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4Módulo Aposentadoria e Pensão de servidores: Atualizações conforme Emenda 103/2019 Políticas Públicas Pensão por Morte Enap, 2022 Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional Conteudista/s José Guilherme Magalhães e Silva (conteudista, 2022); Diretoria de Desenvolvimento Profissional. Unidade 1: Disposições Gerais Sobre o Benefício da Pensão por Morte ......................................................................................................4 1.1 Conceito e fato gerador ............................................................................................. 4 1.2 Legislação aplicável .................................................................................................... 5 1.3 Data de início do benefício ........................................................................................ 5 1.4 Rol de beneficiários e duração do benefício .......................................................... 6 Referências ....................................................................................................................... 9 Unidade 2: Cálculo do Benefício e Hipóteses de Acumulação .......10 2.1 Cálculo inicial ............................................................................................................. 12 2.1.1 Base de cálculo, percentual do benefício e divisão das cotas ......................... 12 2.2 Recálculo em caso de exclusão de beneficiário .................................................... 16 2.3 Forma de reajuste .................................................................................................... 17 2.4 Hipóteses de acumulação de benefícios e de aplicação de redutores .............. 17 Referências ..................................................................................................................... 23 4Enap Fundação Escola Nacional de Administração PúblicaEnap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Módulo Pensão por Morte 4 Além do abalo sentimental, a morte de um indivíduo pode representar também a ruptura da base de sustentação financeira de uma família. Para garantir aos familiares a continuidade do acesso a direitos básicos como educação, saúde, alimentação, moradia e cultura, existe no Brasil o benefício previdenciário de Pensão por Morte, que é devido a indivíduos que comprovem se enquadrar em uma das hipóteses previstas em lei. A Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019a), Reforma da Previdência, trouxe importantes mudanças em relação à Pensão por Morte dos servidores civis da União, principalmente no que tange à forma de cálculo do benefício. Unidade 1: Disposições Gerais Sobre o Benefício da Pensão por Morte Objetivo de aprendizagem Ao final desta unidade, você será capaz de identificar o fato gerador da pensão, a legislação aplicável de acordo com a data do fato gerador, as prováveis datas de início do pagamento do benefício e as hipóteses de concessão. Ninguém (ou quase ninguém) gosta de falar sobre morte. No entanto, a mesma é um fato natural e inevitável. A morte de um indivíduo, além do sofrimento sentimental, pode representar também o desaparecimento da principal fonte de renda de uma família. Diante disso, os regimes de previdência no Brasil mantêm o benefício de Pensão por Morte, uma cobertura assistencial em favor de parentes que comprovem cumprir os requisitos de elegibilidade previstos em lei, requisitos esses que podem incluir ou não a dependência econômica. 1.1 Conceito e fato gerador Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5 No caso dos servidores públicos, a Pensão por Morte é prevista no art. 40, §7º, da Constituição, e no art. 215 da Lei nº 8.112/1990 (BRASIL, 1997). A Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019a), de Reforma da Previdência, prevê expressamente que o rol de benefícios dos regimes próprios de previdência será composto exclusivamente pela aposentadoria e pela pensão por morte (art. 8º, §2º). A EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) trouxe profundas alterações em relação à forma de cálculo e à acumulação dos benefícios. Tais alterações, entretanto, só são aplicáveis caso o óbito do instituidor do benefício (ou seja, o ex-servidor) tenha ocorrido a partir de 13/11/2019, data da entrada em vigor da reforma. Caso o óbito tenha ocorrido até 12/11/2019, aplica-se a legislação vigente à época, mesmo que o requerimento venha a ser formulado apenas em momento posterior (art. 3º, caput e §1º). A Pensão por Morte tem como fato gerador, como o próprio nome sugere, a morte do filiado (o servidor ativo ou aposentado), momento em que determinados parentes podem requerer o benefício, desde que cumpridos os requisitos legais. 1.2 Legislação aplicável Via de regra, o termo inicial é a data do óbito do instituidor do benefício. Mas há exceções, conforme quadro abaixo. 1.3 Data de início do benefício Data inicial do benefício de pensão por morte. Fonte: Brasil (2019b). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). Data inicial do benefício de pensão por morte (art. 219 da Lei nº 8.112/1990, com redação dada pela Lei nº 13.846/2019) Hipótese Data inicial do benefício Requerimento feito em até 180 dias após o óbito, para os filhos menores de 16 anos, ou em até 90 dias após o óbito, para os demais dependentes. Data do óbito do instituidor Requerimento feito após os prazos supracitados Data do requerimento Morte presumida Data da decisão judicial 6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública A EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) não alterou o rol de beneficiários de pensão, previsto no art. 217 da Lei nº 8.112/1990 (BRASIL, 1997). Mas, por se tratar de um assunto imprescindível para o entendimento do benefício, é importante tratar sobre isso. Também será apresentado a você a duração do benefício (se vitalício ou temporário). 1.4 Rol de beneficiários e duração do benefício Rol de parentes elegíveis à pensão por morte e duração do benefício. Fonte: Brasil (2019b). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). Rol de parentes elegíveis à pensão por morte e duração do benefício (arts. 217 e 222 da Lei nº 8.112/1990, com redação dada pela Lei nº 13.846/2019) Beneficiário Duração da pensão (vitalícia ou temporária) Cônjuge Vitalícia ou temporária, de acordo com a idade do beneficiário e a duração do relacionamento conjugal ou União Estável Cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente Companheiro(a) que comprove União Estável Filho menor de 21 anos Temporária (até o implemento da idade de 21 anos) Filho inválido ou portador de deficiência intelectual ou mental Temporária (enquanto perdurar a invalidez ou deficiência) Mãe e pai que comprovem dependência econômica Vitalícia Irmão ou irmã que comprove dependência econômica Temporária (até o implemento da idade de 21 anos) É importante tecermos uma série de considerações sobre as informações acima: • Em qualquer hipótese, caso o instituidor do benefício não tenha vertido 18 contribuições mensais, a pensão será temporária e durará 4 meses. • O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante declaração do servidor e desde que comprovada a dependência econômica. • Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7 • O irmão ou irmã só faz jus à pensão por morte caso não tenha sido concedido o benefício a nenhum outro beneficiário enquadrado nas demais hipóteses. • O pai e a mãe só fazem jus à pensão por morte caso não tenha sido concedido o benefício a nenhum outro beneficiário enquadrado nas demais hipóteses, com exceção do irmão, hipótese em que o pai/mãe é que exclui a concessão do irmão.• No caso do cônjuge, do cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente, e do companheiro ou companheira que comprove União Estável, a duração do benefício será de 4 meses caso não tenha sido cumprido o requisito supracitado de 18 contribuições mensais e também quando o vínculo conjugal ou união estável não tenha durado por, no mínimo, 2 anos +. Caso cumpridos esses dois requisitos, a duração do benefício será determinada pela idade do beneficiário, conforme tabela a seguir. Duração do benefício do cônjuge, do cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente, e do companheiro ou companheira que comprove União Estável. Fonte: Brasil (1997; 2020). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). Duração do benefício do cônjuge, do cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente, e do companheiro ou companheira que comprove União Estável (Art. 222, VII, "b", da Lei nº 8.112/1990, atualizado pela Portaria nº 424/2020/ME) Idade Duração da pensão Menos de 22 (vinte e dois) anos 03 (três) anos Entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos 06 (seis) anos Entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos 10 (dez) anos Entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos 15 (quinze) anos Entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e quatro) anos 20 (vinte) anos Com 45 (quarenta e cinco) anos ou mais Vitalícia Conforme se vê na tabela acima, o legislador teve uma preocupação em escalonar a duração do benefício de acordo com a faixa etária do beneficiário. Parte-se do pressuposto de que quanto mais jovem for o pensionista, mais rapidamente ele conseguirá se restabelecer profissional e economicamente. Ou seja, a pensão temporária funciona como um apoio para que o interessado possa manter o acesso a 8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública direitos básicos enquanto não se recoloca no mercado de trabalho, desenvolve outras formas de subsistência ou adequa seu padrão de vida. O legislador reconhece também que, a partir de determinada idade, torna-se desarrazoado exigir que o interessado encontre formas de substituir a renda relativa ao parente que veio a óbito, hipótese em que a pensão será vitalícia. Você chegou ao fim do conteúdo desta unidade! Para ajudar a fixar as informações, revisite o conteúdo para consolidar os seus estudos. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9 BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019. Altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição e disposições transitórias. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 13 nov. 2019a. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm. Acesso em: 25 jan. 2022. BRASIL. Lei nº 13.846, de 18 de junho de 2019. Institui o Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade, o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade, o Bônus de Desempenho Institucional por Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade do Monitoramento Operacional de Benefícios e o Bônus de Desempenho Institucional por Perícia Médica em Benefícios por Incapacidade; altera as Leis nos 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 7.783, de 28 de junho de 1989, 8.112, de 11 de dezembro de 1990, 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 9.620, de 2 de abril de 1998, 9.717, de 27 de novembro de 1998, 9.796, de 5 de maio de 1999, 10.855, de 1º de abril de 2004, 10.876, de 2 de junho de 2004, 10.887, de 18 de junho de 2004, 11.481, de 31 de maio de 2007, e 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; e revoga dispositivo da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, e a Lei nº 11.720, de 20 de junho de 2008. Diário Oficial da União (Edição extra). Brasília, DF, 18 jun. 2019b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13846.htm. Acesso em: 31 jan. 2022. BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 11 dez. 1997. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm. Acesso em: 31 jan. 2022. BRASIL. Ministério da Economia. Gabinete do Ministro. Portaria nº 424, de 29 de dezembro de 2020. Fixa as novas idades de que tratam a alínea "b" do inciso VII do art. 222 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e a alínea "c" do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 30 dez. 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-me-n-424- de-29-de-dezembro-de-2020-296880511. Acesso em: 31 jan. 2022. Referências http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13846.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13846.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-me-n-424-de-29-de-dezembro-de-2020-296880511 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-me-n-424-de-29-de-dezembro-de-2020-296880511 10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Unidade 2: Cálculo do Benefício e Hipóteses de Acumulação Objetivo de aprendizagem Ao final desta unidade, você será capaz de identificar as formas de cálculo inicial e de reajuste da pensão, o recálculo em caso de exclusão de um dos beneficiários e as hipóteses de acumulação de benefícios em que será necessária a aplicação de um redutor sobre aquele de menor valor. Inicialmente, é importante registrar que a nova forma de cálculo da pensão por morte trazida pela Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019), apresentada a seguir, é aplicável, no âmbito do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores civis da União, aos óbitos ocorridos a partir de 13/11/2019 (data da entrada em vigor da Reforma da Previdência). Aos óbitos ocorridos até 12/11/2019, devem ser aplicadas as normas vigentes à época do óbito, mesmo que o requerimento venha a ser formulado apenas após a referida data. Tais regras podem vir a ser alteradas por lei complementar, conforme autoriza o art. 23, §7º, da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019). Em relação às pensões concedidas aos dependentes de servidores dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, aplicam-se as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor da reforma, enquanto não promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de previdência social de acordo com art. 23, §8º, da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019). Essa unidade apresenta conceitos sobre a forma de cálculo dos benefícios de pensão que podem soar dificílimos se você se limitar ao texto constitucional. Portanto, como forma de facilitar o aprendizado e a fixação das ideias, uma sugestão é que conforme você avance na leitura da parte teórica, tente responder às questões que virão a seguir, a partir dos casos apresentados. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11 José é ex-servidor federal, vinculado ao RPPS dos servidores civis da União e aposentado nos termos do art. 10, §1º, I, da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019) desde 10/02/2020. Os proventos de aposentadoria de José correspondem a R$ 10.000,00. Fazem parte do núcleo familiar de José: Nessas condições, José vem a óbito. É concedida pensão por morte em favor de Ana, Pedro e Luiza. Diante disso, busque responder às seguintes questões: a) seu cônjuge Ana, de 60 anos, aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social desde 2017, recebendoproventos no valor de R$ 5.000,00; b) seu filho Pedro, de 13 anos de idade; c) sua filha Luiza, de 20 anos de idade. Nenhum dos três é pessoa inválida ou portadora de deficiência intelectual, mental ou grave. O limite dos benefícios do RGPS (à época do óbito de José) é R$ 6.433,57. (I) Qual será a base de cálculo do benefício de pensão por morte? (II) Qual o percentual da base de cálculo a ser aplicado? (III) Como será a divisão das cotas entre os pensionistas? (IV) Como será feito o recálculo do benefício após Luiza completar 21 anos de idade? (V) Sobre o benefício recebido por Ana, devem ser aplicadas as frações de redução previstas no art. 24, §2º, da EC nº 103/2019? Após tentar responder as questões, siga até os próximos tópicos para iniciarmos o cálculo sobre o caso de José. 12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública O óbito de um servidor civil ativo ou de um ex-servidor aposentado é o fato gerador do direito à pensão por parte de um rol de beneficiários previsto no art. 217 da Lei nº 8.112/1990 (BRASIL, 1997) (exemplos: cônjuge, companheiro(a), filho menor de 21 anos etc). O valor do benefício de pensão é um tema profundamente alterado pela Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019). O cálculo depende de uma série de circunstâncias: 1. O instituidor do benefício era servidor ativo ou aposentado à data do óbito? 2. Quantos interessados foram habilitados como beneficiários? 3. Algum desses beneficiários habilitados é pessoa inválida ou com deficiência intelectual, mental ou grave? 4. O beneficiário acumula outros benefícios previdenciários? A definição da base de cálculo da pensão por morte, bem como o percentual da base de cálculo a ser fracionada entre os beneficiários habilitados, vai depender da existência ou não, entre os pensionistas, de pessoa inválida ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Vejamos cada um dos casos separadamente. 2.1 Cálculo inicial São muitas variáveis, mas o cálculo não é tão complexo. Sigamos. 2.1.1 Base de cálculo, percentual do benefício e divisão das cotas A) Caso não haja pensionista inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Em regra, a pensão por morte concedida a dependente de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria recebida pelo servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100%. Ou seja, a base de cálculo da pensão será definida pela situação do instituidor do benefício à época do óbito, conforme tabela abaixo. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13 Possíveis bases de cálculo do benefício de Pensão por Morte de acordo com a EC nº 103/2019 Situação do instituidor do benefício à época do óbito Base de cálculo da pensão Servidor aposentado Valor da aposentadoria recebida Servidor ativo que não havia completado os requisitos para aposentadoria voluntária integral Valor da aposentadoria a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente (100% do valor da média aritmética das remunerações de contribuições da competência de julho/1994 em diante) Servidor ativo que havia completado os requisitos para aposentadoria voluntária integral Valor da aposentadoria voluntária integral cujos requisitos havia completado Possíveis bases de cálculo do benefício de Pensão por morte. Elaboração: CEPED/UFSC (2020). O servidor ativo que completou os requisitos para aposentadoria voluntária integral terá o valor da aposentadoria somente nos termos da Nota Informativa SEI nº 33521/2020/ME (ME, 2020), de 16 de dezembro de 2020. Definida a base de cálculo da pensão por morte, o percentual dessa base de cálculo devido aos pensionistas vai depender do número de beneficiários habilitados, ou seja, do número de requerentes que, uma vez cumpridos os requisitos legais, tenham o pedido de pensão deferido em seu favor. Valor do benefício de pensão por morte de acordo com o número de beneficiários habilitados (caso não haja dependente inválido ou com deficiência – art. 23, caput, da EC nº 103/2019) Número de beneficiários Cota mínima Cota adicional por beneficiário Percentual da base de cálculo devido aos beneficiários como um todo Cota devida a cada beneficiário individualmente 1 50% 10% 60% 1/1 2 70% 1/2 3 80% 1/3 4 90% 1/4 5 100% 1/5 Valor do benefício de pensão por morte de acordo com o número de beneficiários habilitados. Fonte: Brasil (2019). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). 14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Caso a pensão seja concedida apenas a um beneficiário, ela corresponderá a 60% do valor da base de cálculo, conforme possibilidades apresentadas acima. Caso fossem dois beneficiários, seria 70% da base de cálculo, e assim por diante até o limite de 100%. Definido o valor da pensão por morte, o benefício será rateado em partes iguais entre os beneficiários habilitados, independentemente do parentesco de cada um. Por exemplo, caso sejam habilitados três beneficiários, sendo a cônjuge e os dois filhos menores de 21 anos do ex-servidor, o benefício vai corresponder a 80% da base de cálculo (50%, mais 10% por beneficiário habilitado), valor a ser dividido em três cotas iguais entre os beneficiários. B) Caso haja pensionista inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Caso dentre os beneficiários habilitados se encontre pessoa inválida ou portadora de deficiência intelectual, mental ou grave, a forma de cálculo será um pouco diferente. Inicialmente, vejamos o texto do art. 23, §2º, da EC nº 103/2019: “§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão por morte de que trata o caput será equivalente a: I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social; e II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento), para o valor que supere o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social” (BRASIL, 2019). Nesse caso, o benefício corresponderá, independentemente do número de beneficiários habilitados, a 100% das bases de cálculo citadas anteriormente, até o limite dos benefícios (o famigerado “teto”) do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15 Possíveis bases de cálculo do benefício de Pensão por Morte de acordo com a EC nº 103/2019 Situação do instituidor do benefício à época do óbito Base de cálculo da pensão Servidor aposentado 100% do valor da aposentadoria recebida, até o teto do RGPS (acrescido de uma parcela do excedente) Servidor ativo que não havia completado os requisitos para aposentadoria voluntária integral 100% do valor da aposentadoria a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente (100% do valor da média aritmética das remunerações de contribuições da competência de julho/1994 em diante), até o teto do RGPS (acrescido de uma parcela do excedente) Servidor ativo que havia completado os requisitos para aposentadoria voluntária integral 100% do valor da aposentadoria voluntária integral cujos requisitos havia completado, até o teto do RGPS (acrescido de uma parcela do excedente) Possíveis bases de cálculo do benefício de Pensão por Morte. Elaboração: CEPED/UFSC (2020). O número de beneficiários, nesse caso, vai definir a cota adicional a ser aplicada. Além do valor de 100% da aposentadoria recebida (ou da aposentadoria por incapacidade ou voluntária) a que faria jus o ex-servidor até o teto do RGPS, os pensionistas vão receber uma parte do valor que excederesse teto, correspondente a uma cota de 50%, acrescida de mais cotas de 10% por cada beneficiário habilitado. O valor obtido será dividido em cotas iguais entre os beneficiários habilitados. Assim, mesmo que apenas um dos beneficiários seja inválido ou pessoa com deficiência, este dividirá o valor igualmente com os demais pensionistas. 16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Valor do benefício de pensão por morte de acordo com o número de beneficiários habilitados (caso haja dependente inválido ou com deficiência – art. 23, §2º, da EC nº 103/2019) Número de beneficiários Cota correspondente à aposentadoria recebida ou à aposentadoria voluntária ou por incapacidade a que faria jus o ex-servidor, até o limite do RGPS Cota adicional devida aos beneficiários como um todo, correspondente a um percentual do que a base de cálculo exceder ao teto do RGPS Cota devida a cada beneficiário individualmente 1 100% 60% 1/1 2 70% 1/2 3 80% 1/3 4 90% 1/4 5 100% 1/5 Valor do benefício de pensão por morte de acordo com o número de beneficiários habilitados. Fonte: Brasil (2019). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). É importante salientar que essa forma especial de cálculo de pensão só vai subsistir enquanto houver dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Caso haja a exclusão do beneficiário que apresenta essa condição, deverá ser feito o recálculo do benefício para a forma comum explicada no tópico anterior. Caso haja exclusão de um beneficiário, seja pela morte, pela perda da condição de beneficiário (exemplo: o filho menor, ao completar 21 aos de idade), por renúncia ou qualquer outra hipótese, não haverá reversão das cotas adicionais. Ou seja, a cota adicional correspondente ao beneficiário excluído será eliminada. Entretanto, haverá um novo rateio do benefício subsistente entre os pensionistas remanescentes, de acordo com art. 23, §1º, da EC n.º 103/2019 (BRASIL, 2019). Exemplo: se há três beneficiários habilitados, o benefício terá uma cota total de 80% da base de cálculo (50%, mais 10% por cada pensionista). Nesse cenário, sendo o benefício dividido igualmente, cada um dos três pensionistas recebia 26,6% da base de cálculo (80/3 = 26,6). Caso um dos beneficiários seja excluído, uma cota de 10% será excluída do total, de modo que a pensão passa a corresponder a 70% da base de cálculo. Essa cota 2.2 Recálculo em caso de exclusão de beneficiário Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17 de 70% remanescente será dividida entre os dois pensionistas subsistentes em cotas iguais de 35% para cada (70/2 = 35). Atenção especial deve ser dada à hipótese de exclusão do último ou único beneficiário inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, momento em que, conforme explicado anteriormente, deve haver uma revisão geral da forma de cálculo aplicada, de acordo com art. 23, §3º, da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019). Os benefícios de pensão do RPPS dos servidores civis da União serão reajustados nos termos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social, ou seja, na mesma data e proporção dos reajustes concedidos aos pensionistas do RGPS. 2.3 Forma de reajuste Por fim, é importante falar sobre as hipóteses em que a reforma buscou mitigar a possibilidade de acumulação de benefícios previdenciários. Em regra, as possibilidades de acumulação são bastante amplas. A EC nº 103/2019 incluiu no art. 201 da Constituição o parágrafo décimo quinto, segundo o qual: 2.4 Hipóteses de acumulação de benefícios e de aplicação de redutores “Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios previdenciários” (BRASIL, 2019, §15). No entanto, o texto da reforma já se ocupa em trazer limitações à acumulação de benefícios no caso de cônjuges e companheiros. De acordo com o art. 24, caput, da EC nº 103/2019: “[...] é vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal” (BRASIL, 2019, art. 24). 18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Assim, a acumulação de mais uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro só será lícita caso atenda a dois requisitos simultaneamente: 1. Sejam decorrentes do mesmo instituidor; 2. Sejam decorrentes das seguintes hipóteses de acumulação de cargos (art. 37, XVI, da CF88): a) de dois cargos de professor; b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Além disso, a EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019) prevê outras hipóteses em que será lícita a acumulação de pensão deixada por cônjuge ou companheiro com outro benefício previdenciário (pensões, aposentadorias ou pensões militares ou proventos de inatividade militar). Entretanto, nessas hipóteses será necessária a aplicação de frações redutoras sobre o benefício de menor valor. Comece vendo que hipóteses são essas: Hipóteses de acumulação de benefícios previdenciários em que será necessária a aplicação de frações redutoras (art. 24, §1º, da EC nº 103/2019) Benefício “A” Benefício “B” Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social Pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social Aposentadoria concedida no âmbito do RGPS ou RPPS ou proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal Pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal Aposentadoria concedida no âmbito do RGPS ou de RPPS Hipóteses de acumulação de benefícios previdenciários em que será necessária a aplicação de frações redutoras. Fonte: Brasil (2019). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). Verificada uma das hipóteses de acumulação mencionadas no quadro acima, o interessado receberá integralmente o benefício de maior valor e uma parte do benefício de menor valor, apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas: Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19 Parcelas dos benefícios de menor valor a ser recebido pelo beneficiário em hipótese de acumulação prevista no art. 24, §1º, da EC nº 103/2019 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos Parcelas dos benefícios de menor valor a ser recebido pelo beneficiário em hipótese de acumulação prevista no art. 24, §1º, da EC nº 103/2019. Fonte: Brasil (2019). Elaboração: CEPED/UFSC (2020). Percebe-se que a intenção do legislador foi evitar o enriquecimento através da acumulação de benefícios previdenciários, ao mesmo tempo em que preserva a função primordial dos benefícios, qual seja, evitar que a morte do indivíduo vinculado a regime previdenciário acarrete prejuízos ao acesso de seus dependentes a direitos básicos, como saúde, educação, moradia e cultura. Sobre o tema, é preciso destacar ainda que: 1. A aplicação dos referidos redutores sobre o benefício de menor valor poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios. 2. As restrições de acumulação previstas no art. 24 da EC nº 103/2019 não se aplicam aos benefícios cujo direito houver sido adquirido antes de 13/11/2019 (datada entrada em vigor da reforma. Ou seja, as limitações à acumulação e as frações redutoras não se aplicam, por exemplo, à pensão cujo óbito do instituidor tenha ocorrido até 12/11/2019 ou às aposentadorias cujos requisitos tenham sido completados até tal data. Aqui se encerra a parte teórica da unidade, então veja se você respondeu corretamente as questões apresentadas inicialmente. José é ex-servidor federal, vinculado ao RPPS dos servidores civis da União e aposentado nos termos do art. 10, §1º, da EC nº 103/2019 desde 10/02/2020. A aposentadoria de José corresponde a R$ 10.000,00. 20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Fazem parte do núcleo familiar de José: a) seu cônjuge Ana, de 60 anos, aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social desde 2017; b) seu filho Pedro, de 13 anos de idade; c) sua filha Luiza, de 20 anos de idade. Nenhum dos três é pessoa inválida ou portadora de deficiência intelectual, mental ou grave. Nessas condições, José vem a óbito. É concedida pensão por morte em favor de Ana, Pedro e Luiza. (I) Qual será a base de cálculo do benefício de pensão por morte? Resposta: Tendo em vista que José era aposentado à data do óbito, a base de cálculo será a aposentadoria recebida (R$ 10.000,00). Como não há beneficiários inválidos ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o fato de tal valor ultrapassar ou não o teto do RGPS não é relevante nesse momento. (II) Qual o percentual da base de cálculo a ser aplicado e o valor do benefício? Resposta: Tendo em vista que não há beneficiários inválidos ou com deficiência intelectual, mental ou grave, tendo em vista, ainda, o fato de que são 3 beneficiários habilitados, o benefício corresponderá a 80% (50 + 10 + 10 + 10 = 80) do valor da aposentadoria de R$ 10.000,00. 80% de R$ 10.000,00 é igual a R$ 8.000,00. Esse será o valor do benefício, a ser dividido entre os três beneficiários. (III) Como será a divisão das cotas entre os pensionistas? Resposta: Cada pensionista faz jus a 1/3 do valor da pensão, ou seja, uma cota de R$ 2.666,66. (IV) Como será feito o recálculo do benefício após Luiza completar 21 anos de idade? Resposta: Quando Luiza completar 21 anos de idade, ela será excluída, restando dois beneficiários. É vedada a reversão da cota de Luiza aos demais pensionistas, sendo garantido, por outro lado, o novo rateio do valor remanescente. Assim, o Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21 benefício total deve ser reduzido para 70% (50 + 10 + 10 = 70) do valor da aposentadoria, chegando a um benefício total de R$ 7.000,00. Ana e Pedro fazem jus, cada um, a 1/2 (metade) do benefício, ou seja, a R$ 3.500,00. (V) Sobre o benefício recebido por Ana, devem ser aplicadas as frações de redução previstas no art. 24, §2º, da EC nº 103/2019? Resposta: Embora esteja configurada uma das hipóteses de acumulação previstas no art. 24, §1º, da EC nº 103/2019, não devem ser aplicadas as frações de redução previstas no parágrafo segundo, eis que: a) a aposentadoria recebida junto ao RGPS é anterior a 13/11/2019, escapando, portanto, da esfera de aplicação da norma; b) a pensão recebida junto ao RPPS da União não é o benefício de menor valor, não sendo possível, portanto, aplicar as frações de redução a tal benefício. Para reforçar os pontos estudados, mais um exemplo será feito embasado no caso acima. Imagine que Ana comprove ser pessoa com deficiência mental. Nesse caso, como seria o cálculo do benefício? Será utilizado aqui o limite de benefícios (teto) do RGPS aplicado em 2021, a saber, R$ 6.433,57. Nesse caso, o benefício seria calculado da seguinte forma: • Por haver pensionista inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, desde já os beneficiários fazem jus a 100% da aposentadoria recebida, até o limite do RGPS. Caso a aposentadoria estivesse abaixo do RGPS, eles fariam jus à totalidade da aposentadoria. Como a aposentadoria de José ultrapassa o teto, eles fazem jus a esse limite, que é R$ 6.433,57; • Além disso, eles já fazem jus a 50% da cota que exceder o teto do RGPS, mais 10% desse valor por cada beneficiário habilitado. Por serem três beneficiários, portanto, eles fazem jus a 80% do valor da aposentadoria que exceder o teto do RGPS. Faça essa conta: • R$ 10.000 - R$ 6.433,57 = R$ 3.566,43 (esse é o valor que a aposentadoria de José excede o teto do RGPS); • 80% de R$ 3.566,43 = R$ 2.853,14 (essa é a cota que deve ser adicionada ao valor de R$ 6.433,57); • R$ 6.433,57 + R$ 2.853,14 = R$ 9.286,71. 22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública • Assim, o benefício total é de R$ 9.286,71 , a ser repartido em cotas iguais entre os três beneficiários; • Portanto, cada beneficiário receberá R$ 3.095,57. Esse exemplo é importante para ficar claro que a existência de pensionista inválido ou portador de deficiência intelectual, mental ou grave enseja um aumento do valor do benefício de pensão. Assim, o conteúdo do curso chegou ao fim! Agradecemos sua participação e não se esqueça e fazer a atividade avaliativa desta unidade. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23 BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019. Altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição e disposições transitórias. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 13 nov. 2019a. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm. Acesso em: 25 jan. 2022. BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 11 dez. 1997. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm. Acesso em: 31 jan. 2022. MINISTÉRIO DA ECONOMIA – ME. SEI nº 33521/2020/ME: ANÁLISE DAS REGRAS DE CONCESSÃO DA PENSÃO POR MORTE CONFORME EMENDA CONSTITUCIONAL N° 103, DE 2019, E DE ACUMULAÇÃO DESSE BENEFÍCIO COM OUTROS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. Brasília: Ministério da Economia, 2020. 9 p. Referências http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm Unidade 1: Disposições Gerais Sobre o Benefício da Pensão por Morte 1.1 Conceito e fato gerador 1.2 Legislação aplicável 1.3 Data de início do benefício 1.4 Rol de beneficiários e duração do benefício Referências Unidade 2: Cálculo do Benefício e Hipóteses de Acumulação 2.1 Cálculo inicial 2.1.1 Base de cálculo, percentual do benefício e divisão das cotas 2.2 Recálculo em caso de exclusão de beneficiário 2.3 Forma de reajuste 2.4 Hipóteses de acumulação de benefícios e de aplicação de redutores Referências