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AULA 3 
SISTEMA INTEGRADO 
DE GESTÃO 
Prof. Carlos Costa Cedro 
 
 
2 
TEMA 1 – INDÚSTRIA 4.0 
Há muito tempo a humanidade tem buscado novas formas de melhorar e 
aumentar a produção. Esse é o principal motivador da indústria 4.0: padronizar, 
melhorar e potencializar a manufatura através do uso de tecnologias emergentes. 
Para entender a indústria 4.0, precisamos primeiro relembrar a evolução da 
revolução industrial. 
Na primeira revolução industrial, o uso de máquinas a vapor acelerou o 
processo produtivo, que antes era artesanal. Já na segunda revolução industrial, 
o uso da eletricidade serviu para ativar e iniciar os componentes da linha de 
produção, garantindo ainda mais produtividade para as fábricas. Na terceira 
revolução industrial, durante o século 20, o uso da automação em processos 
repetitivos garantiu maior padronização e melhor performance nas linhas de 
produção. 
Recentemente, vivemos uma nova revolução industrial, a indústria 4.0, que 
inclui a inteligência em processos automatizados, através de tecnologias 
habilitadoras, permitindo uma tomada de decisão automática por sistemas 
informatizados. 
Essa é a principal diferença entre a terceira revolução industrial e a 
indústria 4.0: a máxima potencialização da automação do processo produtivo, 
através de sistemas informatizados inteligente, capazes de tomar decisões de 
maneira independente. 
Existem, atualmente, organizações que aplicam o conceito da indústria 4.0 
para criar produtos altamente customizados para os seus clientes, como tênis, 
sapatos, roupas feitos sob medida, e até pranchas de surf projetadas para o 
tamanho da pessoa e para o ambiente onde ela costuma praticar o esporte. 
Segundo o site da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial 
(2019), são esperados os seguintes resultados com a migração da indústria 
brasileira para o conceito 4.0: 
• Redução de R$73 bilhões por ano com custos industriais. 
• Ganhos de eficiência de R$34 bilhões por ano. 
• Redução de custos de manutenção de máquina de R$31 bilhões por ano. 
• Economia de energia de R$7 bilhões por ano. 
Para possibilitar esses resultados, a indústria 4.0 é sustentada por seis 
princípios: 
 
 
3 
• Tempo Real: os dados da linha de produção são coletados ao mesmo 
tempo em que são gerados, ou seja, em tempo real. 
• Virtualização: a simulação da fábrica em um ambiente virtual, que replica 
os dados recebidos dos sensores existentes no ambiente produtivo, 
permite rastrear e monitorar os processos de manufatura. 
• Descentralização: a própria máquina é capaz de tomar decisões e de 
ajustar o curso do processo produtivo, com base em dados coletados na 
linha de produção em tempo real. 
• Orientação a serviços: os softwares são desenvolvidos com uma 
finalidade específica no processo produtivo, atendendo a um serviço 
específico, o que viabiliza baixo acoplamento. 
• Modularidade: permite agilidade na configuração da linha de produção, 
com ativação e desativação de módulos conforme a demanda. 
• Interoperabilidade: todos os componentes de hardware e software 
presentes na linha de produção têm a capacidade de se conectarem e de 
compartilharem informações entre si. 
A indústria 4.0 eleva o potencial da automação nos processos produtivos, 
fazendo uso de várias tecnologias emergentes. Vamos conhecer algumas delas. 
1.1 Rastreabilidade 
Componentes tecnológicos que permitem rastrear todo o ciclo de vida do 
produto, desde a criação até o descarte. Um exemplo é o uso dos Manufacturing 
Execution Systems (MES), que atualizam o estado de um suprimento, desde que 
ele é recebido como matéria-prima até ser transformado em produto. 
Outro exemplo de rastreabilidade é o uso de etiquetas eletrônicas em 
pallets e volumes transportados, o que permite rastrear a logística de entrega 
durante todo o processo. 
1.2 Visão artificial 
A visão artificial emprega técnicas computacionais que fazem com que o 
sistema informatizado “enxergue” objetos do mundo real. Um exemplo do uso de 
visão artificial poderia é um sistema que, através de câmeras de alta resolução, é 
capaz de monitorar a linha de produção e realizar uma inspeção em busca de 
 
 
4 
defeitos, como uma etiqueta mal colada em um produto ou até a cor do líquido 
envasado em um recipiente. 
1.3 Computação em nuvem 
A computação em nuvem, em inglês cloud computing, permite que grandes 
volumes de dados sejam armazenados e disponibilizados por meio da internet. 
Em comparação a um datacenter tradicional, traz uma série de benefícios, sendo 
o principal deles a redução de custos, já que o modelo é cobrado por uso, ou seja, 
a organização paga apenas pelo poder computacional que utiliza de fato. 
Outra característica importante da computação em nuvem é a elasticidade, 
que permite que o poder computacional seja aumentado ou diminuído conforme a 
demanda, o que garante recursos ilimitados de processamento e armazenamento 
para os sistemas informatizados da fábrica. 
1.4 Big Data 
O Big Data utiliza dados de fontes internas e externas para gerar valor para 
a organização, entregando recomendações e tendências para a otimização dos 
processos. 
Um exemplo de utilização de Big Data na indústria 4.0, aliado à visão 
artificial, é o uso de câmeras em gôndolas de supermercados, que enviam em 
tempo real a informação sobre os produtos mais procurados no varejo, informação 
utilizada na sequência para replanejar a produção da fábrica. 
1.5 Simulação digital 
A simulação digital permite criar um ambiente virtualizado idêntico ao da 
planta da fábrica. Nesse ambiente virtual, são realizadas simulações sobre a 
manufatura, sem a necessidade de protótipos físicos e sem parar os processos 
produtivos durante os testes. A simulação digital ainda é capaz de recomendar 
alterações para a otimização de recursos na planta física, como pessoas, 
máquinas e energia. 
Uma das principais aplicações da simulação está nos gêmeos digitais, ou 
digital twins em inglês, que permitem, por exemplo, a visualização de um modelo 
tridimensional do produto acabado, depois do processo produtivo. Um exemplo 
típico da simulação digital na indústria 4.0 é o uso de gêmeos digitais para 
 
 
5 
identificar oportunidades de melhorias na programação e controle da produção 
(PCP). 
1.6 Realidade aumentada 
A realidade aumentada introduz objetos virtuais no mundo real, 
possibilitando que o usuário aumente a sua percepção da realidade. Existem 
vários produtos no mercado, atualmente, que fazem uso da realidade aumentada, 
como o Google Glass e o Microsoft Hololens, que adicionam informações obtidas 
da internet aos objetos que o usuário enxerga naquele momento. 
A realidade aumentada na indústria 4.0 pode ser aplicada, por exemplo, em 
treinamentos. Com óculos de realidade aumentada e um smartphone, é possível 
capacitar um operador para a operação de uma nova máquina, mesmo a 
distância. 
1.7 Internet das coisas 
A internet das coisas, ou Internet of Things (IoT), em inglês, conecta 
sensores digitais a sistemas informatizados, o que permite a mensuração de 
informações como temperatura, pressão, direção do vento e posição geográfica. 
Um exemplo de aplicação da internet das coisas na Indústria 4.0 é o uso de 
sensores digitais, conectados fisicamente às máquinas da linha de produção. Com 
essas informações, é possível prever quando a máquina pode apresentar algum 
tipo de falha. 
1.8 CPS 
A sigla CPS vem do termo em inglês Cyber Physical Systems, ou sistemas 
físicos cibernéticos. Representa a conexão entre os mundos físico e virtual na 
indústria 4.0. Por exemplo, os dados coletados pelos sensores da internet das 
coisas são armazenados no Big Data. Após o processamento em tempo real, 
usando computação em nuvem, são apresentados objetos virtuais, como setas e 
faixas, que orientam o operador de uma máquina na linha de produção. 
 
 
 
6 
1.9 Manufatura aditiva 
A manufatura aditiva preencheuma lacuna dos processos de fabricação 
convencionais, ao permitir a criação de peças e de componentes por meio da 
impressão tridimensional. 
1.10 Manutenção preditiva 
A manutenção preditiva utiliza a informação produzida pelo sistema físico 
cibernético para prever a necessidade de manutenção de máquinas e 
equipamentos. 
TEMA 2 – MARKETING 4.0 
A indústria 4.0 levou a um processo de transformação digital no processo 
produtivo das fábricas. Além disso, o uso das tecnologias emergentes causou um 
processo de transformação no marketing tradicional, dando início ao que 
conhecemos como marketing 4.0. 
Segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2016), o marketing 4.0 trata da 
revolução digital. As empresas vão continuar a fazer marketing tradicional, 
centrado na TV e na mídia impressa, mas o marketing digital (mídias sociais, 
mobile e internet) vai aumentar progressivamente. As empresas precisam saber 
como misturar e conectar o seu marketing tradicional ao marketing digital. 
Isso porque o perfil do consumidor mudou. A nova geração, conhecida 
como millenials, estabelece suas relações de consumo pelo reconhecimento da 
marca como autoridade no assunto. O processo de vendas tradicional, baseado 
na exposição em massa do produto e em canais de distribuição, tem pouca 
efetividade para atrair esse novo perfil de consumidor. 
Para conquistar os consumidores, as marcas precisam estar presentes nos 
meios digitais, como redes sociais e blogs, gerando conteúdo relevante 
relacionado ao seu produto ou serviço. 
Um exemplo dessa mudança é o site de streaming Netflix, que mantém 
presença importante nas redes sociais, produzindo conteúdos relevantes para os 
seus consumidores e usando tecnologias emergentes, como de inteligência 
artificial, para criar uma experiência customizada para cada cliente, entregando 
sugestões de conteúdo com base no perfil do cliente. 
 
 
7 
Para atrair esse novo perfil de consumidor, é preciso entender o 
funcionamento dessa nova relação de consumo, o que exige que, por meio da 
geração de conteúdo relevante, a marca seja reconhecida como autoridade pelo 
consumidor, o que leva ao processo de venda. 
O marketing de atração, ou inbound marketing, em inglês, utiliza os pilares 
de marketing de conteúdo, SEO e estratégias de redes sociais para atrair, 
converter e encantar os clientes, estando intimamente ligado com o marketing 4.0. 
O marketing digital utiliza as tecnologias para aplicar ações de marketing 
no ambiente digital, por meio de ferramentas como redes sociais, e-mail 
marketing, blogs e sites. O marketing digital é um mecanismo que possibilita a 
estratégia do marketing de atração. 
As principais tendências de tecnologia para o marketing digital nos 
próximos anos são: mobile marketing, vídeo marketing, Big Data, automação, 
WhatsApp marketing, relacionamento por bots e AMP. 
2.1 Mobile marketing 
Segundo dados de 2019 (Junqueira, 2020), 80% do tráfego de internet no 
período teve origem em dispositivos móveis. Essa informação mostra que a 
disponibilidade de conteúdo adequado para os dispositivos móveis é um fator 
importante para a estratégia de marketing de atração. 
O mobile marketing realiza avaliações em conteúdos digitais, como sites, 
blogs e anúncios, para validar a responsividade, garantindo que o layout da mídia 
será ajustado automaticamente, de acordo com o tamanho da tela do usuário. 
2.2 Vídeo marketing 
Sabemos que é preciso atrair a atenção do consumidor nessa relação de 
consumo do marketing 4.0. Portanto, é necessário estar presente onde o 
consumidor também está. A criação de páginas institucionais em sites de vídeo, 
como Vimeo e Youtube, possibilita maior engajamento dos consumidores e 
consequentemente maior relevância para a marca. Esse é o propósito do vídeo 
marketing. 
A utilização de conteúdo audiovisual em outras mídias digitais, como 
landing pages e e-mail marketing, contribui substancialmente para aumentar a 
taxa de conversão e para encantar o consumidor. 
 
 
8 
2.3 Big Data 
O Big Data possibilita a coleta de grandes volumes de dados, de diferentes 
fontes e formatos, como posts de redes sociais. O processamento desses dados 
pode gerar vantagem competitiva para a organização, por conta da previsão e da 
análise do posicionamento de mercado. 
2.4 Automação 
Como vimos, a automação por robôs de software (RPA) é uma importante 
ferramenta para a automação de processos repetitivos da organização. Processos 
como cadastramento de leads e envio de e-mail marketing podem ser 
automatizados, o que garante maior rapidez na execução e aumenta a taxa de 
conversão de leads. 
2.5 WhatsApp marketing 
De acordo com dados de 2017, a quantidade de usuários de WhatsApp no 
Brasil passava dos 120 milhões (WhatsApp chega..., 2017). Existe uma versão 
empresarial do aplicativo, chamada WhatsApp business, que é gratuita. Esse 
aplicativo pode ser utilizado em estratégias de marketing digital, para dar suporte 
ao consumidor e para enviar promoções. Uma boa alternativa é utilizar a 
automação para melhorar o tempo de resposta para o consumidor. 
2.6 Relacionamento por bots 
 O crescimento do mercado de bots, apresentado na Figura 1, é um forte 
indicador de que a automação, baseada em robôs de software, é uma tendência 
importante, inclusive para a comunicação com usuários em redes sociais. 
 
 
 
9 
Figura 1 – crescimento do mercado de bots até 2025 
 
Fonte: Grand View Research, 2021. 
Os bots podem ser utilizados para automatizar a comunicação por meio das 
redes sociais, fornecer respostas a perguntas frequentes e criar uma comunicação 
personalizada com cada consumidor. 
Existem diversas ferramentas no mercado que cumprem esse objetivo, 
entregando como principal resultado um aumento na taxa de conversão de leads. 
2.7 AMP 
O projeto Acceletared Mobile Pages (AMP) é uma iniciativa conjunta das 
empresas Google, Linkedin, Pinterest e Twitter. Ele fornece uma base tecnológica 
para melhorar o carregamento das páginas web, principalmente a partir de 
dispositivos móveis. 
O tempo de carregamento da página é um dos fatores de ranking do 
Google. Considerando ainda uma boa estratégia de Search Engine Optimization 
(SEO), é possível melhorar a classificação dos canais digitais da organização no 
mecanismo de busca do Google, aumentando consequentemente a atração de 
leads. 
 
 
 
10 
TEMA 3 – VAREJO 4.0 
Os impactos da revolução digital, que impulsionaram a indústria e o 
marketing 4.0, são também observados no varejo, área em que a tecnologia é 
empregada para criar uma experiência de compra única e customizada para cada 
cliente. 
Como a tecnologia deixou de ser um produto para se tornar um serviço, as 
pequenas empresas podem consumir as mesmas tecnologias das grandes 
organizações, já que são cobradas pelo uso. Esse aspecto ajuda os pequenos 
varejistas a concorrerem em pé de igualdade com as grandes lojas, do ponto de 
vista tecnológico. 
Um exemplo é o uso de smartphones ou tablets para apresentar um 
estoque virtual ao consumidor. Esse estoque, inclusive, pode não existir 
fisicamente na loja, o que melhora, portanto, a oferta e a experiência de consumo, 
além de tornar cada vez mais desnecessário o investimento em grandes 
showrooms. 
O termo bespoke (refere-se à prática de ter produtos customizados para 
cada cliente, como uma venda consultiva) é um dos pilares do varejo 4.0. Como 
o perfil do consumidor mudou ao longo do tempo, as lojas têm buscado 
proporcionar uma experiência única de compra, personalizada para cada cliente, 
ao invés de trabalhar como grandes depósitos de mercadoria onde os clientes 
tiram os seus pedidos. 
Com a alternativa do comércio eletrônico, as lojas precisam criar uma 
experiência prazerosa, como diferencial de atração para os clientes. Para isso, é 
preciso entregar as mesmas vantagens do mundo digital no espaço físico, de 
maneira transparente para o consumidor. 
3.1Varejo 4.0: exemplos práticos 
A tecnologia permite diversas ações que contribuem para a criação de uma 
experiência personalizada de compra para o consumidor. Vamos conhecer alguns 
exemplos práticos do uso da tecnologia no varejo 4.0. 
3.1.1 Beacons 
Os beacons são dispositivos eletrônicos que podem transmitir informações 
para os smartphones dos consumidores, por meio de conexão bluetooth, 
 
 
11 
melhorando ainda mais a experiência do consumidor. Podem ser usados para 
enviar cupons de desconto personalizados para consumidores próximos da loja. 
Outra aplicação é o seu uso como mapas interativos, que guiam o consumidor no 
espaço físico da loja. 
3.1.2 Sensores de calor 
As informações de localização dos smatphones dos consumidores, obtidas 
por meio dos beacons, podem ser consolidadas para gerar um mapa de calor, 
com informações sobre os espaços físicos mais visitados de uma loja, incluindo 
os caminhos que os clientes mais utilizam. 
3.1.3 Self-checkout 
Os meios de pagamento automáticos ampliam a experiência de 
autoatendimento nas lojas. Por meio do self-checkout, ou pagamento automático, 
o consumidor pode pagar as compras sem precisar passar no caixa. Essa 
tecnologia utiliza reconhecimento facial para identificar os consumidores e QR 
code ou etiquetas RFID para identificar os produtos consumidos. 
3.1.4 Locker 
O locker é um armário inteligente que permite ao consumidor retirar as suas 
compras na loja física. Ou seja, o cliente pode comprar itens por e-commerce e 
retirar os produtos na loja física, sem nenhum contato humano. 
A demanda por esse serviço cresceu exponencialmente por conta da 
pandemia de covid-19. Com base em sistemas de segurança, baseados em 
tecnologia, a entrega do produto é feita sem contato físico, o que mitiga o risco de 
contaminação. 
3.1.5 PDV Mobile 
O PDV Mobile é um ponto de venda móvel, baseado em smartphone, que 
serve como alternativa para a fila dos caixas. A partir dessa tecnologia, o 
consumidor pode, com o apoio de um funcionário, realizar o pagamento de suas 
compras sem precisar pegar a fila do caixa. 
 
 
 
12 
3.1.6 Provadores interativos 
Os provadores interativos fazem uso da tecnologia de realidade aumentada 
para simular produtos sobrepostos à imagem real do consumidor. Essa tecnologia 
é muito útil para as lojas de vestuário, pois o consumidor pode projetar imagens 
de peças de roupas e acessórios virtuais à sua imagem refletida em um espelho. 
3.2 Tecnologias para o varejo 4.0 
Existem várias tecnologias que apoiam as estratégias do varejo 4.0. Vamos 
conhecer as principais utilizadas atualmente. 
3.2.1 Omnichannel 
O omnichannel é um conceito que busca entregar a mesma experiência 
para o consumidor, independentemente do canal de comunicação utilizado, seja 
ele físico ou virtual. Por exemplo, o consumidor pode enviar uma pergunta para a 
loja sobre determinado produto, por meio das redes sociais. Em um momento 
futuro, ele pode visitar a loja física, onde o vendedor tem acesso à consulta feita 
anteriormente, a partir da qual pode dar sequência ao atendimento do cliente. 
3.2.2 Big Data 
O Big Data pode ser usado no varejo 4.0 para criar uma experiência 
customizada para o consumidor, por meio do entendimento de perfis de consumo, 
com base em informações coletadas de diversas fontes, como as redes sociais. 
Por exemplo, é possível identificar, por meio das imagens postadas nas redes 
sociais do consumidor, quais são as suas marcas preferidas. Com isso, é possível 
enviar mensagens sempre que novos produtos dessas marcas estiverem 
disponíveis. 
3.2.3 Inteligência artificial 
A inteligência artificial pode ser usada no varejo 4.0 para sugerir novos 
produtos para o cliente, com base nos produtos já escolhidos por ele. Por 
exemplo, em uma loja de roupas, o consumidor pode mostrar uma blusa e receber 
sugestões de outras peças que combinam com aquele item, com base em 
preferências coletadas nas redes sociais do cliente. 
 
 
13 
TEMA 4 – LOGÍSTICA 4.0 
A logística 4.0 também faz uso de tecnologias emergentes para aprimorar 
os processos logísticos e assim suportar a indústria 4.0. Um dos objetivos aqui é 
conectar toda a cadeia logística, com o uso de tecnologias, de modo reduzir custos 
e aumentar a produtividade. 
O principal pilar da logística 4.0 é o uso de plataforma abertas, que integram 
gêmeos digitais das indústrias, modais de transportes, informações sobre 
estradas e outros dados necessários para o processo logístico, em uma estrutura 
conectada através de computação em nuvem, permitindo o monitoramento em 
tempo real de toda a cadeia logística e de seus recursos compartilhados. 
As plataformas abertas hospedam o comércio eletrônico B2B, que permite 
a integração de pequenas e médias empresas ao processo logístico, para 
aumentar a eficácia de todo o processo. Por exemplo, um armazém automatizado 
pode executar algumas ações automaticamente, como enviar pedidos de compras 
de novos insumos de produção, com base nos sensores e nas informações 
existentes sobre o estoque, considerando ainda a programação de produção. 
A Amazon é um dos líderes em comércio eletrônico mundial. A empresa 
tem feito uso da logística 4.0 para criar uma experiência única para o consumidor, 
como o uso de drones para a entrega de encomendas e o uso de um aplicativo 
que permite ao cliente abrir o porta-malas do carro para que o entregador deixe 
ali o produto comprado. 
Tais tecnologias acarretam redução de custos, maior produtividade na 
cadeia logística e consequentemente maior satisfação do cliente. Vamos ver 
agora algumas das principais tecnologias utilizadas na logística 4.0. 
4.1 Gêmeos digitais 
O uso dos gêmeos digitais permite simular diversas configurações 
diferentes para o espaço físico disponível na fábrica, com isso é possível descobrir 
a melhor configuração para o planejamento logístico. 
4.2 Internet das coisas 
O uso de sensores nos armazéns automatizados permite maior controle 
sobre os produtos transportados, como sensores de peso, umidade, luz e calor, 
com o apoio de visão artificial. Eles podem identificar se determinado volume está 
 
 
14 
ou não dentro das especificações de qualidade durante o processo logístico, e 
assim adiantar eventuais problemas para o cliente. 
4.3 Aprendizado de máquina 
O aprendizado de máquina pode ser utilizado para capacitar os sistemas 
de informações gerenciais, que suportam o processo logístico, a tomar decisões 
em tempo real – por exemplo, sobre o controle do estoque mínimo de segurança, 
com base em informações externas como lead time do fornecedor e 
disponibilidade de determinada matéria-prima. 
TEMA 5 – ESTUDO DE CASO 
Com base no que vimos até o momento nesta aula, você é capaz de 
resolver os estudos de casos fictícios a seguir e escolher a melhor abordagem 
tecnológica para cada um dos problemas apresentados? 
5.1 Estudo de caso 1: Fábrica de alimentos 
Você é o novo gerente de produção de uma fábrica de alimentos. A fábrica 
produz produtos alimentícios perecíveis que são comercializados para clientes do 
país inteiro. Recentemente, a organização foi a vencedora de um edital de 
licitação que prevê o fornecimento de alimentos para escolas da rede pública 
federal de ensino. Essas unidades de ensino estão distribuídas nas cidades do 
interior dos estados do centro-oeste. 
O edital prevê a aplicação de uma multa caso a organização não entregue 
os produtos nos prazos estabelecidos em licitação pública. Uma das grandes 
dificuldades logísticas na região do centro-oeste é a malha rodoviária, que pode 
prejudicar o cumprimento do prazo. Que alternativa(s) você escolheria como 
provável solução para o problema? 
a) Utilizar técnicas de aprendizado de máquina e inteligência artificial, para 
obter dados históricos sobre o tempo médio gasto em cada trajeto, média 
de acidentes nas rodovias e previsão de fatores climáticos para estabelecer 
o planejamentologístico. 
b) Utilizar a internet das coisas para conectar sensores aos veículos de 
transporte, para obter uma estimativa de entrega dos produtos atualizada 
em tempo real. 
 
 
15 
c) Utilizar beacons em pontos estratégicos em cada unidade de ensino, com 
o objetivo de descobrir o cardápio que mais agrada os alunos, com base 
em um mapa de calor. 
5.2 Estudo de caso 2: Novo aplicativo de relacionamento 
Você é o novo gerente de marketing de uma startup de tecnologia, que 
desenvolveu um novo aplicativo de relacionamento e que já conta com mais de 
300 milhões de usuários. Uma situação comum atualmente é a cultura do 
cancelamento, quando grupos de influenciadores digitais, contrários a alguma 
ação tomada por determinada marca, promovem o “cancelamento” digital, que é 
o abandono da marca pelos seus usuários. Que alternativa(s) abaixo você 
escolheria como provável solução para esse problema? 
a) Utilizar técnicas de Big Data para coletar dados das redes sociais sobre os 
principais influenciadores digitais. Com base nesses dados, aplicar 
técnicas de aprendizado de máquina, para destacar as principais palavras 
utilizadas nas mídias por eles, e assim traçar um plano de marketing que 
mitigue a questão do cancelamento digital. 
b) Criar um mecanismo de relacionamento por bots capaz de avaliar as 
postagens feitas pelos usuários da sua rede de relacionamento, aplicando 
técnicas de inteligência artificial sobre as postagens para disparar alertas 
em tempo real, caso seja identificada alguma postagem com conteúdo 
ofensivo ou discriminatório. 
c) Configurar o seu site de relacionamento utilizando as técnicas de AMP, 
para que o carregamento no dispositivo do usuário seja feito no menor 
tempo possível, para melhorar a experiência do usuário com o aplicativo. 
5.3 Estudo de caso 3: Rede de lojas de vestuário 
Você foi contratado como gerente de tecnologia da maior rede varejista do 
setor vestuário nacional. Com o advento da pandemia de covid-19, você foi 
instruído a buscar tecnologias que viabilizam a experiência de compra do 
consumidor com o mínimo contato humano possível. Que alternativa(s) você 
escolheria como provável solução para esse problema? 
a) Utilizar PDV mobile e aumentar a quantidade de vendedores nas lojas 
físicas, para eliminar a aglomeração nas filas dos caixas. 
 
 
16 
b) Criar dispositivos de locker em todas as lojas físicas, para que os clientes 
possam retirar os produtos comprados pelo site de comércio eletrônico, 
sem a necessidade de contato humano com os funcionários das lojas. 
c) Desenvolver recursos que favoreçam o autoatendimento, para que os 
clientes possam encontrar informações sobre os produtos, receber cupons 
de promoção e realizar pagamentos por conta própria. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Indústria 4.0. Agenda 
da Indústria 4.0. 2019. Disponível em: <http://www.industria40.gov.br/>. Acesso 
em: 27 jan. 2022. 
GRAND VIEW RESEARCH. Chatbot Market Size, Share & Growth Report. abr. 
2021. Disponível em: <https://www.grandviewresearch.com/industry-
analysis/chatbot-market>. Acesso em: 27 jan. 2022. 
JUNQUEIRA, F. 80% do tráfego de internet no fim de 2019 teve origem em 
dispositivos móveis. Canal Tech, 28 jan. 2020. Disponível em: 
<https://canaltech.com.br/mercado/80-trafego-internet-dispositivos-moveis-
mundo-2019-159562/>. Acesso em: 27 jan. 2022. 
KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: moving from 
traditional to digital. 1. ed. New Jersey: John Wiley & Sons, 2016. 
WHATSAPP CHEGA a 120 milhões de usuários no Brasil. O Estado de São 
Paulo, 29 maio. 2017. Disponível em: 
<https://link.estadao.com.br/noticias/empresas,whatsapp-chega-a-120-milhoes-
de-usuarios-no-brasil,70001817647>. Acesso em: 27 jan. 2022.

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