Instruções para Prova Objetiva

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CADERNO DE PROVAS 
OBJETIVAS
2024
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3º SIMULADO
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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
2406258565M
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
3º Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
TSE + TREs (Concurso Unificado)
CARGO:
Cargo 18 – Analista Judiciário – Área Judiciária
MODELO/BANCA:
Cebraspe
EDITAL:
Pós-Edital
DATA DE APLICAÇÃO:
7/2024
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
7/2024
Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos 
de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno.
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Fidelis Almeida
Texto I
 � Felizes eram os tempos em que havia formas evidentes de 
mal. Hoje não sabemos mais quais são elas e onde estão. Tudo se 
torna claro quando alguém perde a memória e a capacidade de ver 
e sentir. Eis aqui uma lista de nossos novos bloqueios mentais. Ela 
inclui nosso esquecimento deliberado do Outro, a recusa proposital 
em reconhecer e admitir um ser humano de outro tipo, ao mesmo 
tempo que descartamos alguém vivo, real, e que está fazendo e di-
zendo alguma coisa bem ao nosso lado – tudo em nome de fabricar 
um “amigo” no Facebook distinto de você e que talvez viva em ou-
tra realidade semiótica. Nessa lista também se encontra a alienação, 
ao mesmo tempo que se simula a amizade; não ver nem conversar 
com alguém que está conosco e usar a palavra “Sinceramente” no 
final de cartas dirigidas a pessoas que não conhecemos e com as 
quais jamais nos encontraremos – quanto mais insensível for o con-
teúdo, mais cortês será a saudação. Há também o desejo de nos 
comunicar, não com aqueles que nos são próximos e que sofrem em 
silêncio, mas com alguém imaginado e construído, nossa própria 
projeção ideológica – e esse desejo caminha de par com uma infla-
ção de palavras e conceitos convenientes. Novas formas de censura 
coexistem – da maneira mais estranha – com a linguagem sádica 
e canibalesca encontrada na internet e que corre solta nas orgias 
verbais do ódio sem face, nas cloacas virtuais em que se defeca so-
bre os outros e nas demonstrações incomparáveis de insensibilidade 
humana (em especial nos comentários anônimos).
 � Essa é a cegueira moral – voluntariamente escolhida e impos-
ta ou aceita com resignação – de uma época que, mais que de qual-
quer outra coisa, necessita de rapidez e acuidade na compreensão e 
no sentimento. Para que possamos recuperar nossa sagacidade em 
tempos sombrios, é preciso devolver a dignidade, da mesma forma 
que a ideia da inescrutabilidade essencial dos seres humanos, aos 
grandes homens e mulheres do mundo, mas também à multidão de 
extras, ao indivíduo estatístico, às unidades estatísticas, à massa, ao 
eleitorado, ao homem da esquina e ao querido povo – ou seja, todos 
aqueles conceitos ilusórios construídos por tecnocratas que se apre-
sentam como democratas propagandeando a noção de que sabemos 
tudo que há para saber sobre as pessoas e suas necessidades, e que 
todos esses dados são apontados com exatidão e totalmente explica-
dos pelo mercado, pelo Estado, pelas pesquisas sociológicas, pelas 
avaliações e por qualquer outra coisa que transforme as pessoas em 
anônimos globais.
BAUMAN, Zygmunt. Cegueira Moral. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. (com adaptações)
Considerando as ideias e a organização discursiva do texto I, julgue os 
itens subsequentes.
1 O texto indica que a amizade simulada não interfere na percepção 
da presença física das pessoas ao nosso redor.
2 O autor considera a saudação “Sinceramente” (sexto período do 
primeiro parágrafo) apropriada mesmo em cartas cujo conteúdo é 
insensível, desde que se mantenha a formalidade.
3 O termo “cegueira moral” (primeiro período do segundo parágrafo) 
é usado no texto para descrever uma imposiçãoexterna que força 
as pessoas a ignorarem suas próprias capacidades de compreensão 
e sentimento.
4 No texto, “a ideia da inescrutabilidade essencial dos seres huma-
nos” (segundo período do segundo parágrafo) sugere que as carac-
terísticas humanas são compreensíveis e previsíveis por meio de 
dados estatísticos.
5 O texto sugere que a valorização de “grandes homens e mulheres” 
(segundo período do segundo parágrafo) deve ser superior à consi-
deração pela massa anônima e pelas unidades estatísticas.
6 De acordo com o texto, o mercado e o Estado são adequados para 
interpretar e atender às necessidades das pessoas, visto que utilizam 
dados estatísticos e pesquisas sociológicas.
7 No texto, expressão “defecar sobre os outros” (último período do 
primeiro parágrafo), utilizada em um contexto de linguagem sádica 
na internet, sugere que o autor considera a internet um meio essen-
cialmente inadequado para a sincera e construtiva.
8 O texto critica a noção de que o uso de tecnologias modernas e a co-
municação virtual tenham contribuído para uma maior compreen-
são e atenção às necessidades dos indivíduos, sugerindo que essas 
ferramentas obscurecem a verdadeira conexão humana.
9 A estrutura tipológica do texto é predominantemente expositiva, 
caracterizada pela apresentação objetiva de informações e pela 
ausência de juízo de valor, com o objetivo de esclarecer os novos 
bloqueios mentais nas relações sociais contemporâneas.
Julgue os itens subsequentes, relativos a aspectos linguísticos do texto I.
10 O termo “nossa própria projeção ideológica” (penúltimo período do 
primeiro parágrafo) desempenha a função de aposto.
11 Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual caso o ponto 
empregado logo após “mentais” (quarto período do primeiro pa-
rágrafo) seja substituído pelo sinal de dois-pontos, com o devido 
ajuste de maiúscula.
12 Preserva-se a correção gramatical do texto caso a preposição “em” 
no segmento “a recusa proposital em reconhecer e admitir um ser 
humano de outro tipo” (quinto período do primeiro parágrafo) seja 
substituída pela preposição a.
1
2
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
13 Em “Há também o desejo de nos comunicar” (sétimo período do 
primeiro parágrafo), o pronome “nos” admite a colocação enclítica.
14 Em “ao mesmo tempo que se simula a amizade” (sexto período 
do primeiro parágrafo), a partícula “se” indica indeterminação 
do sujeito.
15 A oração “propagandeando a noção” (segundo período do segundo 
parágrafo) possui valor adjetivo.
16 Preserva-se a correção gramatical do texto caso o trecho “e com as 
quais jamais nos encontraremos” (sexto período do primeiro pa-
rágrafo) seja reescrito da seguinte forma: e as quais jamais en-
contraremos.
Texto II
 � Onde encontramos esse nada na pandemia? Não no medo jus-
tificado da morte ou do sofrimento. Nem no confinamento forçado, 
nem na crise econômica necessariamente associada. Nem tampouco 
no fato de essa ser uma commodity política, o que tudo é quando 
o sistema político tem como uma das suas ferramentas o merca-
do eleitoral. A representação da soberania popular é um mercado 
como qualquer outro. A representação é uma commodity. No caso 
da pandemia, sendo ela uma variável que mede o comportamento e 
as reações das pessoas, é evidente que os profissionais da política a 
usarão toda vez que puderem. O cinismo da política é um clássico, 
só mentirosos fingem não saber disso, como uma espécie de virgem 
no bordel, posam de vestais na orgia. O cinismo não provoca a expe-
riência do niilismo1 de verdade. O cinismo é o hábito da ironia como 
ética. Nada há de mentira na postura cínica. Pode haver agonia dian-
te dele, mas não necessariamente de má-fé. No mundo do marketing, 
o cinismo pode ser a única forma de consciência da realidade, ainda 
que canalha. O cínico é um canalha honesto. Coisa rara.
 � O niilismo na pandemia aparece no comportamento da elite 
de especialistas e da mídia. É evidente que muitas pessoas traba-
lharam com afinco e risco pessoal — hoje sempre temos que fazer 
esse tipo de disclaimer2 quando falamos a sério porque o mundo é 
um parque temático de ofendidos. Mas aponto aqui um fato com-
portamental na interação entre a elite de especialistas e a mídia: a 
busca do networking, da condição de celebridade, de explicar o que 
nada se sabe ainda, valendo-se de uma credencial científica em que 
a ciência é entendida do ponto de vista do senso comum. A pobre 
ciência não é o império das certezas, mas a luta perdida contra as 
incertezas. Ela é rasgada por vaidades e baixarias como os bancos 
ou as universidades, e não é um mosteiro de santos dedicados à 
causa da humanidade, ainda que possa ter aí sua raiz. O que move a 
ciência é a vaidade e o dinheiro, e isso ficou claro durante a pande-
mia para quem teve coragem e condição de enxergar para além das 
tentativas idiotas de conseguir alentos nas explicações “científicas” 
que passam como o vento. Entretanto, desejo que os negacionis-
tas ou defensores de teorias conspiratórias se vejam representados 
aqui, posto que negar a pandemia e sua ferocidade ou afirmar que 
ela foi criação chinesa é um modo ridículo de, também, não entrar 
em contato com o nada de certeza que nos assola.
 � O vocabulário gerado pela ciência do vírus acabou por virar 
assunto de conversas, como antes se falava do tempo ou da apli-
cação da bolsa. O niilismo banal perceptível no amor ao vírus por 
parte de “grandes” profissionais que saíram da irrelevância graças 
à Covid-19 deveria ser objeto da epistemologia empírica (teoria da 
ciência). Pensamos até que essa pandemia não passará nunca mais. 
Todas as epidemias passaram, mas essa, temo que será para sempre. 
Nossa reação a ela, nossa tentativa de catar o vírus com os dedos, 
falam da eternidade na pandemia como casa de nossa covardia. A 
crença idiota de que no “primeiro mundo” tudo sempre vai bem é 
signo de ignorância. Enfim, os elementos de um niilismo irmão do 
ceticismo estão evidentes para quem não tem medo de viver sem 
respostas científicas sobre a pandemia porque, na verdade, existem 
muito poucas. Quase nenhuma.
PONDÉ, Luiz Felipe. A era do niilismo: notas de tristeza, ceticismo e ironia. 1. ed. São 
Paulo: Globo Livros, 2021. (com adaptações)
1 Crença de que a vida e o universo não têm sentido, propósito, ou valores intrínsecos, frequen-
temente associada ao ceticismo extremo e à negação de todas as crenças e princípios.
2 Ressalva ou aviso preventivo para evitar interpretações erradas ou ofensas ao abordar um 
tema sensível.
Com base nas ideias do texto II, julgue os itens a seguir.
17 Segundo o texto, a postura cínica dos políticos durante a pandemia 
é marcada pela mentira e pela má-fé, essencialmente desonesta em 
sua abordagem.
18 O texto indica que a pandemia transformou a representação da so-
berania popular em uma commodity, algo que pode ser usado e ma-
nipulado pelos políticos de forma cínica.
19 O autor argumenta que o verdadeiro niilismo durante a pandemia é 
manifestado pelos políticos, que usam a crise como uma oportuni-
dade para promover as suas próprias agendas de forma desonesta e 
manipuladora.
20 Segundo o texto, a reação da sociedade à pandemia, refletida na 
tentativa de “catar o vírus com os dedos”, simboliza uma aceitação 
corajosa da incerteza e a capacidade de viver sem garantias.
21 A expressão “parque temático de ofendidos” (segundo período do 
segundo parágrafo) no texto indica que o autor vê a necessidade de 
disclaimers em discussões sérias como uma característica da socie-
dade contemporânea, que lida mal com a crítica e a seriedade.
22 O texto critica a percepção de que a pandemia não terminará nunca, 
associando essa visão a uma compreensão realista e fundamentada 
das crises de saúde pública.
23 O autor acredita que a maneira como os especialistas e a mídia lida-
ram com a pandemia revela um ceticismo saudável que questiona a 
veracidade das informações científicas e políticas.
24 Infere-se dotexto que a valorização de profissionais que emergiram 
durante a pandemia reflete um niilismo banal, que confunde cele-
bridade momentânea com competência verdadeira.
25 No texto, o autor sustenta que o verdadeiro niilismo na pandemia 
se manifesta na percepção pública de que a ciência pode oferecer 
respostas absolutas e definitivas, o que revela um mal-entendido 
sobre a natureza da ciência.
1
2
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TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
Acerca dos aspectos linguísticos do texto II, julgue os seguintes itens.
26 No sétimo período do primeiro parágrafo, o segmento “sendo ela 
uma variável que mede o comportamento e as reações das pessoas” 
possui valor concessivo.
27 No último período do segundo parágrafo, a locução “posto que” é 
incorretamente empregada, uma vez que deve indicar relação de 
concessão segundo a norma-padrão.
28 No penúltimo período do primeiro parágrafo, o vocábulo “alentos” 
significa justificativas.
29 No primeiro período do primeiro parágrafo, o pronome adjetivo 
“esse” determina o pronome indefinido “nada”.
30 No sétimo período do primeiro parágrafo, seria gramaticalmente 
correto o emprego da colocação mesoclítica em “é evidente que os 
profissionais da política a usarão”.
31 No penúltimo período do segundo parágrafo, empregam-se aspas 
no termo “científicas” para indicar sugerir que o termo é tecnica-
mente correto, mas é inadequado ou exagerado no contexto.
32 No quinto período do primeiro parágrafo, o termo “da soberania 
popular” é uma locução adjetiva que caracteriza o substantivo “re-
presentação”.
33 No segundo período do terceiro parágrafo, o sinal indicativo de 
crase é empregado para assinalar a locução prepositiva “graças a”, 
cujo núcleo é um substantivo feminino.
Texto III
 � Hoje, de repente, como num verdadeiro achado, minha tole-
rância para com os outros sobrou um pouco para mim também (por 
quanto tempo?). Aproveitei a crista da onda, para me pôr em dia 
com o perdão. Por exemplo, minha tolerância em relação a mim, 
como pessoa que escreve, é perdoar eu não saber como me apro-
ximar de um modo “literário” (isto é, transformado na veemência 
da arte) da “coisa social”. Desde que me conheço o fato social teve 
em mim importância maior que qualquer outro: em Recife os mo-
cambos foram a primeira verdade para mim. Muito antes de sentir 
“arte”, senti a beleza profunda da luta. Mas é que tenho um modo 
simplório de me aproximar do fato social: eu queria era “fazer” 
alguma coisa, como se escrever não fosse fazer. O que não consigo 
é usar escrever para isso, por mais que a incapacidade me doa e 
me humilhe. O problema de justiça é em mim um sentimento tão 
óbvio e tão básico que não consigo me surpreender com ele – e, 
sem me surpreender, não consigo escrever. E também porque para 
mim escrever é procurar. O sentimento de justiça nunca foi procura 
em mim, nunca chegou a ser descoberta, e o que me espanta é que 
ele não seja igualmente óbvio em todos. Tenho consciência de estar 
simplificando primariamente o problema. Mas, por tolerância hoje 
para comigo, não estou me envergonhando totalmente de não con-
tribuir para nada humano e social por meio do escrever. É que não 
se trata de querer, é questão de não poder. Do que me envergonho, 
sim, é de não “fazer”, de não contribuir com ações. (Se bem que a 
luta pela justiça leva à política, e eu ignorantemente me perderia 
nos meandros dela.) Disso me envergonharei sempre. E nem sequer 
pretendo me penitenciar. Não quero, por meios indiretos e escusos, 
conseguir de mim a minha absolvição. Disso quero continuar en-
vergonhada. Mas, de escrever o que escrevo, não me envergonho: 
sinto que, se eu me envergonhasse, estaria pecando por orgulho.
LISPECTOR, Clarice. Literatura e justiça. In: LISPECTOR, Clarice. Todas as crônicas. 
Organização de Pedro Karp Vasquez. Prefácio de Marina Colasanti. 1. ed. São Paulo: 
Rocco, 2018. (com adaptações)
Baseando-se nas ideias e no gênero do texto III, julgue os itens a seguir.
34 Segundo o texto, a vergonha da autora por não contribuir com ações 
diretas nas causas sociais é mitigada pelo seu reconhecimento de 
que a sua incapacidade de agir politicamente se deve ao seu desejo 
de se manter afastada da complexidade da política.
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
35 A percepção da autora de que a escrita não é uma forma eficaz 
de ação reflete uma subestimação de sua própria capacidade de in-
fluenciar mudanças sociais por meio da literatura.
36 Infere-se do texto que a experiência inicial da autora com os mo-
cambos no Recife formou uma base sólida para ela explorar artisti-
camente questões sociais complexas.
37 A vergonha que a autora sente por não agir diretamente em causas 
sociais está ligada à sua visão de que qualquer envolvimento na 
política a tornaria menos capaz de contribuir efetivamente.
38 A autora vê sua incapacidade de usar a escrita para influenciar ques-
tões sociais como uma falha pessoal que se origina de uma visão 
simplista do que significa “fazer” algo significativo.
39 A autora considera a escrita como um ato de procura e descoberta, 
e essa abordagem dificulta sua capacidade de escrever sobre senti-
mentos que ela considera autoevidentes.
40 O texto revela que a autora, ao aceitar sua incapacidade de contri-
buir diretamente para causas sociais por meio da escrita, pretende 
obter absolvição pessoal por seus sentimentos de inadequação.
41 A autora sugere que se envergonhar da sua escrita, que reflete a 
sua verdadeira visão e expressão, seria um sinal de orgulho des-
necessário.
42 O texto caracteriza-se predominantemente como uma crônica, evi-
denciada pela abordagem subjetiva, reflexiva e pela introspecção 
da autora em relação às suas limitações pessoais e à sua relação 
com questões sociais.
Os itens subsequentes são relativos aos aspectos linguísticos do texto III. 
Julgue-os.
43 No oitavo período, o termo “que” é um pronome relativo que reto-
ma “sentimento”.
44 No decimo quinto período, a locução “Se bem que” possui valor 
concessivo e equivale a “embora”.
45 No penúltimo período, a palavra “escusos” equivale semanticamen-
te a misteriosos.
46 No sétimo período, a oração “por mais que a incapacidade me doa” 
expressa causalidade.
47 No terceiro período, as vírgulas empregadas para isolar o termo 
“como pessoa que escreve” explicam-se em razão da função aposi-
tiva desse segmento.
48 No sétimo período, as orações “por mais que a incapacidade me 
doa” e “e me humilhe” coordenam-se por adição e subordinam-se à 
oração “usar escrever para isso”.
49 No décimo quinto período, a forma verbal “perderia” possui valor 
condicional.
50 No terceiro período, o vocábulo “como” desempenha a mesma fun-
ção morfológica nas duas ocorrências.
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direito Constitucional
Ricardo Blanco
Com base nos assuntos abordados em Direito Constitucional, julgue os 
itens a seguir.
51 Constituem fundamentos fundamentais da República Federativa do 
Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária.
52 A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que tra-
balhada pela família, será objeto de penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre 
os meios de financiar o seu desenvolvimento.
53 A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tem-
porária para sua utilização, bem como proteção às criações indus-
triais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros 
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvi-
mento tecnológico e econômico do País.
54 Aos portugueses com residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos 
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
55 O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maioresde 
dezoito anos.
56 Compete à União declarar a guerra e celebrar a paz.
57 É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies re-
muneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do servi-
ço público.
58 A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa.
59 Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, 
promulgar e fazer publicar as leis, mas não pode expedir decretos e 
regulamentos para a sua fiel execução.
60 O ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação 
da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se 
do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de atividade jurídica e 
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
Direito Administrativo
Raphael Spyere
A respeito das prerrogativas e sujeições especiais do regime jurídico 
administrativo aplicado às entidades da administração indireta, julgue os 
itens a seguir.
61 Autarquias e órgãos públicos são entidades dotadas de personalida-
de jurídica de direito público.
62 Empresas públicas e sociedades de economia mista criadas para a 
exploração de atividades econômicas estão dispensadas da realiza-
ção de concurso público para o provimento de seus quadros perma-
nentes de agentes públicos.
63 A imunidade tributária ao pagamento de impostos não é prerroga-
tiva outorgada constitucionalmente às fundações públicas com per-
sonalidade de direito privado.
Tomando como referência as explicações doutrinárias e as normas dis-
postas na Lei n. 8.987/1995, julgue as assertivas subsecutivas sobre os 
serviços públicos.
64 O serviço público prestado por meio dos órgãos do ente federado, 
tal qual a segurança pública, representa forma originária de execu-
ção e sujeita-se à teoria da imputação volitiva.
65 As concessões de serviços públicos são espécies de contratos ad-
ministrativos precedidos de licitação na forma de concorrência ou 
diálogo competitivo, vedado qualquer tipo de contratação direta.
Quanto à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que tem por objeto 
os limites do controle jurisdicional de políticas públicas voltadas à reali-
zação de direitos fundamentais, julgue os itens a seguir.
66 Não viola o princípio da separação dos poderes a intervenção do 
Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à realização de 
direitos fundamentais, em caso de ausência ou deficiência grave 
do serviço.
67 A decisão judicial deverá determinar medidas pontuais a serem 
realizadas pela administração, sob pena de responsabilidade civil, 
penal e administrativa em caso de descumprimento.
O regime jurídico administrativo impõe à administração observar os prin-
cípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade, entre outros. 
Adotando as disposições contidas na Lei Geral de Processos Administra-
tivos Federais (Lei n. 9.784/1999) e na Lei Geral de Licitações e Contra-
tos Administrativos, julgue os itens a seguir.
68 Ao vedar a imposição de obrigações, restrições e sanções em me-
dida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público, a lei retrata o princípio da legalidade.
69 Traduz o princípio do formalismo moderado a exigência legal de 
que a administração adote formas simples ao praticar atos processu-
ais, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança 
e respeito aos direitos dos administrados.
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
70 Será vedada a realização de concorrência para a alienação de imó-
veis, mesmo que na avaliação prévia se conclua que o bem tem 
valor superior a R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões de reais).
Direito Eleitoral
Odair José
71 De acordo com o art. 121 da Constituição Federal, Lei complemen-
tar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos 
juízes de direito e das juntas eleitorais. Sobre esse tema, julgue o 
item a seguir.
A Lei n. 4.737/1965, que instituiu o Código Eleitoral, por discipli-
nar a organização e competência da Justiça Eleitoral, foi recepcio-
nada integralmente, em razão da compatibilidade material com a 
Constituição de 1988, com força de Lei Complementar.
72 A Constituição Federal veda a cassação de direitos políticos, mas ad-
mite hipóteses de privação. Sobre esse tema, julgue o item a seguir.
A suspensão dos direitos políticos se dará nos casos de condenação 
criminal transitada em julgada, enquanto durarem os efeitos da con-
denação, em razão da prática de crime culposo.
73 Sobre o exercício da cidadania, julgue o item a seguir nos termos da 
Constituição Federal e da jurisprudência eleitoral em vigor.
O Brasil adotou o sufrágio restrito, uma vez que analfabetos não 
podem exercer a capacidade eleitoral passiva.
74 Sobre as condições de elegibilidade, julgue o item a seguir.
As regras concernentes às causas de inelegibilidade e às condições 
de elegibilidade, por expressa determinação constitucional, devem 
ser disciplinadas por Lei Complementar.
75 Acerca da competência da Justiça Eleitoral, julgue o item a seguir.
Compete ao Juiz Eleitoral processar e julgar originariamente o re-
gistro e o cancelamento do registro dos diretórios municipais de 
partidos políticos, bem como os de candidatos a prefeitos, vice-
-prefeitos e vereadores.
76 Tendo como referência a norma constitucional e a jurisprudência do 
Tribunal Superior Eleitoral, julgue o item a seguir.
A distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de 
Campanha terá por base o número de representantes eleitos para a 
Câmara dos Deputados na última eleição geral, ressalvados os ca-
sos dos detentores de mandato que migraram em razão de o partido 
pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos previstos no 
§ 3º do art. 17 da Constituição Federal.
77 Sobre a distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo 
Especial de Financiamento de Campanha, julgue o item a seguir.
Para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do 
fundo partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campa-
nha (FEFC), os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos 
negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 
2022 a 2030 serão contados em dobro.
78 Mévio recebeu recursos oriundos de doações de pessoas físicas para 
realização da sua campanha eleitoral. Ao final da eleição, constatou 
que não usou todos esses recursos arrecados.
Considerando o fato acima descrito, julgue o item a seguir nos ter-
mos do que dispõe a Lei n. 9.504/1997.
Por se tratar de recursos de origem privada, Mévio poderá integrar 
as sobras ao seu patrimônio, sendo obrigatória a sua declaração à 
Justiça Eleitoral quando da prestação de contas.
79 Sobre o prazo para alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência 
será recebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à data 
da eleição.
80 O partido Alfa foi incorporado pelo partido Delta.
Com base na informação acima, julgue o item a seguir nos termos 
da legislação e jurisprudência eleitoral e partidária.
Os detentores de mandato do partido Alfa, eleitos pelo sistema pro-
porcional, possuem justa causa para desfiliação partidária.
81 Acerca das justas causas para desfiliação partidária, julgue o 
item a seguir.
Com a apresentação da anuência partidária, o parlamentar está au-
torizado a desfiliar-se da agremiação pela qual se elegeu, sem a 
perda do mandato, desde que apresente a motivação que levou ao 
consentimento entre o parlamentar e o seu partido.
82 Acerca da realização e publicação de pesquisas eleitorais, julgue 
o item a seguir nos termos do que dispõe a Lei n. 9.504/1997, 
bem como o entendimento jurisprudencial do Tribunal Superior 
Eleitoral.
O registro de pesquisas eleitorais junto à Justiça Eleitoral é obri-
gatório, ficando a sua divulgação condicionada ao deferimento do 
órgão regulador da respectiva instância daJustiça Eleitoral na qual 
ocorreu o registro.
83 Caio candidatou-se para o cargo de vereador da sua cidade. Queren-
do saber sobre suas reais chances de vitória, durante a sua campa-
nha eleitoral, a sua equipe de marketing realizou uma enquete sobre 
as intenções de votos dos eleitores.
Com base nas informações do texto acima, julgue o item a seguir 
nos termos da legislação jurisprudência eleitoral em vigor.
Caio deverá ser multado, uma vez que a legislação eleitoral veda a 
realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral durante o 
período da campanha eleitoral.
84 João, candidato a prefeito do município X, atento às necessidades 
de muitos eleitores com dificuldades para deslocamento até o local 
de votação, disponibilizou veículos de sua propriedade para o trans-
porte gratuito dos eleitores.
Com base nas informações acima, julgue o item a seguir.
A conduta de João configura captação ilícita de sufrágio.
85 Julgue o item a seguir.
O partido que receber recursos, cuja fonte seja vedada pela legisla-
ção eleitoral e partidária, terá suspensão da participação no Fundo 
Partidário pelo período de um ano.
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
86 Conforme disciplina a Lei Complementar n. 64, de 1990, compete à 
Justiça Eleitoral conhecer e decidir as arguições de inelegibilidade.
Sobre esse tema, julgue o item a seguir.
A arguição de inelegibilidade será feita perante o Tribunal Superior 
Eleitoral quando se tratar de candidatos a Presidente da República, 
Senador e Deputado Federal.
87 Com base na legislação eleitoral e partidária, bem como na juris-
prudência do Tribunal Superior Eleitoral, julgue o item a seguir.
Tiago foi eleito vereador pelo partido Delta. Tempos depois, o par-
tido Alfa foi incorporado por Delta. Em razão da incorporação de 
Alfa, Tiago possui justa causa para desfiliação partidária.
88 Julgue o item a seguir.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral é instrumento apto para 
apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do 
poder de autoridade, ainda que se trate de fato ocorrido anterior à 
eleição, mas que a esta se vincule.
89 Julgue o item a seguir.
É competente o Juiz Eleitoral para processar e julgar, originaria-
mente, as ações de perda de mandato de vereador em razão da infi-
delidade partidária.
90 Julgue o item a seguir.
A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo é instrumento apto para 
apreciação, sob a ótica de abuso de poder, de fatos ocorridos muito 
anteriormente à eleição, quando o produto da conduta ilícita for 
posteriormente empregado em campanha.
Direito Civil
Carlos Elias
91 Lei nova que venha revogar parcialmente uma lei entrará em vigor 
imediatamente após a sua publicação.
92 O uso dos costumes como método de integração está condicionado 
à omissão da lei.
93 Em regra, a legitimidade para adotar medidas para fazer cessar le-
são a direito de personalidade de pessoa morta ou para reclamar 
eventual indenização por conta dessa lesão limita-se ao cônjuge so-
brevivente, aos ascendentes, aos descendentes e aos colaterais até 
o segundo grau.
94 Segundo o Supremo Tribunal Federal, o direito ao esquecimento é 
um direito da personalidade, e a sua violação pode acarretar o dever 
de indenização por dano moral.
95 No caso de fundação, a dotação especial de bens livres pelo institui-
dor só pode ser feita por escritura pública.
96 A simulação é insuscetível de prescrição ou de decadência, por ser 
causa de nulidade absoluta do negócio jurídico simulado.
97 Tanto o negócio jurídico nulo quanto o anulável se convalescem 
pelo decurso do tempo.
98 A situação de pandemia da Covid-19 constituiu, por si só, justifica-
tiva para a revisão de contratos, por se tratar de caso fortuito.
99 A doação de R$ 430.000,00 a uma associação não precisa ser for-
malizada por escrita, se, além da entrega imediata, essa quantia for 
de pequeno valor comparativamente com o elevado patrimônio pes-
soal do doador.
100 O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado 
pode ser mandatário.
Direito Processual Civil
Cristiny Rocha
101 No que diz respeito aos pressupostos processuais, analise o 
item a seguir.
A litispendência é um pressuposto processual objetivo extrínse-
co negativo.
102 A prática de inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito li-
tigioso constitui ato atentatório à dignidade da justiça, caso em que 
se poderá arbitrar multa de até vinte por cento do valor da causa.
103 Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a fixação 
dos honorários por apreciação equitativa não é permitida quando 
os valores da condenação, da causa ou o proveito econômico da 
demanda forem elevados.
104 No âmbito do processo civil, é possível afirmar que o valor da causa 
no caso de prestações vincendas será igual a uma prestação, se a 
obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 
(um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
105 Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a prática 
de um ato processual após a morte da parte, sem a respectiva subs-
tituição pelo espólio, gera nulidade absoluta.
106 O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pe-
didos formulados ou parcela deles quando o réu for revel, ocorrer 
o efeito materiais da revelia e não houver requerimento de prova.
TSE + TREs – 3º Simulado – Cargo 18: Analista Judiciário – Área: Judiciária (Pós-Edital)
107 Seguindo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é do § 
4º do art. 382 do CPC a vedação ao contraditório em produção an-
tecipada de prova, visto que tal procedimento proíbe a veiculação 
de determinadas matérias, que deverão ser arguidas em momento 
oportuno, ou seja, na fase instrutória ou mesmo na ação principal.
108 A jurisprudência do STJ já admite o caráter não absoluto do art. 10 
do CPC/2015, uma vez que entende pela desnecessidade de intimar 
o recorrente antes da prolação de decisão que reconhece algum óbi-
ce de admissibilidade do recurso especial.
109 Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a ausência 
de intimação do MP para atuar como fiscal da ordem jurídica em 
ACP proposta pelo próprio MP configura hipótese de nulidade rela-
tiva pelo princípio da independência funcional.
110 Da decisão judicial que entende pelo indeferimento da inicial da 
ação de Mandado de Segurança caberá apelação e, quando a com-
petência para o julgamento do mandado de segurança couber origi-
nariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para 
o órgão competente do tribunal que integre.
Direito Penal
Douglas Vargas
111 O brocardo jurídico “nullum crimen sine iniuria”, segundo o qual 
é inconcebível a existência de um delito sem ofensa ou perigo de 
ofensa ao bem jurídico tutelado, descreve o chamado princípio da 
intervenção mínima.
112 No que se refere à lei penal no tempo e ao tempo do crime, a re-
gra geral é a observância do chamado “tempo rege o ato”, ou seja, 
aplica-se a lei vigente ao tempo do fato, em respeito à teoria da 
atividade. Em tal contexto, o tempo do crime deve ser considerado 
como o momento da ação ou omissão, salvo nos casos em que o 
resultado tenha ocorrido em momento diverso.
113 Especificamente quanto à interpretação analógica, a disciplina pe-
nal é clara ao admitir o seu uso tanto em benefício quanto em preju-
ízo do acusado, desde que exista autorização expressa do legislador 
nesse sentido, por meio de inserção de fórmula genérica no texto 
da norma penal.
114 Ao julgar determinado caso, o magistrado percebeu que o indiví-
duo havia praticado, em um mesmo contexto fático, vários verbos 
previstos no tipo penal de tráfico de drogas, pois havia preparado, 
armazenado em depósito e exposto drogas à venda.
No referido caso, o magistrado decidiu condenar o réu por um úni-
co crime, e não por múltiplos crimes, apesar das diversas condutas 
praticadas pelo acusado.
É possível dizer, segundo a teoria penal, que o referido conflito apa-
rente de normas foi sanado por meioda aplicação do princípio da 
especialidade, para evitar que os diversos verbos praticados fossem 
utilizados para o reconhecimento do concurso de múltiplos crimes 
de tráfico.
115 Quando se trata de legítima defesa, não há possibilidade de respon-
sabilização do defensor por excesso, salvo se doloso.
116 É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
117 Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Se a participação 
for de menor importância, no entanto, a pena pode ser diminuída, 
com a substituição da modalidade de reclusão pela modalidade de 
detenção ou prisão simples, a depender do caso concreto.
118 Sobre as penas privativas de liberdade, considera-se regime aberto 
a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabeleci-
mento similar.
119 A falsificação de cartão de crédito equipara-se à falsificação de do-
cumento particular para fins de aplicação da norma penal.
120 Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego 
ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de 
atividade típica da Administração Pública. 
TSE + TREs (CONCURSO UNIFICADO)
3º SIMULADO
CARGO 18: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA
FOLHA DE RESPOSTAS
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Respostas 
Item 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Respostas 
Item 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
Respostas 
Item 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Respostas 
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
Respostas 
Item 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
Respostas 
Item 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105
Respostas 
Item 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
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