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Prévia do material em texto

APOSTILA 
QUEIMADAS PB 
 
 
 
 
 
Cargo: Agente De Combate A Endemias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revenda proibida. Todos os direitos reservados meritoapostilas.com.br 
https://meritoapostilas.com.br/
 
 
OBRIGADO POR ADQUIRIR UMA APOSTILA 
MÉRITO APOSTILAS 
 
Missão 
Oferecer educação inovadora, que promova a excelência humana e acadêmica e o desenvol-
vimento de uma sociedade sustentável. 
 
Visão 
Sermos reconhecidos como empresa de referência, dinâmica, integrada e comprometida com 
a formação de concurseiros, éticos e conscientes do compromisso com a responsabilidade do 
serviço público. 
 
Valores 
• Comprometimento 
• Respeito 
• Inovação 
• Criatividade 
• Melhoramento contínuo 
 
 
 
 
Material protegido, Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Você não pode compartilhar, 
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Língua Portuguesa
LÍNGUA PORTUGUESA
1MÉRITO
Apostilas
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Leitura, compreensão e 
interpretação de textos
1MÉRITO
Apostilas
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, 
uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito 
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente 
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.
Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao 
conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o 
leitor teve sobre o texto.
É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível
interpretá-lo sem compreendê-lo.
Compreensão de texto
A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a 
análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.
As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:
• Segundo o texto…
• De acordo com o autor…
• No texto…
• O texto informa que...
• O autor sugere…
Interpretação de texto
A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer 
conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos 
2
Leitura, compreensão e interpretação de textos
tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está 
relacionada com a dedução do leitor.
Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:
• Diante do que foi exposto, podemos concluir…
• Infere-se do texto que…
• O texto nos permite deduzir que…
• Conclui-se do texto que...
• O texto possibilita o entendimento de...
Item Compreensão Interpretação
Definição
Análise objetiva do conteúdo, 
compreendendo frases, ideias e 
dados presentes no texto.
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende 
que o texto quis dizer.
Informação
As informações necessárias estão
dispostas no texto.
A informação vai além do que está no texto, embora 
tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.
 A Importância da Leitura 
Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental 
para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o 
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de 
conhecimentos.
Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso 
crítico por meio da capacidade de interpretar.
Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves 
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é 
preciso entender e interpretar essa leitura.
3
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Exercícios
1 - (Enem-2012)
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações 
visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre 
à:
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para 
transmitir a ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população 
pobre e o espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira 
de descanso da família.
4
Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.
Leitura, compreensão e interpretação de textos
2. (Enem-2019)
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no 
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, 
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos 
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar 
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas 
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da 
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas 
políticas em período pré-eleitoral.
Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução 
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma 
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, 
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos 
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.
A função sociocomunicativa desse texto é
a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se 
alistar no exército.
b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros, 
bebidas ou roupas.
c) convencer o público sobre a importância do consumo.
d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.
5
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Gabarito
1 - (Enem-2012)
Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão 
“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.
O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos 
diferentes significados que ela carrega.
Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo 
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de 
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.
Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a 
desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições 
financeiras de ter acesso à internet.
2. (Enem-2019)Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.
Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade: 
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso 
comum.
Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para 
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.
6
 Reescrita de frases e parágrafos do texto 
Reescrita de frases e 
parágrafos do texto 
1MÉRITO
Apostilas
 Reescrita de frases e parágrafos do texto 
Para fazer uma reescrita de frases e parágrafos de um texto, nós devemos ter
muita atenção na gramática, ou seja, nos erros de pontuação, concordância verbal
e nominal, regência verbal e nominal, o uso da crase e a colocação pronominal.
Uma troca de posição da vírgula, por exemplo, pode alterar o sentido da fra-
se.
As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando
vocabulários e expressões do texto original e a ordem das palavras para que o
texto mantenha seu sentido.
Deve-se prestar a atenção na ordem das palavras para que o texto não mude
de sentido.
Devemos também prestar atenção no tempo verbal
A Reescrita pode ser feita através de substituição de palavras ou de trechos
de textos utilizando:
Sinônimos, antônimos, locução verbal, verbos por substantivos e vice-versa,
voz verbal, conectivos de mesmo valor semântico:
Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes
Ex.:
Aquele carro está com problema
Aquele automóvel está com defeito.
Antônimos: palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significa-
dos opostos
Ex.:
O homem estava bravo
O sujeito não estava tranquilo
 
2
 Reescrita de frases e parágrafos do texto 
Locução verbal: É a união de verbos com a função de apenas um.
Ex.:
Vou ler este livro para meu filho
Lerei este livro para meu filho
Verbo por substantivo e vice-versa: Você transforma uma oração verbal
em oração nominal ou vice-versa.
Caminhar = caminho
Resolver = resolução
Trabalhar = trabalho
Estudar = estudos
Beijar = beijo
Ex.:
O trabalho é essencial para a vida
Trabalhar é essencial para a vida
Voz verbal: A voz assumida pelo verbo indica se o sujeito é agente ou paci-
ente da ação.
Ex.:
Eu vi a mulher no supermercado
A mulher foi vista por mim no supermercado
Conectivos com mesmo valor semântico: Os conectivos como conjunção,
preposição e advérbio ajudam a dar sentido às orações.
Conectivos de adição: Além disso, ainda mais, também, e…
Conectivos de certeza: Por certo, certamente, com certeza…
3
 Reescrita de frases e parágrafos do texto 
Conectivos de condição: Caso, eventualmente, se.
Conectivos de conclusão: Em suma, em conclusão, enfim…
Conectivos de tempo: Enfim, logo, então, logo depois, logo após…
Dentre outros conectivos.
Ex.:
Por certo, eu vencerei esta partida.
Certamente, eu vencerei esta partida.
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 Reescrita de frases e parágrafos do texto 
Anotações: 
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5
Processos De Comunicação 
1 
 
 
 
 
 
Processos De Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
Processos De Comunicação 
2 
Processos De Comunicação 
O processo de comunicação ocorre quando o emissor (ou codificador) emite uma mensagem (ou 
sinal) ao receptor (ou decodificador), através de um canal (ou meio). O receptor interpretará a 
mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a 
partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação. 
A palavra comunicar vem de o latim comunicar com significado de pôr em comum. É a forma que 
encontramos para expressar nossos sentimentos, ideias e ações. Para que se estabeleça o processo de 
comunicação é necessária a existência de elementos básicos. 
Toda comunicação humana tem uma fonte: uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo. 
Estabelecida uma origem, com ideias, necessidades, intenções, informações e um objetivo a comunicar, 
torna-se necessário o segundo elemento. O objetivo da fonte tem de ser expresso em forma de 
mensagem. 
Na comunicação humana, a mensagem pode ser transmitida através de símbolos, tais como 
palavras, escritas, desenhos e assim por diante, ou a troca de comportamentos, tais como gestos, 
constato visual, linguagem corporal e outros atos não-verbais. Em muitos casos estão presentes os dois, 
tanto os símbolos quanto os comportamentos. A chave é o entendimento desses símbolos e 
comportamentos. 
Os objetivos da fonte são traduzidos num código através do terceiro elemento, o codificador, 
responsável por pegar as ideias da fonte e pô-las num código, exprimindo o objetivo da fonte em forma 
de mensagem. Na comunicação de pessoa para pessoa, a função codificadora é executada pelas 
habilidades motoras da fonte, seu mecanismo vocal (que produz a palavra oral, gritos, notas musicais, 
etc.), o sistema muscular da mão (que produz a palavra escrita, desenhos etc.), os sistemas musculares 
de outras partes do corpo (que produzem os gestos da face e dos braços, a postura, etc.). 
Quando falamos sobre situações de comunicação mais complexa, é comum separarmos a fonte 
do codificador. Por exemplo, podemos considerar um gerente de vendas como fonte e os vendedores 
comocodificadores, pessoas que produzem mensagens para o consumidor, traduzindo as intenções ou 
objetivos do gerente. 
O quarto elemento é o canal. O canal é o intermediário, o condutor de mensagens. A escolha dos 
canais é muitas vezes fator importante para a eficácia da comunicação. 
O quinto elemento é o recebedor, o alvo da comunicação. Se falamos, alguém deve ouvir, quando 
escrevemos, alguém deve ler. Para haver comunicação, deve haver alguém na outra ponta do canal. 
Temos agora todos os elementos da comunicação, exceto um. Assim como a fonte precisa do 
codificador para traduzir seu objetivo em forma de mensagens, para expressar seu objetivo num 
código, o receptor precisa do decodificador para decifrar a mensagem e pô-la em forma que possa usar. 
Processos De Comunicação 
3 
Para a comunicação atingir os objetivos devemos considerar alguns cuidados, com eles 
diminuímos o risco de estabelecer ruídos ou barreiras à comunicação. 
 
Para Transmissão 
• Seja o mais objetivo possível. 
• Tenha paciência. Fale pausadamente. Observe o ritmo do outro e siga-o. 
• Estude primeiro o que vai falar. Cuide para ter um objetivo claro. 
• Procure adaptar sua linguagem a da pessoa. Não use palavras difíceis, gírias ou palavras típicas 
de regiões que possam prejudicar a comunicação. 
• Observe a linguagem verbal e a não verbal. Os gestos, as expressões faciais, a postura, são 
fundamentais para nós. 
 
Para Recepção 
• Esteja sempre presente na situação, não “voe”, não se distraia. 
• Não pense na resposta antes do outro terminar a mensagem. Escute, reflita e após, exponha o 
seu ponto de vista. 
• Anote pontos básicos se necessário. 
• Evite expressar não-verbalmente cansaço, desinteresse ou falta de atenção. 
• Respeite as colocações do outro. Mesmo que discorde, mostre que aceita o pensamento dele. 
Não somos donos da verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
Processos De Comunicação 
4 
Anotações: 
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Funções da Linguagem
Funções da Linguagem
1MÉRITO
Apostilas
Funções da Linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a in-
tenção do falante.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, fun-
ção poética, função fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na
comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas
determinam o objetivo dos atos comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem
estar presentes num mesmo texto.
Função Referencial ou Denotativa
Também chamada de função informativa, a função referencial tem como obje-
tivo principal informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na ter-
ceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáti-
cos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem de-
notativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emoti -
vos à linguagem.
Exemplo de uma notícia
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior des-
valorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para
comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais
precisamente em julho de 1994.
Função Emotiva ou Expressiva
Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem
como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por
meio da própria opinião.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor,
uma vez que possui um caráter pessoal.
2
Funções da Linguagem
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários.
Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticên-
cias, ponto de exclamação, etc.
Exemplo de e-mail da mãe para os filhos
Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em
breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim,
consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito
trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem,
combinado?!?
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca
a utilização do sentido conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será trans-
mitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de lingua-
gem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários.
Também encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidia-
nas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos,
músicas).
Exemplo de uma história sobre a avó
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabe-
doria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da man-
ga.
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação
de modo que o maisimportante é a relação entre o emissor e o receptor da men-
sagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expres-
sões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.
Exemplo de uma conversa telefônica
— Consultório do Dr. João, bom dia!
3
Funções da Linguagem
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11,
qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma
linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande
foco é no receptor da mensagem.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos po-
líticos, de modo a influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa
com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Exemplos
 Vote em mim!
 Entre. Não vai se arrepender!
 É só até amanhã. Não perca!
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja,
a linguagem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um códi-
go utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cine-
matográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as
gramáticas e os dicionários.
Exemplo
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem
como exemplifica a função metalinguística.
4
Funções da Linguagem
Funções da Linguagem e Comunicação
5
Funções da Linguagem
Anotações: 
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Funções da Linguagem
Exercícios
Exercício 1 
Leia os textos que se seguem e classifique as funções de linguagem.
1) E nunca mais chega o dia 18 de setembro… Estou em pulgas! É a primeira vez 
que vou entrar na cidade do Rock!!
2) "Há menos de um mês para a realização de mais um Rock in Rio, a organização
do super-festival carioca divulgou uma lista de itens considerados proibidos - e 
que serão bloqueados na revista realizada por seguranças em cada pessoa que 
quiser entrar na Cidade do Rock." (26 de Agosto de 2015, in Estadão)
3) Rock in Rio 2013. Eu vou.
7
Funções da Linguagem
Gabarito
Exercício 1
1) Função Emotiva ou Expressiva
2) Função Referencial ou Denotativa
3) Função Conativa ou Apelativa
8
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
1MÉRITO
Apostilas
Gêneros e tipos textuais
A comunicação é um processo que envolve o uso de signos e regras semióticas¹ 
entre os interlocutores para a troca de informações entre si. A operação básica de 
enviar e receber outra mensagem configura o principal processo social por meio da
linguagem.
Por meio da linguagem, você pode interagir com outras pessoas e alterar as 
palavras de acordo com o contexto. Observe que, ao longo do dia, podemos estar 
envolvidos em diferentes tipos de situações, cada uma das quais requer um 
comportamento de linguagem apropriado.
O resultado é o surgimento do tipo e gênero de texto. Nestes casos, o locutor ou 
autor lança os alicerces para a construção de um determinado discurso de forma a 
atendê-lo efetivamente.
¹ Semiótica é o estudo dos signos, que consistem em todos os elementos que 
representam algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo as 
linguagens verbais e não-verbais. Fonte: Significados.
Gêneros e tipos textuais
O tipo de texto, ou tipo textual, é configurado como um modelo fixo e abrangente 
projetado para distinguir e definir a estrutura, bem como os aspectos linguísticos 
da narrativa, ensaio, descrição e explicação. Os tipos de texto têm uma estrutura 
definida e possibilidades limitadas, que variam de cinco a nove tipos.
Por outro lado, os gêneros textuais apresentam maior diversidade e 
desempenham funções sociais específicas. Além disso, mesmo que as 
características principais sejam mantidas, elas estão sujeitas a alterações com o 
tempo.
Um exemplo prático: carta. Até recentemente, era um dos principais meios de 
comunicação para a escrita à distância.
2
Gêneros e tipos textuais
Gêneros Textuais
Cada texto possuiu uma estrutura e linguagem. Existem inúmeros gêneros textuais
dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais 
são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, 
descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.
Tipos textuais
A tipologia textual é classificada de acordo com a estrutura e a finalidade de um 
texto. Cada tipo de texto cumpre uma função e, para isso, possui um modo 
específico de enunciare realizar a comunicação.
1- Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no 
espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho.
Exemplos de gêneros textuais narrativos:
• Romance
• Novela
• Crônica
• Contos de Fada
• Fábula
• Lendas
2- Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, 
objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, 
3
Gêneros e tipos textuais
os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções 
sensoriais do locutor (emissor).
Exemplos de gêneros textuais descritivos:
• Diário
• Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados
3- Texto Dissertativo- a rgumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou 
assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto 
de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura 
textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
• Editorial Jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
4
Gêneros e tipos textuais
4- Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por 
meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e 
comparação.
Exemplos de gêneros textuais expositivos:
• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários
5- Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que 
indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e 
persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos 
casos, verbos no imperativo.
Exemplos de gêneros textuais injuntivos:
• Propaganda
• Receita culinária
• Bula de remédio
• Manual de instruções
5
Gêneros e tipos textuais
Exercícios
Exercício 1
 São Paulo, 18 de agosto de 1929.
Carlos [Drummond de Andrade],
Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João 
Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou
eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa 
torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. 
Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica 
manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos
(...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e 
oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo 
reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e 
da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.
Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. 
Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 2007)
A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor (remetente) e um 
receptor (destinatário). No trecho acima, a carta escrita para Carlos revela um 
exemplo de:
a) carta pessoal
b) carta do leitor
c) carta aberta
d) carta argumentativa
e) carta comercial
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Gêneros e tipos textuais
Exercício 2
Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português, é conhecido por
sua prosa onde ele criou novas formas de linguagens, neologismos e mudanças na 
sintaxe.
O trecho abaixo é de sua obra mais emblemática “O primo Basílio”
"Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de 
fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo 
louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-
se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a 
brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a 
orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis 
miudinhos davam cintilações escarlates."
De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi
a) relatar sobre a manhã da personagem
b) narrar os fatos habituais daquela manhã
c) descrever aspectos da personagem e de suas ações
d) apresentar o principal jornal lido pela personagem
e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem
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Gêneros e tipos textuais
Exercício 3
Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais?
a) romance, descrição, biografia
b) autobiografia, narração, dissertação
c) bula de remédio, propaganda, receita culinária
d) contos, fábulas, exposição
e) seminário, injunção, declaração
Exercício 4
"Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com mais de 70% 
de cacau e 0% de gordura saturada."
A oração acima faz parte do gênero textual:
a) notícia
b) propaganda
c) editorial
d) bilhete
e) declaração
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Gêneros e tipos textuais
Exercício 5
Pé de moleque
Ingredientes
3 xícaras de amendoim torrado e moído
3 xícaras de açúcar
1 ½ xícaras de leite
Modo de Fazer
Leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre e até desgrudar da panela. 
Em seguida, despeje em mármore e espere esfriar e endurecer. Por fim, corte em 
pequenos pedaços.
As receitas culinárias são gêneros textuais que instruem as pessoas a fazerem 
algo, seguindo um passo a passo. Esse tipo de gênero pertence aos textos
a) prescritivos
b) narrativos
c) descritivos
d) injuntivos
e) expositivos
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Gêneros e tipos textuais
Gabarito
Exercício 1
Alternativa a) carta pessoal
A carta pessoal é escrita por pessoas que já se conhecem e possuem algum grau de 
intimidade.
Nela, o remetente (quem escreve) pode abordar assuntos pessoais demonstrando 
sua opinião sobre determinado tema.
Mário revela a Carlos que a candidatura de Getúlio vargas, segundo sua opinião, é 
a única aceitável no momento.
Exercício 2
Alternativa c) descrever aspectos da personagem e de suas ações
A intenção do escritor é descrever, detalhar, mostrar alguns aspectos que 
caracterizam a personagem naquele momento: a roupa que está usando, o jeito do 
cabelo, a cor da pele, a maneira como está apoiada na mesa e os movimentos que 
realiza com os dedos.
Exercício 3
Alternativa c) bula de remédio, propaganda, receita culinária
Os gêneros textuais são estruturas peculiares que surgem dos cinco tipos de 
textos: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.
Não devemos confundir os tipos de textos e os gêneros textuais que podem ser: 
romance, biografia, autobiografia, bula de remédio, propaganda, receita culinária, 
contos, fábulas, seminário e declaração.
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Gêneros e tipos textuais
Exercício 4
Alternativa b) propaganda
A propaganda é um gênero textual que faz parte dos textos injuntivos. Esse tipo de
texto tem a finalidade de persuadir o leitor, indicando uma ordem. Por isso, grande 
parte dos textos de propaganda possuem verbos no imperativo “experimente”.
Exercício 5
Alternativa d) injuntivos
Os textos injuntivos, também chamado de instrucionais, tem como objetivo a 
explicação para a concretização de algo. Assim, eles indicam o método, o 
procedimento que deverá ser realizado, transmitindo ao receptor explicações, 
instruções e indicações de como fazer algo.
Geralmente, eles apresentam verbos no imperativo indicando uma ordem: leve, 
despeje, corte.
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Ortografia 2.0 
1 
 
 
 
 
 
Ortografia 2.0 
 
 
 
 
 
 
 
Ortografia 2.0 
2 
Ortografia 2.0 
Mau ou mal 
Alguns questionamentos são bem insistentes (ou será que nós é quem insistimos em errar?), entre 
eles, o uso correto de mau e mal. Quem nunca se perguntou quando e como usar cada um dos termos, 
não é mesmo? Essa é certamente uma das perguntas que sondam nosso particularuniverso linguístico, 
mas nada como pensar um pouquinho para chegar a uma resposta. Se você ainda não sabe qual é o 
correto, mau ou mal, fique atento às dicas para nunca mais errar. 
Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal 
com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita 
na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema, 
basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe: 
Mal é advérbio, antônimo de bem. 
Mau é um adjetivo, antônimo de bom. 
 
Exemplos: 
Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom) 
O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)" 
 
Quando se usa há? 
A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal, por isso seus 
significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo 
decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o 
sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever. 
Veja alguns exemplos: 
A meteorologista disse que há muita probabilidade de chuva amanhã. 
(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.) 
Há vários livros no meu quarto. 
(Tem vários livros no meu quarto.) 
 
Ortografia 2.0 
3 
Não nos vemos há muitos anos. 
(Não nos vemos faz muitos anos.) 
O uso de “há” e “a” pode gerar muitas dúvidas. 
 
Quando se usa a? 
A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias 
locuções e, por isso, seu uso é muito versátil. 
Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo 
feminino em determinado contexto. Já as preposições conectam uma palavra a outra, gerando sentido 
e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por 
alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido. 
Além dos verbos, muitas vezes a preposição “a” aparece em locuções, que são duas ou mais 
palavras com a mesma função, cujo sentido surge a partir da junção desses termos, e não da palavra 
isolada. 
Quando não há sentido de “existir” ou de tempo passado, use a palavra “a”. 
Observe os exemplos a seguir: 
Estivemos em consulta com a pediatra. 
(Artigo) 
Eu disse a ela que estava tudo bem. 
(Preposição) 
Daqui a pouco vai chover. 
(Locução adverbial)" 
 
Diferenças entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” 
As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” costumam causar dúvidas por causa da 
sua semelhança. Porém, elas significam coisas totalmente distintas. Vejamos, então, quando usá -las e 
o significado de cada uma. 
 
Ortografia 2.0 
4 
Quando se usa “acerca de”? 
A expressão “acerca de” é o que chamamos locução prepositiva, situação em que duas ou mais 
palavras têm valor morfológico de preposição. Essa expressão tem o significado de “sobre”, “quanto a”, 
“a respeito de”. Observe os exemplos: 
Na reunião de ontem, foi falado acerca do comportamento dos funcionários. 
Assim, conforme o exemplo, na reunião foi falado sobre o comportamento dos funcionários. 
Quero tratar acerca dos lucros da empresa. / Quero tratar a respeito dos lucros da empresa. 
Atenção: Ressalta-se que, nesse caso, é possível a contração da preposição “de” com o artigo, ou 
seja, acerca do — de + o / acerca da — de + a, de modo a concordar com o substantivo posterior. 
 
Quando se usa “a cerca de”? 
Primeiramente, é importante lembrar que existe, na língua portuguesa, a expressão “cerca de”, 
que significa “perto”, “aproximado”, “junto”, “nas aproximações”. Essa expressão, quando 
preposicionada, torna-se “a cerca de”, que mantém o seu significado original. Dessa forma, “a cerca 
de” marca distância aproximada no espaço e no tempo futuro. 
Exemplos: 
O mercado está a cerca de três quilômetros de distância. / O mercado está aproximadamente a 
três quilômetros de distância. 
A cerca de dois quilômetros, você terá que virar à direita. / Mais ou menos em dois quilômetros, 
você terá que virar à direita. 
 
Quando se usa “há cerca de”? 
Em “há cerca de”, percebemos a presença do verbo haver na sua forma impessoal: há. Isso faz 
com que a expressão ganhe a conotação de tempo passado, como em “há dois anos” = “faz dois anos”, 
ou seja, dois anos atrás. Por isso, a expressão marca algum evento acontecido próximo a determinado 
tempo passado. 
Exemplos: 
Há cerca de quatro anos, retornei à cidade. / Aproximadamente há quatro anos, retornei à cidade. 
Essa guerra aconteceu há cerca de 200 anos. / Essa guerra aconteceu aproximadamente há 200 
anos. 
Ortografia 2.0 
5 
Atenção: Vale lembrar que quando ocorre o uso de “há”, este já estabelece a marcação de um 
tempo passado, dispensando o uso de “atrás”. Logo, utilizar a expressão “há cerca de dois anos atrás” 
configura pleonasmo ou redundância, uma vez que é desnecessário marcar o tempo passado duas 
vezes. 
 
Quando se usa “onde”? 
“Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se 
refere a um lugar mencionado anteriormente na frase). 
 
Exemplo 
“Onde há fumaça, há fogo. ” 
Nessa expressão popular, a palavra “onde” indica o lugar em que há fumaça e fogo. 
 
Exemplo 
Onde coloquei a minha carteira? 
Nessa frase interrogativa, a palavra “onde” indica o lugar (ainda desconhecido) em que o 
enunciador colocou sua carteira. 
Já na próxima frase, perceba que o pronome relativo “onde” retoma o substantivo “país”: 
Angola foi o país onde vivi durante os anos 90. 
Portanto, “onde”, nesse exemplo, refere-se ao país Angola, mencionado anteriormente. 
Angola é um país onde há belas paisagens. 
Mas atenção! Não confunda lugar com tempo. É comum algumas pessoas usarem “onde” 
equivocadamente, como em: 
Estávamos todos tristes naquele dia, foi onde percebi que ele fazia falta. 
Note que o uso da palavra “onde”, nessa frase, não faz sentido, pois essa palavra indica lugar. A 
que lugar o enunciador ou enunciadora se refere então? Na verdade, a sua intenção era esta: 
Estávamos todos tristes naquele dia, foi quando percebi que ele fazia falta. 
Ortografia 2.0 
6 
Agora sim, o termo “quando” se refere ao dia (portanto, indica tempo) em que todos estavam 
tristes. 
 
Quando se usa aonde? 
A bicicleta é o lugar onde os ciclistas estão, para ir aonde eles querem. 
A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio ou pronome relativo 
“onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a 
preposição “a”, como é o caso do verbo “chegar” no exemplo seguinte: 
Aonde você quer chegar com essa atitude? 
Desse modo, quem chega, chega a algum lugar: chegar aonde. 
Ou ainda este exemplo: 
Vou aonde você quiser. 
Nessa frase, o verbo “ir” exige a preposição “a”; portanto, quem vai, vai a algum lugar: vou aonde." 
 
5 hábitos para escrever melhor e não errar mais a fim de ou afim 
1. Leia mais 
A leitura estimula o cérebro e contribui com o aprendizado. 
Embora seja fundamental conhecer as regras da língua portuguesa, a compreensão delas pode 
ser facilitada ao assimilar os exemplos aplicados. 
 
2. Troque a ligação por uma mensagem 
A ideia aqui é fazer com que a escrita seja mais presente na sua vida. 
 
Você não precisa se concentrar apenas em construir textos longos. 
 
Ao redigir mensagens, e-mails ou cartas, por exemplo, você acaba treinando, além da ortografia, 
a sua capacidade criativa. 
Ortografia 2.0 
7 
3. Dê uma folga para o corretor ortográfico 
Você é daqueles que vive com o corretor sempre ligado? 
Então, que tal desativá-lo um pouco? 
A ferramenta é, de fato, uma aliada do mundo moderno, mas você não pode ficar refém dela. 
 
4. Pesquise sempre que houver dúvidas 
Na hora de escrever, incertezas sempre vão surgir.Por isso, nesses casos, não hesite em fazer algumas pesquisas para descobrir a escrita correta. 
Você pode consultar, por exemplo, o sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língua 
Portuguesa. 
Lá, é possível digitar uma palavra e verificar se ela, realmente, existe no nosso idioma e se está 
com a grafia certa. 
 
5. Continue estudando 
Para melhorar o aprendizado em qualquer área, é fundamental se manter sempre atualizado, 
buscando novos conhecimentos. 
A educação continuada é uma alternativa excelente para desenvolver habilidades como o 
vocabulário, a comunicação, a criatividade e a visão estratégica, dentre outras. 
 
Mais ou Mas? 
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em 
contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso. 
 
Mais 
A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento 
da quantidade de algo. 
 
Ortografia 2.0 
8 
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na 
frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção. 
Exemplos: 
Quero ir mais vezes para a Europa. 
Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo. 
Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada. 
Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu 
antônimo “menos”. 
 
Mas 
A palavra, “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio. 
 
1. Como substantivo, o, “mas” está associado a algum defeito. 
Exemplo: Nem, mas, nem meio, mas, faça já seus deveres de casa. 
 
2. Como conjunção adversativa, o, “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia 
contrária a que foi dita anteriormente. 
Exemplo: Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora. 
Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que, 
etc. 
 
3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação. 
Exemplo: Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces. 
Não confunda! 
A palavra "más" com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por 
exemplo: 
Nesse semestre suas notas estão muito más. 
Ortografia 2.0 
9 
Exercícios 
Mais ou Mas 
1. (Cesgranrio) para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada. 
Esperamos que, daqui ____ alguns anos, não tenhamos de lidar ____ com os mesmos problemas 
que enfrentamos já ____ duas décadas no Brasil. 
A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é: 
a) a – mas – há 
b) a – mais – a 
c) a – mais – há 
d) há – mas – há 
e) há – mais – a 
 
Alternativa c: a – mais – há 
 
 
Exercícios resolvidos sobre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” 
Questão 1 
Analise o uso das expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” nas proposições a seguir e 
marque a alternativa correta: 
I - Meu carro está estacionado a cerca de 100 metros daqui. 
II - Conversamos muito acerca do divórcio. 
III - A cerca de 300 anos, iniciou-se a jornada do grande homem. 
 
Onde ou aonde 
"Questão 1 - Todas as orações a seguir apresentam o uso correto dos termos “onde” e “aonde”, 
exceto: 
Ortografia 2.0 
10 
 
a) Não sei onde está o meu caderno e nem onde coloquei meu lápis. 
b) Não se esqueça de que aonde você estiver, eu estarei com você. 
c) O mundo onde você vive é mais do que especial, é fantasioso. 
d) Levarei o dinheiro aonde você quiser, mas só quando eu puder. 
e) Na cidade onde moro, não tenho segurança para ir aonde quero. 
 
Resolução 
Alternativa “b”. Nesse período, o verbo “estar” não exige preposição. Portanto, o correto, segundo 
a norma-padrão, é “onde você estiver”, ou seja, o lugar em que “você estiver”." 
 
a) Apenas a proposição I está correta. 
b) Apenas a proposição II está correta. 
c) Apenas a proposição III está correta. 
d) Estão corretas as proposições I e II. 
e) Estão corretas as proposições I e III. 
 
Resolução: 
Alternativa correta: letra D 
A proposição I apresenta uma conotação de proximidade. Isso justifica o uso da expressão “a cerca 
de”. 
A proposição II apresenta o significado “conversar sobre algo”, por isso “acerca de” é a proposição 
correta. 
A proposição III está incorreta, uma vez que referencia tempo passado. Assim, “há cerca de” seria 
a opção correta. 
 
Ortografia 2.0 
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2. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas mal ou mau estão utilizadas de acordo com a 
norma culta: 
 
a) Mau agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensas. 
b) Seu mal humor ultrapassa os limites do suportável. 
c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe. 
d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência 
correta. 
e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém a observava. 
 
Alternativa c: Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe. 
 
A ou há 
1 – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: 
Explicamos ___ ela que não seria possível ___ devolução hoje, pois fecharíamos dali ___ cinco 
minutos. Mas vamos avisar que ___ possibilidade de devolução amanhã. 
a) a; a; há; há. 
b) há; a; a; a. 
c) a; a; há; a. 
d) a; a; a; há. 
 
2 – Assinale a alternativa que apresenta uso correto do termo “há” de acordo com a norma-padrão 
da língua portuguesa: 
a) Há tempos que queria fazer isso. 
b) Demos presentes há várias crianças. 
c) Esperava há entrega por muito tempo. 
d) Há dez horas atrás, ocorreu um acidente. 
Ortografia 2.0 
12 
 
Respostas 
 
1 – d) 
Explicamos a ela = preposição 
Não seria possível a devolução = artigo 
Dali a cinco minutos = preposição, tempo futuro 
Avisar que há possibilidade = verbo haver no presente do indicativo 
 
2 – a) 
No item b), o correto seria a, pois trata-se de preposição. 
No item c), o correto seria a, pois trata-se de artigo. 
No item d), o correto de fato é há, porém, a construção “há ... atrás” não está de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa." 
 
 
 
 
 
 
Acentuação 
1 
 
 
 
 
 
Acentuação 
 
 
 
 
 
 
 
Acentuação 
2 
Acentuação 
A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-
se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do fenômeno relacionado 
com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou 
menor grau. Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas 
de maneira mais sutil, como átonas. 
 
Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de 
ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica. 
Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes 
a esta. Para tanto, analisemos cada caso a seguir. 
 
• Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica 
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: 
 
Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba. 
 
Exemplos: café, cipó, coração, armazém... 
 
Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba. 
 
Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel... 
 
Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba. 
 
Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego... 
 
• Monossílabos átonos e tônicos 
 
Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba – ora caracterizados como monossílabos – também 
são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal 
ocorrência, analisemos: 
 
 Que lembrança darei ao país que me deu 
 tudo o que lembro e sei, tudo quantosenti? 
Acentuação 
3 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
 
Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos, 
visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os 
monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética, 
caracterizando-se, portanto, como tônicos. 
 
Regras fundamentais: 
• Monossílabos tônicos 
 
Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em: 
 
-a(s): chá, pá... 
-e(s): pé, ré,... 
-o(s): dó, nó... 
 
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados. 
 
Observações: 
Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento. 
Exemplos: réis, véu, dói. 
No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em 
eem. Essa regra se aplica à nova ortografia. Perceba: 
 
Ele vê - Eles veem 
Ele crê – Eles creem 
Ele lê – Eles leem 
 
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico. 
Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a 
terceira pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba: 
 
Ele tem – Eles têm 
Ela vem – Elas vêm 
 
• Oxítonas: 
Acentuação 
4 
 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”. 
 
Pará, café, carijó, armazém, parabéns 
• Paroxítonas: 
 
Acentuam-se todos os vocábulos terminados em: 
 
-l: amável, fácil, útil. 
-r: caráter, câncer. 
-n: hífen, próton. 
Observação: Quando grafadas no plural, essas palavras não recebem acento. 
Exemplos: polens, hifens. 
-x: látex, tórax. 
-ps: fórceps, bíceps. 
-ã(s): ímã, órfãs. 
-ão(s): órgão, bênçãos. 
-um(s): fórum, álbum. 
-on(s): elétron, nêutron. 
-i(s): táxi, júri. 
-u(s): Vênus, ônus. 
-ei(s): pônei, jóquei. 
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água, mágoa. 
 
Observações importantes: 
 
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais 
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados: 
Antes Depois 
Coréia Coreia 
plebéia plebeia 
idéia ideia 
Odisséia Odisseia 
Acentuação 
5 
jibóia jiboia 
asteróide asteroide 
paranóia paranoia 
heróico heroico 
 
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis: 
 
chapéu – herói - fiéis... 
 
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato. 
Note: 
Antes Depois 
Sauípe Sauipe 
bocaiúva bocaiuva 
feiúra feiura 
boiúna boiuna 
 
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” 
ou no final da palavra. Confira: 
 
Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s). 
 
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos: 
 
saída – saúde – juíza – saúva – ruído. 
• As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e 
“g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja: 
Antes Depois 
apazigúe (verbo apaziguar) apazigue 
Acentuação 
6 
argúi (verbo arguir) argui 
 
Atenção: 
 
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão 
acentuadas: 
Exemplos: 
 
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). 
tu apazíguas, que eles apazíguem. 
 
- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: 
Exemplos: 
 
Eu averiguo, eu aguo. 
 
• Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos , tais como: 
Antes Depois 
para = preposição/ pára = verbo parar para 
pela = preposição/ péla = verbo pelar pela 
pólo = substantivo/ polo = combinação antiga e 
popular de "por" e "lo" 
polo 
pêlo = substantivo/ pelo = combinação da 
preposição com o artigo 
pelo 
pêra = substantivo/ pera = preposição referente 
ao português arcaico 
pera 
 
Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras , representadas por: 
 
pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder) 
pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder) 
 
pôr = verbo 
por = preposição 
Acentuação 
7 
Anotações: 
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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
Sinônimos, antônimos, homônimos 
e parônimos
1MÉRITO
Apostilas
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
Semântica é a classe gramatical que estuda a significação das palavras e as
relações que elas têm umas com as outras por meio das classificações como si -
nônimos, antônimos, homônimos e parônimos.
Sinônimos
A sinonímia é o nome dado ao que ocorre quando usamos palavras diferen-
tes, mas com o significado igual ou parecido, estabelecendo uma relação de proxi-
midade. Essas palavras de mesma significação são chamadas de sinônimos, e uti-
lizá-las evita que sentenças e argumentos se tornem repetitivos e desinteressan-
tes.
Importante notar que sinônimos não são equivalentes e é raro encontrar
aqueles que são perfeitos, como no caso de “belo” e “bonito”, dependendodo
contexto (“este rapaz é belo” é muito semelhante a “este rapaz é bonito”, mas nem
sempre a relação é tão próxima).
Exemplos:
• Casa/lar/moradia/residência
• Longe/distante
• Delicioso/saboroso
• Carro/automóvel
• Triste/melancólico
• Resgatar/recuperar
Antônimos
A antonímia, ao contrário da sinonímia, é o que acontece quando duas pala -
vras são usadas para indicar o oposto uma da outra, estabelecendo uma relação
de contrariedade.
Exemplos:
2
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
• Amor/ódio
• Luz/trevas
• Mal/bem
• Ausência/presença
• Fraco/forte
• Bonito/feio
• Cheio/vazio
Polissemia e monossemia
Quando uma palavra tem vários significados, temos uma polissemia. O con-
trário, que é quando uma palavra tem somente um significado, é chamado de mo-
nossemia. Para entender esses significados, é fundamental observar o contexto
no qual essas palavras estão inseridas.
Exemplo:
Gato: animal, homem atraente, instalação elétrica irregular.
• Adotei um gato na semana passada.
• Conheci seu amigo ontem na festa. Que gato!
• Aquela instalação elétrica da vizinha é um gato.
Homônimos
Homônimos são aquelas palavras que têm som igual, escrita igual, mas signifi-
cados diferentes. Dentro dessa classificação, temos ainda as palavras homófonas
(mesmo som, mas com escrita e significado diferentes) e as homógrafas (escrita
igual, mas com som e significado diferentes).
Exemplos:
3
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
• Vou colocar “extrato” de tomate no molho do macarrão.
• Vou ao banco retirar o “extrato”.
• Eu “rio” tanto.
• Da minha casa posso ver o “rio”.
Homônimos perfeitos: são palavras que possuem a mesma grafia e o mesmo
som. Exemplo: Esse homem é são (saúde), São Pedro (título), Como vai? (sauda-
ção), Eu como feijão (verbo comer).
Homônimos homófonos: são as palavras que possuem o mesmo som, porém
a grafia é diferente. Exemplo: sessão (reunião), seção (repartição), cessão (ato de
ceder), concerto (musical) e conserto (ato de consertar).
Homônimos homógrafos: são palavras que possuem a mesma grafia e sons
diferentes. Exemplo: almoço (ô) substantivo – almoço (ó) verbo; jogo (ô) substanti-
vo – jogo (ó) verbo; para (preposição) – para (verbo)
Parônimos
são aquelas que são escritas e pronunciadas de maneira semelhante, mas têm
significados distintos.
• coro e couro;
• cesta e sesta;
• eminente e iminente;
• osso e ouço;
• sede e cede;
• comprimento e cumprimento;
• tetânico e titânico;
• degradar e degredar;
4
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
• infligir e infringir;
Formas variantes
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma gra-
fia correta, sem que haja alteração do seu significado. 
Exemplos de formas variantes:
• abdome e abdômen;
• bêbado e bêbedo;
• embaralhar e baralhar;
• enfarte e infarto;
• louro e loiro.
5
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
Exercícios
Exercício 1
 Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue 
corretamente um dos termos propostos pelas alternativas entre parênteses.
a – O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o ___________ no adversário. 
(cheque/xeque)
b – O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se de todos e seguiu 
viagem. (cela/sela)
c – No presídio, todos os ocupantes foram trocados de _____________. (cela/sela)
d – O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (seção/sessão/cessão)
Exercício 2
 (FMPA- MG) - Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente 
aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes .
b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.
Exercício 3
CEITEC 2012 - FUNRIO - Advogado - AAO-ADVOGAD
Fotografia divulgada na internet mostra a placa com o nome de um bar. Nela se 
lê: “BAR ÁLCOOL ÍRIS”. Pode-se criticar a suposta originalidade, mas não há 
dúvida de que a escolha do nome baseou-se na relação que há entre as palavras 
“álcool” e “arco”, o que caracteriza um caso de:
6
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
a. ambiguidade.
b. homonímia.
c. paráfrase.
d. paronímia.
e. polissemia. 
Exercício 4
CEITEC 2012 - FUNRIO - Administração/Ciências Contábeis/Direito/Pregoeiro 
Público AAO-COMNACI
Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta 
grave confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma 
apresenta uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos, 
selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada. 
Assinale-a.
a A descoberta do plano de conquista era eminente.
b O infrator foi preso em flagrante.
c O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.
d O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.
e Os culpados espiam suas culpas na prisão. 
7
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos
Gabarito
Exercício 1
Resposta: 
a – xeque
b – sela
c – cela
d – sessão
Exercício 2
Resposta: Alternativa “c”.
Exercício 3
Resposta: ( D ) paronímia. 
Exercício 4
Resposta: ( B ) O infrator foi preso em flagrante. 
8
Linguagem Denotativa e Conotativa
Linguagem Denotativa e 
Conotativa
1MÉRITO
Apostilas
Linguagem Denotativa e Conotativa
Conotação e denotação são expressões linguísticas relacionadas ao significado de 
palavras ou expressões em declarações.
Quando a mensagem é literal, ou seja, de acordo com o significado do dicionário, é 
chamada de denotativa.
Depois de jogar bola, nós comemos um churrasco. (denotação)
O termo “bola” está empregado em sentido denotativo, que se refere ao objeto 
esférico utilizado para jogar futebol, basquete e vôlei. 
Por outro lado, se uma mensagem tem um significado mais subjetivo e figurativo, 
dizemos que é conotativa.
Ele comeu bola na prova de matemática. (conotação)
A expressão “comer bola” está em sentido figurado ou conotativo, que significa: 
cometer um erro. 
Denotação
Denotação é o uso do sentido literal ou real da linguagem em uma declaração. 
Quando utilizada, ela não proporciona espaço para outras interpretações, sendo, 
portanto, precisa e objetiva.
Por isso, a denotação compreende o sentido dos dicionários, ou seja, o sentido 
próprio, original e direto das palavras.
Assim, a intenção de uma enunciação denotativa é emitir a mensagem ao receptor, 
de modo que ela não seja interpretada ou decifrada de outra maneira.
Emprego de denotação:
• Notícias e reportagens
• Bulas de remédios
• Manuais de instruções
• Textos científicos
2
Linguagem Denotativa e Conotativa
Conotação
A conotação é o uso do sentido figurado, metafórico ou subjetivo da linguagem em 
uma declaração. Quando utilizada, ela proporciona interpretações abstratas que 
vão além do sentido real das palavras, ou seja, das definições que aparecem nos 
dicionários. Por isso, ela recorre ao uso das figuras e vícios de linguagem para a 
transmissão das mensagens.
Emprego de conotação:
• Textos literários (poemas, crônicas, novelas)
• Mensagens publicitárias
• Charges e tirinhas
• História em quadrinhos
Sentido denotativo e sentido conotativo no dicionário
O sentido denotativo representa o emprego de palavras e expressões em seu 
sentido próprio, literal, original, real e objetivo. Muitas vezes, ele é caracterizado 
pelo sentido do dicionário, ou seja, a primeira acepção da palavra. Já o sentido 
conotativo é expresso pelo uso da palavra ou expressão em sentido figurado, 
subjetivo ou expressivo.
Nos dicionários, depois da acepção denotativa há, entre parênteses ou colchetes, o
termo "figurado", o qual indica o sentido conotativo da palavra.
Exemplo da palavra "bode" no dicionário:
Ruminante cavicórneo, macho da cabra. (sentido denotativo)
[Gíria] Dar bode, dar confusão, encrenca. (sentido conotativo)
3
Linguagem Denotativa e Conotativa
Exercícios
Exercício 1
Qual das opções abaixo apresenta o sentido figurado:a) As apostilas estão com preços exorbitantes.
b) Não conseguimos o atendimento no banco.
c) O funcionário estava muito confuso com os dados.
d) Ele foi muito doce e atencioso comigo.
e) No caminho de casa, encontramos um filhote de gato.
Exercício 2
Todas as alternativas abaixo possuem orações que apresentam o sentido 
conotativo, EXCETO:
a) “o casamento não é um mar de rosas”
b) “meus pensamentos voaram alto”
c) “quando pisado, meu coração sangrou”
d) “alimentou-se da coragem”
e) “chorou intensamente até dormir”
Exercício 3
Indique se as orações abaixo apresentam o sentido denotativo (D) ou conotativo 
(C).
1. ( ) Meu tio era muito rico e nadava em ouro.
2. ( ) O nadador brasileiro ganhou a medalha de ouro.
3. ( ) Ela tinha um coração de pedra.
4
Linguagem Denotativa e Conotativa
4. ( ) Caiu e machucou a cabeça na pedra.
5. ( ) Engoliu muito sapo no trabalho.
A alternativa correta é:
a) C, C, D, D, C
b) C, D, C, D, C
c) C, C, D, C, D
d) D, C, C, D, D
e) D, D, C, C, D
5
Linguagem Denotativa e Conotativa
Gabarito
Exercício 1
Alternativa correta: d) Ele foi muito doce e atencioso comigo.
O sentido figurado, chamado também de sentido conotativo, abarca o sentido 
subjetivo da palavra. Assim o termo “doce” não está sendo empregado em seu 
sentido literal, ou seja, algo que é açucarado. Nesse caso, está sendo utilizado para 
indicar alguém que é tranquilo, que age com suavidade.
Exercício 2
Alternativa correta: e) “chorou intensamente até dormir”
A oração “chorou intensamente até dormir” é um exemplo de uso do sentido 
denotativo, literal e real. Nenhum termo utilizado possui algum sentido subjetivo, 
figurado. Ou seja, a pessoa literalmente chorou muito até a hora de dormir.
Nas outras opções, temos:
a) “mar de rosas” é uma expressão que expressa o sentido figurado e significa que 
algo é muito bom.
b) “voar alto” significa que os pensamentos de alguém foram de grande pretensão, 
ou seja, exagerados.
c) o termo “sangrar” foi utilizado em sentido conotativo, que significa doer muito.
d) a expressão “alimentou-se da coragem” significa que alguém tomou coragem 
para enfrentar algum desafio.
Exercício 3
Alternativa correta: b) C, D, C, D, C
1. (Sentido conotativo) Meu tio era muito rico e nadava em ouro. - “nadar em ouro” 
é uma expressão utilizada quando a pessoa possui muito dinheiro.
6
Linguagem Denotativa e Conotativa
2. (Sentido denotativo) O nadador brasileiro ganhou a medalha de ouro. - oração 
no sentido literal.
3. (Sentido conotativo) Ela tinha um coração de pedra. - “coração de pedra” é uma 
expressão utilizada quando alguém aparenta não ter sentimentos.
4. (Sentido denotativo) Caiu e machucou a cabeça na pedra. - oração no sentido 
literal.
5. (Sentido conotativo) Engoliu muito sapo no trabalho. - “engolir sapo” é uma 
expressão utilizada quando alguém sofre acusações, julgamentos e não revida.
7
MÉRITO
Apostilas
Estrutura morfossintática do período
Estrutura morfossintática do período
1
Estrutura morfossintática do período
Período Composto
Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de
períodos compostos:
1) Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm rela-
ção sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintatica-
mente independentes entre si.
Ex. Estive à sua procura, mas não o encontrei.
2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subor-
dinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal.
Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)
Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
Período Composto por Subordinação
A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de ora-
ções subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.
I. Orações Subordinadas Substantivas: São seis as orações subordinadas subs-
tantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)
A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas
de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: verbo de li-
gação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. É necessário que façamos nossos deveres.
2
Estrutura morfossintática do período
verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva. Verbo unipessoal
só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer,
importar, interessar, suceder, acontecer.
Ex. Convém que façamos nossos deveres.
Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.
B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal. (sujeito) +
VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.
Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.
C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal. (sujeito)
+ VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Ex. Lembro-me de que tu me amavas.
D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da
oração principal. (sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada
substantiva completiva nominal.
Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.
E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração su-
bordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vír-
gulas. oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.
3
Estrutura morfossintática do período
Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.
F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da ora-
ção principal. (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.
Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.
Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:
Pronomes interrogativos (quem, que, qual…)
Advérbios interrogativos (onde, como, quando…)
Perguntou-se quando ele chegaria. Não sei onde coloquei minha carteira.
II. Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relati-
vo.
São duas as orações subordinadas adjetivas:
A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou prono-
me a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da
oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.
Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.
Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.
4
Estrutura morfossintática do período
B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, expli-
cando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A expli-
cativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.
Ex. Londrina, que é a terceira cidade da região Sul do país, está muito bem cui-
dada.
III. Orações Subordinadas Adverbiais
São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjun-
ção subordinativa
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.
Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.
Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.
B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente,
o verbo fica subentendido
Conjunções: (mais) … que, (menos)… que, (tão)… quanto, como.
Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.
Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se-
bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.
5
Estrutura morfossintática do período
Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.
Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.
Conjunções: como, conforme, segundo.
Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.
F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência.
Conjunções: (tão)… que, (tanto)… que, (tamanho)… que. Ex. Ele fala tão alto, que
não precisa do microfone.
G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.
Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que,
mal.
Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.
6
Estrutura morfossintática do período
Conjunções: a fim de que, para que, porque.
Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.
I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.
Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo
passa, mais experientes ficamos.
IV. Orações Reduzidas
Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome rela-
tivo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é
uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de
gerúndio.
Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.
Período Simples e Composto
O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por
isso, pode ser simples ou composto.
Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração
absoluta.
Exemplos:
Já acordamos.
Hoje está tão quente!
7
Estrutura morfossintática do período
Preciso disto.
Período Composto - apresenta duas ou mais orações.
Exemplos:
• Conversamos quando eu voltar.
• É sua obrigação explicar o que aconteceu.
• Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.
O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.
Classificação do Período Composto
Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:
Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes
entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo.
Exemplos:
Levantou e começou a trabalhar.
Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.
Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre
si.
Exemplos:
8
Estrutura morfossintática do período
Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.
Fi a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.
Período Misto- quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas.
Exemplos:
Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.
Enquanto ele falar, nós vamos escutar.
Orações Coordenadas
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente,
conforme são utilizadas ou não conjunções.
Exemplos: Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo
uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação.
(orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”,
oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.)
As orações coordenadas sindéticas podem ser:
Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas
também gosta de campo.
Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do
curso, contudo não havia vaga na sua cidade.
Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou
eu.
Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acor-
do, então vamos.
9
Estrutura morfossintática do período
Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o tra-
balho hoje porque tivemos tempo.
Orações Subordinadas
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, con-
forme a sua função.
Exemplos:
Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero
que vocês consigam.
Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrente
que dormem mais têm um desempenho melhor.
Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que
crescem, aumentam as preocupações.
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10
Estrutura morfossintática do período
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Exercícios: 
1. (UNIRIO) No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu, 
indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações subordinadas são 
respectivamente:
a) adjetiva e adverbial temporal
b) substantiva predicativa e adjetiva
c) adverbial temporal e adverbial temporal
d) adverbial temporal e adverbial consecutiva
e) adverbial temporal e adjetiva
________________________________________________________________________________
________
2. (FGV) Leia atentamente: “O vigilante guarda-noturno e o seu valente auxiliar, 
nunca esmoreceram no cumprimento do dever.” No período acima, a vírgula está 
mal colocada, pois separa:
a) o sujeito e o objeto direto
b) o sujeito e o predicado
c) a oração principal e a oração subordinada
11
Estrutura morfossintática do período
d) o sujeito e o seu adjunto adnominal
e) o predicado e o objeto direto
________________________________________________________________________________
________
Gabarito 
1 – Alternativa e: adverbial temporal e adjetiva.
2 – Alternativa b: o sujeito e o predicado
3 – Alternativa b: subordinada adverbial consecutiva
12
Classes gramaticais
Classes gramaticais
1MÉRITO
Apostilas
Classes gramaticais
Classe gramatical
É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na lín-
gua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte
forma:
Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: subs-
tantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.
Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição
e advérbio.
As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, ad-
jetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.
1. Substantivo
Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenô-
menos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.
Exemplos de frases com substantivo:
• A Ana é super inteligente.
• O Brasil é lindo.
• A tua beleza me encanta.
Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo.
2. Verbo
Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais
como: sairemos, corro, chovendo.
Exemplos de frases com verbo:
• Sairemos esta noite?
• Corro todos os dias.
• Chovendo, eu não vou.
2
Classes gramaticais
Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundan-
tes.
3. Adjetivo
Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais
como: feliz, superinteressante, amável.
Exemplos de frases com adjetivo:
• A criança ficou feliz.
• O artigo ficou superinteressante.
• Sempre foi amável comigo.
4. Pronome
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a
relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.
Exemplos de frases com pronome:
• Eu aposto como ele vem.
• Contigo vou até a Lua.
• Aquele tipo não me sai da cabeça.
Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relati-
vos, indefinidos e interrogativos.
5. Artigo
Artigoé a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.
Exemplos de frases com artigo:
• O menino saiu.
• As meninas saíram.
• Uns constroem, outros destroem.
• Uma chance é o que preciso.
3
Classes gramaticais
Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.
6. Numeral
Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais
como: um, primeiro, dezenas.
Exemplos de frases com numeral:
• Um pastel, por favor!
• Primeiro as damas.
• Dezenas de pessoas estiveram presentes.
Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracio-
nários e coletivos.
7. Preposição
Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após,
para.
Exemplos de frases com preposição:
• Entreguei a carta a ele.
• As portas abrem após as 18h.
• Isto é para você.
As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições
acidentais.
8. Conjunção
Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor
gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.
Exemplos de frases com conjunção:
• Vou, mas não volto.
• Portanto, não sei o que fazer.
4
Classes gramaticais
• Dançar conforme a dança.
As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, al-
ternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, com-
parativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, fi-
nais e proporcionais).
9. Interjeição
Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!,
Viva! Psiu!.
Exemplos de frases com interjeição:
• Olá! Sou a Maria.
• Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.
• Psiu! Não faça barulho aqui.
10. Advérbio
Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, ex-
primindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como:
melhor, demais, ali.
Exemplos de frases com advérbio:
• O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.
• Não acha que trouxe folhas demais?
• O restaurante é ali.
Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação,
afirmação e dúvida.
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Classes gramaticais
Anotações: 
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Classes gramaticais
Exercícios
Exercício 1 
Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.
a) As meninas são tão corajosas quanto os meninos.
b) Coragem!
c) Falta a coragem…
d) Com seus trinta anos já era para ter juízo.
e) Há uns anos não sabia o que fazer da vida.
f) Fazer o bem sem olhar a quem.
7
Classes gramaticais
Gabarito
Exercício 1
A) Adjetivo - classe de palavras que atribui característica ao substantivo. Na 
oração, temos: meninas (substantivo), corajosas (adjetivos).
B) Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre 
acompanhada de ponto de exclamação. "Coragem!" é uma interjeição de 
ânimo.
C) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos
outros. Na oração, "coragem" é um substantivo abstrato.
D) Pronome - classe de palavras que substitui ou acompanha os substantivos. 
Na oração, "seus" é um pronome possessivo.
E) Artigo - classe de palavras que acompanham o substantivo de forma a 
determinar seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou 
masculino). Na oração "uns" é um artigo indefinido plural, masculino.
F) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos
outros. Na oração, "bem" é um substantivo abstrato, porque foi 
substantivada em decorrência da utilização do artigo "o" (o bem). Em outros
contextos, essa mesma palavra pode assumir a função de advérbio, tal 
como na alternativa seguinte, em que "bem" é um advérbio de modo: "Os 
trabalhos ficaram muito bem feitos.".
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Uso de substantivos, adjetivos, 
pronomes, preposições e 
conjunções
1MÉRITO
Apostilas
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Substantivos
Os substantivos classificam-se como termos cuja finalidade é nomear as diferentes
entidades – pessoas, objetos, instituições, lugares, animais, entre outros.
O substantivo é uma classe gramatical, logo é objeto de estudo da morfologia. 
Entretanto, dentro da oração, ele possui função sintática. 
Toda classe gramatical é dividida entre palavras variáveis e invariáveis, o 
substantivo compõe as variáveis, as que podem flexionar-se. 
Flexionar é mudar, variar. 
No caso dos substantivos, essa variação será em relação ao gênero (feminino e 
masculino), ao número (singular e plural) e ao grau (aumentativo e diminutivo).
Se sairmos da morfologia e passarmos para a sintaxe, mais precisamente para 
Concordância Nominal, é imprescindível que se aplique essa informação, pois, 
assim, ficará fácil entender porque o artigo, o numeral,o adjetivo e o pronome 
adjetivo devem concordar com o substantivo. Se ele é variável, logo os termos que 
se relacionam com ele devem estar em concordância, ou seja, devem combinar.
Os substantivos podem ser:
Primitivos
Quando não são formados a partir de outra palavra. Exemplo: Livro
Derivados
Formados a partir de outra palavra. Exemplo: Livraria
 Simples
Nomes que possuem apenas uma palavra. Exemplo: Chuva
2
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Compostos
Nomes formados por duas palavras. Exemplo: Guarda-chuva
Concretos
Quando sua existência é independente, ou seja, não precisa de algo ou de alguém 
para se manifestar. Exemplo: Mesa
Abstratos
Quando sua existência depende de algo ou de alguém. Exemplo: Raiva
Coletivos
Quando indicam coleção, conjunto de seres, desde que pertençam à mesma 
espécie. Exemplo: Fauna (animais de uma região)
Comum
Quando não especificam, pelo contrário, generalizam. Exemplo: menino.
Próprio
Quando especificam, quando particularizam. Exemplo: João.
 Adjetivos 
O adjetivo é uma classe de palavras que atribui características aos substantivos, 
ou seja, ele indica suas qualidades e estados.
Essas palavras variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e 
plural) e grau (comparativo e superlativo).
3
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Exemplos de adjetivos:
• garota bonita
• garotas bonitas
• criança obediente
• crianças obedientes
Os tipos de adjetivos
Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste, 
lindo, bonito.
Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-brasileiro, 
superinteressante, amarelo-ouro.
Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, 
alegre, puro, triste, notável.
Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: 
articulado (verbo articular), visível (verbo ser), formoso (substantivo formosura), 
tristonho (substantivo triste).
Adjetivo Pátrio (ou adjetivo gentílico) - indica o local de origem ou nacionalidade 
de uma pessoa. Exemplos: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol.
O gênero dos adjetivos
Em relação aos gêneros (masculino e feminino), os adjetivos são divididos em dois 
tipos:
Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e 
masculino). Exemplo: menino feliz; menina feliz
4
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). 
Exemplo: homem carinhoso; mulher carinhosa.
O número dos adjetivos
Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do 
substantivo a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha à dos 
substantivos.
Exemplos:
• Pessoa feliz - pessoas felizes
• Vale formoso - vales formosos
• Casa enorme - casas enormes
• Problema socioeconômico - problemas socioeconômicos
• Menina afro-brasileira - meninas afro-brasileiras
• Estudante mal-educado - estudantes mal-educados
O grau dos adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em dois tipos:
• Comparativo: utilizado para comparar qualidades.
• Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.
Grau comparativo
Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom quanto o de 
geografia.
Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a Patrícia.
Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Grau superlativo
 Superlativo Absoluto: refere-se a um substantivo somente, sendo classificados 
em:
• Analítico - A moça é extremamente organizada.
• Sintético - Luiz é inteligentíssimo.
 Superlativo Relativo: refere-se a um conjunto, sendo classificados em:
• Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.
• Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe.
A locução adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de 
adjetivo.
Exemplos:
 Amor de mãe - Amor maternal
 Doença de boca - doença bucal
 Pagamento do mês - pagamento mensal
 Férias do ano - férias anual
 Dia de chuva - dia chuvoso
O pronome adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de adjetivo.
Surgem acompanhados do substantivo, modificando-os. Exemplos:
 Este livro é muito bom. (acompanha o substantivo livro)
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
 Aquela é a empresa onde ele trabalha. (acompanha o substantivo empresa)
Pronomes
Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os
substantivos.
De acordo com a função que exercem, eles são classificados em sete tipos:
• Pronomes Pessoais
• Pronomes Possessivos
• Pronomes Demonstrativos
• Pronomes de Tratamento
• Pronomes Indefinidos
• Pronomes Relativos
• Pronomes Interrogativos
Exemplos:
1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma das 
melhores cantoras de música Gospel.
No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio 
Mariana. Note que com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do 
nome.
2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.
Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela” para
indicar algo (no caso o bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que transmite a 
ideia de posse.
1. Pronome Pessoal
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são 
classificados em dois tipos:
1. Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito.
Exemplo: Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)
2. Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e 
complementam os verbos.
Exemplo: Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que 
para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)
Pessoas Verbais
Pronomes do Caso
Reto
Pronomes do Caso
Oblíquo
1ª pessoa do 
singular
eu me, mim, comigo
2ª pessoa do 
singular
tu, você te, ti, contigo
3ª pessoa do 
singular
ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa do 
plural
nós nos, conosco
2ª pessoa do 
plural
vós, vocês vos, convosco
3ª pessoa do 
plural
eles, elas
os, as, lhes, se, si, 
consigo.
Vale lembrar: os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas” 
funcionam somente como objeto direto.
2. Pronome Possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.
Exemplos:
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
 Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª pessoa do 
singular)
 O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o 
computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)
 A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª 
pessoa do singular)
 Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que pertence à 
1ª pessoa do plural)
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos
1ª pessoa do singular 
(eu)
meu, minha (singular); meus, minhas 
(plural)
2ª pessoa do singular (tu,
você)
teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
3ª pessoa do singular 
(ele/ela)
seu, sua (singular); seus, suas (plural)
1ª pessoa do plural (nós)
nosso, nossa (singular); nossos, 
nossas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, 
vocês)
vosso, vossa (singular); vossos, 
vossas (plural)
3ª pessoa do plural 
(eles/elas)
seu, sua (singular); seus, suas (plural)
3. Pronome Demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum 
elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.
Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e feminino) e 
número (singular e plural) - e as invariáveis.
Os pronomes demonstrativosvariáveis são aqueles flexionados (em número ou 
gênero), ou seja, são os que sofrem alterações na sua forma. Por exemplo: esse, 
este, aquele, aquela, essa, esta.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que 
nunca sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Pronomes
Demonstrativos
Singular Plural
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
Exemplos:
• Essa camisa é muito linda.
• Aquelas bicicletas são boas.
• Este casaco é muito caro.
• Eu perdi aqueles bilhetes de cinema.
4. Pronome de Tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente em
situações formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único pronome 
de tratamento utilizado em situações informais.
Exemplos:
 Você deve seguir as regras impostas pelo governo.
 A senhora deixou o casaco cair na rua.
 Vossa Magnificência irá assinar os diplomas dos formandos.
 Vossa Santidade é muito querido, disse o sacerdote ao Papa.
Pronomes de
Tratamento 
Abreviações Emprego
Você V./VV Único pronome de tratamento utilizado em 
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Pronomes de
Tratamento 
Abreviações Emprego
situações informais.
Senhor (es) e 
Senhora (s)
Sr, Sr.ª (singular) e 
Srs., Srª.s. (plural)
Tratamento formal e respeitoso usado para 
pessoas mais velhas.
Vossa 
Excelência
V. Ex.ª/V. Ex.ªs
Usados para pessoas com alta autoridade, como
por exemplo: Presidente da República, 
Senadores, Deputados, Embaixadores.
Vossa 
Magnificência
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs
Empregado nas correspondências e textos 
escritos.
Vossa 
Majestade
VM/VVMM Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza
V.A.(singular) e 
V.V.A. A. (plural)
Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa 
Santidade
V.S. Utilizado para o Papa
Vossa 
Eminência
V. Ex.ª/V. Em.ªs Usado para Cardeais.
Vossa 
Reverendíssima
V. Rev.m.ª/V. 
Rev.m.ªs
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
5. Pronome Indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes 
indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou 
imprecisa.
Exemplos:
 Nenhum vestido serviu na Antônia. (o termo “nenhum” acompanha o substantivo
“vestido” de maneira vaga, pois não sabemos de que vestido se fala)
 Outras viagens virão. (o termo “outras” acompanha o substantivo “viagens” sem 
especificar quais viagens serão)
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
 Alguém deve me explicar a matéria. (o termo “alguém” significa “uma pessoa cuja 
identidade não é especificada ou definida” e, portanto, substitui o substantivo da 
frase)
 Cada pessoa deve escolher seu caminho. (o termo “cada” acompanha o 
substantivo da frase “pessoa” sem especificá-lo)
Classificação Pronomes Indefinidos 
Variáveis
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, 
nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, 
poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, 
certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, 
tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, 
quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
6. Pronome Relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na oração, 
evitando sua repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e invariáveis: 
substantivo, adjetivo, pronome ou advérbio.
Exemplos:
 Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais” faz 
referência ao substantivo dito anteriormente “temas”)
 São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois substantivos 
“plantas” e “raiz” e faz referência àquele dito anteriormente “plantas”)
 Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao substantivo 
“local”)
 Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)
Classificação Pronomes Relativos
Variáveis 
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, 
quanta, quantos, quantas.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Classificação Pronomes Relativos
Invariáveis quem, que, onde.
7. Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas para 
formular perguntas diretas e indiretas.
Exemplos:
 Quanto custa a entrada para o cinema? (oração interrogativa direta)
 Informe quanto custa a entrada para o cinema. (oração interrogativa indireta)
 Quem estava com Maria na festa? (oração interrogativa direta)
 Ela queria saber o que teria acontecido com Lavínia. (oração interrogativa 
indireta)
Classificação Pronomes Interrogativos
Variáveis 
qual, quais, quanto, quantos, 
quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.
Preposição 
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de 
subordinação donde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro.
Tipos e Exemplos de Preposições
 Preposição de lugar: O navio veio de São Paulo.
 Preposição de modo: Os prisioneiros eram colocados em fila.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
 Preposição de tempo: Por dois anos ele viveu aqui.
 Preposição de distância: A cinco quilômetros daqui passa uma estrada.
 Preposição de causa: Com a seca, o gado começou a morrer.
 Preposição de instrumento: Ele cortou a árvore com o machado.
 Preposição de finalidade: A praça foi enfeitada para a festa.
Classificação das Preposições
As preposições podem ser divididas em dois grupos:
 Preposições Essenciais – são as palavras que só funcionam como preposição, a 
saber: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, 
sem, sob, sobre, trás.
 Preposições Acidentais – são as palavras de outras classes gramaticais que, em 
certas frases funcionam como preposição, a saber: afora, como, conforme, 
consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções Prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de 
preposição, sempre terminando por uma preposição, por exemplo:
• abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, 
ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a 
par de, perto de, por causa de, através de, etc.
Combinação, Contração e Crase
Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim, 
quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos 
uma combinação, por exemplo:
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
 ao (a + o)
 aos (a + os)
 aonde (a + onde
Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda 
fonética, teremos a chamada contração, por exemplo:
 do (de + o)
 dum (de + um)
 desta (de + esta)
 no (em + o)
 neste (em + este)
 nisso (em + isso)
Por fim, toda fusão de vogais idênticas forma uma crase:
 à = contração da preposição a + o artigo a
 àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome aquilo.
 Conjunção 
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor 
gramatical, estabelecendo uma relação entre eles.
Exemplos:
Ele joga futebol e basquete. (dois termos semelhantes)
Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (duas orações)
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Classificação das Conjunções
As conjunções são classificas em dois grupos: coordenativas e subordinativas.
Conjunções Coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes.São divididas em cinco tipos:
1. Conjunções Aditivas
Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e, nem, não só...mas 
também, não só...como também.
Exemplo: Ana não fala nem ouve.
2. Conjunções Adversativas
Exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, 
contudo, entretanto, no entanto, todavia.
Exemplo: Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.
3. Conjunções Alternativas
Exprimem escolha de pensamentos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja.
Exemplo: Ou você vem conosco ou você não vai.
4. Conjunções Conclusivas
Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois (quando vem depois do 
verbo), portanto, por conseguinte, assim.
Exemplo: Chove bastante, portanto a colheita está garantida.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
5. Conjunções Explicativas
Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), 
porquanto, por conseguinte.
Exemplo: Não choveu, porque nada está molhado.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Conjunções Subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da 
outra e são divididas em dez tipos:
1. Conjunções Integrantes
Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se.
Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá.
2. Conjunções Causais
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois,
visto que, já que, uma vez que.
Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula.
3. Conjunções Comparativas
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, 
como.
Exemplo: Meu professor é mais inteligente do que o seu.
4. Conjunções Concessivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração 
principal: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, 
por mais que, por melhor que.
Exemplo: Vou à praia, embora esteja chovendo.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
5. Conjunções Condicionais
Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato 
da oração principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não
ser que.
Exemplo: Se não chover, irei à praia.
6. Conjunções Conformativas
Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com
outro: segundo, como, conforme.
Exemplo: Cada um colhe conforme semeia.
7. Conjunções Consecutivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se 
declara na oração principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que.
Exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou.
8. Conjunções Temporais
Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, 
quando, assim que, sempre que.
Exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos.
9. Conjunções Finais
Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para 
que.
Exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
10. Conjunções Proporcionais
Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à 
medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto 
menor, quanto melhor.
Exemplo: Quanto mais trabalho, menos recebo.
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Anotações: 
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Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Exercícios
Exercício 1 
Qual das palavras destacadas abaixo não representa um substantivo abstrato:
a) A sua conquista se deve ao seu esforço.
b) A humildade é a sua principal característica.
c) A sua aprendizagem é bastante rápida.
d) As suas atitudes se baseiam na justiça.
e) Muitos idosos têm problemas de saúde.
Exercício 2
Os substantivos primitivos são palavras que não derivam de outras. De acordo 
com isso, a alternativa abaixo que contempla um substantivo primitivo e um 
derivado é:
a) anel - papel
b) pedras - rochas
c) árvores - plantas
d) sapato - sapataria
e) profissão – carreira
Exercício 3 
(UFPR/2013)
Em qual dos casos o primeiro elemento do adjetivo composto não corresponde ao 
substantivo entre parênteses?
a) Indo-europeu (Índia)
22
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
b) Ítalo-brasileiro (Itália)
c) Luso-brasileiro (Portugal)
d) Sino-árabe (Sião)
e) Anglo-americano (Inglaterra)
Exercício 4
(CESGRANRIO)
Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo:
a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem onde ir…
b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite 
escura da alma…
c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.
d) Naquele instante era só um pobre cego.
e) … da Terra que é um globo cego girando no caos.
23
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
Gabarito
Exercício 1
Alternativa correta: e) Muitos idosos têm problemas de saúde.
O substantivo abstrato são palavras que indicam qualidade, sentimento, estado, 
ação e conceito. Dos termos destacados acima, somente “idosos” não é um 
substantivo abstrato.
Exercício 2
Alternativa correta d) sapato - sapataria
O substantivo primitivo é aquele que não deriva de outras palavras como os 
substantivos derivados, que surgem de um substantivo primitivo por meio de um 
processo denominado "derivação"mediante o acréscimo de letras ou sílabas.
Assim, “sapato” é um substantivo primitivo que possui o mesmo radical de 
“sapataria” (-sapat). Logo, por meio do processo denominado derivação sufixal há o
acréscimo de sufixo à palavra primitiva: sapat (radical) + aria (sufixo).
E xercício 3 
Alternativa correta: d) Sino-árabe (Sião)
a) ERRADA. “indo” é um elemento de formação de palavras compostas cujo 
significado está relacionado à Índia ou aos indianos. Assim sendo, ele está 
relacionado ao substantivo “Índia”, entre parênteses.
b) ERRADA. “ítalo” é o mesmo que “italiano”. Logo, corresponde à palavra “Itália”, 
entre parênteses.
c) ERRADA. “luso” é o mesmo que “lusitano”, que significa “português”; indivíduo 
de naturalidade portuguesa. Dessa forma, corresponde à palavra “Portugal”, entre 
parênteses.
24
Uso de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções
d) CORRETA. “sino” não é um elemento de formação de palavras compostas, trata-
se de uma palavra que possui diferentes significados, dentre eles o de instrumento 
que produz som.
A palavra “Sião” refere-se ao Monte Sião. O adjetivo gentílico de quem nasce no 
Monte Sião é Monte-Sionense.
Assim sendo, “sino” não corresponde ao substantivo entre parênteses.
e) ERRADA. “anglo” significa “indivíduo inglês”. Logo, corresponde ao substantivo 
“Inglaterra”, entre parênteses.
Exercício 4
Alternativa correta: e) … da Terra que é um globo cego girando no caos.
A alternativa e) é a única onde a classe gramatical da palavra “cego” é adjetivo.
Na frase, “cego” está atribuindo uma característica ao substantivo “globo”.
Lembre-se de que um adjetivo atribui qualidade ou classificação a um substantivo.
Em todas as demais alternativas, o termo “cego(s)” tem função de substantivo, pois
denomina um ou mais seres.
25
Termos da oração
Termos da oração
1MÉRITO
Apostilas
Termos da oração
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno des-
ses dois elementos que as orações são estruturadas.
O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da
oração, o sujeito é o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por
sua vez, o predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito.
Sujeito = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.
Predicado = o que se declara sobre o sujeito.
Na oração, sujeito e predicado funcionam assim:
Exemplo 1:
As ruas são intransitáveis.
Sujeito: as ruas
Verbo: são
Predicado: são intransitáveis (este é um predicado nominal e abaixo você vai
entender o porquê!)
Exemplo 2:
Os alunos chegaram atrasados novamente.
Sujeito: os alunos
Verbo: chegaram
Predicado: chegaram atrasados novamente
Sujeito
Núcleo do sujeito
Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujei -
to. Quando o sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com
maior importância semântica.
2
Termos da oração
Exemplo:
O garoto logo percebeu a festa que o esperava.
Sujeito: O garoto
Núcleo do sujeito: garoto
Predicado: logo percebeu a festa que o esperava
O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo,
numeral substantivo ou qualquer palavra substantivada.
Exemplo de substantivo:
A casa foi fechada para reforma.
Sujeito: A casa
Núcleo do sujeito: casa
Predicado: foi fechada para reforma.
Exemplo de pronome substantivo:
Eles não gostam de carne vermelha.
Sujeito: Eles
Núcleo do sujeito: Eles
Predicado: não gostam de carne vermelha.
Exemplo de numeral substantivo:
Três excede.
Sujeito: Três
Núcleo do sujeito: Três
Predicado: excede.
3
Termos da oração
Exemplo de palavra substantivada:
Um oi foi expresso rapidamente.
Sujeito: Um oi
Núcleo do sujeito: oi
Predicado: foi expresso rapidamente.
Tipos de sujeito
O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou
inexistente.
Sujeito simples
Quando possui um só núcleo. Ocorre quando o verbo se refere a um só subs-
tantivo ou um só pronome, ou um só numeral, ou a uma só palavra substantivada.
Exemplo:
O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.
Sujeito: O desenho em nanquim
Núcleo: desenho
Predicado: será sempre uma expressão admirada.
Sujeito composto
Com mais de um núcleo. As orações com sujeito composto são compostas por
mais de um pronome, mais de um numeral, mais de uma palavra ou expressão
substantivada ou mais de uma oração substantivada.
4
Termos da oração
Exemplo:
Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.
Sujeito: Cristina, Marina e Bianca
Núcleo: Cristina, Marina, Bianca
Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.
Sujeito oculto
Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas
pode ser identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.
Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.
Exemplo:
Estávamos à espera do ônibus.
Sujeito oculto: nós
Desinência verbal: estávamos
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identifi-
cado de maneira clara. É observado em três casos:
• quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita
identificar o sujeito;
• quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome
(se);
• quando o verbo está no infinitivo pessoal.
5
Termos da oração
Sujeito inexistente
A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado
está centrada em um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e
verbo.
Exemplo:
Choveu muito em Manaus.
Predicado: Choveu muito em Manaus
Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.
Predicado Verbal
O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo pre-
dicado está contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransi-
tivo. Nesse caso, a informação sobre o sujeito está contida nos verbos.
Exemplo:
O entregador chegou.
Predicado verbal: chegou.
Predicado Nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do su-
jeito.
6
Termos da oração
Exemplo:
O entregador está atrasado.
Predicado nominal: está atrasado.
Predicado Verbo-nominal
O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou in-
transitivo + o predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.
Exemplo:
A menina chegou ofegante à ginástica.
Sujeito: A menina
Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.
7
Termos da oração
Exercícios
1. (EMM) Há predicado verbo-nominal em:
a) Ela descansava em casa.
b) Todos cumpriram o juramento
c) Ele vinha preocupado.
d) Ele está abatido
e) Ela marchava alegremente.
2. (EMM) A única oração com sujeito simples é:
a) Existem algumas dúvidas.
b) Compraram-se livros e revistas.
c) Precisa-se de ajuda.
d) Faz muito frio.
e) Há alguns problemas.
3. (PUC-SP) – O verbo ser, na oração:
“Eram cinco horas da manhã...”, é:
a) pessoal e concorda com o sujeito indeterminado.
b) impessoal e concorda com o objeto direto.
c) impessoal e concorda com o sujeito indeterminado.
d) Impessoal e concorda com a expressão numérica.
e) Pessoal e concorda com a expressão numérica.
8
Termos da oração
Gabarito
1- Alternativa c: Ele vinha preocupado.
2- Alternativa a: Existem algumas dúvidas.
3- Alternativa d: Impessoal e concorda com a expressão numérica.
9
Termos da oração
Anotações: 
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 Coordenação e Subordinação 
Coordenação e 
Subordinação
1MÉRITO
Apostilas
 Coordenação e Subordinação 
Para compreender a estrutura sintática de uma frase, ou seja, a análise em
relação à organização da mesma, que é dividida em coordenação e subordina-
ção; primeiramente deve-se entender o que é frase; e, de acordo com Mattoso
Câmara, nada mais é do que “unidade de comunicação linguística, caracterizada
[...] do ponto de vista comunicativo – por ter um propósito definido e ser suficien -
te pra defini-lo –, e do ponto de vista fonético – por uma entonação [...] que lhe
assinala nitidamente o começo e o fim.”.
Seguindo a linha de definição acerca de frase escrita, Perini diz que se inicia
com letra maiúscula e finaliza com algum sinal de pontuação (ponto final, ponto
de interrogação, ponto de exclamação etc), todavia, outros gramáticos não delimi -
tam a necessidade de pontuação para a constituição de frase.
O vocábulo definido acima ainda pode ser uma oração, mas a última não é si -
nônimo de frase; isto é, uma oração possui verbo, mas uma frase não precisa de
verbo para ser denominada como tal, sendo assim, toda oração (ou conjunto de
orações = período) é uma frase (exemplo: Abra o livro na página 4 e Faça um bolo
e entregue a Maria), porém, nem toda frase é uma oração (exemplo: O caderno
amarelo da filha de João da Silva).
Quanto a período (ou enunciado) – que é a soma dos elementos estruturais da
frase e tem a necessidade da pontuação –, este pode ser simples ou composto;
sendo por composição, será subdividido em coordenação (semântica + sintática)
e subordinação (“... é o emprego de um nível mais elevado no lugar de outro de
nível inferior”, BACK). Outro ponto a ser frisado é que composição por aposição di -
fere-se de composição por coordenação, pois a primeira admite expressões expli -
cativas (isto é; quero dizer) e expressões retificadoras (minto; aliás).
Ainda em relação à composição por aposição, Back enumera dois tipos de
aposição: identificadora (“Pedro Álvares Cabral, um almirante português , desco-
briu o Brasil.”) e retificadora (“João, minto , Pedro veio até a sala.”), e ambas exer-
cem a mesma função sintática.
A locução subordinante também tem duas classificações, podendo ser com-
plexa ou unitária. A primeira refere-se a uma locução verbal (Ex. Amanhã, todos
os alunos irão fazer o teste), enquanto a segunda, como o próprio nome diz, é
composta por um único verbo (Ex. Ontem, Pedro fez o exame).
A explanação de alguns termos, como hipotaxe (subordinação) – estrutura
muito complexa que pode ser reduzida – e parataxe – termo equivalente para a
coordenação –, hipertaxe – palavra que exerce um grande significado, como, por
exemplo, um substantivo com significado maior – é também bastante válida para
uma compreensão clara e coerente. Além disso, vale ressaltar que pronome sem-
pre tem função sintática.
2
 Coordenação e Subordinação 
Anotações: 
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 Concordância Verbal e Nominal 
Concordância Verbal e Nominal 
1MÉRITO
Apostilas
 Concordância Verbal e Nominal 
Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade 
estabelecida entre cada componente da oração.
Concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, concordância 
nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:
concordância verbal = sujeito e verbo
concordância nominal = classes de palavras
Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre 
no plural.
Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.
2. Sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no 
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.
Exemplos:
Discursaram diretor e professores.
Discursou diretor e professores.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo 
também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível 
gramatical, tem prioridade.
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).
2
 Concordância Verbal e Nominal 
Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?
Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem 
concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.
2. Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um 
adjetivo, há duas formas de concordar:
2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.
Exemplo: Linda filha e bebê.
2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar 
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.
3
 Regência verbal e nominal 
Regência verbal e nominal 
1MÉRITO
Apostilas
 Regência verbal e nominal 
Regência verbal
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o 
seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na 
regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto 
indireto (preposicionado).
Exemplos de regência verbal preposicionada
• assistir a;
• obedecer a;
• avisar a;
• agradar a;
• morar em;
• apoiar-se em;
• transformar em;
• morrer de;
• constar de;
• sonhar com;
• indignar-se com;
• ensaiar para;
• apaixonar-se por;
• cair sobre.
Regência verbal sem preposição
Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, 
não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal. 
2
 Regência verbal e nominal 
Exemplos de regência verbal sem preposição:
• Você já fez os deveres?
• Eu quero um carro novo.
• A criança bebeu o suco.
O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando 
o elemento que sofre a ação verbal.
Regência verbal com preposição
Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido,
sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência 
verbal. 
Exemplos de regência verbal com preposição:
• O funcionário não se lembrou da reunião.
• Ninguém simpatiza com ele.
• Você não respondeu à minha pergunta.
O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de 
quem? para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação 
verbal.
Preposições usadas na regência verbal
As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, 
bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes. 
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
3
 Regência verbal e nominal 
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, 
pela, pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.
• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...
• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...
• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...
• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...
• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...
• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,…
Regência nominal
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com 
o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.
Exemplos de regência nominal
• favorável a;
• apto a;
• livre de;
• sedento de;
• intolerante com;
• compatível com;
• interesse em;
• perito em;
• mau para;
4
 Regência verbal e nominal 
• pronto para;
• respeito por;
• responsável por.
Regência nominal com preposição
A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma 
preposição para se ligar ao seu complemento nominal.
Exemplos de regência nominal com preposição:
• Sempre tive muito medo de baratas.
• Seu pai está furioso com você!
• Sinto-me grato a todos.
Preposições usadas na regência nominal
Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma 
simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.
As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, 
para, por.
 Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...
 Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...
 Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...
 Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...
 Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...
 Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...
5
Crase
Crase
1MÉRITO
Apostilas
Crase
A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao 
emprego da preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente 
aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a” 
pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão se 
encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às 
quais.
Quando usar crase
Antes de palavras femininas
 Fui à escola.
 Fomos à praça.
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)
 Vou à padaria.
 Fomos à praia.
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
 Saímos à noite.
 À medida que o tempo passa as amizades aumentam.
Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em 
frente a, à moda de.
2
Crase
Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele
 No verão, voltamos àquela praia.
 Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.
Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida
 Veste roupas à (moda de) Luís XV.
 Dribla à (moda de) Pelé.
Uso da crase na indicação das horasUtiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:
 Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.
 Saio da escola às 12h30.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, 
com), não se utiliza a crase, por exemplo:
 Ficamos na reunião desde as 12h.
 Chegamos após as 18h.
 O congresso está marcado para as 15h.
Quando não usar crase
Antes de palavras masculinas
 Jorge tem um carro a álcool.
 Samuel comprou um jipe a diesel.
3
Crase
Antes de verbos que não indiquem destino
 Estava disposto a salvar a menina.
 Passava o dia a cantar.
Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo
 Falamos a ela sobre o ocorrido
 Ofereceram a mim as entradas para o cinema.
Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa
 Era a isso que nos referíamos.
 Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.
Crase facultativa
1. Depois da preposição “até”
Exemplos:
 Vou até a faculdade agora. OU Vou até à faculdade agora.
 Vamos até a feira? OU Vamos até à feira?
 Fui até a loja de manhã. OU Fui até à loja de manhã.
Explicação:
4
Crase
A crase é a junção da preposição "a" com o artigo "a". Para não escrever “Vou a a 
praia”, usamos o acento grave para indicar essa soma (a + a).
Bem, “até” é preposição e, sendo assim, não há soma de “a + a”: Vou até a faculdade.
Mas, também podemos dizer “até a”. “Até a” é uma locução prepositiva e, neste 
caso, há a soma de “a + a”: “Vou até a a faculdade” é o mesmo que “Vou até à 
faculdade”.
Por isso, as duas formas estão corretas: “até a” ou “até à”.
1.1. “Até” antes de horas
Antes da indicação de um horário usamos crase, mas se antes das horas vier a 
preposição “até”, o seu uso é facultativo.
Exemplos:
 Chegarei ao restaurante até as 20h. OU Chegarei ao restaurante até às 20h.
 O médico atenderá o paciente até as 14h. OU O médico atenderá o paciente 
até às 14h.
 Até as 11h devo ligar para você. OU Até às 11h devo ligar para você.
2. Antes dos nomes próprios femininos
Exemplos:
 Custa a Maria ver o filho sofrer. OU Custa à Maria ver o filho sofrer.
 Obedeça a Joana! OU Obedeça à Joana!
 Informou a Ana. OU Informou à Ana.
Explicação:
O uso do artigo é facultativo antes de nomes próprios femininos:
 Maria é uma simpatia. OU A Maria é uma simpatia.
5
Crase
 Joana é inglesa. OU A Joana é inglesa.
 Ana está atrasada. OU A Ana está atrasada.
Uma vez que não haja artigo “a” haverá apenas a presença da preposição “a”, logo, 
não há crase.
No entanto, se considerarmos a preposição e o artigo (a + a), então há crase. 
Ambas opções estão corretas.
3. Antes dos pronomes possessivos
Exemplos:
 Não iremos a tua casa. OU Não iremos à tua casa.
 Querem assistir a nossa reportagem? OU Querem assistir à nossa reportagem?
 Vamos a minha casa! OU Vamos à minha casa!
Explicação:
O uso do artigo também é facultativo antes dos pronomes possessivos. É por isso 
que antes deles o uso ou não da crase está correto:
 Tua casa é bonita. OU A tua casa é bonita.
 Nossa reportagem está ótima. OU A nossa reportagem está ótima.
 Minha casa está uma bagunça! OU A minha casa está uma bagunça!
Para lembrar: os pronomes possessivos femininos são: minha(s), tua(s), sua(s), 
nossa(s), vossa(s).
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Crase
Anotações: 
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Crase
Exercícios
Exercício 1 
(ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases 
abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue à tristes cogitações.
e) Puseram-se à discutir em voz alta.
Exercício 2
(FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer 
atentar para o que está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por 
impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a
matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se 
todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo 
não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.
8
Crase
Gabarito
Exercício 1
Alternativa A) Devemos aliar a teoria à prática.
Exercício 2
Alternativa E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu 
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma 
geração.
9
Pontuação
Pontuação
1MÉRITO
Apostilas
Pontuação
Sinais de pontuação são recursos prosódicos¹ que conferem às orações ritmo, 
entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na 
escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala, 
garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida.
Prosódia é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento 
(intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatosna
fala.
Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado para:
a) Indicar o final de uma frase declarativa:
Acho que Pedro está gostando de você.
b) Separar períodos:
Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
V. Ex.ª (Vossa excelência)
Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:
a) Iniciar fala de personagens:
Ela gritou:
– Vá embora!
2
Pontuação
b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de 
palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores.
Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
Anote meu número de telefone: 1233820847.
c) Anteceder citação direta:
É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais 
difícil de domar.”
Reticências (...)
Usa-se para:
a) Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas 
economias.
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:
Talvez se você pedisse com jeitinho...
c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a 
reflexão:
Roubos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim 
caminha a humanidade.
d) Suprimir palavras em uma transcrição:
“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos 
outros.” (Chico Xavier)
3
Pontuação
Parênteses ( )
Os parênteses são usados para:
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também, 
podem substituir a vírgula ou o travessão:
Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).
Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos 
visitar pela última vez.
Ponto de exclamação (!)
Em que situações utilizar:
a) Após vocativo:
Juliana, bom dia!
b) Final de frases imperativas:
Fuja!
c) Após interjeição:
Ufa! Graças a Deus!
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:
Que lástima!
Ponto de interrogação (?)
Quando utilizar:
a) Em perguntas diretas:
Quando você chegou?
4
Pontuação
b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o 
enunciado:
Não acredito, é sério?!
Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso 
aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que 
os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem
na mesma oração.
Situações em que se deve utilizar vírgula.
a) Separar o vocativo:
Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.
b) Separar apostos:
Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.
c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:
Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.
d) Separar elementos de uma enumeração:
Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com 
morangos.
e) Isolar expressões explicativas:
Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.
f) Separar conjunções intercaladas:
Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.
g) Separar o complemento pleonástico antecipado:
Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.
5
Pontuação
h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:
São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.
i) Separar termos coordenados assindéticos:
Vim, vi, venci. (Júlio César)
j) Marcar a omissão de um termo:
Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)
Antes da conjunção, como nos casos abaixo:
k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.
l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia 
(polissíndeto):
Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, 
porém nunca me escuta.
m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não 
retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por):
Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.
Entre orações:
n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu 
jeito grosseiro e mandão.
o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das 
orações iniciadas pela conjunção “e”:
Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.
6
Pontuação
p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), 
principalmente se estiverem antepostas à oração principal:
A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.
q) Para separar as orações intercaladas:
Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.
r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:
Quando me formarei, ainda não sei.
Ponto e vírgula (;)
a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros 
itens:
 Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:
 1 xícara de trigo;
 4 ovos;
 1 xícara de leite;
 1 xícara de açúcar;
 1 colher de fermento.
b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito 
extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
 “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era 
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a 
bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora 
asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de 
Inhomerim - Visconde de Taunay)
7
Pontuação
Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:
a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:
 Então ela disse:
 — Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.
b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
 — Querido, você já lavou a louça?
 — Sim, já comecei a secar, inclusive.
c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:
 O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é 
decepcionante.
d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:
 Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.
Aspas (“”)
As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos:
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, 
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares:
 A aula do professor foi “irada”.
 Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.
b) Indicar uma citação direta:
 “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue 
na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
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Pontuação
Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma 
sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").
Exercícios
Exercício 1
Indique qual conjunto de sinais de pontuação completa as lacunas de forma 
correta.
Na realidade__ nada mais havia para fazer__ Os assuntos foram falados__ as 
dúvidas foram esclarecidas__ os problemas foram evitados__ Apesar disso__ um 
enorme clima de mal-estar continuava a existir__
a) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de interrogação;
b) vírgula, vírgula, ponto final, ponto final, ponto final, vírgula, ponto final;
c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências;
d) vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de 
exclamação.
Exercício 2
Indique a opção que apresenta erros de pontuação.
a) Você quer vir comigo ao parque?
b) Pare imediatamente com isso!
c) Quem sabe, um dia, você não aprende?
d) O estudante levava, o pão, na mochila.
9
Pontuação
Exercício 3
Assinale as hipóteses que indicam funções corretas da vírgula.
a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função 
sintática.b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.
c) Separar os advérbios sim e não em respostas.
d) Separar o sujeito do predicado e o objeto direto do objeto indireto.
e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.
Exercício 4
Indique os sinais de pontuação usados para…
a) Introduzir uma enumeração.
b) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.
c) Destacar citações e transcrições.
d) Substituir a vírgula na separação do vocativo.
e) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.
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Pontuação
Gabarito
Exercício 1
Resposta: c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências.
Exercício 2
Resposta: d) O estudante levava, o pão, na mochila.
Exercício 3
Respostas:
a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função 
sintática.
b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.
c) Separar os advérbios sim e não em respostas.
e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.
Exercício 4
Respostas:
a) dois pontos;
b) reticências;
c) aspas;
d) ponto de exclamação;
e) ponto final.
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Figuras de linguagem
Figuras de linguagem
1MÉRITO
Apostilas
Figuras de linguagem
Figuras de linguagem são formas de expressão que destoam da linguagem comum 
ou denotativa. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido literal, 
portanto permitem uma plurissignificação do enunciado.
Figuras de linguagem consistem em “fugas” discursivas da língua, uma vez que nem
sempre uma ideia pode (ou precisa) ser comunicada literalmente.
Exemplo: “A pedra chorou de tristeza.”
Nesse exemplo, o sentido denotativo (original) é que uma pedra verteu lágrimas de
seus olhos porque estava triste. Porém, sabemos que pedras não têm olhos e, 
portanto, não podem chorar. Assim, essa expressão afasta-se das regras da 
linguagem denotativa para assumir outro sentido.
Figuras de palavras ou semântica
C omparação 
Uma relação de comparação explícita entre dois termos, marcada pela presença de
conjunção comparativa.
Exemplo: O pensamento é tal qual um diamante bruto.
Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o 
amor é como o motor do carro".
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Figuras de linguagem
Metáfora
Representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo 
comparativo fica subentendido na frase. Comparação implícita.
Muito utilizada em textos poéticos, ela pode tornar o discurso mais elegante.
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto 
inefável"
Outros exemplos:
Gabriel é um gato. (subentende-se beleza felina)
Lucas é um touro. (subentende-se a força do touro)
Fernando é um anjo. (subentende-se a bondade dos anjos)
Metonímia
Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.
Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado".
3
Figuras de linguagem
Catacrese
Emprego inadequado de um termo devido à perda de seu sentido original.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico
para o avião, embarcar é o utilizado.
O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica.
Perífrase ou antonomásia
É a substituição de um termo por outro que o caracterize, como se fosse uma 
espécie de apelido.
O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.
O Boca do Inferno não tinha papas na língua.
No primeiro exemplo, “rei das selvas” é uma expressão que se refere ao leão. Já 
“Boca do Inferno”, no segundo exemplo, era como o poeta barroco Gregório de 
Matos (1636-1695) era chamado.
É importante fazer uma distinção: a perífrase refere-se a coisas ou animais, já a 
antonomásia refere-se a pessoas. Nessa perspectiva, o primeiro exemplo é uma 
perífrase; e o segundo, uma antonomásia.
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Figuras de linguagem
Sinestesia
Combinação de dois ou mais sentidos, ou seja, visão, olfato, audição, paladar e 
tato.
No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no calor da manhã.
Perceba que a palavra “doce” aciona o paladar; o verbo “cantarem”, a audição; e o 
substantivo “calor”, o tato.
Figuras de sintaxe ou construção
Elipse
Ocultação de palavra ou expressão na estrutura do enunciado.
— Vou te ligar. Qual o seu número?
Nesse exemplo, foi omitida a expressão “de telefone”: Qual o seu número de 
telefone?
Zeugma
Um tipo de elipse caracterizado pela omissão de um termo mencionado 
anteriormente.
Preferia os caminhos difíceis aos fáceis.
Ou seja: Preferia os caminhos difíceis aos (caminhos) fáceis.
Anáfora
Repetição de uma ou mais palavras no início dos versos ou orações.
Eu não devo ter medo. Eu não devo parar. Eu não devo retroceder.
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Figuras de linguagem
Pleonasmo
É o uso de algum termo dispensável, repetitivo, com o objetivo de enfatizar 
determinada ideia.
— Vi a abdução com meus próprios olhos — ele afirmou. — Você precisa acreditar 
em mim!
Atenção! Esse tipo de ênfase é aceitável quando utilizado para melhor expressar 
uma ideia; do contrário, é apenas uma redundância, um vício de linguagem.
Anacoluto
Falta de conexão sintática entre o início de uma frase e a sequência de ideias.
Aquela atriz não sei de quem você está falando.
Silepse
Concordância ideológica, ou seja, com a ideia, e não com o termo expresso.
• Silepse de gênero:
A gente ficou chocado com o que aconteceu ontem.
Nesse caso, o enunciador é masculino e refere-se a pessoas do gênero 
masculino, então faz a concordância com a ideia, e não com o sujeito “A 
gente”: A gente ficou chocada com o que aconteceu ontem.
• Silepse de número:
O povo exigiu uma satisfação, pois não suportavam mais aquele silêncio.
Nesse exemplo, o verbo “suportavam” tem como sujeito “eles/ elas” (não 
expresso no período), pois o enunciador pensa em povo como uma 
quantidade de pessoas. Assim, em vez de fazer a concordância com a 
palavra, no singular, “povo” (O povo não suportava mais aquele silêncio), o 
6
Figuras de linguagem
enunciador faz a concordância com a ideia, ou seja, “eles/ elas”, uma 
quantidade de pessoas chamadas de “povo”, portanto no plural.
• Silepse de pessoa:
Os ciclistas corremos grande perigo no trânsito.
Ao conjugar o verbo “correr” na primeira pessoa do plural (nós), o enunciador
coloca-se na categoria de ciclista, o que não ficaria evidente se ele fizesse a 
concordância gramaticalmente esperada: Os ciclistas correm grande perigo 
no trânsito.
Hipérbato
Inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período.
A ordem direta é composta de sujeito, verbo, complemento ou predicativo:
“As manifestações culturais brasileiras são muito valorizadas no exterior.”
Sujeito: As manifestações culturais brasileiras.
Verbo: são.
Predicativo: valorizadas.
Se ocorrer o hipérbato, a inversão, temos:
“Muito valorizadas são as manifestações culturais brasileiras no exterior.”
Polissíndeto
Repetição da conjunção “e”.
“E o cachorro latia, e corria, e babava em tudo que via pela frente.”
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Figuras de linguagem
Figuras de pensamento
Hipérbole
Exagero na declaração.
“Estava com tanta fome que podia comer um boi inteiro.”
Comer um boi inteiro, de uma só vez, por ser humanamente impossível, é um 
exagero.
Litotes
Afirmação realizada pela negação do contrário.
“Ariosto não é nada bonito, mas gosto dele mesmo assim.”
Nesse exemplo, o enunciador afirma que Ariosto é feio a partir da negação do 
adjetivo contrário a feio, ou seja, bonito: não é nada bonito. 
Eufemismo
Palavras ou expressões agradáveis para amenizar a declaração.
“Segundo o juiz, a deputada faltou à verdade em seu depoimento.”
Note que, em vez de dizer que a deputada mentiu, é usada a expressão “faltou à 
verdade”, o que torna a afirmação menos desagradável.
Ironia
Sugerir o contrário do que se afirma.
“A pontualidade daquele médico é britânica. Só esperei duas horas para ser 
atendido.”
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Figuras de linguagem
A ironia depende muito de um contexto, ou seja, da situação em que é inserida,do
conhecimento do interlocutor sobre o fato ironizado, além de outros elementos, 
como gestos (na linguagem oral).
Prosopopeia
Personificação, atribuição de características humanas a seres irracionais ou a 
coisas.
“O lobo conversou com Chapeuzinho, e decidiram fazer as pazes.”
Antítese
Oposição entre palavras, expressões ou ideias.
“O bem e o mal caminham de mãos dadas no coração humano.”
Paradoxo ou oximoro
Antítese que expressa uma contradição.
“Ninguém parecia ouvir, mas a menina gritava em silêncio.”
Note que é contraditório alguém gritar em silêncio, já que o grito se configura em 
um som.
Apóstrofe
Interrupção da frase para interpelar ou invocar.
“Não podia acreditar, ó céus, que aquilo acontecera.”
Gradação
Sequência de ideias.
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Figuras de linguagem
“Ele era um porco, um jumento, um dinossauro. Impossível lidar com alguém 
assim.”
Figuras de som ou harmonia
Aliteração
Repetição de consoantes ou sílabas.
“Minha mãe me mandou fazer o meu melhor.”
É importante lembrar que essa é uma figura usada em textos literários. Em uma 
linguagem objetiva, ela é considerada um vício de linguagem.
Assonância
Repetição de vogais.
“Por onde andam o amor e a dor do trovador?”
Onomatopeia
Palavra cuja sonoridade está associada à coisa representada.
“O cocoricó se faz ouvir toda manhã.”
“O bem-te-vi estava mais triste naquele dia.”
No primeiro exemplo, “cocoricó” é um substantivo que, em sua sonoridade, 
representa aquilo a que se refere, ou seja, imita o canto do galo. Já no segundo 
exemplo, o substantivo “bem-te-vi” refere-se a um pássaro cujo canto tem essa 
sonoridade.
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Figuras de linguagem
Paronomásia
Uso de palavras parecidas, mas com grafia, som e significado distintos.
“Depois que fiz a descrição do meu chefe, pedi discrição aos meus colegas de 
trabalho.”
Anotações: 
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Figuras de linguagem
Exercícios
Exercício 1 - (Enem)
Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões.
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Figuras de linguagem
O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, 
relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição 
se faz claramente presente.
a) “Amor é fogo que arde sem se ver.”
b) “É um contentamento descontente.”
c) “É servir a quem vence, o vencedor.”
d) “Mas como causar pode seu favor.”
e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Exercício 2 – (Enem)
Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de 
linguagem para:
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.
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Figuras de linguagem
Gabarito
Exercício 1
Resposta: Alternativa B.
Em “É um contentamento descontente”, é possível verificar que a palavra 
“contentamento” tem sentido oposto a “descontente”.
Exercício 2
Resposta: Alternativa E.
Na tirinha, a existência do pai do enunciador é comparada ao ato de pedalar uma 
bicicleta e não chegar a lugar nenhum, portanto a vida do pai não teria perspectiva.
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Vícios de linguagem
Vícios de linguagem
1MÉRITO
Apostilas
Vícios de linguagem
Os vícios de linguagem são desvios não intencionais da norma-padrão do idio-
ma ou construções linguísticas inadequadas que geram problemas ou ruídos na
comunicação. Os vícios de linguagem devem ser evitados em contextos formais e
que exijam o uso da norma-padrão da língua portuguesa.
Classificação dos vícios de linguagem
Agora, vejamos alguns dos principais vícios de linguagem com seus respecti-
vos exemplos.
 Solecismo
Solecismo é o desvio que envolve erros de sintaxe na construção de um tre-
cho ou combinação de palavras, podendo ser de concordância, de regência, de co-
locação e de má estruturação.
Exemplos:
→ Concordância
“Meus irmão são muito briguentos.” em vez de “Meus irmãos são muito bri-
guentos.”
→ Regência
“Cheguei na sua casa.” em vez de “Cheguei à sua casa.”
→ Colocação
“Ela não falou-me isso.” em vez de “Ela não me falou isso.”
 Barbarismo
Barbarismo é o desvio envolvendo erros no emprego de uma palavra, tratan-
do de questões fonéticas (de som e de pronúncia), morfológicas (de ortografia e
de flexões) ou semânticas (de sentidos e de significados).
Exemplos:
→ Pronúncia
“Rúbrica” em vez de “Rubrica” (sílaba tônica em “bri”)
2
Vícios de linguagem
→ Ortografia
“Ancioso” em vez de “Ansioso”
→ Sentido
“Eu assumi que o evento já tivesse acabado.” em vez de “Eu supus que o
evento já tivesse acabado.”
 Estrangeirismo
Estrangeirismo é o uso de palavras, expressões e construções típicas de idio-
mas estrangeiros como se pertencessem à língua portuguesa. É natural a apropri-
ação de certas palavras e expressões estrangeiras, mas a ocorrência desse fenô-
meno em excesso é tida como um vício de linguagem.
Exemplo:
“Esse filme, apesar de vintage, é muito trash. O pessoal diz que gosta pra
se fazer de cool.”
 Pleonasmo vicioso
O pleonasmo vicioso refere-se ao uso de termos redundantes de maneira não
intencional, causando a repetição desnecessária de uma ideia.
Exemplos:
 “Sair para fora”
 “Entrar para dentro”
 “Descer para baixo”
 “Subir para cima”
 Ambiguidade
A ambiguidade ocorre quando é possível depreender mais de um sentido em
um enunciado pelo fato de ele não ter uma construção adequada.
Exemplo:
“Preciso que você confirme se ele pode ir com a sua mãe.”
3
Vícios de linguagem
De quem é a mãe: de “você” ou “dele”? É para confirmar com a mãe se ele
pode ir ou é para confirmar se ele pode ir com a mãe?
 Cacofonia
A cacofonia acontece quando a sequência de duas ou mais palavras gera um
som desagradável e indesejado.Exemplos:
 “Música gospel”
 “Boca dela”
 Eco
O eco é o desvio em que, no enunciado, ocorre uma repetição não intencional
de sons, gerando rimas que atrapalham o discurso.
Exemplo:
“Sem descanso, avanço descalço.”
 Arcaísmo
O arcaísmo é caracterizado pelo uso de vocábulos ou construções arcaicas
que caíram em desuso e não são mais válidas hoje em dia.
Exemplos:
 “Físico” em vez de “Médico”
 “Fremoso” em vez de “Formoso”
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Vícios de linguagem
Exercícios
Questão 1 – (Ufop) Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu
não vi ele faz muito tempo”.
A) solecismo
B) cacófato
C) arcaísmo
D) barbarismo
E) colisão
Questão 2 – (Consesp) Assinale a alternativa em que não se verifica pleonas-
mo (vicioso ou estilístico).
A) É preciso encarar de frente os problemas da vida.
B) Vi com os olhos os preços dos remédios na tabuleta.
C) Chorei aquelas lágrimas terríveis e doloridas.
D) A brisa matinal da manhã soprou calma como nunca.
E) Pus fogo no monte de lenha.
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Vícios de linguagem
Gabarito
Questão 1 - Alternativa A. O solecismo é caracterizado por erros de sintaxe.
No enunciado, há desvio no uso do pronome com “eu vi ele” em vez de “eu o vi”.
Questão 2 - Alternativa E. Não há nenhum termo redundante no enunciado
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Vícios de linguagem
Anotações: 
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Reconhecimento de frases corretas e incorretas
Reconhecimento de frases corretas 
e incorretas
1MÉRITO
Apostilas
Reconhecimento de frases corretas e incorretas
Para escrever corretamente, é necessário observar a escrita e o significado de 
algumas palavras, que acabam confundindo por serem parecidas, mas que 
possuem significados diferentes. Abaixo, seguem algumas palavras que costumam 
confundir o uso numa redação.
1) EM NÍVEL DE
Só podemos usar EM NÍVEL ou NO NÍVEL DE ou AO NÍVEL DE se houver “níveis”: 
“EM NÍVEL federal” está correto porque poderia ser em nível estadual, municipal…
2) TAMPOUCO
TAMPOUCO significa “nem, e não”: “Não trabalha TAMPOUCO estuda”.
TÃO POUCO é “muito pouco”: Estudou tão pouco que foi reprovado”
3) PENALIZADO
PENALIZADO= com pena, dó, compaixão. “Ficou PENALIZADO diante de tanta 
miséria”.
PUNIDO= castigado. “O funcionário foi PUNIDO pelo chefe.”
4) REVERTER
REVERTER= voltar ao que era antes. “O paciente entra em coma. Os médicos 
tentam REVERTER o quadro.”
INVERTER= mudar para o oposto. “O DETRAN deve INVERTER a mão desta rua.”
MODIFICAR= simplesmente mudar, alterar. “É preciso MODIFICAR as regras do 
jogo.”
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Reconhecimento de frases corretas e incorretas
5) CONFISCAR
CONFISCAR= sem indenização. “A Coroa Portuguesa CONFISCOU os bens de 
Tiradentes.”
DESAPROPRIAR= com indenização.”Para a construção do metrô, vários imóveis 
foram desapropriados.”
PRONOMES
1) Para mim ou para eu
EU é pronome pessoal do caso reto. (Exerce a função de sujeito)
MIM é pronome pessoal oblíquo tônico. (Nunca exerce a função de sujeito e 
obrigatoriamente deve ser usado com preposição: a mim, de mim, entre mim, para 
mim, por mim…)
Exemplos
“EU li os jornais.” (= sujeito)
“Ela trouxe o jornal para MIM.” (= não é sujeito)
Entretanto, observe o exemplo abaixo:
“Ela trouxe o jornal para eu ler”
Neste caso são duas orações. “Ela trouxe o jornal” é a oração principal e “para EU 
ler” é oração reduzida de infinitivo (=para que eu lesse)
3
Reconhecimento de frases corretas e incorretas
2) CONOSCO OU COM NÓS ou COM A GENTE
Conosco deve se usar em textos formais.
“Os diretores se reuniram conosco”
COM A GENTE é característico de linguagem tipicamente coloquial. Não devemos 
usar em textos formais
COM NÓS deve ser usado antes de: MESMOS, PRÓPRIOS, AMBOS, TODOS, 
NUMERAIS e pronome relativo QUE.
“Ela deixou a decisão COM NÓS TODOS
3) ONDE ou AONDE
ONDE significa “no lugar” (=o depósito fica na rua)
“Esta é a cidade ONDE ela nasceu”
AONDE significa “ao lugar”. Só pode ser usado com verbos cuja regência pede a 
preposição “a” (ir, chegar, dirigir-se, levar…)
“Este é o lugar AONDE ele quer chegar”
4
Reconhecimento de frases corretas e incorretas
Anotações: 
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Conhecimentos específicos
CONHECIMENTOS 
ESPECÍFICOS
1MÉRITO
Apostilas
Epidemiologia 
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Epidemiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epidemiologia 
 2 
Epidemiologia 
Epidemiologia propõe-se estudar quantitativamente a distribuição dos fenômenos de sa-
úde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas. 
A epidemiologia, portanto, é um campo da ciência que trata dos vários fatores genéticos, 
sociais ou ambientais e condições derivados de exposição microbiológica, tóxica, traumática, 
etc. que determinam a ocorrência e a distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e 
morte entre os grupos de indivíduos. 
Sumariamente a definição de epidemiologia é o estudo da distribuição das doenças e 
seus determinantes. Como observa Almeida Filho (1989) o termo distribuição está contido no 
termo população e o processo determinação está associado à delimitação da doença que, por 
sua vez, abrange concepções derivadas da prática clínica e próprias da epidemiologia. O es-
tudo do processo saúde-doença através do método epidemiológico possui uma dimensão de 
determinação social, e como se sabe, as sociedades estão sujeitas a leis próprias, cuja expli-
cação ultrapassa as possibilidades do método clínico. 
Entendem-se determinantes sociais de saúde como as condições de vida e trabalho dos 
indivíduos e de grupos da população, que estão relacionadas com sua situação de saúde. 
Cabe à epidemiologia descritiva a avaliação da frequência ou distribuição das enfermidades e 
à epidemiologia analítica o estudo dos fatores (causais) que explicam tal distr ibuição, relacio-
nando uma determinada situação de saúde, ou seja, as desigualdades dos níveis de saúde 
entre grupos populacionais, com a eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde 
pública, ou mesmo identificando suas causas no modo como tais iniquidades são produzidas, 
na forma como a sociedade se organiza e desenvolve. 
 
Metodologia da investigação epidemiológica 
Segundo Pereira, a sistemática predominante de raciocínio, em epidemiologia, é própria 
da lógica indutiva, mediante a qual, partindo-se de certo número de dados, estabelece-se uma 
proposição mais geral e, ainda segundo esse autor, os métodos utilizados na epidemiologia 
são encontrados em outras áreas do conhecimento, embora seja frequente a referência a mé-
todos epidemiológicos, eles devem ser entendidos como certo número de estratégias adapta-
das para aplicação a situações próprias do estudo da saúde da população. 
A identificação do padrão de ocorrência de doenças nas populações humanas e dos fa-
tores que influenciam (determinam, condicionam) tem sido reiteradamente definida como o 
objeto de estudo da epidemiologia. Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia 
(IEA), epidemiologia é o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das 
doenças nas coletividades humanas. 
As Hipóteses epidemiológicas (elemento indispensável de qualquer pesquisa científica) 
deverão relacionar tais fatores ou variáveis, orientando a forma com que os dados referentes 
Epidemiologia 
 3 
ao agravo e seus fatores condicionantes ou determinantes serão associados bem como o con-
texto (tipo de estudo) em que os resultados encontrados serão submetidos à comparação e 
análise (exame da associação para estabelecer a associação encontrada entre eventos ou 
variáveis). 
Rothman et al. destacam que um evento, uma condição, ou uma característica não se 
constituem como uma causa em si, considerados isoladamente, somente são identificados 
enquanto parte de um contraste causal com um evento, uma condição ou uma característica 
alternativa. 
Na investigação epidemiológica a identificação da doença (definição de caso) tem uma 
natureza ditada pela comparabilidade potencial e uma tendência à padronização, ao contrário 
da clínica que reconhece a individualidade de cada paciente. Considerando o substrato teórico 
dos respectivos campos de conhecimento, o objeto da clínica é essencialmente qualitativo 
enquanto que o objeto fundamental da epidemiologia é por definição quantitativo, expressando 
relações numéricas entre eventos. 
Os instrumentos de medida e/ou identificação de caso estão sujeitos a erros sistemáticos 
(viés) em função de sua maior ou menor sensibilidade (capacidade para identificar um maior 
número de casos incluindo inevitavelmente os falsos positivos) e especificidade (capacidade 
de só incluir casos positivos). 
 
Epidemiologia aplicada a serviços de saúde 
A aplicação ao planejamento de serviços de saúde tem sido o maior uso da epidemiologia, 
em função dessa aplicação tem-se desenvolvida a legislação e estratégia da Vigilância epide-
miológica e organização dos sistemas de informação em saúde no âmbito governamental. 
Possas e Breilh ressaltam a demanda de construção do conceito de perfil epidemiológico fun-
damentado no conceito de classe social (e frações sociais especiais) na avaliação doas con-
dições de vida e saúde de uma população. 
No Brasil o Sistema de Vigilância Epidemiológica foi instituído pela lei nº 6.259 de 1975 
que articula o Ministério da Saúde à setores específicos das Secretarias Estaduais de Saúde, 
organizando o sistema nacional de informações de saúde que constitui, hoje, o DATASUS. 
 
Desde a criação do SUS em 1988, a Epidemiologia em Serviços de saúde tem sido forta-
lecida por meio do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Anteriormente, com a criação 
do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi), instituído como departamento da Fundação 
Nacional de Saúde (Funasa), quando a necessidade de expandir a aplicação da epidemiologia 
em serviços para as análises de situação de saúde, com objetivo de subsidiar a formulação 
de políticas. 
Epidemiologia 
 4 
Em 1992, a criação do Informe Epidemiológico do SUS (IESUS), editado pela Cenepi/Fu-
nasa com a missão de difundir o conhecimento epidemiológico aplicável às ações de vigilância, 
prevenção e controle de doenças e agravos de interesse da saúde pública,visando ao apri-
moramento dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
Em função da utilização institucional e particularidades do objeto de análise e/ ou com-
partilhamento de metodologias específicas de análise, podemos destacar ainda: as avaliações 
de impacto ambiental, ou seja, o aspecto da saúde ambiental e interpretação distinta que os 
ecologistas e epidemiologistas dão à exposição, dano ambiental; a epidemiologia genética 
com suas distinções dos clássicos estudos da frequência de genes mutantes e genética de 
populações; a epidemiologia molecular com suas distinções da ecotoxicologia e análise dos 
fenômenos biológicos ao nível atômico ou celular, entre outros. Uma relação sem dúvida in-
completa é a que se segue: 
 
Usos da epidemiologia: 
 Epidemiologia molecular 
 Epidemiologia genética 
 Epidemiologia veterinária 
 Epidemiologia das doenças infecciosas e parasitárias 
 Epidemiologia das doenças não transmissíveis 
 Neuroepidemiologia 
 Epidemiologia da violência 
 Epidemiologia ambiental 
 Epidemiologia aplicada à serviços de saúde 
 Epidemiologia das Infecções hospitalares 
 
Limites da Epidemiologia 
Atualmente a epidemiologia é um dos três pilares da saúde coletiva, os demais são a 
Gestão/Planejamento e as Ciências Sociais. 
A epidemiologia nasceu a partir das oposições entre indivíduo e coletivo; cultura e natu-
reza; corpo e alma. Nesse contexto, atualmente é vista como uma ciência inteiramente quan-
titativa, que visa medir impactos relacionados a problemas de saúde relevantes da população, 
Epidemiologia 
 5 
tendo como base características de estilo de vida, classes sociais, eventos de doenças, nas-
cimento e óbitos. 
Assim, obviamente é necessário que haja técnicas e procedimentos estatísticos de alta 
complexidade, para abranger toda gama de dados. Basicamente, o foco epidemiológico con-
siste na análise de frequências e distribuições de saúde; com observação dos fenômenos de 
saúde e doença; além da definição de cursos de estratégias apropriadas. 
Entretanto, há diversos fatores que o contexto epidemiológico não consegue abordar. Ao 
longo de todos os anos, vários autores importantes na história da epidemiologia lutaram para 
que esta ciência fosse vista com um olhar coletivo. A partir daí, nota-se que a epidemiologia 
não estuda dados individuais, ou seja, como ciência inteiramente voltada para o estudo “cole-
tivo” a epidemiologia se limita a grupos e não casos isolados. 
Como ciência qualitativa, a epidemiologia propõe, de forma sistêmica, a coleta de dados. 
Todavia, o processo de humanização e interação é deixado de lado, uma vez que não faz parte 
desse contexto englobar fatores sociais que vão além do estabelecido. Partindo desse pres-
suposto, a Ciência Social surge como forma de estabelecer uma interdisciplinaridade. Essa 
ciência alcança grupos sociais, incluindo a participação, comunicação e diálogo uns com os 
outros, a fim de que haja uma aproximação do contexto “saúde-doença” com o tema de huma-
nização e atenção ao indivíduo. 
 
Saneamento 
Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do 
meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a quali-
dade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. No 
Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 
11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abas-
tecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de 
resíduos sólidos e de águas pluviais. 
Embora atualmente se use no Brasil o conceito de Saneamento Ambiental como sendo 
os 4 serviços citados acima, o mais comum é o saneamento seja visto como sendo os serviços 
de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos. 
 
Sua importância 
Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país 
desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria 
da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde Infantil com redução da mortalidade 
infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda 
do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, etc. 
Epidemiologia 
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Em 2017, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 258 mil 
internações por doenças de veiculações hídricas no país. 
Em vinte anos (2016 a 2036), considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor 
presente da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas 
com internação. 
Endemias e Epidemias 
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Endemias e Epidemias 
 
 
 
 
 
 
 
Endemias e Epidemias 
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Endemias e Epidemias 
O que é uma epidemia? 
Uma epidemia é quando o número de casos de uma doença aumenta em várias regiões, mas 
sem escala global. Em outras palavras, o problema é mais generalizado do que o esperado sem qual-
quer demarcação geográfica específica. 
Neste caso, a doença ocorre em vários locais ou comunidades diferentes de onde foram original-
mente identificadas. As epidemias podem ser locais, estaduais e nacionais. 
Para classificar uma doença como epidemia, deve-se estimar o número de casos em relação à 
população. Qual o tamanho dessa população? Quão suscetível ele é à doença? Além disso, são anali-
sados critérios técnicos relacionados à área de ocorrência dos casos e ao período de seu início. 
Deve-se notar que uma doença sazonal não é considerada uma epidemia, mesmo que o número 
de casos aumente a cada ano em uma determinada época ou estação. Exemplo: Em dezembro de 
2021, houve um aumento repentino e generalizado de casos de gripe no Brasil. Na época, as autorida-
des de saúde do estado do Rio de Janeiro trataram a situação como uma epidemia do estado do Rio 
de Janeiro. 
 
O que é endêmico? 
Endemia ocorre quando uma doença se repete em uma área, mas sem um aumento significativo 
no número de casos. Isso significa que o problema ocorre com frequência e segue um padrão relativa-
mente estável que prevalece. Se a prevalência e persistência da doença for alta, ela ainda pode ser 
chamada de hiperendêmica. 
Algumas doenças endêmicas são consideradas grandes problemas de saúde global e preocupam 
os governos, principalmente os principais países tropicais de baixa renda. Isso inclui AIDS e malária, 
que matam milhões de pessoas todos os anos. 
Outro grande problema das doenças endêmicas é que, se não forem controladas, podem se tor-
nar epidemias. Depende de muitos fatores, desde mudanças no agente ou host até mudanças no am-
biente. 
O contrário também pode acontecer, como com a nova corona vírus. Hoje já existe um debate e 
alguns países já decidiram considerar a doença endêmica. Exemplo: Norte do Brasil é considerado 
área de risco de malária. É uma doença endêmica lá. 
 
 
Endemias e Epidemias 
3 
Méri Curiosidade 
Existem diferentes nomes técnicos para classificar o status epidemiológico de uma doença, são 
eles: Surto, Epidemia, Endemia e Pandemia. 
 
 
 
 
 
Dengue 
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Dengue 
 
 
 
 
 
 
 
Dengue 
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Dengue 
A dengue é uma doença febril aguda sistêmica de origem viral. 
Nos últimos 50 anos, o número de casos de dengue no mundo tem aumentado dramaticamente. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 4 bilhões de pessoas estejam vivendo em 
áreas com risco de infecção pela doença. Anualmente, 390 milhões de casos são registrados no 
mundo, dos quais 96 milhões se manifestam clinicamente. A dengue afeta 128 países e é considerada 
uma doença negligenciada pela OMS. 
Na região das Américas, a doença tem se disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada 3/5 
anos. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986 registrando o maior 
surto dadoença em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. 
 
Causa 
A dengue é causada por um arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes) que se apresenta em 
quatro tipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Atualmente os quatro sorotipos circulam no 
Brasil intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de 
novos sorotipos em áreas anteriormente não atingidas ou alteração do sorotipo predominante. 
 
Transmissão 
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos da espécie Aedes que também são responsáveis 
pela transmissão da chikungunya, febre amarela e Zika. 
 
Sintomas 
A dengue pode ter diferentes apresentações clínicas e de prognóstico imprevisível. Os primeiros 
sintomas aparecem de quatro a 10 dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa 
bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave caracterizado por febre elevada, fortes do-
res de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações. 
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase 
crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifesta-
ções clínicas (sinais de alarme) correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal 
chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica), que aparecem devido 
ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversí-
vel e à morte. 
Dengue 
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Os sinais clínicos de alarme da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua; vômitos 
persistentes; hipotensão postural e/ou lipotimia (tonturas, decaimento, desmaios); hepatomegalia 
dolorosa (aumento de tamanho do fígado); sangramento na gengiva e no nariz ou hemorragias impor-
tantes (vômitos com sangue e/ou fezes com sangue de cor escura); sonolência e/ou irritabilidade; di-
minuição da diurese (diminuição do volume urinado); diminuição repentina da temperatura do corpo 
(hipotermia); e desconforto respiratório. 
Uma infecção curada de dengue confere ao paciente imunidade contra o tipo de vírus responsá-
vel. Por existirem quatro tipos diferentes de vírus, para estar totalmente imunizado, é necessário ter 
tido contato com todos eles. Caso contrário, a cada contágio com um novo tipo de vírus, os sintomas 
são mais intensos e o risco de desenvolver a dengue grave é mais alto. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da dengue é feito comumente mediante sorologia para determinar a presença de 
anticorpos contra o vírus no sangue, mas não determina especificamente qual tipo de vírus é respon-
sável pela infecção. Métodos de biologia molecular mais elaborados podem ser utilizados para detec-
tar as proteínas do vírus. 
 
Tratamento 
Não existe tratamento específico para dengue. Os cuidados terapêuticos consistem em tratar os 
sintomas: combater a febre e, nos casos graves, realizar hidratação por via intravenosa. O atendi-
mento rápido para a identificação dos sinais de alarme e o tratamento oportuno pode reduzir o nú-
mero de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos. 
 
Prevenção 
Desde o fim de 2015 a primeira vacina contra dengue foi registrada em diferentes países para 
ser usada em indivíduos de 9 a 45 anos vivendo em áreas endêmicas ou de risco. A OMS recomenda 
que os países considerem a introdução da vacina contra dengue apenas em zonas geográficas onde os 
dados epidemiológicos indicam um alto índice da doença. Outras vacinas com diferentes tipos do ví-
rus se encontram em período de desenvolvimento. De modo geral as vacinas têm mostrado uma efe-
tividade muito variável (entre 50% e 80%) dependendo do tipo de vírus que causa a infeção, do tipo 
de indivíduos vacinados e do local onde tem sido implementada; igualmente o tempo de duração da 
proteção está sendo estudado. 
Dengue 
4 
Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos – eliminando os cria-
douros de forma coletiva com participação comunitária – e o estímulo à estruturação de políticas pú-
blicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas. 
 
Atividades 
MSF tem contribuído na vigilância e controle da doença em países atingidos por desastres natu-
rais (Paquistão, Filipinas, Mianmar e Haiti), dado resposta a surtos sazonais (Cabo Verde, Honduras e 
El Salvador) e também realizado pesquisas sobre a epidemiologia da doença (Camboja). 
De igual maneira, MSF ajudou no passado a controlar surtos da doença no Brasil e atendeu 
pacientes com dengue na Unidade de Pronto Atendimento do Complexo do Alemão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dengue 
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Anotações: 
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Febre Chikungunya E Zika Vírus 
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Febre Chikungunya E Zika Vírus 
 
 
 
 
 
 
 
Febre Chikungunya E Zika Vírus 
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Febre Chikungunya E Zika Vírus 
O que significa o nome? 
O Zika é um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Tem essa denominação por 
ter sido identificado na floresta Zika, em Uganda, na África. Significa “aqueles que se dobram” em 
swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos 
na primeira epidemia documentada,na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. 
 
Circulação 
Em áreas com circulação de chikungunya, podem ocorrer casos com manifestações atípicas que 
não apresentam febre e dor articular. Essas manifestações podem ser ocasionadas por efeitos diretos 
do vírus, pela resposta imunológica ou pela toxicidade a medicamentos. 
 
 
 
 
 
Febre Chikungunya E Zika Vírus 
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Situação Nas Américas 
 
 
Como as pessoas pegam o vírus Zika? 
 O vírus Zika é transmitido ao homem principalmente pela picada de um mosquito Aedes 
infectado, que também pode transmitir chikungunya, dengue e febre amarela. O vírus Zika também 
pode ser transmitido por contato sexual e foi encontrado no sêmen, sangue, urina, líquido amniótico e 
saliva, bem como no líquido cefalorraquidiano. O vírus Zika pode representar uma ameaça à segurança 
do sangue. Os doadores de sangue são aconselhados a notificar o serviço de transfusão se 
posteriormente desenvolverem sintomas de infecção por Zika ou forem diagnosticados dentro de 14 
dias após a doação de sangue. 
 
 Quais são os sintomas da infecção pelo vírus Zika? 
 O vírus Zika geralmente causa doença leve. Os sintomas mais comuns são febre baixa ou erupção 
cutânea (erupção cutânea) que aparece alguns dias após a picada de um mosquito infectado. Embora 
muitas pessoas com o vírus não apresentem sintomas, outras também podem apresentar conjuntivite, 
Febre Chikungunya E Zika Vírus 
4 
dores musculares e articulares e fadiga. Os sintomas geralmente duram de dois a sete dias. Os sintomas 
relatados por mulheres infectadas e não grávidas não diferem. 
 Como a infecção pelo vírus Zika é diagnosticada? 
 O diagnóstico é baseado nos sintomas e na história recente do paciente (por exemplo, picadas de 
mosquito ou viagens para áreas onde o vírus é endêmico). Exames laboratoriais podem confirmar a 
presença de Zika no sangue, mas esse diagnóstico pode não ser tão confiável porque o vírus pode 
apresentar reação cruzada com outros vírus, como dengue e febre amarela. Um teste de diagnóstico 
confiável é uma prioridade de pesquisa e desenvolvimento. 
 
 Como é tratada a infecção pelo vírus Zika? 
 Os sintomas podem ser tratados com medicamentos padrão para dor e febre, repouso e reposição 
de líquidos. Se os sintomas piorarem, as pessoas devem procurar atendimento médico. 
 
Notificação De Caso E Prevenção 
A partir desta quinta-feira (18 de fevereiro), a notificação de suspeita de Zika é obrigatória em 
todos os estados do país. A medida foi publicada no Diário Oficial da União como Decreto 204 em 17 
de fevereiro de 2016. A mudança significa que médicos, profissionais de saúde ou gestores de 
instituições de saúde, públicas ou de saúde devem denunciar todas as suspeitas de Zika toda semana 
se a gestante tiver suspeita de infecção pelo vírus ou suspeita de óbito, a notificação é imediata, ou 
seja, deve ser feita em até 24 horas. 
Segundo o ministro da Saúde Marcelo Castro, o Zika não existia no Brasil, assim como não havia 
regras para essa doença no mundo. "A notificação sobre o vírus Zika se tornará obrigatória no Brasil, 
porque agora temos exames que nos permitem diagnosticar o vírus com segurança. Isso significa que 
se o médico hoje não tiver clareza, ele pode pedir exames para verificar se o paciente está infectado. 
Zika realmente existe, enfatizou o ministro da Saúde no fortalecimento da cooperação entre Brasil e 
Estados Unidos na resposta à epidemia do vírus Zika, que ocorrerá nesta quinta-feira (18 de fevereiro) 
em Brasília. 
 A mudança de notificação segue uma análise criteriosa da vigilância métodos do vírus Zika no 
Brasil. Brasil. Até agora, a doença era monitorada por um sistema sentinela que apoiava as medidas de 
prevenção da doença. Ressalta-se que o Zika é uma doença nova no Brasil, foi identificada pela primeira 
vez em maio de 2015 e, assim como todas as outras doenças recentemente identificadas, requer 
pesquisa e reavaliação regular. A medida foi realizada em colaboração com estados e municípios 
brasileiros, além de especialistas de instituições de pesquisa e ensino. Os profissionais de saúde de 
todo o Brasil já estão sendo informados sobre a nova medida por meio de diversos canais de 
comunicação de rotina, como videoconferências, e-mails, ofícios e contatos diretos. 
Febre Chikungunya E Zika Vírus 
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Ainda não existe vacina ou medicamento para prevenir o Zika. Portanto, o único método 
preventivo é se livrar do mosquito, manter a casa sempre limpa e eliminar possíveis criadouros. Roupas 
que minimizem o contato com a pele durante o dia, quando os mosquitos estão mais ativos, protegem 
contra picadas e podem ser usadas especialmente durante epidemias. Repelentes e inseticidas também 
podem ser usados de acordo com as instruções do rótulo. As redes mosqueteiras proporcionam uma 
boa proteção para quem dorme durante o dia (por exemplo, bebés, pessoas acamadas e trabalhadores 
noturnos). Entre outras coisas, a OMS recomenda sexo seguro para mulheres grávidas que vivem em 
áreas onde a propagação do vírus é alta. 
 
 
Febre Amarela 
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Febre Amarela 
 
 
 
 
 
 
 
 
Febre Amarela 
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Febre Amarela 
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus cujo reservatório natural são os 
primatas não-humanos que habitam as florestas tropicais. 
Febre amarela é uma doença infecciosa, de gravidade variável, causada por um arbovírus (vírus 
transmitidos por mosquitos) do gênero Flavivirus febricis da família Flaviviridae, cujo reservatório na-
tural são os primatas não humanos que habitam florestas e matas tropicais. Estudos genéticos de-
monstraram que esse vírus surgiu na África, há cerca de três mil anos e chegou no Brasil nos navios 
que traziam escravos para trabalhar nas minas e na lavoura, numa época em que as cidades não dis-
punham de saneamento básico e estavam infestadas de mosquitos. O resultado desse encontro do 
vírus da febre amarela com os mosquitos urbanos trouxe trágicas consequências para a saúde da po-
pulação. 
 
Ciclos de transmissão 
Existem dois tipos de febre amarela: a silvestre e a urbana. 
A silvestre acomete os macacos. Eles funcionam como hospedeiros do vírus, que é transmitido 
pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes a outros macacos ou a seres humanos não vacina-
dos que penetrem em seu habitat natural. De hábitos diurnos, esses insetos vivem em áreas de mata 
e cerrados principalmente nas copas das árvores ou perto do solo. Uma vez infectados, tornam-se ve-
tores do vírus para sempre (ciclo de transmissão macaco-mosquito-homem). Por isso, a morte de pri-
matas nas imediações das cidades representa um dos sinais de que o vírus da doença está circulando 
em determinada região. 
A forma urbana da febre amarela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o 
mesmo que transmite a dengue, a chikungunya e a zika. Ele vive nos arredores das casas em depósi-
tos de água parada e ataca principalmente no começo da manhã e no final da tarde. Os macacos não 
estão envolvidos nesse tipo de transmissão. Ela ocorre quando o mosquito pica uma pessoa doente (o 
homem é o único hospedeiro do vírus nas cidades) e depois ataca uma pessoa saudável que não foi 
vacinada (ciclo homem-mosquito-homem). 
Vale ressaltar que, embora os mosquitos envolvidos na transmissão da febre amarela sejam dife-
rentes, nos dois casos, o vírus e as manifestações clínicas da doença são absolutamente idênticos. 
No Brasil, a forma urbana da doença já foi erradicada. O último caso de que se tem notícia ocor-
reu em 1942, no Acre. Os que surgiram depois foram todos do tipo silvestre. No entanto, é preciso 
estar sempre alerta. O menor descuido e a febre amarela urbana pode voltar. Para tanto, basta que 
uma pessoa infectada na região onde vivem os hospedeiros e vetores silvestres do vírus, sirva de 
fonte de infecção para o Aedes aegypti nas cidades. 
Febre Amarela 
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Se é difícilcontrolar a proliferação dos mosquitos que transmitem a doença nas zonas urbanas, 
é impossível acabar com os vetores silvestres da febre amarela. Eles fazem parte do ambiente natural 
em que vivem. A estratégia, então, é impedir que o vírus transmitido por esses vetores penetre nas 
zonas urbanas, vacinando a população que vive em áreas endêmicas. 
 
Sintomas 
Depois de inoculado sob a pele dos seres humanos ou macacos, os vírus da febre amarela con-
centrados nas glândulas salivares das fêmeas dos mosquitos invadem os vasos linfáticos do doente. 
Dali, caem na circulação e infectam as células do fígado, rins, coração, pulmões, a mucosa do sistema 
digestivo e até do cérebro. A pele e os olhos do doente adquirem um tom amarelado próprio da icte-
rícia. Daí, o nome febre amarela. 
Os sintomas dessa enfermidade variam muito. Podem ser leves a ponto de serem confundidos 
com os de uma virose banal e regredir espontaneamente, ou podem evoluir para complicações graves 
e morte. 
Febre com calafrios, mal-estar, dor de cabeça, dores musculares muito fortes, cansaço, vômito e 
diarreia são sinais da doença que surgem de repente, em geral, de três a seis dias após a picada do 
inseto (período de incubação do vírus). 
Icterícia progressiva, hemorragias, comprometimento dos rins (anúria), do fígado (hepatite e 
coma hepático), do pulmão, problemas cardíacos (miocardite) e encefalopatias (convulsões e delírios) 
são sintomas da doença, que podem levar à morte. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da febre amarela leva em conta os sintomas que o paciente apresenta, se já foi 
vacinado e há quanto tempo, e a ocorrência de casos da doença asua volta. visitou ou reside em 
áreas. A morte de macacos nos lugares em que vive ou visitou é outro indício importante a ser consi-
derado. 
No entanto, só é possível confirmar o diagnóstico depois de realizar exames laboratoriais com-
plementares (MAC-Elisa, PCR ou isolamento do vírus em cultura) em laboratórios de referência indica-
dos pelas secretarias estaduais de saúde. Se o resultado dos testes for positivo, a única forma de im-
pedir que o vírus se espalhe é vacinar a população que vive ou esteve nas áreas de risco. 
A febre amarela é uma doença de notificação compulsória no mundo. O objetivo é manter as 
autoridades sanitárias informadas, a fim de que tomem as medidas profiláticas necessárias com pres-
teza. 
 
Febre Amarela 
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Tratamento 
Não existem medicamentos específicos para destruir o vírus, reverter o quadro clínico e evitar as 
complicações da febre amarela. O doente deve permanecer em repouso, em ambiente hospitalar e 
sob cuidados médicos para evitar as complicações graves da doença. 
O único tratamento possível é o de suporte. Basicamente, ele consiste em manter o paciente 
bem hidratado e introduzir drogas para equilibrar a pressão arterial, corrigir os desequilíbrios meta-
bólicos e aliviar os sintomas. Assim como na dengue, o uso de remédios que contenham ácido acetil-
salícilico é contraindicado, porque aumenta o risco de sangramentos. 
Nos casos mais graves, o paciente pode necessitar de diálise e transfusões de sangue. 
 
Vacina contra febre amarela 
Existe uma vacina bastante segura e eficaz contra a febre amarela, produzida com o vírus vivo 
atenuado da doença. Administrada em dose única por via subcutânea, ela é distribuída gratuitamente 
nos postos de saúde e raramente apresenta efeitos colaterais adversos. Em vários estados brasileiros, 
essa vacina já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em maio de 2013, anunciou que uma dose única da va-
cina contra febre amarela garante imunidade por toda a vida. Portanto, não considera necessária a 
aplicação da dose de reforço. Fica garantida, porém, a liberdade de cada país escolher a conduta que 
melhor se adapta às suas necessidades. 
No Brasil, o Ministério da Saúde optou por manter o esquema de aplicar duas doses da vacina 
contra a febre amarela. A recomendação era que uma dose de reforço fosse aplicada dez anos depois 
da primeira em adultos e crianças residentes em áreas de risco ou em pessoas que pretendiam viajar 
para esses lugares. Por isso, quem já recebeu as duas doses da vacina, com intervalo de dez anos en-
tre elas, pode considerar-se definitivamente imunizado contra a doença e não precisa mais repetir as 
doses de reforço. 
No entanto, a partir de 2014, o aumento do número de casos da forma silvestre da doença fora 
da região amazônica, mostrou a importância de intensificar a vacinação, em pouco tempo, para evitar 
o risco de expansão da doença nas áreas de grande concentração populacional. Para tanto, a própria 
OMS recomendou o fracionamento da dose-padrão da vacina contra a febre amarela, como medida 
preventiva já testada e aprovada em outros países. 
Segundo os estudos realizados, a dose fracionada de 0,1 é tão eficaz quanto a dose integral de 
0,5 ml. A diferença entre as duas é que a fracionada oferece proteção por oito anos e a outra, prote-
ção pela vida toda. 
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Na campanha de vacinação contra a febre amarela de 2018, em São Paulo, Rio de Janeiro e Ba-
hia, será distribuída a dose fracionada da vacina. Todavia, mesmo nesses estados, a dose integral con-
tinuará sendo administrada nas crianças entre nove meses e menos de dois anos, nos viajantes e nas 
pessoas que apresentam condições clínicas especiais. 
 
Quem deve tomar a vacina 
Crianças em áreas de risco, a partir dos nove meses de idade, devem receber a primeira dose d a 
vacina contra a febre amarela e uma dose de reforço quando completarem quatro anos. 
A vacina está também indicada para todas as pessoas (adultos e crianças) que residam nas proxi-
midades de áreas endêmicas ou pretendam viajar para esses lugares, dentro ou fora do Brasil. Nesse 
último caso, a primeira dose deve ser aplicada dez dias antes da partida para que o organismo tenha 
tempo de produzir os anticorpos necessários para combater o vírus. 
 
Quem não deve tomar a vacina 
Bebês com menos de seis meses, porque são mais vulneráveis a possíveis complicações da va-
cina, entre elas, a encefalite viral; 
Gestantes, por falta de provas de que a infecção não passa para o feto; 
Mulheres durante o período de amamentação, porque ainda não se sabe se o vírus atenuado da 
vacina consegue passar para o leite materno; 
Pessoas imunodeprimidas, portadoras de HIV, de tumores malignos, incluindo leucemia e linfo-
mas, que utilizam medicamentos derivados da cortisona em doses elevadas, estão em tratamento de 
quimio ou radioterapia, ou são portadoras de doenças que alteram o funcionamento do timo (órgão 
do sistema imunológico) em virtude do comprometimento do sistema imune; 
Pessoas com hipersensibilidade a algum componente da vacina (proteína do ovo, gelatina e anti-
biótico eritromicina). 
 
 Quem depende de orientação médica 
Adultos com idade igual ou superior a 60 anos – só podem tomar a vacina depois de um especia-
lista avaliar o custo-benefício da medicação, uma vez que, nessa faixa de idade, aumenta o risco de 
desenvolver os efeitos indesejáveis da vacina; 
Febre Amarela 
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Paciente HIV positivo e imunodeprimidos de maneira geral – devem evitar as viagens para os lu-
gares onde exista risco de febre amarela. Se houver absoluta necessidade, devem consultar um mé-
dico especialista no assunto. 
 
Recomendações 
Erradicar o mosquito transmissor da febre amarela é impossível, mas combater o mosquito Ae-
des aegypti nas cidades é uma medida de extrema importância para evitar surtos da doença nas áreas 
urbanas. Por isso, ninguém pode descuidar das normas básicas de prevenção. São elas: eliminar os 
focos de água parada que possam servir de criadouro para os mosquitos, e usar repelentes de insetos 
no corpo e nas roupas para evitar as picadas. Além disso, é sempre recomendável: 
Usar, sempre que possível, calças e camisas que cubram a maior parte do corpo e mosqueteirosao redor das camas, quando estiver em áreas de risco para a transmissão silvestre da doença; 
Aplicar repelente com regularidade. Não esquecer de passá-lo também na nuca e nas orelhas. É 
importante repetir a aplicação a cada quatro horas, ou a cada duas horas se a pessoa tiver transpi-
rado muito; 
Reaplicar o repelente toda a vez que molhar o corpo ou entrar na água; 
Consultar um médico ou os núcleos de atendimento ao viajante para informar-se sobre a neces-
sidade de tomar a vacina antes de viajar. Alguns países exigem um Certificado Internacional de Vaci-
nação atualizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anotações: 
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Cólera 
 A cólera é uma doença infecciosa bacteriana aguda dos intestinos que se espalha por 
contaminação fecal e oral direta ou pelo consumo de alimentos ou água contaminados. 
Muitas vezes, a infecção é assintomática ou causa diarreia leve. Também pode ocorrer de 
forma grave com ou sem diarreia aquosa e intensa, vômitos, dor abdominal e cólicas. Se não 
for tratada rapidamente, pode ocorrer desidratação grave, levando a complicações graves e 
até a morte. A doença está diretamente relacionada à higiene básica. 
 A incubação de bactérias, isto é, o tempo necessário para que os primeiros sintomas 
apareçam no corpo varia de algumas horas a cinco dias após a infecção. Na maioria dos 
casos, esse período é de 2 a 3 dias. O período infeccioso dura até que a pessoa elimine a 
bactéria nas fezes, o que costuma acontecer até alguns dias após a recuperação. Para 
monitoramento, o tempo padrão é de 20 dias. 
 
 Consumo 
 A cólera é transmitida pela via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos 
contaminados, ou de pessoa para pessoa. Os alimentos geralmente podem ser 
contaminados durante a cadeia de produção e seu processamento. 
 Além disso, como o agente causador da cólera faz parte do ambiente aquático, pode 
estar associado a crustáceos (caranguejos e moluscos), peixes e algas, entre outros, o que 
permite a propagação da cólera se esses alimentos forem ingeridos crus ou malcozidos. 
 
 Causa 
 A cólera é causada por uma toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria 
Vibrio cholerae (sorogrupos O1 e O139). A toxina se liga às paredes intestinais e altera o 
fluxo normal de sódio e cloreto no corpo. Essa mudança faz com que o corpo excrete 
grandes quantidades de água, causando diarreia aquosa, desidratação e perda de fluidos e 
minerais essenciais. 
 
 Fatores de risco 
 Os fatores de risco mais importantes para a cólera são: 
 • Más condições básicas de higiene; 
 • Consumo de água sem tratamento adequado; 
 • Más condições de higiene pessoal; 
Cólera 
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 • Ingestão de alimentos sem higiene ou manipulação adequada; 
 • Consumo de peixe e mariscos crus ou não cozidos. 
 
 Complicações 
 As complicações da cólera são causadas pelo esgotamento completo do corpo causado 
por diarreia e vômito. Essas complicações são mais comuns em pessoas vulneráveis, como 
idosos, diabéticos, desnutridos, portadores de HIV e com histórico de doenças cardíacas. Se 
a desidratação não for tratada rápida e adequadamente, ela causa uma deterioração gradual 
da circulação, função renal e equilíbrio hídrico e mineral no corpo, causando danos a todos 
os sistemas do corpo. Como resultado, podem ocorrer as seguintes complicações: 
 • choque hipovolêmico (diminuição da quantidade de sangue circulando no organismo); 
 • necrose renal; 
 • fraqueza intestinal; 
 • diminuição do teor de potássio no sangue, que causa ritmos cardíacos; 
 • hipoglicemia com convulsões e coma em crianças. 
 
 Diagnóstico 
 A cólera é diagnosticada com base em amostras de fezes ou vômito. Quando o Vibrio 
cholerae é isolado, a bactéria deve ser enviada a um laboratório nacional de referência para 
análises mais detalhadas (caracterização bioquímica, sorológica e molecular). Além de con-
firmar os casos, os exames laboratoriais são importantes para avaliar e controlar as caracte-
rísticas das bactérias circulantes e a presença de resistência antimicrobiana. Se houver sus-
peita de cólera, deve-se fazer um diagnóstico diferencial que leve em consideração todos os 
microrganismos que podem causar doenças diarreicas agudas. Portanto, recomenda-se co-
lher amostras de fezes para análises virais, bacterianas e parasitológicas ao mesmo tempo. 
 
Hepatite A 
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Hepatite A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hepatite A 
O que é hepatite A? 
É uma infecção causada pelo vírus da hepatite A (HAV), também conhecido como 
"hepatite infecciosa". Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença benigna, mas o curso 
dos sintomas e a mortalidade aumentam com a idade. Quais são as formas de transmissão 
da hepatite A? A hepatite A é transmitida pelas fezes e pela boca (as fezes entram em 
contato com a boca). A doença está intimamente ligada a alimentos ou água inseguros, 
higiene básica e baixos níveis de higiene pessoal (OMS, 2019). Outras formas de 
transmissão são o contato próximo (dentro de casa, entrecrianças em situação de rua ou em 
creches), contato sexual (principalmente com homens que fazem sexo com homens - HSH). 
A persistência do vírus da hepatite A (HAV) no ambiente e o grande número de vírus nas 
fezes de pessoas infectadas favorecem a infecção. As crianças podem manter a 
disseminação viral por até 5 meses após a melhora clínica. No Brasil e em outras partes do 
mundo também há relatos de casos e surtos em populações onde a prática do sexo anal 
favorece principalmente o contato fecal-oral (sexo oral-anal). Quais são os sinais e sintomas 
da hepatite A? Os sintomas geralmente são inespecíficos e podem inicialmente incluir fadiga, 
mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos por 
sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. 
A urina escura aparece antes do início da FASE, quando a pele e os olhos da pessoa podem 
ficar amarelos (icterícia). Os sintomas geralmente aparecem 15-50 dias após a infecção e 
duram menos de dois meses. Como a hepatite A é diagnosticada? A infecção atual ou 
recente é diagnosticada com um exame de sangue que procura a presença de anticorpos 
IgM contra o HAV (infecção primária), que podem permanecer detectáveis por cerca de seis 
meses. 
 Um teste de anticorpo IgG também pode ser feito para verificar uma infecção anterior 
ou reação imune a uma vacina. Em qualquer caso, os anticorpos produzidos após a infecção 
e recuperação previnem novas infecções e produzem imunidade permanente. Como é 
tratada a hepatite A? Não há tratamento específico para a hepatite A. O mais importante é 
evitar a automedicação para aliviar os sintomas, pois o uso de medicamentos 
desnecessários ou tóxicos ao fígado pode piorar o quadro. Um médico pode prescrever a 
medicação mais adequada para melhorar o conforto e garantir o equilíbrio nutricional 
adequado, incluindo a reposição de líquidos perdidos devido a vômitos e diarreia. A 
hospitalização é apropriada apenas para insuficiência hepática aguda (OMS, 2018a). Como 
prevenir a hepatite A? 
• Lavar as mãos (inclusive após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar); 
 • Lave os alimentos ingeridos crus com água tratada, clorada ou fervida e deixe de 
molho por 30 minutos; 
 • Cozinhar bem os alimentos antes de comê-los, principalmente crustáceos, crustáceos 
e peixes; 
 • Lave bem pratos, copos, talheres e mamadeiras; 
Hepatite A 
 3 
 • Uso de instalações sanitárias; 
 • Nos jardins-de-infância, pré-escolas, refeitórios, restaurantes e instituições encerradas 
devem ser seguidas medidas rigorosas de higiene, como a desinfecção de objetos, bancos e 
pisos com hipoclorito de sódio a 2,5% ou lixívia. 
• Não nade ou brinque perto de valas, riachos, fontes, alagamentos ou sarjetas; 
 • Evitar construir poços próximos a poços e nascentes de rios; 
 • Usar preservativo e limpar as mãos, genitais, períneo e ânus antes e depois da 
relação sexual. Vacina: A vacina contra a hepatite A é muito eficaz e segura, sendo a medida 
preventiva mais importante contra a hepatite A. Gravidez e amamentação não são 
contraindicações à vacinação. Atualmente faz parte do calendário infantil, em sistema de 
dose única aos 15 meses (pode ser usado de 12 meses a 5 anos incompletos - 4 anos, 11 
meses e 29 dias). É importante que pais, responsáveis e profissionais de saúde se atentem 
para que todas as crianças sejam vacinadas. 
 Além disso, a vacina está disponível no Centro de Pesquisa em Imunobiologia 
Especializada (CRIE) em um esquema de duas doses - com pelo menos 6 meses de 
intervalo - para pessoas com mais de 1 ano de idade que apresentem as seguintes 
condições: 
 • doenças hepáticas crônicas de qualquer etiologia, incluindo infecção crônica por HBV 
e/ou HCV; 
 • Pessoas com coagulopatia, hemoglobinopatia, trissomia, doença de acúmulo ou 
fibrose cística (fibrose cística); 
 • Pessoas infectadas pelo HIV; 
 • Pessoas que recebem terapia imunossupressora ou têm uma doença que enfraquece 
a resposta imune; 
 • candidatos a transplante de órgãos sólidos ou órgãos sólidos ou células-tronco 
hematopoiéticas (medula óssea) cadastrados em programas de transplante; 
 • Doadores de órgãos sólidos ou células-tronco hematopoiéticas (medula óssea) cadas-
trados em programas de transplante de órgãos. 
 
 
Hepatite B 
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Hepatite B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hepatite B 
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O que é Hepatite B? 
A hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite encontrados no Brasil. É causada por 
vírus. Em 2018, foi responsável por 13.922 (32,8%) dos casos de hepatite notificados no 
Brasil. 
 O vírus da hepatite B está associado a 21,3% das mortes relacionadas à hepatite entre 
2000 e 2017. Na maioria dos casos, não apresenta sintomas e é frequentemente 
diagnosticado décadas após a infecção e é acompanhado por sintomas associados a outras 
doenças hepáticas, como fadiga, tontura, náusea. /Vômito, febre, dor abdominal, pele e 
olhos amarelos. O principal método de prevenção é a vacinação. Quais são os sintomas da 
hepatite B? Na maioria dos casos, a hepatite B não causa sintomas. A doença é 
frequentemente diagnosticada décadas após a infecção e é acompanhada por sintomas 
associados a outras doenças hepáticas (fadiga, tontura, náusea e/ou vômito, febre, dor 
abdominal, amarelecimento da pele e dos olhos) que geralmente não aparecem até estágios 
posteriores da doença. A falta de sintomas nas fases iniciais dificulta o diagnóstico precoce 
da infecção, o que exige que os profissionais de saúde estejam preparados para oferecer 
testes rápidos à população em geral. 
 Os pacientes também podem solicitar espontaneamente um teste rápido de um 
departamento de cuidados primários. Como a hepatite B é diagnosticada? A triagem da 
hepatite B é feita por meio do teste do antígeno HBV (HBsAg), que pode ser feito com um 
teste de laboratório ou um teste rápido. Se o resultado for positivo, o diagnóstico deve ser 
confirmado por testes adicionais para procurar outros marcadores, incluindo a detecção 
direta da carga viral com um teste de biologia molecular que detecta a presença de DNA viral 
(HBV DNA). Como tratar a hepatite B? A hepatite B pode se desenvolver em duas formas: 
aguda e crônica. Aguda é quando a infecção é de curta duração. Os profissionais de saúde 
consideram essa forma crônica se a doença durar mais de seis meses. O risco de 
cronicidade da doença depende da idade da infecção. Não há cura para a hepatite B., no 
entanto, o tratamento oferecido no SUS visa reduzir o risco de progressão da doença e suas 
complicações, principalmente cirrose, câncer de fígado e óbito. Os medicamentos 
disponíveis para controlar a hepatite B incluem alfapeginterferona, tenofovir e entecavir. 
 Como prevenir a hepatite B? A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da 
hepatite B é a vacina, que está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, in-
dependentemente da idade. Existem quatro recomendações de vacinação para crianças: ao 
nascimento, aos 2, 4 e 6 meses (vacina penvalente). Para a população adulta, o programa 
completo geralmente é administrado em três doses. Em pacientes imunossuprimidos, deve-
se considerar a necessidade de programas especiais com doses ajustadas, disponíveis em 
centros especializados em imunobiológicos (CRIE). Outras medidas preventivas também de-
vem ser seguidas, como usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar 
itens como lâminas de barbear e barbear, escovas de dente, material de manicure e pedi-
cure, apetrechos para drogas, tatuagens e piercings. Os preservativos estão disponíveis na 
Rede de Saúde Pública. 
 
Hepatite B 
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Como a Hepatite B é transmitida? 
A Hepatite B pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o 
parto, sendo esta via denominada de transmissão vertical. Esse tipo de transmissão, caso 
nãoseja evitada, pode implicar em uma evolução desfavorável para o bebê, que apresenta 
maior chance de desenvolver a hepatite b crônica. 
A investigação para hepatite B deve ser feita em todas as gestantes a partir do primeiro 
trimestre ou quando do início do pré-natal (primeira consulta), sendo que o exame pode ser 
feito por meio laboratorial e/ou testes rápidos. 
Para gestantes com resultado de teste rápido para hepatite B não reagente e sem 
história de vacinação prévia, recomenda-se a vacinação em 3 doses. 
As gestantes que apresentem resultado do teste rápido reagente para hepatite 
B deverão complementar a avaliação com solicitação de exame específico e carga viral da 
hepatite B e, caso confirmado o resultado, a gestante pode ter indicação de profilaxia com 
tenofovir (TDF) a partir do 3º trimestre da gestação, caso atenda aos critérios estabelecidos 
no PCDT de Prevenção da Transmissão Vertical. 
Para todas as crianças exposta à hepatite B durante a gestação está recomendada a 
vacina e imunoglobulina (IGHAHB) para hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 
horas do pós-parto – essas medidas realizadas em conjunto previnem a transmissão 
perinatal da hepatite B em mais de 90% dos recém-nascidos. A referência à 
maternidade/casa de parto é de responsabilidade da equipe de saúde que acompanha a 
gestante com hepatite B e deve ser documentada no cartão da gestante. 
 
Notificação de casos de Hepatite B 
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência 
deve ser notificada por um profissional de saúde no Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (Sinan). Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e 
ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor. 
Os critérios para definição de casos estão postos pelo Guia de Vigilância em Saúde e, 
no caso da hepatite B, consideram-se os seguintes critérios: 
 Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia 
molecular para hepatite B, conforme a lista abaixo: 
- HBsAg reagente; 
- anti-HBc IgM reagente; 
- HBV-DNA detectável. 
 Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite B na declaração de óbito. 
Hepatite B 
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 Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na 
declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite B após investigação. 
Considerando que não há campo específico na ficha de notificação para este teste, 
provisoriamente, casos confirmados apenas com testes moleculares (HBV-DNA) devem ser 
inseridos no campo “Observações”, exatamente como descrito abaixo: 
 HBV-DNA detectável, descrever: HBV-DA SIM 
Adicionalmente, a definição de caso de hepatite s virais também considera como caso 
confirmado e notificável o critério “óbito”. Considerando que na ficha não há campo 
específico para notificar esse critério, sem evidência laboratorial, provisoriamente as 
informações devem ser inseridas no campo “Observações” exatamente como descrito 
abaixo: 
 Óbito relacionado à hepatite B, descrever: ÓBITO 
 
Hepatite C 
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Hepatite C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hepatite C 
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O que é a Hepatite C? 
É um processo infeccioso e inflamatório causado pelo vírus da hepatite C, que pode 
ocorrer de forma aguda ou crônica, sendo esta última a forma mais comum. A hepatite 
crônica pelo HCV é uma doença silenciosa, de evolução lenta e caracterizada por um 
processo inflamatório contínuo no fígado. Aproximadamente 60-5% dos casos tornam-se 
crônicos e uma média de 20% desenvolve cirrose ao longo do tempo. Uma vez confirmado o 
diagnóstico de cirrose, o risco anual de carcinoma hepatocelular (CHC) é de 1% 
(WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014). O risco anual de insuficiência hepática é de 3%. Após o 
primeiro episódio de insuficiência hepática, o risco de morte nos próximos 12 meses é de 
15% (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014). Quais são as formas de transmissão da hepatite 
C? A infecção pelo VHC pode ocorrer: 
 • contato com sangue contaminado por compartilhamento de agulhas, seringas e outros 
objetos de uso de drogas (cachimbos); 
 • Reutilização ou não esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos; 
 • não esterilizar ferramentas de manicure; 
 • reciclagem de material de tatuagem; 
 • procedimentos invasivos (por exemplo, hemodiálise, operações, trans fusão de 
sangue) por razões de biossegurança; 
 • Uso de sangue contaminado e seus derivados; 
 • Sexo sem camisinha (com menos frequência); 
 • Infecção de mãe para filho durante a gravidez ou parto (menos comum). A hepatite C 
não é transmitida através do leite materno, alimentos, água ou contato casual, como abraçar, 
beijar ou compartilhar comida ou bebida com uma pessoa infectada. Quais são os sinais e 
sintomas da hepatite C? É muito raro as pessoas com hepatite C desenvolverem sintomas, 
sendo que cerca de 80% das pessoas não apresentam sintomas, razão pela qual a testagem 
espontânea da população primária é tão importante na luta contra esta doença. Como é 
diagnosticada a hepatite C? 
 A hepatite C geralmente é detectada na fase crônica. O diagnóstico geralmente é feito 
após um teste rápido de rotina ou doação de sangue. Este fato confirma a importância da 
realização de testes rápidos ou sorológicos que demonstrem a presença de anticorpos 
contra o HCV. Se o teste Anti HCV for positivo, é necessário um teste de carga viral (RNA do 
HCV) para confirmar a infecção viral ativa. Após esses exames, o paciente pode ser 
encaminhado ao SUS para tratamento gratuito com medicamentos que podem tratar a 
infecção e prevenir a progressão da doença. Encontre uma unidade saudável e venha 
experimentar você também! Hepatite C tem cura! 
 Como é tratada a hepatite C? A hepatite C é tratada com os chamados antivirais de 
ação direta (DAAs), que têm uma taxa de cura de mais de 95% e geralmente são 
Hepatite C 
 3 
administrados em 8 ou 12 semanas. O DAA revolucionou o tratamento da hepatite C e 
possibilitou a erradicação da infecção. Todas as pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C 
(HCV) recebem tratamento pelo SUS. Um médico, geral e complementar, pode prescrever 
tratamento para hepatite C e confecções de acordo com o protocolo clínico e as diretrizes de 
tratamento. Pacientes em estágios iniciais de infecção podem ser atendidos em um serviço 
de atenção primária sem a necessidade de consultar uma rede especializada para iniciar a 
terapia. 
 
Como prevenir a hepatite C? 
Não existe vacina contra a hepatite C. Para prevenir a infecção, é importante: 
 • Não compartilhe objetos com outras pessoas que possam entrar em contato com 
sangue (seringas, agulhas, fórceps, escova de dente, etc.); 
 • Usar preservativo nas relações sexuais; 
 • Não distribua parafernália de drogas; 
 • Toda gestante deve fazer exames pré-natais para hepatites B e C, HIV e sífilis. Se o 
resultado for positivo, todas as recomendações médicas devem ser seguidas. O tratamento 
da hepatite C não é indicado para gestantes, mas a mulher deve ser tratada após o parto. 
Cuidados também devem ser tomados nos casos em que se sabe que uma pessoa tem uma 
infecção ativa por HBV para minimizar a possibilidade de infectar outras pessoas. As 
pessoas com uma infecção devem: 
 • Teste seus contatos sexuais e domésticos e parentes de primeiro grau para hepatite 
C; 
 • Não compartilhe instrumentos perfurocortantes e itens de higiene pessoal ou outros 
que contenham sangue; 
 • Cobrir feridas cutâneas abertas e úlceras; 
 • Limpe os respingos de sangue com uma solução de cloro; 
 • Não doe sangue ou esperma. Pessoas com hepatite C podem participar de todas as 
atividades, incluindo esportes de contato, compartilhar comida e beijar outras pessoas. 
 
 
Hepatite D 
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Hepatite D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hepatite D 
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Hepatite D 
O que é Hepatite D? Ahepatite D, também chamada de delta, está associada à 
presença do vírus da hepatite B, causando infecção e inflamação nas células do fígado. A 
infecção por HDV tem duas formas: confecção por HBV e superinfecção por HDV em uma 
pessoa com infecção crônica por HBV. A hepatite D crônica é considerada a forma mais 
grave de hepatite viral crônica e evolui mais rapidamente para cirrose e aumenta o risco de 
descompensação, CHC e morte. Quais são as formas de transmissão da hepatite D? Os 
modos de transmissão são idênticos aos da hepatite B, nomeadamente: 
 • Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada; 
 • Infecção de mãe para filho durante a gravidez e parto; 
 • Material compartilhado para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos); 
 • compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depiladoras, 
escovas de dentes, cortadores de unha ou outros objetos que perfurem ou cortem); 
 • tatuagens e piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam 
aos padrões de biossegurança; 
 • por contato humano próximo (provavelmente devido a cortes, feridas e picadas); 
 • Transfusão de sangue (mais relacionado ao período anterior a 1993). Quais são os 
sinais e sintomas da hepatite D? Como outras formas de hepatite, o tipo D pode não 
apresentar sintomas ou sinais da doença. Se presentes, os mais comuns são: fadiga, 
tontura, náusea e/ou vômito, febre, dor abdominal, amarelecimento da pele e dos olhos, 
urina escura e fezes claras. Como a hepatite D é diagnosticada? O diagnóstico sorológico da 
hepatite D é baseado na detecção de anticorpos anti-HDV. Se apresentarem teste anti-HDV 
reativo, a hepatite Delta é confirmada pela soma dos dados clínicos, epidemiológicos e 
demográficos. O diagnóstico também pode ser confirmado pela quantificação do RNA do 
HDV, que atualmente é realizada apenas em ensaios clínicos. Em casos excepcionais, o 
diagnóstico de hepatite D pode ser confirmado por exame histopatológico. Como é tratada a 
hepatite D? Após resultado positivo e confirmação, o médico prescreve o tratamento de 
acordo com o protocolo clínico e as diretrizes de tratamento para hepatite B e confecções. 
Os medicamentos não curam a hepatite D. O principal objetivo do tratamento é controlar os 
danos hepáticos. Todos os pacientes com hepatite Delta são candidatos ao tratamento 
oferecido pelo SUS. Os tratamentos atuais incluem peginterferon alfa-2a e/ou um análogo de 
nucleosídeo. Todos os pacientes com hepatite D devem ser encaminhados a um especialista. 
Além da medicação, é recomendado não consumir bebidas alcoólicas. Como prevenir a 
hepatite D? A vacinação contra hepatite B é a principal forma de prevenção da doença e é 
amplamente difundida no Brasil desde 2016 (CGPNI/DEVIT/SVS/MS, 2015). Outros meios 
incluem: o uso de preservativos em todas as relações sexuais, o compartilhamento de itens 
pessoais - como barbear e lâminas de barbear, escovas de dentes, manicure e pedicure, 
apetrechos para drogas, tatuagens e piercings. Além disso, toda gestante precisa de pré-
natal e exames para hepatite, HIV e sífilis. 
Hepatite E 
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Hepatite E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hepatite E 
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O que é hepatite E? 
A hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E (HEV). O vírus causa hepatite aguda, 
de curta duração e autolimitada. Na maioria dos casos, é uma doença benigna. A hepatite E 
pode ser grave para mulheres grávidas e raramente causa infecções crônicas em pessoas 
com certos tipos de deficiência imunológica. 
 Quais são as formas de transmissão da hepatite E? O vírus da hepatite E é transmitido 
principalmente por água contaminada fecal e oral e em áreas com infraestrutura de esgoto 
precária. Outras formas de contágio são: ingestão de carne malcozida ou produtos obtidos 
de animais infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de hemoderivados 
infectados; e transmissão vertical de gestante para filho. 
 Quais são os sinais e sintomas da hepatite E? Eles geralmente causam hepatite aguda 
autolimitada (2 a 6 semanas) em adultos jovens e são clinicamente indistinguíveis de outras 
causas de hepatite viral aguda. Embora a infecção também ocorra em crianças, elas 
geralmente não apresentam sintomas ou apresentam apenas uma doença leve sem icterícia 
não diagnosticada. Os sinais e sintomas, quando presentes, incluem inicialmente fadiga, 
mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos por 
náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura e amarelecimento da 
pele e dos olhos (icterícia). A icterícia fulminante é mais comum do que a hepatite E durante 
a gravidez. Mulheres grávidas com hepatite E, especialmente no segundo ou terceiro 
trimestre, correm maior risco de insuficiência hepática aguda, perda fetal e mortalidade. Até 
20-25% das mulheres grávidas podem morrer se tiverem hepatite E no terceiro trimestre. 
Como é diagnosticada a hepatite E? Um teste de anticorpo anti-HEV IgM pode ser usado 
para diagnosticar infecção recente por HEV. Os anticorpos anti-HEV IgG são encontrados no 
início da infecção, atingem seu pico 30-40 dias após a fase aguda da doença e podem 
persistir por até 14 anos. A detecção de vire mia em amostras de fezes por RT-PCR ajuda a 
diagnosticar casos de hepatite E aguda. 
 Como é tratada a hepatite E? Assim como a hepatite A a hepatite E não tem tratamento 
específico. O mais importante é evitar a automedicação para aliviar os sintomas, pois o uso 
de medicamentos desnecessários ou tóxicos ao fígado ode piorar o quadro. Um médico pode 
prescrever a medicação mais adequada para melhorar o conforto e garantir o equilíbrio 
nutricional adequado, incluindo a reposição de líquidos perdidos devido a vômitos e diarreia. 
O consumo de bebidas alcoólicas não é recomendado. A internação é destinada apenas a 
pacientes com quadro clínico mais grave, principalmente gestantes. Pacientes 
imunossuprimidos, como pacientes com transplante de órgãos sólidos, pacientes com AIDS e 
pacientes recebendo terapia imunobiológica (por exemplo, Rituximab) têm infecção crônica 
pelo vírus da hepatite E (HEV) e requerem terapia antiviral. Como prevenir a hepatite E? A 
melhor forma de prevenir a doença é melhorar as condições sanitárias e higiênicas, como: 
 • Lavar as mãos (inclusive após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar); 
 • Lave os alimentos ingeridos crus com água tratada, clorada ou fervida e de ixe de 
molho por 30 minutos; 
Hepatite E 
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 • Preparar os alimentos logo antes de comer, principalmente carne de porco; 
 • Lave bem pratos, copos, talheres e mamadeiras; 
 • Uso de instalações sanitárias; 
 • Nos jardins-de-infância, pré-escolas, refeitórios, restaurantes e instituições encerradas 
devem ser seguidas medidas rigorosas de higiene, como a desinfecção de objetos, bancos e 
pisos com hipoclorito de sódio a 2,5% ou lixívia. 
• Não nade ou brinque perto de valas, riachos, fontes, alagamentos ou sarjetas; 
 • Evite construir valas perto de poços e rios. 
 
Leptospirose
Leptospirose
1MÉRITO
Apostilas
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição
direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bacté-
ria Leptospira; sua penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra
imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.
O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o mo-
mento que a pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias
e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As
manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até qua-
dros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fa -
ses: fase precoce e fase tardia.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do riscode letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está
relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de
roedores infectados.
IMPORTANTE: As inundações propiciam a disseminação e a persistência da
bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
 
Quais são os sintomas da Leptospirose?
Os principais da fase precoce são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos
Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia con-
juntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema,
aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução
para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira
semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é
a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada
muito intensa - icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comu-
mente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar. 
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Leptospirose
Manifestações na fase tardia:
- Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
- Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento
maciço
- Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoi-
ca
- Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
- Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema
nervoso central
 Os casos com comprometimento pulmonar podem evoluir para insuficiência
respiratória aguda, hemorragia maciça ou síndrome de angustia respiratória do
adulto e, muitas vezes, esse quadro precede o quadro de icterícia e insuficiência
renal. Nesses casos, pode ocorrer óbito nas primeiras 24 horas de internação.
Quais são as complicações da Leptospirose?
- Insuficiência renal aguda - não oligúrica e hipocalêmica
- Insuficiência renal oligúrica por azotemia pré-renal
- Necrose tubular aguda
- Miocardite - acompanhada ou não de choque e arritmias por distúrbios ele-
trolíticos
- Pancreatite
- Anemia
- Distúrbios neurológicos (confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação
meníngea)
A leptospirose é uma causa relativamente frequente de meningite asséptica.
Raramente ocorrem: encefalite, paralisias focais, espasticidade, nistagmo, convul-
sões, distúrbios visuais de origem central, neurite periférica, paralisia de nervos
cranianos, radiculite, síndrome de Guillain-BarréGuillain-Barré e mielite. 
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Leptospirose
Como é feito o diagnóstico da Leptospirose?
Diagnóstico laboratorial
Exames específicos
O método laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se en-
contra o paciente. 
Fase precoce:
- Exame direto
- Cultura
- Detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR) 
Fase tardia:
- Cultura
- ELISA-IgM
- Microaglutinação (MAT)
Esses exames devem ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacio-
nal de Laboratórios de Saúde Pública. 
Exames inespecíficos
- Hemograma
- Bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, gama-GT,
fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+)
- Radiografia de tórax
- Eletrocardiograma (ECG)
- Gasometria arterial
Considerando-se que a leptospirose tem um amplo espectro clínico, os princi-
pais diagnósticos diferenciais são:
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Leptospirose
Fase precoce – dengue, influenza (síndrome gripal), malária, riquetsioses, do-
ença de Chagas aguda, toxoplasmose, febre tifóide, entre outras doenças.
Fase tardia – hepatites virais agudas, hantavirose, febre amarela, malária gra -
ve, dengue hemorrágica, febre tifóide, endocardite, riquetsioses, doença de Cha-
gas aguda, pneumonias, pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, meningites,
colangite, colecistite aguda, coledocolitíase, esteatose aguda da gravidez, síndro-
me hepatorrenal, síndrome hemolíticourêmica, outras vasculites, incluindo lúpus
eritematoso sistêmico, dentre outras.
Como é feito o tratamento da Leptospirose?
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a
hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letali -
dade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação
é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.
A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua
eficácia costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Na fase precoce,
são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina; para a fase tardia, Penicilina cristalina,
Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima. 
As medidas terapêuticas de suporte devem ser iniciadas precocemente com o
objetivo de evitar complicações, principalmente as renais, e óbito.
Situação epidemiológica da Leptospirose
No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em
períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, devido às
enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa renda, às condições
inadequadas de saneamento e à alta infestação de roedores infectados.
Algumas profissões facilitam o contato com as leptospiras, como trabalhado-
res em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo, agriculto-
res, veterinários, tratadores de animais, pescadores, militares e bombeiros, dentre
outros. Contudo, a maior parte dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam
ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e expostas à uri -
na de roedores.
Existem registros de leptospirose em todas as unidades da federação, com
um maior número de casos nas regiões sul e sudeste. A doença apresenta uma le-
talidade média de 9%. Entre os casos confirmados, o sexo masculino com faixa
etária entre 20 e 49 anos estão entre os mais atingidos, embora não exista uma
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Leptospirose
predisposição de gênero ou de idade para contrair a infecção. Quanto às caracte -
rísticas do local provável de infecção (LPI), a maioria ocorre em área urbana, e em
ambientes domiciliares. 
Como prevenir a Leptospirose?
A prevenção da Leptospirose ocorre por meio de medidas como:
- Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas suspeitas de con-
taminação, rede de coleta e abastecimento de água, construção e manutenção de
galerias de esgoto e águas pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos, desas-
soreamento, limpeza e canalização de córregos), melhorias nas habitações huma-
nas e o controle de roedores.
- Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças na-
dem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entu-
lhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos
plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
- A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser
utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para
cada 1.000 litros de água do reservatório. Para limpeza e desinfecção de locais e
objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada, a orientação é
diluir 2 xícaras de chá (400ml) de água sanitária para um balde de 20 litros de
água, deixando agir por 15 minutos.
Controle de roedores - acondicionamento e destino adequado do lixo, armaze-
namento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, veda-
ção de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratiza-
ção) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.
 Alerta para vigilâncias epidemiológicas em situações emergenciais
Em todos os anos, nos meses de verão, uma das principais ocorrências epide-
miológicas após as inundações é o aumento do número de casos de leptospirose.
Diante disso, visando alertar as vigilâncias epidemiológicas das Secretarias Esta-
duais e Municipais de Saúde, sobre condutas em situações de desastres naturais
como enchentes, a Secretariade Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
(SVS/MS) informa:
- Em situações de desastres naturais como enchentes, os indivíduos ou gru-
pos de pessoas que entraram em contato com lama ou água, por elas contamina-
das, podem se infectar e manifestar sintomas da doença.
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Leptospirose
- Nos desastres naturais, as seguintes recomendações devem ser adotadas:
- Divulgar informes sobre o risco de leptospirose para a população exposta à
enchente;
- Divulgar informes sobre a necessidade de avaliação médica para todo indiví -
duo exposto a enchente que apresente febre, mialgia, cefaleia ou outros sintomas
clínicos no período de até 30 dias após contato com lama ou águas de enchente;
- Divulgar informes sobre medidas potenciais para evitar novas ou continua-
das exposições a situações de risco de infecção;
- Alertar os profissionais de saúde sobre a possibilidade de ocorrência da do-
ença na localidade de forma a aumentar a capacidade diagnóstica;
- Manter vigilância ativa para identificação oportuna de casos suspeitos de
leptospirose, tendo em vista que o período de incubação da doença pode ser de 1
a 30 dias (média de 5 a 14 dias após exposição);
- Notificar todo caso suspeito da doença, para o desencadeamento de ações
de prevenção e controle;
- Realizar tratamento oportuno de todo caso suspeito.
Nestas situações de desastres naturais como enchentes, a orientação para
profissionais de saúde, militares e de defesa civil que se expuserem ou irão se ex-
por a situações de risco, durante operações de resgate, é utilizar Equipamentos
de Proteção Individual (EPI) e ampliar o grau de alerta sobre o risco da doença en-
tre os expostos, de forma a permitir o diagnóstico e tratamento oportunos de paci-
entes.
Ações de prevenção em situações emergenciais 
I – Vacinação
Não existe uma vacina para uso humano contra a leptospirose no Brasil.
A vacinação de animais domésticos e de produção (cães, bovinos e suínos)
evita o adoecimento e transmissão da doença por aqueles sorovares que a vacina
protege. Está disponível em serviços particulares, ficando a critério do proprietário
vacinar ou não o animal, sendo válida como estratégia de proteção individual.
II - Quimioprofilaxia para leptospirose
Qualquer indivíduo que entrou em contato com água ou lama de enchente
está suscetível à infecção e pode manifestar sintomas da doença, configurando-se
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Leptospirose
uma situação em que não há indicação técnica para realizar quimioprofilaxia con-
tra a leptospirose, como medida de saúde pública. Nas áreas com ocorrência de
enchentes, as medidas a serem adotadas são as seguintes:
- Divulgar ações de proteção entre a população vulnerável;
- Manter vigilância ativa para identificação oportuna de casos suspeitos de
leptospirose; tendo em vista que o período de incubação da doença pode ser de 1
a 30 dias (média de 5 a 14 após a exposição);
- Notificar imediatamente todo caso suspeito da doença, conforme a Portaria
do MS de consolidação Nº 4 de 03 de outubro de 2017;
- Realizar tratamento oportuno dos casos suspeitos.
Viajantes e a Leptospirose
Deve-se evitar ambientes que possam estar contaminados por urina de ratos
e outros animais, bem como entrar em contato com água ou lama de enchentes
ou rios e lagos suspeitos. Sugere-se procurar informações sobre a ocorrência de
leptospirose na região que vai visitar. Se adoecer no retorno, não esquecer de re-
latar sua viagem e as prováveis situações de risco pelas quais passou durante a
viagem (enchentes, acampamentos, rios e lagos).
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Leptospirose
Anotações: 
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Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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Dermatológicas Escabiose, 
Pediculose, Dermatofitoses, 
Eczema, Dermatite De Contato, 
Onicomicoses, Infecções 
Bacterianas 
 
 
 
 
 
 
 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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 Doença meningocócica 
 A meningite meningocócica é uma meningite bacteriana rara causada pela bactéria 
Neisseria meningitidis, que causa inflamação grave das membranas que revestem o cérebro, 
causando sintomas como febre muito alta, dor de cabeça intensa e náuseas. A meningite 
meningocócica geralmente ocorre na primavera e no inverno, principalmente em crianças e 
idosos, embora também possa ocorrer em adultos, principalmente se houver outras doenças 
que debilitam o sistema imunológico. A meningite meningocócica é tratável e o tratamento 
deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar consequências neurológicas graves que 
podem ser fatais. Portanto, se houver suspeita de meningite, é necessário ir ao pronto-
socorro para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. 
 
 Como é feito o tratamento 
 A meningite meningocócica é tratável e o tratamento deve ser feito no hospital o mais 
rápido possível com antibióticos intravenosos, como ceftriaxona, por cerca de 7 dias. Os 
familiares devem usar máscaras de proteção sempre que visitarem o paciente durante o 
tratamento porque a meningite meningocócica é transmitida por secreções respiratórias, mas 
o isolamento não é necessário. 
 
 Como se proteger 
 A meningite meningocócica pode ser prevenidacom o uso de vacinas contra meningite 
do programa de vacinação infantil e outras precauções, como: 
 • Evite lugares lotados, principalmente; 
 • Mantenha a sala da casa bem ventilada; 
 • Evite lugares fechados; 
 • Mantenha uma boa higiene pessoal. Além disso, as pessoas que estiveram em 
contacto próximo com outra pessoa doente devem contactar o seu médico de família para 
avaliar a possibilidade de uma infeção bacteriana e, se necessário, iniciar o uso de 
antibióticos. 
 
 Possíveis consequências 
 Como a meningite afeta as membranas do cérebro, há um risco muito alto de 
complicações como: 
 • Perda de visão ou audição; 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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 • Problemas cerebrais graves; 
 • aprendendo dificuldades; 
 • Paralisia muscular; 
 • Problemas cardíacos. As consequências da meningite meningocócica geralmente 
ocorrem se o tratamento não for feito corretamente ou se for iniciado tarde demais. 
 
Escabiose 
Escabiose é uma doença de pele contagiosa popularmente conhecida como sarna e 
caracterizada por provocar uma coceira intensa. 
A Escabiose tem seu início quando o ácaro é fecundado na superfície da pele. Logo 
depois que o macho morre, a fêmea começa um processo de penetração da pele humana, 
cavando uma espécie de túnel durante um período que dura 1 mês. 
Após esse tempo, os ovos são depositados, e quando eles estouram, as lavas são 
liberadas e retornam para a superfície da pele. 
O parasita causador da Escabiose se alimenta da queratina, um tipo de proteína presente 
na camada superficial da pele, fazendo com que, à medida que esses ácaros se proliferam, a 
pele passa a ser cada vez mais atacada e os sintomas se intensificam. 
Qual é o Tratamento da Escabiose? 
O tratamento da Escabiose envolve uso de medicamentos tópicos, tais como escabicidas 
ou inseticidas especiais. Eles devem ser aplicados no corpo todo, menos na região que fica 
acima da linha do nariz e das orelhas. 
Geralmente, a aplicação desses medicamentos pelo período de 3 dias é suficiente para 
sanar os sintomas. 
No entanto, é de suma importância repetir a aplicação após 7 ou 10 dias para exterminar 
os ácaros gerados pelos ovos que ainda não haviam estourado na primeira aplicação dos 
medicamentos. 
Dependendo do quadro apresentado pelo paciente, também pode ser necessário uso de 
medicamentos orais com a finalidade de combater os efeitos da infecção e demais sintomas 
provocados pela sarna. 
A definição do melhor tratamento cabe ao médico, mediante observação das condições 
gerais de saúde do paciente, administração de outros tipos de medicamentos, histórico de 
hipersensibilidade etc. 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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Pediculose 
O tratamento de escolha da pediculose (piolho) é feito com permetrina 1% (emulsão ou 
loção 60 mL). Orienta-se lavar os cabelos com shampoo normal (não usar condicionador) e 
secar com auxílio de uma toalha. Aplicar o produto nos cabelos quase secos até saturar e em 
todo couro cabeludo, não esquecendo de aplicar na nuca e atrás das orelhas. Deixar agir por 10 
minutos e enxaguar com água morna. Não lavar o cabelo pelas próximas 24 a 48 horas após a 
aplicação do produto. O mesmo tratamento deve ser repetido no 9° dia. A permetrina pode ser 
utilizada a partir dos 2 meses de idade e seu uso é seguro na gestação. 
A retirada manual das lêndeas não é obrigatória para a resolução do quadro. Entretanto, 
nos casos em que se deseja a sua retirada por questões estéticas ou por exigência escolar, 
deve ser realizada a cada 2 a 3 dias, até que a totalidade das lêndeas sejam removidas. O 
procedimento deve ser feito com auxílio de pente fino, com o cabelo úmido e uso de 
condicionador. 
Outras orientações importantes: 
• As roupas utilizadas pelo paciente nos últimos 2 dias, roupas de cama e toalhas devem 
ser lavadas com água quente ou passadas com ferro. 
• Pentes e escovas utilizados pelo paciente devem ser mergulhados em água quente por 
5 a 10 minutos. 
• Acessórios que têm contato com o cabelo e que não podem ser lavados devem ser 
limpos e colocados em uma sacola plástica fechada por 2 semanas. 
Os familiares e contratantes próximos devem ser examinados e tratados caso 
apresentem piolhos vivos ou lêndeas até 1 cm do couro cabeludo. De preferência, realizar o 
tratamento ao mesmo tempo que o paciente. Indivíduos que dividem a mesma cama com o 
paciente devem ser sempre tratados profilaticamente, mesmo que não apresentem piolhos ou 
lêndeas. 
As principais causas de falha ao tratamento são: má adesão, uso incorreto do produto 
(por exemplo: utilizar o produto nos cabelos muito úmidos), quantidade insuficiente do produto 
caso, não retirada das lêndeas viáveis e reinfecção. 
Caso o paciente não responda a um curso adequado de tratamento com permetrina e as 
outras causas de falha tiverem sido descartadas, deve-se aventar a hipótese de resistência à 
permetrina. A presença de piolhos viáveis após 24 horas do tratamento favorece a hipótese de 
resistência, enquanto recidivas tardias normalmente são devidas à reinfestação. Nos casos de 
suspeita de resistência, as alternativas são: 
• Ivermectina oral (200 a 400 mcg/kg/dia) em dose única e repetir após 7 dias. Pode ser 
utilizada por crianças com peso acima de 15 kg. 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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• Associar sulfametoxazol-trimetoprim (10 mg/kg/dia de trimetoprim, 2 vezes ao dia, por 
10 dias) ao uso da permetrina 1%, aumentando a eficácia de 72% para 95%. 
• Ivermectina 0,5% loção 120g (sob manipulação): aplicar no cabelo seco (toda extensão 
dos fios e couro cabeludo) em aplicação única e enxaguar após 10 minutos. Não é preciso 
repetir a aplicação. Indicado apenas para crianças acima de 6 anos. 
• Dimeticona 4% loção 150 ml (sob manipulação): aplicar no couro cabeludo e cabelos 
secos durante 8 horas e repetir após 7 dias. Realizar a retirada das lêndeas com auxílio de um 
pente fino antes de retirar o produto. 
Aumentar a concentração para 5% de permetrina não aumenta a eficácia em casos de 
resistência. 
Medidas para diminuir a chance de desenvolvimento de resistência: 
• Evitar aplicar o produto nos cabelos ainda muito úmidos (dilui o medicamento). 
• Evitar tratamentos preventivos ou desnecessários (exceto nos casos citados acima). 
• Evitar tratamentos muito frequentes com o mesmo pediculicida. 
• Evitar usar o produto em quantidade insuficiente (usar 2 frascos caso os cabelos sejam 
muito longos). 
 
Dermatofitoses 
As dermatofitoses, também conhecidas como micoses superficiais, tineas ou tinhas, são 
infecções causadas, na maior parte das vezes, por dermatófitos, um tipo de fungos que possui 
elevada afinidade pela queratina e que, por isso, atinge locais em há maior concentração dessa 
proteína, como pele, pelos, cabelos e unhas. 
A transmissão das dermatofitoses acontece por meio do contato com animais, pessoas ou 
objetos contaminados, contato com o solo em que há crescimento fúngico e por meio da 
inalação de fragmentos de queratina contendo o fungo que estão suspensas no ar. 
O surgimento de uma dermatofitoses é mais comum em pessoas cuja atividade ou estado 
de saúde favoreça o contato ou o desenvolvimento de fungos, como é o caso dos agricultores, 
atletas, diabéticos, pessoas com o sistema imunológico comprometido ou pessoas que 
trabalham frequentemente com luvas e com produtos de limpeza. 
Principais tipos de dermatofitose 
Dependendo do local afetado, do tipo de fungo e dos sintomas apresentados, as 
dermatofitoses podem ser divididas em diferentes tipos: 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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1. Tineapedis 
2. Tinea capitis 
3. Tinea cruris 
4. Tinea corporis 
5. Oníquia 
 
Como é feito o tratamento 
Na maioria dos casos, o tratamento das dermatofitoses é tópico, ou seja, o médico pode 
recomendar apenas a aplicação de pomadas ou cremes contendo antifúngico. No entanto, no 
caso de lesões mais extensas ou no caso de micose na unha ou no couro cabeludo, pode 
também ser necessário fazer uso de antifúngicos orais em comprimido. 
Os medicamentos mais indicados no tratamento das dermatofitoses são a terbinafina e a 
griseofulvina, que devem ser usados conforme a indicação do médico. A griseofulvina não deve 
ser usada em crianças. 
 
Tratamento caseiro 
Existem algumas plantas que podem ajudar a tratar a dermatofitose e a aliviar a coceira, 
porque contêm propriedades antifúngicas e cicatrizantes. As plantas que podem ser usadas para 
preparar remédios caseiros para a micose de pele são a sálvia, aipim, babosa e melaleuca, por 
exemplo. 
 
Eczema 
Eczema ou dermatite são os termos usados para descrever um grupo de doenças 
dermatológicas que provocam inflamação ou irritação da pele. 
Clinicamente, os eczemas se manifestam com vermelhidão, coceira, descamação, 
rachaduras e pele mais áspera. Em alguns casos, podem também ocorrer bolhas. 
A dermatite são muito comuns e são responsáveis por até uma em cada três consultas ao 
dermatologista. Cerca de 10 a 20% das crianças e até 3% dos adultos apresentam algum tipo 
de eczema. 
O eczema não é uma doença contagiosa. Você não vai “pegar” o eczema só porque 
tocou na ferida ou teve contato próximo de alguém com algum quadro de dermatite. 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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Tipos 
Existem várias causas de eczema. As mais comuns são: 
• Dermatite atópica. 
• Dermatite de contato. 
• Eczema disidrótico. 
• Eczema numular. 
• Dermatite seborreica. 
• Dermatite de estase. 
O tratamento do paciente com dermatite de estase envolve o tratamento da insuficiência 
venosa crônica, da secura da pele, do prurido e da inflamação. 
 
Dermatite De Contato 
A dermatite de contato é uma inflamação da pele que ocorre após o contato com alguma 
substância ou objeto irritante, como cosméticos, perfumes, sabonete, produto de limpeza ou 
bijuteria, por exemplo. 
A irritação causada pela dermatite de contato leva ao aparecimento de sintomas, como 
coceira, vermelhidão intensa, inchaço, ressecamento da pele e descamação. É importante que a 
causa da dermatite seja identificada, pois assim é possível evitar o objeto ou a substância 
irritante e, consequentemente, prevenir os sintomas. 
A dermatite de contato não tem cura, porém o tratamento indicado pelo dermatologista é 
capaz de aliviar os sintomas e evitar que voltem a surgir, podendo ser recomendado pelo 
médico o uso de pomadas com corticoides. 
Tipos de dermatite de contato 
A dermatite de contato pode ser classificada em dois tipos principais: 
1. Dermatite alérgica 
2. Dermatite irritativa 
 
Como é feito o tratamento 
Para aliviar os sintomas de dermatite e evitar que voltem a aparecer, é importante que a 
pessoa evite o contato com a substância responsável pelos sintomas, assim como é 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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recomendado que o local seja lavado com água fria abundante e sabão neutro. Além disso, é 
importante que as orientações do dermatologista sejam seguidas para que seja possível 
combater a dermatite de contato de forma mais eficaz. 
O tempo de tratamento pode variar de acordo com a intensidade dos sintomas, causa e 
tipo da dermatite, ou seja, se irritativa ou alérgica, podendo variar entre dias e semanas. 
 
Pomadas para dermatite de contato 
As pomadas ou loções com anti-histamínicos ou com corticoides são os mais indicados 
para o tratamento desse tipo de alergia, sendo a hidrocortisona a mais indicada para o rosto. 
Quando a pele se encontra muito seca é mais recomendado o uso de pomadas, mas quando a 
pele está mais úmida, os cremes ou loções podem ser indicados. 
 
Onicomicoses 
Onicomicose é a infecção da unha causada por fungos, o que provoca alteração nas 
unhas, como aumento da espessura, cor amarelada ou esbranquiçada, descolamento da unha 
da pele e presença de uma massa por baixo da unha, por exemplo, podendo acontecer tanto 
nas unhas das mãos quanto dos pés. 
A onicomicose, também chamada de micose de unha, pode acontecer em qualquer 
pessoa, sendo mais frequente em pessoas que possuem o sistema imunológico mais 
comprometido, têm diabetes não controlada ou têm pequenas lesões de repetição na unha. 
É importante que a onicomicose seja identificada e tratada de acordo com a orientação do 
dermatologista, pois assim é possível garantir a eliminação do fungo e alívio dos sintomas. 
 
Como é feito o tratamento 
O tratamento para onicomicose deve ser indicado pelo dermatologista e normalmente 
envolve o uso de pomadas e/ ou esmaltes com propriedade antifúngica que devem ser 
aplicadas diretamente na unha, podendo ser também recomendado, em alguns casos, o uso de 
comprimidos antifúngicos, como o Itraconazol. 
Além disso, dependendo das características da unha e caso o tratamento com o 
antifúngico não tenha sido suficiente, o médico pode recomendar a remoção cirúrgica da unha. 
O tratamento da onicomicose costuma ser demorado, podendo durar entre 6 a 12 meses 
dependendo da velocidade de crescimento das unhas, e deve ser realizado de acordo com a 
indicação do médico, mesmo que a aparência da unha já tenha melhorado. Isso porque, caso o 
Dermatológicas Escabiose, Pediculose, Dermatofitoses, Eczema, Dermatite De Contato, Onicomicoses, 
Infecções Bacterianas 
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tratamento seja interrompido, é possível que o fungo volte a se desenvolver e leve novamente à 
onicomicose. 
 
Infecções Bacterianas 
As infecções cutâneas podem surgir devido a um desequilíbrio na flora bacteriana que 
reveste naturalmente a pele. As infecções cutâneas variam de grau, podendo manifestar-se 
como uma simples acne, herpes ou como uma doença mais grave causada por estafilococos, 
como a síndrome da pele escaldada. 
Os principais sintomas de infecções cutâneas são a vermelhidão e a coceira, que podem 
surgir após um trabalho de jardinagem, entrar no mar ou na piscina, por exemplo. Os indivíduos 
que mais frequentemente podem sofrer com este tipo de infecção são os diabéticos e os 
portadores de AIDS, mas qualquer pessoa pode ser afetada, mesmo que esteja muito saudável. 
Nesse caso as bactérias se proliferam na pele e penetram nas camadas mais profundas 
da pele através de cortes ou arranhões. Alguns exemplos são: 
• Celulite infecciosa; 
• Impetigo; 
• Erisipela; 
• Furúnculo. 
O tratamento de pequenas infecções na pele causada por bactérias pode ser solucionado 
com pomadas antibióticas, mas nos casos mais graves o médico pode receitar antibióticos em 
forma de xarope ou comprimidos. 
 
Tratamento para infecção na pele 
Manter a pele devidamente limpa e lavar com água e sabão as feridas são medidas 
fundamentais para evitar que uma infecção cutânea apareça ou evitar o seu agravamento. 
O tratamento pode ser feito com antibióticos em forma de pomada, quando é causada por 
bactérias, antifúngicos tópicos em caso de infecção causada por fungos e em alguns casos de 
infecções virais, como a herpes, pomadas que diminuem a ação do vírus podem ser indicados. 
Em todo caso o tratamento deve ser indicado pelo médico, porque usar o remédio errado além 
de não ter o efeito esperado, pode agravar a situação. 
 
Sintomas E Orientações No Tratamento De Tuberculose E Hanseníase 
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Sintomas E Orientações No 
Tratamento De Tuberculose E 
Hanseníase 
 
 
 
 
 
Sintomas E Orientações No Tratamento De Tuberculose E Hanseníase 
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Sintomas E Orientações No Tratamento De TuberculoseE Hanseníase 
Como é feito o tratamento da tuberculose? 
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema 
Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Direta-
mente Observado (TDO). 
São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o es-
quema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. 
O TDO é indicado como principal ação de apoio e monitoramento do tratamento das pessoas 
com tuberculose e pressupõe uma atuação comprometida e humanizada dos profissionais de saúde. 
Além da construção do vínculo entre o profissional de saúde e a pessoa com tuberculose, o TDO 
inclui a ingestão dos medicamentos pelo paciente realizada sob a observação de um profissional de 
saúde ou de outros profissionais capacitados, como profissionais da assistência social, entre outros, 
desde que supervisionados por profissionais de saúde. 
O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana. O local e o horário 
para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o serviço de saúde. 
A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às características da 
doença e do tratamento a que será submetida. O profissional de saúde deve informá-la sobre a 
duração e o esquema do tratamento, bem como sobre a utilização dos medicamentos, incluindo os 
benefícios do seu uso regular, as possíveis consequências do seu uso irregular e os eventos adversos 
associados. 
 
Quais são os sintomas? 
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, re-
comenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, 
seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como: 
Febre vespertina 
Sudorese noturna 
Emagrecimento 
Cansaço/fadiga 
 
 
Sintomas E Orientações No Tratamento De Tuberculose E Hanseníase 
3 
Hanseníase 
Transmissão 
O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse 
e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e es-
tão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o do-
ente devem ser examinadas. 
 
Sintomas 
Os nervos dos membros inferiores, superiores e face vão sendo lentamente comprometidos, por 
isso as alterações podem passar despercebidas, muitas vezes só são detectadas quando já estão avan-
çadas: 
Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato: 
Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores; 
Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados 
abertos nos pés; 
Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos; 
Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente nas sobran-
celhas), caroços pelo corpo; 
Coceira ou irritação nos olhos; 
Entupimento, sangramento ou ferida no nariz. 
 
Tratamento 
É feito por meio de comprimidos que são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde. 
Devem ser tomados diariamente até o término do tratamento, isso é muito importante para alcançar 
a cura. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis. O tratamento cura 
a doença, interrompe sua transmissão e previne incapacidades físicas. Quanto mais cedo for iniciado, 
menores são as chances de agravamento da doença. 
 
 
 
Sintomas E Orientações No Tratamento De Tuberculose E Hanseníase 
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Anotações: 
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Raiva 
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Raiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raiva 
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Raiva 
A raiva, também conhecida como hidrofobia, é uma doença infecciosa causada por um vírus do 
género Lyssavirus. O vírus afeta gravemente o sistema nervoso central e provoca inchaço cerebral, 
sendo considerada uma doença grave com uma elevada taxa de mortalidade. 
A raiva é transmitida aos seres humanos através da saliva de animais infectados com o vírus. Se 
um animal, como um cão ou um gato, estiver infectado com raiva e morder, lamber ou arranhar uma 
pessoa, pode eventualmente desenvolver a doença. 
A vacinação contra a raiva é, portanto, essencial não só para cães e gatos, mas também para os 
seres humanos que entram em contato com qualquer animal. A vacinação é a melhor forma de preve-
nir a propagação da raiva e os animais de estimação devem ser vacinados pelo menos uma vez por 
ano. 
 
Sintomas? 
Confusão, mental, excitabilidade, excessiva, agressividade, alucinações, espasmos, musculares, 
febre, convulsão, babar em excesso, dor onde a mordida ou lambida aconteceu, dificuldade para en-
golir, mal-estar, febre, dor de garganta, náuseas, perda do apetite, perda de sensibilidade em um dos 
lados do corpo, sensações de agitação, irritabilidade, angústia e ansiedade. 
 
Como é tratada? 
A raiva não é curável e o seu curso é muito rápido. Demora sete dias desde o início dos sintomas 
até ao estado de paralisia. 
É por isso que é necessário ter um procedimento para evitar que o vírus entreem contacto com 
o sistema nervoso central, vacinando o animal assim que é mordido, lambido ou arranhado por um 
animal que não tenha sido vacinado contra a raiva (tipo urbano ou selvagem). 
Existem medicamentos que podem impedir o vírus de entrar no sistema nervoso central, mas é 
impossível conter o vírus uma vez instalado. 
A Rede D'Or fornece mais de 3,4 milhões de serviços de emergência e de primeiros socorros to-
dos os anos, realizando procedimentos com qualidade excepcional. 
 
Leishmaniose 
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Leishmaniose 
 
 
 
 
 
 
 
Leishmaniose 
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Leishmaniose 
Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, 
considerado um parasita do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae, que vive e se multi-
plica no interior das células que fazem parte do sistema defensivo do indivíduo, os macrófagos. 
 
Como ocorre a transmissão da leishmaniose? 
Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito-palha e por insetos hematófagos, conhe-
cidos como flebotomíneos ou flebótomos, que medem de dois a três milímetros, podendo atravessar 
mosquiteiros e telas – podendo afetar animais silvestres e domésticos. Essa condição é considerada 
majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas regi-
ões do Brasil. 
Há a leishmaniose humana e a leishmaniose canina, que afeta cachorros. 
 
Quais são os tipos e os sintomas de leishmaniose? 
Considera-se que existem dois tipos de leishmaniose: a leishmaniose visceral e a leishmaniose 
cutânea. 
A leishmaniose visceral também é conhecida como calazar. Esse tipo de leishmaniose é uma do-
ença sistêmica, pois afeta os órgãos das vísceras, como o baço e o fígado, além da medula óssea. Os 
sintomas incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, hemorragias, imunodeficiência, perda de 
peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos. 
De forma geral, a leishmaniose visceral pode atingir crianças até os dez anos de idade e é consi-
derada a forma mais aguda da doença, sendo causada por bactérias (principalmente pneumonias) ou 
manifestações hemorrágicas. Se seus sintomas não forem tratados, ela pode evoluir e causar o óbito 
dos pacientes. 
A leishmaniose cutânea aparece entre duas e três semanas após a picada do flebotomíneo, tam-
bém é chamada de ferida brava, ou de leishmaniose tegumentar, e causa feridas na pele, que podem 
evoluir para feridas nas mucosas, como a boca e o nariz. As feridas causadas pela leishmaniose tegu-
mentar são avermelhadas, ovaladas e com bordas delimitadas, podendo aumentar de tamanho até 
formar uma ferida com crosta ou secreção. 
A leishmaniose tegumentar é a forma mais comum da doença, sendo que, dependendo do tipo, 
ela pode se curar de forma espontânea. 
 
Leishmaniose 
3 
Como prevenir a leishmaniose? 
Apesar de ainda não existir vacina contra as leishmanioses humanas, é amplamente recomen-
dado manter as áreas ao redor da residências e os abrigos de animais de estimação, além de realizar 
podas de árvores para não se criar ambientes sombreados e evitar acúmulo de lixo orgânico para 
manter roedores afastados, já que são prováveis fontes de infecção. 
Outras medidas a serem tomadas é evitar construções de casas e acampamentos em áreas rurais 
muito próximas à mata. Quem vive ou trabalha nesse tipo de terreno deve fazer uso de manga longa 
e calças evitando qualquer tipo de contato com o mosquito vetor. Ainda se recomenda o uso de repe-
lentes na pele, não tomar banhos de rio e fazer dedetização quando solicitado por autoridades de sa-
úde. 
 
Como é o diagnóstico e o tratamento da leishmaniose? 
Uma vez diagnosticada, por meio da demonstração do parasito por exame direto ou cultivo de 
material obtido dos tecidos infectados (medula óssea, pele ou mucosas da face) por aspiração, bióp-
sia ou raspado das lesões, além de testes sorológicos (exame de sangue), o tratamento pode ser feito 
com diferentes medicamentos, no caso da leishmaniose visceral. 
Os remédios podem ser combinados ou não, e o objetivo é conter o parasita para que a pessoa 
possa voltar a ter qualidade de vida. 
Para a leishmaniose cutânea, é preciso realizar um acompanhamento e uma boa higiene para 
evitar o surgimento de úlceras e infecções, mas muitas vezes as feridas se curam de forma espontâ-
nea. 
Outras formas de tratamento para a doença é por meio da utilização do antimoniato de meglu-
mina (glucantime), bem como a anfotericina B e pentamidina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leishmaniose 
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Anotações: 
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Ações Da Vigilância Sanitária No Controle De Vetores 
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Ações Da Vigilância Sanitária No 
Controle De Vetores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações Da Vigilância Sanitária No Controle De Vetores 
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A Vigilância Sanitária 
A Vigilância Sanitária é um órgão do Sistema Único de Saúde (SUS) responsável por 
monitorar, prevenir e controlar fatores de risco e agravos à saúde. No que diz respeito ao 
controle de vetores, as ações da Vigilância Sanitária visam reduzir a população de vetores e, 
consequentemente, o risco de transmissão de doenças. 
As ações da Vigilância Sanitáriano controle de vetores podem ser divididas em três 
grandes grupos: 
 Ações de vigilância 
As ações de vigilância envolvem o monitoramento da presença de vetores e de 
doenças transmitidas por vetores. Essas ações são realizadas por meio de levantamentos 
epidemiológicos, coleta de dados e análise de informações. 
 Ações de controle 
As ações de controle visam reduzir a população de vetores. Essas ações podem ser 
realizadas por meio de métodos físicos, químicos ou biológicos. 
 Ações de educação e comunicação 
As ações de educação e comunicação visam conscientizar a população sobre a 
importância do controle de vetores. Essas ações são realizadas por meio de campanhas 
educativas, palestras e distribuição de materiais informativos. 
Algumas das ações específicas que a Vigilância Sanitária pode realizar no controle de 
vetores incluem: 
 Inspeção de imóveis 
A inspeção de imóveis é uma ação importante para identificar e eliminar criadouros de 
vetores. Os agentes de saúde podem realizar inspeções de imóveis particulares e públicos, 
orientando os moradores sobre como evitar a proliferação de vetores. 
 Tratamento químico 
O tratamento químico é um método eficaz para matar vetores adultos e larvas. Os 
agentes de saúde podem aplicar inseticidas em imóveis, terrenos baldios e outros locais 
onde há presença de vetores. 
 Controle biológico 
O controle biológico é um método que utiliza organismos vivos para controlar a 
população de vetores. Os agentes de saúde podem liberar predadores naturais de vetores, 
como libélulas e lagartos. 
 Educação em saúde 
Ações Da Vigilância Sanitária No Controle De Vetores 
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A educação em saúde é uma estratégia importante para conscientizar a população 
sobre a importância do controle de vetores. Os agentes de saúde podem realizar palestras, 
distribuir materiais informativos e orientar a população sobre como evitar a proliferação de 
vetores. 
As ações da Vigilância Sanitária no controle de vetores são essenciais para proteger a 
saúde da população. O controle de vetores contribui para reduzir o risco de transmissão de 
doenças como dengue, zika, chikungunya, leishmaniose, malária e febre amarela. 
 
 
 
 
 
Zoonoses 
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Zoonoses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zoonoses 
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Para que uma ação de saúde seja desenvolvida para o combate à doença, é necessário 
identificar algumas ou todas as causas associadas ao processo. Só então é possível imple-
mentar medidas capazes de antagonizá-los ou interceptá-los. Assim, é imprescindível atuar 
na área de saúde pública por meio de órgãos fiscalizadores. 
 
A Vigilância Sanitária têm suas ações baseadas na prevenção e controle das doenças. A 
prevenção é um conjunto de procedimentos que visa proteger e melhorar a saúde de uma 
população, impedindo a entrada da doença na área, e o controle, é o conjunto de ações que 
objetivam reduzir a frequência da ocorrência de uma doença já existente em uma população. 
Porém, a erradicação consta de ações com fins específicos de eliminação de uma doença em 
determinada área, tornando-se um procedimento radical e intensivo. 
O controle das Zoonoses se dá de diferentes maneiras, com ações educativas e ações 
saneadoras, porém efetivamente através de conscientização da população através de campa-
nhas das quais podemos ressaltar as campanhas de vacinação, de combate ao mosquito Ae-
des aegypti e de desratização, assim como o acesso à saneamento básico à toda a população. 
 
Medidas preventivas básicas 
Humanos: Devem ser respeitados os princípios básicos de higiene pessoal, assim como 
atendimento do direito da população ao saneamento básico e a alimentos inspecionados. De-
vem ser seguidas as instruções da Vigilância Sanitária de cada município, assim como as 
normas e leis federais. 
 
Cães e gatos: São animais de companhia/guarda que podem ser transmissores de inú-
meras doenças, sendo a raiva a doença de maior preocupação em Saúde Pública. 
As medidas preventivas baseiam-se na captura e controle de cães errantes, vacinação 
anual contra raiva e em caso de mordedura: realizar limpeza do local, utilizar o esquema de 
imunização preventiva antirrábica humana e observar o animal agressor. 
 
Ratos: Os ratos são os roedores mais comumente envolvido na transmissão de doenças 
através da mordedura, urina, fezes e pulgas. São transmissores de leptospirose, salmonelose, 
triquinose, tifo murino e peste bubônica. 
Medidas preventivas de controle da população de roedores, anti-ratização (eliminação 
das condições que favorecem a instalação e proliferação dos roedores) e desratização (uso 
de raticidas ou ratoeiras), devem ser tomadas. 
 
Zoonoses 
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Pombos: Estas aves que vivem nas cidades, transmitem doenças através do piolho ou 
micro-organismos existentes nas fezes, como toxoplasmose, encefalite, histoplasmose, me-
ningite criptocócica e salmonelose. 
As medidas de prevenção a serem tomadas dizem respeito a não ofertar alimentos, im-
pedir que os pombos façam ninhos em áreas urbanas, vedar com telas os espaços que possam 
servir de abrigo, remover ninhos de área construída, dedetizar o local para evitar problemas 
com os piolhos, umedecer as fezes secas antes de retirá-las, para com isso, prevenir as do-
enças provocadas pela sua inalação usando máscaras protetoras ao entrar em ambiente con-
tendo grande acúmulo de fezes. 
 
Insetos: Estes invertebrados transmitem doenças através da picada ou contaminando 
alimentos e a água. Como por exemplo: 
-mosquito: irritação e prurido local, dengue, febre amarela, leishmaniose, doença de cha-
gas e malária. 
-pulgas: peste bubônica e tifo murino. 
-baratas: infecções respiratórias, intestinais e alergias. 
-moscas: doenças intestinais, respiratórias e alergias dermatológicas. 
As medidas preventivas a serem tomadas são as de higiene geral, vacinação contra febre 
amarela, quimioprofilaxia antes de entrar em áreas endêmicas de malária, assim como a de-
detização dos locais endêmicos de febre amarela, malária e doença de chagas. 
 
Aranhas: São aracnídeos que ao picarem o homem podem provocar dor intensa e irrita-
ção local, náuseas e vômitos, febre e até a morte. 
As ações preventivas visam manter os ambientes limpos e livres de insetos, vedar frestas 
e fendas que permitam a entrada em residências, manter áreas livres limpas e com vegetação 
rasteira. 
Escorpiões: O veneno deste artrópode pode provocar desde manifestações de pouca gra-
vidade (dor local moderada) até a morte do indivíduo. 
As medida de prevenção a serem adotadas consta em manter o quintal e jardim limpos e 
não acumular lixo e entulho. 
 
Cobras: O veneno de algumas serpentes pode levar a morte devido à sua capacidade 
proteolítica (destrói proteínas, provocando necrose e destruição dos tecidos), coagulante (al-
tera a coagulação sanguínea, provocando a não coagulação ou coagulação maciça dentro dos 
Zoonoses 
 4 
vasos), neurotóxica (danifica o sistema nervoso) e hemolítica (destrói os glóbulos vermelhos, 
provocando insuficiência renal aguda). 
Para se prevenir do ataque de cobras deve-se atentar para não andar descalço, não in-
troduzir a mão em buracos no chão ou em montes de pedras, evitar proliferação das cobras 
diminuindo a oferta de alimentos, criar animais em locais protegidos e utilizar medidas de con-
trole dos ratos. 
 
Animais silvestres: Controlar as Zoonoses em populações de animais silvestres to-
mando ações para planejar, coordenar, executar e avaliar as medidas de controle e diagnós-
tico. 
As medidas preventivas a serem tomadas estão em estudar a dinâmica das populações 
de animais silvestres de interesse em Saúde Pública e animal, realizar o atendimento à popu-
lação com relação ao controle das zoonoses, promover controle e a vigilância entomológica, 
conservar. 
Cumprir As Normas De Higiene E Segurança Do Trabalho 
 1 
 
 
 
 
 
Cumprir As Normas De Higiene ESegurança Do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cumprir As Normas De Higiene E Segurança Do Trabalho 
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As Normas Regulamentadoras (NR) acrescentam o Título II, Capítulo V (Segurança e Me-
dicina do Trabalho) da Código do Trabalho (CLT), alterada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro 
de 1977, que dispõe sobre os deveres, direitos e obrigações dos empregadores e funcionários 
garantir um trabalho seguro e saudável e prevenir doenças e acidentes de trabalho. As primei-
ras normas regulamentadoras foram publicadas pelo Despacho MTb nº 3.214, de 8 de junho de 
1978. Outras normas foram criadas ao longo do tempo e tinham como objetivo garantir a pre-
venção da segurança e proteção da saúde dos trabalhadores no serviço de trabalho e em deter-
minados setores econômicos. 
A elaboração e revisão das normas regulamentadoras é realizada por grupos e comitês 
formados por representantes do governo, empregadores e trabalhadores, de acordo com o sis-
tema tripartite recomendado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse sentido, a 
Comissão Permanente Mista Tripartite (CTPP) é um fórum de discussão para o desenvolvimento 
e atualização de normas regulatórias para a melhoria das condições de trabalho e do meio am-
biente. 
Confira, abaixo, os textos vigentes de todas as normas regulamentadoras: 
nr-1 - disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais 
nr-2 - inspeção prévia (revogada) 
nr-3 - embargo e interdição 
nr-4 - serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho 
nr-5 - comissão interna de prevenção de acidentes 
nr-6 - equipamento de proteção individual - epi 
nr-7 - programa de controle médico de saúde ocupacional 
nr-8 - edificações 
nr-9 - avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e bio-
lógicos 
nr-10 - segurança em instalações e serviços em eletricidade 
nr-11 - transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais 
nr-12 - segurança no trabalho em máquinas e equipamentos 
nr-13 - caldeiras, vasos de pressão e tubulações e tanques metálicos de armazenamento 
nr-14 - fornos 
nr-15 - atividades e operações insalubres 
nr-16 - atividades e operações perigosas 
Cumprir As Normas De Higiene E Segurança Do Trabalho 
 3 
nr-17 - ergonomia 
nr-18 - segurança e saúde no trabalho na indústria da construção 
nr-19 - explosivos 
nr-20 - segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis 
nr-21 - trabalhos a céu aberto 
nr-22 - segurança e saúde ocupacional na mineração 
nr-23 - proteção contra incêndios 
nr-24 - condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho 
nr-25 - resíduos industriais 
nr-26 - sinalização de segurança 
nr-27 - registro profissional do técnico de segurança do trabalho (revogada) 
nr-28 - fiscalização e penalidades 
nr-29 - norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário 
nr-30 - segurança e saúde no trabalho aquaviário 
nr-31 - segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração flo-
restal e aquicultura 
nr-32 - segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde 
nr-33 - segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 
nr-34 - condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, reparação e 
desmonte naval 
nr-35 - trabalho em altura 
nr-36 - segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes 
e derivados 
nr-37 - segurança e saúde em plataformas de petróleo 
nr-38 - segurança e saúde no trabalho nas atividades de limpeza urbana e manejo de resí-
duos sólidos 
 
 
Impactos Ambientais Decorrentes Das Atividades Industriais E Agrárias, Da Extração Mineral E Dos Serviços 
Urbanos 
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Impactos Ambientais 
Decorrentes Das Atividades 
Industriais E Agrárias, Da 
Extração Mineral E Dos Serviços 
Urbanos 
 
 
 
 
 
 
 
Impactos Ambientais Decorrentes Das Atividades Industriais E Agrárias, Da Extração Mineral E Dos Serviços 
Urbanos 
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As atividades industriais, agrícolas, de extração mineral e de serviços urbanos 
As atividades industriais, agrícolas, de extração mineral e de serviços urbanos podem 
causar uma série de impactos ambientais, incluindo: 
 Poluição do ar, da água e do solo 
As atividades industriais e de serviços urbanos podem emitir poluentes para a 
atmosfera, como gases de efeito estufa, óxidos de nitrogênio e enxofre, partículas finas e 
ozônio. Esses poluentes podem causar problemas respiratórios, doenças cardíacas e câncer. 
As atividades agrícolas também podem contribuir para a poluição do ar, por meio da queima 
de biomassa e da emissão de gases de efeito estufa. 
As atividades industriais e de serviços urbanos também podem poluir a água, por meio 
do lançamento de efluentes contendo produtos químicos, metais pesados e outros 
contaminantes. A poluição da água pode prejudicar a saúde humana e a vida aquática. As 
atividades agrícolas também podem contribuir para a poluição da água, por meio do uso de 
fertilizantes e agrotóxicos. 
As atividades de extração mineral podem poluir o solo, por meio do descarte de 
resíduos sólidos e do lançamento de efluentes contendo metais pesados e outros 
contaminantes. A poluição do solo pode prejudicar a saúde humana e o crescimento das 
plantas. 
 Degradação do solo e da biodiversidade 
As atividades agrícolas, de extração mineral e de serviços urbanos podem degradar o 
solo, por meio da erosão, da compactação e da contaminação. A degradação do solo pode 
reduzir a produtividade agrícola e prejudicar a biodiversidade. 
As atividades de extração mineral também podem causar a degradação da 
biodiversidade, por meio da destruição de habitats e da fragmentação de ecossistemas. 
 Clima e mudanças climáticas 
As atividades industriais e de serviços urbanos são grandes emissoras de gases de 
efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global. O aquecimento global pode causar 
uma série de impactos ambientais, como o aumento do nível do mar, a intensificação de 
eventos climáticos extremos e a perda de biodiversidade. 
As atividades agrícolas também contribuem para as mudanças climáticas, por meio da 
emissão de gases de efeito estufa e da destruição de florestas. 
Para reduzir os impactos ambientais das atividades industriais, agrícolas, de extração 
mineral e de serviços urbanos, é importante adotar medidas de mitigação e adaptação às 
mudanças climáticas. Essas medidas podem incluir: 
 Redução da poluição 
Impactos Ambientais Decorrentes Das Atividades Industriais E Agrárias, Da Extração Mineral E Dos Serviços 
Urbanos 
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As empresas e os governos podem adotar medidas para reduzir a poluição do ar, da 
água e do solo. Essas medidas podem incluir o uso de tecnologias limpas, a reciclagem e a 
compostagem. 
 Proteção do solo e da biodiversidade 
As empresas e os governos podem adotar medidas para proteger o solo e a 
biodiversidade. Essas medidas podem incluir a restauração de áreas degradadas, o manejo 
sustentável dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade. 
 Redução das emissões de gases de efeito estufa 
As empresas e os governos podem adotar medidas para reduzir as emissões de gases 
de efeito estufa. Essas medidas podem incluir a utilização de energias renováveis, a 
eficiência energética e a redução do consumo de recursos naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas de abastecimento de água
Sistemas de abastecimento 
de água
1MÉRITO
Apostilas
Sistemas de abastecimento de água
A água que é encontrada na natureza não é própria para consumo. Mesmo quan-
do cai em forma de chuva, ainda contém impurezas. E quando toca o solo, absorve
substâncias impuras alterando ainda mais sua qualidade.
Para ser considerada água própria para consumo é necessário que se atenda al-
guns requisitos de potabilidade. Se tiver alguma substância que altera seu padrão, é
classificada como poluída. Os componentes que indicam poluição orgânica são: com-
postosnitrogenados, oxigênio consumido e cloretos.
Em locais onde não existem um sistema de abastecimento de água pública, a
obtenção da água pode ser feita via poço artesiano.
Um sistema de abastecimento de água consiste no conjunto de obras, equipa-
mentos e serviços com o objetivo de levar água potável para uso no consumo do-
méstico, indústria, serviço público, entre outros. Esse sistema tem alguns objetivos
específicos definidos em dois aspectos:
Aspectos sanitário e social:
• Controlar e prevenir doenças
• Implantar hábitos higiênicos na população
• Facilitar a limpeza pública
• Facilitar as práticas desportivas
• Propiciar conforto, bem-estar e segurança
• Aumentar a expectativa de vida da população
Aspectos econômicos:
• Aumentar a vida média pela redução da mortalidade
• Aumentar a vida produtiva do indivíduo, por meio do aumento da vida média
ou pela redução do tempo perdido com doença
• Facilitar a instalação de indústrias
• Facilitar a proteção dos mananciais
• Facilitar a supervisão do sistema
• Facilitar o controle da qualidade da água
• Facilitar a economia de escala
2
Sistemas de abastecimento de água
Unidades de um sistema de abastecimento de água
Um sistema de abastecimento de água é formado por diversas unidades, sendo
elas:
• Manancial;
• Captação;
• Adução;
• Tratamento;
• Reservatório;
• Rede de distribuição e
• Ramal Domiciliar. 
O manancial nada mais é que a fonte onde se retira a água para abastecimento
da região.
 A captação consiste nos equipamentos e instalações que retiram a água do
manancial e a joga no sistema de abastecimento.
 A adução é a tubulação, normalmente sem variações, que liga a captação ao
tratamento e/ou do tratamento à rede de distribuição. Essa etapa pode funcionar de
duas formas: Por gravidade ou por recalque.
 O tratamento completo de uma estação de tratamento da água (ETA) não é
uma regra, pois depende da qualidade da água captada. Entretanto, todos os siste-
mas existentes possuem no mínimo o tratamento com cloro e flúor .
 O reservatório tem a finalidade de armazenar a água. Seu objetivo é atender
as demandas de emergência, manter uma pressão constante na rede e atender a va-
riação de consumo.
A variação acontece de acordo com os hábitos da comunidade, o clima e até
mesmo a qualidade da água.
 A rede de distribuição é a unidade do sistema que transporta a água do re-
servatório para os consumidores.
 O ramal domiciliar é a ligação que é feita da rua para a residência.
Agora que você já descobriu o que é o sistema de abastecimento de água, vou
te mostrar como ele funciona.
3
Sistemas de abastecimento de água
TIPOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO
A rede de distribuição é o sistema de tubos e acessórios instalados na via públi-
ca ou em terrenos da entidade distribuidora para o serviço de abastecimento de
água potável. Ela pode ser classificada de acordo com o traçado, segundo a alimen-
tação dos reservatórios, de acordo com a água distribuída, pelas zonas de pressão
ou de acordo com o número de condutos distribuidores na mesma rua.
O mais comum na literatura é a classificação por meio dos traçados dos condu-
tos, isto é, as posições em que estão constituídos os segmentos da tubulação. De
acordo com a ocupação da área e as características dos arruamentos, os traçados
podem ser classificados como:
Ramificada: há um duto principal longitudinal que se ramifica para ambos os
lados. Só há um percurso possível entre o reservatório e qualquer ponto da rede (es-
coamento unidirecional);
Malhada: conjunto de tubulações que formam um circuito fechado, ou seja, fe-
cham sobre si mesmos constituindo malhas. Permite escoamento bidirecional;
Mistas: corresponde à configuração em que se mistura, numa mesma rede de
distribuição, as duas configurações anteriores. Dessa maneira, é possível ocorrer es-
coamento unidirecional e bidirecional simultaneamente.
É relevante destacar que a canalização pode ser classificada em dois tipos: Prin-
cipal e secundária. A primeira se refere às canalizações de maior diâmetro que distri-
buem a água nas canalizações secundárias. Estas, por sua vez, possuem menor diâ-
metro e abastecem os pontos de consumo no sistema de distribuição.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Existem vantagens e desvantagens nas configurações de cada tipo de rede. Nas
redes malhadas, o escoamento bidirecional permite percursos alternativos e em ca-
sos de avarias nas tubulações, é possível isolar uma determinada zona da rede de
distribuição sem que todos os consumidores sejam afetados. Além disso, quando
4
Sistemas de abastecimento de água
ocorrem grandes oscilações de consumo, em termos de pressão, os efeitos são pou-
co significativos.
Entretanto, esse tipo de rede exige um maior investimento, pois há a necessida-
de de maior quantidade de tubos e acessórios e os cálculos para determinação de
condições de equilíbrio são mais complexos que nas redes ramificadas (sistema de
equações não lineares).
Falando em redes ramificadas, elas exigem investimentos menores, os diâme-
tros das tubagens são mais econômicos e os cálculos de determinação das condi-
ções de funcionamento hidráulico são mais simples que nas redes malhadas. Porém,
pelo fato do escoamento ser unidirecional, em casos de avarias, interrompe-se todo
o fornecimento de água à jusante (posterior à avaria).
Além disso, as oscilações de consumo geram efeitos significativos em termos de
pressão e os detritos, nos pontos terminais da rede de distribuição, têm tendência a
acumular sedimentos devido às baixas velocidades do escoamento.
A distribuição de água a uma comunidade pode ser feita por uma, ou várias,
rede geral. Essa decisão só pode ser feita através de um estudo cuidadoso levando
em conta as características do ambiente a se abastecer.
Vale ressaltar que existem normas para a construção das redes, tais como dis-
tâncias e profundidades a serem garantidas para segurança da população, do siste-
ma e da qualidade da água fornecida.
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS
Acredita-se que o maior problema encontrado em todo o sistema de abasteci-
mento é a perda de água. No que cerne ao sistema de distribuição, os vazamentos,
as ligações clandestinas e erros de medição são os mais expressivos.
O controle dessas perdas é atividade essencial de uma empresa de saneamento,
pois envolve diretamente receitas e despesas. Reduzir as perdas permite diminuir os
custos de produção e utilizar as instalações existentes para aumentar a oferta de
água, sem expansão do sistema produtor.
De forma geral, as perdas são classificadas em físicas e não físicas. A primeira
se refere a água que não chega ao consumidor devido à vazamentos ou pela opera-
ção do sistema. As perdas não físicas representam a água consumida e não contabi-
lizada. Isso ocorre por causa de fraudes ou falhas nos hidrômetros ou ligações clan-
destinas ou não cadastradas.
Os índices brasileiros referentes às perdas de água ainda são elevados quando
comparados a outros países. Diversas empresas já executam alguns planos e medi-
das para combater esse problema.
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Sistemas de abastecimento de água
Referências/ Sugestão de leitura
https://docs.ufpr.br/~rudmar/clima/material/7_DISTRIBUICAO%20DE
%20AGUA.pdf
https://www.eosconsultores.com.br/sistema-de-distribuicao-de-agua/
https://www.avkbr.com.br/pt-br/agua/rede-de-distribui%C3%A7%C3%A3o
6
https://docs.ufpr.br/~rudmar/clima/material/7_DISTRIBUICAO%20DE%20AGUA.pdf
https://docs.ufpr.br/~rudmar/clima/material/7_DISTRIBUICAO%20DE%20AGUA.pdf
https://www.avkbr.com.br/pt-br/agua/rede-de-distribui%C3%A7%C3%A3o
https://www.eosconsultores.com.br/sistema-de-distribuicao-de-agua/
Sistemas de abastecimento de água
Anotações: 
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Sistemas de abastecimento de água
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Esgotamento Sanitário Sistemas Estáticos De Disposição De Esgotos, Rede Coletora 
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Esgotamento Sanitário Sistemas 
Estáticos De Disposição De 
Esgotos, Rede Coletora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esgotamento Sanitário Sistemas Estáticos De Disposição De Esgotos, Rede Coletora 
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Sistemas Estáticos de Disposição de Esgotos 
Os Sistemas Estáticos de Disposição de Esgotos, também conhecidos como Sistemas 
Individuais de Tratamento de Efluentes (SITTEs), são soluções on-site para o manejo do 
esgoto sanitário em locais sem acesso à rede coletora pública. Eles funcionam através da 
retenção, tratamento e disposição final do esgoto no próprio local de geração, sem a 
necessidade de conexão com uma estação de tratamento centralizada. 
 
Tipos de Sistemas Estáticos de Disposição de Esgotos: 
 Fossas sépticas: São os sistemas mais comuns, utilizando um tanque para 
decantação e retenção de sólidos, enquanto o efluente líquido parcialmente tratado 
(sobrenadante) é percolado no solo através de um campo de drenagem. 
 Filtros anaeróbios: Empregam um meio filtrante para remover matéria orgânica e 
patógenos do esgoto, antes da percolação no solo ou disposição em outro sistema de 
tratamento. 
 Sistemas com biofilme: Utilizam um biofilme fixo em um meio de suporte para tratar o 
esgoto, geralmente com alta eficiência na remoção de nutrientes e patógenos. 
 Toaletes com biodigestão: São soluções inovadoras que combinam um vaso sanitário 
com um biodigestor compacto para tratamento e disposição do esgoto no local. 
 
Vantagens dos Sistemas Estáticos de Disposição de Esgotos: 
 Autonomia: Permitem o tratamento do esgoto sem depender de uma rede coletora 
pública, ideal para áreas rurais ou isoladas. 
 Baixo custo: A instalação e manutenção geralmente são mais acessíveis em 
comparação a sistemas centralizados. 
 Sustentabilidade: Promovem a descentralização do tratamento de esgoto, reduzindo o 
impacto ambiental do transporte e tratamento em larga escala. 
 Flexibilidade: Adaptam-se a diversos tipos de solo, topografia e vazões de esgoto, 
atendendo às necessidades específicas de cada local. 
 
Desvantagens dos Sistemas Estáticos de Disposição de Esgotos: 
 Manutenção: Requerem vistorias e manutenções periódicas para garantir o bom 
funcionamento e evitar falhas. 
Esgotamento Sanitário Sistemas Estáticos De Disposição De Esgotos, Rede Coletora 
 3 
 Área disponível: É necessário espaço suficiente para a instalação do sistema e do 
campo de drenagem, o que pode ser um obstáculo em áreas com restrições. 
 Tratamento limitado: Em alguns casos, pode ser necessário o complemento do 
tratamento com outros sistemas para atender aos padrões de qualidade exigidos. 
 Riscos à saúde: Falhas na operação ou manutenção podem levar à contaminação do 
solo e das águas subterrâneas, com riscos à saúde pública. 
 
Rede Coletora: O Complemento Essencial para Áreas Urbanas: 
A rede coletora de esgoto é um sistema interligado de tubulações que transporta o 
esgoto bruto das residências e estabelecimentos comerciais até uma estação de tratamento 
de esgoto (ETE). Ela é fundamental para garantir a coleta eficiente do esgoto, evitando a 
contaminação do meio ambiente e promovendo a saúde pública em áreas urbanas com alta 
densidade populacional. 
 
Componentes da Rede Coletora: 
 Tubulações: Conduzem o esgoto bruto desde as ligações prediais até as estações 
elevatórias e interceptores. 
 Poços de visita: Permitem o acesso à rede para inspeção, manutenção e limpeza. 
 Estações elevatórias: Elevam o esgoto para superar desníveis topográficos e garantir 
o fluxo adequado na rede. 
 Interceptores: Coletam o esgoto de coletores menores e o direcionam para as ETEs. 
 
Vantagens da Rede Coletora: 
 Eficiência na coleta: Garante a remoção do esgoto de forma eficaz, evitando 
transbordamentos e riscos à saúde pública. 
 Proteção ambiental: Evita a contaminação do solo, cursos d'água e lençóis freáticos 
com esgoto bruto. 
 Melhoria da qualidade de vida: Promove um ambiente mais limpo e saudável para a 
população. 
 Redução de doenças: Diminui a incidência de doenças transmitidas por água 
contaminada. 
 
Esgotamento Sanitário Sistemas Estáticos De Disposição De Esgotos, Rede Coletora 
 4 
Desvantagens da Rede Coletora de Esgoto: Uma Análise Detalhada 
Embora a rede coletora de esgoto seja um componente essencial para o saneamento 
básico em áreas urbanas, é importante considerar suas desvantagens para uma avaliação 
completa do sistema: 
 
Alto Custo: 
 Implantação: A construção da rede coletora envolve altos custos com materiais, mão 
de obra, equipamentos especializados e terraplenagem, especialmente em áreas extensas 
ou com topografia complexa. 
 Manutenção: A rede exige manutenções regulares para garantir o seu bom 
funcionamento, incluindo limpeza, desobstrução, reparo de tubulações e poços de visita, o 
que gera custos contínuos ao longo da vida útil do sistema. 
 Estações de tratamento: A construção e operação de estações de tratamento de 
esgoto (ETEs) representam um investimento significativo, tanto em infraestrutura quantoem 
tecnologia de tratamento, aumentando os custos gerais do sistema. 
 
Impacto Ambiental: 
 Obras: As obras de implantação da rede coletora podem causar impactos ambientais, 
como desmatamento, escavações, geração de resíduos e alterações no solo, exigindo 
medidas de mitigação e compensação ambiental para minimizar os danos. 
 Vazamentos: Vazamentos na rede, apesar de raros, podem levar à contaminação do 
solo e dos recursos hídricos, impactando a qualidade da água e a vida aquática. 
 Tratamento inadequado: Falhas no tratamento do esgoto nas ETEs podem resultar na 
descarga de efluentes poluentes nos corpos d'água, afetando a fauna, flora e a qualidade da 
água para consumo humano. 
 
Manutenção e Operação: 
 Complexidade: A gestão da rede coletora exige expertise técnica e mão de obra 
especializada para a operação, monitoramento e manutenção preventiva e corretiva, o que 
pode ser um desafio para municípios com recursos limitados. 
 Obstruções: A rede está sujeita a obstruções por objetos indevidos, como lixo, gordura 
e materiais sólidos, que exigem serviços frequentes de desobstrução, aumentando os custos 
de operação e manutenção. 
Esgotamento Sanitário Sistemas Estáticos De Disposição De Esgotos, Rede Coletora 
 5 
 Cheiro: Em alguns casos, a rede coletora pode exalar odores desagradáveis, 
especialmente em áreas com ventilação precária ou falhas no tratamento do esgoto, 
causando incômodo à população e impactando a qualidade de vida. 
 
Desafios em Áreas Desenvolvidas: 
 Retrofitting: A implantação da rede coletora em áreas já urbanizadas e com 
infraestrutura consolidada é um processo complexo e oneroso, exigindo obras de grande 
porte, desvios de redes existentes e minimização de impactos na rotina da população. 
 Densidade populacional baixa: Em áreas com baixa densidade populacional, o custo 
por usuário da rede coletora pode ser elevado, tornando a viabilidade econômica do sistema 
questionável. 
 Topografia: Áreas com topografia acidentada ou com presença de rochas podem 
dificultar a instalação da rede coletora, aumentando os custos e a complexidade das obras. 
 
Méri Curiosidade 
A rede coletora de esgoto, apesar de suas desvantagens, é um componente essencial 
para o saneamento básico em áreas urbanas, proporcionando benefícios à saúde pública, à 
qualidade de vida e à proteção ambiental. No entanto, é fundamental considerar os custos, 
os impactos ambientais e os desafios operacionais para uma gestão eficiente e sustentável 
do sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento De Resíduos Sólidos E Águas Urbanas (Drenagem) 
 1 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento De Resíduos 
Sólidos E Águas Urbanas 
(Drenagem) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento De Resíduos Sólidos E Águas Urbanas (Drenagem) 
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Gerenciamento de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) 
O gerenciamento de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) é um processo 
complexo que envolve a interação de diversos atores, incluindo governos, empresas 
privadas e sociedade civil. Seu objetivo é garantir a segurança e a saúde da população, a 
proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida nas cidades. 
 
Resíduos sólidos urbanos 
Os resíduos sólidos urbanos são todos os materiais descartados pelas atividades 
humanas em áreas urbanas. Eles podem ser divididos em orgânicos, inorgânicos e 
perigosos. 
Os resíduos orgânicos são aqueles que se decompõem naturalmente, como restos de 
alimentos, podas de árvores e folhas. Os resíduos inorgânicos são aqueles que não se 
decompõem naturalmente, como plástico, metal, vidro e papel. Os resíduos perigosos são 
aqueles que podem causar danos à saúde humana e ao meio ambiente, como produtos 
químicos, baterias e lâmpadas fluorescentes. 
 
Águas urbanas 
As águas urbanas são as águas que circulam nas cidades, incluindo as águas pluviais, 
as águas de esgoto e as águas de infiltração. 
As águas pluviais são as águas que caem do céu e escoam pela superfície das cidades. 
As águas de esgoto são as águas provenientes das atividades humanas, como a lavagem de 
roupas, a higiene pessoal e a limpeza doméstica. As águas de infiltração são as águas que 
penetram no solo e chegam às redes de drenagem. 
 
Gerenciamento integrado 
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) é uma 
abordagem que visa conciliar os interesses dos diferentes atores envolvidos, buscando 
soluções que sejam eficientes, sustentáveis e equitativas. 
Essa abordagem considera que os resíduos sólidos e as águas urbanas estão 
interligados e que o gerenciamento de um desses componentes impacta o outro. Por 
exemplo, o descarte inadequado de resíduos sólidos pode obstruir as redes de drenagem, 
causando inundações. 
 
Objetivos 
Gerenciamento De Resíduos Sólidos E Águas Urbanas (Drenagem) 
 3 
Os objetivos do gerenciamento integrado de resíduos sólidos e águas urbanas 
(drenagem) são: 
 Garantir a segurança e a saúde da população; 
 Proteger o meio ambiente; 
 Melhorar a qualidade de vida nas cidades; 
 Reduzir os impactos ambientais e sociais; 
 Aumentar a eficiência dos serviços públicos; 
 Promover a participação da sociedade civil. 
 
Princípios 
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) deve ser 
baseado nos seguintes princípios: 
 Prevenção: a prevenção é a melhor forma de lidar com os resíduos sólidos e as águas 
urbanas. 
 Redução: os resíduos sólidos e as águas urbanas devem ser reduzidos na fonte. 
 Reciclagem: os resíduos sólidos devem ser reciclados sempre que possível. 
 Compostagem: os resíduos orgânicos devem ser compostados para gerar fertilizantes. 
 Tratamento: os resíduos sólidos e as águas urbanas que não podem ser reciclados ou 
compostados devem ser tratados de forma adequada. 
 Destinação final: os resíduos sólidos e as águas urbanas tratados devem ser 
dispostos de forma segura e ambientalmente correta. 
 
Ações 
As ações que podem ser adotadas para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos 
e águas urbanas (drenagem) incluem: 
 Educação ambiental: a educação ambiental é fundamental para promover a mudança 
de comportamento da população. 
 Coleta seletiva: a coleta seletiva permite que os resíduos sólidos sejam separados e 
reciclados. 
Gerenciamento De Resíduos Sólidos E Águas Urbanas (Drenagem) 
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 Compostagem: a compostagem é uma forma de transformar os resíduos orgânicos em 
fertilizantes. 
 Tratamento de esgoto: o tratamento de esgoto permite remover os poluentes das 
águas residuais. 
 Controle de inundações: o controle de inundações é essencial para proteger a 
população e o meio ambiente. 
 
Benefícios 
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) traz 
diversos benefícios para a sociedade, incluindo: 
 Melhora da qualidade do ar e da água; 
 Redução da poluição; 
 Prevenção de enchentes; 
 Promoção da saúde pública; 
 Geração de empregos; 
 Conservação dos recursos naturais. 
 
Desafios 
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) é um 
desafio complexo que requer a colaboração de diversos atores. Alguns dos desafios que 
precisam ser superados incluem: 
 Falta de recursos financeiros; 
 Falta de infraestrutura; 
 Falta de conscientização da população; 
 Conflitos de interesse entre os diferentes atores envolvidos. 
Méri Curiosidade 
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos e águas urbanas (drenagem) é uma 
estratégia essencial para garantir a sustentabilidade das cidades. Ao conciliar os interesses 
dos diferentes atores envolvidos, essa abordagem busca soluções que sejam eficientes, 
sustentáveis e equitativas. 
Drenagem Urbana 
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Drenagem Urbana 
 
 
 
 
 
 
 
Drenagem Urbana 
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Drenagem Urbana 
Drenagem urbana é o sistema de manejo projetado pelo poder público do município para 
coletar águas provenientesda chuva e escoá-las para galerias de águas pluviais e esgotos pluviais até 
um curso hídrico capaz de recebe-las.Dentre os elementos que compõem o sistema de drenagem 
urbana, estão: pavimento de ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, galerias de drenagem, sistemas de 
detenção e infiltração nos lotes e pavimentos, trincheiras e valas, entre outros. 
 
A importância da drenagem urbana para a população e o meio ambiente 
Os efeitos negativos da chuva são mais visíveis em grandes centros por um motivo principal: a 
ocupação desordenada em áreas urbanas. À medida em que a cidade cresce e se desenvolve, nascem 
áreas onde há maior aglomeração populacional e, por consequência, a impermeabilização do local, 
que impede a infiltração das chuvas no solo. 
Além disso, vale lembrar que a obstrução de canais e galerias de lixo ocorrem com mais 
frequência em áreas de maior ocupação populacional, degradando o ambiente urbano, provocando 
alagamentos e ocasionando prejuízos materiais e humanos. 
Outros pontos, como o aumento da carga de poluentes em rios e lagos (levando doenças como 
dengue e leptospirose) e a erosão do solo, também demonstram a importância da drenagem urbana 
adequada. 
 
Benefícios da drenagem urbana 
Uma série de benefícios para o meio ambiente a população e o poder público ressalta a 
importância da drenagem urbana. Dentre eles, podem ser citados: 
Redução de custos em manutenção de vias públicas; 
A possibilidade de circulação de veículos e pedestres em áreas urbanas após chuvas intensas; 
Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das chuvas; 
Valorização das propriedades nas áreas em que possuem sistema de drenagem; 
Redução de danos às propriedades e risco de perdas humanas; 
Redução de doenças de veiculação hídrica; 
Eliminação de águas estagnadas e lamaçais, focos de doenças; 
Redução de erosões e poluição de rios e lagos; 
Drenagem Urbana 
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Drenagem Urbana 
Quando há falta de planejamento urbano e impermeabilização descontrolada das áreas de esco-
amento da água da chuva temos sérios problemas. 
O primeiro problema comum é a inundação, nomeado assim por representar a invasão de águas 
de um rio ou encanamento por exemplo. Normalmente a constante inundação gera o segundo pro-
blema que é o alagamento. 
O alagamento consiste na água parada em determinado local, encontrando impedimentos ou 
dificuldades para sair. 
O terceiro problema encontrado é a enchente, fenômeno fluvial que um rio transborda. Comu-
mente, por não conseguir dar vazão às suas águas, as enchentes invadem casas, estabelecimentos e 
alagam ruas por dias e até semanas. 
Devem ainda considerar nas enchentes o lixo e toda sujeira jogada que polui, assorea, conta-
mina e degrada o meio ambiente. 
Uma questão que deve ser levantada também é o desmatamento, visto que as plantações são 
aliados naturais na drenagem da água. Entretanto, é comum esse fato passar despercebido nas políti-
cas nacionais. Segundo levantamentos de especialistas, 40% da amazônia deve desaparecer até 2050. 
Por outra ótica, tanto Brasil quanto o mundo, anunciam-se as tragédias causadas pelas chuvas. 
Às vezes propiciada pelo crescimento populacional que não se consegue conter, ou falta de investi-
mentos em sistemas eficientes. 
 
Os prejuízos das falhas 
Um evento catastrófico no Japão em Junho de 2017, deixou 179 mortos durante chuvas torrenci-
ais por vários dias. 
Os noticiários divulgaram que essa foi a maior tragédia causada por fenômeno meteorológico 
desde 1982. Mais 8400 pessoas foram para abrigos e mais de 50 ficaram desaparecidas. Tudo isso so-
mado ao deslocamento de policiais, bombeiros, soldados e da guarda costeira para os trabalhos de 
busca, e o trabalho de limpeza. 
 
Gastos na drenagem urbana 
No Brasil, ao final de 2017, a região do rio Casca, na região da Zona da Mata Mineira, sofreu com 
as chuvas fortes. Para se ter uma ideia choveu o equivalente a 254 litros por metro quadrado, dei-
xando muitas regiões assoladas. 
Drenagem Urbana 
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Os números chegaram a duas mil pessoas desabrigadas ou desalojadas por causa da cheia no 
rio. A situação crítica foi noticiada, mostrando mercadorias, móveis, eletrodomésticos, residências e 
até escolas destruídas. 
Estudos do IBGE mostram que 90% dos municípios do Amazonas sofrem com alguma inundação 
ou enchente. O mais alarmante disso que é que os municípios não se preparam e poucos tomam me-
didas de preventivas perante a situação. 
A pesquisa revela que 22 dos 62 municípios apresentam processos erosivos acelerados e ainda 
35 foram afetados por enchente nos últimos 4 anos. Como prova da falta de algum tipo de gestão, 30 
municípios não possuem um plano de gestão de riscos. 
Faltando dessa forma, falham com a população em produzir um mapeamento de áreas de risco 
ou um programa habitacional se for o caso de realocação da população. Pode-se ainda ser implanta-
dos planos de contingência e sistemas de alerta. 
 
Tecnologias para drenagem urbana 
Dentre os tantos problemas enfrentados pelas cidades, manter o solo drenando água se torna 
um desafio, mediante a necessidade de colocar asfaltos e calçadas. Contudo, a tecnologia pode aju-
dar com materiais específicos para lidar com essa situação. 
Um dos materiais é o piso permeável drenante que permite a passagem e escoamento da água 
entre os vãos. Normalmente utilizado em áreas exteriores, coopera para evitar o alagamento. 
 
Piso permeável drenagem 
Um outro material semelhante é o concregrama, que tem uma função parecida, mas para áreas 
verdes. A idéia é representada com seus procedimentos na imagem abaixo: 
Concregrama, grama drenante 
Há também uma técnica utilizada pelas prefeituras na hora de se prevenir de enchentes: os cha-
mados piscinões. 
A engenharia aplicada é de grande porte a fim de conter os prejuízos das grandes quantidades 
de água pluviais. São construídas estruturas abaixo do nível da rua, funcionando como uma enorme 
cisterna. 
Com o acúmulo da água, as águas que poderiam causar inúmeros desastres é armazenada e dis-
pensada em outro momento em leito de rios ou em lugares onde ela possa ser dispensada. 
 
Drenagem Urbana 
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Anotações: 
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