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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Disciplina: Laboratório de Física 1 Experimento 4: Atrito dinâmico e plano inclinado Camila da Costa Moura Manaus, AM 2023 Objetivos do experimento ● Analisar e interpretar o coeficiente de atrito dinâmico entre duas superfícies; ● Calcular a força de equilíbrio em um plano inclinado. Parte teórica O atrito estático ocorre quando duas superfícies estão em contato, mas não há movimento relativo entre elas. Esta força atua na direção oposta à força aplicada que tenta mover o objeto, impedindo o movimento inicial. A intensidade máxima da força de atrito estático é alcançada quando a força aplicada é suficiente para iniciar o movimento. Esta força pode ser descrita pela fórmula: O atrito dinâmico, por outro lado, ocorre quando há movimento relativo entre as superfícies em contato. Este tipo de atrito tem uma intensidade menor que o atrito estático, o que significa que é necessária uma força menor para manter o movimento do que para iniciá-lo. A fórmula que descreve o atrito dinâmico é: A principal diferença entre os coeficientes de atrito estático e dinâmico é que o coeficiente de atrito estático é geralmente maior que o coeficiente de atrito dinâmico. Isso ocorre porque, no atrito estático, as superfícies em contato tendem a se intertravar nas irregularidades microscópicas, exigindo uma força maior para iniciar o movimento. No atrito dinâmico, uma vez que o movimento começou, a interação entre as irregularidades é reduzida, necessitando de menos força para manter o movimento. A força de atrito é vital em várias aplicações práticas, desde o simples ato de caminhar até o funcionamento de veículos e máquinas. Cerca de 20% da potência de um motor, por exemplo, é utilizada para superar as forças de atrito. Esta força é responsável pela eficiência energética e pelo controle de movimentos em diversos sistemas mecânicos. Parte experimental 1. Experimento A O procedimento iniciou-se com a montagem do sistema para estudo e coleta de dados. Para sua montagem, foram utilizados um corpo de prova, um dinamômetro, 3 peso e uma balança. Figura 1- Sistema utilizado no experimento A Fonte: Autoral, 2024 Com o sistema montado, o procedimento iniciou-se. Assim, para cada peso adicionado no corpo de prova, este era puxado em velocidade constante pelo dinamômetro 13 vezes, tendo sua Fat registrada conforme o dinamômetro indicata. Após isto, os pesos tiveram sua massa aferida na balança. Ao fim, obtiveram-se os seguintes dados: Tabelas 1, 2, 3 e 4- Fat e massas coletadas de cada ensaio, junto de suas Fat’s médias e incertezas, assim como o peso dos pesos utilizados. Fonte: Autoral, 2024. A partir das médias obtidas, foi criada a nova tabela: Tabela 5 - Relação das Fat’s médias e peso (N) de cada ensaio. Fonte: Autoral, 2024. Assim, foi realizada uma regressão linear através da Tabela 5, obtendo-se o seguinte gráfico de dispersão (o gráfico foi realizado via software tendo em vista ausência de papel milimetrado): Gráfico 1 - Regressão linear dos dados estudados. Fonte: Autoral, 2024. Assim, obteve-se a equação 0,32x + -0,0475. Comparando-a com a equação referente à força de atrito , pode-se concluir que µ = b = 0,32 e b = -0,0475. Ainda calcularmos b e DeltaB, tem-se: Tabela 6- Valores calculados. Fonte: Autoral, 2024. A partir desses valores, foi observado que a incerteza de a é maior do que seu próprio valor, sendo este, dessa forma, desprezível, o que torna a equação observada mais condizente com a comparada. 2. Experimento B Para o segundo experimento, os materiais utilizados foram: Um carro de trilhos (corpo de prova), um dinamômetro, um plano inclinado, pesos e uma balança. Montou-se, assim, o sistema abaixo com o uso de 3 pesos que totalizaram 150g: Figura 2 - Experimento B. Fonte: Autoral, 2024. A partir do sistema preparado, foram extraídos 8 medidas de tração de cada nível de inclinação, resultando na seguinte tabela: Tabela 7- medidas diretas e indiretas do experimento b. Fonte: Autoral, 2024. A partir dos dados extraídos, foi elaborado um gráfico das trações médias pelo seno dos ângulos de inclinação e sua respectiva regressão linear: Gráfico 1 - Regressão linear do experimento B. Fonte: Autoral, 2024. A regressão linear calculada indicou b= 1,7, ou seja, o atrito dinâmico = 1,7. Ainda: Tabela 7- Valores de obtidos. Fonte: Autoral, 2024. Assim, como DeltaA apresentou-se maior que “a”, considerou-se a desprezível, o que torna a equação obtida mais similar à . Resultados e conclusão Ao fim dos experimentos, os valores de coeficiente de atrito cinético se apresentaram maiores do que o de atrito estático, o que não condiz com os estudos realizados pelo experimento. Tal condição pode ter ocorrido devido a um erro na aferição dos valores, erro na conversão ou erro de cálculo. Apesar disso, através da realização do experimento, foi possível a melhor compreensão acerca do tema. Referencial bibliográfico ● DAVID, H.; RESNIK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física - Volume 1. 9. ed. Rio de Janeiro : LTC, 2012. ● MENDES TEIXEIRA, Mariane. Força de atrito. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm#:~:text=Ela%20pode%20ser %20classificada%20de,que%20ele%20inicie%20o%20movimento. Acesso em 19/07/2024.