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Pequeno Tutorial de Edição de Fórmulas no LibreOffice Otton Teixeira da Silveira Filho Disciplina de Probabilidade e Estatística Curso de Tecnologia da Informação CEDERJ O uso de fórmulas é corrente na vida das pessoas que trabalham na área de ciência e tecnologia, existindo várias ferramentas para nos auxiliar neste tipo de trabalho. Há ferramentas sofisticadas para a tipografia de textos com notação científica nas mais variadas áreas da ciência, a mais famosa delas sendo baseadas no TEX, criado por Donald Knuth. No entanto, nem sempre precisamos de uma grande sofisticação. O que faremos aqui será uma introdução de como fazer edição de fórmulas usando um recurso do LibreOffice, o Math. Esperamos dos leitores deste documento quaisquer observações que ajudem a melhorar a compreensão e abrangência desde material. Nestes exemplos usamos o LibreOffice 6.0.7.6, mas provavelmente isto não fará muita diferença, desde que seu LibreOffice não seja uma versão muito antiga. Inicialmente evitaremos o máximo possível o uso das teclas de atalho para evitar a produção de erros por digitação. A medida que você se ambientar, as teclas de atalho poderão ser úteis. Observamos que a forma que usamos o editor de texto apresenta as marcas de formatação (um dos itens do menu Exibir). Tal escolha é arbitrária e não é necessária ao uso do editor de fórmulas. Adotamos ainda as seguintes convenções: • Itens dos menus serão colocados em negrito; • as teclas a serem tecladas são colocadas entre os sinais de maior e menor. Assim <a> é uma referência à tecla que contém a letra a e colocada em minúscula; • os itens de inclusão de elementos de fórmulas serão escritos entre aspas duplas e em itálico. Assim, “int x” será um item do submenu de inclusão de fórmulas referente ao sinal de integral; • Os caracteres dentro do espaço de edição de fórmula serão escritos entre os sinais de maior e menor, só que entre aspas e em itálico. Como exemplo “<?>” corresponde exatamente ao que se vê na área de edição de fórmulas; • A tecla de espaço será indicada como <espaço>. Acessando o Editor de Fórmulas e o Ambiente de Edição Abra o LibreOffice Writer, o editor de texto do pacote LibreOffice. Para iniciar, verifique no menu superior o item Inserir. Clicando neste item você terá a imagem que se segue: Chegue até o item Objeto, onde temos um submenu com os subitens Fórmula e Objeto ODE. Claro que o que nos interessa agora é a edição de fórmulas, portanto, clique em Fórmula. Você verá a tela abaixo, o Ambiente de Edição de fórmulas: Repare que você tem o documento que você está editando no maior dos espaços nesta janela, na área superior direita. Abaixo desta área há um retângulo com o cursor indicando onde começará a introdução da fórmula. Esta é a área de edição do editor de fórmulas. Do lado esquerdo vemos uma barra de menu onde está escrito Operadores Unários/Binários e abaixo uma representação destes operadores. Os quadrados indicam os elementos a serem colocados com o operador. É fácil de identificar vários deles: partindo da esquerda para a direita e de cima para baixo, temos os sinais de +, -, ± e ∓, que são operadores unários. Na linha de baixo a soma, a subtração, o produto escalar, a multiplicação e assim por diante. Repare que ao lado do título Operadores Unários/Binários há um sinal do lado direito. Clicando sobre o título teremos o apresentado na figura abaixo: Temos os itens Relações, Operações de conjuntos, Funções, etc.. Veremos estes mesmos itens mais a frente sendo acessados de outra maneira. Este espaço que acabamos de descrever, correspondente ao espaço superior esquerdo, é mais comum de ser usado quando você estiver usando um notebook sem mouse, ou seja, com touchpad de notebook. Alguns exemplos Escrevamos algo na área de edição de fórmula, a expressão do Teorema de Pitágoras. A tela no momento da edição se apresenta como: e terá como resultado no seu documento, o que se segue a2 =b2 +c2 . No caso da digitação desta expressão, apenas foram usadas as teclas do teclado, sem o uso de se clicar nos símbolos apresentados na tela de edição do lado direito, com a ressalva que o comando de sobrescrito, marcado como o comando “<^>”, se efetiva teclando primeiro a tecla <a> seguida sequência de teclas <SHIFT>+<^>, como na acentuação de um texto, e finalmente o valor da potência, no caso 2. O mesmo será feito quanto ao <b> e <c>. Este mesmo operador pode ser encontrado no menu da esquerda. Claro, você poderia colocar aqui uma expressão qualquer e não somente um número como fizemos neste exemplo. Algo que poderá ajudar você está num dos itens do menu na área a esquerda, que contém alguns exemplos pré-digitados na opção Exemplos: Clicando em cada um dos exemplos, haverá a inclusão da fórmula na área de edição e você verá como é a sequência de digitação para obter as fórmulas correspondentes. Vamos usar os recursos do editor de fórmulas com um exercício de construir frações. No caso desejamos escrever 1 p − 1 p+1 . Vejamos a tela do editor aberta. Nela clicamos sobre um dos símbolos de divisão do menu da esquerda (correspondente ao aspecto que desejamos colocar) e obtivemos o resultado: Apareceu uma sequência de caracteres, onde a palavra do meio é “over”. Esta sequência de letras é o comando que gerará na tela uma divisão com o mesmo formato do ícone onde você clicou. Aparecem ainda um abrir e fechar de chaves, tanto antes quanto depois da palavra “over”, contendo a sequência de caracteres “<?>”. Este símbolo avisa que é aí que deveremos colocar os termos do numerador e denominador da fração. Apagaremos estes símbolos e em seu lugar escreveremos a primeira fração, clicando novamente no ícone da divisão para escrevermos a segunda fração. O resultado será Repare que na área de texto temos a fração apresentada corretamente, assim como o símbolo da segunda fração. Vejamos o resultado de armar a segunda fração: o que reproduz o que desejávamos. Mas você pode estar se perguntando o porquê das chaves, chaves estas que já apareceram várias vezes. As chaves funcionam como um agrupador ou aglutinador. No caso específico deste exercício, se você tirar as chaves da segunda segunda fração, você obteria 1 p − 1 p +1 , que não é o desejado. Portanto as chaves grupam tudo o que estiver entre elas como uma unidade, ou seja, como se fosse constituída uma única entidade. Podemos fazer uma analogia com o conceito de bloco em programação. Observação: Se você quiser reeditar a equação, basta clicar duas vezes sobre a equação apresentada no texto onde ela foi inserida. Outra maneira de acessar as opções do modo de edição de fórmulas, consiste em apertar o botão direito do mouse estando o cursor na área de edição do editor de fórmulas e temos o efeito abaixo: Ao clicar no menu você terá os mesmos recursos que aparecem no espaço à esquerda da janela de edição, só que de forma mais sintética e direta, mas menos gráfica. Exploraremos alguns destes itens neste texto. Comecemos um exercício onde escreveremos a integral definida de uma função genérica denominada f (x) . Observe que o submenu que se abre está evidenciando “int x”, que é a forma de invocar o sinal de integral. É interessante que você experimente os outros operadores. Mas aqui estamos querendo escrever uma integral definida. Observe que mais abaixo no submenu há uma opção onde está escrito “ ...from a to b”. Assim, se você teclar em “int x” e depois clicar em “...from a to b”, você obterá o resultado Repare que aparecem três vezes a sequência “<?>” na área de edição de fórmula, enquanto na área de texto aparece o sinal de integral e três quadrados vazios. O que faremos será remover as sequências “<?>” e no lugar delas colocar o que desejamos. No nosso caso o integrando será f (x) e os limites de integração serão a e b , mas poderá ser qualquer expressão. Não esqueceremos o dx para completar. Ao finaldisto teremos: Você deve ter observado que aparecem chaves dentro da fórmula acima. Nesta situação, elas não são necessárias. Como em geral elas não atrapalham, você pode deixá-las onde estão. Clicando dentro da área de texto teremos o resultado que você pode ver em seguida: ∫ a b f (x)dx . Acima a fórmula está posicionada à esquerda, mas você pode fazer o posicionamento como você faz com um texto, ou seja, clicando na linha e fazendo o alinhamento à esquerda, centrada ou à direita. O justificado só tem sentido se a fórmula estiver no meio de uma linha de texto. Abaixo temos a expressão da integral centralizada na linha ∫ a b f (x)dx . Quero observar que no lugar de você clicar em “int x” e depois clicar em “from a to b”, você poderia escrever a sequência de caracteres <int> seguido de <espaço><from a> e dai seguido de <espaço><to b> e o efeito seria o mesmo. Em geral, depois de um pouco de uso do Math, você o usará mais deste jeito. Façamos algo mais complexo usando outro operador, o de somatório. O que desejamos escrever é o que se segue: ∑ p=1 n ( 1 p − 1 p+1 )= n n+1 Observe que podemos aproveitar o que fizemos antes no exemplo de construção das frações. Basta copiar, colar e editar acrescentando os demais caracteres. Inicialmente colocaremos apenas os parênteses. Observe que se você colocar parênteses convencionais, como no caso da integral acima, não haverá adequação do tamanho dos parêntese ao tamanho do conteúdo. Para que isto ocorra, usaremos a <left(> antes da fração e <right)> depois da fração. Desta forma, teremos o tamanho dos parênteses ajustados ao tamanho do conteúdo dos parênteses. Vale o mesmo para outros separadores como os colchetes. E as chaves? Afinal, as chaves são usadas para grupar elementos. Como faremos para usar as chaves? Isto será mostrado em outro exemplo. Coloquemos agora o somatório. A formação do somatório é similar a da integral, não havendo nenhuma diferença essencial, como podemos ver abaixo, examinando o menu de operadores: Depois de clicar em “<sum x>” e em “<...from a to b>” teremos As interrogações tanto no campo de texto, quanto no campo de edição de fórmulas, estão aí por causa da indefinição dos valores dados. Vamos mais uma vez apagar os <?> e colocar os valores que desejamos faltando agora somente a segunda parte da equação. Finalmente teremos Observo novamente que podemos digitar direto os caracteres sem necessitar de acessar os menus. Vamos trabalhar um exemplo mais complexo ainda usando o somatório. No lugar de fazermos anteriormente como num passo a passo, mostraremos primeiro a expressão que desejamos, que é a que se segue e veremos como ela aparece escrita dentro do ambiente de edição de fórmulas. Desejamos apresentar o seguinte resultado: ∑ p=1 n 1 p( p+1)( p+2) = n2 −3n 4n2 +12n+8 . A tela com do editor se apresentará assim: Se você seguiu e experimentou escrever os exercícios anteriores, provavelmente conseguiu associar a sequência digitada na área de edição de fórmulas com o efeito na área de texto. Certamente requer algum esforço, mas não deve ser de difícil compreensão. Caso algo ainda não tenha ficado claro, retorne ao início desta seção para ver se algo apresentado ainda se encontra obscuro. Exemplos direcionados Agora tomaremos a abordagem que fizemos no último exemplo, mostrar a expressão gerada pelo editor de fórmulas, com algumas fórmulas usadas no curso de Probabilidade e Estatística. Aqui faremos comentários sobre a construção de algumas fórmulas. Modelo de Poisson Vocês já viram que a probabilidade dada para a distribuição de Poisson tem a expressão P(X=k )= e−λ λk k ! ;k=0,1, 2,… . Vejamos o que podemos aprender com ela. Vamos dizer que você já tenha a equação acima já inserida. Clicando duas vezes sobre a equação você verá o que está abaixo: Veja que aqui temos como escrever letras gregas e um tipo de reticências <dotslow>. Há outras diferentes destas que são usadas em expressões matemáticas. As letras gregas são marcadas pelo caracter <%> seguido de caracteres do alfabeto. As mais comuns correspondências se encontram abaixo: [ %alfa :α %beta :β %gama: γ %delta:δ %varepsilon:ε %zeta : ζ %eta:η %theta:θ %iota:ι %kappa:κ %lambda:λ %mu:μ %nu:ν %pi:π %rho:ρ %sigma:σ %tau: τ %upsilon:υ %phi:ϕ psi:ψ ] Para letras maiúsculas, basta colocar em maiúsculas os caracteres relativos, ou seja, para um π maiúsculo, escreva <%PI> e você obterá Π . Modelo Binomial Passemos agora para como se apresenta o modelo binomial, mas antes vamos ver um caso de formatos prévios que o Math apresenta. No nosso caso a formatação para os coeficientes binominais. Na figura abaixo temos o caminho dentro dos menus de como acionar esse recurso: Ao clicar, você obterá Substituindo, como de outras vezes os caracteres <?> pelo conteúdo conveniente, teremos a b que não corresponde à notação dos coeficientes binominais! Isto se dá porque todos os elementos do menu de Formatos não inclui parênteses, colchetes, chaves ou qualquer outro delimitador. O que falta é colocarmos os parênteses e faremos isto, como mostrado abaixo: com o resultado: (ab) , onde centramos a fórmula editada. Vejamos como se apresenta a fórmula do Modelo Binomial que resulta em P(X=k )=(nk ) p k (1−p)n−k ; k=0,1,2,…, n Para terminar este exemplo, apresentaremos no editor a expressão que corresponde ao cálculo dos coeficientes binominais, ou seja, (nk )= n ! k ! (n−k) ! que na janela de edição se apresenta como Modelo Hipergeométrico A partir dos exemplos anteriores, vamos agora a uma fórmula mais complexa, a do Modelo Hipergeométrico, dado pela expressão abaixo: P(X=k )= (mk )( n−m r−k ) (nr ) ; k=max (0, r−(n−m) ,…, min(r , m)) . Creio que não será difícil identificar os elementos no editor de fórmulas que se segue, afinal todos os principais elementos já foram apresentados: Os próximos exemplos serão apostando menos no aumento na complexidade das equações e mais na diversidade de opções que poderemos usar. Probabilidade Condicional A definição de probabilidade condicional, dado dos eventos A e B segue abaixo: P(A∣B)=P (A∩B) P (B) , P (B)>0 . Embora não seja complexa, facilitará a apresentação de alguns símbolos usados. Mostraremos o conteúdo de alguns elementos no menu da janela de edição de equações, onde os operadores e símbolos são apresentados graficamente, como abaixo: Basta clicar sobre os ícones desejados e aparecerá na janela de edição o comando que gerará o símbolo desejado. Para o iniciante isto facilita o entendimento. No caso específico da definição da probabilidade condicional, a janela de edição terá o conteúdo: Observe a correlação entre o que foi clicado e o que foi gerado. Probabilidade para Distribuição Normal dada uma amostra de tamanho n Embora esta expressão não seja complicada, é bom ver nela a presença de mais comparadores e operadores, além daqueles que já vimos. A expressão é a abaixo: P(a≤X≤b)=P( a−μ σ /√n ≤Z≤ b−μ σ /√n ) enquanto na janela de edição de fórmulas teremos o que se segue: Aqui podemos encontrar o uso da função raiz quadrada, dado pelo comando “<sqrt>”, cujo o comando pode ser escrito diretamente pelo uso dos caracteres <sqrt>. Escrever estes caracteres acaba sendo mais ágil do que acessar o menu da esquerda ou o menu que surge ao clicarmos o botão direito, quando estamos no espaço de edição de fórmulas. Intervalo de Confiança Esta é outra fórmula simples, mas mostraremos o uso de alguns recursos do editor e uma situação que poderá acontecer com você. A expressão é dada por IC (μ ,γ)=[ X̄−z γ/2 σ √n ; X̄+z γ/2 σ √n ] que corresponde ao seguinte na janela de edição de fórmulas Repare que aqui temos um comando para gerar subíndices, o caracter <_>. Vemos também o uso de duas fórmulas diferentes de expressar frações, cada uma com a conveniência de notação, de forma a deixar as expressões mais claras. Para terminar estas observações,repare no comando “<bar>” que gera uma barra sobre o caracter <X>. Você pode encontrar outras formas de marcação no menu Atributos, tanto no menu do lado esquerdo, como o acionado pelo botão direito do mouse. No entanto, você pode ter uma surpresa ao reeditar uma fórmula como esta, ou mesmo ao copiar uma fórmula escrita num arquivo de texto e locar em outro. Ao clicar você poderá encontrar o seguinte conteúdo na área do editor de fórmulas O que temos aqui é uma forma alternativa e mais sofisticada de descrever a fórmula que desejamos. No entanto, um modo ou outro são equivalentes e pode ser interessante misturar as notações em algumas situações. Observe ainda o comando “<size>” que permite variarmos o tamanho do corpo dos caracteres da fórmula que estamos editando. Quando estivermos trabalhando com fórmulas longas, este pode ser um recurso interessante. Experimente com os tamanhos 10, 11, 12, 13 e 14 para entender melhor as diferenças. Região Crítica Aqui apresentaremos como colocamos chaves nas fórmulas. Como vimos, as chaves geradas pelo teclado tem a função de aglutinar expressões. E quando desejamos representar chaves? Para isto vamos usar o menu Parênteses, onde estão todos os delimitadores disponíveis, além dos mais convencionais como parênteses, colchetes e chaves. Vamos apresentar a fórmula da Região Crítica para o caso de Teste de Hipótese bilateral RC= {x∈ℜ : x<xc1 ou x>xc2 } . Vejamos como esta fórmula se apresenta na janela de edição de fórmulas Para entender o que temos acima, observe os menus parênteses: Nele você encontrará entre outras coisas o comando “<left{x right}>” que gerará simultaneamente o abrir e o fechar das chaves. Os demais comandos farão a geração de pares dos demais delimitadores. Apesar do sinal gráfico no menu seja “<left{x right}>”, na janela de edição de fórmula serão apresentados como “<left lbrace>” e “<right rbrace>”, correspondendo ao abrir chaves e ao fechar chaves, respectivamente. Observe ainda o comando de subscrito, “<_>”, que aqui usamos de forma aninhada, ou seja, um subscrito contendo um subscrito, usando para isto os aglutinadores “<{>” e “<}>”. Observe ainda que colocamos a palavra <ou>. No entanto, podemos deixar mais em evidência que isto é uma palavra contida na fórmula, colocando-a sob aspas duplas. Matrizes e vetores O motivo deste tema é apresentar uma série de recursos, alguns já anunciados, mas não apresentados. No menu Formatos já vimos o comando “<binom>”. Vamos mostrar este menu abaixo: Observe que aqui o menu da esquerda, apesar de dar uma apresentação gráfica, não deixa muito evidente qual o formato que está representando. Mas centremos no menu que é acionado pelo botão direito do mouse, quando o cursor do mouse está na área de edição de fórmula. Neste menu temos os comandos “<stack{...}>” e “<matrix{...}>”. Estes comandos nos dá os formatos para vetores e matrizes de tamanho arbitrário. Ao clicarmos em “<matrix{...}>”, teremos que dá o resultado que se segue (❑ ❑ ❑ ❑) . Repare que já incluímos os parênteses, pois vimos no uso do comando “<binom>” que o menu de formato não provê os separadores que convencionalmente vemos em algumas fórmulas. Mas foi dito que este comando é para matrizes de tamanho arbitrário e aqui temos uma matriz 2x2. Este é o tamanho padrão de entrada do comando “<matrix{...}>”, mas podemos alterar isto com facilidade. Vamos preencher a matriz para entender melhor o que podemos fazer (1 2 3 4) , onde aproveitamos para centrar a fórmula. Mas observe a estrutura do apresentado na janela de edição de fórmulas: Aqui o comando “<#>” separa os elementos da linha da matriz e o comando “<##>” faz o salto para a outra linha da matriz. Escreveremos agora mais uma coluna nesta matriz introduzindo o comando “<#>” em cada linha tendo como resultado (1 2 a 3 4 b) . Da mesma forma, podemos acrescentar linhas usando o comando “<##>”. Acrescentaremos uma linha na continuação do exemplo com o resultado: ( 1 2 a 3 4 b α β γ) . Com este recurso, podemos escrever uma matriz de qualquer dimensão. Para que fique mais bonito, atribuiremos esta matriz a um identificador, como abaixo A=( 1 2 a 3 4 b α β γ ) e o que você verá na área de edição de fórmulas não é nada surpreendente. Vamos aos vetores. Clicando no comando “<stack{...}>” teremos: ❑ ❑ ❑ que corresponde na janela de edição ao que segue: Observe que aqui o tamanho inicial é um vetor coluna de três posições e o que separa uma linha da outra é o comando “<#>”. Este é a configuração inicial para este comando. De forma análoga ao que fizemos com o formato de matriz, aqui podemos acrescentar mais linhas acrescentando mais comandos “<#>”. Abaixo preencheremos um vetor de quatro posições e acrescentaremos mais um comando que pode ser achado no menu de Atributos, o comando “<vec>” que faz a marcação de uma sequência de caracteres com o símbolo convencional de vetor. x⃗=( 1 2 3 4 ) e que na janela de edição de fórmulas está representado por Há outras marcações no menu Atributos que podem ser bem úteis. Mais usos de chaves Já vimos que no Math se usa as chaves acessíveis pelo teclado como aglutinadores. Também já vimos como usar as chaves pelo menu Parênteses, onde são apresentados todos os delimitadores, seja acessíveis diretamente pelo teclado, ou sejam delimitadores pouco usuais usados em matemática: Aqui mostraremos outros usos comuns da chave. Observe que há vários comandos com marcação de chaves. A que gera a versão mais flexível é indicada no menu acionado pelo botão direito como “<left{x right}>” que se apresenta no espaço de edição de fórmulas como que é de digitação fácil. No menu do lado esquerdo o equivalente ao comando acima está na primeira linha, última coluna do terceiro bloco de comandos. Seja como for, conseguiremos inscrever as chaves. Façamos um exemplo ilustrativo. Seja a expressão abaixo f (x)= 1 3 {( x3 +2)[ (x−1) 5 +( x2 + 1 x ) √3 ]} Vamos apresentar como fica a representação desta fórmula no espaço de edição de fórmulas Creio que a compreensão da expressão não tem grandes dificuldades. No entanto, é comum termos que usar chaves para apresentar valores, como na fórmula abaixo: y={ 1−√ 2 2 1+ √2 2 . Esta fórmula tem a seguinte correspondência na janela de edição de fórmulas Repare que temos uma série de comandos já vistos, mais um comando novo, o “<right none>”. Este comando existe justamente para quando desejamos usar apenas um lado de um delimitador, não importando se é um parênteses, um colchete, uma chave ou qualquer outro delimitador. Vamos a mais um exemplo mais complexo, como o apresentado abaixo: f (x)={ 1, para 1≤x<3 2, para 3≤x<5 0, para x∉(1,5 ] , que tem a seguinte representação na janela de edição de fórmulas Aqui temos mais novidades, uma delas o comando “<~>” que gera espaços dentro do modo de edição de fórmulas. Com tal comando, podemos fazer alinhamento de elementos em formatos diversos nos comandos de formato“<matrix{...}>” e “<stack{...}>”. Existem outros comandos que facilitam o alinhamento no próprio menu de Formato, são os comandos “<alignl>”, “<alignr>” e “<alignc>”, que promovem respectivamente o alinhamento à esquerda, à direita e centrado. Outro comando que aparece aqui é o “<notin>” que é um símbolo matemático que marca a não inclusão de um elemento num conjunto, no caso no intervalo apresentado. Estes e outros operações de conjunto estão no menu Operações de Conjunto, como era de se esperar. Integrais Já fizemos uma apresentação de representação de integrais, mas aqui apresentaremos algumas representações que serão úteis quando você digitar os seus textos. Já vimos que a integral definida se representa como ∫ a b f (x)dx , mas temos definições que incluem a integração num intervalo infinito, como na definição de média para uma distribuição contínua μ=∫ −∞ ∞ x f (x)dx , que aparece no espaço do editor de fórmulas comoO comando que gera “<infinity>” se encontra no menu Outros. Mas outro problema pode surgir quando apresentamos o desenvolvimento de um processo de integração, por exemplo, a integral da função f (x)=x2 no intervalo [3,2] . Há pelo menos duas maneiras de fazer isto, certamente você poderá encontrar outras. Uma, mais rápida e simples, tem o aspecto ∫ 2 3 x2 dx= x3 3 |2 3 = 1 3 (33 −23 )= 1 3 (27−8 )= 19 3 , que é representada na janela de edição de fórmulas como A barra que demarca o intervalo de integração é obtida com o uso do comando “<\lline>” e com o uso dos comandos “<_>” e “<^>” que, respectivamente, geram um subscrito e um sobrescrito. O comando “<lline>”, sem a contrabarra, está no menu Parênteses. A barra gerada é um tanto pequena e pode desagradar o senso estético de alguns. Há uma outra maneira, um tanto mais complexa, que dá outro aspecto à expressão acima: ∫ 2 3 x2 dx= x3 3 | 1 2 = 1 3 (33 −23 )= 1 3 (27−8 )= 19 3 que se apresenta na janela de edição de fórmulas como Este último exemplo serve mais para vermos como podemos fazer uma composição usando vários comandos já apresentados. Observe o uso do comando “<size>” atuando em somente um caractere. Derivadas Vez por outra, precisamos apresentar derivadas de uma função. Aqui mostrarei alguns exemplos de como isto pode ser feito. Primeiro, a representação em si das derivadas primeira, segunda e terceira de uma função: df dx ; d2 f dx2 ; d3 f dx3 ;⋯ que se apresenta na janela de edição de fórmulas como onde, de quebra, temos como se criam reticências dentro do ambiente de edição de fórmulas, o comando “<dotaxis>”. Vamos a um exemplo. Desejamos expressar a seguinte expressão f (x)=4 x−4 x3 ⇒ df dx =4−12 x2 ⇒ d2 f dx2=−24 x , que aparece na área de edição como Aqui temos mais um comando interessante, o “<drarrow>”, que é uma seta de implicação, encontrável no menu Relações, junto com outros comandos análogos. Complemento Você poderá encontrar mais informações sobre os comandos do Math no endereço abaixo, que está em inglês: https://help.libreoffice.org/latest/lo/text/smath/01/03090400.html?DbPAR=MATH#bm_id3150932