Prévia do material em texto
Fascio Plasmodiidae, Haemoproteidae, Hepatozoidae, Babesiidae, Theileriidae Prof. Maristela Peckle Peixoto 2023 INSTITUTO DE VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA ANIMAL IV 402 – PARASITOLOGIA II Aula Teórica parasito2ufrrj@gmail.com Taxonomia Império Eukaryota Corliss, 1994 Reino Protozoa Goldfuss, 1818 Filo Apicomplexa Levine, 1970 Classe Haematozoea Vivier, 1982 Ordem Haemosporida Danilewsky, 1885 Família Plasmodiidae Gênero Plasmodium Filo Apicomplexa Levine, 1970 Estrutura Morfológica Cowman & Brendan, 2006 Plasmodiidae Malária humana ou Paludismo - é uma doença infecciosa aguda ou crônica em humanos; Malária aviária. Transmissão: vetores são dípteros Culicídeos (reprodução sexuada); Pigmento de hemozoína presente nas fases eritrocíticas/ relação direta com a hemoglobina; No vertebrado as esquizogonias: hepatócitos e eritrócitos; ou em células endoteliais e do sistema fagocítico monuclear de vários tecidos e órgãos, especialmente nas aves. Espécies que acometem humano/primatas: Plasmodium vivax (comum) Plasmodium falciparum (muito patogênico) Plasmodium malariae (raro no Bra) Plasmodium ovale (não tem no Bra) Plasmodium knowlesi (macacos/hom) Plasmodium simium (macacos/hom) Malária Humana Anopheles darlingi A. aquasalis Malária como zoonose Plasmodiidae Importância – Malária humana Todos os anos há mais de 300 milhões de casos de malária, sendo 90% na África. Mata 1 milhão de pessoas por ano, os mais pobres são os que mais sofrem. Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem. https://www.msf.org.br/ https://acervo.oglobo.globo.com/ Mapa de risco atual - Brasil Boletim epidemiológico, Ministério da Saúde. Vol. 53, maio/2022. Vetores – Malária em primatas • O sistema de transmissão da floresta amazônica é o mais importante (99% dos casos) e envolve principalmente o An. darlingi. • O sistema de transmissão da Mata Atlântica envolve os mosquitos associados às bromélias: An. bellator e An. cruzii. • O sistema de transmissão 'costeira' envolve principalmente An. aquasalis. Carlos et al., 2019 Plasmodiidae Região amazônica – casos por tipo de área Boletim epidemiológico, Ministério da Saúde. Vol. 53, maio/2022. • Plasmodium simium => comum em macacos da floresta atlântica; • Casos autóctones; • Espécie de mosquito do gênero Anopheles cujas larvas preferem as bromélias como habitat; • 50 anos atrás o RJ era uma área de malária: P. vivax (99% dos casos). Lancet Glob Health 2017. Pesquisadores IOC/FIOCRUZ. Bugio http://novotempo.com/ecologia Plasmodiidae 2021: 26 casos de Malária notificados no RJ, 3 autóctones. Patogenia MAIS TARDE: acessos periódicos de calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a liberação de substâncias imunogênicas tóxicas na corrente sanguínea. INICIALMENTE POR SINTOMAS INESPECÍFICOS: febre, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Na fase inicial, é comum que a doença seja confundida com uma virose respiratória ("gripe"). APARECIMENTOS DAS MANIFESTAÇÕES: após o período de incubação OU podem surgir meses ou anos após a infecção http://www.guiasaudero.com.br Plasmodiidae Plasmodium falciparum “Febre terçã maligna” – Sintomas mais graves. Malária cerebral. acessos febris repetindo-se com intervalos de 36 a 48 horas. É responsável pela maioria dos casos fatais. Plasmodium vivax “Febre terçã benigna” - acessos febris a cada 48 horas. Mais frequente no Brasil. Plasmodium malariae “Febre quartã” - acessos febris a cada 72 horas. Pouco frequente no Brasil. Plasmodium ovale Ciclo de 48 horas; não assinalado no Brasil. Plasmodiidae Malária Humana (Impaludismo, Febre Intermitente, Febre Palustre, Maleita, Mal Dos Pântanos, ...) Ciclo Biológico Esquizogonia (assexuado) Ciclo pré-eritrocítico Esquizogonia (assexuado) Ciclo eritrocítico Macrogametócito Microgametócito C o w m an & C ra b b , 20 0 6 Plasmodiidae No mosquito VASOS SANGUÍNEOS VASOS SANGUÍNEOS 1. Exflagelação 2. Zigoto 3. Oocineto 4. Oocisto na parede externa do estômago 5. Oocisto em multiplicação (esporogonia) - 8.000 a 10.000 esporozoítas por cada oocineto. 1 2 3 4 5 Plasmodiidae Ciclo biológico por espécie Plasmodium falciparum - Período de incubação: 12 dias; Invade todos os eritrócitos (imaturos, envelhecidos ou de meia idade). Ciclos eritrocíticos de 36 a 48h; não formam hipnozoítas. Plasmodium vivax - Período de incubação: 8-31 dias (média = 14); só invade os eritrócitos jovens/imaturos. Ciclos eritrocíticos de 48h; formam hipnozoítos. Plasmodium ovale - Período de incubação: 15 dias; invade os eritrócitos jovens imaturos. Ciclos eritrocíticos de 48h; formam hipnozoítos. Plasmodium malariae - Período de incubação: várias de semanas, meses e anos (28-37 dias). Não causa doença aguda fatal, geralmente, porque só infecta eritrócitos envelhecidos, tendo receptores específicos. Se não tratada, causa doença crônica com sintomas durante muitos anos. Não formam hipnozoítas. Ciclo eritrocítico de 72 horas. Plasmodiidae Plasmodiidae Malária Aviária Espécies que acometem AVES: Plasmodium juxtanucleare Plasmodium gallinaceum Plasmodium relictum Plasmodium elongatum dentre outras Culex sp. Aedes sp., Mansonia sp. Plasmodiidae Malária Aviária - Plasmodium juxtanucleare Principal hospedeiro – galinha doméstica. Outros hospedeiros: membros da Ordem Galliforme. Infecção crônica, de forma assintomática e raramente fatal. Sinais: anemia, febre, inapetência, megalia de órgãos, distúrbios digestivos e neurológicos (sonolência, paralisia das patas, tremores, prostação) e morte associada com o grau de parasitemia. Arquivo Pessoal Plasmodiidae Ciclo: Principal diferença no ciclo está na fase pré-eritrocítica: esporozoítos podem invadir ou ser fagocitados por células endoteliais ou do sistema fagocítico mononuclear (SFM), de vários tecidos (em especial baço e pele) originando, por meio de esquizogonia, os merozoítos. Haemoproteidae Gênero Haemoproteus Haemoproteus columbae Transmissor: mosca hematófaga (Pseudolynchia sp.). Hospedeiro: aves columbiformes (pombos) Presença de gametócitos em eritrócitos. Esquizontes em células teciduais do pulmão. Sintomas: febre recorrente ( sobe e desce ) 43 graus; diarréia, fezes brancas ou amareladas. dispnéia, aumento da frequência respiratória; anemia gradual. Coleção Didática DPA/UFRRJ h tt p :/ /m em o ri as -o ld .i o c. fi o cr u z. b r/ 10 2( 3) /1 0 2( 3) .h tm Ciclo de Aragão * Citômeros de Aragão http://memorias-old.ioc.fiocruz.br/102(3)/102(3).htm Ciclo: Nos parasitos do gênero Haemoproteus a merogonia exoeritrocítica ocorre nas células endoteliais, macrófagos e miofibroblastos (principalmente nos músculos estriados) onde são formados os megalomerontes (megaloesquizontes). Merontes (Esquizontes) esféricos ou alongados localizados em células do sistema monohistiocitário do pulmão. Ordem Piroplasmida • Protozoários que não tem flagelos, cílios ou formam pseudópodes. • Locomoção por flexão ou deslizamento. • Reprodução assexuada ocorre por fissão binária ou esquizogonia em eritrócitos ou outras células sanguíneas de mamíferos. • Apresentam complexo apical (menos desenvolvido). • Duas famílias: Babesiidae e Theileriidae Taxonomia - Babesiidae Domínio: EUKARYOTA Chatton, 1925 Reino: CHROMISTA Cavalier-Smith (1981) Superfilo: ALVEOLATA Cavalier-Smith, 1991 Filo: MIOZOA Cavalier-Smith, 1987 Infrafilo: APICOMPLEXA Levine, 1970 Classe: COCCIDIOMORPHEA Doflein, 1901 Ordem: PIROPLASMIDA Wenyon, 1926 Família: BABESIIDAE Piroplasmorida São protozoários piriformes, amebóides, arredondados ou alongados de localização intraeritrocítica. Apresentamcomplexo apical (menos desenvolvido que Plasmodium). Fazem merogonia no HV; e gametogonia e esporogonia no HI. Transmissão por carrapatos: Babesiidae Transmissão transovariana Transmissão transestadial Transmissão intraestadial Gênero Babesia Babesia canis - cães Babesia caballi - equinos Babesia bigemina - bovinos Babesia bovis inúmeras espécies especialmente em mamíferos. Sintomas: doença hemolítica, anemia progressiva, choque endotóxico e alterações da coagulação; anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de peso, dor abdominal e sensibilidade renal à palpação. Babesiidae Ciclo Biológico: Babesia Diferenciação em gametas (macro e micro – HV) Repasto sanguíneo pelo carrapato (HI) Corpo raiado (Intestino) Reprodução sexuada = Zigoto (Intestino) Cineto (Móvel → vai à Gl Sal) Esporozoíto* – reprodução assexuada na Gl Sal No repasto sanguíneo transmite Babesia Merozoíto no sangue Merozoítos fazem reprodução assexuada em He Esporozoítos Esporoblasto Cineto Microgameta Corpos raiados macrogameta Microgametócito Esporogonia Gametogonia Zigoto Macro E Micro Ciclo Biológico: Babesia Merogonia ou esquizogonia (HV): multiplicação assexuada de merozoítos em eritrócitos. Gametogonia (HI): reprodução sexuada onde o microgameta e o macrogameta fusionam, dando origem ao zigoto. Esporogonia (HI): multiplicação assexuada na glândula salivar do carrapato vetor que resulta em milhares de esporozoítos. HI: hospedeiro invertebrado (carrapatos) HV: hospedeiro vertebrado (homem) Imagem adaptada de: https://veteriankey.com/equine-piroplasmosis/ NO CARRAPATO: Babesia canis Piana & Galli-Valerio, 1895 Grande babesia, merozoítos eritrocíticos com comprimento maior que o raio da hemácia, podendo ter vários merozoítos por hemácias. Fig. Presença de merozoítos no interior dos eritrócitos. Babesiose canina Arquivo Pessoal M.P.P Babesiose Canina • Conhecida como babesiose canina, piroplasmose dos cães. • Importante no Brasil. • Frequente em cães jovens e com mais de 2 anos de idade. • Características: Manifestações clínicas relacionadas com a intensidade da parasitemia; Doença hemolítica, anemia progressiva, pode ocorrer choque endotóxico e alterações da coagulação; Sintomas – anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de peso, dor abdominal, hepatoesplenomegalia e sensibilidade renal à palpação; Babesiose cerebral pode ser observada. Três sub-espécies de Babesia canis Piana e Galli- Valerio, 1895 Babesia canis canis; Babesia canis vogeli (=Babesia vogeli); Babesia canis rossi Agente Etiológico Vetor Transmissão Local Babesia c. canis Dermacentor reticulatus Transovariana e Interestadial Europa Babesia c. vogeli Rhipicephalus sanguineus Transovariana e Interestadial Américas e Norte Africano Babesia c. rossi Haemaphysalis leachi Transovariana e Interestadial África do sul Cão com alta infestação pelo carrapato R. sanguineus. Fatores associados: infestação por carrapatos Arquivo Pessoal C.L.M. Babesiose Canina OUTRAS ESPÉCIES QUE ACOMENTEM CÃES Babesia gibsoni (Patton, 1910); Theileria annae segundo Zahler et al. (2000); Theileria equi, cepa Espanha 1 segundo Criado-fornelio et al. (2003); Babesia conradae Kjemtrup et al. (2006) – Califórnia – EUA; Rangelia vitalii (Pestana, 1910). Rangelia vitalii Rangeliose canina ou Nambiuvú (“Orelha que sangra”): piroplasmose grave que afeta cães domésticos no Brasil, Uruguai e Argentina. Estudos experimental e epidemiológico indicam que A. aureolatum é o vetor natural de R. vitalii (transestadial e transovariana). Epidemiologia: regiões de altitude do estado do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Regiões montanhosas, áreas de mata, áreas com vida silvestre. Soares et al. (2018) Tristeza parasitária bovina (Brasil); Febre do Texas (EUA); Febre esplênica; Malária bovina; Água vermelha Babesia bigemina Grande babesia; merozoítos eritrocíticos na forma piriforme, unidos pelas extremidades e com citoplasma vacuolado. Babesia bovis Pequena babesia; merozoítos eritrocíticos nas formas piriformes, esférica e amebóide. Fig 2: B. bovis em capilares cerebrais.Fig 1: B. bigemina em eritrócitos. Babesiose Bovina Arquivo Pessoal Babesiose Bovina Vetor e modo de Transmissão Transmissão Biológica R.(B.) microplus; Transmissão transovariana. Babesia bovis Babés, 1888 Larvas Babesia bigemina Smith & Kilborne, 1893 Ninfas Transmissão Iatrogênica Arquivo Pessoal Patogenia do Complexo Tristeza Parasitária Bovina Babesia bovis → hemólise em massa → hemácias concentram-se nos capilares→ trombos Babesia bigemina → anemia hemolítica progressiva→ urina avermelhada Associação com a infecção por Anaplasma marginale → hemácias destruídas no interior de órgãos linfóides e fígado→ icterícia Hemólise resulta em anemia grave, icterícia e hemoglobinúria. Após a primo infecção animal torna-se portador com infecção sub- clínica, mantida por delicado equilíbrio imunológico estabelecido entre os agentes etiológicos e os anticorpos formados. Cuidados com Interações parasitárias e nutricionais Babesia caballi Grande babesia; merozoítos eritrocíticos na forma piriforme, unidos pelas extremidades, vacuolados; Comprimento maior que o raio da hemácia. Possuem formato piriforme, oval e amebóide. Babesiose Equina Formato piriforme característico de Babesia caballi Carrapatos Vetores Nas Américas Dermacentor nitens http://www.flickriver.comArquivo Pessoal 1. Anemia hemolítica nos animais acometidos; 2. Sintomas: Agudos - febre, inapetência, dispnéia, edema, icterícia, prostração (raro em áreas endêmicas). Sub-agudos - mesmos sinais com manifestação menos intensa e intermitente. Crônicos - mais comuns, sintomas inespecíficos. Portador assintomático - pode reverter para quadros agudos ou sub-agudos em situações de estresse ou doenças intercorrentes. Quadros sub-clínicos - diminuição da performance dos animais. Importância Econômica: Transito internacional de equinos, restrições a países considerados livres da doença. Babesiose Equina Theileriidae Gênero Theileria Theileria equi Pequeno tamanho dos merozoítos intra-eritrocíticos; Quatro merozoítos formando uma tétrade (“Cruz de Malta”) é característico; Vetor: Fonte: Arquivo pessoal R. (B.) microplus (GUIMARÃES et al., 1998) Outras espécies de Theileria sp. pelo mundo Agente Etiológico Vetor Hospedeiro Local Theileria parva Rhipicephalus spp. Bovinos África Theileria annulata Hyalomma spp. Bovinos e Búfalos África e Ásia Theileria mutans Rhipicephalus appendiculatus Bovinos e Búfalos África, USA, Ásia, Austrália e Europa Theileria lestoquard Hyalomma spp. Caprinos e ovinos África do Norte, Sul da Europa, Oriente Médio e Ásia FONTE: Mehlhorn; Schein, 1998 Fonte: Arquivo pessoal Diferenças no ciclo para o gênero Theileria. HV Primeira esquizogonia em células de defesa - linfócitos Não fazem transmissão transovariana no carrapato vetor Formação de tétrade Babesiose Equina Ciclo Biológico Representação esquemática das possíveis formas de transmissão da Piroplasmose equina ao hospedeiro vertebrado. Segundo Wise et al. (2014) adaptado. Importância em Medicina Veterinária Proibição no trânsito internacional de equinos; Redução na performance de equinos atletas; Sintomas: anemia; febre; prostração; anorexia (no quadro agudo); sem sintomatologia (no quadro crônico). Theileriidae: Cytauxzoon felis Separados de Theileria com base na invasão de outros tipos de células (células mononucleares endoteliais) (Barnett e Brocklesby, 1968; Kier et al., 1979). Vetor: Dermacentor variabilis e Amblyomma americanum (EUA). No Brasil, é desconhecido. Sinais clínicos: anemia, depressão, anorexia, vômito, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia e febre alta. Em muitos casos evolui para quadros neurológicos. No Brasil: felinos selvagens (Peixoto et al., 2008; André et al., 2009) e mais tarde em felinos domésticos (André et al., 2015; André et al., 2017). Cytauxzoon felis Ciclo: os esporozoítos adentram diretamente em monócitos e macrófagos de um felídeo - esquizogonia - esquizontes maduros que rompem os macrófagos infectados e liberam merozoítos (Tarigo et al., 2013; Reichard et al., 2010; O'Donoghue, 2017). Eritrócitos. Patogenia: causa doença severa em gatos na maioria dos casos por infectarem células mononucleares associadas ao endotélio vascular; os esquizontes obstruem vasos sanguíneos em vários órgãos. Diagnóstico: piroplasmas em hemácias não são detectáveis em esfregaços sanguíneos na fase aguda (esquizogonia) da enfermidade, a qual precede a eritroparasitemia (Wang et al., 2017). Cytauxzoon felis Muitos gatos morrem antes mesmo de aparecerem os primeiros sinais clínicos (Rizzi et al., 2015; Wang et al., 2017; Allen et al., 2019). Os pacientes felinos podem vir à óbito em 24 horas ou em até sete dias após os primeiros sinais clínicos (Nagamori et al., 2016). Nentwig et al. (2018) Hepatozoidae Gênero Hepatozoon Hepatozoon canis Hepatozoon americanum Hepatozoon sp. (vários carnívoros, roedores e reptilias) Parasitos heteroxenos, com merogonias no fígado, baço e medula óssea; gametócitos em leucócitos mononucleados e/ou polinucleados. Hospedeiros definitivos: canídeos (geralmente assintomáticos). Animais com alta parasitemia: febre, anemia, trombocitopenia, letargia, perda de peso e distrofias músculo-esqueléticas. Co-infecções: Babesia vogeli, Ehrlichia canis, Anaplasma sp. Forlano, 2005 Taxonomia Reino-Protozoa Sub-reino: Alveolata Phylum: Apicomplexa Classe: Conoidasida Sub-classe: Coccidiasina Ordem: Eucoccidiorida Sub-ordem: Adeleorina (Leger, 1911) Família: Hepatozoidae (Wenyon, 1926) Gênero: Hepatozoon (Miller, 1908) Espécies: H. canis (James, 1905) H. americanum (Vincent-Johnson, 1997). Fonte: Arquivo pessoal, M. Peckle Carrapato se alimenta de cão infectado Oocisto (hemocele) Esporocistos esporulados Esporozoítas infectantes Cão ingere carrapato infectado Liberação dos esporozoítos Penetram parede intestinal e através da corrente sanguínea fígado e outros órgãos.Merogonia Meronte Merozoítos liberados penetram em leucócitos Gametócito Hepatozoidae Gametócitos: forma alongada, com extremidades arredondadas; núcleo grande e deslocado do centro. Arquivo Pessoal Transmissão Ingestão do carrapato infectado com oocistos maduros de Hepatozoon canis. Rhipicephalus sanguineus (Brasil) Zona urbana Amblyomma ovale (Brasil) Zona rural Forlano et al. (2005, 2006) Referências sugeridas Almosny, N. R. P. Hemoparasitoses em pequenos animais domésticos e como zoonoses. 1 Ed, LF Livros, 2002. Monteiro et al. Parasitologia na Medicina Veterinária. 2 Ed. 2017. Bowman, D.D. et al. Georgis Parasitologia Veterinária. 9 ed. 2010. Taylor et al., 2017. Parasitolgia Veterinária. Quarta Edição. 2017. Carlos et al. A comprehensive analysis of malaria transmission in Brazil Pathogens and Global Health, vol. 113, no. 1, 1–13, 2019. Cowman, A.F.; Brabb, B.S. Invasion of Red Blood Cells by Malaria Parasites. Cell, v. 124, n.4, p. 755-766, 2006. maristelapeckle@yahoo.com.br carlosmassard@ufrrj.br Slide 1 Slide 2: Taxonomia Slide 3 Slide 4: Plasmodiidae Slide 5: Importância – Malária humana Slide 6 Slide 7 Slide 8: Vetores – Malária em primatas Slide 9 Slide 10 Slide 11: Patogenia Slide 12 Slide 13: Ciclo Biológico Slide 14 Slide 15: Ciclo biológico por espécie Slide 16: Plasmodiidae Slide 17 Slide 18 Slide 19: Haemoproteidae Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23: Taxonomia - Babesiidae Slide 24: Babesiidae Slide 25: Babesiidae Slide 26: Ciclo Biológico: Babesia Slide 27: Ciclo Biológico: Babesia Slide 28 Slide 29: Babesiose Canina Slide 30 Slide 31 Slide 32: Babesiose Canina Slide 33: Rangelia vitalii Slide 34 Slide 35 Slide 36: Babesiose Bovina Slide 37: Patogenia do Complexo Tristeza Parasitária Bovina Slide 38 Slide 39 Slide 40: Theileriidae Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46: Theileriidae: Cytauxzoon felis Slide 47: Cytauxzoon felis Slide 48: Cytauxzoon felis Slide 49: Hepatozoidae Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53: Transmissão Slide 54: Referências sugeridas Slide 55