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Ensaios in vitro Viabilidade celular Testes in vitro Testes in vitro são aqueles métodos ou técnicas que podem substituir ou diminuir o uso de animais na experimentação Essas técnicas compreendem a utilização de organismos como: bactérias, fungos, algas e crustáceos além de frações subcelulares presentes no sistema biológico como suspensões celulares, cultivo de tecidos, cultivos celulares, enzimas e proteínas. Vantagens: Rapidez na execução, sensibilidade, baixo custo em relação aos testes in vivo e possibilidade de limitação do número de variáveis experimentais. O que testes in vitro permitem avaliar? Viabilidade celular Tipo e grau de dano celular Metabolismo celular Expressão de proteínas Entre outros… Fatores que podem influenciar ensaios toxicológicos in vitro Os ensaios toxicológicos são feitos para determinar os níveis de ingestão das substâncias que causam dano ao ser humano. Para isso, a determinação desse nível deve ser feita analisando diversos níveis e parâmetros: Dose ou concentração de exposição Frequência de exposição tempo de exposição Via de exposição 3Rs Replacement (Substituição) Substituição do uso de vertebrados em experimentos, utilizando outros recursos Redution (Redução) Reduzir o numero de animais utilizados Refinament (Refinamento) Minimizar a quantidade de desconforto ou sofrimento animal Infra estrutura de um laboratório de cultivo celular Assepsia Isolamento Controle de pessoas Equipamentos Biofreezer Geladeira/freezer Banho de aquecimento Estufa de incubação celular Fluxo laminar Autoclave Estufa de secagem Agitador Vortex Pipetador automático Micropipetador Mocropipetador multicanal Pipetas Ponteiras Eppendorf Falcons Garrafas de cultivo Placas Placa de petri Placa 4 poços Placa 6 poços Placa 12 poços Placa 24 poços Placa 96 poços Microscopia Microscópio óptico Microscópio invertido Microscópio de fluorescência Cultura celulares Permite manter e estudar o comportamento de células vivas fora do organismo. Isolamento de células específicas Manutenção da viabilidade e proliferação dessas células em um sistema in vitro constituído de nutrientes e fatores essenciais à sobrevivência, sob condições controladas de temperatura, pH e osmolaridade Culturas primárias e imortalizadas Cultura primária Obtida a partir da fragmentação ou dissociação mecânica e/ou enzimática de tecidos.Desse modo, as células que sobrevivem ao processo de isolamento irão apresentar características genotípicas e fenotípicas do seu tecido de origem, inicialmente heterogêneas, sendo uma vantagem para investigação de um evento fisiológico ou patológico Células imortalizadas Possuem alta capacidade proliferativa e podem se dividir por um grande número de vezes sem perder as suas características (células homogêneas), Cultura primária Divisão limitada Necessidade de condições específicas para crescimento Mantém as características naturais do tecido de onde foram isoladas Maior dificuldade para manutenção Linhagens Divisão ilimitada Não necessita de condições otimizadas Podem alterar as características naturais de onde foram originadas Maior facilidade na manutenção’ Cultivo celular Fase Lag: Período de adaptação sem proliferação após adição das célula ao meio de cultivo. Fase Log: Fase exponencial, período de multiplicação celular máxima e constante. Fase com maior viabilidade e atividade metabólica das células Fase estacionária:Velocidade de crescimento diminui, número de células novas tende a ser equivalente ao número de células mortas Declínio: Redução drástica do número de células e o número de células mortas excede o de células novas. Contaminação da cultura Um dos principais problemas do cultivo de células é contaminação, ela é introduzida por meio de técnicas assépticas impróprias, materiais esterilizados inadequadamente (pipetas, frascos de cultura, tubos, etc.) ou reagentes contaminados (tampões, meios de cultura, tripsina, etc.). Bactérias A maioria dos contaminantes bacterianos são capazes de colonizar rapidamente e florescer em meios de cultura celular. A respectiva contaminação geralmente pode ser facilmente detectada por microscopia como grânulos minúsculos que se movem entre as células poucos dias após a contaminação inicial. Micoplasma Os micoplasmas afetam vários parâmetros celulares, incluindo crescimento, morfologia, metabolismo, antigenicidade e o genoma das células cultivadas sem induzir alterações visuais evidentes Fungos Contaminação cruzada Quando uma linhagem acaba sendo contaminada por outra utilizada no laboratório. -Manipulação inadequada -Falta de esterilização -Difícil percepção Azul de tripan Vermelho neutro(Neutral Red) O ensaio de captação do vermelho neutro é baseado na capacidade das células viáveis de incorporar e reter o corante no interior dos lisossomos possibilitando a avaliação da integridade da membrana lisossomal e a diferenciação entre células viáveis e células mortas. A viabilidade celular é quantificada por espectrofotometria após a extração do corante acumulado no interior das células utilizando uma solução alcoólica acidificada, sendo a quantidade de corante incorporado diretamente proporcional à quantidade de células viáveis Sua captação depende da capacidade da célula de manter gradientes de pH, por meio da produção de ATP. Em pH fisiológico, o VN é fracamente catiônico e entra nas células por meio de difusão passiva Compostos citotóxicos podem causar alterações na superfície das células ou na membrana lisossomal, resultando em uma diminuição na captação e retenção do vermelho neutro. Células cancerígenas, possuem uma absorção diferenciada de vermelho neutro em comparação com células normais, o que possibilita uma distinção entre elas . Vermelho neutro(Neutral Red) Limitações Incompatibilidade com substâncias insolúveis e instáveis Pode subestimar toxicidade de substâncias séricas Compostos vermelhos ou com absorção na faixa de 540 nm Indução da precipitação do corante vermelho neutro em cristais visíveis em forma de agulha por alguns produtos químicos, o que afecta a precisão das leituras de absorbância utilizadas para detectar a presença do corante. Agentes que afetam o número de lisossomos podem fornecer leituras que não refletem o número ou a viabilidade celular. Ensaio MTT O ensaio de redução do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT) é um ensaio colorimétrico que mede indiretamente a citotoxicidade, proliferação ou viabilidade celular. Por ter uma carga residual positiva, essa molécula é permeável às membranas celulares, no interior das células viáveis, o MTT é reduzido aos cristais de formazan, de cor púrpura, insolúveis em água, após clivagem do anel tetrazólio mediada por enzimas, tais como as desidrogenases mitocondriais A metabolização do MTT é indicativa de uma cultura de células viva e ativa, o que permite medir a citotoxicidade de outros compostos aos quais uma cultura foi exposta a partir do produto resultante Desvantagens Diminuição na produção de formazan mesmo em células viáveis, após modificação da composição do meio de cultura, como por diminuição na concentração de D-glicose, NADH ou NADPH. Além disso, tem sido observado que células em estágios iniciais de apoptose com a atividade mitocondrial intacta reduzem o MTT ao formazan, o que pode interferir na legitimidade dos resultados Iodeto de propídio O iodeto de propídeo é uma molécula fluorescente que permite avaliar a viabilidade a partir do princípio da integridade da membrana celular. Ele é excluído ao entrar em contato com a membrana plasmática intacta de células viáveis. Em contrapartida, transpõe a membrana rompida de células não viáveis ou em processo de morte celular, intercalando em seus ácidos nucleicos e emitindo alta fluorescência, o que permite distinguir seletivamente as células mortas. A fluorescência emitidaé avaliada por meio de diferentes técnicas, tais como microscopia de epifluorescência, microscopia confocal de varredura a laser, espectrofluorimetria ou por citometria de fluxo. O IP pode ser utilizado em associação com outros fluorocromos, o que permite mensurar parâmetros adicionais em uma população celular além da viabilidade celular, tais como a diferenciação entre os diferentes estágios da apoptose, um tipo de morte celular. Devido à propriedade de interagir com ácidos nucleicos o IP também é aplicado em análises do ciclo celular, permitindo diferenciar as fases do ciclo a partir da correlação entre a intensidade de fluorescência celular com a quantificação do conteúdo de DNA Citometro Ensaio clonogênico Ensaio de formação de colônias, permite analisar a viabilidade reprodutiva de células em colônias com mais de 50 células. A coloração das células se dá através do cristal violeta. Exercício 1 As nanopartículas têm recebido muita atenção recentemente devido ao seu uso na terapia do câncer. Estudos demonstraram que diferentes nanopartículas metalicas induzem citotoxicidade em células cancerígenas, mas não em células normais. Em alguns casos, foi demonstrado que tal atividade anticâncer é válida para a nanopartícula sozinha ou em combinação com diferentes terapias, como radioterapia ou alguns medicamentos anticâncer. Foi demonstrado que as nanopartículas têm essa atividade sozinhas ou quando carregadas com um medicamento anticancerígeno, como a doxorrubicina. O mecanismo antitumoral poderia funcionar através da geração de espécies reativas de oxigênio ou apoptose e necrose, entre outras possibilidades. Desenhe um estudo de viabilidade das nanopartículas em uma linhagem de câncer a sua escolha, respondendo: Qual linhagem escolhida e por quê? Qual tipo de nanopartícula? Quais os ensaios de viabilidade vão ser utilizados e quais as vantagens e desvantagens destes testes? Para testar a toxicidade das nanopartículas isoladas e com radioterapia utilizaria os mesmos testes? Se a potencialização das nanopartículas fosse por um radiomimético como bleomicina ou zeocina invés de radioterapia, teria o mesmo efeito citotóxico e haveria mudanças no desenho experimental tendo que aplicar outros testes de viabilidade? Se sim quais e por quê? Para se ter uma compreensão maior dos efeitos toxicológicos das nanopartículas quais outros testes teriam quer realizados além da viabilidade? image20.png image5.png image30.jpg image4.jpg image11.jpg image13.png image24.jpg image17.jpg image40.jpg image12.jpg image23.jpg image2.jpg image7.jpg image8.jpg image1.jpg image6.jpg image15.jpg image3.png image14.png image9.jpg image25.jpg image10.jpg image16.jpg image18.jpg image22.png image19.jpg image21.png image34.jpg image35.jpg image28.png image42.jpg image29.png image27.png image41.png image26.png image32.png image33.png image31.jpg image38.jpg image36.jpg image44.jpg image39.png image37.jpg image43.png