Atividade Extensionista I

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
XXXXX
ATIVIDADE EXTENSIONISTA I
CURITIBA
2022
RESUMO
Não é somente legado histórico/cultural que deixaremos para as gerações futuras, mas também resíduos e lixos que “não acabam mais”. Diante desses esforços de melhoria contínua, será exposto boas práticas de segregação e descarte de resíduos oriundo de uma empresa privada, além de investimentos públicos para fomentar melhorias fundamentais para inclusão e consciência ambiental.
Palavras-chave: Reciclagem, Logística Reversa, Coleta seletiva
1 INTRODUÇÃO
Os tratamentos de resíduos em alguns setores de nossa sociedade precisam serem aprimorados, isto é fato e sabemos disso a alguns anos. Por outro lado existem bons exemplos de melhoria em setores privados que podemos utilizar como boas práticas a serem copiadas. Alguns dados estatísticos dizem que o Brasil produz, por dia, perto de 150 mil toneladas de lixo, desde montante 77% de origem residencial, outros dados informam que 60,5% dos municípios brasileiros estão acumulando seus resíduos sólidos de forma inapropriada.
A maior quantidade de segregação do lixo no país é em áreas onde o lixo simplesmente é empilhado, sem cuidados com a separação de produtos orgânicos e inorgânicos, ou ainda com a reciclagem e o tratamento dos resíduos que podem contaminar solos e rios.
Mediante ao nosso contexto em que estamos inseridos, realizei uma pesquisa desse tema em uma empresa privada, onde foi conhecido o procedimento e práticas adotadas no cuidado de armazenamento e descarte dos seus resíduos administrativos.
2 METODOLOGIA
Estudo de caso foi a metodologia adotada, onde visa conhecer melhor as práticas adotadas pela empresa XXXX, analisando sua política de gerenciamento de resíduos através de seus documentos internos e a rotina administrativa da sede da empresa, localizada na cidade de XXXXX.
3 DESENVOLVIMENTO
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), durante a pandemia da COVID 19 a geração de lixo urbano cresceu cerca de 4%, resultando em torno de 1,07kg por habitante, por dia. Anteriormente a isso, em 2010 foi publicado a Lei Federal n°12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), onde determinou até 2014 o prazo para que todos os municípios do país tenham uma destinação correta dos seus resíduos, substituindo todos os lixões por aterros sanitários.
Outros dados emitidos pela Abrelpe foi que em 19 anos no Brasil teve um crescimento de 18% na geração de resíduos sólidos urbanos
Diante desse panorama de crescimento na geração de resíduos, fui conhecer como uma das grandes empresas de São Leopoldo, a concessionária de energia RGE, para verificar como os colaboradores estão atualmente tratando e gerenciando seus resíduos após o retorno das atividades presenciais na empresa e se a cidade de São Leopoldo já se enquadrou na Lei n°12.305/2010.
4 RESULTADOS 
Ao visitar o setor do ISMA (Gerência de Meio Ambiente das distribuidoras do Grupo XXXX), entrevistei uma analista de segurança e meio ambiente que apresentou o PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS da empresa, onde conceitua:
“...metodologia para o diagnóstico, gerenciamento, armazenamento, identificação, controle e destinação de resíduos sólidos e líquidos, gerados pela execução das atividades de construção, operação, manutenção, desmantelamento das redes, subestações de energia, instalações prediais, geração de energia, serviços diversos bem como dos resíduos oriundos de emergências ambientais.” (GED2428, p.1).
A empresa possui um fluxo de ações que nutri seu processo a partir da geração de resíduos sólidos, conforme apresentado na figura 1.
Figura 1
Esse fluxo apresentado rege além de resíduos administrativos, outros gerados através do ramo de manutenção/obra nas redes de energia, sendo esses resíduos Classe I – Perigoso, capaz de causar danos à saúde humana ou ao meio ambiente, conforme a ABNT NBR 10.004:2004. Todavia esse resíduo Classe I não é objeto de estudo dessa pesquisa.
O estudo de caso, foi nos resíduos administrativos, onde basicamente é gerado pela área de escritório, sendo classificados conforme tabela abaixo:
	Resíduo
	Descrição
	Reciclável
	Papel, papelão, vidro, papel plastificado, embalagens
	Lixo Comum / Não Reciclável
	Restos de comida, erva-mate, filtros e borras de café e chá, papel higiênico, guardanapos, resíduos de varrição, fitas durex.
	Perigosos
	Pilhas, baterias, lâmpadas, reatores.
	Eletrônicos
	Computadores, cabos etc.
A empresa incentiva muito seus colaboradores a praticarem a coleta seletiva tanto fora, quanto nas dependências da companhia, disponibilizando vários locais para o armazenamento dos resíduos conforme cores do Resolução Conama 275/2001, conforme fotos tiradas do interior da empresa.
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 7.
a) Identificado como “Papeis” coletor Azul: formulários, envelopes, revistas, jornais, caixas de papelão e outros;
b) Identificado como “Plásticos” coletor vermelho: garrafas, frascos, sacos, copos plásticos, embalagem tetra pak, embalagens plásticas metalizadas e outros;
c) Identificado como “Lixo Comum/Não Recicláveis” cor marrom ou cinza: resíduos orgânicos, restos de alimentos, papel higiênico, guardanapos, resíduos de varrição, entre outros;
d) Identificado como “Metais” cor amarela: latas, clips, grampos, arames, embalagens vazias de aerossóis e outros;
e) Identificado como “Vidros” cor verde: copos, garrafas, frascos, vidraças e outros;
f) Na figura 7 local de armazenamento para a coleta seletiva da prefeitura.
Na conscientização, o setor de ISMA em conjunto com a CIPA realizam diversos comunicados, relembrando e alertando seus colaboradores. Exemplo abaixo na figura 8.
Figura 8
A destinação final desses resíduos analisados é através da coleta municipal realizados em dois dias da semana, nas terças e quintas, durante o período da manhã. Onde um caminhão coletor da rota “XXXX” realiza a coleta. Rota estimada conforme figura 9.
Figura 9
O outro ponto do estudo seria conhecer se a prefeitura de São Leopoldo já se enquadrou na Lei Federal n°12.305/2010. Após realizado um contato com a ouvidoria da prefeitura foi apresentado a empresa CRVR (Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos), que desde novembro de 2011, o município possui uma nova unidade de valorização de resíduos sólidos urbanos através do contrato nº 191/14, CP nº 05/14. Localizada em uma área de 135 hectares na Estrada do Socorro, Arroio Manteiga, em São Leopoldo/RS. 
A área utilizada para fins de armazenagem é em torno de 60 hectares e as demais são áreas de preservação. O tratamento dos resíduos é através de lagoas devidamente impermeabilizadas para acumulação de líquidos.
Em novembro de 2021 a prefeitura informou que irá ampliar seus horizontes no ano de 2022 com investimento para ampliar a reciclagem de resíduos, onde atualmente as cooperativas são responsáveis pela coleta, triagem e comercialização dos recicláveis, inserindo catadores de baixa renda.
5 CONCLUSÃO 
A segregação correta dos resíduos é uma importante ferramenta na gestão dos resíduos urbanos, além disso uma das grandes metas é a busca da sua autossustentabilidade ambiental. O diagnóstico informado pela analista de segurança e meio ambiente, que me fez participar desse dia, consentiu que a adesão interna dos colaboradores é de quase 99% a aplicação da segregação conforme o tipo de resíduo, restando somente alguns pontos de melhoria no refeitório onde algumas embalagens já contaminadas com restos de comida são descartadas nos recipientes plásticos. Já na área municipal, conforme informando no item anterior nesse ano irá intensificar a inclusão de novos colaboradores e um projeto de desenvolver através de materiais recicláveis de resíduos plásticos, blocos de PVS ecológicos (material utilizado em pavimentação e calçamento de ruas) onde serão produzidos nas cooperativas locais aqui de XXXX.
Sensibilizar os colaboradores de suasobrigações com o meio ambiente, não somente dentro da companhia ondem trabalham, mas também em sua casa e cidade se faz necessário transpormos as barreiras, pois é algo que não se aprende apenas numa instituição, ela é apenas o caminho a ser trilhado. Investir em abordagens que realmente motivem as pessoas a sair da sua zona de conforto e enxergar seu papel como cidadão, onde tudo isso só tem para melhoria coletiva e qualidade de vida.
6 REFERÊNCIAS
ABRELPE. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2019 – 2020. São Paulo: ABRELPE, 2020. Disponível em: <https://abrelpe.org.br/panorama/>. Acesso em: 06 junho 2022. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10004: Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
BRASIL. Lei n. 12.305/2010, de 2 de agosto de 2010. Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
DA REDAÇÃO. “Geração de resíduos aumenta 4% com brasileiro em casa durante a pandemia”, Istoé Dinheiro publicado em 23/01/2022. Disponível em: <https://www.istoedinheiro.com.br/geracao-de-residuos-aumenta-4-com-brasileiro-em-casa-durante-a-pandemia/>. Acesso em 16 de junho de 2022.
GRUPO SINOS. “São Leopoldo planeja ampliar a reciclagem de resíduos”. Disponível em: <https://www.jornalvs.com.br/noticias/regiao/2021/11/17/sao-leopoldo-planeja-ampliar-a-reciclagem-de-residuos.html/>. Acesso em 16 de junho de 2022.
OLIVEIRA, Nelson. “Aumento da produção de lixo no Brasil requer ação coordenada entre governos e cooperativas de catadores”. Agencia do Senado Brasília, publicado em 07/06/2021. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/06/aumento-da-producao-de-lixo-no-brasil-requer-acao-coordenada-entre-governos-e-cooperativas-de-catadores#:~:text=Segundo%20a%20Abrelpe%2C%20a%20cobertura,compara%C3%A7%C3%A3o%20entre%20os%20dois%20anos> Acesso em 16 de junho de 2022
SILVA, Júlio César Lázaro da. "Saneamento Básico e a Questão do Lixo"; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/saneamento-basico-questao-lixo.htm>. Acesso em 16 de junho de 2022.
ANEXO A – Registro da Cooperativas de reciclagem da Prefeitura de São Leopoldo
ANEXO B - PGRS
Geração e segregação
Acondicionamento
Coleta
Transporte interno
Armazenamento
Transporte Externo
Destinação final
Resíduos Sólidos (tonela/ano)
t/ano (milhoes	
2010	2019	66.7	79	
milhões
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