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Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) Autor: Tulio Lages 26 de Setembro de 2022 11818151774 - Eliezer Campos Tulio Lages Aula 21 Índice ..............................................................................................................................................................................................1) Simulado - Controle da Administração - ME 3 ..............................................................................................................................................................................................2) Simulado - Responsabilidade Civil do Estado - ME 38 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 2 66 . Túlio Lages Aula 00 1 SIMULADO Introdução ........................................................................................................................................................ 1 Questões Inéditas ........................................................................................................................................... 1 Gabarito/Questões Comentadas ................................................................................................................ 10 Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 35 INTRODUÇÃO Olá! Este simulado contempla questões inéditas sobre: Controle da Administração Pronto para testar seu conhecimento?! QUESTÕES INÉDITAS Classificações 1) Quanto à classificação do controle da Administração Pública, assinale a alternativa incorreta: a) O controle da Administração Pública quanto à origem ou ao posicionamento do órgão que o efetua pode ser interno, externo e popular. b) O controle administrativo é aquele que decorre de funções administrativas do órgão enquanto o controle judiciário é o controle que se subdivide em controle parlamentar direto e parlamentar indireto c) O controle hierárquico resulta do escalonamento hierárquico dos órgãos administrativos enquanto o controle finalístico é aquele que não possui fundamentação na hierarquia d) Quanto ao momento, o controle pode ser classificado como prévio, concomitante ou posterior e) Quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada, o controle pode ser de legalidade ou de mérito 2) Analise os itens a seguir e assinale a alternativa que apresenta apenas os itens corretos: Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 3 66 . Túlio Lages Aula 00 2 I - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. II - O controle hierárquico se observa quando há o escalonamento vertical e horizontal de órgãos, situação em que os órgãos se encontram subordinados sem a necessidade de lei ou norma específica para outorgar a sua competência de controle. III - O controle finalístico é o controle exercido pela Administração Direta sobre a Indireta, ou seja, será sempre limitado e externo. IV - O controle finalístico é menos amplo que o controle hierárquico, pois depende de previsão legal que estabelecerá as hipóteses e os limites de atuação. a) Apenas um item está correto b) Apenas dois itens estão corretos c) Apenas três itens estão corretos d) Todos os itens estão corretos e) Nenhum item está correto 3) Quanto ao momento em que está havendo o controle administrativo, assinale a alternativa correta: a) O controle prévio é exercido antes da conclusão ou operatividade do ato, mas não pode ser utilizado como requisito para a eficácia ou validade deste ato. b) O controle prévio é feito pelo Poder Executivo e Legislativo, não sendo utilizado pelo Poder Judiciário. c) É um exemplo do exercício do controle concomitante, a fiscalização de uma obra durante sua realização. d) O controle subsequente ou corretivo é realizado após a conclusão do ato controlado, tendo como objetivo corrigir eventuais defeitos e dar-lhe eficácia, não podendo ser utilizado como base para a decretação da nulidade do ato. e) O julgamento das contas dos administradores públicos pelo Tribunal de Contas da União é um exemplo de controle concomitante. 4) De acordo com os seus conhecimentos sobre controle administrativo quanto ao aspecto, assinale a alternativa incorreta: Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 4 66 . Túlio Lages Aula 00 3 a) O controle de legalidade e legitimidade possui o objetivo de verificar a conformação do ato ou procedimento administrativo com as normas legais e os preceitos administrativos. b) O controle de legalidade e legitimidade pode ser exercido tanto pela Administração, quanto pelos Poderes Legislativo e Judiciário. c) O controle de mérito atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato controlado (atos discricionários) d) O Poder Judiciário pode aplicar controle de mérito da decisão proferida pela autoridade administrativa que editou o ato, de acordo com seu juízo de conveniência e oportunidade. e) O Poder Legislativo pode realizar o controle de mérito da função administrativa apenas em caráter excepcional e nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal. Controle Administrativo 5) De acordo com os seus conhecimentos, analise os itens a seguir e assinale a alternativa que contenha apenas os itens corretos: I - O controle exercido pela Administração Pública ocorre quando a própria Administração controla os seus atos, sendo sempre um controle interno. II - A base do controle administrativo é o exercício da autotutela. III - O controle administrativo alcança tanto a legalidade, permitindo a anulação dos atos inválidos, quanto o mérito, do qual se pode revogar os atos inconvenientes e inoportunos. IV - São instrumentos utilizados no controle administrativo, a fiscalização hierárquica, o direito de petição, o processo administrativo, incluindo os recursos administrativos e o instrumento da arbitragem. a) I e II b) I e III c) II e III d) II, III e IV e) I, II, III e IV 6) Dentre os instrumentos para controle administrativo, temos o recuso administrativo, que, em sentido amplo, propicia o reexame das decisões internas da Administração. Analise as frases dadas a seguir e assinale a alternativa que ordena corretamente do que se trata cada descrição: I - são recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 5 66 . Túlio Lages Aula 00 4 II - é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades. III - é o pedido feito à mesma autoridade que emitiu o ato, para que esta o aprecie novamente IV - é aquele destinado a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento de fatos novos, não conhecidos no momento da decisão original. V - é pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela que editou o ato VI - é a manifestação do administrado, seja ele servidor público ou particular, do seu inconformismo com alguma decisão administrativa que lheafete direitos ou interesses. a) Recurso hierárquico impróprio, representação, pedido de reconsideração, revisão, recurso hierárquico próprio e reclamação administrativa. b) Recurso hierárquico próprio, reclamação administrativa, pedido de reconsideração, revisão, recurso hierárquico impróprio e representação. c) Recurso hierárquico impróprio, representação, revisão, pedido de reconsideração, recurso hierárquico próprio e reclamação administrativa. d) Recurso hierárquico próprio, representação, pedido de reconsideração, revisão, recurso hierárquico impróprio e reclamação administrativa. e) Recurso hierárquico próprio, reclamação administrativa, revisão, pedido de reconsideração, recurso hierárquico impróprio e representação. 7) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas a seguir: A _____________ representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo (administrativo ou judicial). A _____________ é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa. A _____________ representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial. A _____________ admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do tempo já decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo ____________ é fatal, ou seja, não admite a interrupção nem a paralização. a) prescrição, preclusão, decadência, decadência, prescricional b) preclusão, decadência, prescrição, prescrição, decadencial c) preclusão, prescrição, decadência, decadência, prescricional Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 6 66 . Túlio Lages Aula 00 5 d) preclusão, prescrição, decadência, prescrição, decadencial e) prescrição, preclusão, decadência, prescrição, decadencial 8) Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle interno. Não é finalidade do controle interno: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. c) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. d) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. e) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. 9) Quanto ao controle da Administração Pública, assinale a alternativa incorreta. a) O chamado controle social pode ser exercido pelo cidadão por meio de ação popular ou de denúncia perante o Tribunal de Contas da União. b) A anulação de atos ilegais e a revogação, por motivo de conveniência ou oportunidade, são exemplos de controle interno da Administração Pública. c) O prazo para a Administração anular atos que geram efeitos favoráveis ao administrado é de 5 anos, independentemente da comprovação de má-fé. d) O recurso hierárquico impróprio é cabível somente quando expressamente previsto em lei. e) O controle de legalidade pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes Judiciário e Legislativo. Controle Legislativo 10) O controle legislativo é o controle exercido pelo Poder Legislativo sobre a Administração Pública. Esse controle ocorre em qualquer esfera de governo, seja federal, estadual, distrital ou municipal. De acordo com os seus conhecimentos, assinale a alternativa incorreta: a) O controle legislativo manifesta-se pelo controle político e pelo controle exercido pelo Tribunal de Contas. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 7 66 . Túlio Lages Aula 00 6 b) Um exemplo de controle parlamentar direto é a competência do Congresso Nacional de sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. c) O controle legislativo, que se aplica estritamente à administração pública direta, restringe-se ao controle político e financeiro. d) O Tribunal de Contas tem a competência de julgar as contas dos administradores públicos enquanto o Congresso Nacional tem a competência de julgar as contas do Presidente da República. e) É competência do Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município. 11) Em relação aos controles interno e externo da Administração Pública, assinale a alternativa correta. a) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. b) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária. c) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente pelo Tribunal de Contas da União. e) Cabe ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil, financeira e orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de controle interno de cada Poder relativa à fiscalização operacional e patrimonial das respectivas entidades da administração direta e indireta. 12) Não se inclui na competência do Tribunal de Contas da União, determinada pela Constituição Federal, na realização do controle externo da administração pública federal: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. b) julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. c) realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 8 66 . Túlio Lages Aula 00 7 d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. e) sustar atos administrativos em que se constate ilegalidade de que resulte prejuízo ao erário, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. 13) Com relação ao controle exercido pelo Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que: a) no exercício do controle externo, o Tribunal de Contas da União auxilia o Congresso Nacional, estando a ele subordinado. b) o Tribunal apreciaa legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, bem como das nomeações para cargo de provimento em comissão. c) nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se, em qualquer hipótese, o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado. d) as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. e) no exercício de suas atribuições, o Tribunal de Contas pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. Controle Judiciário 14) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle a) interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. b) externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não a legalidade do ato administrativo. c) externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. d) externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. e) interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. 15) Quanto ao controle judicial dos atos da Administração pública, assinale a alternativa incorreta. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 9 66 . Túlio Lages Aula 00 8 a) É possível a apreciação judicial dos atos discricionários praticados pela Administração Pública. b) É lícito ao Poder Judiciário, em sede de controle de ato administrativo disciplinar, anular penalidade de demissão com fundamento na desproporcionalidade do ato. c) O controle judicial ocorre sempre mediante provocação e é, via de regra, uma forma de controle a posteriori. d) O Poder Judiciário exerce tão somente o controle da legalidade dos atos administrativos, podendo resultar na confirmação ou não da validade do ato. e) O Poder Judiciário, se entender pela violação a princípio da administração pública, poderá revogar o ato administrativo expedido por autoridade administrativa. 16) Relativamente às ações judiciais disponíveis para o controle da Administração Pública, assinale a alternativa incorreta. a) O mandado de segurança é cabível contra lei e atos vinculados ou discricionários. b) Cabe mandado de injunção contra omissão total ou parcial na regulamentação de normas constitucionais, inclusive na hipótese de já haver norma sobre o assunto, caso ela seja defeituosa. c) O mandado de injunção coletivo poder ser promovido pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, por partido político com representação no Congresso Nacional e por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano. d) O habeas data não é cabível quando a informação a ser acessada consta de bancos de dados de caráter privado e só pode ser impetrado após o indeferimento do pedido de informações de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo. e) É legitimado ativo para a ação popular somente a pessoa física em pleno gozo dos direitos civis e políticos, ficando o autor obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ônus da sucumbência, se comprovada a má fé. 17) Analise os itens a seguir e assinale a alternativa que apresenta apenas os itens corretos: I - O controle judicial pode se dividir em controle comum e controle especial. O primeiro é o controle a que se sujeitam os atos administrativos em geral, enquanto o segundo é o que se sujeitam os atos especiais, tais como atos legislativos, atos políticos e atos interna corporis. II - O mandado de segurança é utilizado nos casos em que há a necessidade de se proteger direito líquido e certo, devendo ser aplicado juntamente com o habeas corpus em casos excepcionais previstos em lei (quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público). Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 10 66 . Túlio Lages Aula 00 9 III - O mandado de segurança é repressivo quando tem a intenção de reparar lesão já ocorrida, e preventivo quando tem a finalidade de evitar uma lesão ao direito líquido e certo. IV - O mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado tanto por partido político com representação no Congresso Nacional, quanto por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. a) Apenas um item está correto b) Apenas dois itens estão corretos c) Apenas três itens estão corretos d) Todos os itens estão corretos e) Nenhum item está correto 18) Analise as colunas a seguir e assinale a alternativa que as associa corretamente: 1 - Ação popular ( ) meio de responsabilização pelas ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (a) ao meio-ambiente; (b) ao consumidor; (c) a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (d) a qualquer outro interesse difuso ou coletivo; (e) por infração da ordem econômica; (f) à ordem urbanística. (g) à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos; e (h) ao patrimônio público e social. 2 - Ação civil pública ( ) visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 3 - Mandado de injunção ( ) tem a finalidade de se obter informações e retificar dados, referentes à pessoa do impetrante. 4 - Habeas data ( ) deve ser concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. a) 2-1-4-3 b) 2-1-3-4 c) 1-2-4- d) 3-4-1-2 e) 1-3-4-2 Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 11 66 . Túlio Lages Aula 00 10 GABARITO 1. B 2. C 3. C 4. D 5. E 6. A 7. B 8. D 9. C 10. C 11. A 12. B 13. E 14. D 15. E 16. B 17. C 18. A QUESTÕES COMENTADAS Classificações 1) Quanto à classificação do controle da Administração Pública, assinale a alternativa incorreta: a) O controle da Administração Pública quanto à origem ou ao posicionamento do órgão que o efetua pode ser interno, externo e popular. b) O controle administrativo é aquele que decorre de funções administrativas do órgão enquanto o controle judiciário é o controle que se subdivide em controle parlamentar direto e parlamentar indireto c) O controle hierárquico resulta do escalonamento hierárquico dos órgãos administrativos enquanto o controle finalístico é aquele que não possui fundamentação na hierarquia d) Quanto ao momento, o controle pode ser classificado como prévio, concomitante ou posterior e) Quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada, o controle pode ser de legalidade ou de mérito Comentários: Letra A - correta. O controle da Administração Pública quanto à origem ou ao posicionamento do órgão que o efetua pode ser interno (realizado no âmbito da própria Administração ou porórgão do mesmo Poder que editou o ato controlado), externo (realizado por órgão independente ou de outro Poder do que efetuou o ato controlado) ou popular (efetuado pela sociedade civil ou pelos administrados em geral) Letra B - incorreta. É o controle legislativo (e não o controle judiciário) que se subdivide em parlamentar direto (exercido diretamente pelo Congresso Nacional) e parlamentar indireto (exercido pelo Tribunal de Contas da União). O controle judicial é o controle realizado pelo Poder Judiciário sobre a atuação da Administração Pública. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 12 66 . Túlio Lages Aula 00 11 Letra C - correta. Alternativa autoexplicativa, que descreve o controle hierárquico e finalístico. Letra D - correta. Quanto ao momento, o controle pode ser classificado como prévio (controle preventivo realizado antes do início da prática do ato ou antes de sua conclusão), concomitante (ocorre durante o processo de formação do ato controlado) ou posterior (também chamado de subsequente, é o controle que ocorre após a conclusão do ato). Letra E - correta. Quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada, o controle pode ser de legalidade (ou legitimidade, é o controle que procura verificar a conformação do ato ou do procedimento com as normas legais que o regem) ou de mérito (tem por objetivo comprovar a eficiência e os resultados do ato, além dos aspectos de conveniência e oportunidade) Gabarito: letra B 2) Analise os itens a seguir e assinale a alternativa que apresenta apenas os itens corretos: I - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. II - O controle hierárquico se observa quando há o escalonamento vertical e horizontal de órgãos, situação em que os órgãos se encontram subordinados sem a necessidade de lei ou norma específica para outorgar a sua competência de controle. III - O controle finalístico é o controle exercido pela Administração Direta sobre a Indireta, ou seja, será sempre limitado e externo. IV - O controle finalístico é menos amplo que o controle hierárquico, pois depende de previsão legal que estabelecerá as hipóteses e os limites de atuação. a) Apenas um item está correto b) Apenas dois itens estão corretos c) Apenas três itens estão corretos d) Todos os itens estão corretos e) Nenhum item está correto Comentários: Item I - correto. De acordo com o art. 70, caput, da Constituição da República. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 13 66 . Túlio Lages Aula 00 12 Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Item II - incorreto. No controle hierárquico, observa-se apenas o escalonamento VERTICAL entre os órgãos (e não horizontal). De fato, neste tipo de controle, há a subordinação sem a necessidade de lei ou norma específica para outorgar a competência de controle. Item III - correto. O controle finalístico é aquele que não existe hierarquia, mas vinculação entre a Administração Direta e Indireta. Segundo Hely Lopes Meirelles, o controle finalístico é “o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas, indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas”. Por esse motivo, trata-se de um controle que será sempre limitado e externo. Item IV - correto. Já que, como não há hierarquia na relação, o controle finalístico é bem menos amplo que o controle hierárquico. Vale dizer que, enquanto o controle hierárquico é amplo e independe de previsão legal, o controle finalístico depende de previsão legal, que estabelecerá as hipóteses e os limites de atuação. Gabarito: letra C 3) Quanto ao momento em que está havendo o controle administrativo, assinale a alternativa correta: a) O controle prévio é exercido antes da conclusão ou operatividade do ato, mas não pode ser utilizado como requisito para a eficácia ou validade deste ato. b) O controle prévio é feito pelo Poder Executivo e Legislativo, não sendo utilizado pelo Poder Judiciário. c) É um exemplo do exercício do controle concomitante, a fiscalização de uma obra durante sua realização. d) O controle subsequente ou corretivo é realizado após a conclusão do ato controlado, tendo como objetivo corrigir eventuais defeitos e dar-lhe eficácia, não podendo ser utilizado como base para a decretação da nulidade do ato. e) O julgamento das contas dos administradores públicos pelo Tribunal de Contas da União é um exemplo de controle concomitante. Comentários: Letra A - incorreta. O controle prévio (preventivo ou a priori) é exercido antes da conclusão ou operatividade do ato, sendo utilizado como requisito para a sua eficácia ou validade. Podemos citar como exemplo o uso do controle prévio a necessidade de se fazer uma liquidação de despesa pública antes de se efetuar o pagamento, bem como a exigência de projeto de engenharia atestando a viabilidade de uma obra, antes de seu início. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 14 66 . Túlio Lages Aula 00 13 Letra B - incorreta. Todos os poderes podem exercer o controle prévio. Temos como exemplo no Poder Legislativo a necessidade de prévia aprovação pelo Senado Federal, da escolha de ministros do STF, de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União, de governador de Território Federal, do presidente e diretores do Banco Central e do Procurador-Geral da República, conforme o art. 52, inciso III, “a”, “b”, “c”, “d” e “e”, da CF/88. Temos como exemplo no Poder Judiciário o art. 5º, inciso XXXV, da CF/88: Art. 5°, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Letra C - correta. O controle concomitante é aquele realizado durante o processo de formação do ato ou durante o desenvolvimento da conduta administrativa. Segundo Hely Lopes Meirelles, este controle tem a finalidade de verificar a regularidade da formação do ato. A alternativa descreve corretamente um exemplo do exercício do poder concomitante. Letra D - incorreta. O controle subsequente pode sim declarar a nulidade de um ato se constatado sua ilegalidade. Letra E - incorreta. Trata do controle posterior feito pelo Tribunal de Contas da União. Gabarito: letra C 4) De acordo com os seus conhecimentos sobre controle administrativo quanto ao aspecto, assinale a alternativa incorreta: a) O controle de legalidade e legitimidade possui o objetivo de verificar a conformação do ato ou procedimento administrativo com as normas legais e os preceitos administrativos. b) O controle de legalidade e legitimidade pode ser exercido tanto pela Administração, quanto pelos Poderes Legislativo e Judiciário. c) O controle de mérito atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato controlado (atos discricionários) d) O Poder Judiciário pode aplicar controle de mérito da decisão proferida pela autoridade administrativa que editou o ato, de acordo com seu juízo de conveniência e oportunidade. e) O Poder Legislativopode realizar o controle de mérito da função administrativa apenas em caráter excepcional e nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal. Comentários: Letra A - correta. O controle de legalidade e legitimidade possui o objetivo de verificar a conformação do ato ou procedimento administrativo com as normas legais e os preceitos administrativos. Letra B - correta. O controle de legalidade e legitimidade pode ser exercida tanto pela própria Administração, quanto pelos Poderes Legislativo e Judiciário. A diferença é que a Administração o exerce de ofício ou por provocação; enquanto o Legislativo só poderá exercê-lo nos casos previstos na Constituição. Por fim, o Poder Judiciário só atuará mediante provocação, através da devida ação judicial. Com efeito, os atos ilegais ou Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 15 66 . Túlio Lages Aula 00 14 ilegítimos são passíveis apenas de anulação, já que não se pode falar em revogação daquilo que não se encontra em conformação com a lei. Letra C - correta. O controle de mérito atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato controlado. Logo, é um controle que ocorre sobre os atos discricionários. Letra D - incorreta. Em geral, o controle de mérito é exercido pela própria Administração que executou o ato, uma vez que o mérito se expressa em um ato válido, sendo que o seu desfazimento se faz pela revogação. Nesse contexto, o Poder Judiciário não poderá adentrar no mérito da decisão, ou seja, em nenhuma hipótese o controle judicial adentrará no juízo de conveniência e oportunidade da autoridade administrativa que editou o ato, pois a esse Poder só cabe avaliar a legalidade e legitimidade, mas não o mérito. É importante ressaltar que há uma diferença entre mérito e discricionariedade. O Poder Judiciário pode sim analisar os atos discricionários, verificando se eles se encontram dentro dos parâmetros definidos na lei e no Direito. Se, eventualmente, um ato discricionário mostrar-se desarrazoado ou desproporcional, o Poder Judiciário poderá anulá-lo em virtude de sua ilegalidade ou ilegitimidade. Letra E - correta. O Poder Legislativo poderá realizar o controle de mérito da função administrativa (seja do Poder Executivo, o que é mais comum; ou do Poder Judiciário quando estiver exercendo sua função administrativa). Todavia, esse controle só é possível em caráter excepcional e nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal. Gabarito: letra D Controle Administrativo 5) De acordo com os seus conhecimentos, analise os itens a seguir e assinale a alternativa que contenha apenas os itens corretos: I - O controle exercido pela Administração Pública ocorre quando a própria Administração controla os seus atos, sendo sempre um controle interno. II - A base do controle administrativo é o exercício da autotutela. III - O controle administrativo alcança tanto a legalidade, permitindo a anulação dos atos inválidos, quanto o mérito, do qual se pode revogar os atos inconvenientes e inoportunos. IV - São instrumentos utilizados no controle administrativo, a fiscalização hierárquica, o direito de petição, o processo administrativo, incluindo os recursos administrativos e o instrumento da arbitragem. a) I e II b) I e III c) II e III d) II, III e IV e) I, II, III e IV Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 16 66 . Túlio Lages Aula 00 15 Comentários: Item I - correto. O controle exercido pela Administração Pública, ou simplesmente controle administrativo, ocorre quando a própria Administração controla os seus atos. Com efeito, será sempre um controle interno, vez que se instaura dentro de um mesmo Poder. O controle administrativo, conforme Hely Lopes Meirelles, é " todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-los dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo que é um controle de legalidade e mérito" Item II - correto. O princípio da autotutela constitui base para o exercício do poder administrativo. Para tanto, vale ressaltar a Súmula 473 do STF: Súmula 473 – A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Item III - correto. Conforme súmula 473 do STF, transcrita acima, a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade. Item IV - correto. Já que são instrumentos utilizados no controle administrativo: a) fiscalização hierárquica: é aquela exercida pelos órgãos superiores sobre os inferiores. b) direito de petição: objetiva a defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Qualquer pessoa pode peticionar perante uma autoridade administrativa e sobre isso obter uma resposta. No caso de silêncio administrativo, o administrado poderá recorrer ao Poder Judiciário para obrigar a autoridade a lhe fornecer a resposta c) processo administrativo: sucessão formal de atos intermediários ordenados de forma lógica, a qual tem a finalidade de possibilitar que a Administração pratique um ato final ou tome uma decisão administrativa final. d) recursos administrativos: em sentido amplo, são todos os instrumentos hábeis direcionados a propiciar à própria Administração o reexame de decisão interna. e) arbitragem: forma de solução de conflitos em que as duas partes elegem uma terceira, o árbitro, para julgar determinado litígio, sem necessidade do formalismo dos processos judiciais. Gabarito: letra E 6) Dentre os instrumentos para controle administrativo, temos o recuso administrativo, que, em sentido amplo, propicia o reexame das decisões internas da Administração. Analise as frases dadas a seguir e assinale a alternativa que ordena corretamente do que se trata cada descrição: Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 17 66 . Túlio Lages Aula 00 16 I - são recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato. II - é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades. III - é o pedido feito à mesma autoridade que emitiu o ato, para que esta o aprecie novamente IV - é aquele destinado a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento de fatos novos, não conhecidos no momento da decisão original. V - é pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela que editou o ato VI - é a manifestação do administrado, seja ele servidor público ou particular, do seu inconformismo com alguma decisão administrativa que lhe afete direitos ou interesses. a) Recurso hierárquico impróprio, representação, pedido de reconsideração, revisão, recurso hierárquico próprio e reclamação administrativa. b) Recurso hierárquico próprio, reclamação administrativa, pedido de reconsideração, revisão, recurso hierárquico impróprio e representação. c) Recurso hierárquico impróprio, representação, revisão, pedido de reconsideração, recurso hierárquico próprio e reclamação administrativa. d) Recurso hierárquico próprio, representação, pedido de reconsideração, revisão, recurso hierárquico impróprio e reclamação administrativa. e) Recurso hierárquico próprio,reclamação administrativa, revisão, pedido de reconsideração, recurso hierárquico impróprio e representação. Comentários: Vejamos a definição de cada tipo de recurso administrativo: a) reclamação administrativa: possui uma definição ampla para representar o ato pelo qual o administrado, seja ele servidor público ou particular, manifesta o seu inconformismo com alguma decisão administrativa que lhe afete direitos ou interesses. O ponto chave da reclamação administrativa é que ela ocorre quando o administrado deseja que a Administração reveja um ato que esteja afetando um direito ou interesse próprio. b) representação: é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades. Nesse caso, o administrado não está reclamando um direito seu afetado diretamente, mas apenas apresentando à Administração alguma irregularidade que entende que deve ser corrigida. Por exemplo, o art. 74, § 2º, da CF, estabelece que “qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União”; c) pedido de reconsideração: é o pedido feito à mesma autoridade que emitiu o ato, para que esta o aprecie novamente; Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 18 66 . Túlio Lages Aula 00 17 d) recurso hierárquico próprio: pode ser chamado simplesmente de recurso hierárquico ou apenas recurso, em sentido estrito. Trata-se do pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela que editou o ato. e) recurso hierárquico impróprio: são recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato. Portanto, nesse caso, não há hierarquia entre a autoridade que editou a decisão e aquela que irá analisar o recurso. Por não existir hierarquia, esse tipo de recurso só é possível quando há previsão legal, atribuindo a competência e estabelecendo os limites de seu exercício pelo órgão controlador. Um exemplo é o recurso direcionado ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, que é um órgão especializado no julgamento de recursos contra as decisões de delegacias da Secretaria da Receita Federal do Brasil. f) revisão: é aquele destinado a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento de fatos novos, não conhecidos no momento da decisão original. Nesse contexto, a Lei 9.784/1999, como exemplo, estabelece que os “processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada”. Portanto, a alternativa que identifica e ordena corretamente os itens é letra A: recurso hierárquico impróprio (ITEM 1), representação (ITEM 2), pedido de reconsideração (ITEM 3), revisão (ITEM 4), recurso hierárquico próprio (ITEM 5) e reclamação administrativa (ITEM 6). Gabarito: letra A 7) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas a seguir: A _____________ representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo (administrativo ou judicial). A _____________ é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa. A _____________ representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial. A _____________ admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do tempo já decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo ____________ é fatal, ou seja, não admite a interrupção nem a paralização. a) prescrição, preclusão, decadência, decadência, prescricional b) preclusão, decadência, prescrição, prescrição, decadencial c) preclusão, prescrição, decadência, decadência, prescricional d) preclusão, prescrição, decadência, prescrição, decadencial Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 19 66 . Túlio Lages Aula 00 18 e) prescrição, preclusão, decadência, prescrição, decadencial Comentários: Vejamos o correto preenchimento: A preclusão representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo (administrativo ou judicial). A decadência é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa. A prescrição representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial. A prescrição admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do tempo já decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo decadencial é fatal, ou seja, não admite a interrupção nem a paralização. Gabarito: letra B 8) Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle interno. Não é finalidade do controle interno: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. c) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. d) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. e) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. Comentários: Vejamos o que preveem o art. 71, inciso I, e o art. 74, incisos I, II, III e IV, ambos da CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 20 66 . Túlio Lages Aula 00 19 (...) Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. A apreciação de contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo é finalidade do controle externo, não interno, o que torna a assertiva D a resposta da questão. As demais assertivas apresentam finalidades do controle interno previstas nos incisos do art. 74 da CF/1988. Gabarito: letra D 9) Quantoao controle da Administração Pública, assinale a alternativa incorreta. a) O chamado controle social pode ser exercido pelo cidadão por meio de ação popular ou de denúncia perante o Tribunal de Contas da União. b) A anulação de atos ilegais e a revogação, por motivo de conveniência ou oportunidade, são exemplos de controle interno da Administração Pública. c) O prazo para a Administração anular atos que geram efeitos favoráveis ao administrado é de 5 anos, independentemente da comprovação de má-fé. d) O recurso hierárquico impróprio é cabível somente quando expressamente previsto em lei. e) O controle de legalidade pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes Judiciário e Legislativo. Comentários: Letra A - correta. O controle social, exercido pelo cidadão diretamente ou pela sociedade civil organizada, é previsto em diversos instrumentos disponíveis no ordenamento jurídico, como a ação popular (art. 5º, inciso LXXIII, da CF/88) e a denúncia perante os Tribunais de Contas (art. 74, § 2º, da CF/88): Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 21 66 ==19d3a4== . Túlio Lages Aula 00 20 Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; (...) Art. 74, § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. Letra B - correta. O controle administrativo ou interno é aquele exercido pela Administração sobre seus próprios atos, por meio dos poderes de autotutela (súmulas 473 e 346 do STF), que decorre de relação de hierarquia, e de tutela, que não decorre de relação hierárquica. Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. - Súmula 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Letra C - incorreta. O prazo para a Administração anular atos que geram efeitos favoráveis ao administrado é de 5 anos, salvo comprovada má-fé, conforme o art. 54, caput, da Lei 9.784/1999. Além disto, cabe destacar um precedente importante: “O prazo decadencial para que a Administração Pública promova a autotutela, previsto no art. 54 da Lei n.º 9.784/99, é aplicável tanto aos atos nulos quanto aos anuláveis”. Letra D - correta. O recurso hierárquico próprio é aquele dirigido à autoridade ou ao órgão imediatamente superior ao que proferiu a decisão recorrida, ao passo que o recurso hierárquico impróprio é aquele dirigido a autoridade ou órgão que não possui relação hierárquica com a autoridade ou órgão que emitiu o ato impugnado, sendo cabível somente quando expressamente previsto em lei. Letra E - correta. O controle de legalidade consiste na verificação da conformidade do ato com o ordenamento jurídico. Pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes Judiciário e Legislativo (incluindo Tribunais de Contas) sobre os atos da Administração, podendo resultar na confirmação da validade do ato, em sua anulação ou convalidação. Gabarito: letra C Controle Legislativo 10) O controle legislativo é o controle exercido pelo Poder Legislativo sobre a Administração Pública. Esse controle ocorre em qualquer esfera de governo, seja federal, estadual, distrital ou municipal. De acordo com os seus conhecimentos, assinale a alternativa incorreta: a) O controle legislativo manifesta-se pelo controle político e pelo controle exercido pelo Tribunal de Contas. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 22 66 . Túlio Lages Aula 00 21 b) Um exemplo de controle parlamentar direto é a competência do Congresso Nacional de sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. c) O controle legislativo, que se aplica estritamente à administração pública direta, restringe-se ao controle político e financeiro. d) O Tribunal de Contas tem a competência de julgar as contas dos administradores públicos enquanto o Congresso Nacional tem a competência de julgar as contas do Presidente da República. e) É competência do Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município. Comentários: Letra A - correta. O controle legislativo pode ser feito de duas maneiras: pelo controle político (controle parlamentar direto - exercido diretamente pelo Congresso Nacional, por suas casas, pelas comissões parlamentares, ou pelos membros do Poder legislativo) e pelo controle exercido pelo Tribunal de Contas (controle parlamentar indireto ou controle técnico). Letra B - correta. São diversas as competências previstas para que o Congresso Nacional exerça o controle externo da Administração Pública. A maioria dessas competências estão disciplinadas no art. 49 da CF/88, mas podemos observar algumas hipóteses nos artigos 50, 70 e 71 da CF/88. A alternativa em questão trata de do controle parlamentar direta, previsto no art. 49, inciso V, da CF/88, está transcrita abaixo: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Letra C - incorreta. O controle legislativo alcança as entidades da administração direta e indireta de todos os entes (União, Estados, Municípios e DF), e não só à administração pública direta. Letra D - correta. Já que algumas atividades de controle externo são exercidas unicamente pelo Legislativo, outras somente pelos Tribunais de Contas e, por fim, algumas são exercidas conjuntamente pelo Tribunal de Contas e pelo Congresso Nacional. Em síntese, podemos listar as seguintes competências: a) julgar as contas dos administradores públicos: competência do Tribunal de Contas; b) julgar as contas do Presidente da República: competência do Congresso Nacional; c) sustação de contratos: cabe ao TC determinar ao órgão que tome as medidas para o exato cumprimento da Lei; se o órgão não cumprir, o TC informa o Congresso Nacional para que ele tome as medidas necessárias para sustação; se o CN ou o Poder Executivo não tomarem as medidas necessárias em até 90 (noventa) dias, o TC poderá decidir sobre a sustação. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 23 66 . Túlio Lages Aula 00 22 Letra E - correta. De acordo com o art. 71, inciso VI, da Constituição Federal. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daquelesque derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Gabarito: letra C Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 24 66 . Túlio Lages Aula 00 23 11) Em relação aos controles interno e externo da Administração Pública, assinale a alternativa correta. a) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. b) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária. c) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente pelo Tribunal de Contas da União. e) Cabe ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil, financeira e orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de controle interno de cada Poder relativa à fiscalização operacional e patrimonial das respectivas entidades da administração direta e indireta. Comentários: Letra A - correta. Segundo o art. 74, caput e inciso IV, da CF/88, transcrito abaixo, o sistema de controle interno deve ser integrado (caput) e deve apoiar o controle externo em sua missão institucional (inciso IV): Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Letra B - incorreta. Conforme o art. 74, § 1º, da CF/88, os responsáveis pelo controle interno devem dar ciência ao TCU no caso de tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, sob pena de responsabilidade solidária. Art. 74, § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. Letra C - incorreta. O sistema de controle interno da União exerce a atribuição de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos exclusivamente da União, e não dos Estados, DF e Municípios, como afirma a assertiva. Art. 74, I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 25 66 . Túlio Lages Aula 00 24 (...) Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. Letra D - incorreta. Conforme o art. 71 da CF/88, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e não privativamente por este. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) Letra E - incorreta. Tanto o sistema de controle interno de cada Poder quanto o Congresso Nacional realizam a fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, segundo o art. 70 da CF: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Gabarito: letra A 12) Não se inclui na competência do Tribunal de Contas da União, determinada pela Constituição Federal, na realização do controle externo da administração pública federal: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. b) julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. c) realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. e) sustar atos administrativos em que se constate ilegalidade de que resulte prejuízo ao erário, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Comentários: Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 26 66 . Túlio Lages Aula 00 25 Atenção: conforme o art. 71, inciso I, da CF/88, o TCU julga as contas dos administradores e demais responsáveis Entretanto, especificamenteno caso das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, a Corte de Contas não as julga, mas tão somente sobre elas emite parecer prévio. Esse parecer é chamado de “prévio” porque antecede o parecer emitido pela Comissão mista (formada por Senadores e Deputados) permanente do Congresso Nacional, também sobre as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, de acordo com o art. 166, § 1º, inciso I, da CF/88. Quem finalmente possui a competência para julgar tais contas é o Congresso Nacional, conforme o art. 49, inciso IX, da CF/88. Por isso a assertiva B está errada. Letras A, C e D - corretas. As assertivas que trazem atribuições previstas, respectivamente, nos incisos III, IV e V do art. 71 da CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; Letra E - correta. A assertiva está correta, pois o TCU pode, caso constate ilegalidade, sustar a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, consoante art. 71, incisos IX e X da CF. Repare que se trata de sustação e não de revogação, pois esta só quem pode fazer é a própria Administração. Gabarito: letra B 13) Com relação ao controle exercido pelo Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que: Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 27 66 . Túlio Lages Aula 00 26 a) no exercício do controle externo, o Tribunal de Contas da União auxilia o Congresso Nacional, estando a ele subordinado. b) o Tribunal aprecia a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, bem como das nomeações para cargo de provimento em comissão. c) nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se, em qualquer hipótese, o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado. d) as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. e) no exercício de suas atribuições, o Tribunal de Contas pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. Comentários: Letra A - incorreta. O TCU auxilia o Congresso Nacional no exercício do Controle Externo, mas isso não significa dizer que a ele se subordina, o que torna a assertiva incorreta. Pelo contrário, o TCU é órgão independente e desempenha suas atribuições sem a autorização do Parlamento. Letra B - incorreta. Apesar de apreciar os atos de admissão de pessoal a qualquer título, na administração direta e indireta, o TCU não aprecia, para fins de registro, a legalidade das nomeações para cargo de provimento em comissão. Letra C - incorreta. Segue o exato teor da Súmula Vinculante nº 03: Súmula Vinculante nº 03 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Segundo o STF, a exceção em relação à apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão funda-se na premissa de que, no ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a relação jurídica travada, nesse momento, é somente entre o Tribunal de Contas e a Administração Pública. Letra D - incorreta. Conforme o art. 71, § 3º, da CF/88, as decisões do TCU de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo EXTRAJUDICIAL (e não judicial como afirma a assertiva). Isso porque o TCU não tem função jurisdicional. Letra E - correta. O STF, por meio da Súmula 347, reconheceu importante competência ao Tribunais de Contas de exercer o controle concreto de constitucionalidade: Súmula 347 - “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 28 66 . Túlio Lages Aula 00 27 Gabarito: letra E Controle Judiciário 14) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle a) interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. b) externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não a legalidade do ato administrativo. c) externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. d) externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. e) interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. Comentários: O controle realizado pelo Poder Judiciário sobre os atos da Administração Pública é externo, exceto quando se tratar de atos do próprio Poder Judiciário no exercício de suas atribuições atípicas / administrativas. Nesse controle externo, o Poder Judiciário deve analisar exclusivamente a legalidade ou legitimidade dos atos administrativos, não o mérito administrativo (juízo de oportunidade e conveniência). Letra A - incorreta. O Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno, e não pode analisar o mérito administrativo. Letra B e C - incorretas. O controle externo realizado pelo Poder Judiciário não abrange o mérito administrativo, apenas a legalidade. Letra E - incorreta. Já que o Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno. Gabarito: letra D 15) Quanto ao controle judicial dos atos da Administração pública, assinale a alternativa incorreta. a) É possível a apreciação judicial dos atos discricionários praticados pela Administração Pública. b) É lícito ao Poder Judiciário, em sede de controle de ato administrativo disciplinar, anular penalidade de demissão com fundamento na desproporcionalidade do ato. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo- 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 29 66 . Túlio Lages Aula 00 28 c) O controle judicial ocorre sempre mediante provocação e é, via de regra, uma forma de controle a posteriori. d) O Poder Judiciário exerce tão somente o controle da legalidade dos atos administrativos, podendo resultar na confirmação ou não da validade do ato. e) O Poder Judiciário, se entender pela violação a princípio da administração pública, poderá revogar o ato administrativo expedido por autoridade administrativa. Comentários: Letra A - correta. Já que o Poder Judiciário pode controlar atos discricionários, desde que não invada o mérito desses atos. Letra B - correta. O Poder Judiciário tem permissão para exercer o controle de legalidade dos atos administrativos, só lhe sendo vedado o controle de mérito do ato. A anulação de uma penalidade aplicada pelo administrador por parte do Poder Judiciário, decorrente de uma avaliação quanto à razoabilidade/proporcionalidade, é um controle de legalidade e, portanto, lícito àquele Poder. Letra C - correta. O controle judicial é exercido pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, e só ocorre mediante provocação, nunca de ofício. Em regra, é um controle a posteriori incide sobre a legalidade dos atos administrativos (nunca sobre o mérito). Letra D - correta. O controle de legalidade consiste na verificação da conformidade do ato com o ordenamento jurídico. Pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes Judiciário e Legislativo (incluindo Tribunais de Contas) sobre os atos da Administração, podendo resultar na confirmação da validade do ato, em sua anulação ou convalidação. Já o controle de mérito é a verificação da oportunidade e conveniência da conduta administrativa. Pode ser realizado somente pela própria Administração, podendo resultar na confirmação da conduta ou na revogação do ato. Letra E - incorreta. O controle judicial pode resultar na anulação de um ato, nunca em sua revogação. Gabarito: letra E. 16) Relativamente às ações judiciais disponíveis para o controle da Administração Pública, assinale a alternativa incorreta. a) O mandado de segurança é cabível contra lei e atos vinculados ou discricionários. b) Cabe mandado de injunção contra omissão total ou parcial na regulamentação de normas constitucionais, inclusive na hipótese de já haver norma sobre o assunto, caso ela seja defeituosa. c) O mandado de injunção coletivo poder ser promovido pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, por partido político com representação no Congresso Nacional e por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 30 66 . Túlio Lages Aula 00 29 d) O habeas data não é cabível quando a informação a ser acessada consta de bancos de dados de caráter privado e só pode ser impetrado após o indeferimento do pedido de informações de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo. e) É legitimado ativo para a ação popular somente a pessoa física em pleno gozo dos direitos civis e políticos, ficando o autor obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ônus da sucumbência, se comprovada a má fé. Comentários: Letra A - correta. Já que o mandado de segurança possui caráter residual e é cabível contra lei, desde que seja uma lei de efeitos concretos, jamais lei em tese (de caráter geral e abstrato). É cabível também tanto contra atos vinculados (ilegalidade), quanto contra atos discricionários (abuso de poder). Letra B - incorreta. De fato, o mandado de injunção é aplicável tanto contra a omissão total quanto parcial na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada. Porém, tal remédio não é cabível se já houver norma regulamentadora do direito constitucional, mesmo que esta seja defeituosa, o que torna a assertiva incorreta. Letra C - correta. O art. 12, incisos I a IV, da Lei 13.300/2016, prevê que o mandado de injunção coletivo poder ser promovido: Art. 12, I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal. Letra D - correta. Destacando ainda que se trata de ação personalíssima, não podendo ser utilizado com a finalidade de acessar informações de terceiros. Letra E - correta. Somente o cidadão (pessoa física em pleno gozo dos direitos civis e políticos) pode impetrar a ação, ou seja, não é qualquer pessoa. Além disso, se comprovada a má fé, o autor fica obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ônus da sucumbência. Gabarito: letra B. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 31 66 . Túlio Lages Aula 00 30 17) Analise os itens a seguir e assinale a alternativa que apresenta apenas os itens corretos: I - O controle judicial pode se dividir em controle comum e controle especial. O primeiro é o controle a que se sujeitam os atos administrativos em geral, enquanto o segundo é o que se sujeitam os atos especiais, tais como atos legislativos, atos políticos e atos interna corporis. II - O mandado de segurança é utilizado nos casos em que há a necessidade de se proteger direito líquido e certo, devendo ser aplicado juntamente com o habeas corpus em casos excepcionais previstos em lei (quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público). III - O mandado de segurança é repressivo quando tem a intenção de reparar lesão já ocorrida, e preventivo quando tem a finalidade de evitar uma lesão ao direito líquido e certo. IV - O mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado tanto por partido político com representação no Congresso Nacional, quanto por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. a) Apenas um item está correto b) Apenas dois itens estão corretos c) Apenas três itens estão corretos d) Todos os itens estão corretos e) Nenhum item está correto Comentários: Item I - correto. Já que o controle comum é o controle a que se sujeitam os atos administrativos em geral. Trata-se do controle de legalidade e de legitimidade, em que se permite que o Poder Judiciário anule os atos administrativos ilegais ou ilegítimos. Já o controle especial é o que se sujeitam os atos especiais: atos legislativos, atos políticos e atos interna corporis. Vejamos o significado de cada um: Atos políticos: caracterizam-se por uma ampla discricionariedade, inserindo-se nas competências constitucionais das altas autoridades.Por isso, o controle judicial é extremamente limitado, ocorrendo apenas quando o ato exceder os limites discricionários da competência do órgão ou autoridade. Atos legislativos: expressam-se pela criação das leis em sentido formal e material. Nesse caso, o controle judicial não ocorre pelos meios comuns de controle dos atos administrativos, podendo ser realizado apenas pelos procedimentos especiais de controle das leis, como a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 32 66 . Túlio Lages Aula 00 31 Atos interna corporis são aqueles atinentes à intimidade das casas legislativas, como a escolha dos membros da Mesa Diretora. O controle do Poder Judiciário, nesses casos, é extremamente restrito ou quase inexistente, só podendo ocorrer quando a decisão for contra as normas constitucionais, legais ou do próprio regimento da casa. Item II - incorreto. O mandado de segurança tem caráter residual, uma vez que ele é aplicável quando não couber habeas corpus ou habeas data, conforme o art. 5º, inciso LXIX, da CF/88: Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; Item III - correto. Já que existem duas formas de tutela para o mandado de segurança: a) mandado de segurança repressivo: tem por objetivo reparar uma lesão já ocorrida. Portanto, a ação é contra um ato público vigente e eficaz, buscando corrigir uma conduta administrativa adotada; b) mandado de segurança preventivo: tem a finalidade de evitar uma lesão ao direito líquido e certo. Nesse caso, o objetivo é impedir que uma lesão venha a ocorrer, seja em decorrência de um ato já praticado, porém pendente de eficácia (ainda não produziu os seus efeitos); ou de um ato na iminência de ser praticado, ou seja, há elementos que demonstrem que o ato será praticado, ferindo um direito subjetivo. Item IV - correto. O mandado de segurança coletivo, disciplinado pela Lei 12.016/2009, está previsto no art. 5º, LXX da Constituição Federal: Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Gabarito: letra C 18) Analise as colunas a seguir e assinale a alternativa que as associa corretamente: 1 - Ação popular ( ) meio de responsabilização pelas ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (a) ao meio-ambiente; (b) ao consumidor; (c) a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (d) a qualquer outro interesse difuso ou coletivo; (e) por infração da ordem econômica; (f) à ordem urbanística. (g) à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos; e (h) ao patrimônio público e social. 2 - Ação civil pública ( ) visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 33 66 . Túlio Lages Aula 00 32 histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 3 - Mandado de injunção ( ) tem a finalidade de se obter informações e retificar dados, referentes à pessoa do impetrante. 4 - Habeas data ( ) deve ser concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. a) 2-1-4-3 b) 2-1-3-4 c) 1-2-4- d) 3-4-1-2 e) 1-3-4-2 Comentários: (Ação civil pública) meio de responsabilização pelas ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (a) ao meio-ambiente; (b) ao consumidor; (c) a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (d) a qualquer outro interesse difuso ou coletivo; (e) por infração da ordem econômica; (f) à ordem urbanística. (g) à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos; e (h) ao patrimônio público e social. (Ação popular) visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência (Habeas data) tem a finalidade de se obter informações e retificar dados, referentes à pessoa do impetrante (Mandado de injunção) deve ser concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania Desta forma, a sequência resta da seguinte forma: (2) (1) (4) (3) Gabarito: letra A ... Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 34 66 . Túlio Lages Aula 00 33 Forte abraço! Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 35 66 . Túlio Lages Aula 00 34 Túlio Lages Face: www.facebook.com/proftuliolages Insta: www.instagram.com/proftuliolages YouTube: youtube.com/proftuliolages Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 36 66 . Túlio Lages Aula 00 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013. BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de Documentação, 2016. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016. FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016. JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 37 66 . Túlio Lages Aula 00 1 SIMULADO Introdução ........................................................................................................................................................ 1 Questões Inéditas ........................................................................................................................................... 1 Gabarito/Questões Comentadas ..................................................................................................................9 Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 28 INTRODUÇÃO Olá! Este simulado contempla questões inéditas sobre: Responsabilidade Civil do Estado Pronto para testar seu conhecimento?! QUESTÕES INÉDITAS Evolução e Teorias 1) De acordo com os seus conhecimentos sobre a responsabilidade civil do Estado, analise as assertivas e assinale a incorreta. a) Podemos dizer que a responsabilidade civil é a obrigação de reparar os danos lesivos a terceiros, seja de natureza patrimonial ou moral. b) A responsabilidade do Estado pode ser contratual ou extracontratual. c) Conforme a Teoria da não responsabilização do Estado, ocorrida durante o período dos regimes absolutistas, apesar de haver a reparação dos danos que os agentes do Estado causavam, o Estado não era responsabilizado justificando-se que ações injustas eram necessárias para garantir a ordem no país. d) Na Teoria civilista, o Estado não era responsabilizado por atos de império, e sim, pelos atos de gestão, pois quando pratica atos de gestão, o Estado está em condições de igualdade perante o particular. e) A Teoria da culpa civil surge após a Teoria civilista, e trata da necessidade de comprovação de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia) na conduta do agente estatal para a responsabilização do Estado. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 38 66 . Túlio Lages Aula 00 2 2) De acordo com as teorias que cercam a responsabilidade do Estado, analise os itens a seguir e assinale a alternativa que contenha apenas os itens corretos. I - Na teoria da culpa administrativa, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do Estado independe da culpa subjetiva do agente. II - A teoria da culpa do serviço estipula a responsabilização do Estado independentemente de qualquer culpa do agente, e é aplicado nas seguintes hipóteses: o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar; o serviço funcionou mal; ou o serviço atrasou. III - A teoria do risco administrativo, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado. Nesta teoria, independe se a vítima concorreu com o dano. IV - São requisitos para a responsabilidade do Estado (conforme teoria do risco administrativo): dano, conduta administrativa e nexo causal. V - A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente se houver culpa ou dolo da vítima. a) Apenas uma alternativa está correta b) Apenas duas alternativas estão corretas c) Apenas três alternativas estão corretas d) Apenas quatro alternativas estão corretas e) Todas as alternativas estão corretas Responsabilidade objetiva. Risco administrativo prevista no art. 37, § 6º da CF/88 3) Suponha que, durante manifestação da população contra o governador de determinada unidade da federação, realizada na praça pública onde fica a sede do governo estadual, o policiamento foi acionado e, durante as intervenções, efetuou o disparo de armas de fogo, atingindo fatalmente um cidadão. Nesse contexto, é correto afirmar que a família do indivíduo falecido a) Caso tenha interesse, deve pleitear indenização por danos morais ou materiais em face dos agentes públicos responsáveis pelos disparos de arma de fogo, cuja responsabilidade é subjetiva. b) Pode pleitear indenização pelos danos morais ou materiais em face do Estado responsável pelo policiamento, sendo a responsabilidade estatal objetiva. c) Caso tenha interesse, deve, após a identificação do agente que efetuou o disparo letal, ajuizar ação de indenização por danos morais ou materiais em face do agente público, cuja responsabilidade é objetiva. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 39 66 . Túlio Lages Aula 00 3 d) Caso tenha interesse, deve, após a identificação do agente que efetuou o disparo letal, ajuizar ação de indenização por danos morais ou materiais em face do agente público, cuja responsabilidade é subjetiva. e) Não pode responsabilizar o poder público pelos fatos ocorridos durante a manifestação, porque imprevisíveis ou inevitáveis e decorrentes do regular exercício do poder de polícia. 4) Sobre a responsabilidade civil extracontratual do Estado prevista na CF e as teorias da responsabilidade estatal, assinale a alternativa correta: a) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo objetiva. b) Quando há culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado prevista na CF é parcialmente afastada. c) A responsabilidade civil do Estado prevista na Constituição Federal alcança apenas as pessoas de direito público. d) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica, via de regra, são alcançadas pela responsabilidade do Estado. e) Mesmo em caso de dolo do agente público responsável, não é afastada a responsabilidade estatal. Responsabilidade por Omissão 5) Com relação às teorias de responsabilização, assinale a alternativa correta: a) Na teoria do risco administrativo, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva, não havendo de se falar em excludentes de ilicitude. b) A responsabilidade civil objetiva do Estado, conforme prevista na Constituição Federal, alcança todos os órgãos e entidades da Administração direta e indireta. c) Como regra, é possível a responsabilização civil estatal por atos legislativos. d) No caso de omissão do Estado, como regra, cabe ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público. e) Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é parcialmente afastada. Caso fortuito e força maior 6) Analise as alternativas a seguir, e assinale a correta: a) A teoria do risco administrativo admite algumas hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do Estado, sendo uma delas as hipóteses de caso fortuito ou força maior. b) Quando houver a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, a responsabilidade civil do Estado poderá ser reduzida. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 40 66 . Túlio Lages Aula 00 4 c) Uma grande enchente que ocorre anualmente em épocas de chuvas na cidade de Santo Inácio pode ser considerada um caso de força maior, sendo o Estado eximido de qualquer responsabilidade. d) O caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade objetiva e subjetiva do Estado. e) A responsabilidade do Estado em consequência de fenômenos da natureza é sempre do tipo objetiva. Danos decorrentes de obra pública 7) Uma concessionária que explora rodovia estadual, no decorrer da execução das obras de duplicação da rodovia, acabou por não executar adequadamente as contenções das encostas. Em decorrência de uma tempestade 2 (dois) dias após o início das obras, houve um grande deslizamento de terra de uma encosta, possibilitando a ocorrência de acidentes entre os veículos que trafegavam pelo local no momento. Diante dessa situação, e considerando o que trata a Constituição Federal, a) a concessionária estadual responde, civilmente, pelos acidentes ocorridos, desde que reste demonstrada a culpa dos seus funcionários que atuavam nas obras de duplicação. b) estamos diante de uma hipótese de força maior, excludente de responsabilidade, tanto para a concessionária de serviço público, quanto para os motoristas envolvidos nos acidentes. c) a concessionária estadual responde, objetivamente, pelos danos causados, comprovado o nexo de causalidade com o atodos representantes daquela empresa, que não executaram adequadamente as obras necessárias para evitar o incorrido. d) o Estado responde, objetivamente, pelos danos causados pela tempestade, tendo em vista que o poder público responde, direta e integralmente, pelos atos de suas concessionárias de serviço público, inclusive em razão da ocorrência de força-maior. e) o Estado responde, objetivamente, pelos danos causados, na qualidade de titular do serviço que era prestado pela concessionária, esta que não pode ser responsabilizada diretamente, apenas pela via regressiva. Responsabilidade por atos legislativos e jurisdicionais 8) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle a) interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. b) externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não a legalidade do ato administrativo. c) externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. d) externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 41 66 . Túlio Lages Aula 00 5 e) interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. 9) Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle interno. Não é finalidade do controle interno a) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. c) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. d) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. e) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. 10) Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que está se insere no legítimo poder de império. De acordo com os seus conhecimentos, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta. a) Quando ocorrer atividade legislativa dentro dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se falar em dever do Estado em indenizar. b) Há três hipóteses onde o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo exercício da atividade legislativa, são elas: edição de lei inconstitucional, edição de leis de efeitos abstratos e omissão legislativa. c) É ilícito criar leis desconformes com a Constituição, motivo pelo qual o Estado poderá ser responsabilizado pela edição de leis inconstitucionais que gerarem prejuízos a terceiros. d) A omissão legislativa ocorre nos casos em que a Constituição fixa prazo para edição de uma norma e está não é feita. e) Ao contrário das leis de efeitos abstratos, as leis de efeitos concretos aplicam-se a destinatários certos, atingindo diretamente a órbita individual de pessoas definidas, situação análoga aos atos administrativos. 11) Analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta. I - A Constituição Federal reconhece como direito individual, a indenização para o condenado por erro judiciário ou que ficar preso além do tempo fixado na sentença. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 42 66 . Túlio Lages Aula 00 6 II - Não há que se falar em responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional onde ocorre condutas dolosas praticadas pelo juiz que causem prejuízo à parte ou a terceiros. III - Cabe indenização por prisões temporárias ou preventivas determinadas em regular processo criminal, quando ao final do processo, o réu for absolvido. IV - Quando o magistrado, dolosamente ou mediante fraude, causar prejuízos à parte ou a terceiros, ou ainda quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte, será ele responsabilizado de forma objetiva. a) Apenas o item I está correto b) Apenas os itens I e II estão corretos c) Apenas os itens II e III estão corretos e) Apenas os itens II e IV estão corretos e) Apenas os itens III e IV estão corretos 12) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta. a) Em caso de suicídio de um detento, a responsabilidade do Estado é subjetiva. b) É possível que o Estado seja responsabilizado por danos causados a particulares decorrentes de lei declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário. c) Apesar não estar expressamente prevista na Constituição Federal, a responsabilidade civil do Estado por danos nucleares é objetiva e independe da existência de culpa. d) No caso de omissão estatal, sua responsabilidade é objetiva, bastando que haja nexo causal entre o dano e a omissão do Estado. e) Não se admite a responsabilização civil do Estado por ato cometido pelo Poder Judiciário no exercício de sua função típica. Ações de reparação de dano e regressiva 13) É correto afirmar, em relação à responsabilidade civil do Estado. a) Segundo entendimento do STF, a ação de reparação de dano deve ser movida pelo particular em desfavor da Administração, e não do agente público que causou o dano, que poderá figurar com litisconsórcio passivo. b) Conforme previsto na Lei nº 9.494/97, a ação de reparação contra a Administração se sujeita ao prazo de prescrição de 3 (três) anos. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 43 66 . Túlio Lages Aula 00 7 c) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica também estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF. d) Somente haverá o direito de regresso do Estado caso se comprove o dolo específico na conduta do agente público. e) A legitimidade para ajuizar a ação regressiva é imprescritível e transmite-se aos herdeiros do agente público causador do dano, até o limite do patrimônio transferido. 14) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta. a) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade civil objetiva do Estado alcança todas as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado que integrem a administração pública, inclusive os delegatários de serviço público, relativamente a usuários e não usuários do serviço. b) Pela teoria da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao funcionário culpado, isentando o Estado da responsabilidade pelo dano causado. c) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva e ocorre quando há nexo de causalidade entre a ação do agente público e o dano, podendo ser afastada em determinadas situações. d) É irrelevante a licitude ou ilicitude do ato lesivo para configurar a responsabilidade civil do Estado. Ainda que, em regra, os danos indenizáveis sejam derivados de condutas contrárias ao ordenamento jurídico, há situações em que a administração pública atua em conformidade com o direito e, ainda assim, deverá indenizar o particular. e) A teoria que impera atualmente no direito administrativopara a responsabilidade civil do Estado é a do risco integral, segundo a qual a comprovação do ato, do dano e do nexo causal é suficiente para determinar a condenação do Estado. Entretanto, tal teoria reconhece a existência de excludentes ao dever de indenizar. 15) Assinale a alternativa correta quanto a reparação do dano causado a terceiro: a) A indenização de terceiro lesado pelo Estado pode ocorrer de forma amigável ou por meio de ação judicial movida pelo terceiro prejudicado contra o agente público que gerou a lesão. b) O valor da reparação do dano causado a terceiro pelo Estado deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu e o que gastou para obter o ressarcimento, sendo vedado a inclusão lucros cessantes. c) Se houver eventual morte da vítima, em consequência de atropelamento ocasionado pelo motorista da prefeitura que dirigia o caminhão de coleta de lixo, a indenização deverá cobrir os custos de sepultamento, bem como a prestação alimentícia devida pela a quem o falecido devia, durante o período apurado de expectativa de vida. d) O Estado, diante de sua responsabilidade objetiva, não poderá mover seu direito de regresso contra o agente causador de dano nos casos de dolo ou culpa. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 44 66 . Túlio Lages Aula 00 8 e) O direito de regresso movido pelo Estado contra o servidor poderá ser exercido independentemente do resultado da ação de reparação do dano causado movido por terceiro lesado contra o Estado. Responsabilidade administrativa, civil e penal do agente público 16) Julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras ou falsas. Na sequência, assinale a alternativa corresponde às suas escolhas. I. Considera-se causa atenuante da responsabilidade estatal a culpa concorrente da vítima. II. A responsabilidade objetiva da Administração pode ser afastada sob alegação de ocorrência de caso fortuito ou força maior. III. Havendo culpa exclusiva da vítima, ficará excluída a responsabilidade do Estado. IV. Por se tratar do rompimento do nexo causal, a responsabilidade é elidida na hipótese de fato exclusivo de terceiro. Estão corretas: a) Somente I e II. b) Somente I, II e III. c) Somente II e IV. d) Somente II, III e IV. e) Todas estão corretas. 17) De acordo com os seus conhecimentos sobre a responsabilidade do Estado, assinale a alternativa correta. a) O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus agentes sempre que estes estiverem amparados por causa excludente de ilicitude penal. b) Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por funcionário público putativo, o Estado não responderá civilmente perante particulares de boa-fé. c) As empresas prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável exclusivamente no caso de dolo. d) A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos abrange os danos morais e materiais. e) É objetiva a responsabilidade do agente público em exercício que, por ato doloso, cause danos a terceiros. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 45 66 . Túlio Lages Aula 00 9 GABARITO 1. C 2. D 3. B 4. E 5. D 6. A 7. C 8. D 9. D 10. B 11. A 12. B 13. E 14. D 15. C 16. E 17. D QUESTÕES COMENTADAS Evolução e Teorias 1) De acordo com os seus conhecimentos sobre a responsabilidade civil do Estado, analise as assertivas e assinale a incorreta. a) Podemos dizer que a responsabilidade civil é a obrigação de reparar os danos lesivos a terceiros, seja de natureza patrimonial ou moral. b) A responsabilidade do Estado pode ser contratual ou extracontratual. c) Conforme a Teoria da não responsabilização do Estado, ocorrida durante o período dos regimes absolutistas, apesar de haver a reparação dos danos que os agentes do Estado causavam, o Estado não era responsabilizado justificando-se que ações injustas eram necessárias para garantir a ordem no país. d) Na Teoria civilista, o Estado não era responsabilizado por atos de império, e sim, pelos atos de gestão, pois quando pratica atos de gestão, o Estado está em condições de igualdade perante o particular. e) A Teoria da culpa civil surge após a Teoria civilista, e trata da necessidade de comprovação de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia) na conduta do agente estatal para a responsabilização do Estado. Comentários: Letra A - correta. Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá responder por algo que fez ou deixou de fazer. A responsabilidade, no Direito, representa a possibilidade de alguém responder por algum dano que causou. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 46 66 . Túlio Lages Aula 00 10 Letra B - correta. Quando falamos de responsabilidade civil do Estado assumida por contrato, estamos falando de vínculo contratual que o Estado possui com terceiros (ex: contrato administrativo decorrente de licitação). Já a responsabilidade civil do Estado assumida de forma extracontratual decorre de uma obrigação jurídica que o Estado possui de reparar danos morais e patrimoniais causados a terceiros por seus agentes, ou seja, não há um contrato firmado entre o acusador do dano e o terceiro lesado. Letra C - incorreta. Na teoria da não responsabilização do Estado (em períodos absolutistas), a autoridade do monarca era incontestável e, consequentemente, as ações do rei ou de seus auxiliares não eram cabíveis de qualquer ônus (responsabilidade de reparar o dano causado). O ponto central desta teoria era de que o rei não cometia erros. Letra D - correta. Cabe ressaltar que a teoria civilista surgiu com base no direito privado onde o Estado é equiparado ao indivíduo, sendo obrigado a indenizar os danos causados a terceiros nas mesmas hipóteses em que os indivíduos também seriam (regras do Direito Civil). Letra E - correta. Na teoria da culpa civil (ou teoria da responsabilidade subjetiva), a responsabilização do Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, depende da comprovação de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos. Gabarito: letra C 2) De acordo com as teorias que cercam a responsabilidade do Estado, analise os itens a seguir e assinale a alternativa que contenha apenas os itens corretos. I - Na teoria da culpa administrativa, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do Estado independe da culpa subjetiva do agente. II - A teoria da culpa do serviço estipula a responsabilização do Estado independentemente de qualquer culpa do agente, e é aplicado nas seguintes hipóteses: o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar; o serviço funcionou mal; ou o serviço atrasou. III - A teoria do risco administrativo, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado. Nesta teoria, independe se a vítima concorreu com o dano. IV - São requisitos para a responsabilidade do Estado (conforme teoria do risco administrativo): dano, conduta administrativa e nexo causal. V - A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente se houver culpa ou dolo da vítima. a) Apenas uma alternativa está correta b) Apenas duas alternativas estão corretas Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégicode Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 47 66 . Túlio Lages Aula 00 11 c) Apenas três alternativas estão corretas d) Apenas quatro alternativas estão corretas e) Todas as alternativas estão corretas Comentários: Item I - correto. A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa anônima é a primeira teoria publicista, representando a transição entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente na maioria dos países ocidentais. Item II - correto. Descreve a teoria da culpa do serviço. Item III - incorreto. Aa responsabilidade civil do Estado decorrente da relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo administrado é afetada nos casos em que o particular concorre com o dano, ao contrário do que afirma o item. Ou seja, o Estado poderá eximir-se da reparação se comprovar culpa exclusiva do particular. Poderá ainda ter o dever de reparação atenuado, desde que comprove a culpa concorrente do terceiro afetado. Em qualquer caso, o ônus da prova caberá à Administração. Item IV - correto. Trata da responsabilidade do Estado. Item V - correto. De acordo com a teoria do risco integral, o Estado tem o dever de indenizar todo e qualquer dano suportado pelos terceiros, ainda que resulte de culpa ou dolo da vítima. Dessa forma, o fato de a vítima ter contribuído ou não para o dano não representa nenhum tipo de excludente ou atenuante de responsabilidade. Gabarito: letra D. Responsabilidade objetiva. Risco administrativo prevista no art. 37, § 6º da CF/88 3) Suponha que, durante manifestação da população contra o governador de determinada unidade da federação, realizada na praça pública onde fica a sede do governo estadual, o policiamento foi acionado e, durante as intervenções, efetuou o disparo de armas de fogo, atingindo fatalmente um cidadão. Nesse contexto, é correto afirmar que a família do indivíduo falecido a) Caso tenha interesse, deve pleitear indenização por danos morais ou materiais em face dos agentes públicos responsáveis pelos disparos de arma de fogo, cuja responsabilidade é subjetiva. b) Pode pleitear indenização pelos danos morais ou materiais em face do Estado responsável pelo policiamento, sendo a responsabilidade estatal objetiva. c) Caso tenha interesse, deve, após a identificação do agente que efetuou o disparo letal, ajuizar ação de indenização por danos morais ou materiais em face do agente público, cuja responsabilidade é objetiva. d) Caso tenha interesse, deve, após a identificação do agente que efetuou o disparo letal, ajuizar ação de indenização por danos morais ou materiais em face do agente público, cuja responsabilidade é subjetiva. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 48 66 . Túlio Lages Aula 00 12 e) Não pode responsabilizar o poder público pelos fatos ocorridos durante a manifestação, porque imprevisíveis ou inevitáveis e decorrentes do regular exercício do poder de polícia. Comentários: Relembremos o teor do art. 37, § 6º, da CF/88: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Assim, o Estado ao qual está vinculado o policiamento pode ser acionado judicialmente para responder pelo dano causado pelo órgão de segurança pública, vindo a responder objetivamente pelo prejuízo moral ou patrimonial causado. Letra A - incorreta. O ajuizamento de ação em que se pleiteia o pagamento de indenização por danos morais ou materiais, no caso do enunciado, deve ser direcionado em face da entidade pública a qual está vinculado o agente que provocou o dano. Letra C e D - incorreta. A ação de reparação por danos morais ou materiais, no caso, deve ser ajuizada em face da entidade estatal, não em face do agente público. Conforme conclusão do STF no julgamento do RE 327.904, “o agente não representa o Estado, ele é o Estado em ação”, de modo que quem responde perante terceiros pelos danos materiais ou morais eventualmente causados “é a pessoa do Estado, é o poder público ou quem lhe faça as vezes”. Letra E - incorreta. Os fatos que ocorreram na manifestação (disparos de arma de fogo) não eram imprevisíveis ou inevitáveis, e o fato de haver o regular exercício do poder de polícia não impossibilita a responsabilização do Estado pelos danos morais e patrimoniais causados ao cidadão. Gabarito: letra B. 4) Sobre a responsabilidade civil extracontratual do Estado prevista na CF e as teorias da responsabilidade estatal, assinale a alternativa correta: a) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo objetiva. b) Quando há culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado prevista na CF é parcialmente afastada. c) A responsabilidade civil do Estado prevista na Constituição Federal alcança apenas as pessoas de direito público. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 49 66 ==19d3a4== . Túlio Lages Aula 00 13 d) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica, via de regra, são alcançadas pela responsabilidade do Estado. e) Mesmo em caso de dolo do agente público responsável, não é afastada a responsabilidade estatal. Comentários: Letra A – incorreta. Na culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo subjetiva e ocorre quando constatada culpa do Estado (não do agente público!) nos casos de falta ou má qualidade do serviço. Letra B – incorreta. Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é integralmente afastada e, na culpa concorrente da vítima, parcialmente afastada. Letra C – incorreta. A responsabilidade civil extracontratual do Estado prevista na CF alcança a pessoas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público, inclusive as delegatárias de serviço público. Letra D – incorreta. As empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF, sendo sua responsabilidade subjetiva, na modalidade culpa comum. Perceba que, para o dispositivo constitucional mencionado, o que importa é que sejam pessoas jurídicas “prestadoras de serviços públicos”. Letra E – correta. A responsabilidade estatal prevista na CF não é afastada em caso de dolo ou culpa do responsável, mas, nesse caso, é assegurada à Administração o direito de regresso contra ele. Na ação regressiva, cabe à Administração provar que o responsável agiu com dolo ou culpa (a responsabilidade do agente é subjetiva, na modalidade culpa comum). Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Gabarito: letra E Responsabilidade por Omissão 5) Com relação às teorias de responsabilização, assinale a alternativa correta:a) Na teoria do risco administrativo, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva, não havendo de se falar em excludentes de ilicitude. b) A responsabilidade civil objetiva do Estado, conforme prevista na Constituição Federal, alcança todos os órgãos e entidades da Administração direta e indireta. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 50 66 . Túlio Lages Aula 00 14 c) Como regra, é possível a responsabilização civil estatal por atos legislativos. d) No caso de omissão do Estado, como regra, cabe ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público. e) Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é parcialmente afastada. Comentários: Letra A - incorreta. No risco administrativo, a responsabilidade do Estado pode ser afastada em determinadas situações, quando incidem excludentes de ilicitude (culpa exclusiva ou concorrente da vítima, caso fortuito, força maior e fato exclusivo de terceiros). Letra B - incorreta. As empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88 – sua responsabilidade é subjetiva, na modalidade culpa comum. Vejamos o teor do dispositivo mencionado: Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Letra C - incorreta. Como regra, é incabível a responsabilização civil do Estado por atos legislativos. Letra D - correta. Já que, no caso de omissão do Estado, sua responsabilidade civil é subjetiva, na modalidade culpa administrativa, cabendo ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público (não precisa ser de um agente público específico), em decorrência do serviço público que não funcione quando deveria funcionar, funcione atrasado ou funcione mal, sendo configurada a omissão nas duas primeiras hipótese. Letra E - incorreta. Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é integralmente afastada e, na culpa concorrente da vítima, parcialmente afastada. Gabarito: letra D Caso fortuito e força maior 6) Analise as alternativas a seguir, e assinale a correta: a) A teoria do risco administrativo admite algumas hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do Estado, sendo uma delas as hipóteses de caso fortuito ou força maior. b) Quando houver a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, a responsabilidade civil do Estado poderá ser reduzida. c) Uma grande enchente que ocorre anualmente em épocas de chuvas na cidade de Santo Inácio pode ser considerada um caso de força maior, sendo o Estado eximido de qualquer responsabilidade. d) O caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade objetiva e subjetiva do Estado. e) A responsabilidade do Estado em consequência de fenômenos da natureza é sempre do tipo objetiva. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 51 66 . Túlio Lages Aula 00 15 Comentários: Letra A - correta. A teoria do risco administrativo admite as seguintes hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do Estado: a) caso fortuito ou força maior; b) culpa exclusiva da vítima; e c) fato exclusivo de terceiro. Letra B – incorreta. Na culpa exclusiva da vítima ou de terceiros, a responsabilidade do Estado é integralmente afastada e, na culpa concorrente da vítima ou de terceiros, a responsabilidade do Estado é parcialmente afastada. Letra C - incorreta. O caso fortuito ou a força maior são eventos humanos ou da natureza dos quais não se poderia prever ou evitar. No caso citado na alternativa, trata-se de um caso que ocorre anualmente, não havendo motivos para alegar a imprevisibilidade, o que torna a assertiva incorreta. Letra D - incorreta. O caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade objetiva, mas admite a responsabilização subjetiva em decorrência de omissão do Poder Público. Para José dos Santos Carvalho Filho, se o dano decorrer, em conjunto, da omissão culposa do Estado e do fato imprevisível, teremos as chamadas concausas, não se podendo falar, nesse caso, em excludente de responsabilidade. Assim, a responsabilidade do Estado não será afastada, mas apenas atenuada. Letra E - incorreta. A responsabilidade do Estado em consequência de fenômenos da natureza é sempre do tipo subjetiva, necessitando a comprovação de omissão culposa do Estado. Gabarito: letra A. Danos decorrentes de obra pública 7) Uma concessionária que explora rodovia estadual, no decorrer da execução das obras de duplicação da rodovia, acabou por não executar adequadamente as contenções das encostas. Em decorrência de uma tempestade 2 (dois) dias após o início das obras, houve um grande deslizamento de terra de uma encosta, possibilitando a ocorrência de acidentes entre os veículos que trafegavam pelo local no momento. Diante dessa situação, e considerando o que trata a Constituição Federal, a) a concessionária estadual responde, civilmente, pelos acidentes ocorridos, desde que reste demonstrada a culpa dos seus funcionários que atuavam nas obras de duplicação. b) estamos diante de uma hipótese de força maior, excludente de responsabilidade, tanto para a concessionária de serviço público, quanto para os motoristas envolvidos nos acidentes. c) a concessionária estadual responde, objetivamente, pelos danos causados, comprovado o nexo de causalidade com o ato dos representantes daquela empresa, que não executaram adequadamente as obras necessárias para evitar o incorrido. d) o Estado responde, objetivamente, pelos danos causados pela tempestade, tendo em vista que o poder público responde, direta e integralmente, pelos atos de suas concessionárias de serviço público, inclusive em razão da ocorrência de força-maior. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 52 66 . Túlio Lages Aula 00 16 e) o Estado responde, objetivamente, pelos danos causados, na qualidade de titular do serviço que era prestado pela concessionária, esta que não pode ser responsabilizada diretamente, apenas pela via regressiva. Comentário: Letra A - incorreta. A concessionária poderá responder independentemente de dolo ou culpa de seus agentes, bastando que seja demonstrado o nexo de causalidade da má execução da obra com o dano sofrido. Letra B - incorreta. Não se pode dizer que ocorreu força maior, tendo em vista que o enunciado não menciona que a tempestade era imprevisível ou que seus danos eram inevitáveis. O caso fortuito ou a força maior só se configuram como excludentes de responsabilidade quando o dano era inevitável e imprevisível; Letra C - correta. Já que a responsabilidade civil das prestadoras de serviços públicos é objetiva. Entretanto, no caso de omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva. Analisando a alternativa, é possível perceber que o texto diz que a obra não foi executada adequadamente, ou seja, trata-se da conduta “má execução da obra”. Neste caso, a concessionária estadual responde, objetivamente, pelos danos causados, desde que seja comprovado o nexo de causalidade com o ato dos representantes daquela empresa, que não executaram adequadamente as obras necessárias para evitar o incorrido. Letras D e E - incorretas. No caso de concessão, o Estado responde apenas de forma subsidiária, ou seja, quando a concessionária não possuir a capacidade para indenizar o dano. Gabarito: letra C. Responsabilidade por atos legislativos e jurisdicionais 8) Os atos da AdministraçãoPública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle a) interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. b) externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não a legalidade do ato administrativo. c) externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o mérito quanto a forma do ato administrativo. d) externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. e) interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade. Comentários: Letra A - incorreta. O Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno, e não pode analisar o mérito administrativo. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 53 66 . Túlio Lages Aula 00 17 Letra B e C - incorretas. O controle externo realizado pelo Poder Judiciário não abrange o mérito administrativo, apenas a legalidade. Letra D - correta. Já que o controle realizado pelo Poder Judiciário sobre os atos da Administração Pública é externo, exceto quando se tratar de atos do próprio Poder Judiciário no exercício de suas atribuições atípicas / administrativas. Nesse controle externo, o Poder Judiciário deve analisar exclusivamente a legalidade ou legitimidade dos atos administrativos, não o mérito administrativo (juízo de oportunidade e conveniência). Letra E - incorreta. O Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno. Gabarito: letra D 9) Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle interno. Não é finalidade do controle interno a) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. c) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. d) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. e) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. Comentários: Vejamos o que preveem o art. 71, inciso I, e o art. 74, incisos I, II, III e IV, da CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 54 66 . Túlio Lages Aula 00 18 II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. A apreciação de contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo é finalidade do controle externo, não interno. As demais assertivas (A, B, C e E) apresentam finalidades do controle interno previstas nos incisos do art. 74 da CF/1988. Gabarito: letra D 10) Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que está se insere no legítimo poder de império. De acordo com os seus conhecimentos, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta. a) Quando ocorrer atividade legislativa dentro dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se falar em dever do Estado em indenizar. b) Há três hipóteses onde o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo exercício da atividade legislativa, são elas: edição de lei inconstitucional, edição de leis de efeitos abstratos e omissão legislativa. c) É ilícito criar leis desconformes com a Constituição, motivo pelo qual o Estado poderá ser responsabilizado pela edição de leis inconstitucionais que gerarem prejuízos a terceiros. d) A omissão legislativa ocorre nos casos em que a Constituição fixa prazo para edição de uma norma e está não é feita. e) Ao contrário das leis de efeitos abstratos, as leis de efeitos concretos aplicam-se a destinatários certos, atingindo diretamente a órbita individual de pessoas definidas, situação análoga aos atos administrativos. Comentários: Letra A - correta. As atividades rotineiras do legislativo que estão dentro das normas e parâmetros legais não geram responsabilidade do Estado em indenizar terceiro que se sinta prejudicado com a ação. Letra B - incorreta. Há três hipóteses onde o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo exercício da atividade legislativa, são elas: edição de lei inconstitucional, edição de leis de efeitos CONCRETOS (e não abstratos como afirma a assertiva) e omissão legislativa. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 55 66 . Túlio Lages Aula 00 19 Letra C - correta. A Constituição Federal é o principal diploma do ordenamento jurídico. Dessa forma, o exercício da função legislativa só será legítimo quando realizado segundo as disposições constitucionais, não se admitindo em nosso ordenamento jurídico uma lei que não guarde sintonia com a Carta Política. Para existir o dever do Estado de indenizar é necessário que a lei seja declarada inconstitucional pelo órgão com competência para isso, por meio de controle concentrado, e que o dano efetivamente decorra da inconstitucionalidade da lei. Letra D - correta. A omissão legislativa só deve ocorrer em situações estritas. José dos Santos Carvalho Filho defende que a responsabilidade por omissão legislativa deve ocorrer nos casos em que a Constituição fixar prazo para edição da norma. Ainda assim, se for editada medida provisória ou simplesmente apresentado o projeto de lei, não se pode responsabilizar o Estado por omissão, mesmo que o ato legislativo final só seja consolidado fora do prazo constitucional. Não ocorrendo a edição da norma, caberá ao Judiciário reconhecer a mora e, não sendo editada a lei em prazo razoável, poderia o Estado ser responsabilizado. Letra E - correta. Uma lei de efeitos concretos é lei em sentido formal, uma vez que segue o rito legislativo próprio, sendo editada pelo Poder Legislativo. Porém, não possui generalidade e abstração. Dessa forma, não pode ser considerada lei em sentido material. Assim, as leis de efeitos concretos aplicam-se a destinatários certos, atingindo diretamente a órbita individual de pessoas definidas, situação análoga aos atos administrativos. Gabarito: letra B. 11) Analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta. I - A Constituição Federal reconhece como direito individual, a indenizaçãopara o condenado por erro judiciário ou que ficar preso além do tempo fixado na sentença. II - Não há que se falar em responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional onde ocorre condutas dolosas praticadas pelo juiz que causem prejuízo à parte ou a terceiros. III - Cabe indenização por prisões temporárias ou preventivas determinadas em regular processo criminal, quando ao final do processo, o réu for absolvido. IV - Quando o magistrado, dolosamente ou mediante fraude, causar prejuízos à parte ou a terceiros, ou ainda quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte, será ele responsabilizado de forma objetiva. a) Apenas o item I está correto b) Apenas os itens I e II estão corretos c) Apenas os itens II e III estão corretos e) Apenas os itens II e IV estão corretos e) Apenas os itens III e IV estão corretos Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 56 66 . Túlio Lages Aula 00 20 Comentários: Item I - correto. De acordo com o art. 5º, LXXV, da CF/88: Art. 5°, LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; Item II - incorreto. Conforme entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais típicos pode ocorrer por (a) erro judiciário, (b) prisão além do tempo fixado na sentença e (c) condutas dolosas praticadas pelo juiz que causem prejuízos à parte ou a terceiros. Item III - incorreto. O Supremo Tribunal Federal possui entendimento consolidado de que não cabe indenização por prisões temporárias ou preventivas determinadas em regular processo criminal, pelo simples fato de o réu ser absolvido ao final do processo. EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Responsabilidade civil do Estado. Prisões cautelares determinadas no curso de regular processo criminal. Posterior absolvição do réu pelo júri popular [...]. 1. O Tribunal de Justiça concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que não restaram demonstrados, na origem, os pressupostos necessários à configuração da responsabilidade extracontratual do Estado, haja vista que o processo criminal e as prisões temporária e preventiva a que foi submetido o ora agravante foram regulares e se justificaram pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, não caracterizando erro judiciário a posterior absolvição do réu pelo júri popular. Incidência da Súmula no 279/STF. 2. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que, salvo nas hipóteses de erro judiciário e de prisão além do tempo fixado na sentença - previstas no art. 5º, inciso LXXV, da Constituição Federal -, bem como nos casos previstos em lei, a regra é a de que o art. 37, § 6º, da Constituição não se aplica aos atos jurisdicionais quando emanados de forma regular e para o fiel cumprimento do ordenamento jurídico. 3. Agravo regimental não provido. Item IV - incorreto. Na situação citada, a responsabilidade objetiva será do Estado, e não do magistrado como afirma o item, cabendo a ação de regresso contra o juiz. Gabarito: letra A. 12) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta. a) Em caso de suicídio de um detento, a responsabilidade do Estado é subjetiva. b) É possível que o Estado seja responsabilizado por danos causados a particulares decorrentes de lei declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário. c) Apesar não estar expressamente prevista na Constituição Federal, a responsabilidade civil do Estado por danos nucleares é objetiva e independe da existência de culpa. d) No caso de omissão estatal, sua responsabilidade é objetiva, bastando que haja nexo causal entre o dano e a omissão do Estado. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 57 66 . Túlio Lages Aula 00 21 e) Não se admite a responsabilização civil do Estado por ato cometido pelo Poder Judiciário no exercício de sua função típica. Comentários: Letra A - incorreta. No caso de danos a pessoas sob a guarda/custódia do Poder Público (por exemplo, presidiários), a responsabilidade do Estado é objetiva (e não subjetiva como afirma a assertiva), ainda que o dano não tenha sido provocado por uma atuação direta de um agente público, ou ainda, mesmo em caso de omissão do Estado, em razão de seu dever de custódia. Precedente do STF no mesmo sentido: “O Estado tem o dever objetivo de zelar pela integridade física e moral do preso sob sua custódia, atraindo, então, a responsabilidade civil objetiva, em razão de sua conduta omissiva, motivo pelo qual é devida a indenização decorrente da morte do detento, ainda que em caso de suicídio”. Letra B - correta. Em regra, em decorrência dos atos praticados no exercício da função típica do Poder Legislativo ou do Judiciário, não cabe responsabilização civil do Estado. Como exceção, é possível a responsabilização do Estado em virtude de danos causados por lei de efeitos concretos ou de lei com inconstitucionalidade declarada pelo STF. Letra C - incorreta. O Estado responde por danos nucleares objetivamente aplicando-se, nesta hipótese, a teoria do risco integral. A assertiva está incorreta, pois a responsabilidade objetiva do Estado está expressamente prevista no art. 21, inciso XXIII, alínea "d", da CF/88: Art. 21. Compete à União: (...) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: (...) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; Letra D - incorreta. No caso de omissão do Estado, sua responsabilidade civil é subjetiva (e não objetiva como afirma a assertiva), na modalidade culpa administrativa, cabendo ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público (não precisa ser de um agente público específico), em decorrência da falta do serviço que deveria ter prestado e que, se o houvesse, teria evitado o dano. Letra E - incorreta. Admite-se a responsabilização civil do Estado por ato cometido pelo Poder Judiciário no exercício de sua função típica (erro judiciário, prisão além do tempo, juiz proceder com dolo ou fraude e juiz recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva tomar). Gabarito: letra B Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 58 66 . Túlio Lages Aula 00 22 Ações de reparação de dano e regressiva 13) É correto afirmar, em relação à responsabilidade civil do Estado. a) Segundo entendimento do STF, a ação de reparação de dano deve ser movida pelo particular em desfavor da Administração, e não do agente público que causou o dano, que poderá figurar com litisconsórcio passivo. b) Conforme previsto na Lei nº 9.494/97, a ação de reparação contra a Administração se sujeita ao prazo de prescrição de 3 (três) anos. c) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica também estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF. d) Somente haverá o direito de regresso do Estado caso se comprove o dolo específico na conduta do agente público. e) A legitimidade para ajuizar a ação regressiva é imprescritível e transmite-se aos herdeiros do agente público causador do dano, até o limite do patrimônio transferido. Comentários: Letra A - incorreta. Segundo jurisprudência do STF, como regra, o polo passivo da ação de indenização movida pelo particular é apessoa jurídica (art. 37, § 6º da CF/88), e não o agente público, que tampouco poderá figurar em conjunto com a pessoa jurídica na posição de litisconsorte. Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Letra B - incorreta. Conforme previsto no art. 1° - C da lei nº 9.494/97, a ação de reparação contra a Administração se sujeita ao prazo de prescrição de cinco anos, e não de 3 (três) anos. Art. 1° - C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. Letra C - incorreta. Para o art. 37, § 6º da CF/88, o que importa é que sejam pessoas jurídicas “prestadoras de serviços públicos”. Assim, as empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88, o que torna a assertiva incorreta: sua responsabilidade é subjetiva, na modalidade culpa comum. Letra D - incorreta. Nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88, o direito de regresso do Estado existe em caso de dolo ou culpa. Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 59 66 . Túlio Lages Aula 00 23 Letra E - correta. Incide no caso a regra do art. 37, § 5º, da CF/88, segundo a qual “a lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento”. Por ser uma ação de natureza cível (indenizatória), a ação regressiva transmite-se aos sucessores (herdeiros) do agente causador do dano, os quais ficarão responsáveis por promover a reparação mesmo após a morte do agente. O limite até o qual os sucessores responderão é o valor do patrimônio transferido, como herança, pelo agente público falecido. Art. 37, § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. GABARITO: letra E. 14) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta. a) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade civil objetiva do Estado alcança todas as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado que integrem a administração pública, inclusive os delegatários de serviço público, relativamente a usuários e não usuários do serviço. b) Pela teoria da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao funcionário culpado, isentando o Estado da responsabilidade pelo dano causado. c) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva e ocorre quando há nexo de causalidade entre a ação do agente público e o dano, podendo ser afastada em determinadas situações. d) É irrelevante a licitude ou ilicitude do ato lesivo para configurar a responsabilidade civil do Estado. Ainda que, em regra, os danos indenizáveis sejam derivados de condutas contrárias ao ordenamento jurídico, há situações em que a administração pública atua em conformidade com o direito e, ainda assim, deverá indenizar o particular. e) A teoria que impera atualmente no direito administrativo para a responsabilidade civil do Estado é a do risco integral, segundo a qual a comprovação do ato, do dano e do nexo causal é suficiente para determinar a condenação do Estado. Entretanto, tal teoria reconhece a existência de excludentes ao dever de indenizar. Comentários: Letra A - incorreta. A responsabilidade civil objetiva alcança (i) todas as pessoas jurídicas de direito público e (ii) as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, mas não as pessoas jurídicas de direito privado exploradoras de atividade econômica. Portanto, a responsabilidade civil objetiva não é atribuída a “todas” as pessoas jurídicas de direito privado que integrem a administração pública, como afirma a assertiva, o que a torna incorreta. Letra B - incorreta. Com o advento da teoria da faute du service, ou da culpa do serviço, ou ainda, da culpa administrativa, buscou-se desvincular a responsabilidade do Estado da ideia de culpa do agente estatal. Assim, eventual falha no serviço público é imputada à própria Administração, e não ao funcionário culpado. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 60 66 . Túlio Lages Aula 00 24 Letra C - incorreta. Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo subjetiva e ocorre quando constatada culpa do Estado (não do agente público como afirma a assertiva) nos casos de falta ou má qualidade do serviço. A assertiva trata, na verdade, da teoria do risco administrativo, na qual a responsabilidade estatal seria do tipo objetiva, ocorrendo quando há nexo de causalidade entre a ação do agente público e o dano, podendo ser afastada em determinadas situações (excludentes de responsabilidade). Letra D - correta. Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente causador de prejuízos a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência, ou se o ato foi culposo ou doloso. A atuação do agente, legal ou ilegal, é imputada ao órgão ou entidade cujos quadros ele integra. Letra E - incorreta. A teoria que impera atualmente no direito administrativo para a responsabilidade civil do Estado é a teoria do risco administrativo, e não do risco integral como afirma a assertiva. Segundo a teoria o risco administrativo, a comprovação do ato, do dano e do nexo causal é suficiente para determinar a condenação do Estado. Entretanto, tal teoria reconhece a existência de excludentes ao dever de indenizar. A teoria do risco integral, por sua vez, obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, não admitindo excludentes de responsabilidade. No nosso ordenamento jurídico, a teoria do risco integral só é aplicada em hipóteses restritas, como exceção, quais sejam: danos nucleares, danos ambientais e ataques terroristas a aeronaves brasileiras. Gabarito: letra D 15) Assinale a alternativa correta quanto a reparação do dano causado a terceiro: a) A indenização de terceiro lesado pelo Estado pode ocorrer de forma amigável ou por meio de ação judicial movida pelo terceiro prejudicado contra o agente público que gerou a lesão. b) O valor da reparação do dano causado a terceiro pelo Estado deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu e o que gastou para obter o ressarcimento, sendo vedado a inclusão lucros cessantes. c) Se houver eventual morte da vítima, em consequência de atropelamento ocasionado pelo motorista da prefeitura que dirigia o caminhão de coleta de lixo, a indenização deverá cobrir os custos de sepultamento, bem como a prestação alimentícia devida pela a quem o falecido devia, durante o período apurado de expectativa de vida. d) O Estado, diante de sua responsabilidade objetiva, não poderá mover seu direito de regresso contra o agente causador de dano nos casos de dolo ou culpa. e) O direito de regresso movido pelo Estado contra o servidor poderá ser exercido independentemente do resultado da ação de reparação do dano causadomovido por terceiro lesado contra o Estado. Comentários: Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 61 66 . Túlio Lages Aula 00 25 Letra A - incorreta. A ação judicial movida pelo terceiro prejudicado deverá ser feita contra a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviço público. Ou seja, o particular lesionado deve propor a ação contra a Administração Pública e não contra o agente causador do dano. Letra B - incorreta. Os lucros cessantes (valores que a vítima deixou de ganhar em consequência direta do ato lesivo causado pelo agente) também devem abranger o valor da indenização da vítima. Letra C - correta. A assertiva é autoexplicativa. Letra D - incorreta. A alternativa vai de encontro ao disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal: Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Letra E - incorreta. Existem dois pressupostos para que a Administração possa ingressar com a ação regressiva: a) ter sido condenada a indenizar a vítima pelo dano; e b) que tenha havido culpa ou dolo por parte do agente cuja atuação ocasionou o dano. Gabarito: letra C. Responsabilidade administrativa, civil e penal do agente público 16) Julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras ou falsas. Na sequência, assinale a alternativa corresponde às suas escolhas. I. Considera-se causa atenuante da responsabilidade estatal a culpa concorrente da vítima. II. A responsabilidade objetiva da Administração pode ser afastada sob alegação de ocorrência de caso fortuito ou força maior. III. Havendo culpa exclusiva da vítima, ficará excluída a responsabilidade do Estado. IV. Por se tratar do rompimento do nexo causal, a responsabilidade é elidida na hipótese de fato exclusivo de terceiro. Estão corretas: a) Somente I e II. b) Somente I, II e III. c) Somente II e IV. d) Somente II, III e IV. e) Todas estão corretas. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 62 66 . Túlio Lages Aula 00 26 Comentários: As excludentes de responsabilidade são situações que rompem o nexo causal e podem excluir a responsabilidade (tanto a objetiva quanto a subjetiva) do Estado. Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é integralmente afastada e, na culpa concorrente da vítima, parcialmente afastada. São também excludentes de responsabilidade as hipóteses de caso fortuito ou força maior e de fato exclusivo de terceiros. Portanto, todas as afirmativas estão corretas. Gabarito: letra E. 17) De acordo com os seus conhecimentos sobre a responsabilidade do Estado, assinale a alternativa correta. a) O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus agentes sempre que estes estiverem amparados por causa excludente de ilicitude penal. b) Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por funcionário público putativo, o Estado não responderá civilmente perante particulares de boa-fé. c) As empresas prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável exclusivamente no caso de dolo. d) A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos abrange os danos morais e materiais. e) É objetiva a responsabilidade do agente público em exercício que, por ato doloso, cause danos a terceiros. Comentários: Letra A - incorreta. Considerando a independência das instâncias penal, civil e administrativa, podemos dizer que, mesmo que incida uma causa excludente de ilicitude penal, a conduta do agente pode gerar consequências na via administrativa. Ou seja, mesmo nessas circunstâncias, é possível que o Estado seja civilmente responsável por eventuais danos causados por seus agentes, o que torna a assertiva incorreta. Letra B - incorreta. O agente putativo é aquele que desempenha uma atividade pública na presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido a investidura dentro do procedimento legalmente exigido. Como exemplo, temos uma pessoa que pratica vários atos de administração tendo sido admitido sem aprovação em concurso público. O fato é que atos praticados por agente putativo é considerado válido perante terceiros de boa-fé, uma vez que, para o administrado, o ato tem aparência de ser legal. Logo, haverá responsabilidade civil do Estado, seja pelo ato do agente putativo ou pelo agente necessário, o que torna a assertiva incorreta. Letra C - incorreta. As empresas prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiro, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa, de acordo com o art. 37, § 6º, da CF/88, e não exclusivamente no caso de dolo como afirma a assertiva. Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 63 66 . Túlio Lages Aula 00 27 Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa Letra D - correta. Já que a responsabilidade civil do Estado consiste no dever de compensar os danos materiais e morais sofridos por terceiros em virtude de ação ou omissão imputável ao Estado. Dessa forma, se um motorista da prefeitura proferir várias frases racistas contra um taxista e posteriormente bater com o veículo oficial que dirigia contra o veículo que o taxista usa para trabalhar, a indenização deverá cobrir o prejuízo material (como o custo de reparação do veículo), os gastos realizados para obter o direito (como os custos do advogado), os meses em que o taxista ficar impossibilitado de trabalhar (lucros cessantes) e os danos morais sofridos pelo taxista. Letra E - incorreta. A responsabilidade dos agentes é do tipo subjetiva, ou seja, depende da comprovação de dolo ou culpa. A responsabilidade estatal, por sua vez, é do tipo objetiva, e independe da comprovação desses requisitos. Gabarito: letra D. ... Forte abraço! Túlio Lages Face: www.facebook.com/proftuliolages Insta: www.instagram.com/proftuliolages YouTube: youtube.com/proftuliolages Tulio Lages Aula 21 Senado Federal - Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2022 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 169258011818151774 - Eliezer Campos 64 66 . Túlio Lages Aula 00 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013. BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de Documentação, 2016. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016. FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016. JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. 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