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5 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FARMÁCIA APLICACOES FARMACÊUTICA OU COSMÉTICA DO ÁCIDO HIALURÔNICO RIBEIRÃO PRETO 2022 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FARMÁCIA ÁCIDO HIALURÔNICO APS submetida à Universidade Paulista como parte dos requisitos necessários para a obtenção da aprovação na disciplina. Sob a orientação do Professora Ms. Márcia Regina Medeiros Malfará. RIBEIRÃO PRETO 2022 RESUMO Encontrado na matriz extracelular o ácido hialurônico é um polissacarídeo e faz a manutenção das fibras de colágeno que dão sustentação, é importante na hidratação e na elasticidade da pele. Com o passar dos anos a concentração de ácido hialurônico na pele diminui consideravelmente, ocasionando ressecamento da pele, rugas e sulcos. Com o avanço da biotecnologia os recursos de ácido hialurônico agora são ilimitados, sendo grande aliado na estética facial, rejuvenescimento, hidratação, diminuição das rugas e na harmonização facial. Palavras-chave: Ácido hialurônico, rejuvenescimento, estética. 1. INTRODUÇÃO O envelhecimento é um fator biológico e natural, causado por fatores intrínsecos e extrínsecos bem como; fatores hormonais e radiação UV (MAIA, SALVI, 2018). Com o passar dos anos o colágeno sofre alterações bioquímicas, torna-se mais rígido e perde muitas moléculas de água, como consequência ocorre alteração do volume facial, perda de elasticidade, rítides, sulcos e marcas de expressões (MAIA, SALVI, 2018). A busca pela atenuação ou até mesmo extinguir as consequências do envelhecimento é antiga. Já foi utilizado algumas substâncias para aplicação na face, atualmente não mais indicadas por serem aplicações perigosas e possuírem efeitos adversos graves, alguns exemplos são; silicone, polimetilmetacrilato, ácido poli-l-láctico e hidroxiapatita de cálcio (BERNARDES, et al., 2018). 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Principais características do ácido hialurônico O ácido hialurônico possui propriedades hidrofílicas, que proporcionam aumento do volume do tecido e uma intensa hidratação algumas formulações apresentam capacidade de absorção de 6 litros de água para cada 1g de ácido hialurônico (VASCONCELOS, et Al., 2020). Abundante na matiz extracelular, derme e epiderme, sua função é a manutenção do líquido sinovial das articulações, olhos e cartilagem (SANTONI, 2018). Existem dois tipos de origem do ácido , pode ser de origem animal extraído da crista do galo ou por biotecnologia, fermentação de Streptococcus zooepidermicus, sendo está a mais vantajosa pela sua produção ilimitada, além de que a produção animal necessita de purificação (SANTONI, 2018). 2.2 Aplicação na estética O ácido hialurônico é um produto seguro que resulta em processos eficazes e duradouros (ALMEIDA; SAMPAIO, 2015). O ácido hialurônico utilizado para preenchimentos dérmicos se tornou uma ferramenta segura e com resultados satisfatórios. Em 2014 foram realizadas 2,3 milhões de injeções nos Estados Unidos (BERNARDES, et al., 2018). O AH tem sido utilizado para correção de sulcos, rugas, aumento do volume dos lábios, correção de cicatrizes de acne, reposição do volume supra-auricular, correção nasal, volumização por perda de coxins gordurosos proporcionando uma harmonização facial. Atualmente, o melhor resultado na estética para correção de rítides, perda de contorno e reposição do volume facial é obtido com o AH reticulado na forma de gel injetável (VASCONCELOS, et al., 2020). Segundo MONTEIRO (2010), quanto mais viscoso o ácido hialurônico mais profunda é a aplicação e coloca que os preenchimentos subdérmicos são uma ferramenta de grande importância para o rejuvenescimento facial. 2.3 Contraindicações e efeitos adversos O ácido hialurônico mesmo sendo seguro é susceptível a efeitos adversos; reações inflamatórias e alérgicas, pequenos hematomas, abscessos nós sítios de aplicações, se aplicado de forma endovenosa pode ocorrer necrose tecidual (SANTONI, 2018). Os efeitos colaterais podem ser precoces; eritema e edema, hematoma, necrose, infecção e nódulos, ou podem ser tardios; granulomas, cicatriz hipertrófica e reações alérgicas. As alergias aparecem entre três e sete após aplicação e é descrito apenas em 0,1% dos casos (CROCCO; ALVES, ALESSI, 2012). O produto é contraindicado para pacientes como hipersensibilidade a algum componente da fórmula, grávidas ou em período de amamentação. Não deve ser aplicado em áreas de infecção cutânea, inflamações ou feridas (VASCONCELOS, et Al., 2020). 3. CONCLUSÃO Com está revisão bibliográfica concluímos que o ácido hialurônico é um importante agente na estética facial com ricas propriedades hidratantes, é um produto seguro e eficaz nos procedimentos de preenchimentos dérmicos e com poucos efeitos adversos. Mesmo sendo seguro é contraindicado em pacientes grávidas ou amamentando e em locais de inflamação ou feridas, sendo também importante a atenção em pacientes alérgicos a componentes da fórmula. REFERÊNCIAS ALMEIDA ART, Sampaio GÂA. Ácido hialurônico no rejuvenescimento do terço superior da face: revisão e atualização – Parte 1. Surg Cosmet Dermatol. 2015;8(2):148-53. BERNARDES, Isabela Nogueira et al. Preenchimento com ácido hialurônico: revisão de literatura. Revista saúde em foco, v. 10, n. 1, p. 603-612, 2018. CROCCO, Elisete Isabel; ALVES, Renata Oliveira; ALESSI, Cristina. Eventos adversos do ácido hialurônico injetável. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 4, n. 3, p. 259-263, 2012 MAIA IEF, Salvi JO. O uso do Ácido Hialurônico na Harmonização Facial: uma breve revisão. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. 2018;23(2):135-139. MONTEIRO, Érica. Envelhecimento facial: perda de volume e reposição com ácido hialurônico. RBM ver. Bras. Med, 2010 SANTONI, Mônica Taisa Scher. Uso de ácido hialurônico injetável na estética facial: uma revisão da literatura. 2018. VASCONCELOS, Suelen Consoli Braga et al. O uso do ácido hialurônico no rejuvenescimento facial. Revista Brasileira Militar de Ciências, v. 6, n. 14, 2020. .