Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

O EFEITO DOS PROBIÓTICOS, PREBIÓTICOS E SIMBIÓTICOS NO TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
Andressa de Sousa Carvalho Sá; Bárbara Verônica Cardoso de Souza
Universidade Federal do Piauí, Campus Universitário Ministro Petrônio Portella, Bairro Ininga, Teresina, Piauí, CEP: 64049-550, Brasil, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição
Palavras chaves: disbiose, microbiota vaginal, nutrição, lactobacilos
INTRODUÇÃO	
A candidíase vulvovaginal é uma infecção causada por fungos do gênero Candida na vulva e vagina, geralmente resultante de um desequilíbrio na microbiota vaginal. Clinicamente, manifesta-se com corrimento esbranquiçado, prurido, ardor, disúria, edema e eritema vulvovaginal. Muitas vezes, o tratamento é empírico pode ser exacerbado pelo uso de medicamentos sem prescrição, aumentando a resistência aos antifúngicos. A nutrição funcional, através do uso de prebióticos, probióticos e simbióticos, emerge como uma abordagem para tratar, prevenir e controlar a disbiose intestinal, promovendo o crescimento de bactérias benéficas na microbiota intestinal e vaginal por migração, por conta da proximidade e conexão entre as floras.
OBJETIVOS
Avaliar a utilização e eficácia dos probióticos, prebióticos e simbióticos no tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal.
MATERIAL E MÉTODO
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura (2018-2023), utilizando as bases de dados Publisher Medline (PubMed), Lilacs e Scielo, com o emprego dos descritores “probiotics; prebiotics; synbiotics; Candidiasis, Vulvovaginal” com o uso dos operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos artigos em português, inglês e espanhol, estudos observacionais, ensaios clínicos e estudo retrospectivo. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão, artigos que não apresentaram nenhum dos descritores, além de trabalhos realizados fora do período estabelecido ou que não estavam relacionados com o tratamento da candidíase.
RESULTADOS
Foram analisados 12 estudos e evidenciam-se dados apenas dos probióticos, assim faz-se necessário estudos sobre os prebióticos e simbióticos no tema em questão. Os artigos apresentaram metodologias de pesquisa parecidas em sua maioria, diferenciando-se apenas em testes in vitro e in vivo. Nos estudos analisados, o tratamento probiótico apresentou capacidade antifúngica às colônias de Candida albicans e observou-se uma redução significativa dos sintomas da candidíase em curto prazo. Além disso, os probióticos produzem compostos metabólicos, conhecidos como sobrenadantes livres de células (SLC) e “pós-bióticos” que também participam da eubiose vaginal. As espécies L. crispatus e L. plantarum são fortes candidatas, pois nos estudos demonstraram-se boas formadoras de biofilme, de adesão e atividade antifúngica. L.casei, Saccharomyces cerevisiae demonstraram suportar ambientes de pH ácidos e resistência à passagem pelo TGI, respectivamente.
CONCLUSÕES
Conclui-se que os probióticos na forma complementar e de suplementação, no tratamento da candidíase vulvovaginal, atuam com benefícios na prevenção e na manutenção do equilíbrio da microbiota vaginal. Dessa forma, probióticos apresentam potencial promissor para serem utilizados no tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal. E, há uma lacuna na literatura em relação a ação dos prebióticos e simbióticos, assim sugerindo-se estudos sobre a aplicação dos mesmos no tratamento da candidíase vulvovaginal.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, P. D. V. O ecossistema vaginal. 2017. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa, 2017.
ÁLVARES, C. A.; SVIDZINSKI, T. I. E.; CONSOLARO, M. E. L. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 43, p. 319-327, 2007.
CARVALHO, R. J. V. de et al. IgA, IgE e subclasses de IgG anti-Candida albicans no soro e lavado vaginal de pacientes com candidíase vulvovaginal. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 49, p. 434-438, 2003.
CONRADO, B. Á. et al. Disbiose Intestinal em idosos e aplicabilidade dos probióticos e prebióticos. Cadernos UniFOA, v. 13, n. 36, p. 71-78, 2018.
CRUZ, G. S. et al. Candidíase vulvovaginal na Atenção Primária à Saúde: diagnóstico e tratamento. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 94, n. 32, 2020.
DA SILVA CORDEIRO, E.; DE MATOS, L. S. C.; DA COSTA MAYNARD, D. Candidíase: dietoterapia e o uso cepas como coadjuvantes no tratamento. Research, Society and Development, v. 11, n. 9, p. e24211931786-e24211931786, 2022.
DA SILVA MACENA, M. V.; NASCIMENTO, P. M. R.; DA COSTA MAYNARD, D. Disbiose intestinal e suas correlações com candidíase de repetição. Research, Society and Development, v. 11, n. 16, p. e424111638346-e424111638346, 2022.
DA SILVA, N. F. et al. Caracterização in vitro de propriedades probióticas de bactérias ácido láticas. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, v. 15, n. 1, 2021.
DE ANDRADE CORRÊA, A. R. et al. O Mecanismo de Ação dos Bióticos na Disbiose e a Relação com a Obesidade e Ansiedade. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 4, p. 975-1001, 2022.
DECHERF, A. et al. Recovery of Saccharomyces cerevisiae CNCM I-3856 in vaginal samples of healthy women after oral administration. Nutrients, v. 12, n. 8, p. 2211, 2020.
DO PRADO, B. A. G. et al. Modulação Intestinal. Revista Multidisciplinar da Saúde, v. 5, n. 3, p. 39-53, 2023.
ER, S. et al. Anticandidal activities of lactic acid bacteria isolated from the vagina. Turkish journal of medical sciences, v. 49, n. 1, p. 375-383, 2019.
GOMES, L. C. S. S. As consequências da disbiose intestinal na saúde da mulher: uma revisão integrativa. Centro Universitário Maria Milza, 2022.
ITAPARY DOS SANTOS, C. et al. Antifungal and antivirulence activity of vaginal Lactobacillus spp. products against Candida vaginal isolates. Pathogens, v. 8, n. 3, p. 150, 2019.
JANG, S. J. et al. Os lactobacilos vaginais inibem o crescimento e a formação de hifas de Candida albicans. Relatórios científicos , v. 9, n. 1, pág. 8121, 2019.
KANG, C. H. et al. Propriedades probióticas in vitro de Lactobacillus salivarius MG242 isolado de vagina humana. Probióticos e proteínas antimicrobianas , v. 10, p. 343-349, 2018.
LIAO, H. et al. Enhanced antifungal activity of bovine lactoferrin-producing probiotic Lactobacillus casei in the murine model of vulvovaginal candidiasis. BMC microbiology, v. 19, p. 1-13, 2019.
LIMA, H. G. M. et al. Candidíase vulvovaginal na atenção primária à saúde: rastreamento de mulheres diagnosticadas em municípios na região central do Estado do Tocantins, Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 9, p. e51111929505-e51111929505, 2022.
LÍRIO, J. et al. Antifungal (oral and vaginal) therapy for recurrent vulvovaginal candidiasis: a systematic review protocol. BMJ open, v. 9, n. 5, p. e027489, 2019.
MÄNDAR, R. et al. Impact of Lactobacillus crispatus-containing oral and vaginal probiotics on vaginal health: a randomised double-blind placebo controlled clinical trial. Beneficial Microbes, v. 14, n. 2, p. 143-152, 2023.
MCKLOUD, E. et al. Recurrent vulvovaginal candidiasis: a dynamic interkingdom biofilm disease of Candida and Lactobacillus. Msystems, v. 6, n. 4, p. 10-1128, 2021.
MINKINA, G. N.; BONDARENKO, K. R.; SELIKHOVA, M. S.; SOLTYS, P. A. Renaissance of the vaginal microbiota: reframing clinical paradigms. Russian Journal of Woman and Child Health. v. 5, n. 4, 2022.
MOLLAZADEH-NARESTAN, Z. et al. Comparing the effect of probiotic and fluconazole on treatment and recurrence of vulvovaginal candidiasis: a triple-blinded randomized controlled trial. Probiotics and Antimicrobial Proteins, v. 15, n. 5, p. 1436-1446, 2023.
PALUDO, R. M.; MARIN, D. Relação entre candidíase de repetição, disbiose intestinal e suplementação com probióticos: uma revisão. Revista Destaques Acadêmicos, v. 10, n. 3, 2018.
PANIÁGUA, A. L. et al. Inhibitory effects of Lactobacillus casei Shirota against both Candida auris and Candida spp. isolates that cause vulvovaginal candidiasis and are resistant to antifungals. BMC complementarymedicine and therapies, v. 21, n. 1, p. 1-8, 2021.
PAROLIN, C. et al. Os biofilmes de Lactobacillus influenciam a atividade anti-Candida. Fronteiras em microbiologia , v. 12, p. 750368, 2021.
PAROLIN, C. et al. Vaginal Lactobacillus impair Candida dimorphic switching and biofilm formation. Microorganisms, v. 10, n. 10, p. 2091, 2022.
SANTOS, C. MA et al. Anti-inflammatory effect of two Lactobacillus strains during infection with Gardnerella vaginalis and Candida albicans in a HeLa cell culture model. Microbiology, v. 164, n. 3, p. 349-359, 2018.
SPAGGIARI, L. et al. Lactobacillus acidophilus, L. plantarum, L. rhamnosus, and L. reuteri cell-free supernatants inhibit Candida parapsilosis pathogenic potential upon infection of vaginal epithelial cells monolayer and in a transwell coculture system in vitro. Microbiology Spectrum, v. 10, n. 3, p. e02696-21, 2022.
SOARES, D. M. et al. Candidíase vulvovaginal: uma revisão de literatura com abordagem para Candida albicans. Brazilian Journal of Surgery & Clinical Research, v. 25, n. 1, 2018.
STABILE, G. et al. A new therapy for uncomplicated vulvovaginal candidiasis and its impact on vaginal flora. In: Healthcare. MDPI, 2021. p. 1555.
SUPERTI, F. D. S., F. Warding off recurrent yeast and bacterial vaginal infections: Lactoferrin and lactobacilli. Microorganisms, v. 8, n. 1, p. 130, 2020.
VAHEDPOOR, Z. et al. Vaginal and oral use of probiotics as adjunctive therapy to fluconazole in patients with vulvovaginal candidiasis: A clinical trial on Iranian women. Current Medical Mycology, v. 7, n. 3, p. 36, 2021.
VALENTINI NETO, J. et al. Effects of synbiotic supplementation on gut functioning and systemic inflammation of community-dwelling elders-secondary analyses from a randomized clinical trial. Arquivos de Gastroenterologia, v. 57, p. 24-30, 2020.
WONG, S. S. W. et al. In vitro and in vivo activity of a novel antifungal small molecule against Candida infections. PLoS one, v. 9, n. 1, p. e85836, 2014.

Mais conteúdos dessa disciplina