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BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Corrupção: tipos penais e instrumentos negociais de alavancagem probatória em maxi processos Marcelo Rodrigues Marster of Laws em Direito (USP) e em Direitos Fundamentais Difusos e Coletivos (UNIMEP- bolsa CAPES integral). Especialista em direito público, (Escola Paulista da Magistratura), Especialista em contratos (PUCSP). Extensão e pesquisador visitante do Forschungsstelle für lateinamerikanisches Strafund Strafprozessrecht na Georg-August-Universität -Alemanha. Autor de diversos livros e artigos científicos reconhecidos pela CAPES (qualis A1, A2, B1, B2). E-mail: marcelordsadv@gmail.com marcelords@usp.br BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 mailto:marcelordsadv@gmail.com mailto:marcelords@usp.br BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 LUIGI FERRAJOLI, para quem, mediante o uso do Direito Penal, “o Estado deve preocupar-se com as infrações cometidas pelos caballeros - corrupção, balanços falsos, valores sem origem e ocultos, fraudes ou lavagem de dinheiro, ao contrário do que normalmente se faz em relação à propaganda da necessária punição exclusiva dos crimes que “ocorrem nas ruas”. (Ferrajoli, Luigi. Democracia y garantismo. Edición de Miguel Carbonell. Madrid: Editorial Trotta, 2008, p. 254) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 O que é corrupção? BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 - Saber o que se está enfrentando - Auxiliar elaboração de políticas públicas anticorrupção BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Loslie Holmes: « como a beleza, está nos olhos do espectador ». HOLMES, Leslie. Corruption: a very short introduction. Nova Iorque: Oxford University Press. 2015. Edição do Kindle Susan Rose-Ackerman: « sustenta que a definição tende a variar de acordo com o interlocutor ». ROSE-ACKERMAN, Susan. The Challenge of poor governance and corruption. Clóvis de Barros Filho e Sérgio Praça: é um fenômeno multifacetado e extremamente complexo que « cansa qualquer um que tenta entendê-la » BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Brasil define o que é corrupção? Corrupção passiva (317), Corrupção ativa (333), corrupção ativa em transação internacional, corrupção no âmbito militar (308, 309, 347- CPMB) Outras situações sem o nomen iuris: concussão, prevaricação, fraude em licitações, tráfico de influência, lavagem de capitais etc. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 FLAVIA PIOVESAN: la corrupción no es meramente solicitar, recibir, ofrecer o prometer una ventaja indebida, como prescriben los artículos 317 y 333 del Código Penal Brasileño. Se trata de subversión del interés público, vulnerando al mismo tiempo las tres valiosas Máximas Ulpianas: honeste vivere, alterum non laedere e suum cuique tribuere. LIRA, Laura Fernandes de Lima; NUNES, Tatiana Mesquita;OLMOS, Eduardo Alonso; PIOVESAN, Flávia; RODRIGUES, Anna Dias. La corrupción y los derechos humanos em Brasil. In: ANTONIAZZI, Mariela Morales; TABLANTE, Carlos (Ed.). Querétaro: Instituto de Estudos del Estado de Querétaro. 2018. p. 87. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Fábio Medina Osório, « o microssistema jurídico de combate à corrupção, de modo abrangente, envolve combate não apenas ao conceito jurídico-penal de corrupção, mas também a ilícitos que remetam às violações de deveres funcionais correlatos ». OSÓRIO, Fábio Medina. Compliance anticorrupção: aspectos gerais. CUEVA, Ricardo Villas Bôas; FRAZÃO, Ana (Coordenadores). Compliance: perspectivas e desafios dos programs de conformidade. Belo Horizonte: Fórum. 2018. p. 324. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 As Convenções definem corrupção? - Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção -Convenção sobre o Combate à Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais -Convenção Interamericana Contra a Corrupção BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Convenções somente elencam rol de ilícitos relacionados à corrupção: (a) suborno de funcionários públicos nacionais; (b) suborno de funcionários públicos estrangeiros e de funcionários de organizações internacionais públicas; (c) malversação ou peculato, apropriação indébita ou outras formas de desvio de bens por um funcionário público; (d) tráfico de influências; (e) abuso de funções; (f) enriquecimento ilícito; (g) suborno no setor privado; (h) malversação ou peculato de bens no setor privado BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Até 2012: « o abuso de cargo público para ganhos privados » (somente corrupção pública) A partir de 2012: « o abuso do poder confiado para ganhos privados » (business-to-business ou B2B) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 - Tendência internacional de criminalização da corrupção no âmbito privado (a exemplo de países como Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha, que já possuem um tipo penal de corrupção privada). - Artigo 172 do PLS 236/2012, Projeto de Reforma do Código Penal, se aprovado for o Brasil passará a introduzir no Brasil o crime de « corrupção entre particulares » - Corrupção não ocorre só no Poder Público – Não vinga a afirmação de Gary Becker que « se abolirmos o Estado, abolimos a corrupção » BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Exemplo de corrupção privada: Funcionário da Construtora A - - - > cotação materiais Empresa X , Y e Z. Empresa Z concede percentual da venda para o funcionário da construtora, mesmo que o valor esteja mais alto. Lesados: consumidores, sócios / acionistas etc. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Caso Alemanha – 2ª Guerra Mundial – judeus proibidos de emigrar – leis antijudaicas – propina de à funcionário público para família escapar do país. - Ilegal x moral - “Interesse público” de quem? foi corrupta? Foi legal? Foi imoral? - pensar em corrupção requer pensar no processo político – crença que o legislador acerta BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Corrupção sempre é ruim? Abraham Lincoln – subornou parlamentares abolição da escravatura - foi uma avanço humanitário BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Características da corrupção: (i) abuso de posição (ii) violação de um dever previsto no sistema normativo (iii) benefício futuro “extraposicional” (ainda que não se concretize) (iv) sigilo George Sarmento: « Ninguém fala, ninguém vê, ninguém escuta: essa é a regra » BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Grande corrupção x pequena corrupção Novas Medidas contra a corrupção, elaborado pela Transparência Internacional (em conjunto com a FGV- SP) Proposta número 58: pretende alterar o sistema sancionatório para que haja um recrudescimento punitivo com relação à grande corrupção Penas (4 a 12 anos da corrupção) sejam dobradas quando o dano causado ou o produto do ilícito for igual ou superior a 1000 salários mínimos BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Consequências corrupção: (i) (i) Distorce a concorrência: privilegiando granes grupos econômicos, estimulando ainda mais a concentração de poder; (ii) (ii) Desvirtua a alocação de recursos; (iii) (iii) Prejudica o desenvolvimento do país; (iv) (iv) Crises de confiança dos cidadãos nas instituições, na classe política (mina a democracia); (v) (v) prejuízos financeiros; (vi) (vi) impactos negativos nas políticass públicas. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Navy Pillay (alto comissariado dos Direitos Humanos da ONU) - corrupção mata em razão da fome, porque o custo da corrupção é oitenta vezes maior do que o necessário para alimentar pessoas que passam fome no mundo BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Custos com a corrupção: (i) BANCO MUNDIAL (2017): 1,5 trilhão de dólares todos os anos em propinas no mundo (ii) FIESP (BRASIL) – 2010: Custo médio anual: 1,38% a 2,3% do PIB, ou seja, de 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões de reais BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Valores recuperados em condenações por Improbidade administrativa (2006-2016): BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Proposta número 68 - Novas Medidas contra a Corrupção (i) Aperfeiçoar a recuperação de bens obtidos em decorrência de atos de improbidade administrativa (ii) Problema a ser resolvido: difícil recuperação ocultação e dilapidação do patrimônio por agentes ímprobos. (iii) Proposta: é deixar mais clara a possibilidade de adoção de medida cautelar de indisponibilidade de bens do indiciado, quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Problemas mais importantes no Brasil BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N OD E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Confiança nas instituições (1º sem/2017) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Percentual de propina para receber serviços básicos do Estado BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Percentual de propina para receber serviços básicos do Estado BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Aumento da corrupção nos últimos 12 meses? (Fonte: Latinobarômetro) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Zeid Ra’ad Al Hussein (chefe de direitos humanos das Nações Unidas): corrupção « corrói » direitos humanos, é « corrosiva com a agenda de direitos humanos e precisa ser lidado com mais seriedade » Corrupção Direitos Humanos Somente em 2003: Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Organização Nações Unidas demonstrou profunda preocupação com o fato do fenômeno da corrupção prejudicar gravemente a fruição dos direitos humanos, sejam eles econômicos, sociais e culturais ou civis e políticos E no Brasil? BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Flávia Piovesan: ESCOPO FUNCIONAL NA RELAÇÃO DIREITOS HUMANOS E CORRUPÇÃO: « al pretender combatir la corrupción bajo el enfoque de violación a los derechos humanos, se busca llamar la atención de los agentes públicos y de la sociedad sobre la gravedad del acto y así afrontar a corrupción con mas conciencia y rigor » BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Flávia Piovesan: ESCOPO FUNCIONAL NA RELAÇÃO DIREITOS HUMANOS E CORRUPÇÃO: « al pretender combatir la corrupción bajo el enfoque de violación a los derechos humanos, se busca llamar la atención de los agentes públicos y de la sociedad sobre la gravedad del acto y así afrontar a corrupción con mas conciencia y rigor » Conselho Internacional de Políticas de Direitos Humanos: que essa correlação «puede convencer a los actores claves (funcionarios publicos, parlamentarios, jueces, fiscales, abogados, empresarios, banqueros, contadores, los medios de comunicación y el público en general) para que encaren con mayor rigor la corrupción »” BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Flávia Piovesan: Vinculação umbilical in re ipsa (presumida) entre corrupção e violação de direitos humanos autorizaria a relatvização de direitos e garantias fundamentais atinentes ao suposto agente corrupto / corruptor, já que, aplicando-se o princípio da proporcionalidade, a gravidade da violação (presumida) aos direitos humanos teria geralmente um peso maior na balança e justificaria a relativização. Proporcionalidade Direitos humanos (corrupção – maior gravidade) X Outros direitos BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Flávia Piovesan: Vinculação umbilical in re ipsa (presumida) entre corrupção e violação de direitos humanos autorizaria a relatvização de direitos e garantias fundamentais atinentes ao suposto agente corrupto / corruptor, já que, aplicando-se o princípio da proporcionalidade, a gravidade da violação (presumida) aos direitos humanos teria geralmente um peso maior na balança e justificaria a relativização. Proporcionalidade Direitos humanos (peso maior presumido) X Outros direitos BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 4151 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 direito de compartilhar informações (mesmo que confidenciais) envolvendo atos de corrupção interesse público em combatê-la, e, assim sendo, a liberdade de expressão teria papel fundamental nesse enfrentamento, pois permitiria fazer atingir a « cultura política que incentiva, nutre e reforça a exposição e punição da corrupção » - Julgado do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos ─caso Guja vs. Maldávia, 1 4277/04 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 SÉRGIO MORO: Levantamento do sigilo áudio relativo a uma interceptação telefônica Lula e Dilma « tratando de processo de apuração de possíveis crimes contra a Administração Pública, o interesse público e a previsão constitucional de publicidade dos processo (art. 5º, LX, e art. 93, IX, da Constituição Federal), impedem a imposição da continuidade do sigilo », e que o levantamento propiciaria « assim não só o exercício da ampla defesa pelos investigados, mas também o saudável escrutínio público sobre a atuação da Administração Pública e da própria justiça criminal. A democracia e uma sociedade livre exigem que os governados saibam o que fazem os governantes » Convenção da Nações Unidas contra a Corrupção: art. 13, 1, d) Respeitar, promover e proteger a liberdade de buscar, receber, publicar e difundir informação relativa à corrupção. Essa liberdade poderá estar sujeita a certas restrições, que deverão estar expressamente qualificadas pela lei e ser necessárias para: i) Garantir o respeito dos direitos ou da reputação de terceiros; ii) Salvaguardar a segurança nacional, a ordem pública, ou a saúde ou a moral públicas. artigo 5º, inciso XII, CF/88: comunicações telefônicas são invioláveis salvo por ordem judicial nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 RESULTADO; Direito humanos como um exercício de retórica que termina violando os próprios direitos humanos. DANIEL SARMENTO: « a defesa dos valores republicanos ─especialmente, o combate à corrupção─ é vista como fim maior, que legitima graves restrições aos direitos humanos », tudo em vista a promover a « ‘salvação pública’ e a nobreza do fim justifica qualquer meio empregado ». SARMENTO, Daniel. Por uma república inclusiva: usos e abusos do princípio republicano nos 30 anos da Constituição Federal. In: BOLONHA, Carlos; OLIVEIRA, Fábio Corrêa Souza de. 30 anos da Constituição de 1988. Belo Horizonte: Fórum. 2019. p. 70. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Anne Peters : «no todo acto corrupto constituye una violación de los derechos humanos ». PETERS, Annee. Corrupción y derechos humanos. In: ANTONIAZZI, Mariela Morales; TABLANTE, Carlos (Ed.). Impacto de la corrupción en los derechos humanos. Querétaro: Instituto de Estudos Constitucionales do Estado de Querétaro. 2018. p. 61 ECOWAS Court of Justice: única vez que um organismo internacional foi chamado a julgar a violação dos direitos humanos pela corrupção SERAP vs. Nigeria The Socio-economic rights and accountability project - SERAP vs. The Federal Republic of Nigeria and Universal Basic Education Commission – UBEC Não se reconheceu que o desvio de 13 milhões que seriam destinados à educação no governo Nigeriano foi causa da negação do direito à educação (violação do direito humano à educação) Um país vasto como a Nigéria, com seus enormes recursos, dificilmente se poderia dizer que um ato isolado de corrupção contido em um relatório tenha consequências tão devastadoras quanto a negação do direito à educação BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Pressuposto que corrupção viola automaticamente direitos humanos é equivocado: Aumento de proposições de projetos recrudescimento das sanções penais relacionadas à corrupção, a exemplo do Projeto de Lei 4.850/2015 (« Dez medidas contra a corrupção ») e do Projeto de Lei do Senado 204/2011 (PL 5900 – Câmara dos Deputados) - Aumentar as penas dos crimes de peculato, concussão, excesso de exação, corrupção passiva ou corrupção ativa, - incluí-los no rol dos crimes hediondos previsto na Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos) v.g.: paciente que suborna um funcionário público de um hospital público para ser atendido preferencialmente em razão de seu estado de saúde considerado precário; ou um desvio de pequeno valor dos cofres públicos uma única vez BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Considerar toda corrupção como atentatória aos direitos humanos é se aproximar da lógica do delito de acumulação (kumulationsdelikte) proposta por Lothar Kuhlen corrupção inexpressiva punição severa evitar as consequências lesivas advindas da difusão deidêntica prática na sociedade, ou seja, que « a possibilidade certa de que dita conduta ─ não lesiva per se ─ se realize também por outros sujeitos, de modo que o conjunto de comportamentos culminará certamente lesionando o correspondente bem jurídico ». Joel Feinberg « E se todo mundo fizesse isso?» (« what if everybody did it ?» Se todos praticassem pequenos atos de corrupção? Justificaria considerar pequenos atos de corrupção como violadores de direitos humanos, pois a somatória de atos levaria a violar bens jurídicos integrantes desses direitos Roland Hefendehl, a adoção da lógica da acumulação ofereceria um equivalente material apto a suprir a ausência de uma causalidade lesiva real da conduta BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 CRÍTICAS DA MAIOR SEVERIDADE DA SANÇÃO TENDO EM CONTA A LÓGICA DOS DELITOS DE ACUMULAÇÃO: a) essa lógica leva à atribuição de (maior) responsabilidade com fulcro em fato de terceiro (e não próprio); b)viola os princípios da intranscendência/ pessoalidade e da culpabilidade Esse princípio desautoriza que alguém seja responsabilizado penalmente por fato de outrem c) permite a responsabilização criminal de bagatelas BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 EXISTE UM DIREITO HUMANO A NÃO CORRUPÇÃO? Andrew Spalding - right to be free from corruption a) Corrupção é termo de difícil compreensão, o que faria perder a sua aceitação e assertividade no plano factual; b) Corrupção trata-se de uma forma de violação a direitos e não da própria consequência; c) Os problemas da vida social não devem simplesmente ser traduzidos em um imenso catálogo de direitos subjetivos e ali esquecidos. d) O mero enquadramento em direito humano não funciona. Conclusão: é apenas uma forma de violação dos direitos humanos BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 INDULTO - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.874 DISTRITO FEDERAL PGR: reduziu o tempo de cumprimento de pena que ignora a pena aplicada; extinguiu as multas aplicadas; extinguiu o dever de reparar o dano; extinguiu penas restritivas de direito, sem razões humanitárias que justifiquem tais medidas e tamanha extinção da punibilidade PGR: Decreto nº 9246/17, especificamente no artigo 1º -I, § 1º – I e nos artigos 2º, 8º, 10 e 11, é inconstitucional por violar, dentre outros, os princípios da individualização da pena, da separação dos poderes e da proteção jurídica suficiente dos bens jurídicos constitucionalmente tutelados ALEXANDRE DE MORAES: o texto constitucional não instituiu os delitos relacionados à corrupção como insuscetíveis de graça ou indulto; tampouco, até o presente momento, o Congresso Nacional classificou-os como crimes hediondos, o que, consequentemente, impediria a clemência soberana CF/88, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; LIMITES: Lei 8.072/1990 Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, graça e indulto; Luís Roberto Barroso (relator - contra o decreto) - voto : fica vedada a concessão de indulto aos crimes do chamado "colarinho branco", como corrupção e peculato, e só poderá ser beneficiado quem cumpriu pelo menos um terço da pena, de no máximo oito anos. Para o relator, a corrupção é um crime "violento", praticado por gente "perigosa". Afirmou, ainda, que a corrupção "mata na fila do SUS, mata na falta de leitos, falta de medicamentos, mata nas estradas que não têm manutenção adequada". A corrupção, acrescentou, "destrói vidas que não são educadas adequadamente em razão da ausência de escolas, deficiências de estruturas e equipamentos". BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 INDULTO - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.874 DISTRITO FEDERAL BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Semente do enfrentamento à corrupção no plano global - Escândalo de Watergate em 1974- EUA - Levou à aprovação em 1977 da FCPA – Foreign Corrupt Pactices Act 1977 - DOJ (Departament of Justice) e SEC (Security Exchange Commission) - Law Enforcement somente a partir dos anos 2000 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 GLOBALIZAÇÃO - EUA acreditou que a FCPA levou a desvantagens competitivas com relação a outros países que não tinham uma lei de enfrentamento à corrupção. - A incapacidade de subornar face à FCPA acabaria fazendo determinadas empresas americanasa perder mercado no âmbito internacional. EUA pressiona a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a negociar um tratado internacional com o fim de obrigar as economias de mercado a adotarem uma legislação anticorrupção semelhante à americana (a FCPA - Foreign Corrupt Practices Act de 1977), evitando assim fenômenos como: - Race to the bottom – país não regulamenta propositalmente e nem impõe medidas sancionatórias para atrais ou reter determinados agentes econômicos em suas jurisdições. - Grease money – a corrupção seria importante para países em desenvolvimento, desde que seja para causar danos apenas ao país estrangeiro BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Pressão internacional ---> RESULTADO: 1978, na Convenção sobre o Combate a Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais da OCDE. Países signatários – elaboração de leis repressivas, estabelecendo sanções a autores ou partícipes de corrupção de funcionários públicos estrangeiros ligados a transações Comerciais Internacionais. BRASIL: Código Penal, por meio da Lei 10.467/2002, criando aos tipos penais de corrupção ativa em transação comercial internacional e o tráfico de influência em transação comercial internacional (respectivamente: arts. 337-B e 337-C, ambos do Código Penal). RAZÕES DO ENFRNETAMENTO: MERAMENTE ECONÔMICAS (RELAÇÕES COMERCIAIS) Jürgen Habermas, o capital substituiu a centralidade da teoria do poder, gerando uma regulação por mecanismos exclusivamente econômicos BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MANDADOS CONSTITUCIONAIS ANTICORRUPÇÃO: - art. 5º, LXXIII (legitimidade de todo cidadão para propor ação popular visando à tutela da res publica); - art. 14, § 9º (previsão de inelegibilidade em casos de quebra das regras de probidade administrativa, moralidade para exercício do mandato, normalidade e legitimidade das eleições); - art. 37, caput (submissão da Administração Pública à obediência dos princípios gerais da moralidade, publicidade e impessoalidade); - art. 37, II e XXI (exigência constitucional de concurso público e licitação); - art. 37 § 4º c.c. 15, V (suspensão de direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade dos bens, ressarcimento ao erário, sem prejuízo das cominações penais, em casos de improbidade administrativa); - art. 129, III (defesa do patrimônio público pelo Ministério Público); - art. 85 (previsão de crimes de responsabilidade do Presidente da República, que atentam contra a probidade na administração). BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 SOCIEDADE DE RISCO (Ulrich Beck) - Consumo de massa - Riscos ambientais - A financeirização do capital e o aumento significativo de relações e fluxos financeiros em nível global criaram riscos de crises financeiras sistêmicas, como o colapso dos mercados financeiros ; - integração mundial do mercado financeiro extremamente complexo e veloz, a infinita quantidade de transações financeiras em curtos espaços de tempo entre vários países facilitadas pelos avanços tecnológicos - ganhos privados ilícitos fossem obtidos pelo abuso de poder de meios públicos ou privados (corrupção) e riscos de crise e pânico financeiros. Exemplo: Empresa ERON – 2001- intrincado mercado financeiro – realizou fraudes na contabilidade, levando investidores a aplicar recursos em uma empresa que estava falida (fato encobertado pela fraude) - Paraísos Fiscais etc. - Empresas passaram a ser consideradas fontes de risco – POR ISSO DO COMPLIANCE (não são vistas mais unicamente como vítimas da corrupção - Terrorismo - Crime organizado transnacional BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 SOCIEDADE DE RISCO (Ulrich Beck) - Os riscos formam uma nova ética de responsabilidade planetária, orientada para o futuro. Demanda do Estado o controle e a mitigação dos riscos RISCOS « vitimização difusa » BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Controle dos riscos por meio do direito punitivo direito administrativo sancionador e direito penal ESTADO GERENCIAL “Administrativização da vida” Agências de controle – exigência de especialização em um mundo complexo Necessidade de rápidas adequações em razão das tecnologias que não param de desenvolver « administrativização do direito penal » (normas penais em branco, tipos penais abertos, crimes de perigo abstrato etc.) « penalização do direito administrativo » (normas punitivas para conformar atividades) Helena Regina Lobo da Costa, o pensamento de Ulrich Beck serviu como « verdadeiro canto das sereias para a produção penal [e do direito administrativo sancionador] contemporânea », tornando-se fundamento da defesa por uma nova dogmática penal, especialmente na seara da criminalidade econômica. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M ASO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Winfried Hassemer Proposta: direito de intevenção: Intermediário entre o direito administrativo e o direito penal - Menos garantias (maior elasticidade no juízo de subsunção tipo incriminador) - Sanções menos severas (sem pena privativa de liberdade) - Resistência ao direito penal para a proteção de bens jurídicos difusos e coletivos - O direito penal deve ficar reservado ao seu núcleo duro: vida, integridade física, liberdade e patrimônio (ultima ratio do direito penal) Santiago Mir Puig: « prostituição do direito penal » uso do direito de intervenção para obter maior eficácia punitiva BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Alemanha no fim da Segunda Guerra Mundial: transferência da tutela de bens jurídicos que estavam subsumidos ao direito penal para um regime contraordenacional ou de mera ordenação social (primeira Lei Geral sobre Contraordenações -Ordnungswidrigkeiten- OWiG de 1952, alterada posteriormente em 1968) em preservação ao princípio da ultima ratio penal (contramovimento ao expansionismo penal gerado no período bélico que tinha por fito aplacar o autoritarismo e as insurgências contra o Estado) E no Brasil? Aparente livre-arbítrio legislativo, expandiu, de forma assistemática, o uso do direito administrativo sancionador em reforço da norma penal (e não como forma de « fuga » do direito penal). RESULTADO: Sobreposições de figuras normativas sancionatórias MOVIMENTO DE DESCODIFICAÇÃO COLCHA DE RETALHOS LEGISLATIVA (HASSEMER) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 SOCIEDADE DE RISCO (Ulrich Beck) Jürgen Habermas « constelação pós-nacional » (Postnätionäl Constellätion) Fenômeno originário do processo de globalização transnacional e transculutral Que levou a uma série de circunstâncias complexas na sociedade, levando mercados globais a escaparem ao controle e a uma aceleração incontrolável dos processos de modernização, devastando as infraestruturas políticas dos Estados nacionais e deixando-os cada vez mais incapazes de administrar suas economias. A própria criminalidade econômica passa a ser reflexo disso, mormente no que tange às fraudes corporativas. Para combater a criminalidade econômica não se sustenta mais uma atuação isolada do Estado. O Estado por si só é incapaz de atingir certos objetivos e de resolver certas situações geradas pela globalização BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 JUSTIÇA ADJUDICADA JUSTIÇA CONSENSUADA BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 CASO BANESTADO – 2003 (10 anos antes da Lei 12.850/2013) VLADIMIR ARAS BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 5167 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Início da operação “Mãos Limpas” (“mani pulite”) – década de 90 ex-mafioso Tommaso Buscetta (“PENTITO”) - primeiro mafioso arrependido da história Máfia “Cosa Nostra” Juiz instrutor Giovanni Falcone Descobriu-se esquemas de fraude em licitações irregulares e crimes de corrupção Milão – Cidade do suborno (“Tengentopoli”) Salvatori Totò Riina – líder da Cosa Nostra RESULTADOS: -extinção de muitos partidos políticos, levando muitos industriais, políticos, advogados e magistrados à prisão, enquanto outros envolvidos realizaram fugas espetaculares; -12 pessoas se suicidaram -2 993 mandados de prisão foram expedidos -6 059 pessoas estiveram sob investigação, incluindo 872 empresários, 978 administradores locais e 438 parlamentares, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros. -Várias cooperações jurídicas internacionais BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Início da operação “Lava Jato” (17 de março de 2014) Delator Paulo Roberto da Costa (1º delator da Lava Jato) Lei 12.850 de 2 de agosto de 2013 (entrou em vigor 45 dias após sua publicação) – FORMA CONTRATUAL DA COLABORAÇÃO PREMIADA BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 ADPFs 395 e 444 : STF inconstitucional a expressão "para interrogatório", constante do art. 260 do CPP, segundo o qual, em caso de o acusado não atender à intimação para prestar depoimento, a autoridade poderia mandar conduzi-lo à sua presença. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI281835,31047-STF+Conducao+coercitiva+para+interrogatorio+e+inconstitucional https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI281835,31047-STF+Conducao+coercitiva+para+interrogatorio+e+inconstitucional https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI281835,31047-STF+Conducao+coercitiva+para+interrogatorio+e+inconstitucional BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 ROBERTO ALFONSO: a) Os maxi-julgamentos não são uma "forma" processual, são antes uma realidade gerada pelas declarações dos colaboradores da justiça, cujas características não permitem avançar por um único réu e por uma única imputação. As declarações dos colaboradores, como todos sabem, são caracterizadas por peculiaridades específicas que as diferenciam das declarações feitas por outros declarantes em processos de crime não organizado. b) Declarações dizem respeito a eventos criminais prolongada no tempo e no espaço (CORRUPÇÃO ESTRUTURAL – vários fatos, varios autores, vários partícipes) c) os crimes delatados envolvendo dezenas, senão centenas de pessoas e centenas de atos criminosos mais ou menos sérios, relativos à responsabilidade dos mesmos colaboradores e outras pessoas. Em suma, se os arrependidos falam, é maxi-julgamento (ALFONSO, Roberto. Introduzione il fenômeno del “pentitismo” e il maxiprocesso. In: ALFONSO, Roberto; CENTONZE, Alessandro; TINEBRA, Giovanni. Fenomenologia del maxiprocesso: venti anni di esperienze. Milano: Giuffrè. 2011. p. 12-13). BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 LUIGI FERRAJOLI (DIREITO E RAZÃO - O gigantismo processuale os maxiprocessos) "gigantismo processual", três dimensões: a) horizontalmente, com abertura de megainvestigações contra centenas de imputados, mediante prisões baseadas em frágeis indícios como primeiros e prejudiciais atos de instrução; b) verticalmente, com a multiplicação sobre a responsabilidade de cada imputado dos delitos adjudicados, circularmente deduzidos uns dos outros - os delitos associativos dos delitos específicos e vice-versa - ou bem induzidos a título de concurso moral dos adstritos aos coimputados; c) temporalmente, com a prolongação desmesurada dos processos que se arrastam frequentemente sem razão, às vezes com intervalos de anos entre a conclusão da instrução e a abertura do juízo, de modo que se cumpra o máximo da prisão preventiva. Para não falar das duplicações ou multiplicações dos processos pelas mesmas causas: 7 de abril romano, 7 de abril paduano, 7 de abril milanês; investigações Moro um, Moro-bis, Moroter, Moro-quater, investigações Rosso um, Rosso dois, e similares. Os processos tomaram, assim, a forma de labirintos intrincados, de modelos em expansão entrelaçados entre si e concorrentes, de montanhas de papel mensuráveis por toneladas, por dezenas de mil páginas com a conseguinte neutralização do princípio da publicidade do processo e as possibilidades materiais de defesa. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 LUIGI FERRAJOLI (DIREITO E RAZÃO - O gigantismo processual e os maxiprocessos) Esta expansão pluridimensional dos processos é, sem dúvida, um efeito da mutação substancial das figuras de crime e dos métodos de verificação da verdade. E claro que quando um processo não tem já como objeto de investigação um feito criminal determinado, mas, apenas, pretende investigar toda uma fenomenologia criminal em todas as suas complexas dimensões políticas e sociais, inevitavelmente se transforma em uma investigação historiográfica, ou numa investigação sociológica... BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MULTIPLICIDADE DE ESFERAS SANCIONATÓRIAS (PENAL x ADMINISTRATIVO SANCIONADOR) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MULTIPLICIDADE DE ESFERAS SANCIONATÓRIAS (PENAL x ADMINISTRATIVO SANCIONADOR) ius puniendi é de atribuição exclusiva do Estado brasileiro Única Exceção: artigo 57 do Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973), que é a aplicação de sanções penais ou disciplinares por grupos tribais contra seus próprios membros, de acordo com as instituições próprias, desde que nào revistam de caráter cruel ou infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MULTIPLICIDADE DE ESFERAS SANCIONATÓRIAS (PENAL x ADMINISTRATIVO SANCIONADOR) ius puniendi é de atribuição exclusiva do Estado brasileiro Única Exceção: artigo 57 do Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973), que é a aplicação de sanções penais ou disciplinares por grupos tribais contra seus próprios membros, de acordo com as instituições próprias, desde que nào revistam de caráter cruel ou infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MULTIPLICIDADE DE ESFERAS SANCIONATÓRIAS (PENAL x ADMINISTRATIVO SANCIONADOR) ALICE VORONOFF: Indefinições teóricas e interpretativas em torno do catálogo de direitos e institutos do direito penal que possa ser transportado para o campo do direito administrativo sancionador geram decisões casuísticas e repletas de « exceções ad hoc: mediante afirmações contraditórias, não justificadas, que tanto podem levar a resultados de superproteção de particulares, como prejuízo para a isonomia e para a efetividade do direito administrativo, como de fragilização dos direitos desses particulares » Pablo Rando Casermeiro quando assevera que: « la indefinición de los cometidos de ambos sectores del ordenamento punitivo está perjudicando la eficácia del sistema punitivo em su conjunto, a la vez que hace peligrar los tradicionales limites impuestos al poder punitivo com el fin de garantizar la liberdad ciudadana ». « tal situación contribuye em no poca medida a uma política sancionadora incontrolada, y por lo tanto a la expansión arbitraria del derecho punitivo y, dentro de él, particularmente, del derecho administrativo sancionador » BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MULTIPLICIDADE DE ESFERAS SANCIONATÓRIAS (PENAL x ADMINISTRATIVO SANCIONADOR) Expansionismo paralelo dos dois ramos relativos ao sistema punitivo brasileiro torna-se incontrolável em face da ausência de uma política sancionadora integrada, que gera muitas vezes incoerênciae desproporcionalidade sancionatórias, vindo a vulnerar direitos fundamentais dos particulares Mireille DELMAS-MARTY, Mireille: Se a coexistência de sanções penais e administrativas é, por vezes, antiga, o problema da sua coordenação é fundamentalmente novo, precisamente devido à extensão dos poderes sancionatórios concedidos à administração pública desde a Segunda Guerra Mundial (. I problemi giuridici e pratici posti dalla distinzione tra diritto penale e diritto penale amministrativo. in: Rivista Italiana di Diritto e procedura Penale, 48 1987. p. 732). A ausência de balizas teóricas consistentes na definição dos espaços ocupados pelo direito administrativo sancionador e pelo direito penal e a falta de uma política sancionatória harmônica e coordenada entre os referidos ramos induz ao expansionismo punitivo penal e extrapenal (administrativo) e, consequentemente, à sobreposição irracional de punições e de concorrência cumulativa entre variadas « justiças » sancionatórias. BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 « Elefantiasis » dos poderes sancionatórios no âmbito da corrupção empresarial Aparato repressivo estatal contra a corrupção, havendo para tanto uma SIMBIOSE entre direito administrativo sancionador (v.g.: Lei « Anitcorrupção », Lei de Improbidade Administrativa; Lei de Licitações; Lei Antitruste etc.) e direito penal em todas as suas velocidades (1ª velocidade: Código Penal; 2ª velocidade: algumas Leis Penais extravagantes; 3ª velocidade: Lei do Crime Organizado etc.). BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 MULTIPLICIDADE DE ESFERAS SANCIONATÓRIAS (PENAL x ADMINISTRATIVO SANCIONADOR) CAIO FARAH RODRIGUEZ (USP): Técnica de institucional design que evita que microssistemas punitivos sejam capturados (FAVORÁVEL À MULTIPLICIDADE INSTITUCIONAL) BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 EM BUSCA DE DISTINÇÕES ENTRE DIREITO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR X DIREITO PENAL BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 FIM ! OBRIGADO! BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 CONCEITO DE FORÇA-TAREFA: mobilização de meio de mais de um órgão público, que se articulam para atingir metas submetidas a planejamento estratégico. -------------------------------------------------------------------------------- - Violação ao Princípio do promotor natural? Princípio do promotor natural: "ninguém será processado nem sentenciado senão por autoridade competente" (art. 5º, LIII, da CF). -------------------------------------------------------------------------------- - CELSO DE MELLO (HC, 67.759/RJ): a) Necessita de interpositivo legislatoris para sua efetividade b) Proíbe a figura do acusador de exceção c) Exige a determinação do acusador em base em regras abstratas e preexistentes BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 Força-tarefa MPF Caso 2 Caso 3 Caso 4 Caso 1 Caso 5 Prova emprestada 5 anos de investigação: Casos 1 + 2 + 3 + 4 - O réu do caso 5 terá dificuldades de identificar onde foram formadas as provas documentais emprestadas - O réu terá dificuldades de ter acesso aos processos em que as provas foram formadas - O réu do caso 5 não participou muitas vezes da formação daquela prova juntada (exemplo: uma audiência realizada em outro caso que incrimine o réu do caso 5) - Paridade de armas? O tratamento igualitário das partes é a medula do devido processo legal (STF, HC 83.255/SP, Pleno, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 12/03/2004 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 BR U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 1641 51 67 39 B R U N O D E LI M A SO U ZA 1 16 41 51 67 39