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Tópicos integradores Prof.ª Dr.ª Kátia Alessandra de Souza Caetano TCC: impacto na Psicologia Década de 50. Caracterizada pelo estudo do comportamento humano de forma objetiva e racional, com rigor científico e com o desenvolvimento de leis de aprendizagem que sejam validadas empiricamente. As teorias deveriam ser construídas a partir de princípios básicos bem estabelecidos do ponto de vista científico e as tecnologias utilizadas deveriam ser bem especificadas e testadas. O que impulsionou o desenvolvimento do movimento da TCC? Por que 1950? Primeira geração da TCC. Reação aos paradigmas clínicos predominantes: ineficácia – terapia psicanalítica. TCC: leis de aprendizagem existem desde o começo do século XX 1950: Hans Eysenck – estudo. Achados de Eysenck Como chamar a TCC? Características 1) Científica 2) Ativa 3) Focada no presente 4) Focada na aprendizagem 5) Individualizada 6) Progressiva 7) Breve Como surgiu a proposta de classificação do movimento em “gerações” ou “ondas”? Proposta de Classifica ção em Três Gerações Steven Hayes é considerado o grande difusor da ideia de evolução da TCC em três gerações sucessivas, e tem recebido crescente apoio da comunidade científica, apesar desse tema não estar livre de controvérsias. 2004: emergiu nos anos 90. Compartilham elementos comuns (Hayes, et al., 2004). Emergiu a partir das gerações anteriores. Reformula e sintetiza as gerações prévias Explanação histórica acerca da origem e evolução do movimento das terapias comportamentais. Primeira geração: aspectos históricos Início do século XX: Pavlov e o condicionamento clássico. Watson e o behaviorismo. Em 1924, Mary Cover Jones, aluna de Watson. Edward Thorndike: Lei do Efeito – condicionamento operante 1930: fisiologista Edmund Jacobson. 1950: Estados Unidos (Skinner), África do Sul (Wolpe, Lazarus) e Grã-Bretanha Aspectos clínicos Princípios de aprendizagem: trabalhos experimentais com animais. Modificação do comportamento através da utilização de técnicas derivadas de princípios do condicionamento clássico e do condicionamento operante ou skinneriano Trabalho clínico Foco: as emoções e os comportamentos problemáticos, utilizando-se de condicionamentos e princípios comportamentais. Risco desse foco (Hayes, 2004). Visão mecanicista do behaviorismo. Segunda geração Segunda geração: aspectos históricos 1960: Albert Bandura, a Teoria de Aprendizagem Social. Princípios de aprendizagem por observação, papel das cognições no desenvolvimento e no tratamento de transtornos psicológicos. Tornar as cognições um legítimo foco da Terapia Comportamental era contrário ao behaviorismo Watsoniano pela impossibilidade de observação direta das cognições. Terapia Cognitiva: Beck (1976) e Ellis (1957) buscavam a modificação de pensamentos negativos e ilógicos associados com diversas dificuldades psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Década de 1960: mudanças nas cognições mal-adaptativas que contribuíssem para os transtornos psicológicos. Mediante o reexame sobre a relação entre cognições disfuncionais e comportamentos desadaptativos. A Terapia Cognitiva: técnicas cognitivas com técnicas comportamentais. A ciência psicológica básica: na psicologia da aprendizagem e processamento da informação. Como a segunda onda ganhou força e mudou a anterior? Realização de estudos: eficácia para uma variedade de transtornos psiquiátricos. Anos1970: tratamento de escolha para certos problemas psicológicos. Anos 1980: reconhecimento da TCC como uma grande força na área da psicologia. Anos1990: seu crescimento se expandiu. Segunda geração: aspectos clínicos Cognição. Distorções cognitivas. A tensão: “Terapia Cognitivo-Comportamental”. A cognição passa a ser um dos alvos do tratamento. Premissa sobre o papel de cognições mal-adaptativas Críticas Técnicas cognitivas são mesmo necessárias? Reetruturação cognitiva: polêmica. Estudos. Os resultados da TCC ocorrem mais pela presença de técnicas comportamentais do que pela combinação de técnicas cognitivas e comportamentais (Álvarez, 2006). 1987: Wegner, Schneider e Carter – estudo. Imagem urso branco: supressão voluntária de um pensamento é contraproducente. Resultados da literature. Espaço para mudança… Final do século XX e o início do século XXI. 2004: emergiu nos anos 90. Steven Hayes. Segunda -> Terceira geração Ênfase diminuída da segunda onda no papel contextual; Questionamentos relacionados à eficácia das estratégias cognitivas; Classificação do cognitivo como uma categoria à parte, em detrimento de ser considerado um comportmento. Exemplos Terapia Comportamental Dialética. Terapias transdiagnósticas. Terapia de Aceitação e Compromisso. Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness. Psicoterapia Analítico-Funcional. Terapia Comportamental Integrativa de Casais. TCC tradicional Terapias de Terceira onda Foco da mudança do conteúdo dos pensamentos. Premissa sobre o papel das cognições Foco na função dos pensamentos e a promoção de estratégias de regulação emocional que se contraponham à esquiva emocional das experiências internas. TCC tradicional Terapias de Terceira onda Eliminar ou ao menos reduzir a duração, a frequência e a intensidade de pensamentos intrusivos, de memórias dolorosas, de cognições desconfortáveis ou de pensamentos Ruminativos. Técnicas de mindfulness e aceitação para lidar com as experiências internas, ao invés de tentativas de mudar os pensamentos e as sensações internas consideradas negativas. Terapias de terceira onda Não objetiva refutar cognições desadaptativas com o objetivo de modificar a resposta emocional e/ou comportamental associada a tais cognições. Aceitação e observação. Similaridades e diferenças. Técnicas comportamentais Grande enfoque comportamental e na importância do contexto e nas contingências. Terapias de Terceira geração Importância dos processos cognitivos e verbais em suas teorias de psicopatologia e em seus tratamentos (Herbert & Forman, 2011). Atitude de aceitação sem julgamentos em relação a todas as experiências humanas, a fim de aumentar o bem-estar psicológico. Características “Fundamentada em uma abordagem empírica e focada em princípios”. “Estratégias de mudança contextuais e experienciais em adição às estratégias diretas, focadas na função mais do que na forma”. Propósito. “Construção de repertórios flexíveis e efetivos, mais do que a eliminação de problemas estreitamente definidos”. Maior foco no empoderamento dos clientes e o aprimoramento do repertório do que no problema comportamental ou psicopatologia especificamente definida. “Enfatizar a relevância desses aspectos tanto para clínicos como para os clientes”. Sintetiza as gerações prévias. “Questões, problemas e domínios endereçados por outras tradições”. Retorno à perspectiva contextual. Interesse maior pelas funções dos comportamentos do que pelos comportamentos em si. Uso de estratégias experienciais para ajudar os clientes a estarem no presente momento e a desistirem da luta de controlar emoções e pensamentos difíceis como pré-condição de uma mudança comportamental.