Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
ACIDENTE GEOLÓGICO:
DESLIZAMENTO DE ROCHA EM CAPITÓLIO - MG
1
1. Introdução
No Brasil, desastres naturais são divididos em grupos e subgrupos, segundo a
Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). Os desastres naturais
são eventos catastróficos decorrentes de fenômenos naturais que impactam
negativamente à sociedade e são divididos em 5 grupos: geológicos, hidrológicos,
meteorológicos, climatológicos e biológicos. A Cobrade nivela os tipos de desastres
com base em uma codificação internacional de modo que esses desastres são
ocasionados por agentes exógenos e endógenos que agem abaixo da superfície e
acima da superfície, respectivamente.
No que diz respeito aos desastres geológicos têm-se como causa principal a
atividade geológica de movimento de placas tectônicas que gera fragilidade do terreno
causando desgaste e deposição do solo. Além disso, a depender da sua magnitude
podem desencadear terremotos, tsunamis, deslizamentos de terra, afundamento do
solo, erosões e erupções vulcânicas que são exemplos conhecidos de desastre
ambiental do tipo geológico. Os principais meios de proteção da sociedade e mitigação
das consequências dos desastres geológicos são o monitoramento, planejamento de
emergência e conscientização da população quanto aos riscos existentes.
2. Desenvolvimento/Estudo de caso
Um episódio recente de acidente geológico que ganhou grande notoriedade no
Brasil ocorreu em 08/01/2022 no município de Capitólio localizado no estado de Minas
Gerais onde um bloco rochoso dos Cânions da região tombou e fez 10 vítimas. De
acordo com especialistas, o desabamento de blocos é um processo comum e natural e
esse acidente poderia ter sido previsto através do monitoramento geotécnico e
mapeamento de riscos da região evitando, dessa forma, o desastre que ocorreu.
O desabamento de blocos é um exemplo de movimento gravitacional de massa
que ocorre devido a presença de fraturas na rocha e no caso de Capitólio tais fraturas
deveriam estar em estado mais avançado tendo em vista a magnitude do evento. As
trincas são características naturais do processo de formação das rochas e tendem a
2
aumentar com o passar dos anos devido ao intemperismo ao qual são submetidas,
como por exemplo ações do vento, clima, chuvas e secas.
A rocha presente nos Cânions de Capitólio é o quartzito que sofre baixo
intemperismo químico, sendo assim, acredita-se que a degradação ocorrida tenha sido
de natureza física e que a vegetação da região também tenha colaborado para a
degradação das rochas. Pois, as raízes vegetais penetram e crescem justamente nas
fraturas existentes nas rochas assim aumentando a chance de desabamentos; outro
fator que contribui com um possível desabamento nessas situações é a água, tanto
pela infiltração advinda das chuvas, quanto pelos períodos de cheias e secas que
fazem com que a pressão da água sobre as paredes das rochas varie muito de acordo
com o tempo.
Figura 1 - Cânions de Capitólio
3
3. Conclusão
Por fim, podemos entender que o desastre ocorrido em capitólio deve-se
principalmente aos fatores físico naturais, e que esse desastre poderia e deveria ter
sido evitado caso houvesse um acompanhamento e monitoramento geotécnico na
região já que se trata de um lugar muito visitado por turistas, neste monitoramento é
possível constatar se há riscos iminentes, médios ou altos de ocorrer tombamentos e
deslizamentos nestas formações rochosas, e caso haja um risco alto ou iminente de
tombamento, como era o caso, seria necessário realizar o isolamento imediato do local,
impedindo assim as expedições turísticas, e executado processo de desmonte da
rocha afetada pois se tratava de uma rocha muito grande. Esse processo ocorre com o
derrubamento do bloco instável utilizando-se de técnicas manuais como o alpinismo
com vergalhões de ferro ou a utilização de explosivos de baixa magnitude. O
monitoramento geotécnico, em um cenário ideal, deve ser feito principalmente antes da
época de chuvas, sabendo que as mesmas podem ocasionar uma aceleração no
processo de tombamento dessas estruturas, neste caso o monitoramento não foi feito
adequadamente, o que ocasionou o desastre.
4. Referências
1.https://www.gov.br/mdr/pt-br/ultimas-noticias/entenda-a-diferenca-entre-os-tipos-de-d
esastres-naturais-e-tecnologicos-registrados-no-brasil
https://jornal.unesp.br/2022/01/14/geologos-explicam-desabamento-de-canion-em-capit
olio-e-veem-brasil-atrasado-no-monitoramento-de-seguranca-de-areas-turisticas/
2.https://jornal.unesp.br/2022/01/14/geologos-explicam-desabamento-de-canion-em-ca
pitolio-e-veem-brasil-atrasado-no-monitoramento-de-seguranca-de-areas-turisticas/
https://www.gov.br/mdr/pt-br/ultimas-noticias/entenda-a-diferenca-entre-os-tipos-de-desastres-naturais-e-tecnologicos-registrados-no-brasil
https://www.gov.br/mdr/pt-br/ultimas-noticias/entenda-a-diferenca-entre-os-tipos-de-desastres-naturais-e-tecnologicos-registrados-no-brasil
https://jornal.unesp.br/2022/01/14/geologos-explicam-desabamento-de-canion-em-capitolio-e-veem-brasil-atrasado-no-monitoramento-de-seguranca-de-areas-turisticas/
https://jornal.unesp.br/2022/01/14/geologos-explicam-desabamento-de-canion-em-capitolio-e-veem-brasil-atrasado-no-monitoramento-de-seguranca-de-areas-turisticas/
https://jornal.unesp.br/2022/01/14/geologos-explicam-desabamento-de-canion-em-capitolio-e-veem-brasil-atrasado-no-monitoramento-de-seguranca-de-areas-turisticas/
https://jornal.unesp.br/2022/01/14/geologos-explicam-desabamento-de-canion-em-capitolio-e-veem-brasil-atrasado-no-monitoramento-de-seguranca-de-areas-turisticas/

Mais conteúdos dessa disciplina