prudência - Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido Registro pelo valor original – determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Entidade- Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes Competência - Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento Oportunidade - refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas Continuidade- Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro Elementos das Demonstrações Contábeis ATIVO - Recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. Obs: A empresa não precisa ter necessariamente a propriedade do bem. PASSIVO - é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – diferença entre o ativo e o passivo de uma entidade. O PL é nada mais que o capital próprio empregado nas atividades empresarial, ou seja, participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. OBS: Os aumentos e decréscimos nos benefícios econômicos são as receitas e despesas RECEITAS - Aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, resultando aumento no PL, com exceção dos referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio. DESPESAS - Reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, resultando reduções no PL, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio. Valor justo: Preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela transferência de passivo em transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. OBS: Não reflete os custos de transação. Custo corrente: Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis PATRIMÔNIO ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO (A = PE + PL) ESTADOS PATRIMONIAIS SL > 0 Situação Líquida positiva (total de bens e direitos > total das obrigações). SL < 0 Situação Líquida negativa (passivo a descoberto) SL = 0 Situação Líquida Nula OBS: PL nunca poderá ser maior que o ativo total; O passivo e o Ativo nunca poderão ser negativos, mas o PL poderá ser negativo, positivo ou zero. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO É um relatório gerado pela contabilidade de uma empresa que tem por objetivo apresentar uma demonstração de como andam as contas da empresa. Ele possibilita indicar erros (mas não todos os erros) na escrituração contábil mesmo no caso de igualdade entre os somatórios das colunas de débito e de crédito, como, por exemplo, quando o saldo de determinada conta é incompatível com a sua natureza. O balancete de verificação será elaborado em 2 até 8 colunas, na qual são apresentados os saldos iniciais, o movimento, os saldos do período e os saldos finais. ATOS E FATOS Atos contábeis: eventos que não resultam em variação no patrimônio da entidade. Fatos contábeis: eventos que alteram o patrimônio da entidade Permutativos: são os fatos que não alteram o Patrimônio Líquido; Modificativos: são os fatos que alteram o Patrimônio Líquido. Podem ser: aumentativos ou diminutivos; Mistos ou Compostos: São os que envolvem simultaneamente um fato permutativo (qualitativo) e um fato modificativo (quantitativo), alterando o Patrimônio Líquido (PL), ou seja, a troca de elemento patrimonial com lucro ou prejuízo. Superveniência ativa: fatos inesperados que acontecem e aumentam o patrimônio da entidade, gerando receitas; Superveniência passiva: fatos inesperados que diminuem a situação líquida da empresa; Insubsistência ativa ou Insubsistência do Passivo: fatos que deixam de existir qualquer que seja o motivo, causando aumento do PL; Insubsistência passiva ou Insubsistência do Ativo: fatos que deixam de existir qualquer que seja o motivo, causando diminuição do PL. MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS “não há débito sem crédito correspondente”. O registro de um débito em uma ou mais contas de uma operação financeira deve sempre corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais contas. Exemplificando: Se uma empresa adquire um veículo no valor de R$60.000,00 ,à vista, através do banco, haverá um débito na conta denominada “veículo” (conta do ativo) e um crédito na conta denominada “banco” (conta do ativo) – fato permutativo. Logo, quando ocorre um fato, dois ou mais elementos do patrimônio são alterados e e quivalentemente, isso permite um equilíbrio constante. Regimes Contábeis REGIME DE COMPETÊNCIA - as receitas e as despesas são consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da receita ou pagamento da despesa em dinheiro. As receitas e as depesas serão reconhecidas a partir do fato gerador, independente de pagamentos ou recebimentos. REGIME DE CAIXA - As receitas e despesas do exercício são aquelas que foram recebidas e pagas dentro deste período. Escrituração Obs: Código Civil: Estão obrigados a manter a escrituração contábil os empresários e sociedades empresárias. Exceções: produtor rural e pequeno empresário (MEI). Livros Contábeis Diário: obrigatório, principal e cronológico; Razão: facultativo (Lei das SA) / obrigatório (RIR/99), principal e sistemático; Caixa; Contas Correntes Formalidades Exigidas na Escrituração do LIVRO DIÁRIO A escrituração do Livro Diário exige que se cumpram formalidades extrínsecas (relativas à forma) e intrínsecas (relativas ao conteúdo): Formalidades Extrínsecas: Ser encadernado com páginas numeradas; Ser registrado na Junta Comercial do Estado ou Cartório de Registro de Títulos e Documentos; Ser rubricado em todas as páginas por funcionário da Junta ou Cartório; Possuir Termo de Abertura e Encerramento, assinados por Contabilista responsável. Formalidades Intrínsecas: Registros em ordem cronológica; Não podem possuir borrões, rasuras ou emendas; Não são permitidos espaços em branco, ocupação de margens ou entrelinhas; Devem seguir método uniforme de escrituração do início ao fim. FORMAS DE CORREÇÃO Estorno: lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o integralmente. Transferência: estorno parcial. Complementação: consisteem complementar (suplementar) o valor registrado a menor (registro original). Ressalva – correção antes do término do lançamento FÓRMULAS DE LANÇAMENTO DEMONSTRAÇÃO CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS CPC LEI 6.404/76 OBS BP BP NECESSÁRIO DEMONSTRAR O MONTANTE POR AÇÃO DO LL DLPA NECESSÁRIO DEMONSTRAR AÇÕES DIVIDENDOS POR CAPITAL SOCIAL DRE DRE DRA DMPL PODE DEMONSTRAR AÇÕES DIVIDENTOS POR CAPITAL SOCIAL DFC DFC CIA. FECHADA COM PL<2MM NÃO É OBRIGADA DVA DVA COMPANHIA ABERTA NE (Notas explicativas) 1 fórmula 1 1 1 débito 1 crédito 2 fórmula 1 2 1 débito 2 créditos ou + 3 fórmula 2 1 2 débitos ou mais 1 crédito 4 fórmula 2 2 2 débitos ou mais 2 créditos ou + LEI 6.404/76 S. A FECHADA ABERTA BP SIM SIM DLPA SM SIM DRE SIM SIM DVA SIM NÃO DFC SIM PL NA DATA DO BALANÇO > 2 MM SIM DRE Evidencia a confrontação entre receitas e despesas da entidade, bem como a situação econômica da entidade. Por força da Lei nº 6.404/76, as empresas utilizam o método funcional (função da despesa) para classificação das despesas na DRE. O outro método existente é o método da natureza da despesa. 1)Descontos Incondicionais (comerciais): ocorre no momento da compra/venda, sem condições impostas para obter direito ao desconto; a) Descontos Incondicionais Obtidos = redutora do CMV; b) Descontos Incondicionais Concedidos = redutora da Receita de Vendas. 2) Descontos condicionais (financeiros): ocorrem em momento posterior à compra/venda, mediante condição imposta ao devedor; a) Descontos Condicionais Obtidos = receita financeira; b) Descontos Condicionais Concedidos = despesa financeira. 3) CMV = Estoque inicial + Compras líquidas – Estoque final; 4) Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, comissões passivas, juros sobre o capital próprio, entre outras; 5) Receitas financeiras: englobam os juros ativos, os descontos condicionais obtidos, entre outras; 6) Outras receitas e outras despesas: compreendem os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos grupos investimentos, imobilizado e intangível; 7) Participações: parcelas do resultado do exercício destinadas a debenturistas, empregados, administradores, partes beneficiárias e fundos de assistências/previdência de empregados (DEAPF); Base de cálculo = resultado após deduções – prejuízos acumulados + JSCP BALANÇO PATRIMONIAL Estrutura Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que representa a posição estática no Patrimônio da entidade. No ativo, contas são dispostas em ordem decrescente de liquidez. No passivo, contas são dispostas em ordem decrescente de exigibilidade. Grau de Exigibilidade – Associado ao prazo que as obrigações devem ser pagas. Logo, quanto menor o prazo, maior será o grau de exigibilidade. Grau de Liquidez – Associado ao prazo que os bens e direitos podem ser transformados em dinheiro. Logo, quanto menor o prazo, maior será a liquidez. Exemplo de Razonete (Livro Razão) Questão do Cespe para avaliar o razonete. A questão está errada pois: “Estoques” é uma conta do ATIVO. Tem saldo devedor. Logo, Quando aumenta é DÉBITO Quando diminui é CRÉDITO Compras à Vista: Aumentam a conta estoque, pois foram compradas mais mercadorias. Quando se aumenta o estoque, é débito. Bem como as compras a prazo. Devolução de compras: Diminui a conta estoque. Quando diminui é crédito. Por isso o erro da questão, que está como débito. Abatimentos de Compra CMV (Custo de Mercadoria Vendida) - Diminui a conta estoque. Quando diminui é crédito. ATIVO CIRCULANTE AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim considerados aqueles que a companhia espere que sejam realizados até final do próximo exercício. Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante terá por base o prazo desse ciclo. Disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e equivalentes de caixa, bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata, numerários em trânsito, entre outras contas. Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos de curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente convertíveis para quantias e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. Despesas antecipadas: quando uma despesa ainda não foi incorrida, porém já foi paga pela empresa, que configura um direito da empresa. Estoques: o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Mensuração do estoque: Custo ou Valor Realizável Líquido (VRL), dos dois o menor; Valor Realizável Líquido: Preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda; Exceções: commodities (mercadorias fungíveis) mensuradas ao valor justo deduzidos os custos de venda; e produtos agrícolas mensurados pelo valor realizável líquido. Mensuração do estoque: Inventário periódico: estoques são avaliados na data do balanço. CMV = Estoque inicial + Compras Líquidas – Estoque final Compras Líquidas = Compras Brutas + fretes + seguros – abatimentos – devoluções de compras – descontos incondicionais obtidos Inventário permanente: estoques são controlados de forma contínua, através de fichas de estoque. Critério de avaliação: Primeiro que Entra, Primeiro que sai (PEPS) estoque final DEFASADO. Esse critério: Último que entra, primeiro que sai (UEPS) não é admitido pela legislação do imposto de renda e normas internacionais. Média Ponderada Móvel (MPM). Em uma economia inflacionária, PEPS: estoque e lucro brutos superavaliados e CMV subavaliado. UEPS: estoque e lucro brutos subavaliado e CMV superavaliados. Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo No ARLP, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as demais contas representativas das aplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das despesas pagas antecipadamente que constarem do AC, desde que tenham o prazo de realização superior a 12 meses ou superior à duração do ciclo operacional. Operações não usuais envolvendo controladas, coligadas, diretores, acionistas ou participantes no lucro (ex: empréstimos a Diretores) devem ser classificadas no ARLP, independentemente de prazo. Ativo Não Circulante - Investimentos Participações em outras empresas; Ações de empresas coligadas; Ações de empresas controladas; Terrenos para utilização futura (terrenos não utilizados); Imóvel para aluguel (será investimento no caso de o aluguel não estar associado a nenhuma atividade da empresa); etc. Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a depender da finalidade desse aluguel. Aluguel relacionado às atividades-fim da empresa → imobilizado. Aluguel não estiver relacionado às atividades-fim da empresa → investimentos Ativo Não Circulante - Imobilizado Veículos; Móveis e utensílios; Máquinas e motores; Imóveis; Veículos arrendados; etc. Arrendamento mercantil (leasing): após última revisão do CPC 06, o arrendatário deve contabilizar os dois tipos de arrendamento no ativo. Arrendamento operacional: riscos e benefícios ficam com o arrendador. Arrendamento financeiro: riscos e benefícios ficam com o arrendatário. as Principais características do leasing financeiro: Transferência de propriedade ao final do contrato; Valor residual < Valor justo; Período de arrendamento corresponde à maior parte da vida útil do ativo; Valor presente dos pagamentos totalizasubstancialmente o valor justo do ativo; costumam ser ativos de alta especialização. AÑC (ativo não circulante) Imobilizado: Sobressalentes que serão utilizados por mais de um período. DRE: Manutenção e reparos: AÑC Imobilizado Manutenção e reparos que aumentam a vida útil do ativo AÑC Imobilizado: Parada programada Custos da compra de imobilizado até colocá-lo nas condições operacionais pretendidas AÑC Imobilizado: (JUROS FORA) Custos da construção de imobilizado – Ativo qualificável – (JUROS, RECEITAS e VCP AÑC Imobilizado: DENTRO) Ativo imobilizado deve ser baixado: Quando for alienado ou quando não houver expectativa de benefícios econômicos futuros derivados de sua utilização ou alienação. Depreciação, Amortização e Exaustão: Depreciação: alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil, em razão de fatores como desgaste pelo uso, ação do tempo e/ou obsolescência. Amortização: alocação sistemática do valor de ativos intangíveis Exaustão: alocação sistemática do valor de ativos relativos à exploração de recursos minerais ou florestais. Método Linear (método das quotas constantes): despesa de depreciação = valor depreciável/vida útil. Prestar atenção se a questão fornece os períodos em meses ou anos, bem como a data de início e fim da depreciação. Outros métodos: soma dos dígitos, horas trabalhadas, unidades produzidas Depreciação acelerada: aplicação de coeficientes sobre a taxa normal de depreciação, de acordo com o nível de produção. Não são depreciados: Terrenos (edifício construído no terreno é separável e possui vida útil limitada, portanto é depreciável); Prédios e construções não alugados nem utilizados nas atividades usuais da entidade, ou destinados à revenda; Bens que aumentam de valor com o tempo (ex: obras de arte); Bens de pequeno valor; Bens com vida útil econômica inferior a 1 ano. Ativo Não Circulante – Intangível Direito autorais, Marcas e patentes, fundo de comércio (Goodwill), Sistemas aplicativos (softwares); etc. Critérios de reconhecimento: Identificável; Controlado; Provável que gerará benefício futuro; Custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. Custo de um ativo intangível adquirido (todos os gastos necessários para colocar o ativo nas condições pretendidas): Preço de compra; (+) II; (+) Impostos não recuperáveis; (-) Descontos comerciais; (-) Abatimentos sobre compras; (+) Custos diretamente atribuíveis à preparação do Ativo Intangível: Despesas pré-operacionais, com pesquisas ou produtos, de reorganização não são bens: DRE intangíveis Itens Elemento mais significativo Classificação Software integra o equipamento AÑC Imobilizado Software não integra o equipamento Software AÑC Intangível PASSIVO Passivo Circulante: Contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram durante o exercício seguinte; Passivo Não Circulante: Contas Representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram após o exercício seguinte; Receitas Antecipadas (ou diferidas, ex: aluguéis antecipados) classificam-se, independente do prazo, no não circulante, pois não são obrigações exigíveis da empresa. São valores recebidos antecipadamente que somente se tornarão receita propriamente dita quando ocorrer o fato gerador (regime de competência). PATRIMÔNIO LÍQUIDO Contas representativas dos capitais próprios da entidade. Recursos advindos dos proprietários ou decorrentes da gestão do patrimônio. A) CAPITAL SOCIAL Valores recebidos pela empresa em forma de subscrição ou no aumento do capital. Pode ser formado por contribuições em dinheiro ou bens avaliados em dinheiro. Requisitos para constituição da companhia: Subscrição de todas as ações em que se divide o capital social, por pelo menos 2 pessoas; Realização de no mínimo 10% do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; Depósito da parte do capital realizado em dinheiro no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM. “Gasto na Emissão de Ações” não é tratado como despesa, mas como redução do valor obtido do capital social B) RESERVAS DE CAPITAL Valores recebidos dos proprietários ou de terceiros que não transitam pelo resultado, sendo registrados diretamente no PL. Constituem as Reservas de Capital: Ágio na emissão de ações: contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal das ações ou o valor destinado à formação do capital social. Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. Resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado. Só podem ser utilizadas para: Absorção de prejuízos que ultrapassem lucros acumulados e reservas de lucros; Resgate, reembolso ou compra de ações; Resgate de partes beneficiárias; Incorporação ao Capital Social; Pagamento de dividendos de ações preferenciais. C) AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL Função de receber os valores que pertencem ao patrimônio da entidade e que tiveram seus valores revistos. Pode ser entendido como uma espécie de correção dos valores de ativos e passivos em relação ao valor justo, Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados. D) AÇÕES EM TESOURARIA São ações da empresa adquiridas pela própria empresa. O saldo da conta ações em tesouraria fica limitado ao saldo de lucros acumulados e reservas, exceto a reserva legal (art. 266, §1º). É vedada a distribuição de dividendos e o direito a voto às ações em tesouraria (art. 30, §4º). De acordo com o §5º do art. 182 da Lei das S/A, “as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição”. E) RESERVAS DE LUCROS Reserva Legal: A reserva legal deverá ser constituída mediante destinação de 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação. Esta reserva será constituída, obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida. OBS:Se reserva legal já constituída + reservas de capital > 30% do capital social, não é necessário destinar recursos à reserva legal. Reserva Estatutária: As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório. Reserva para Contingência: De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/1976, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. O plano de contas pode apresentar as duas contas: "Lucros Acumulados" (credora) e "Prejuízos Acumulados" (devedora), mas usualmente o saldo é mantido em uma só conta, ou seja, na conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". O saldo credor representa a parcela do resultado da empresa não destinada especificamente. O saldo devedor - prejuízos acumulados, representa o saldo dos resultados negativos da empresa e não absorvidos por reservas anteriormente existentes e que deverá ser compensado com lucros a serem auferidos futuramente. Se ocorrer de o resultado do exercício ser negativo (prejuízo), este será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008,o saldo final de "Lucros ou Prejuízos Acumulados" não poderá mais ser credor. Isto não significa, entretanto, que a conta “Lucros Acumulados” deixou de existir. Porém, essa conta possui natureza transitória, e será utilizada para servir de contrapartida às reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro. PROVISÃO Serve para contabilizar uma variação patrimonial ocorrida cujo valor ainda não é conhecido. “As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.” Logo, a provisão atende ao Princípio de Competência, pois reconhece o fato gerador no momento que ele ocorrer. Reconhecimento Contábil e Notas explicativas se for provável. ATIVO CONTIGENTE Ativo possível resultante de eventos passados a confirmar em eventos futuros; Não devem ser reconhecidos nas Demonstrações da entidade. Entrada de recursos: Provável – N. E Menos que provável – Nenhuma divulgação PASSIVO CONTIGENTE http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm Obrigação possível resultante de eventos passados a confirmar em eventos futuros; Obrigação presente, resultante de eventos passados, não reconhecida porque: Improvável que haja saída de recursos; Não é possível fazer uma estimativa confiável. Não devem ser reconhecidos nas Demonstrações da entidade Saída de recursos: Possível – N.E Remota – Nenhuma divulgação RACIOCÍNIO LÓGICO PROPOSIÇÕES Uma proposição nada mais é do que uma sentença declarativa (p: a bola é azul) representada por palavras ou símbolos (q: 1+1=2, r: 2>3), que pode assumir valor VERDADEIRO ou FALSO. Atenção! Sentença: Sem verbo Interrogativa (?) Exclamativa (!) Imperativa (“faça”, “acorde”, “ande”) Equações (x + 2 = 3) São sentenças abertas, ou seja, você não pode classifica-las como V ou F. Dessa forma, elas NÃO SÃO proposições Regras: 1 verbo = proposição simples 2 2 verbos = proposição composta (ligadas por um conectivo) Mas existem exceções: É possível que uma sentença com 2 verbos possa ser considerada simples. Tudo vai depender do sentido da frase. TABELA VERDADE OBS: Para saber o número de linhas da tabela verdade : 2n ( onde n é o número de proposições) Negações (∿) Conjunções (𝖠) Disjunções (∨/⊻) Condicional (→) Bicondicional (↔) TAUTOLOGIA - proposição composta que sempre assume valor VERDADEIRO. Isto é, a tabela verdade CONTIGÊNCIA - É uma proposição composta cujo valor lógico pode ser VERDADEIRO ou FALSO. A tabela verdade tem tanto V Quanto F CONTRADIÇÕES - proposição composta que sempre assume valor FALSO. Isto é, a tabela verdade inteira só tem F. EXEMPLOS DE EQUAÇÕES: ∿(p → q) = p ∧ ∿q - OBS: Equivalência do Se então: NEMA (Nega a primeira OU mantém a segunda) (p → q) = ∿p ∨ q - OBS: Negação do Se então: MANÉ (Mantém a primeira E nega a segunda) ∿(p ∧ q) = (∿p ∨ ∿q) (p → q) = (∿q → ∿p) ∿(p ∨ q) = (∿p ∧ ∿q) TODO D está contido em A; Todo D é A, mas nem todo A é D. NEGAÇÃO: Algum D não é A . Pelo menos um D não é A. ALGUM Algum A é B, mas Quando “Algum P é Q” a negação é: “Nenhum P é Q”; Algum P é Q = Algum Q é P – EX: algum cruzeirense é campeão é a mesma coisa de falar que algum campeão é cruzeirense. NENHUM Quando “Nenhum P é Q” a negação é: “Algum P é Q”, “EXiste pelo menos um P que é Q”; Nenhum P é Q = Nenhum Q é P; NÃO há interseção dos conjuntos p e q; LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO Argumento: CONJUNTO de PREMISSAS e suas CONCLUSÕES. Ex: Se faz sol, vou à praia (P1). Ontem fez sol (P2). Logo, ontem fui à praia (C). Argumento Válido: premissas verdadeiras e conclusão verdadeira. Argumento Inválido (sofisma): premissas verdadeiras e conclusão falsa. Obs:. Uma premissa NÃO pode ser repetida na conclusão. Abdução: não há como ter certeza da conclusão, mas busca-se a MELHOR EXPLICAÇÃO Argumentos dedutivos: quando as premissas fornecem as informações suficientes para tornar a conclusão verdadeira. Dedução: se CONCORDAR com as premissas, deve-se, obrigatoriamente, CONCORDAR com a conclusão. O argumento dedutivo é o único que pode ser considerado VÁLIDO ou INVÁLIDO (= lógica de proposição). EX: toda moto da Honda terá problema; eu tenho uma moto Honda; logo, minha moto terá problema. Argumentos indutivos: quando as premissas "não" fornecem as informações suficientes para tornar a conclusão verdadeira. O avô de Jaco foi um ótimo nadador. O pai de Jaco foi um ótimo nadador. O filho de João SERÁ um ótimo boxeador - Não posso ter convicção de que o filho de Jacó será um ótimo nadador só pelo fato dos seus antepassados terem sido. Isso é indução. MATRIZES Matriz quadrada: nº linhas = nº colunas Matriz transposta: O que é linha se torna coluna. Seja A = ai,j, então AT = aj,i. Por exemplo: 𝐴 = [ 5 7 9 11 6 1], 19 3 4 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐴𝑇= 5 11 19 [7 6 3] 9 1 4 Matriz identidade (I): elementos nulos e diagonal principal formada por 1 Matriz inversa: só existe para matrizes quadradas, cujo determinante é DIFERENTE de 0. Representada por A-1: A∙A-1 = A-1∙A =I [identidade FUNÇÕES Injetora: quando elementos diferentes do domínio são relacionados a elementos diferentes do contradomínio; Sobrejetora: quando o contradomínio é igual ao conjunto imagem. Bijetora: quando é injetora e sob ejetora ao mesmo tempo (só essas podem ser inversa) Função Composta 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔°𝑓(𝑥) = (𝑔𝑜𝑓)(𝑥) Função Inversa 𝒇(𝒙)−𝟏 = 𝒇(𝒚) Substitui-se x por y e então encontra-se y CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS Seus lados correspondentes apresentam medidas iguais. Para 2 triângulos sejam congruentes é necessário que: LLL: três lados congruentes; LLA: dois lados congruentes e ângulo entre eles; LAL: um lado e dois ângulos congruentes. 1) SENO, COSSENO E TANGENTE seno(𝑎 + 𝑏) = sen 𝑎 cos 𝑏 + sen 𝑏 cos 𝑎 seno(𝑎 - 𝑏) = sen 𝑎 cos 𝑏 − sen 𝑏 cos 𝑎 cos(𝑎 + 𝑏) = cos 𝑎 cos 𝑏 − sen 𝑎 sen 𝑏 cos(𝑎 − 𝑏) = cos 𝑎 cos 𝑏 + sen 𝑎 sen 𝑏 (sen 𝑎)2 + (cos 𝑎)2 = 1 2) CIRCUNFERÊNCIA Área de uma Circunferência 𝐴 = 𝜋𝑟2 Perímetro de uma Circunferência: 𝐶 = 2𝜋𝑟 3) CUBO Volume = L x L X L (L = lado) Área total = 6 x L X L 4) CILINDRO RETO Volume = 2πr X h Área total = área da base x h 5) CONE RETO Volume = 1/3 πrh Área total = 6 x L X L 6) PIRÂMIDE Volume = 1/3 área da base x h Área total = área da base + soma das áreas dos triângulos EQUAÇÕES DE ÁREAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL A lei penal pode retroagir quando ela beneficia o réu, estabelecendo uma sanção menos gravosa para o crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa. Nesse caso, haverá retroatividade da lei penal, pois ela alcançará fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGÊNCIA. Quando uma lei nova, ao invés de estabelecer uma pena mais branda, estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos de abolitio criminis), ELA TAMBÉM SERÁ APLICADA AOS FATOS OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA, POR SER MAIS BENÉFICA AO RÉU. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE PENAL BENÉFICA Em regra, aplicam-se ao fato as leis vigentes na época do acontecido. Contudo, uma lei posterior benéfica poderá retroagir para beneficiar o réu. Súmula 711 do STF – A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA Se a conduta do agente lesar ou expuser a perigo de lesão de forma insignificante os bens jurídicos,cabe a aplicação do princípio da insignificância. Requisitos para aplicação do princípio da insignificância (MARI): Mínima ofensividade da conduta; Ausência de periculosidade social da ação; Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; Inexpressividade da lesão jurídica provocada. Insignificância no descaminho para os tribunais superiores: 20 mil reais o valor limite para que o fato seja considerado insignificante. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA O princípio da intervenção mínima é aquele segundo o qual o direito penal só deve atuar quando os demais ramos do direito forem insuficientes para proteção do bem jurídico tutelado. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Art. 5º (...) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. PRINCÍPIO DA ALTERIDADE Segundo o princípio da alteridade, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros. APLICAÇÃO DA LEI PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL (LUTA) Lugar: teoria da Ubiquidade Considera-se como lugar do crime tanto o da ação ou omissão quanto o daquele em que se verificar o resultado. Tempo: teoria da Atividade Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Ultratividade de uma lei é quando ela é aplicada posteriormente ao fim de sua vigência (revogação). É o caso das leis excepcionais e temporárias, pois estas são ultrativas. As leis excepcionais e temporárias também são intermitentes (são revogadas em curto período, de forma “automática”). A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. O FATO TÍPICO ERRO DE TIPO § O erro sobre o elemento do tipo exclui o dolo, mas admite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Exemplo: você atira em um cachorro em uma caça, depois percebe que na verdade é uma pessoa vestida de cachorro. Nesse caso, não houve o dolo no sentido de matar uma pessoa. Trata-se de erro de tipo, o qual exclui o dolo. ATOS PREPARATÓRIOS Nos atos preparatórios, a execução do crime não foi iniciada ainda, pois o indivíduo não está praticando ainda os atos de execução (exemplo: indivíduo compra uma faca para realizar assalto). TENTATIVA DO CRIME Na tentativa, a execução do crime foi iniciada. O crime será tentado quando, iniciada a execução, não se consuma o crime por circunstâncias alheias à vontade do agente (exemplo: polícia chega e impede que o bandido fuga com o bem furtado). Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Porém, ATENÇÃO!! Para contravenções penais a regra muda: Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção (Lei das Contravenções). Assim sendo, teoricamente, a tentativa existe nas contravenções, ela apenas não é considerada (não sendo punível). CRIMES QUE NÃO ADMITEM A FORMA TENTADA CCHOUPA: Contravenções; Culposos; Habituais; Omissivos próprios, Unissubsistente, Preterdolosos; e Atentado (crimes de atentada). TEORIA DO CRIME Crime segundo o critério analítico: todo fato típico, ilícito e culpável Teoria tripartite. - Se tirarmos o fato típico, a ilicitude ou a culpabilidade: Excluímos o crime. - Se tirarmos a punibilidade: O crime existe, mas sem a possibilidade de punição. Inter Criminis: Em regra, só há punição a partir da fase de Execução Alguns crimes punem os atos preparatórios, mas nunca a cogitação. Cogitação Pensamento de cometer o delito Preparação Atos preparatórios indispensáveis à prática do crime Execução Quando se inicia a ofensa ao bem jurídico Consumação Quando estão preenchidos todos os elementos do tipo penal O fato típico se divide em conduta, resultado, nexo causal e tipicidade. Conduta: sem a conduta, não há falar em crime. A conduta pode ser dolosa (quando há intenção de cometer o crime) ou culposa (não há intenção). Resultado: todo crime tem resultado jurídico (ou normativo), pois sempre há lesão ao bem jurídico tutelado ou perigo de lesão, quando um crime é cometido. Crimes materiais: o resultado naturalístico descrito no tipo é indispensável para a consumação. Exemplo: homicídio – “Art. 121 - Matar alguém”. Crimes formais: o resultado naturalístico descrito no tipo é dispensável. A consumação acontece com a prática da conduta em si (por isso, também se chama de delito de consumação antecipada). Ex.: Ameaça. Art. 147 – Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave Crimes de mera conduta: não há resultado naturalístico no tipo (crime de mera atividade). Exemplo: porte ilegal de armas, pois o mero ato de portar a arma em si não gera nenhuma consequência no mundo, mas já consuma o crime. Nexo causal: vínculo entre a conduta e o resultado. Teoria da equivalência dos antecedentes (regra): causa é toda ação ou omissão sem a qual não teríamos o resultado. O resultado só poderá ser imputado a quem lhe deu causa, a quem criou o risco, ou ao menos o aumentou. Tipicidade material: expressividade da lesão ao bem jurídico. Tipicidade formal: o fato praticado pelo agente corresponde ao fato descrito na lei. ILICITUDE Afastam a ilicitude: 1-Estado de necessidade: colisão de bens jurídicos, em situação de perigo atual. 2-Legítima defesa: usar moderadamente os meios necessário para defender de uma injusta agressão, atual ou iminente, direito próprio ou alheio (legítima defesa de terceiro). Observados os requisitos acima, também se considera em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crime. *Legítima defesa putativa: Trata-se de uma hipótese que imaginária. É aquela que o agente, por erro, acredita existir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Ex: João mata Tício por achar que ele estava querendo matá-lo, mas na verdade não estava. 3-Estrito cumprimento do dever legal: o ato é praticado para atender algum normativo e ele deve ser feito nos exatos termos da lei. 4-Exercício regular do direito: são aquelas situações relacionadas à pessoa comum, em que essas exercem todos os seus direitos que a lei franqueia. EXCESSO PUNÍVEL: No caso de excesso nas excludentes de ilicitude, o sujeito responderá pelo excesso doloso ou culposo. “Não é admitido excesso, culposo ou doloso, nas excludentes de ilicitude, sob risco de o agente responder por ele.” Excesso intensivo: O meio utilizado é desproporcional Excesso extensivo: Dura mais que o necessário CRIME CONSUMADO X CRIME TENTADO: § Consumado: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. § Tentado: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ: O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (desistência voluntária) ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados (arrependimento eficaz). Nesses casos, não responde pela tentativa, mas pelo que praticou. Arrependimento posterior: nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Crime impossível: não se pune a tentativa quando por ineficiência absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar o crime. Ou seja, não se pune a tentativa do crime impossível. Omissão própria: a omissão vem descrita na própria lei. Nãoadmite tentativa. Exemplo: omissão de socorro (art. 135 do CP). Omissão imprópria: a omissão é penalmente relevante quando o agente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe: quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, ou de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. A quem criou o risco da ocorrência do resultado. CRIMES CONTRA A PESSOA Homicídio: Crime de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes. Nos crimes dolosos a pena é aumentada: 1/3 a 1/2 se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 1/3 se for praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos. Homicídio Qualificado: Reclusão de 12 a 30 anos: Todos são Hediondos. I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - Motivo fútil; III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar em perigo comum; IV - À traição, de emboscada, ou mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima; V - Para encobrir outro crime; VI - Contra mulher por razões do sexo (feminicídio). VII - Contra membros dos Art 142 e 144 e agentes da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra CADI até 3º grau, em razão dessa condição. Feminicídio (MUITO IMPORTANTE): há razões de condição de sexo quando envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo à condição de mulher. - Aplicável à transexual e à travesti. Aumento de pena de 1/3 até ½: - Se for praticado durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto; - Contra menor de 14 ou maior de 60 anos; - Contra mulher com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; - Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; - Em descumprimento das medidas protetivas de urgência; Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça. Qualificado por lesão corporal grave ou gravíssima Se resulta em lesão corporal gravíssima e é cometido contra menor de 14 ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência: O agente responde pelo crime de lesão corporal gravíssima. Qualificada por morte: Reclusão de 2 a 6 anos. Se é cometido contra menor de 14 ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência: O agente responde pelo crime de homicídio. A pena é duplicada: Se é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil. Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. A pena é aumentada até o dobro: Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. A pena é aumentada em 1/2: Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO Roubo: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo, a pena aumenta-se de dois terços. Segundo a jurisprudência, não é necessário que a arma seja apreendida e periciada, desde que o seu uso no roubo seja provado por outros meios de prova, tais como a palavra da vítima e testemunhas. Extorsão: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa. Diferença Roubo x Extorsão: Na extorsão, exige-se um comportamento/ação da vítima, enquanto no roubo não há. Estelionato: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. O crime não depende de representação nos casos em que a vítima for: Administração Pública, direta ou indireta; Criança ou adolescente; Pessoa com deficiência mental; Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA MOEDA FALSA Falsificar, fabricando ou alterando, moeda corrente no Brasil ou no exterior Competência é da justiça federal. Se a falsificação for grosseira, configurará estelionato (competência da justiça estadual); se for extremamente grosseira, configurará crime impossível. FALSIDADE IDEOLÓGICA Omitir declaração diversa da que devia constar ou inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação é de assentamento de registro civil, a pena é aumentada em 1/6. ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO Adulterar ou remarcar o nº de chassi ou qualquer outro sinal identificador de veículo, componente ou equipamento - A pena é aumentada em 1/3 se o agente comete o crime na função pública ou em razão dela. Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Peculato Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo ou desviá- lo, em proveito próprio ou alheio. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo: ocorre quando funcionário concorre culposamente para o crime de outrem. No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Concussão Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Corrupção passiva Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena Detenção, de três meses a um ano, ou multa. Corrupção ativa Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná- lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2(dois) a 12 (doze) anos, e multa. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. Prevaricação Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício,ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Contrabando Importar ou exportar mercadoria proibida. A pena é aplicada em dobro se o contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. Descaminho Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. INQUÉRITO POLICIAL Inquérito Policial é um procedimento administrativo que consiste em um conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. A finalidade do Inquérito é a apuração da infração penal, através da colheita de elementos de informação relativos à autoria e a materialidade do delito com o objetivo de servir de subsídio à ação penal. Obs: No Inquérito Policial não há colheita de provas, mas sim de elementos de informação. Isso porque no Direito Processual Penal, prova é a informação produzida, em regra, através de contraditório judicial! CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL Formalidade; Procedimento administrativo; Inquisitivo; Dispensabilidade; Discricionariedade na condução; Sigiloso. FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO IP 1)Ação Penal Pública Incondicionada De ofício: Através de uma portaria da autoridade policial. Por requisição do juiz ou do Ministério Público: Nesse caso a peça inaugural será a própria requisição Por requerimento da vítima ou representante legal: No caso de requerimento da vítima, caberá à autoridade policial analisar se o Inquérito Policial deve ou não ser instaurado. Se a autoridade policial entender que não há razão para a instauração do Inquérito Policial deverá indeferir o requerimento! Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia Obs: DENÚNCIA ANÔNIMA: Diante de uma delatio criminis inqualificada, a autoridade policial deve verificar a procedência das informações através das diligências cabíveis, e, caso constate a veracidade da notícia, aí sim é possível a instauração do Inquérito Policial! 2) AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. A representação do ofendido é requisito de instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal pública condicionada. 3) CRIMES DE AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA “nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la”. DESTINATÁRIO DO IP Destinatários imediatos: o Ministério Público, titular exclusivo da ação penal pública (CF/88, art. 129, I) e o ofendido, titular da ação penal privada (CPP, art. 30). Destinatário mediato: o Juiz, que se utilizará dos elementos de informação constantes do inquérito para auxiliar na formação de seu convencimento sobre o mérito e para decidir sobre a decretação de medidas cautelares. ARQUIVAMENTO DO IP o arquivamento do Inquérito é uma decisão judicial, sempre a pedido do titular da ação penal. A autoridade policial não pode arquivar. o arquivamento do inquérito policial incumbe ao Ministério Público, tratando-se, portanto, de ato de natureza administrativa, e não mais jurisdicional AÇÃO PENAL PÚBLICA Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial AÇÃO PENAL PRIVADA Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. OBS: Existem exceções que podem impedir a reabertura do IP, de forma a fazer a coisa julgada material: Atipicidade da conduta; Extintiva de punibilidade; Excludente de ilicitude; DILIGÊNCIA INVESTIGATÓRIAS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) II - Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) III - Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - Ouvir o ofendido; V - Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#livroitituloviicapituloiii Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.) O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. SIGILO DO IP A autoridade assegurará no inquérito o sigilonecessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. OBS: Os elementos já documentados a defesa têm amplo acesso a esses documentos (exercício do direito de defesa). INDICIAMENTO É o ato pelo qual a autoridade policial, Delegado, direciona, de forma fundamentada, a investigação para determinadas pessoas. OBS: Não pode ser feito após o oferecimento da denúncia. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL PRESO EM FLAGRANTE OU PREVENTIVO 10 DIAS IMPRORROGAVEIS JUSTIÇA FEDERAL = 15 DIAS (+15) LEI DE DROGAS = 30 DIAS (+30) ECONOMIA POPULAR =10 DIAS INDICIADO SOLTO (FIANÇA) - PRORROGÁVEL 30 DIAS JUSTIÇA FEDERAL = 30 DIAS LEI DE DROGAS = 90 DIAS (+90) ECONOMIA POPULAR = 10 DIAS PROVAS A prova deve ser revestida de legitimidade (cumprimento das formalidades processuais) e legalidade (produzida dentro da lei), sempre produzida diante do juiz. O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do inquérito policial, salvo nos casos de provas cautelares, irrepetíveis ou antecipadas, que passarão por contraditório e ampla defesa postergado ou diferido. Antes da ação penal, o juiz poderá produzir provas, caso haja urgência e relevância, observando a adequação, necessidade e proporcionalidade da medida. Durante a ação penal até antes da sentença, o juiz poderá determinar diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. PROVAS ILÍCITAS: São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas (teoria dos frutos da árvore envenenada), salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares. É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização BUSCA E APREENSÃO A busca domiciliar deve ser precedida de mandado, caso o Juiz não esteja junto. Pode ser feita de dia, a qualquer momento, ou à noite, com a autorização do morador. A ausência do morador não impede a busca, sendo solicitada a presença de algum vizinho como testemunha. Busca domiciliar: só pode ocorrer por fundadas razões e mediante mandado. Busca pessoal: não depende de mandado no caso de prisão em flagrante ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou durante a busca domiciliar. A busca pessoal em mulher será feita por outra mulher, desde que não retarde ou prejudique a diligência. Se o celular for apreendido decorrente de uma autuação por flagrante, as informações contidas nele estarão protegidas; se for apreendido mediante mandado de busca, as informações podem ser acessadas, se especificado no mandado TIPOS DE FLAGRANTE Flagrante próprio (ou real ou verdadeiro ou propriamente dito): o indivíduo está cometendo a infração ou acaba de cometer o fato. § Flagrante impróprio: o indivíduo não é encontrado no local do fato, mas se inicia uma busca imediata ao indivíduo (perseguição), acabando ao final por ser preso. Flagrante Presumido: o indivíduo é encontrado com objetos do crime que fazem presumir que foi o autor do delito. Não necessita ter ocorrido perseguição. § Flagrante Provocado: é um flagrante inválido, recaindo ao crime impossível. § Flagrante Forjado: é um flagrante inválido que se refere a um fato que não ocorreu, porém, criado para incriminar o indivíduo. Qualquer do povo poderá (flagrante facultativo) e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender (flagrante obrigatório) quem quer que seja encontrado em flagrante delito. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. NÃO PODEM SER PRESOS EM FLAGRANTE: Menores de 18 anos: Entre 12 e 18 podem ser apreendidos. Presidente da República Deputados Federais e Senadores: Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Juiz e membros do MP: Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Diplomatas estrangeiros. Aquele que, após cometer o delito, apresenta-se espontaneamente à autoridade policial. Autor de crime de menor potencial ofensivo só será preso se recusar a comparecer ao juizado ou se negar a assumir o compromisso de comparecer em juízo. USO DE ALGEMAS, SEGUNDO O STF: P-R-F Perigo Resistência Fuga § Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá (principais): Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; Ouvir o ofendido; DIREITO ADMINISTRATIVO NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA § Na Administração Pública Direta, temos a atividade administrativa centralizada em seus próprios órgãos. Já na Administração Pública Indireta, os serviços são descentralizados, sendo exercidos pelas Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Públicas etc. Descentralização: a descentralização administrativa é efetivada por meio de outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, e terminado serviço público. § Concentração e centralização: estão relacionadas à ideia geral de distribuição de atribuições de tarefas da periferia para o centro. § Desconcentração e descentralização: estão relacionadas à ideia geral de distribuição de atribuições do centro para os extremos. A desconcentração administrativa ocorre dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica, para distribuição interna de competências, entre seus próprios órgãos ou departamentos. § Autarquias: Possuem personalidade jurídica de direito público têm por característica a necessidade de serem criadas por lei, terem patrimônio próprio, terem capacidade de se gerir, submeterem-se a controle do poder público e desempenharem funções tipicamente públicas. Fazem parte da Administração Pública Indireta, sendo o INSS e o IBAMA exemplos. Não há relação de subordinação entre as autarquias e a Administração Direta. O controle é finalístico. ATO ADMINISTRATIVO § São os requisitos ou elementos do ato administrativo (CO-FI-FO-MO-OB): Competência Finalidade Forma MotivoObjeto § Competência: é o poder atribuído ao agente administrativo para que o mesmo desempenhe suas funções, advindo da lei ou do decreto autônomo (emitido pelo Presidente da República). Trata-se de elemento vinculado do ato administrativo, mesmo que esse ato seja discricionário. A competência é intransferível e irrenunciável, mas a execução do ato pode ser delegada, para agentes ou órgãos de mesma ou de inferior hierarquia, ou mesmo avocada, de agentes ou órgãos subordinados. § Finalidade: Satisfazer o interesse público e atendendo o que diz a lei. Trata- se de elemento vinculado. § Forma: é o modo de exteriorização do ato, tal como a notificação da multa de trânsito. Trata-se de elemento vinculado do ato administrativo. § Motivo: Pressuposto de fato, corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar o ato. § Objeto: É o fim imediato do ato, representando o resultado prático do ato administrativo. Vinculado ou discricionário. § Convalidação e ratificação do ato administrativo: o ato praticado por agente incompetente pode ser convalidado por aquele que tem a competência, “sanando a incompetência. § ATRIBUTOS DO ATO ADM: PAI Presunção de legitimidade e veracidade; Autoexecutoriedade; Imperatividade. Presunção de legitimidade e veracidade: O ato é verdadeiro até que se prove o contrário; § Autoexecutoriedade: Exigibilidade e a executoriedade, as quais garantem o cumprimento das decisões administrativas sem que seja necessária a intervenção do Poder Judiciário. § Imperatividade: os atos administrativos podem ser impostos a terceiros independentemente da concordância destes. § Tipicidade: Definida previamente pela Lei. § Ato administrativo discricionário órgão público ou agente público tem liberdade para praticá-lo, respeitados a proporcionalidade e razoabilidade /Ato administrativo vinculado: Não tem liberdade de escolha (regra) Permissão, autorização, aprovação e renúncia são exemplos de atos discricionários (Todas possuem a letra “R”). Licença, admissão, homologação são exemplos de atos vinculados. § Espécies de ato administrativo: PORTARIA é o ato administrativo pelo qual as autoridades de nível inferior ao Chefe do Poder Executivo expedem orientações gerais ou especiais aos respectivos subordinados ou designam servidores para o desempenho de certas funções ou determinam a abertura de sindicância e processo administrativo. A Autorização é o ato segundo o qual o Poder Pública aprecia, a pretensão do particular em face do interesse público. Ato discricionário. A Permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, através do qual a Administração Pública faculta ao particular interessado a utilização de bem público ou a prestação de serviço público. A LICENÇA é o ato pelo qual a administração pública faculta, de forma unilateral e vinculada, a um cidadão exercer determinada atividade para a qual preencha os requisitos legais. A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório. AGENTES PÚBLICOS § Independe de aprovação em concurso público a investidura nos cargos em comissão, sendo de livre nomeação e exoneração** Para os demais cargos públicos, a investidura acontece por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. OBS: É importante lembrar que para efeito de punição, a exoneração não é usada e sim a destituição. LEI 8.112: § As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. § A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. § Principais penas previstas na lei 8.112: A pena para abandono de cargo é de demissão. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos. A pena para inassiduidade habitual é de demissão. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses. A pena para crime contra a administração pública, corrupção e improbidade administrativa é de demissão. A pena para conduta escandalosa, na repartição, é a de demissão. A pena para insubordinação grave em serviço é a de demissão. A pena para ofensa física, em serviço, a servidor ou particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem, é a demissão. A pena para aquele que revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo é demissão. A pena para aquele que lesar os cofres públicos é demissão. A pena para quem acumular, ilegalmente, cargos empregos ou funções públicas, é a de demissão. Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3e 5anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. PODERES ADMINISTRATIVOS § Poder regulamentar: é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Ao passo que as leis constituem atos de natureza originária, o poder regulamentar é de natureza derivada (ou secundária). § Poder hierárquico: consiste nas atribuições de comando, chefia e direção dentro da estrutura administrativa. Trata-se de poder vinculado, com vistas à auto-organização da Administração Pública. As hipóteses de transferência do exercício de competência são geralmente chamadas de delegação e avocação. A avocação transfere o exercício da competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia hierárquica, enquanto a delegação transfere o exercício de competência do órgão superior para o inferior. Não pode ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos, as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. § Poder disciplinar: é aquele que confere à Administração a capacidade de apurar infrações administrativas de servidores públicos e das demais pessoas que estejam sob o regime jurídico da Administração Pública. Exemplo disso são os procedimentos administrativo disciplinares. § Poder de polícia: em face do poder de polícia, poderá a Administração Pública condicionar ou restringir os direitos de terceiros, em prol do interesse da coletividade. Constitui exemplo do poder de polícia a interdição de restaurante pela autoridade de vigilância sanitária e aplicação de multas. § Em 2020, por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é constitucional a delegação da atividade de policiamento de trânsito, inclusive quanto à aplicação de multas, para empresas públicas e sociedades de economia mista. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA §Quando alguém é responsável por fazer determinado serviço, ela é responsável pelo serviço e pelas consequências dele advindas. Se um dano for causado, aquele que prestou o serviço poderá ser responsabilizado. Falamos que a responsabilidade será objetiva quando não for necessária a demonstração de que houve dolo ou culpa. Falamos em responsabilização subjetiva quando for necessária a demonstração de dolo ou culpa. § A responsabilidade em relação à Administração Pública é, como regra, objetiva, independe de comprovação de dolo ou culpa. Já em relação aoservidor público causador do dano, a responsabilidade é subjetiva, devendo ele ter causado o dano por dolo ou culpa. § Quando a administração atua gerando um dano (ato comissivo), não há dúvidas de que a responsabilidade é objetiva. E quando há omissão? A responsabilidade da administração pública decorrente de omissão resulta de seu dever de agir e da capacidade de essa ação evitar o dano – sem isso, não há falar em responsabilização. Excetuados os casos de dever específico de proteção, a responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade. LICITAÇÕES § Principais modalidades: Na modalidade concurso: a administração poderá contratar o projeto ou serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos. O convite: é a única modalidade de licitação em que a lei não exige a publicação de edital. O leilão é a modalidade de licitação utilizada para a venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados. § Licitação inexigível x dispensável x dispensada: Quando inexiste competitividade, estamos diante de uma hipótese de licitação inexigível. Quando houver competitividade, ou seja, há adversários, mas licitar é facultável, estamos diante de uma licitação dispensável. Por outro lado, é vedada a licitação, mesmo existindo competitividade, no caso de licitação dispensada. Hipótese de INEXIGIBILIDADE: - Fornecedor exclusivo; - Profissional artístico; - Profissional de notória especialização, vedado para publicidade. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA § O controle judicial dos atos administrativos é restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada a análise do mérito administrativo pelo Poder Judiciário. § A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial (Súmula 473 do STF). PRINCÍPIOS (L I M P E) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade Eficiência. § Como princípio implícito, temos a supremacia do interesse público sobre o privado. LÍNGUA PORTUGUESA USO DOS PORQUÊS Por que: Usado em perguntas (por qual razão) Porque: Usado em respostas Por quê: No final de perguntas (Por quê?) Porquê: Quando for substantivo COLOCAÇÃO PRONOMINAL Próclise: Pronome antes do verbo. Ocorre quando houver: 1-Advérbio ou palavras negativas Ex: Nada me faz querer sair daqui Ex: Não se trata de nenhuma novidade 2-Pronome relativo Ex: A aluna que me mostrou 3-Pronome indefinido Ex: Ninguém me disse isso 4-Pronome demonstrativo Ex: Isso me deixa feliz 5-Preposição "em" seguida de gerúndio Ex: Em se tradando de cozinhar, sou o melhor 6-Conjunção subordinada Ex: Vamos estabelecer critérios conforme lhe avisaram ÊNCLISE 1- Início de oração com verbo Ex: Amo-te mais que tudo 2-Verbo no infinitivo pessoal regido da preposição "a" Ex: Passaram a odiar-se 3-Verbo no gerúndio sem preposição Ex: Não quis saber, fazendo-se de doido 4-Vírgula ou pontuação antes do verbo Ex: Se passar para outra cidade, mudo-me na hora VÍRGULA OBRIGATÓRIA: 1-Antes do "e" Ex: Já foram falados os preços, e as tabelas não podem ser alteradas. 2-Para isolar aposto Ex: Bolsonaro, o presidente eleito, e sua equipe reúnem-se hoje. 3-Quando o "mas" for adversativo ou tiver sentido de ressalva Ex: Ele não estuda, mas passa (introduz ideias opostas) Ex: Ela é linda, mas é baixa (ideia de ressalva) VÍRGULA FACULTATIVA 1-Quando há destaque de oração ou expressão intercalada Ex: Esse eixo semântico, e trata-se exatamente disso, possui grande usualidade. 2-Quando a coordenação que antecede o "e" é muito longa Ex: José, Afonso e Vagner fizeram longa viagem até Brasília, e decidiram ficar lá uns dias. VÍRGULA PROIBIDA 1-Separando o sujeito do verbo Ex: O povo, elegeu Bolsonaro como presidente da república. 2-Separando oração principal de oração subordinada substantiva objetiva ou predicativa Ex: Desejo, que todos sejam aprovados. (Trocar por desejo "isso" para identificar este caso). 3-Substantivo de adjunto adnominal Ex: Comprei um cordão, de ouro. CRASE CRASE PROIBIDA a + termo masculino Ex: Ando a cavalo a + verbo Ex: Pedro começou a acenar a + uma Ex: Ele entregou o documento a uma mulher a + ela, essa, esta, vossa senhoria Ex: Ele entregou o documento a ela Entre palavras repetidas Ex: Vou evoluindo pouco a pouco a + plural Ex: Refere-se a questões difíceis a + que Ex: Este é o bolo a que me referi. CRASE FACULTATIVA Antes de pronome possessivo feminino singular Ex: Entregue o documento a minha tia / Entregue o documento à minha tia Depois de “até” Ex: Caminhamos até a porta / Caminhamos até à porta Antes de nome próprio feminino Ex: Eu me referi a Camila / Eu me referi à Camila CRASE OBRIGATÓRIA Toras a junções entre a preposição "a" com: Artigo a(as) Ex: Resistiremos à tentação Pronome demonstrativo a(s)=aquela(s) Ex: Minha sugestão é semelhante àquela que você deu Pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo Ex: Renderemos homenagem àquele que nos guiou até aqui Pronomes relativos a qual, as quais: Ex: Chegaram as mulheres às quais você deve agradar Nas expressões com indicação de hora especificada Ex: Chegaremos à uma hora, não às duas. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: • Aditiva: e; nem; não só..., mas também. • Adversativa: mas, contudo, todavia, e, não obstante. • Alternativas: ou; ou...ou; ora...ora. • Conclusivas: logo, portanto, pois, assim, afinal. • Explicativa: pois, porque, porquanto. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: • Integrantes: conjunções que e se quando introduzem orações subordinadas substantivas (as reconhecemos através da substituição pelo isso). Ex: É importante que trabalhe: É importante isso; Você não sabe se eu trabalho: Você não sabe isso. • Causais: porque, pois, porquanto, como, uma vez que. • Concessivas: embora, conquanto, ainda que, apesar de, mesmo que. • Comparativas: como, tal qual, (do) que, quanto • Conformidade: conforme, como, consoante, segundo. • Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, sem que, a menos que. • Consecutivas: que, de modo que, de sorte que, de maneira que. • Finais: para que, a fim de que, que. • Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, quanto mais ... menos. • Temporais: quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que, antes que, depois que. Ex: Quando chegar em São Paulo, avise-me. USO DO “SE” Casos mais comuns: Partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito Para diferenciar devemos ficar atento à transitividade do verbo. É que a voz passiva só pode ser feita com verbos que admitem OBJETOS DIRETOS [VTD OU VTDI]. Já o sujeito indeterminado ocorre com verbos que não admitem objeto direto, ou seja, com verbos transitivos INDIRETOS, verbos intransitivos ou verbos de ligação. Exemplo: Enviam-se talões ⭢ quem envia, envia flores: talões = Objeto Direito, “SE” = PA. Precisa-se de motoristas ⭢ quem precisa, precisa DE algo: de motoristas = Objeto Indireto, “SE” => índice de indeterminação do sujeito. Obs: quando for índice de indeterminação do sujeito, o verbo SÓ PODE ficar no SINGULAR, ou seja, seria incorreto dizer “precisam-se de funcionários”. VERBO "HAVER" Quando for no sentido de existir, é um verbo com sujeito oculto, ou seja, Haver ficará no singular Ex: Havia 50 mil pessoas no estádio DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Direitos fundamentaistêm aplicação imediata. § A República Federativa do Brasil tem como Fundamentos (SO CI DI VA PLU): Soberania; Cidadania; Dignidade da Pessoa Humana Valores sociais do Trabalho e da livre Iniciativa; Pluralismo político. § Todo poder emana do povo. DIREITO À VIDA: § Nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo a vida. Em caso de guerra declarada, admite-se pena de morte § Aspecto biológico do direito à vida: direito à integridade física e psíquica (direito de continuar vivo). § Aspecto amplo do direito à vida: direito a condições materiais e espirituais mínimas necessárias a uma vida digna. INVIOLABILIDADE DOMICILIAR: § A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, como regra. § A inviolabilidade poderá ser quebrada no caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, seja de dia ou de noite. § A inviolabilidade também poderá ser quebrada para cumprimento por determinação judicial, durante o dia. § Segundo o STF, entende-se que em veículos automotores é possível realizar buscas livremente, quando houver fundada suspeita (art. 240, § 2º, do CPP), o que dispensa a exigência de mandado de busca e apreensão, salvo quando se tratar de veículo destinado à habitação do indivíduo, como trailers, cabines de caminhão, barcos, entre outros. § O STJ tem entendimento de que arma localizada no interior da boleia do caminhão configura porte de arma e não posse, o que sugere que não considera a boleia como casa, para estes efeitos. ANONIMATO: § A CF veda o anonimato, embora nossa jurisprudência aceite a denúncia anônima, a qual não poderá dar origem a um inquérito policial, mas poderá ensejar diligências preliminares. § “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. INVIOLABILIDADE DAS COMUNICAÇÕES: § É inviolável o sigilo: Correspondência Das comunicações telegráficas De dados e das comunicações telefônicas, exceto por determinação judicial para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. ATENÇÃO: Durante o Estado de Sítio e de Defesa, haverá restrição de direito ao sigilo da correspondência, das comunicações telegráficas e das comunicações telefônicas. § Acesso ao WhatsApp de aparelho celular coletado em busca e apreensão: não há óbice para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho, inclusive as conversas do WhatsApp (STJ. 5ª Turma. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 03/10/2017). Fora dos casos de autorização judicial, acessar o celular poderá configurar abuso de autoridade. § Há entendimento do STJ no sentido de que o celular poderá ser acessado sem autorização judicial, desde que haja autorização do acusado. DIREITO À LIBERDADE: Exemplo: A marcha da maconha. EXTRADIÇÃO DE ESTRANGEIRO: § Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. DIREITO DE REUNIÃO: § Não há necessidade de autorização do Poder Público, mas é necessário que seja avisado antes ao responsável da circunscrição. § Deve ser para fins pacíficos e não pode frustrar reunião anteriormente agendada para o mesmo local. SOBRE O PRESO: § A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. § O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial. § O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. § Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. § Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. TORTURA, TRÁFICO ILÍCITO, TERRORISMO E HEDIONDOS (T TT H): § A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da Tortura, o Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o Terrorismo e os definidos como crimes Hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. DIREITO À IGUALDADE: § Igualdade formal: é a igualdade jurídica, na qual todos devem ser tratados de maneira igual, sem quaisquer distinções. § Igualdade material: Para que seja considerado justo, o pode ter uma desigualdade em casos iguais. AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM CONSTITUCIONAL E O ESTADO DEMOCRÁTICO: § Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. RACISMO: § A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. PRISÃO EM FLAGRANTE X APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA: § Não poderá ser preso em flagrante aquele que se apresenta espontaneamente à autoridade policial, depois de ter cometido um delito. § Fora dos casos de transgressão militar e crime propriamente militar, uma pessoa só pode ser presa em flagrante ou por ordem do juiz. PROPRIEDADE: § Em caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. DIREITO DE PETIÇÃO X CERTIDÃO: § São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: ü o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; ü a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. TRATADOS INTERNACIONAIS: § Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. § Se o tratado não versar sobre direitos humanos, terá força de lei. OBS: O Brasil se submete ao Tribunal Penal Internacional. GARANTIAS E REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: § As garantias e os remédios constitucionais são instrumentos que asseguram o exercício dos direitos das pessoas. DIREITO DE PETIÇÃO: HABEAS DATA: para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. HABEAS CORPUS: conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. § AÇÃO POPULAR: Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. MANDADO DE SEGURANÇA: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. § Mandado de injunção: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA E DIREITOS POLÍTICOS DIREITOS SOCIAIS: § São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados§ Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas. NACIONALIDADE: § O brasileiro nato não poderá perder a nacionalidade, salvo se adquirir outra nacionalidade fora dos casos abaixo: a. de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b. de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; § O naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada não só por esse motivo (adquirir outra nacionalidade), como também por conta de atividade nociva ao interesse nacional. § Perda de nacionalidade e reaquisição: se perde a nacionalidade como nato, readquire como nato; se perde como naturalizado, readquire como naturalizado. DIREITOS POLÍTICOS: § É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; Improbidade administrativa. PODER EXECUTIVO Forma de governo: República. Sistema de governo: Presidencialismo. O Presidente da República: chefe de Estado e de chefe de Governo § DECRETO DO PRESIDENTE: Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar Aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Essas atribuições poderão ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. § São crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra a CF e, especialmente, contra: A existência da União; Livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; A segurança interna do País; A probidade na administração; A lei orçamentária; O cumprimento das leis e das decisões judiciais. § Acusação contra o presidente: admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. O presidente possui imunidade formal (não possui imunidade material). § O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. § Compete privativamente ao Presidente da República (principais competências): Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; Vetar projetos de lei, total ou parcialmente; Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; Decretar o estado de defesa e o estado de sítio; Decretar e executar a intervenção federal; Remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; Exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Suprem Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII, da CF; Convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; Conferir condecorações e distinções honoríficas; Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; Prover (prover é função delegável) e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; Editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da CF. SEGURANÇA PÚBLICA § Componentes da segurança pública: PF, PRF, PFF (ferroviária), Polícias Civis, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Penais (federais, estaduais e distritais). § Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § Direito de greve e carreiras de segurança pública: o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. SEGURIDADE SOCIAL § A seguridade social busca assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios § São objetivos da seguridade social: universalidade da cobertura e do atendimento; § Por isso, até mesmo estrangeiros que não residem no País têm acesso à saúde, independentemente de pagamento. Ser estrangeiro não impede nem mesmo a concessão de benefício previdenciário. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas se rurais; Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; Irredutibilidade do valor dos benefícios; Equidade na forma de participação no custeio; Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos Aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE, JOVEM E IDOSO § São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. § Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. § Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituiçõesoficiais ou privadas. § A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. § Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. § Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. MEIO AMBIENTE § Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. § O meio ambiente é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. § Incumbe ao Poder Público: definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. § As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. § Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. DOS ÍNDIOS São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § As terras aqui mencionadas são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI Nº 7.102/1983 - LEI DE SEGURANÇA EM ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO FINANCEIRO Art. 1º, da lei nº 7.102/1983. É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na forma desta lei. § 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências. ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS PARA VALIDADE DO SISTEMA DE SEGURANÇA Art. 2º, da LEI Nº 10.446/2002 - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos: equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos assaltantes; artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, identificação ou captura; e cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento. COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Art. 6º, da lei nº 7.102/1983. Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao Ministério da Justiça: fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei; encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento; aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei. Segundo o art. 20 do referido diploma legal: Art. 20, da lei nº 7.102/1983. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal: conceder autorização para o funcionamento: das empresas especializadas em serviços de vigilância; das empresas especializadas em transporte de valores; e dos cursos de formação de vigilantes; fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior; Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades previstas no art. 23 desta Lei; IV - aprovar uniforme; fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes; fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da Federação; fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros; autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados. X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I deste artigo. DA SEGURANÇA PRIVADA Art. 10, da lei nº 7.102/1983. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de: proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas; realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga. § 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa. DA PROPRIEDADE E DA ADMINISTRAÇÃO Art. 11, da lei nº 7.102/1983 - A propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros. Art. 12, da lei nº 7.102/1983 - Os diretores e demais empregados das empresas especializadas não poderão ter antecedentes criminais registrados. Os proprietários não podem ser estrangeiros; Aadministração não pode ser realizada por pessoas que ostentem antecedentes. DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE VIGILANTE Art. 16, da lei nº 7.102/1983 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos: ser brasileiro; ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos; ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau; ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei. ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico; VI - não ter antecedentes criminais registrados; VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares. Art. 17, da lei nº 7.102/1983. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos comprobatórios das situações enumeradas no art. 16. Art. 18, da lei nº 7.102/1983 - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço. Art. 19, da lei nº 7.102/1983 - É assegurado ao vigilante: I - uniforme especial às expensas da empresaa que se vincular; II - porte de arma, quando em serviço; prisão especial por ato decorrente do serviço; seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora. DO ARMAMENTO Art. 21, da lei nº 7.102/1983 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e responsabilidade: das empresas especializadas; dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas. Art. 22, da lei nº 7.102/1983 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha. Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional. DAS SANÇÕES APLICÁVEIS Art. 23, da lei nº 7.102/1983 - As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a gravidade da infração, LEVANDO-SE EM CONTA A REINCIDÊNCIA E A CONDIÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR: advertência; multa de quinhentas até cinco mil Ufirs: proibição temporária de funcionamento; cancelamento do registro para funcionar. Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições. LEI Nº 8.069/1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA) AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. § A autorização não será exigida quando: a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: § 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; § 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. § A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos. § Viagem ao exterior: quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: I - Estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; II- Viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. CONSELHO TUTELAR É encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha. CRIMES DO ECA PARA LEVAR PARA A PROVA Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência. Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. § 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. LEI 9.455/98 (TORTURA) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo na omissão, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando- se o agente em local sob jurisdição brasileira. § O crime de tortura é prescritível. Constitui crime de tortura: I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: § a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; § b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; § c) em razão de discriminação racial ou religiosa; II - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. § Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. § Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, também sofrerá pena. § Tortura qualificada: se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima a pena é mais grave. Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: § I - se o crime é cometido por agente público A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada (é efeito automático da condenação). §II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; § III - se o crime é cometido mediante sequestro. LEI Nº 9.605/1998 (LEI DE CRIMES AMBIENTAIS) Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados soba responsabilidade de técnicos habilitados. § Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico. § Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes CRIMES AMBIENTAIS § Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família. § Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: I - Pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - Pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III-transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. LEI Nº 10.826/2003 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO)CRIMES POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. OMISSÃO DE CAUTELA (VISA EVITAR ACIDENTE) Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24(vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (MANIPULA A ARMA) Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Se a arma for um simulacro, não é crime. Disparo de arma de fogo Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. § 1º Nas mesmas penas incorre quem: I – Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; II – Modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; III – Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; IV – Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; V – Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e VI – Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorizaçãoou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. A pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. § 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. A pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Atentar que os crimes de tráfico internacional de arma de fogo, e comércio ilegal de arma de fogo são hediondos. LEI Nº 11.343/2006 (LEI DE DROGAS) CRIMES CONSUMO PESSOAL Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para CONSUMO PESSOAL drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à comunidade; medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo Se o usuário se recusar a cumprir as medidas educativas acima, de forma injustificada, o juiz poderá submetê-lo sucessivamente a: § admoestação verbal; § multa. Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. TRÁFICO DE DROGAS Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1º Nas mesmas penas incorre quem: § I - importa, exporta, remete, produz, fábrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; § II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria prima para a preparação de drogas; § III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. § IV -vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinadoà preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo coma determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100(cem) a 300 (trezentos) dias- multa. § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6(seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento (..), sem prejuízo das penas previstas no art. 28. § 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa (o chamado tráfico privilegiado). § O STF tem aplicado esta minorante também às mulas do tráfico (ex.: pessoa que não tem ligação com a organização criminosa, masque apenas recebe dinheiro para o transporte. § No mesmo sentido, o STJ: É possível o reconhecimento do tráfico privilegiado ao agente transportador de drogas, na qualidade de "mula", uma vez que a simples atuação nessa condição não induz, automaticamente, à conclusão deque ele seja integrante de organização criminosa. Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias multa. Súmula 607-STJ: "A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras”. Art. 40. As penas previstas nos art. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; II - O agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; IV - O crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; V - Caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estese o Distrito Federal; VI - Sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. Art. 50-a.A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária á realização do laudo definitivo. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a de limitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. Em caso de prisão por tráfico de drogas ilícitas, o juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direito. LEI Nº 13.869/2019 (LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE) § Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. § As condutas descritas nesta lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de: Prejudicar outrem Beneficiar a si mesmo ou a terceiro, Por mero capricho ou satisfação pessoal. § A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade. § Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo. § Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. § São efeitos da condenação a quem comete abuso de autoridade: I - Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; II - A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; III - A perda do cargo, do mandato ou da função pública. As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta lei são: § I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; § II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens; As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo- disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. CRIMES Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou; II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada; III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas; IV - Prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a: I - Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; II - Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado emlei; III - Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência. Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-sefalsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar se ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função. Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem: I - Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências; II - (VETADO); III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). § 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre. Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude. LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO Migrante: Deslocamento dentro de um espaço geográfico; Imigrante: Estrangeiro ou Apátrida que está no Brasil por tempo definitivo Emigrante: Brasileiro que vai para o exterior Apátrida: Não tem nacionalidade reconhecida por ninguém Residente fronteiriço: Mora no exterior, mas em região de fronteira Visitante: Turistando Art. 3º, da Lei nº. 13.445/17. A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes diretrizes: I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos; II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de discriminação; III - não criminalização da migração; IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida em território nacional; V - promoção de entrada regular e de regularização documental; VI – acolhida humanitária; VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e tecnológico do Brasil; VIII - garantia do direito à reunião familiar; IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares; X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas; XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social; XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante; XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e promoção da participação cidadã do migrante; XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de pessoas; XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do migrante; XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço; XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante; XVIII - observância ao disposto em tratado; XIX - proteção ao brasileiro no exterior; XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de todas as pessoas; XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos termos da lei; e XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas. Art. 4º, da Lei nº. 13.445/17. Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados: I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos; II - direito à liberdade de circulação em território nacional; III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e dependentes; IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos; V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada a legislação aplicável; VI - direito de reunião para fins pacíficos; VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos; VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência econômica, na forma de regulamento; XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ; XIV - direito a abertura de conta bancária; XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autorização de residência; e XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para fins de regularização migratória. § 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o disposto no § 4º deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil seja parte. DA ENTRADA E DA SAÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL Art. 39, da Lei nº. 13.445/17. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei. Art. 40, da Lei nº. 13.445/17. Poderá ser autorizada a ADMISSÃO EXCEPCIONAL NO PAÍS de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de posse de documento de viagem válido: I - não possua visto; - seja titular de visto emitidocom erro ou omissão; I - tenha perdido a condição de residente por ter permanecido ausente do País na forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de nova autorização de residência; II - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade competente. Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei. Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante. DESEMBARQUE PERMITIDO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR Art. 42, da Lei nº. 13.445/17. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas decorrentes do transbordo. MEDIDAS SANITÁRIAS Art. 43, da Lei nº. 13.445/17. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário Internacional e com outras disposições pertinentes. IMPEDIMENTOS DE INGRESSO Art. 45, da Lei nº. 13.445/17. PODERÁ ser impedida de ingressar no País, após entrevista individual e mediante ato fundamentado, a pessoa: I condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002; II - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira; III - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional; IV - que apresente documento de viagem que: a) não seja válido para o Brasil; b) esteja com o prazo de validade vencido; ou c) esteja com rasura ou indício de falsificação; V - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando admitido; VI - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo alegado para a isenção de visto; VII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação falsa por ocasião da solicitação de visto; ou VIII - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal. Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião, nacionalidade, pertinente a grupo social ou opinião política. LEI Nº 10.446/2002 – LEI DE REPRESSÃO UNIFORME Esta Lei, como trata o art. 1° trata da possibilidade de a Polícia Federal apurar infrações penais quando houver: repercussão interestadual ou internacional; e exijam repressão uniforme. “Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais”: Dispõe o inciso I, §1º do art. 144 da Constituição o seguinte: “Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: [...] § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”; POLÍCIA FEDERAL Conforme prevê o art. 1º, o Departamento da Polícia Federal pertence ao Ministério da Justiça; A Polícia Federal tem caráter subsidiário na investigação de crimes, vez que, em regra, compete a Polícia Civil. Não há prejuízo da atribuição da Polícias Civis e Militares pela atuação da Polícia Federal. INFRAÇÕES PENAIS APURADOS PELA PF As infrações penais apuradas pela Polícia Federal são as seguintes: sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima; Formação de Cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990); e relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação. falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e venda inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). (Incluído pela Lei nº 12.894, de 2013) furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação criminosa em mais de um Estado da Federação. (Incluído pela Lei nº 13.124, de 2015) Quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres. (Incluído pela Lei nº 13.642, de 2018) AUTORIZAÇÃO OU DETERMINAÇÃO PELO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA O Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça. LEI 10.357/01 – CONTROLE E FISCALIZAÇÃO SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS É a lei que estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica e dá outras providências. Também a pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização deverá informar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, qualquer suspeita de desvio de produto químico a que se refere a Lei 10357/01 Aplica-se às substâncias que não estejam sob controle do Ministério da Saúde Se a quantidade de produtos for inferior aos limites estabelecidos em portaria, não há necessidade de licença Os produtos e a forma de controle são estabelecidos em portaria do Ministro da Justiça. LICENÇAS Compete à Polícia Federal o controle, a fiscalização e aplicação das sanções administrativas Para exerceratividades relacionadas aos produtos listados na lei, ainda que de forma eventual, a pessoa física ou jurídica deve se cadastrar e requerer licença de funcionamento à Polícia Federal, independentemente de demais exigências regulamentares. Licença deve ser renovada anualmente!! Quem realiza atividades com as substâncias deve fornecer periodicamente à PF informações sobre as operações, que deverão ser arquivadas por 5 anos. Quem suspender, por qualquer motivo, o exercício de atividade sujeita ao controle, deve comunicar à Polícia Federal no prazo de 30 dias SANÇÕES (MEDIDAS ADMINISTRATIVAS – PODENDO SER APLICADAS INDEPENDENTE DAS PENAIS) O descumprimento das normas sujeitará os infratores às seguintes medidas administrativas, de forma isolada ou cumulativamente: 1. Advertência formal 2. Apreensão do produto químico encontrado em situação irregular 3. Suspensão ou cancelamento de Licença de Funcionamento 4. Revogação da Autorização Especial 5. Multa de R$ 2.128,20 a R$ 1.064.100,00 (pode ser recolhida em 5 parcelas) A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer das infrações terá prazo de 30 dias, a contar da data da fiscalização, para sanar as irregularidades verificadas, SEM PREJUÍZO da aplicação de medidas administrativas. A medida cabe recurso ao Diretor-Geral da PF. INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS Deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo legal; Deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de 30 dias, qualquer alteração cadastral ou estatutária a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou mudança de atividade sujeita a controle e fiscalização; Omitir as informações, ou prestá-las com dados incompletos ou inexatos; Deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitado, notas fiscais, manifestos e outros documentos de controle; Exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização, sem a devida licença de funcionamento ou autorização especial do órgão competente; Exercer atividade sujeita a controle e fiscalização com pessoa física ou jurídica não autorizada ou em situação irregular, nos termos desta Lei; Deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto químico controlado, para fins ilícitos; Importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, sem autorização prévia; Alterar a composição de produto químico controlado, sem prévia comunicação ao órgão competente; Adulterar laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e embalagens de produtos químicos controlados visando a burlar o controle e a fiscalização; Deixar de informar no laudo técnico, ou nota fiscal, quando for o caso, em local visível da embalagem e do rótulo, a concentração do produto químico controlado; Deixar de comunicar ao Departamento os casos de furto, roubo ou extravio de produto químico controlado e documento de controle, no prazo de quarenta e oito horas; Dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle e fiscalização. ARQUIVOLOGIA É a disciplina que estuda as FUNÇÕES DO ARQUIVO e os princípios e técnicas (arquivística) a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos. Arquivo: Conjunto de documentos PRODUZIDOS NATURALMENTE e/ou RECEBIDOS (compra / doação / permuta) por uma ENTIDADE / PF, no desempenho de suas atividades ESPECÍFICAS (meio), QUALQUER que seja o suporte. NÃO é um órgão. A FUNÇÃO básica é tornar disponíveis as informações contidas do acervo documental sob sua guarda. A principal FINALIDADE é SERVIR À ADM - cultural / histórica (museu), pesquisa / cultural (biblioteca) OBJETIVOS comuns dos arquivos, biblioteca e museus: guarda, preservação e acesso aos documentos. PRINCÍPIOS DA ARQUIVOLOGIA 1)PROVENIÊNCIA (TERRITORIALIDADE) - Diz que os arquivos originários de uma instituição devem manter sua individualidade, SEM se misturarem a arquivos de outras entidades / origens. É possível identificar o fundo1 a que pertence determinado documento. 2) ORGANICIDADE (ORDEM ORIGINAL) - Os arquivos de uma MESMA proveniência devem conservar a organização estabelecida pela entidade produtora. Preservação do CONTEXTO de produção, e reflete a estrutura da entidade produtora 3) INDIVISIBILIDADE (INTEGRIDADE) - Fundos devem ser preservados SEM destruição ou acréscimos indevidos. 4) UNICIDADE - Os documentos de arquivo devem conservar o seu CARÁTER ÚNICO, em função do seu contexto de produção, independentemente de sua forma, gênero, tipo ou suporte 5)CUMULATIVIDADE - Os arquivos constituem uma formação PROGRESSIVA e NATURAL. Os arquivos são acumulados NATURALMENTE e não artificialmente. 6)AUTENTICIDADE - Visa garantir que os documentos sejam criados e conservados de acordo com PROCEDIMENTOS REGULARES que possam ser comprovados. FUNDO: conjunto de DOCUMENTOS de uma MESMA PROVENIÊNCIA. Fundo Aberto - PODEM ser acrescentados novos documentos. Fundo Fechado - NÃO recebe acréscimos de documentos. Entidade produtora cessou atividade. A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o RECOLHIMENTO de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua TRANSFERÊNCIA à instituição sucessora. CONDIÇÕES para que uma entidade produza um fundo de arquivo: Possuir nome / existênc. jurídica Possuir atribuições precisas, estáveis e legais; EXistir definição formal de hierarquia e organização interna formalizada (ORGANOGRAMA) TEORIA DAS TRÊS IDADES Teoria das Três Idades: arquivos são classificados de acordo com a frequência de uso e identificação de seus valores administrativo ou histórico 1) CORRENTE (1 IDADE) - Documentos, em tramitação ou não, objeto de consultas frequentes. Geralmente localizados próximos aos seus setores. Atividades: protocolo, arquivamento, consulta, expedição e empréstimo. Possui valor PRIMÁRIO = administrativo. PODEM ser eliminados. INTERMEDIÁRIA (2 IDADE) - Documentos originalmente correntes, que AGUARDAM destinação (guarda permanente ou eliminação). São consultados e utilizados ESPORADICAMENTE / RARAMENTE.Possui valor PRIMÁRIO = administrativo. PODEM ser eliminados. PERMANENTE (3 IDADE) - Documentos preservados em CARÁTER DEFINITIVO. NÃO podem ser eliminados e estão abertos ao público para consultas. Possui valor SECUNDÁRIO = histórico-cultural (PROBATÓRIO ou INFORMATIVO). OBS/: TODOS os documentos NASCEM com uma finalidade ADMINISTRATIVA (valor primário), ou seja, os documentos NÃO nascem com valor histórico (valor secundário MUDANÇA DE FASE Corrente (1ª) PARA Intermediária (2ª) - ---------------------------------- TRANSFERÊNCIA; Corrente (1ª) ou intermediária (2ª) PARA Permanente (3ª) ---------------------------- RECOLHIMENTO. TIPOS DE ARQUIVAMENTO HORIZONTAL - Doc. ou fichas são colocados uns SOBRE os outros e arquivados em caixas e estantes. Utilizado p/ plantas, mapas e desenhos, bem como nos arquivos PERMANENTES. VERTICAL - Documentos ou fichas são dispostos uns ATRÁS dos outros, permitindo sua rápida consulta. Aconselhado para arquivos CORRENTES. CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS ENTIDADES MANTENEDORAS - Institucionais (igrejas, escolas), comerciais (Cias.), familiares ou pessoas. Públicos – INCLUI os produzidos e recebidos pelas EP, SEM, OS, SSA e aquelas encarregadas da gestão de serviços públicos (delegatárias). EXTENSÃO DE SUA ATUAÇÃO - Setoriais: cada setor possui um, portanto são DESCENTRALIZADOS e cumprem função de arquivo CORRENTE. Gerais ou CENTRAIS: recebem documentos CORRENTES de diversas unidades, portanto CENTRALIZAM as atividades de arquivo CORRENTE CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE ARQUIVOS GÊNERO (SUPORTE) - Textuais: manuscritos, datilografados ou impressos (atas, relatórios, etc.) Cartográficos: ligados à geografia,engenharia e arquitetura (plantas e mapas) Iconográficos: documentos com imagens estáticas (fotografias, cartazes, estampas, etc.) Audiovisuais: som e imagem em movimento (programas televisivos) Filmográficos: imagens em movimento, com ou sem som (filmes, fitas videomagnéticas) Sonoros: formato de áudio (discos, fitas audiomagnéticas) Micrográficos: ligados à microfilmagem (rolos, jaquetas, etc.) Informático: necessitam do computador para que sejam lidos (HD, CD, DVD, etc.) ESPÉCIE Está relacionada à natureza da informação. Por exemplo, qual a natureza de uma certidão? Atestar uma situação fática. O detalhamento da espécie, dá o tipo documental: certidão de óbito, de quitação eleitoral, de tempo de serviço, etc. Tipo = Espécie + Função FORMA Relacionada com o preparo do documento e a maneira como ele é disponibilizado ao consulente FORMATO Relacionado com as características “físicas” de um suporte. EXemplos: o papel pode ser em formato de caderno, códice (livro de registro), livro, folha, agenda, etc. Obs: Lembrar de A3. NATUREZA DOS ARQUIVOS Especiais: custodiam documentos de formas físicas distintas, que merecem tratamento especial no seu armazenamento. EX: slides (diapositivos), filmes, fotografias, discos, etc. Especializados: custodiam documentos de um campo específico, NÃO importando a forma física. Sãos os “arquivos técnicos”. EX: de engenharia, contábeis, de imprensa, médicos, etc. NATUREZA DO ASSUNTO Ostensivos: qualquer pessoa pode consultar o documento. Sigilosos: acesso limitado a um número restrito de pessoas. Quanto ao grau (LAI): Ultrassecreto – 25 anos, prorrogável por até 25 anos. Secreto – 15 anos. Reservado – 5 anos. CARACTRÍSTICA DE UM DOCUMENTO DE ARQUIVO NATURALIDADE - a acumulação ocorre de uma necessidade adm. prática. IMPARCIALIDADE - doc. são inerentemente verdadeiros. Prova de fidedignidade aos fatos. AUTENTICIDADE - capacidade de provar que um doc. efetivamente é o que diz ser, livre de adulterações. INTERRELAÇÃO - documentos estão ligados entre si por um elo que é criado no momento em que são produzidos ou recebidos. GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO E A GESTÃO DE DOCUMENTOS Diagnóstico: identifica eventuais falhas ou lacunas no arquivo da instituição que impedem o seu eficiente funcionamento. É realizada a análise detalhada dos vários aspectos relacionados à estrutura e ao funcionamento do arquivo, como: estado e preservação dos documentos, volume, média de arquivamentos / dia, etc. GESTÃO DE DOCUMENTOS GESTÃO DE DOCUMENTOS: procedimentos e operações referentes à sua produção (criação), tramitação, uso, avaliação e arquivamento (P- A-T-U-A | preservação) em FASE CORRENTE e INTERMEDIÁRIA (PERMANENTE), VISANDO sua ELIMINAÇÃO ou RECOLHIMENTO Um programa de gestão de documentos deve abranger, MINIMAMENTE, procedimentos de GUARDA/RETENÇÃO, ELIMINAÇÃO e RECOLHIMENTO de documentos. A gestão de documentos é operacionalizada através do planejamento, da organização, do controle, da coordenação dos RH, do espaço físico e dos equipamentos. Tramitação: curso do documento desde a sua produção ou recepção até o cumprimento de sua função administrativa FASES DA GESTÃO DE DOCUMENTO 1) PRODUÇÃO - Refere-se à ELABORAÇÃO dos documentos. Arquivista deve contribuir para que seja criado apenas documentos essenciais (RACIONALIZAÇÃO). Criação de MODELOS DE FORMULÁRIOS. 2) UTILIZAÇÃO - Ligada ao USO e TRAMITAÇÃO, e inclui PROTOCOLO, organização e arquivamento de documentos em fase CORRENTE e INTERMEDIÁRIA. Inclui a elaboração de NORMAS DE ACESSO (empréstimo e consulta) 3) DESTINAÇÃO - Determinar o prazo de guarda, bem como quais serão objeto de arquivamento PERMANENTE e os que deverão ser ELIMINADOS. ANÁLISE e AVALIAÇÃO. TODA eliminação de arquivo na ADMP precisa ser AUTORIZADA pelo Arq. Nacional. ARQUIVO CORRENTE EM Curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes: Atividades: protocolo ⇢ expedição ⇢ arquivamento ⇢ empréstimo e consulta ⇢ destinação PROTOCOLO Serviço / Setor encarregado do recebimento, classificação, registro, distribuição (interna), expedição (externa) e controle da tramitação de documentos. 1) Recebimento - Tanto documentos internos quanto aqueles encaminhados por outras instituições. Há identificação dos METADADOS do documento. 2) CLASSIFICAÇÃO - Identificar os ASSUNTOS dos documentos, classificando-o de acordo com os códigos elencados no PLANO DE CLASSIFICAÇÃO (orienta a elaboração da TTD) Documentos particulares (de funcionários – carta, encomenda, etc.) e sigilosos (LAI) devem ser encaminhados diretamente aos respectivos destinatários, SEM classificação, pois têm acesso restrito 3) Registro - Procedimento de cadastro do documento em um sistema de controle, atribuindo um nº para acompanhamento – o termo “autuação” é utilizado p/ processo. 4) Distribuição - Atividade de envio do documento ao destinatário. Quando destinatário interno, distribuição, quando externo, expedição; 5) CONTROLE DA TRAMITAÇÃO - Permite identificar a exata localização do documento, a data de entrada na instituição, as unidades por onde passou, quem e quando o recebeu etc. Rotinas do PROTOCOLO 1º passo – Receber a correspondência (malotes, balcão etc.). 2º passo – Separar a correspondência oficial do particular. 3º passo – DISTRIBUIR a correspondência particular. 4º passo – Separar a correspondência oficial de caráter ostensivo da de caráter sigiloso. 5º passo – ENCAMINHAR a correspondência sigilosa aos respectivos destinatários. 6º passo – ABRIR a correspondência ostensiva (aquele que não é sigiloso nem particular). ANEXAÇÃO: Juntada, em caráter definitivo, de documento ou processo a outro processo, na qual prevalece, para referência, o número do processo mais antigo. APENSAÇÃO: Juntada, em caráter TEMPORÁRIO, com o objetivo de elucidar ou subsidiar a matéria tratada, conservando cada processo a sua identidade e independência. ARQUIVAMENTO O método de arquivamento é determinado pela natureza dos documentos e pela estrutura da entidade SISTEMA DE ARQUIVAMENTO DIRETO - A informação é recuperada DIRETAMENTE no local em que se encontra arquivada; SISTEMA DE ARQUIVAMENTO INDIRETO - Localização da informação é feita através da consulta a um índice e posteriormente no local arquivado. ALFABÉTICO - Desvantagem os erros quando o volume é grande, devido ao cansaço visual e à variedade de grafias. É o método MAIS UTILIZADO. GEOGRAFICO - Principal elemento é o local ou procedência da informação. Desvantagem: uso de duas classificações: local e nome do correspondente. Pode ser (CAPITAIS SEMPRE 1º): ESTADO, CIDADE, NOME DO CORRESPONDENTE CIDADE, ESTADO, NOME DO CORRESPONDENTE NÚMERICO SIMPLES um nº para cada documento, sendo a ordem dada pela entrada ou registro. EXiste um índice remissivo para saber a que se refere dado nº. Cronológico: igual ao simples, mas a data também importa. EX: 1.152/2016. Dígito-T(3)erminal*: locais com GRANDES VOLUMES de informações. Os documentos são numerados sequencialmente, mas em 3 pares CC-BB-AA, sendo lidos da direta para a esquerda. Se há só 5 números, basta completar o grupo “C” com 0 (EX: 89.090 = 08-90-90). Ideográfico (ASSUNTO) - Depende de interpretação dos documentos sob análise, além de amplo conhecimento das atividades da instituição. VARIADEX - É o método alfabético, acrescentando CORES (5 cores diferentes) às letras. As cores são atribuídas em função da 2ª letra do nome de entrada no arquivo. Inspeção – examinar o documento, verificando o último despacho, para se ter certeza de que o mesmo se destina ao arquivamento ou se obedecerá a uma outra rotina (ser anexado a outro, por exemplo). Análise– ler com atenção o documento, interpretando-o, a fim de classificá-lo de forma adequada, colocando também a codificação mais apropriada, as referências cruzadas necessárias (assuntos correlatos) e verificando a existência de documentos antecedentes (mesmo assunto e mesma pessoa). Ordenação – é a maneira como os documentos estão dispostos, levando-se em conta a classificação e a codificação adotadas. Torna o arquivamento mais rápido e racionaliza as tarefas. Arquivamento – é a guarda do documento no local designado AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS A avaliação dos documentos de arquivo consiste em identificar seus valores e definir prazos de guarda. Os documentos do arquivo permanente não podem ser eliminados, logo, o prazo de guarda só ocorre nas fases correntes e intermediárias. A avaliação deve ser feita na idade corrente. Além do prazo de guarda, a avaliação é responsável por estabelecer a destinação final dos documentos, ou seja, sua eliminação ou seu recolhimento. ARQUIVO INTERMEDIÁRIO Arquivos Intermediários: aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Por serem arquivos utilizados com menor frequência, podemos identificar que as atividades do arquivo intermediário são bem menores, quais sejam, CONSULTA e EMPRÉSTIMO. ARQUIVO PERMANENTE Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser DEFINITIVAMENTE preservados. Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. ACONDICIONAMENTO Embalagem ou guarda de documentos visando à sua preservação e acesso. Avaliar a natureza do documento; Avaliar o tipo de suporte; e Avaliar o estado de conservação, as condições de uso, manuseio e o armazenamento ao qual deve ser submetido. ARMAZENAMENTO O armazenamento recebe o documento, acondicionado ou não, para ser guardado. Para o adequado armazenamento, é fundamental a escolha de móveis adequados que são os de metal esmaltado. CATALÓGO Catálogo descreve CADA UM dos documentos que compõem o arquivo, INDIVIDUALMENTE, de forma REDUZIDA ou EXAUSTIVAMENTE (analítica). DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS O produto dessa conversão do documento em arquivo digital (dados binários) não será igual ao original e NÃO substitui o original que deve ser preservado. TODO documento digitalizado é um documento digital (EX: pdf de um scan), MAS nem todo documento digital é um documento digitalizado (EX: qualquer arquivo “born digital” como um documento word). MICROFILMAGEM Resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. Os microfilmes produzirão os MESMOS EFEITOS LEGAIS dos documentos originais; A redução dos espaços utilizados pelos documentos é um dos principais objetivos da microfilmagem. Os ORIGINAIS dos doc. de valor permanente JAMAIS podem ser ELIMINADOS. Cada microfilme ter uma cópia, a ser armazenada em local distinto do original. PRESERVAÇÃO - PREVENÇÃO (dano ainda não ocorreu) da deterioração e danos em documentos, por meio de adequado controle ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico CONSERVAÇÃO - Conjunto de ações estabilizadoras que visam DESACELERAR (dano iniciou) o processo de degradação de documentos por meio de controle ambiental e de tratamento específicos. LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA Política Nacional de Arquivos: definida pelo CONARQ. O reconhecimento de firma de autoridades que autenticarem os documentos oficiais arquivados é DISPENSÁVEL. SINAR (Sistema Nacional de Arquivos) tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e privados. SINAR tem como órgão central o CONARQ Podem ser declarados de interesse público e social por decreto do PR os arquivos privados de PF/PJ que contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional. Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo PODER EXECUTIVO FEDERAL. Os microfilmes as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os MESMOS efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dele. Novidades da Lei 13.874/2019, sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos: Após digitalizado, o original PODERÁ ser destruído, exceto documentos históricos; Decorrido o prazo de decadência ou prescrição, o documento eletrônico / óptico PODE ser eliminado; Documentos digitalizados terão MESMO valor probatório que os originais; Documentos digitalizados terão o MESMO efeito jurídico conferido aos documentos microfilmados; Novidades da Lei 14.129/2021, ainda sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos: O processo de digitalização deverá ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o emprego de assinatura eletrônica.