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Caio Henrich Ferreira Bianchi
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
RESUMO
O CME é uma área peculiar dentro da Instituição Hospitalar, pois presta assistência de forma indireta ao cliente, e é considerado o “coração do hospital” porque a maioria dos procedimentos dos profissionais da área da saúde envolvem formas de descontaminação dos materiais, desde a limpeza simples com água e sabão até a esterilização. 
Segundo a RDC nº15 de 2012, dentro do CME deve ter um responsável técnico (RT), com formação em Ensino Superior com disciplinas afins e com conhecimento na área. Este RT é exclusivamente responsável pelo CME, devendo estar no local de trabalho durante toda sua jornada de trabalho. 
Na maioria das Instituições Hospitalares e Empresas Terceirizadas, o RT é um Enfermeiro, e os colaboradores são auxiliares ou técnicos de enfermagem. Por isso, a importância da enfermagem se atualizar e se preparar para atuar neste campo. Esta apostila tem como finalidade introduzir o profissional de saúde no CME, capacitando-o para iniciar suas atividades neste setor.
Na antiguidade, o corpo humano era considerado uma incógnita, considerado em toda sua complexidade, pelos cirurgiões. Os cirurgiões não passavam por uma academia, mas por uma educação prática. Eram chamados de “cirurgiões barbeiros”1, que possuam maior habilidade manual. A cirurgia era tratada como uma prática baixa e profana, pois os cirurgiões lidavam com a carne “decadente” (tumores, cistos, fraturas, gangrenas, entre outros). 
Antes de 1840, os cirurgiões contavam apenas com sua destreza manual para realizarem o procedimento cirúrgico. Os instrumentos utilizados nas operações eram limpos com qualquer pano ou até mesmo a aba da sobrecasaca dos cirurgiões. Em 1848, Ignaz Filipe Semmelweis, trabalhando na Clínica Obstétrica do Hospital de Viena, descobre a causa da mortalidade pela febre puerperal. Ele instituiu, a partir de 15 de maio de 1847, uma política rigorosa de lavagem das mãos e dos instrumentos em solução de cal clorada, entre o trabalho de autópsia e o cuidado dos clientes. Ele desvendara o segredo de transmissão dos agentes infecciosos, por meio das mãos e dos instrumentos dos médicos e cirurgiões, revelação que seria três decênios depois a pedra angular da assepsia.
Brasília, DF,
2021

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