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GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
 
 
 
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL, PUERPÉRIO E 
RECÉM-NASCIDO 
 
Protocolo 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO/RONDÔNIA 
2018 
 
ELABORAÇÃO 
Grupo Condutor Estadual da Rede Cegonha (GCERC) 
Ana Cristina Toledo do Amaral 
Aldeide Rodrigues de Souza Macedo Oliveira 
Ângela Ribeiro de Souza 
Clenilda Aparecida dos Santos 
Maria Zilma Conceição de Souza 
Patrícia Juliana dos Santos Nienow 
Priscila Bueno dos Santos 
Wanessa Carvalho Prado Ida 
 
Profissionais da Rede Básica de Saúde 
Flávio Marcio Martins Ferreira 
Karley José Monteiro Rodrigues 
Livia Juliene Silva Lima 
Oseane Alves Marques Renosto 
Tatiane Lima Trigueiro Hayashida 
 
Revisão Técnica 
Universidade Federal de Rondônia 
Aldrin de Sousa Pinheiro 
Daiana Evangelista Rodrigues Fernandes 
Kátia Fernanda Alves Moreira 
Nayra Carla de Melo 
 
Especialistas da rede materno-infantil 
Ida Perea Monteiro 
Telma Márcia Alencar de Freitas Ferreira 
 
Colaborador 
Kátia Mara de Araújo 
 
Revisora Textual 
Daniella Coelho Moreira Carvalho 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
R771 
 Rondônia, Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Ações Integradas de 
Saúde. Gerência de Programas Estratégicos da Saúde. 
 Assistência ao pré-natal, puerpério e recém-nascido: manual técnico. Porto 
 Velho: SES/RO, 2018. 
 
 
114.; il. 
 
 
 1. Saúde da mulher. 2. Assistência ao pré-natal. 3. Atenção básica. .4. Gestante. 
 5. Recém-nascido. I. Título. 
 
 CDU: 618 
 Elaborado pela bibliotecária Rozinha Alves de Pinho CRB 11/983
 
 
 
 
Governador do Estado de Rondônia 
Confúcio Aires Moura 
 
 
Secretário de Estado da Saúde 
Williames Pimentel de Oliveira 
 
 
Secretário Adjunto de Estado da Saúde 
Luis Eduardo Maiorquin 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenadoria de Assistência Integral a Saúde (CAIS) 
Ângela Ribeiro de Souza 
Maria Zilma Conceição de Souza 
 
Coordenadoria do Sistema de Apoio à Descentralização (COSAD) 
Marta Maria Oliveira Duarte 
 
Gerência de Programas Estratégicos de Saúde (GPES) 
Delcy Mazzarelo Cavalcante da Costa 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10 
II. REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE MATERNO INFANTIL.................................................. 13 
 1. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO CUIDADO A 
GESTANTE, PUÉRPERA E RECÉM NASCIDO .................................................................. 17 
 
III. ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL .................................................................................... 23 
1. GESTANTE, FAMÍLIA E A SOCIEDADE ............................................................ 24 
1.1 Pré-concepção ............................................................................................ 25 
2 . ATENDIMENTO A GESTANTE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ................. 25 
2.1 Acolhimento ................................................................................................. 25 
2.2 Diagnóstico da Gravidez .............................................................................. 26 
2.3 Pré-natal do Parceiro ................................................................................... 28 
2.4 Classificação de Risco Gestacional ............................................................. 28 
2.5 Calendário das Consultas ............................................................................ 34 
2.6 Exames no pré-natal: rotinas, interpretações e condutas ............................. 49 
2.7 Queixas mais frequentes na gestação e condutas ....................................... 54 
2.8 Intercorrências frequentes na gestação ....................................................... 59 
2.9 Doenças causadas por vetores de interesse sanitário na gestação em 
Rondônia ........................................................................................................... 65 
2.10 Orientando a gestante para o parto ........................................................... 66 
3. PRÁTICAS EDUCATIVAS NO PERIODO GESTACIONAL ................................ 67 
IV. CUIDADOS COM A MULHER NO PERÍODO PUERPERAL ......................................... 70 
1. ACOMPANHAMENTO DA MULHER COM ALTERAÇÕES EMOCIONAIS ........ 74 
2.AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA MULHER COM ÓBITO FETAL ......... 75 
3. APOIO À PUÉRPERA COM RECÉM-NASCIDO INTERNADO .......................... 75 
V. CUIDADOS COM O RECÉM NASCIDO ......................................................................... 76 
1. AVALIAÇÃO DO VÍNCULO MÃE-BEBÊ ............................................................. 78 
1.1- Avaliação do Aleitamento Materno ............................................................. 78 
1.2- Situações em que há restrições ao aleitamento materno ............................ 80 
2. TRIAGEM NEONATAL ....................................................................................... 80 
3. IMUNIZAÇÃO DO RECÉM NASCIDO................................................................ 81 
4. CUIDADOS GERAIS COM RECÉM NASCIDO .................................................. 82 
VI. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO NO PUERPÉRIO ................................................... 84 
1. USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO ....... 85 
VII. USO DE MEDICAMENTOS NA ASSISTÊNCIA A GESTANTE, PUÉRPERA E RECÉM 
NASCIDO ............................................................................................................................ 87 
 
VIII. ANEXOS ...................................................................................................................... 94 
1. SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA ............................ 95 
Região Madeira Mamoré .......................................................................... 95 
Região Vale do Jamari ............................................................................. 96 
Região Central ......................................................................................... 97 
Região Café ............................................................................................. 98 
Região Zona da Mata ............................................................................... 99 
Região Vale do Guaporé ....................................................................... 100 
Região Cone Sul ................................................................................... 101 
2. FICHA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL .............................. 102 
3. FICHA PARA REALIZAÇÃO DO MOBILOGRAMA ......................................... 103 
4.FLUXOGRAMA DE PESQUISA PARA DIABETES GESTACIONAL ................ 104 
5.FLUXOGRAMA DO MANEJO DA GESTANTE NOS QUADROS DE SÍFILIS .. 105 
6.FLUXOGRAMA PARA MANEJO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL ...... 106 
7.FLUXOGRAMA PARA SOROLOGIA POSITIVA PARA O VÍRUS HIV ............. 107 
8.FLUXOGRAMA PARA QUEIXAS URINÁRIAS NA GESTAÇÃO ...................... 108 
9. MODELO DE PLANO DE PARTO ................................................................... 109 
10. ESCALA DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO (EPDS) ........................................ 110 
 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 112 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 Razão de Mortalidade Materna, Estado de Rondônia no período de 2011 
a 2015 ....................................................................................................................... 11 
Quadro 2 Matriz dos Pontos de Atenção Materno Infantil/RO .................................. 17 
Quadro3 Condições relacionadas às características pessoais e 
sociodemográficas .................................................................................................... 29 
Quadro 4 Condições relacionadas aos antecedentes obstétricos ............................ 30 
Quadro 5 Demonstrativo para a suplementação de sulfato ferroso e ácido fólico .... 37 
Quadro 6 Demonstrativo dos possíveis cacifos a ser identificados, suspeita e 
condutas .................................................................................................................... 45 
Quadro 7 Interpretação do resultado do TESS ......................................................... 47 
Quadro 8 Esquemas básicos de vacinação contra tétano para a gestante .............. 48 
Quadro 9 Doenças de maior incidência regional transmitidas por vetores ............... 65 
Quadro 10 Complicações no período puerperal e condutas..................................... 73 
Quadro 11 Critérios para identificação do grau de risco do recém-nascido ............. 77 
Quadro 12 Orientações gerais para o cuidado com o recém-nascido ...................... 83 
Quadro 13 Medicamentos que devem estar disponíveis para o cuidado da gestante 
e puérpera ................................................................................................................. 88 
Quadro 14 Uso de medicamentos durante o período de amamentação .................. 91 
Quadro 15 Medicamentos que não devem ser usados na gestação ........................ 92 
Quadro 16 Medicamentos indicados no tratamento das parasitoses intestinais na 
gestação .................................................................................................................... 93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Regiões de saúde e serviços de referência da Rede Cegonha em 
Rondônia ................................................................................................................... 13 
Figura 2 - Fluxograma de Diagnóstico de Gravidez ................................................. 27 
Figura 3 - Gráfico de acompanhamento do estado nutricional da gestante ............. 40 
Figura 4 - Painel com passos para a palpação obstétrica (Manobra de Leopold) .... 42 
Figura 5 - Verificação da medida da altura uterina ................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
O Protocolo Estadual de Assistência ao Pré-Natal, Puerpério e Recém-
Nascido elaborado no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia, por 
técnicos que atuam diretamente na assistência da linha de cuidado à saúde da 
mulher, Grupo Condutor Estadual da Rede Cegonha em parceria com o 
Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) 
representa o resultado de um esforço institucional no intuito de definir as linhas 
básicas para a organização das ações assistenciais voltadas para a mulher no ciclo 
gravídico puerperal no Estado de Rondônia. 
O principal objetivo deste protocolo é prover aos profissionais de 
Enfermagem, Medicina e demais que atuam na Rede Básica de Saúde, a segurança 
e o compromisso ético necessários para que atuem com autonomia e proporcionem 
ao usuário do sistema municipal de saúde uma atenção de qualidade, com base nos 
princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) que são a Universalidade, 
Equidade e Integralidade. 
O propósito deste documento foi adaptar as diretrizes nacionais já 
existentes, construídas com base em evidências científicas, impressos nos 
Cadernos de Atenção Básica e Protocolos de Áreas Técnicas do Ministério da 
Saúde e Organização Mundial de Saúde, ao desenho estrutural da rede estadual, de 
forma que estas possam ser sustentadas e, assim, obter maior adesão dos 
profissionais no desenvolvimento das rotinas de trabalho. Buscou-se, ainda, 
orientação em outros documentos construídos por estados/cidades, tais como, São 
Paulo, Santa Catarina e Florianópolis. 
A implantação deste protocolo sugere ainda um processo de educação 
permanente junto aos profissionais que atuam nessa linha de cuidado, que será 
conduzido pelo Projeto de Planificação da Atenção Básica e Especializada, em 
desenvolvimento nas regiões de saúde, em consenso e aprovado pela Comissão 
Intergestores Bipartite/RO. 
Espera-se que a partir deste processo sejam normatizados e padronizados 
os cuidados de saúde nos pontos de atenção da rede em cada nível de gestão, 
humanizando os procedimentos, definindo as funções por tipo de unidade, 
integrando as diversas responsabilidades e aumentando a capacidade de atingir 
resultados satisfatórios nos indicadores que reproduzem a qualidade da assistência 
para o grupo materno-infantil, como a redução da mortalidade materna. 
Desta forma, desejamos que este documento seja um agente motivador dos 
debates entre profissionais na Atenção Primária a Saúde, visando respaldar e 
subsidiar o trabalho em equipe, na perspectiva multidisciplinar, garantindo aos 
profissionais o direito legal de desenvolver competências e saberes adquiridos com 
eficiência e eficácia na construção de uma política de saúde que vá ao encontro das 
necessidades da população. 
 
 
WILLIAMES PIMENTEL DE OLIVEIRA 
SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
I. INTRODUÇÃO 
 
 
A Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (SESAU/RO), em 
consonância com as políticas do Ministério da Saúde (MS) e, diante de sua função 
precípua de coordenar e apoiar a implantação das Redes de Atenção à Saúde 
(RAS) elegeu a atenção materno-infantil como sua linha de atuação prioritária. 
Primeiro, por meio da adesão à Rede Cegonha em 2012, visando conformar uma 
rede de saúde organizada, integrada, eficiente e capaz de responder às reais 
necessidades da saúde da população materno-infantil e, segundo, por meio da 
Planificação da Atenção Primária e Ambulatorial Especializada de Saúde iniciada em 
2017 na Região de Saúde do Café – Cacoal. 
O marco histórico do processo de adesão à Rede Cegonha no estado 
ocorreu, efetivamente, em março de 2012 a partir da realização da Oficina das RAS, 
ocasião em que foi firmado o compromisso do Estado em executar a implantação e 
operacionalização da referida Rede. Assim, nesse período foi homologado o Grupo 
Condutor Estadual da Rede Cegonha (GCERC), sendo publicada a Resolução 
CIB/RO nº 021/2012. O GCERC ficou responsável por conduzir e coordenar o 
trabalho na SESAU para a efetivação da rede, o que resultou num processo de 
discussão e construção do Plano de Ação Regionalizado (PAR) da Rede Cegonha 
articulado com as seis Gerências Regionais de Saúde (GRS) e os municípios, 
norteado pela Portaria GM/MS nº 1.459 de 24/06/2011. 
No estado de Rondônia, mais de 90% dos partos são hospitalares, sendo a 
maioria do tipo cesáreo. Em 2016, apenas 47,8% dos partos foram tipo normal 
(SIH/TABNET/SUS). Nesse mesmo ano, do total de 16.893 partos, 20,5% foram 
registrados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) como gestação de alto 
risco. No entanto, só o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP), referência 
estadual para gestação de alto risco, foi responsável pela assistência de 23,3% do 
total das ocorrências de parto, maior que o esperado para o tipo de unidade. 
O monitoramento realizado em 2015 pelo GCERC sobre a assistência 
obstétrica no HBAP constatou que as causas comuns de encaminhamento das 
gestantes para esta unidade devem-se a hipertensão na gravidez (34%), pré-
eclâmpsia e eclâmpsia (25%); infecção no trato urinário (15%), diabetes (15%) e 
11 
 
resultados de sorologias alteradas, HIV/AIDS, hepatites (11%). Sabe-se que estas 
causas estão relacionadas diretamente a baixa resolutividade (falta de insumos, 
gerenciamento da APS, treinamento dos profissionais em geral, recursos humanos, 
estrutura física, logística, entre outros) da assistência prestada ao nível da atenção 
básica duranteo pré-natal. 
Nesse mesmo levantamento constatou-se, com referência às ações 
assistenciais na rede básica de saúde que, em 2016, apenas 61% das gestantes 
realizaram mais de sete consultas pré-natal, conforme preconizado pelo MS para 
garantir uma assistência qualificada. Em pesquisa realizada junto às equipes de 
Saúde da Família (eSF) dos seis municípios sede de região de saúde, ainda em 
2016, constatou-se que em 68% das gestantes acompanhadas pelas equipes de 
Saúde da Família, apenas 60% realizaram consulta pós-parto. 
Outro dado preocupante no estado é o aumento dos casos de sífilis 
congênita em menores de um ano de idade, que em 2016, teve incidência 109% 
maior que 2015. Fato que demonstra a fragilidade do sistema de saúde em 
acompanhar e monitorar essas gestantes, previamente. 
Diante disso, é importante ressaltar que os dados comentados acima 
impactam diretamente no indicador de Mortalidade Materna. Rondônia, nos últimos 
cinco anos, apresenta uma série histórica crescente da Razão de Mortalidade 
Materna (RMM)*. Segundo a classificação da Organização Mundial de Saúde 
(OMS), os pontos de corte para a RMM são: <20 (Baixa); 20 a 50 (Média); 50 a 150 
(Alta) e > 150 (Muito Alta), conforme representado no Quadro 1. 
 
Quadro 1- Razão de Mortalidade Materna, Estado de Rondônia no período de 
2011 a 2015 
ANO RMM 
2011 54/100.000NV 
2012 64/100.000NV 
2013 66/100.000NV 
2014 80/100.000NV 
2015 50/100.000NV 
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM 
*A Razão da Mortalidade Materna relaciona os óbitos maternos por causas obstétricas diretas e indiretas (mortes maternas 
obstétricas) com o número de nascidos vivos (OMS). 
 
12 
 
Analisando os dados acima, verifica-se que o estado de Rondônia apresenta 
uma RMM de média para alta. Comparando com os outros estados da região Norte, 
está na terceira posição atrás dos estados do Amazonas e Pará (SIM/MS, 2016). 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2012) a razão da mortalidade 
materna, estimada em 2010 para o Brasil, foi de 56/100.000NV, comparando ainda a 
países como a França (8/100.000NV), o Canadá (12/100.000NV) e EUA 
(21/100.000NV) observa-se a necessidade de priorizar estratégias para a redução 
desses índices em Rondônia e, consequentemente, no Brasil. 
 A OMS aponta como sendo as principais causas de morte materna no 
mundo: hemorragia (24,8%); infecção (14,9%); eclampsia (12,9%); parto obstruído 
(6,9%); aborto ilegal (12,8%); outras causas diretas (7,9%) e causas indiretas 
(19,8%). 
 Todo ano, Rondônia pactua no sistema SISPACTO metas para redução do 
indicador de mortalidade materna, porém, não tem alcançado os resultados 
esperados. Sendo assim, a grande meta desejada é que não ocorra nenhuma morte 
materna, para isso o estado iniciou em 2017 o Projeto da Planificação da Atenção 
Primária à Saúde integrada com Atenção Ambulatorial Especializada, assessorado 
pela equipe técnica do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde 
(CONASS). 
O referido projeto vem reforçar as ações na linha de cuidado prioritária da 
área Materno Infantil visando fomentar uma política de enfrentamento e de redução 
da mortalidade materna. Pretende-se alcançar este objetivo organizando estratégias 
de sensibilização da população-alvo quanto à importância do pré-natal, 
institucionalização do Protocolo Estadual para Assistência Materno Infantil, 
organização da rede em todos os níveis de atenção à saúde e melhoria no processo 
de aquisição de insumos na atenção básica de saúde, entre outras. 
Sendo assim, a elaboração deste protocolo, tem como objetivo estabelecer 
uma linha guia, para a rede estadual de atenção a saúde, no monitoramento das 
manifestações que envolvem o processo gravídico puerperal e nascimento, assim 
como o enfrentamento de possíveis problemas relacionado a assistência a saúde à 
este grupo específico (gestante, puérpera e recém-nascido), vem corroborar com o 
compromisso de qualificar a organização dos serviços na rede básica, 
especialmente aqueles executados pelas equipes de Saúde da Família, para as 
quais, este documento está direcionado. 
13 
 
GAR – 70
UTINeo – 26
UCINco – 35
UTI adult - 10
BLH- 1
UTI Neo - 6
UTI Adulto - 10
Legenda
Referência 
Gestação de Alto Risco
Risco Intermediário e Habitual
• Estimativa de Gestantes/2016 – 28.000
• Gestantes de Risco Habitual – 23.800
• Gestantes de Alto Risco – 4.200
Serviço de Referência em alto Risco
Hospital de Base 
 
II. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MATERNO INFANTIL 
 
 
 
 
Figura 1 - Regiões de saúde e serviços de referência hospitalar da Rede 
Cegonha em Rondônia 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
GCRC/GPES/SESAU/RO 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
O Sistema Único de Saúde para cumprir com a sua função de prestar 
assistência à saúde, respeitando os princípios de universalidade, equidade e 
integralidade, necessita uma rede de assistência onde os pontos de atenção atuem 
de forma ordenada, articulada, harmônica e aberta para assegurar a acessibilidade 
das pessoas. 
A Rede Temática de Atenção a Saúde Materno Infantil tem como função 
oferecer assistência contínua à saúde para a população que experimenta e vivencia 
as transformações que envolvem o ciclo gravídico e o nascimento, com ações e 
serviços executados com a qualidade adequada, com custo certo e com a 
responsabilidade pelos resultados sanitários referentes a esta população. 
Para o efetivo alcance dos objetivos, as ações a serem executadas devem 
estar organizadas obedecendo os conceitos gerais das redes de atenção à saúde, 
cujos pontos de atenção devem possuir função de atuação primária, especializada 
ambulatorial e hospitalar. 
A atenção primária, que tem a função de ser ordenadora e coordenadora 
dos fluxos e contrafluxos das pessoas pelos demais pontos de atenção, possui a 
responsabilidade de exercer ações de promoção, prevenção, diagnósticos e 
tratamento dos problemas mais comuns e acompanhamento dos quadros 
encaminhados aos demais níveis, pois é dela a responsabilidade sanitária desta 
população. É neste nível de atenção que se inicia os cuidados para o grupo materno 
infantil, primeiramente na comunidade com os Agentes Comunitários de Saúde 
(ACS) e a seguir com os demais membros das equipes de Saúde da Família e 
Núcleo de Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB), responsáveis pelo 
acompanhamento ao longo de toda gravidez, puerpério e nos demais ciclos da vida. 
A atenção especializada ambulatorial e hospitalar, no nível secundário e 
terciário, deve dar continuidade a atenção, identificando, diagnosticando e tratando, 
os quadros cujo problemas de saúde já estejam instalados, ou atuando na 
realização da assistência ao parto/nascimento, que necessitam de um aporte 
tecnológico especializado para a recuperação da saúde das pessoas. Em todas as 
regiões de saúde deve ser organizado um serviço de referência secundário e ao 
nível de Macrorregião o serviço de referência terciária. 
A atenção secundária e terciária da Rede Materno Infantil, em Rondônia, na 
Macrorregião 1 está organizada da seguinte forma: serviço de atenção ambulatorial 
especializado para o pré-natal de alto risco e assistência hospitalar de risco 
15 
 
intermediário nos municípios de Ariquemes e Porto Velho, além de ponto de atenção 
hospitalar com leitos obstétricos de alto risco, Unidades de Terapia Intensiva (adulto, 
pediátrico e neonatal), Unidades de Cuidados Intermediários Neonatal (canguru e 
convencional) no Hospital de Base Drº. Ary Pinheiro, serviço de referência estadual 
na capital. A Macrorregião 2 conta com serviço ambulatorial especializado nos 
municípios de Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena. Para a assistência hospitalar de risco 
intermediário, os municípios de Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena. Para a 
atenção hospitalar de alto risco, segue a mesma referência da Macrorregião 1. 
Os hospitais e maternidades devem estar organizados a fim dedar 
resolutividade à rede e prestar assistência equitativa, de acordo com a classificação 
de risco da gestante, sendo necessários os requisitos essenciais a seguir: 
 
A) Risco Habitual 
 Dispor de equipe médica e de enfermagem 24h; 
 Garantir a vinculação da gestante de Risco Habitual; 
 Permitir a participação de acompanhante durante a internação da 
gestante; 
 Ofertar condições para o parto natural; 
 Dispor de comissão interna de avaliação da morte materna e infantil; 
 Realizar vacinação BCG e contra hepatite B; 
 Realizar os testes de Triagem Neonatal; 
 Comprometer-se com o preenchimento adequado para alimentação 
de sistemas de informação relativos ao evento nascimento e morte 
(SINASC e SIM). 
 
B) Risco Intermediário (médio risco) 
 Dispor de equipe médica com obstetra, anestesista, pediatra e de 
enfermagem 24h; 
 Garantir a vinculação da gestante de Risco Intermediário; 
 Permitir a participação de acompanhante durante a internação da 
gestante; 
 Ofertar condições para o parto natural; 
 Dispor de comissão interna de avaliação da morte materna e infantil; 
16 
 
 Realizar vacinação BCG e contra hepatite B; 
 Realizar os testes de Triagem Neonatal; 
 Comprometer-se com o preenchimento adequado para alimentação 
de sistemas de informação relativos ao evento nascimento e morte 
(SINASC e SIM); 
 Dispor as centrais de leito e regulação estadual, do número acordado 
de vagas, para os municípios da sua vinculação. 
 
C) Alto Risco 
 Dispor de equipe médica com obstetra, pediatra, anestesista, 
intensivista e de enfermagem 24h; 
 Garantir vinculação da gestante de Alto Risco; 
 Permitir a participação de acompanhante durante a internação da 
gestante; 
 Ofertar condições para o parto natural; 
 Dispor de comissão interna de avaliação da morte materna e infantil; 
 Realizar vacinação BCG e contra hepatite B; 
 Realizar os testes de Triagem Neonatal; 
 Comprometer-se com o preenchimento adequado para alimentação 
de sistemas de informação relativos ao evento nascimento e morte 
(SINASC e SIM) 
 Dispor às centrais de leitos e regulação estadual, do número 
acordado de vagas, para os municípios da sua vinculação. 
 
A composição multiprofissional das equipes de saúde se faz necessário, 
porque os problemas de saúde muitas vezes são complexos e necessitam de 
diferentes abordagens para o devido manejo e condutas. A ação interdisciplinar da 
equipe deve ter um objetivo comum com corresponsabilização entre seus 
integrantes. 
Em todos os níveis, cada profissional é chamado a desempenhar sua função 
em um processo de trabalho coletivo e integrado, cujo produto deve ser uma 
atenção de qualidade, reunindo atributos das diversas áreas profissionais ou do 
conhecimento. 
17 
 
 
Quadro 2 - Matriz dos Pontos de Atenção Materno Infantil em Rondônia 
 
 
A construção da Matriz dos Pontos de Atenção é fundamental, pois identifica 
os serviços e ações necessárias à atenção a gestante. No Anexo 1, apresenta-se as 
unidades por tipo e local de referência no estado. 
 
 
1 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO CUIDADO 
À GESTANTE, PUÈRPERA E RECÉM-NASCIDO 
 
 
São atribuições comuns a todos (as) os (as) profissionais da equipe 
 Captação precoce da gestante (toda a equipe de Saúde da Família, 
em especial o ACS); 
 Participar de atividades educativas individuais e em grupo, orientando 
sobre a importância do pré-natal e os cuidados necessários durante a 
gravidez, preparando a gestante para o parto, aleitamento materno e o 
planejamento reprodutivo; 
 Realizar visitas domiciliares com o objetivo de acompanhar a 
gestante, identificar as vulnerabilidades e fazer as orientações e os 
encaminhamentos necessários; 
 Fazer aconselhamento referente à vacinação; 
18 
 
 Encaminhar todas as puérperas que comparecerem às ações do 
quinto dia para avaliação da eSF, já agendando a consulta de 
puerpério e puericultura; 
 Realizar a coordenação do cuidado da gestante; 
 Monitorar as gestantes encaminhadas ao alto risco quanto à 
frequência nas consultas agendadas e as condutas adotadas nessa 
consulta, com “destaque” para esse monitoramento pelo ACS; 
 Participar do planejamento e execução da educação permanente dos 
membros da equipe da ESF. 
 
São atribuições do (a) agente comunitário de saúde: 
 Informar as famílias sobre a importância de realizar o pré-natal para 
ações preventivas e os cuidados com o recém-nato; 
 Garantir que toda gestante seja assistida continuamente pela equipe 
da Unidade Básica de Saúde e aquelas que optarem por outros 
serviços de atenção, sejam visitadas e monitoradas; 
 Acompanhar as gestantes que se encontram sobre cuidados de 
serviços especializados, vinculando as mesmas mensalmente a 
equipe da UBS; 
 Cadastrar e alimentar mensalmente as informações referentes ao 
desenvolvimento da gestante no sistema de informações e caderneta 
da gestante; 
 Informar a equipe qualquer sinal que indique alarme na gravidez, tais 
como: febre, calafrios, corrimento com mau cheiro, perda de sangue, 
palidez, contrações uterinas frequentes, ausência de movimentos 
fetais, mamas endurecidas, vermelhas e quentes e dor ao urinar; 
 Acompanhar o processo de aleitamento e garantir a mulher e seu 
companheiro o planejamento reprodutivo; 
 Realizar ações de vigilância a saúde, especificamente o controle de 
vetores no seu território de atuação. 
 
 
 
19 
 
São atribuições do (a) técnico (a) de Enfermagem: 
 Acolher a gestante e sua família orientando sobre a importância do 
pré-natal, da amamentação, da vacinação e do planejamento 
reprodutivo; 
 Cadastrar e alimentar mensalmente as informações referentes ao 
desenvolvimento da gestante no sistema de informações e conferir a 
caderneta gestante; 
 Verificar o peso, altura e pressão arterial e anotar os dados na 
caderneta da gestante e no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC); 
 Aferir temperatura, pulso e glicemia capilar se necessário e registrar 
no PEC; 
 Orientar quanto medicação mediante receita, assim como os 
medicamentos padronizados para o programa de pré-natal (sulfato 
ferroso e ácido fólico); 
 Monitorar as vacinas e manter atualizado o cartão vacinal; 
 Informar ao enfermeiro (a) ou médico (a) de sua equipe, caso a 
gestante apresente algum sinal de alarme; 
 Realizar a busca ativa de gestantes faltosas; 
 Acompanhar o processo de aleitamento materno na unidade e/ou 
domicílio; 
 Garantir a mulher e seu companheiro acesso ao planejamento 
reprodutivo; 
 
 São atribuições do (a) enfermeiro (a): 
 Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e 
classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos; 
 Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, 
da amamentação, da vacinação e do planejamento reprodutivo; 
 Cadastrar e alimentar mensalmente as informações referentes ao 
desenvolvimento da gestante no sistema de informações e fornecer a 
caderneta da gestante, devidamente preenchido; 
 Realizar a consulta de pré-natal de gestação de risco habitual 
intercalada com a do médico; 
20 
 
 Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo de pré-
natal; 
 Realizar testes rápidos; 
 Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal 
(sulfato ferroso e ácido fólico, além de medicamentos padronizados 
para tratamento das IST, conforme protocolo local e/ou do Ministério 
da Saúde); 
 Manter atualizado o calendário de vacinação das gestantes; 
 Identificar as gestantes com algum sinal de alarme e/ou identificadas 
como de alto risco e encaminhá-las para consulta médica ou para 
referência; 
 Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico 
do colo do útero; 
 Manter a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das 
gestantes faltosas; 
 Oferecer o acompanhamento do pré-natal para o parceiro;São atribuições do (a) médico (a): 
 Confirmar a gravidez através da consulta médica e classificar risco 
gestacional; 
 Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, 
da amamentação, da vacinação e do planejamento reprodutivo; 
 Cadastrar e alimentar mensalmente as informações referentes ao 
desenvolvimento da gestante no sistema de informações e fornecer a 
caderneta da Gestante devidamente preenchida; 
 Realizar a consulta de pré-natal de gestação de risco habitual 
intercalada com a do enfermeiro; 
 Solicitar exames complementares e orientar o tratamento, caso 
necessário; 
 Realizar testes rápidos; 
 Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal 
(sulfato ferroso e ácido fólico, além de medicamentos padronizados 
para tratamento das IST) e outros conforme necessidade; 
 Manter atualizado o calendário de vacinação das gestantes; 
21 
 
 Identificar e tratar as gestantes que apresentam sinais de alarme; 
 Atender as intercorrências e encaminhar as gestantes para os 
serviços de urgência/emergência obstétrica, quando necessário; 
 Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico 
do colo do útero; 
 Manter a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das 
gestantes faltosas; 
 Oferecer o acompanhamento do pré-natal para o parceiro; 
 Encaminhar gestantes classificadas de alto risco ao serviço de 
referência ambulatorial. 
 
 São atribuições do Cirurgião-dentista: 
 Realizar a consulta odontológica de pré-natal de gestação de risco 
habitual; 
 Verificar o fornecimento da caderneta da gestante e ver se o 
documento está devidamente preenchido; 
 Realizar testes rápidos; 
 Manter o cartão de vacina atualizado (encaminhando a sala de vacina 
aquelas com atraso vacinal); 
 Avaliar a saúde bucal da gestante, a necessidade e a possibilidade de 
tratamento, observando os cuidados indicados em cada período da 
gravidez; 
 Adequar o meio bucal e realizar o controle de placa, cujas práticas 
constituem boas condutas odontológicas preventivas e podem ser 
indicadas, garantindo conforto à gestante e a continuidade do 
tratamento após a gravidez; 
 Identificar os fatores de risco que possam impedir o curso normal da 
gravidez e encaminhar ao enfermeiro ou ao médico para seguimento; 
 Atender as intercorrências/urgências odontológicas observando os 
cuidados indicados em cada período da gravidez e encaminhar a 
gestante para níveis de referência de maior complexidade, caso 
necessário; 
22 
 
 Informar as gestantes sobre a periodicidade das consultas 
odontológicas e os trimestres de gestação indicados para a realização 
de tratamento odontológico; 
 Manter a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das 
gestantes faltosas; 
 Reforçar a importância do acompanhamento do pré-natal e do 
planejamento reprodutivo para o parceiro; 
 Acompanhar o processo de aleitamento materno e os cuidados com o 
futuro bebê, enfatizando a importância do papel da amamentação na 
dentição e no desenvolvimento do aparelho fonador, respiratório e 
digestivo da criança; 
 Orientar a mulher e seu companheiro sobre hábitos alimentares 
saudáveis e de higiene bucal. 
 
23 
 
III ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
1 GESTANTE, FAMÍLIA E A SOCIEDADE 
 
 
O conceito de família na sociedade contemporânea não corresponde a 
definição tradicional quando se pensa na figura do pai, mãe e filho. Conceitos atuais 
mudaram esta concepção e trazem a definição de família como: pessoas que moram 
na mesma casa, consanguinidade, relacionamento duradouro, relação heterossexual 
ou homossexual e outras. 
O processo de engravidar gera para a família e para a sociedade 
expectativas, espanto, ansiedades, medo e alegria em todo o período gestacional. 
Gerar um filho é um momento especial na vida da mulher. É um período de 
mudanças, assim como, uma complexa enxurrada de sentimentos, emoções 
individuais, familiares e sociais. 
Gravidez é um processo fisiológico em que o organismo aos poucos é 
modificado, conforme transcorre seu desenvolvimento. É necessário que a equipe 
de saúde, compreenda todo esse contexto e avalie essas transformações, para que 
durante esse período de acompanhamento, a gestante e seu parceiro percebam que 
são acolhidos, tenham confiança e estejam mais preparados para o nascimento de 
seu filho. 
Um ponto a destacar é a importância de a Equipe de Saúde estabelecer com 
a comunidade um vínculo e traçar um plano de ação para exercer as atividades 
assistenciais. Isto inicia pela definição do espaço territorial de assistência, 
estimativa do número de gestantes e planejamento de todos os passos logísticos 
que envolvem o atendimento. 
 Devem ser oportunizados também espaços de interlocução com as 
famílias/casal que pretendem ter filhos, para orientar sobre um conjunto de ações 
que as auxiliam a planejar o momento certo para engravidar (pré-concepção), sem 
prejuízos à saúde e ao modo de viver no contexto social no qual estão inseridos. 
A equipe de Saúde da Família (eSF) deve cadastrar todas as pessoas do 
território, identificando os problemas de saúde e as situações de risco existente na 
comunidade, prestar assistência integral às famílias sob sua responsabilidade 
sanitária, desenvolver ações educativas e intersetoriais relacionadas com os 
problemas de saúde identificados. O Agente Comunitário de Saúde, 
especificamente, tem um papel fundamental na captação e orientação da gestante 
para que inicie o mais precocemente esse acompanhamento. 
25 
 
1.1 Pré-concepção 
 
 A pré-concepção é um atendimento realizado, individualmente ou em grupo, 
por profissionais de saúde (enfermeiro e/ou médico), com o objetivo de orientar a 
mulher e acompanhante, para algumas ações que devem anteceder a gestação, 
com o intuito de prepará-los à uma gravidez, puerpério e nascimento saudável. 
 Nesta atividade a equipe de Saúde da Família deverá ofertar: 
 Consulta de enfermagem ou médica para identificar fatores de riscos ou 
doenças que possam alterar a evolução da futura gestação; 
 Suplemento Alimentar (iniciar a suplementação com ácido fólico dois 
meses antes de suspender o método contraceptivo ou interesse da 
gravidez); 
 Exames laboratoriais para o casal (testagem de Sífilis, HIV e Hepatite B); 
 Exames de imagem (se for necessário) a fim de prevenir risco a futura 
gestação; 
 Atualização vacinal, observando que a vacina contra rubéola deve ser 
administrada no mínimo até 2 meses antes da gravidez; 
 Orientações em geral a mulher, parceiro e família sobre a possível 
gravidez; 
 Orientação sobre peso ideal, risco de obesidade na gravidez e 
importância de introduzir atividade física na rotina pessoal. 
 
 
 
 
2.1 Acolhimento 
 
O acolhimento não pode ser resumido a uma recepção amigável da 
mulher na unidade básica de saúde. Acolher a mulher ou gestante deve se 
configurar em uma ação de aproximação, como um “estar com”, ou um “estar perto 
de”, sinalizando uma atitude de inclusão por parte do profissional (BRASIL, 2010). 
Deve-se considerar o acolhimento uma oportunidade de estabelecimento de 
vínculo, responsabilização e compartilhamento de informações, pautadas na escuta 
qualificada dos problemas demandados pela mulher/gestante (MOTTA et al, 2014). 
2 ATENDIMENTO A GESTANTE NA UNIDADE BÁSICA 
DE SAÚDE 
26 
 
Dessa forma, por meio do acolhimento busca-se ampliar a autonomia e a 
corresponsabilidade entre o profissional e a gestante, garantindo o seu 
protagonismo durante todo o processo da gestação , parto e puerpério. 
 
2.2 Diagnóstico da Gravidez 
 
O diagnóstico da gravidez deve ser oferecido a toda mulher com histórico de 
atraso menstrual acima de 15 dias e/ou náuseas, vômitos e aumento do volume 
abdominal com a realização do Teste de Gravidez (Pesquisade βHCG)1 ou Teste 
Rápido de Gravidez, que será solicitado pelo médico ou enfermeiro (Figura 2 - 
Fluxograma de Diagnóstico de Gravidez). Se o atraso menstrual for maior que 12 
semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico. 
 
¹A Gonadotrofina Coriônica Humana (ßHCG) pode ser detectada no sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a concepção 
(BRASIL, 2006). 
 
27 
 
Figura 2 - Fluxograma de Diagnóstico de Gravidez 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Atenção Básica, 2012 
Mulher com suspeita de gravidez 
Atraso menstrual 
Náusea 
Suspensão ou irregularidade do uso do contraceptivo 
Desejo de gravidez 
 
Garanta o atendimento no ambulatório de pré-natal de alto risco. 
Mantenha acompanhamento da equipe da área de abrangência. 
Monitore os retornos no ambulatório de alto risco. 
Visitas domiciliares mensais pelos ACS e pela equipe, se necessário. 
Identifique o hospital de referência de alto risco para o parto. 
Agende consulta de puerpério para a primeira semana pós-parto. 
Atendimento pela equipe da área de abrangência. É ideal que haja 
consultas alternadas com médico e enfermeiro. 
Inclua o companheiro da gestante nas consultas. 
Monitore os retornos. 
Visitas domiciliares mensais pelos ACS e pela equipe, se necessário. 
Identifique o hospital de emergência de baixo risco para o parto. 
Agende consulta de puerpério (para a mãe e o RN) para a primeira 
semana pós-parto. 
Consulta de acolhimento 
Deve-se avaliar: 
o ciclo menstrual – Dum, 
a atividade sexual e o uso de 
método contraceptivo 
 
Sim 
 
Sim 
 
Ausente βHCG urinário, teste rápido Ausculta de BCF 
Negativo Positivo 
Presente 
Repetir βHCG 
em 15 dias 
 
Negativo 
Gravidez confirmada 
Captação da gestante para o pré-natal 
Solicite exames 
Realize testes rápidos de HIV e sífilis 
Preenchimento do SISPRENATAL 
WEB/PEC 
Preenchimento do cartão da gestante 
 
Atraso 
menstrual maior do 
que 15 dias? 
 Dum maior do 
que 12 
semanas? 
 
Investigue outras 
causas de irregularidade 
menstrual 
 
Avaliação de 
risco gestacional 
Encaminhe a gestante 
para o serviço de pré-natal 
de alto risco 
 
Afastado o risco 
Confirmado o risco 
Avaliação do risco 
gestacional pelo médico 
 
Pré-natal de 
alto risco Pré-natal de 
baixo risco 
 
28 
 
Destaca-se que a mulher com gravidez confirmada, seja por teste de 
gravidez ou por exame clínico deverá iniciar o pré-natal imediatamente, sendo que a 
primeira consulta de pré-natal deverá acontecer preferencialmente até a 12ª semana 
de gestação. 
IMPORTANTE: Toda mulher com suspeita de gravidez, deve-se investigar 
se estava em uso de contraceptivo e se a gravidez é planejada. Se o teste de 
gravidez for positivo, iniciar o pré-natal imediatamente; se for negativo, e a paciente 
não deseja gravidez, iniciar contraceptivo imediatamente. 
 
2.3 Pré-natal do Parceiro 
A paternidade é um momento de mudança na vida do homem, sua presença 
é um importante elemento em todas as fases da vida do filho e da futura mãe. 
Com o objetivo de engajar os homens no acompanhamento da gestação, 
parto e cuidado com o desenvolvimento da criança, além de facilitar e ampliar o 
acesso com qualidade da população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos, às 
ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS foi instituído o 
Pré-Natal do parceiro por meio da Portaria GM/MS Nº 1.944, de 27 de agosto de 
2009. 
Neste processo é imprescindível que o pai seja acolhido e vinculado a 
Unidade Básica de Saúde, participe da consulta pré-natal e do momento do parto, 
realize os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites virais, atualize seu cartão de 
vacina, participe das ações educativas e realize outros exames conforme 
necessidades. 
 
2.4 Classificação de Risco Gestacional 
Devido a presença de fatores de risco, algumas gestantes podem apresentar 
probabilidade mais acentuada na evolução desfavorável da gestação, situação 
identificada como gestação de Alto Risco. Neste contexto, devem-se avaliar os 
critérios abaixo para realizar a classificação do risco gestacional. 
 
 
 
 
 
29 
 
Quadro 3 - Condições relacionadas às características pessoais e 
sociodemográficas (acompanhamento na Atenção Primária à Saúde) 
 
CONDIÇÃO 
 
ORIENTAÇÕES PARA SEGUIMENTO NA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE 
Menos que cinco anos de estudo 
regular 
Atenção para nível de compreensão das orientações, 
especialmente recomendações escritas. Buscar formas 
alternativas de comunicação e solicitar acompanhante quando 
percebida limitação de entendimento. 
Ocupação com esforço físico 
excessivo, trabalho noturno, carga 
horária extensa, rotatividade de 
horário, exposição a agentes 
físicos, químicos e biológicos e 
níveis altos de estresse. 
Avaliação de adequação de atividade, função, carga horária e 
solicitação médica formal ao empregador de mudança de 
função ou área de trabalho. Orientar pausas periódicas para 
descanso, especialmente após as refeições. 
Suporte familiar ou social 
inadequado 
Oferecer/solicitar avaliação psicológica e do serviço social. 
Situação afetiva conflituosa 
Oferecer/solicitar acompanhamento psicológico e social, 
atentar para risco de violência doméstica (investigação 
periódica). 
Transtorno mental 
Encaminhamento para avaliação psicológica/CAPS, 
monitoramento e vigilância de piora de sintomas, 
especialmente piora depressiva, ideação suicida. 
Valorização de queixas subjetivas. Investigar o abuso de 
substâncias psicoativas e fumo. 
Dependência de drogas lícitas ou 
ilícitas 
Encaminhamento para CAPS AD, oferecer/solicitar 
acompanhamento psicológico, rever periodicidade de 
consultas. Pesquisar situação de rua e comportamentos 
sexuais de risco. 
Violência doméstica, abuso, 
assédio moral. 
Oferecer/solicitar avaliação psicológica e serviço social. 
Oferecer apoio e abordar importância e possibilidade de 
denúncia em caso de violência. Em caso de gravidez 
resultante de estupro/abuso, oferecer as possibilidades 
previstas na Norma Técnica de prevenção e tratamento dos 
agravos resultantes da violência sexual (BRASIL, 2012), 
inclusive interrupção de gravidez. 
Altura menor que 1,45 m 
Atenção para crescimento uterino e valorização de queixas de 
contrações ou perdas vaginais. 
Continua 
30 
 
Continuação 
CONDIÇÃO 
 
ORIENTAÇÕES PARA SEGUIMENTO NA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE 
Idade menor que 15 
No caso de adolescentes, buscar adequação da atenção 
obstétrica respeitando as particularidades sociais e psicológicas da 
faixa etária, maior risco de complicações (como prematuridade). 
Orientar sempre sobre a importância da permanência ou retorno à 
escola. É recomendada a realização de grupos de orientações e 
consultas dirigidas para essa população. 
Índice de massa corpórea 
(IMC) inicial que evidencie 
baixo peso (<20 kg/m²) ou, 
sobrepeso (25 -29,99Kg/m²) ou 
obesidade (≥ 30 kg/m²) 
Oferecer/solicitar avaliação e acompanhamento nutricional, 
orientações quanto atividade física. 
IMPORTANTE: Devido à crescente prevalência de sobrepeso e 
obesidade na população, deve-se dar atenção especial a este 
quesito (VIGITEL, 2015). 
 
 
Quadro 4 - Condições relacionadas aos antecedentes obstétricos 
(acompanhamento na Atenção Primária à Saúde) 
 
CONDIÇÃO 
 
ORIENTAÇÕES PARA SEGUIMENTO NA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE 
Abortamento habitual 1º 
trimestre (mais do que 2 
abortos) 
Oferecer/solicitar avaliação psicológica, pesquisar história de 
manipulação/cirurgia uterina prévia, de alterações endocrinológicas 
(diabetes, tireoidopatias), de miomatose, malformações uterinas, 
consanguinidade, de alterações genéticas familiares, de exposição a 
substâncias tóxicas, de trombose. 
Cirurgia uterinaanterior 
(que não sejam cesáreas) 
Recomendado agendamento de cesárea, fora do início de trabalho de 
parto, em torno de 39 semanas. 
Esterilidade/infertilidade 
Oferecer/solicitar avaliação psicológica, pesquisar história de 
manipulação/cirurgia uterina prévia, malformações uterinas, 
miomatose, de alterações endocrinológicas (diabetes, tireoidopatias). 
Intervalo interpartal menor 
que dois anos 
Atenção para sinais de trabalho de parto prematuro. Pesquisar rede 
de apoio para auxílio ao cuidado dos filhos, avaliar afastamento 
laboral de companheiro/familiar/acompanhante na eventualidade de 
cuidado especial durante a gestação. Oferecer planejamento 
reprodutivo. 
Continua 
 
31 
 
Continuação 
CONDIÇÃO 
 
ORIENTAÇÕES PARA SEGUIMENTO NA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE 
Macrossomia fetal 
Atenção para o desenvolvimento fetal, pesquisa de diabetes 
mellitus. 
Nuliparidade e grande 
multiparidade (> 4 
gestações) 
Pesquisar rede de apoio para auxílio ao cuidado do(s) filho(s), 
oferecer planejamento reprodutivo. 
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia 
Seguir orientações contidas no item 2.8 - Intercorrências 
frequentes na gestação, pag. 59. 
Recém-nascido com 
restrição de crescimento ou 
malformado 
Pesquisar história de infecções prévias, toxoplasmose, sífilis, 
Citomegalovírus (CMV), complicações clínicas (hipertensão, lúpus), 
malformação familiar. Solicitar USG morfológico de 1º e 2º trimestres, 
ecocardiografia fetal, se disponíveis. Acompanhamento da curva de 
altura uterina. 
Síndromes hemorrágicas 
em partos anteriores 
Afastar diagnóstico atual de placenta prévia, orientações sobre 
possibilidade de recorrência no parto atual, parto preferencialmente 
em hospital com suporte para urgências e emergências obstétricas. 
Duas ou mais cesarianas 
prévias 
Afastar diagnóstico atual de placenta prévia e acretismo placentário 
com ultrassonografia no final do 3º trimestre. 
Acretismo placentário Afastar diagnóstico na gestação atual. 
Perdas gestacionais de 2º 
ou 3º trimestre 
Podem ser acompanhadas na APS após avaliação com especialista 
para definição da conduta na atenção pré-natal. 
Prematuridade prévia 
Podem ser acompanhadas na Atenção Primária à Saúde após 
avaliação com especialista para definição da conduta na atenção 
pré-natal. 
Morte perinatal explicada ou 
inexplicada 
Podem ser acompanhadas na Atenção Primária à Saúde após 
avaliação com especialista para definição da conduta na atenção 
pré-natal. 
 
 2.4.1 - Morbidade prévia e atual (encaminhamento para referência em 
pré-natal de risco, concomitante com APS e avaliação com especialista para 
definição de complexidade da atenção pré-natal): 
 
  Aneurismas; 
 Aterosclerose; 
 Alterações genéticas maternas; 
 Alterações ósteo-articulares de interesse obstétrico; 
32 
 
 Câncer; 
 Cardiopatias; 
 Cirurgia bariátrica; 
 Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras 
colagenoses); 
 Doenças inflamatórias intestinais crônicas; 
 Doenças psiquiátricas com acompanhamento (psicoses, depressão 
grave etc.); 
 Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus); 
 Epilepsia; 
 Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e 
outras); 
 Hanseníase; 
 Hemopatias; 
 Hipertensão arterial crônica, com ou sem medicação; 
 Infecção urinária de repetição; 
 Nefropatias; 
 Pneumopatias; 
 Portadoras de doenças infecciosas (hepatites, toxoplasmose, 
infecção pelo HIV, sífilis e outras IST); 
 Cirurgia abdominal prévia com história de complicações; 
 Tromboembolismo; 
 Tuberculose; 
 Asma grave. 
 
 2.4.2 - Doença obstétrica na gravidez atual (acompanhamento do pré-
natal no serviço de referência em pré-natal de alto risco, concomitante com 
APS): 
 
  Aloimunização; 
 Amniorrexe prematura; 
 Restrição de crescimento fetal; 
 Gestação múltipla; 
 Oligo ou polidrâmnio; 
33 
 
 Hidropsia fetal; 
 Malformações fetais maiores; 
 Óbito fetal; 
 Síndromes hemorrágicas; 
 Síndromes hipertensivas (pré-eclâmpsia, hipertensão arterial 
crônica com pré-eclâmpsia superposta); 
 Trabalho de parto prematuro; 
 Gravidez prolongada; 
 Ganho ponderal acima do adequado. 
 
 2.4.3 - Fatores de risco que indicam encaminhamento à 
urgência/emergência obstétrica: 
 
 Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento; 
 Anemia grave (Hb < 8g/dl); 
 Casos clínicos que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia 
intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma, etc.; 
 Crise hipertensiva (PA ≥ 160/110mmHg); 
 Sinais premonitórios de eclâmpsia (escotomas cintilantes, cefaleia 
típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito 
com ou sem hipertensão arterial grave e/ou proteinúria); 
 Eclâmpsia/convulsões; 
 Hipertermia (Tax ≥ 37,8ºC), na ausência de sinais ou sintomas 
clínicos de Infecção das Vias Aéreas Superiores (IVAS); 
 Suspeita de trombose venosa profunda; 
 Suspeita/diagnóstico de abdome agudo; 
 Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra 
infecção que necessite de internação hospitalar; 
 Prurido gestacional/icterícia; 
 Hemorragias na gestação (incluindo descolamento prematuro de 
placenta, placenta prévia); 
 Idade gestacional de 41 semanas confirmadas ou mais. 
 
 
34 
 
 
 2.4. 4 - Ficha de Classificação de Risco Gestacional (aplicar ao iniciar o 
pré-natal e no segundo e terceiro trimestre de gestação) 
A Classificação de risco gestacional deve ser realizada no mínimo a cada 
trimestre ou sempre que surgir modificações clínicas importantes na gestação. Para 
realizar esta atividade durante a Assistência ao Pré-Natal apresenta-se como 
instrumento a Ficha de Classificação de Risco Gestacional a ser aplicada pelas eSF, 
auxiliando a estratificação dessa população (Anexo 2). 
 
 2.4.5 - Gestante vítima de violência 
 Vivemos em uma sociedade que presenciamos cenas de violência contra a 
mulher a todo o momento. Portanto, quando a mulher se encontra grávida, qualquer 
tipo de violência se torna ainda mais preocupante trazendo sérias consequências 
para a saúde da mãe e do feto. 
 Os ACS que estão próximos da realidade desta mulher são atores 
importantes deste cuidado. Observar com atenção o contexto familiar a qual elas 
estão inseridas favorece a descoberta desse ato. É no pré-natal também que todos 
os profissionais devem estar atentos para identificação destes casos, para trabalhar 
formas de enfrentamento em que ela possa reagir positivamente à sua defesa e 
autodefesa e também na proteção do bebê. 
 Todas as gestantes que se sentem ou se descobrem em situação de 
vulnerabilidade devem ser acompanhadas prioritariamente, aquelas que são 
confirmadas situações concretas de violência devem ser orientadas a denunciar 
seus agressores a autoridade policial. O serviço de saúde deve estar organizado 
para prontamente notificar o caso (a notificação é compulsória) e acionar 
imediatamente conselhos de proteção à vítima obedecendo ao fluxo de cada 
localidade. Esta ação pode mudar potencialmente o destino dessas mulheres. 
 
 2.5 Calendário das Consultas 
 
O número mínimo recomendado recentemente pela Organização Mundial 
de Saúde é de oito consultas gestacionais, uma no primeiro trimestre (até a 12ª 
semana), com 20, 26, 30, 34, 36, 38 e 40 semanas. A equipe deve monitorar o 
absenteísmo das gestantes e apoiar a solução da dificuldade, com visita domiciliar 
pelo (a) agente comunitário (a) ou outro membro da equipe de saúde. 
35 
 
 O Ministério da Saúde recomenda que as consultas devam ser intercaladas 
entre o médico e enfermeiro, lembrando que todas as gestantes devem ser 
referenciadas para o odontólogo da equipe quando houver, visto que as infecções 
dentárias e gengivais têm sido associadas à aminiotite e por consequência a 
aminiorrex prematura. Deve-se estar constantemente atento ao risco associado à 
gravidez,pela história clínica, exame físico e resultado dos exames laboratoriais de 
rotina. As avaliações mínimas nos retornos incluem atenção as queixas, níveis 
pressóricos, ganho de peso, edema, relação idade gestacional/altura uterina, 
movimento fetal e deve-se dar especial atenção ao surgimento de riscos, 
considerando o caráter dinâmico da gestação. A necessidade de outras consultas 
suplementares dependerá de complicações obstétricas ou clínicas. 
Orienta-se, ainda, o cronograma abaixo para agendamento das consultas:
 
 
Até 28ª semana 
 
Mensalmente 
Da 28ª até a 36ª semana Quinzenalmente 
Da 36ª até a 41ª semana Semanalmente 
Fonte: (Cadernos de Atenção Básica, nº 32, BRASIL, 2013) 
 
 
 2.5.1 Roteiro dos procedimentos das consultas pré-natais 
 2.5.1.1 – Procedimento na primeira consulta 
 Iniciar o preenchimento da Caderneta da Gestante corretamente 
e por completa; 
 Cadastrar a gestante no SISPRENATAL WEB e SISAB/E-SUS; 
 Na anamnese, levantar os aspectos socioepidemiológicos, os 
antecedentes familiares, os antecedentes pessoais gerais, 
antecedentes ginecológicos e obstétricos; 
 Uso prévio de contraceptivos, planejamento da gravidez atual, 
consulta pré-concepcional, uso de ácido fólico; 
 Fazer o exame físico (avaliar o bem-estar materno e fetal); 
 Registrar a Data da Última Menstruação (DUM) e definir a Data 
Provável do Parto(DPP); 
36 
 
 Registrar o peso e altura para o cálculo do Índice de Massa 
Corpórea (IMC); 
 Registrar os sinais e sintomas na gestação em curso; 
 Hábitos alimentares (orientar sobre hábitos e higiene alimentar); 
 Informar sobre a ocorrência de Internação durante a gestação 
atual; 
 Orientar sobre os valores pressóricos durante o período 
gestacional; 
 Orientar sobre hábitos saudáveis: estilo de vida, sedentarismo, 
compreendendo malefícios de substâncias como fumo (número 
de cigarros/dia) álcool e drogas ilícitas, para mãe e para o feto; 
 Informar sobre a ocupação habitual (orientar sobre esforço físico 
intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente 
nocivos, estresse); 
 Perceber a aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo 
parceiro e pela família, principalmente se for adolescente (devido 
ao risco em potencial de desenvolver depressão pós-parto); 
 Identificar gestantes com fraca rede de suporte social (traçar 
plano de cuidados individualizado em conjunto com o Núcleo 
Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB); 
 Preencher a ficha de classificação de risco gestacional, orientar a 
gestante quanto a sua situação, transferir para consulta médica 
conforme resultado; 
 Orientar e agendar consulta odontológica para avaliação da 
saúde bucal, preferencialmente no 1º trimestre; 
 Orientar a gestante sobre as doenças causadas por vetores, tais 
como Zika Vírus, Dengue e Chikungunya; 
 Analisar a situação vacinal da gestante (conforme o Quadro 8 - 
Esquemas básicos de vacinação contra tétano para a 
gestante, pág. 48); 
 Iniciar suplementação com Sulfato Ferroso e Ácido Fólico 
segundo conduta estabelecida nas diretrizes nacionais indicado 
no Quadro 5. 
 
37 
 
Quadro 5 - Demonstrativo para a suplementação de sulfato ferroso e ácido 
fólico na gestação 
 
 
PÚBLICO 
 
CONDUTA 
 
PERIODICIDADE 
 
Gestantes 
 
40mg de ferro elementar e 
5 mg de ácido fólico 
 
Diariamente até o final da 
gestação. 
 
Mulheres no pós-parto e 
pós-aborto 
 
40mg de ferro elementar 
 
Diariamente até o terceiro mês 
pós-parto e até o terceiro mês 
pós-aborto. 
Fonte: (Cadernos de Atenção Básica, nº 32, BRASIL, 2013) 
 
 Solicitar os exames de rotina, conforme trimestre gestacional, 
para a gestante e parceiro, segundo condutas estabelecidas 
nas diretrizes nacionais (Verificar item 2.6, pág. 49 - Exames 
no pré-natal: rotinas, interpretações e condutas). Realizar 
teste rápido para sífilis, HIV e hepatites virais na primeira 
consulta, caso não tenha sido realizado por ocasião do 
diagnóstico da gravidez. 
 Agendar a próxima consulta tanto no prontuário eletrônico, 
quanto na caderneta da gestante. 
 
2.5.1.2 Procedimentos nas Consultas Subsequentes (profissional 
médico e enfermeiro, conforme calendário) 
 Realizar a revisão da caderneta da gestante e atentar-se para 
registrar as informações tanto na caderneta quanto no prontuário da 
gestante, seja ele manual ou através do prontuário eletrônico (E-
SUS), incluindo o SISPRENATAL WEB; 
 Anamnese atual: pesquisar sobre queixas mais comuns na gestação 
e dos sinais de intercorrências clínicas e obstétricas; 
 Reavaliar o risco gestacional e realizar condutas necessárias; 
 Verificar o calendário vacinal; 
 Avaliar os resultados dos exames complementares e realizar 
solicitação de outros, se necessários; 
38 
 
 Interpretar os dados da anamnese e do exame clínico/obstétrico 
frente aos resultados dos exames complementares; 
 Tratar as alterações encontradas ou encaminhar à referência, 
conforme condutas indicadas. 
 Orientar a gestante sobre os sinais de risco (sangramento vaginal, 
cefaleia, escotomas visuais, epigastralgia, edema excessivo, 
contrações regulares, perda de líquido, diminuição da movimentação 
fetal, febre, dor em “baixo ventre”, dispnéia e cansaço) e avaliar a 
necessidade de assistência individualizada; 
 Acompanhar as condutas adotadas em serviços especializados, se a 
gestante estiver sendo acompanhada no pré-natal de alto risco (Plano 
de Cuidado Terapêutico Individualizado); 
 
 2.5.2 – Procedimentos, cuidados maternos e fetais durante as 
consultas 
 
A- Calcular e anotar a Idade Gestacional (IG) 
 Perguntar e registrar a Data da Última Menstruação (DUM) - anotar 
certeza ou dúvida; em caso de dúvida considerar: 
 No início do mês – DUM será no dia 05 do respectivo mês; 
 No meio do mês – DUM será no dia 15 do respectivo mês; 
 No fim do mês – DUM será no dia 25 do respectivo mês. 
 Entretanto, quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a 
Idade Gestacional (IG) e a Data Provável do Parto (DPP) serão, 
inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente pela medida 
da altura do fundo do útero, conforme esclarece o Ministério da Saúde 
(BRASIL, 2013): 
 A partir da 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho 
normal; 
 Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual; 
 Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na 
sínfise púbica; 
39 
 
 Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a 
cicatriz umbilical; 
 A partir da 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da 
cicatriz umbilical, sendo que a partir dessa semana, existe uma relação 
direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. 
Entretanto, esse parâmetro torna-se menos fidedigno a partir da 30ª 
semana de gestação. 
 
 B - Definir a Data Provável do Parto (DPP): 
 
 Com o disco (gestograma) - colocar a seta sobre o dia e mês 
correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar a seta 
na data (dia e mês) indicada como data provável do parto; 
 Através da Regra de Naegele: Somar 7 dias na DUM e subtrair 3 no mês. 
Se a DUM ocorreu entre janeiro a março em vez de subtrair iremos 
somar 9 meses. 
 
C - Avaliação de peso e Índice de Massa Corpórea (IMC): 
 
 Fórmula para o cálculo = Peso (kg) / Altura (m) x Altura (m). 
 Após identificar o IMC, registrar no gráfico de acompanhamento 
nutricional (Figura 3) da Caderneta da Gestante, e informá-la se o peso 
está ideal para o período gestacional. Monitorar a cada consulta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Figura 3 – Gráfico de acompanhamento do estado nutricional da gestante 
 
 
Fonte: (Cadernos de Atenção Básica, nº 32, BRASIL, 2013) 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 D - Verificação e avaliação dos níveis da Pressão Arterial 
 
O objetivo da verificação dos níveis pressóricos da gestante é detectarprecocemente estados hipertensivos. São considerados estado hipertensivos na 
gestação: 
 
• A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140 mmHg de 
pressão sistólica e iguais, ou maiores que 90 mmHg de pressão diastólica, mantidos 
em duas ocasiões e podendo ser aferidos com intervalo de quatro horas entre as 
medidas. 
 
• O aumento de 30 mmHg ou mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15 
mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis tensionais pré-
gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana de gestação. Deve ser utilizado 
como sinal de alerta e para agendamento de controles mais próximos. 
 
• A presença de pressão arterial diastólica ≥ 110 mmHg em uma única 
oportunidade ou aferição. 
 
E - Palpação obstétrica e medida da Altura Uterina (AU) 
 
Os objetivos da palpação obstétrica e da mensuração da altura uterina são: 
identificar o crescimento fetal; diagnosticar os desvios da normalidade a partir da 
relação entre a altura uterina e a idade gestacional; identificar a situação e a 
apresentação fetal. 
 
A palpação obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura uterina, 
por meio das Manobras de Leopold (Figura 4) para identificação da situação e 
apresentação fetal (polo cefálico, pélvico e dorso fetal) e acompanhamento da altura 
uterina. 
• Apresentação fetal - Em torno da 36ª semana, recomenda-se a 
determinação da apresentação fetal (cefálica, pélvica ou córmica). 
• Situação fetal (longitudinal, transversa ou obliquo) colocando as mãos 
sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o 
polo fetal que se apresenta. A situação longitudinal é a mais comum. 
42 
 
Passo 1 – Demonstrativo da Manobra de Leopold Z Weifel. 
 
1º tempo 2º tempo 3º tempo 4º tempo 
 
 
 Passo 2: Manobra de Palpação da situação fetal 
 
 Situação Longitudinal Transversa 
 
Passo 3: Verifique a apresentação fetal, as mais comuns são a cefálica e pélvica.
 
a) Cefálica ; b) Pélvica; c) Córmica 
 
 
 Atenção: O feto pode estar em situação longitudinal (apresentação cefálica 
ou pélvica) ou transversa (apresentação córmica). A situação transversa reduz a 
medida de altura uterina, podendo falsear sua relação com a idade gestacional. As 
apresentações mais frequentes são a cefálica e a pélvica. 
 
Figura 4 - Painel com passos para a palpação obstétrica (manobra de Leopold) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Cadernos de atenção Básica, nº 32/ Brasil/2013 
 
 
43 
 
A medida da Altura Uterina (AU) indica o crescimento fetal e a medida 
deve ficar dentro da faixa que delimita os percentis 10 e 90 do gráfico de 
crescimento uterino de acordo com a idade gestacional. Traçados iniciais abaixo ou 
acima da faixa devem ser medidos novamente em 15 dias para descartar erro da 
idade gestacional e risco para o feto (Figura 5). 
Nas avaliações subsequentes, traçados persistentemente acima ou abaixo 
da faixa e com inclinação semelhante indicam provável erro de idade gestacional ou 
alteração fetal: 
 Quando os dados da amenorreia são confiáveis e se descarta a 
possibilidade de feto morto e oligoâmnio, a medida da altura uterina 
permite diagnosticar o crescimento intrauterino retardado com uma 
sensibilidade de 56% e uma especificidade de 91%. 
 A sensibilidade da altura uterina para o diagnóstico de macrossomia 
fetal é de 92% e sua especificidade 72%, uma vez que tenham sido 
excluídos a gravidez gemelar, os polidrâmnios e a miomatose uterina; 
 Encaminhar para avaliação médica para confirmação da curva, 
verificar a necessidade de solicitação de ultrassonografia ou 
referência ao alto risco. Se a inclinação for diferente, encaminhar para 
o alto risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Figura 5: Verificação da medida da Altura Uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (BRASIL, 2016) 
 
 
 F - Verificação da ausculta dos batimentos cardiofetais: 
 
O profissional deve monitorar os Batimentos Cardiofetais (BCF) no intuito de 
verificar a presença, o ritmo, a frequência e a normalidade. A partir da 12ª semana 
com o Sonar – Doppler e a partir de 20ª ou 24ª semanas por meio do estetoscópio 
45 
 
de Pinard. São parâmetros normais 110 a 160 batimentos por minuto (bpm). Caso 
constate bradicardia ou taquicardia, é um sinal de alerta. Suspeitar de sofrimento 
fetal, devendo o médico da unidade de saúde realizar avaliação da gestante e do 
feto, e caso necessário, encaminhar a gestante ao serviço de maior complexidade. 
 
 G - Avaliação de edema: 
 
 Deve-se avaliar o surgimento de edema para que se possa descartar o 
edema considerado patológico, este geralmente está associado à hipertensão 
arterial. A avaliação pode ser realizada através do cacifo (depressão duradoura no 
local pressionado). Orienta-se pesquisar através da palpação dígito-digital na região 
sacra, a presença de edema oculto (Quadro 6). 
 
Quadro 6 – Demonstrativo dos possíveis cacifos a ser identificados, suspeita e 
condutas 
 
CACIFO/LOCALIZAÇÃO 
 
SUSPEITA/CONDUTA 
(-) ou ausente Monitorar rotineiramente 
(+) apenas no tornozelo Pode ser postural, devido ao aumento de temperatura ou modelo do 
calçado. 
(++) em membros inferiores + 
ganho de peso + hipertensão 
Orientar decúbito lateral esquerdo, pesquisar sinais de alerta e 
movimentos fetais, agendar retorno em sete dias. Se hipertensão 
e/ou proteinúria presente, encaminhar ao Pré-Natal de alto risco. 
(+++) em face, membros e 
região sacra, ou edema 
observado ao acordar pela 
manhã, independentemente 
de ganho de peso e ou 
proteinúria e hipertensão 
arterial. 
 
Suspeita de pré-eclâmpsia. Encaminhar para avaliação médica e ao 
pré-natal de alto risco. 
Edema Unilateral de MMII, 
com presença de sinais 
flogísticos e dor. 
Suspeita de tromboflebite e trombose venosa profunda. Encaminhar 
para avaliação médica e ao pré-natal de alto risco. 
Fonte: (BRASIL, 2013) 
 
 
46 
 
 H - Mobilograma - Método de registro diário de movimentos fetais 
(RDMF) e Teste de Estímulo Sonoro Simplificado (TESS): 
O objetivo do registro diário da movimentação fetal e o teste de estímulo 
sonoro é avaliar clinicamente o bem-estar fetal na gravidez a partir da 34ª semana 
gestacional. 
Orientações para gestante: 
 Escolha um período do dia em que possa estar mais atenta aos 
movimentos fetais; 
 Alimente-se previamente ao início do registro; 
 Sente-se com a mão sobre o abdome; 
 Registre os movimentos do feto nos espaços demarcados pelo 
formulário, anotando o horário de início e de término do registro. 
 A contagem dos movimentos é realizada por período máximo de uma hora. 
Caso a gestante consiga registrar seis movimentos em menos tempo, não é 
necessário manter a observação durante uma hora completa. Entretanto, se após 
uma hora ela não foi capaz de contar seis movimentos, deverá repetir o 
procedimento. Se na próxima hora não sentir seis movimentos, deverá procurar 
imediatamente a unidade de saúde. Assim, considera-se como “inatividade fetal” o 
registro com menos de seis movimentos por hora, em duas horas consecutivas. Ver 
Anexo 3 (Ficha para realização do mobilograma). 
 
 Teste do Estímulo Sonoro Simplificado (TESS) 
Material necessário: 
 Sonar doppler; 
 Buzina de Kobo (buzina de bicicleta). 
Técnica: 
 Coloque a mulher em decúbito dorsal com a cabeceira elevada 
(posição de Fowler); 
 Palpe o polo cefálico; 
 Ausculte os BCF por quatro períodos de 15 segundos e calcule a 
média (obs.: a gestante não deve estar com contração uterina); 
 Realize o estímulo sonoro, colocando a buzina sobre o polo cefálico 
fetal com ligeiracompressão sobre o abdome materno (aplique o 
estímulo entre três e cinco segundos ininterruptos). Durante a 
47 
 
realização do estímulo, deve-se observar o abdome materno, 
procurando identificar movimentos fetais visíveis; 
 Imediatamente após o estímulo, repita a ausculta dos BCF por um 
período de 60 segundos contínuos. 
 
Quadro 7 - Interpretação do resultado do TESS 
 
 
POSITIVO 
 
NEGATIVO 
Presença de aumento mínimo de 15 
batimentos em relação à medida inicial ou 
presença de movimentos fetais fortes e bruscos 
na observação do abdome materno durante a 
realização do estímulo 
Ausência de resposta fetal identificada tanto pela 
falta de aumento dos BCF quanto pela falta de 
movimentos fetais ativos. O teste deverá ser 
realizado duas vezes, com intervalo de, pelo 
menos, dez minutos para se considerar negativo. 
Na presença de teste simplificado negativo e/ou desaceleração da frequência cardíaca fetal, 
encaminhe a gestante a maternidade de referência para avaliação da vitalidade fetal. 
Fonte: BRASIL, 213 Cadernos de Atenção Básica nº 32 
 
 I - Imunização 
As vacinas virais vivas de Sarampo, da Rubéola, da Caxumba (SCR) e da 
febre amarela não são recomendadas em situações normais. Contudo, quando o 
benefício for considerado maior do que o possível risco, a vacinação poderá ser 
realizada, por exemplo, em situações de risco de febre amarela. 
São recomendações específicas: 
 Vacina contra o Tétano: Para imunização, são necessárias 03 doses 
(0 - 2 - 4 meses) e reforço. Uma dose da vacina dTpa a cada 
gestação. (Quadro 8, pág. 48). 
Eventos adversos à vacina: inclui dor, calor, vermelhidão, edema 
local e/ou febrícula de duração passageira, podendo ocasionar mal-
estar geral. Não foram relatados eventos adversos para o feto em 
decorrência da aplicação dos toxóides diftérico e tetânico em qualquer 
fase da gestação. 
Contraindicações: 
 Ocorrência de hipersensibilidade após o recebimento de 
dose anterior; 
 História de hipersensibilidade aos componentes; 
48 
 
 História de choque anafilático após administração da 
vacina; 
 Síndrome de Guillain-Barré até seis semanas após a 
vacinação anterior contra difteria e/ou tétano. 
 
Quadro 8 – Esquemas básicos de vacinação contra tétano para a gestante 
 
HISTÓRIA DE IMUNIZAÇÃO 
CONTRA O TÉTANO 
 
 
CONDUTA 
Sem nenhuma dose registrada 
Realizar esquema completo (3 doses) com intervalo de 
2 meses e mínimo de 1 mês, garantindo que seja 
aplicada uma dose de dTpa a partir de 20 semanas até 
20 dias antes do parto, ou até 45 dias pós-parto. 
 
Duas doses 
 
Completar a dose faltante com vacina dTpa, a partir da 
20ª semana. 
Uma dose 
 
Completar o esquema com duas doses com intervalo 
de 2 meses e mínimo de 1 mês, garantindo que seja 
aplicada uma dose de dTpa a partir de 20 semanas até 
20 dias antes do parto, ou até 45 dias pós-parto. 
 
Vacinação anterior completa, 
independentemente do tempo de 
conclusão do esquema. 
Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana ou no 
puerpério até 45 dias após o parto. 
Fonte: SESAU/RO/AGEVISA /Coordenação de Imunização 
 
 Vacina contra a Influenza (inativadas): A vacina contra influenza 
passou a ser indicada para todas as gestantes, independente da 
idade gestacional, com dose única durante a campanha anual contra 
influenza sazonal. 
 Contraindicações: história de alergia severa à proteína do ovo e aos 
seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina; reações 
anafiláticas graves com a vacina anteriormente. 
 
 Vacina contra hepatite B (recombinante): Recomenda-se a triagem 
sorológica para hepatite durante o pré-natal por meio do HBsAg 
(antígeno de superfície do VHB). Caso o resultado seja negativo: 
 
 Gestante sem vacinação prévia: 1ª dose em qualquer idade 
gestacional, 2ª dose um mês após e 3ª dose seis meses após a 
primeira dose. 
 Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses): completar 
o esquema. 
49 
 
 Gestantes com esquema completo: não devem ser vacinadas. 
 
 Vacina contra raiva humana: Em situações de pós-exposição, a 
vacina contra raiva humana, que é de vírus inativo, não é 
contraindicada durante a gestação. A gestante deve seguir o 
esquema recomendado para situações de pré ou pós-exposição. 
 
 Imunoglobulina contra varicela: Gestante suscetível que tenha 
contato com varicela deve receber a Imunoglobulina Humana 
Antivaricela-Zoster (IGHVAZ) idealmente até 96hs após o contato 
(podendo ser utilizada até 10 dias) para amenizar o quadro clínico e 
prevenir complicações clínicas na gestante (ex: pneumonite). 
 
 2.6 Exames no pré-natal: rotinas, interpretações e condutas 
 
Durante o acompanhamento pré-natal, além dos procedimentos 
anteriormente descritos o profissional deverá solicitar exames para identificação de 
anormalidades e tomada de decisão sobre as possíveis alterações. 
 
 2.6.1 Rotina laboratorial 
1ª consulta ou 1º trimestre 
 
 
 
Tipagem sanguínea e fator Rh 
 Hemograma completo 
Pesquisa de Plasmódium (em todas as consultas se 
necessário) 
Eletroforese de hemoglobina (se necessário) 
Glicemia de jejum 
Teste rápido ou sorologia para sífilis 
Teste rápido ou sorologia para HIV 
Toxoplasmose IgM e IgG 
Sorologia para hepatite B (HbsAg) 
Sorologia para hepatite C (para grupos de risco) 
Urina tipo I e urocultura e antibiograma 
 Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) 
 Pesquisa de G.Vaginallis (usar Teste de Whiff) 
2° Trimestre 
 Coombs indireto, a partir da 24º semana (se for Rh 
negativa e parceiro Rh positivo ou não identificado) 
 Glicemia de jejum 
 - Realizar Teste de Tolerância Oral a Glicose com 
75g de dextrosol (idealmente entre 24 e 28 semanas), 
se glicemia 1º trimestre menor que 92mg/dl associado a 
fatores de riscos. (Vide Fluxograma de Pesquisa de 
Diabetes Gestacional, anexo 4) 
 Repetir sorologia para toxoplasmose se negativa 
prévia 
Pesquisa de Plasmodium 
Continua 
50 
 
Continuação 
3° Trimestre 
Hemograma completo 
 Glicemia de jejum 
Coombs indireto, se necessário. 
Sorologia para sífilis 
Sorologia para HIV 
Sorologia para hepatite B (HbsAg) 
Repetir exame de toxoplasmose se negativa prévia 
Urina I e urocultura e antibiograma 
Pesquisa de Plasmodium 
OBS: Citopatológico de colo de útero, seguir recomendações de rastreamento do INCA. 
 
 - Exames de Imagem: 
Orienta-se para o pré-natal de risco habitual a realização de até duas USG 
Obstétricas, preferencialmente no primeiro e terceiro trimestre. A ultrassonografia 
obstétrica não é obrigatória para calcular a idade gestacional, seguindo as 
orientações do protocolo de atenção básica, saúde da mulher 2016. 
 
2.6.2 Interpretação dos resultados dos exames laboratoriais e conduta 
Exames de rotina Resultados Condutas 
Tipagem 
sanguínea 
Rh negativo e 
parceiro Rh positivo 
ou fator Rh 
desconhecido 
Solicite o teste de Coombs indireto: 
 Se negativo: repeti-lo a cada quatro semanas 
 Se positivo: referenciar ao alto risco e 
acompanhar 
Dosagem de 
hemoglobina (Hb) 
Hemoglobina > 
11g/dl 
Ausência de anemia 
Suplementação de sulfato ferroso 1 drágea de 
200mg/dia (40mg de ferro elementar) manter 
dose profilática, com suco cítrico – limão ou 
laranja. Recomenda-se ingerir a medicação 
antes das refeições. 
Hemoglobina entre 8 
e 11mg/dl 
Anemia leve a 
moderada 
 
A) Solicite exame parasitológico de fezes e trate 
as parasitoses. 
B) Trate a anemia com 200mg de ferro 
elementar ao dia (dois comprimidos de sulfato 
ferroso antes do café, dois comprimidos antes 
do almoço e um comprimido antes do jantar). 
C) Repita a dosagem de hemoglobina entre 30 
e 60 dias. 
 Se os níveis estiverem subindo, mantenha o 
tratamento até a Hb atingir 11g/dl, após 
continuar suplementação profilática. Repetir a 
dosagem no 3º trimestre; 
 Se a Hb permanecer em níveis estacionários 
ou se diminuir, será necessário referir a 
gestanteao pré-natal de alto risco. 
Continua 
51 
 
 
Continuação 
Exames de rotina Resultados Condutas 
Eletroforese de 
hemoglobina 
• HbAA: sem doença 
falciforme; 
• HbAS: heterozigose 
para hemoglobina S 
ou traço falciforme, 
sem doença 
falciforme. 
• HbAC: heterozigose 
para hemoglobina C, 
sem doença 
falciforme. 
• HbA com variante 
qualquer: sem doença 
falciforme; 
• HbSS ou HbSC: 
doença falciforme. 
 
• As gestantes com traço falciforme devem receber 
informações e orientações genéticas pela equipe de 
Atenção Primária à Saúde. 
• As gestantes diagnosticadas com doença falciforme 
devem ser encaminhadas ao serviço de referência 
(pré-natal de alto risco). 
Glicemia em jejum 
 
Abaixo de 92mg/dL Sem fator de risco: normal 
Com fator de risco realizar TTG no 2º semestre, 
entre 24 e 28 semanas. 
Entre 92 mg/dL e 
125mg/dL: 
rastreamento positivo 
Diabetes Gestacional. Encaminhar para alto risco 
para acompanhamento conjunto com a APS. 
≥126 mg/dL Diabetes prévia 
Ver anexo 4 - fluxograma para pesquisa de 
Diabetes Gestacional. 
 
Encaminhar ao alto risco, com acompanhamento 
concomitante na UBS. 
Teste de Tolerância 
Oral a 
Glicose (TTGO 75g) 
 
Em jejum < 92mg/dl 
Após 1 hora < 180 
mg/dl 
Após 2 horas < 153 
mg/dl 
Qualquer valor alterado: considerar Diabetes mellitus 
gestacional. Encaminhar ao alto risco, com 
acompanhamento concomitante na UBS. 
Teste rápido para 
sífilis 
TR não reagente ou 
VDRL negativo: 
normal 
TR reagente e VDRL 
positivo: verificar 
titulação para 
confirmar sífilis. 
 
Verificar anexo 5 - fluxograma de manejo da 
gestante nos quadros de sífilis. 
Teste rápido (TR) ou 
sorologia para 
diagnóstico do HIV 
TR não reagente ou 
sorologia negativa: 
normal 
TR reagente e 
sorologia positiva: HIV 
positivo. 
Verificar anexo 7 - fluxograma para sorologia 
positiva para o vírus HIV. 
Sorologia para 
hepatite B (HBsAg) 
TR ou HBsAg não 
reagente: normal 
 
Repetir exame conforme protocolo. 
Investigar esquema vacinal e atualizar se necessário 
após primeiro trimestre. 
TR ou HBsAg 
reagente positiva 
Solicitar HBeAg e transaminases (ALT/TGP e 
AST/TGO). 
Se HBsAg e HBeAg reagentes: encaminhar gestante 
ao serviço de alto risco. 
Continua 
52 
 
Continuação 
Exames de rotina Resultados Condutas 
Teste de Whiff 
(Consiste na 
utilização de uma 
gota de KOH a 10% 
sobre a secreção 
vaginal colocada em 
uma lâmina). 
 
Resultado positivo 
para G. Vaginallis = 
exala odor fétido 
(peixe podre) 
 
Administrar Metronidazol creme vaginal por 7 a 10 
dias. 
Urina tipo I 
 
 
 
Proteinúria: alterado > 
10 mg/dl. 
Na presença de traços de proteinúria: repetir em 15 
dias; caso se mantenha, encaminhar a gestante ao 
pré-natal de alto risco. 
Na presença de traços de proteinúria e hipertensão 
e/ou edema, referir a gestante ao pré-natal de alto 
risco. 
Na presença de proteinúria maciça: é necessário 
referir a gestante ao pré- natal de alto risco. 
Leucocitúria: presença 
acima de 10.000 
células por ml ou cinco 
células por campo. 
Leucocitúria: realizar urinocultura para confirmar se 
há ITU. Caso não estiver disponível a urinocultura, 
tratar empiricamente. 
Hematúria: presença 
acima de 10.000 
células por ml ou de 
três a cinco hemácias 
por campo. 
Cilindrúria, hematúria sem ITU ou sangramento 
genital e proteinúria maciça ou dois exames 
seguidos com traços, passar por avaliação médica e, 
caso necessário, referir ao alto risco. 
Presença de outros 
elementos 
Não necessitam de condutas especiais. 
Na presença de pielonefrite, referir imediatamente à maternidade; se ITU 
refratária ou de repetição, referir ao alto risco. Ver anexo 8 - Fluxograma 
para queixas urinárias na gestação. 
Urocultura e 
antibiograma 
 Urocultura negativa: 
< 100.000 unidades 
formadoras de 
colônias por mL 
(UFC/mL). 
 Urocultura positiva: 
> 100.000 UFC/mL. 
 Antibiograma: 
indica os 
antibióticos que 
podem ser 
utilizados no 
tratamento. 
 
 
Ver anexo 8 - Fluxograma para queixas urinárias na 
gestação. 
Teste rápido de 
Proteinúria 
 Ausência: < 10 
mg/dl (valor 
normal). 
 Traços: entre 10 e 
30 mg/dl. 
 (+) 30 mg/dl. 
 (++) 40 a 100 mg/dl. 
 (+++) 150 a 350 
mg/dl. 
 (++++) > 500 mg/dl. 
 
A presença de proteinúria (+) ou mais deve ser 
seguida de uma determinação de proteinúria de 24 
horas, sendo um dos sinais para diagnóstico de pré- 
eclâmpsia. 
Continua 
53 
 
Continuação 
Exames de rotina Resultados Condutas 
Toxoplasmose 
 IgG e IgM reagentes: 
 Teste de avidez de IgG 
fraca ou gestação > 16 
semanas: possibilidade de 
infecção na gestação – 
iniciar tratamento 
imediatamente; 
 Teste de avidez forte e 
gestação < 16 semanas: 
doença prévia – não 
repetir exame. 
 
 IgM reagente e IgG não 
reagente: doença recente – 
iniciar tratamento 
imediatamente e repetir o 
exame após três semanas. 
 IgM não reagente e IgG 
reagente: doença prévia – 
não repetir o exame. 
 IgM e IgG não reagente: 
suscetível – orientar 
medidas de prevenção e 
repetir o exame no 3º 
trimestre. 
 
 
 
 
 
Ver anexo 6 - Fluxograma para 
manejo da Toxoplasmose 
Gestacional. 
Pesquisa de Plasmódium 
(Malária) 
 Negativo: sem a doença. 
 
 Positivo: portadora do 
Plasmodium sp. 
Se positivo: iniciar tratamento, 
conforme diretrizes do MS para 
tratamento de malária na 
gestação. 
 
Se negativo: investigar quadros 
febris. 
Parasitológico de fezes 
 
 
 
 Negativo: ausência de 
parasitos. 
 Positivo: conforme descrição 
de parasitos. 
O diagnóstico e o tratamento de 
gestantes com parasitoses 
intestinais deveriam ser 
realizados antes da gestação. 
 
Mulheres com parasitoses 
intestinais só devem ser tratadas 
na gravidez quando o quadro 
clínico é exuberante ou as 
infecções são maciças, não 
sendo recomendado o 
tratamento durante o primeiro 
trimestre da gestação. 
Fonte: BRASIL (2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
2.7 QUEIXAS MAIS FREQUENTES NA GESTAÇÃO E CONDUTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 2.7 - Queixas mais frequentes na gestação e condutas 
QUEIXAS CONDUTAS 
Câimbras 
 Aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio, cálcio e vitamina B1 (abacate, laranja, banana ricos em potássio; fígado, cerais, 
aveia, semente de girassol, ricos em B1 e lácteos ricos em cálcio). 
 Evitar excesso de exercícios. 
 Realizar alongamentos antes e após o início de exercícios ou caminhadas, na ocasião da crise álgica e quando for repousar. 
 Massagear o músculo contraído e dolorido e aplicar calor local. 
Cefaléia (dor de cabeça) 
Avaliar hipertensão arterial e pré-eclâmpsia (se houver mais de 24 semanas de gestação). 
 Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e temores. 
 Se não houver hipertensão, prescrever analgésico por tempo limitado. 
 Referir à consulta médica, se o sintoma persistir. 
Cloasma gravídico 
(manchas escuras no 
rosto) 
 Explicar que é comum e que costuma diminuir ou desaparecer, em tempo variável, após o parto. 
 Recomendar a não exposição do rosto diretamente ao sol. 
 Recomendar o uso de filtro solar tópico. 
Corrimento vaginal 
 Explicar que aumento de fluxo vaginal é comum na gestação e não prescrever cremes vaginais se não há diagnóstico de infecção 
vaginal. 
 O diagnóstico pode ser clínico e os achados mais comuns são: 
- Prurido vulvar e presença de conteúdo vaginal com placas esbranquiçadas e aderidas à parede vaginal – candidíase. Tratar, 
preferencialmente, com antifúngico tópico por sete dias (derivados imidazólicos: miconazol, terconazol, clotrimazol) em qualquer 
idade gestacional. Não usar tratamento sistêmico; 
- Particularmente nas recidivas, realizar ou solicitar bacterioscopia do conteúdo vaginal a fresco, e corada pelo método de Gram. 
Os seguintes achados sugerem os diagnósticos: 
- O clue-cells (células-alvo) e flora vaginal com escassez ou ausência de bacilos de Doderlein: vaginose bacteriana; 
- Microorganismos flagelados móveis: tricomoníase; Tratar também o parceirosexual da gestante; 
- Hifas ou esporos de leveduras: candidíase. 
- Em outros casos, ver condutas no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas. PCDT /MS. 
 Realizar exame especular pelo menos a cada trimestre ou quando houver queixas; 
 Na primeira consulta de pré-natal, realizar sempre exame especular e teste de Whiff (com KOH 10%). 
Doença hemorroidária 
Recomendar à gestante: 
 Alimentação rica em fibras a fim de evitar a obstipação intestinal. Se necessário, prescrever supositórios de glicerina. 
 Dar preferência para higiene perianal com água e sabão neutro, após evacuação. 
 Fazer banhos de assento ou compressas mornas. 
 Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente, encaminhando ao proctologista, se presentes complicações 
como trombose. 
Continua 
56 
 
 
Continuação 
QUEIXAS CONDUTAS 
Dor abdominal, cólicas, 
flatulência e obstipação 
intestinal 
 Certificar-se de que não sejam contrações uterinas. 
 Nos casos de epigastralgia ou dor no hipocôndrio direito, principalmente no 3º trimestre, encaminhar imediatamente para avaliação de 
pré-eclâmpsia nos serviços de emergência. 
 Se houver flatulência (gases) e/ou obstipação intestinal: 
- Orientar alimentação rica em fibras, com o consumo de frutas laxativas e com bagaço, verduras, de preferência cruas (bem lavadas), 
e cereais integrais. 
- Recomendar que aumente a ingestão de água e evite alimentos de alta fermentação como feijão, repolho, batata, milho, ovo e 
frituras; - Recomendar caminhadas e movimentação; 
- Solicitar exame parasitológico de fezes, se necessário; 
- Incentivar que a paciente aproveite o reflexo gastrocólico (desejo de evacuar após a refeição); 
- Com a persistência do quadro, pode ser necessária a prescrição de formadores de bolo fecal como farelo de trigo (Observação: não 
se devem prescrever óleos minerais porque eles reduzem a absorção de vitaminas lipossolúveis). 
- Eventualmente, prescreva: 
1) Dimeticona (para flatulência); 
2) Supositório de glicerina (para a obstipação); 
3) Hioscina, 1 cápsula, via oral, até 2 vezes ao dia (para as cólicas). 
Dor lombar (dores nas 
costas) 
 Indicar preventivamente uso de sapatos com saltos baixos (3 cm) e confortáveis, de base larga. 
 Orientar correção de postura ao sentar-se. 
 Aplicar calor local. Eventualmente, por orientação médica, usar analgésico por tempo limitado e evitar anti-inflamatórios não 
hormonais. 
 Quando associada a queixas urinárias e/ou febre, atentar para o diagnóstico de pielonefrite e encaminhar imediatamente a gestante 
para pronto atendimento. 
Edema 
 Avaliar conforme Quadro 6 pág. 45. 
 Se restrito aos membros inferiores, fisiológico, desaparece após o parto. Atentar para a extensão e, principalmente, se atinge coxas e 
mãos (pensar em pré-eclâmpsia). 
 Não recomendar dieta hipossódica e/ou diuréticos. 
 Valorizar a possibilidade de fenômenos trombóticos. 
Epistaxe/obstrução 
nasal 
 A frequência, a intensidade e a história prévia devem alertar para necessidade de avaliação por parte de especialistas, para pesquisas 
de causas não relacionadas às modificações gravídicas. 
 Estar atento para possibilidade de crises hipertensivas nos casos de epistaxe. 
 Obstrução nasal pode causar prejuízo ao sono e desconforto, por vezes limitantes. Pode-se indicar lavagem nasal com soro 
fisiológico. Não utilizar descongestionante nasal com vasoconstritor. 
Continua 
57 
 
Continuação 
QUEIXAS 
CONDUTAS 
Estrias 
Explicar que são resultado da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de prevenção. As estrias, inicialmente de cor 
arroxeada, tendem, com o tempo, a ficar de cor semelhante à da pele. 
Falta de ar e dificuldade 
para respirar 
Esses sintomas são frequentes na gestação, em decorrência do aumento do útero, elevação do diafragma e ansiedade da gestante. 
 Recomendar repouso em decúbito lateral esquerdo. 
 Ouvir a gestante e conversar sobre suas angústias, se for o caso. 
 Estar atento para outros sintomas associados (tosse, chiado e sibilância) e para achados no exame cardiopulmonar. Embora seja 
pouco frequente, pode se tratar de doença cardíaca ou respiratória. 
 Agendar a consulta médica, caso haja dúvida ou suspeita de problema clínico, podendo ser necessária investigação complementar 
e/ou consulta com especialista. 
Fraquezas e desmaios 
 Orientar a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade. 
 Indicar alimentação fracionada, evitando jejum prolongado e grandes intervalos entre as refeições. 
 Evitar vestuário que produza calor demasiado e evitar ambientes quentes e pouco ventilados. 
 Explicar à gestante para sentar com a cabeça abaixada ou deitar em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a 
sensação de fraqueza e de desmaio. 
 Caso apresente episódios de desmaio deverá ser avaliada em consulta médica e encaminhada para serviço de saúde de referência. 
Insônia / Hipersônia 
 Esclarecer e dar apoio, no sentido de facilitar a acomodação da paciente em sua nova condição. 
 Embora a administração de medicamentos possa ser utilizada em casos de difícil resolução, deve ter o seu benefício avaliado 
criteriosamente. 
Mastalgia (dor nas 
mamas)/descarga 
papilar 
Oriente a gestante quanto à normalidade de incômodo mamário, pela fisiologia da gestação. 
 Recomendar o uso constante de sutiã com boa sustentação, após descartar qualquer alteração. 
 Orientar para o preparo das mamas para a amamentação. 
 O colostro, principalmente nas fases tardias da gravidez, pode ser eliminado. A presença de sangue exige realização de citologia 
oncológica em esfregaço da descarga papilar, fixado com álcool 96% - referenciar ao serviço de alto risco. 
Náuseas, vômitos e 
tonturas 
 Explicar que esses são sintomas comuns no início da gestação. 
 Adiar o horário de escovação dos dentes, evitando os primeiros instantes após levantar-se pela manhã. 
 Algumas mulheres podem obter alívio com: alimentação fracionada (seis refeições leves/dia); evitar frituras, gorduras e alimentos com 
cheiros fortes; evitar líquidos durante as refeições; ingerir alimentos sólidos antes de levantar-se pela manhã, como pão ou biscoitos tipo 
“água e sal”. Uso de camomila, gengibre, vitamina B6. Ingerir alimentos gelados. Acupuntura pode ser útil. 
 Se for necessário, prescrever anti eméticos. Medicamentos: metoclopramida, dimenidrato, bromoprida, normoprida, fenotiazinas, 
clorpromazina, levomepromazina, associados ou não à vitamina B6; 
 Agendar consulta médica ou encaminhar para referência em caso de vômitos freqüentes refratários, com perda de peso, tontura, 
sonolência e desmaio, por risco de distúrbios metabólicos e desidratação. 
Continua 
58 
 
Continuação 
QUEIXAS CONDUTAS 
Palpitação 
 Atentar para a necessidade de investigação de cardiopatia (arritmia). 
 Esclarecer sobre a frequência dessa queixa como resultado de alterações fisiológicas da gestação. 
Parestesias 
 É comum na gestação. 
 Pode ser necessária, a administração de analgésicos. 
 Diferenciar da síndrome do túnel do carpo, na qual a gravidade do acometimento e limitação dos movimentos é maior. 
Pirose (azia), eructação/ 
plenitude gástrica 
 Ingestão de alimentos fracionada (pequenas quantidades e com maior frequência). 
 Após as refeições, aguardar uma ou duas horas para se deitar. 
 Ao deitar, manter tronco elevado em relação ao restante do corpo (ex: elevar a cabeceira com tijolos). 
 Mastigar bem os alimentos. 
 Evitar frituras, alimentos gordurosos e picantes, café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo. 
 Em alguns casos, a critério médico, a gestante pode se beneficiar com a prescrição de antiácidos. 
Queixas urinárias 
 Explicar que, geralmente, o aumento da frequência de micções é comum no início e no fim da gestação. 
 Orientar para que mantenha a ingestão de líquido, mesmo com maior frequência miccional. 
 Emcaso de hematúria (sangue na urina) ou disúria (dor ao urinar), realizar fita urinária; na presença de nitrito e leucocitúria e/ou 
bacteriúria, solicitar urocultura com antibiograma e iniciar tratamento empírico. 
 Solicitar exame de urocultura e antibiograma, revendo ou orientando a terapia segundo o resultado. 
 Explicar que a incontinência urinária, mesmo na ausência de prolapsos, pode estar associada à gravidez. Indica-se, de forma 
profilática ou terapêutica, a realização de exercícios perineais na gravidez. 
Sangramento gengival Recomendar o uso de escova de dente macia e orientar a prática de massagem na gengiva, bochechos e uso de fio dental. 
 Agendar atendimento odontológico, sempre que possível. 
Sialorréia (salivação 
excessiva) 
 Explicar que esse é um sintoma comum no início da gestação. 
 Orientar alimentação semelhante à indicada para náuseas e vômitos. 
 Orientar a deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor). 
Varizes 
 Não permanecer muito tempo em pé ou sentada; evitar inatividade. 
 Repousar pelo menos 20 minutos, várias vezes ao dia, com as pernas elevadas. Elevar os pés da cama. 
 Não usar roupas muito justas e, se possível, utilizar meia-calça elástica para gestante; podem-se indicar meias de média compressão, 
com tamanho sugerido pela circunferência da panturrilha. 
 As varizes vulvares não requerem tratamento específico e raramente são causas de sangramentos. 
 Valorizar a possibilidade de complicações tromboembólicas se houver aparecimento agudo de dor. 
 
 
59 
 
 2.8 - Intercorrências frequentes na gestação 
INTERCORRÊNCIAS COMO IDENTIFICAR CONDUTA 
HIPERÊMESE 
Presença de vômitos contínuos e intensos que 
impedem a alimentação, ocasionando desde a 
desidratação e oligúria à perda de peso e 
transtornos metabólicos, a partir da 16º semana 
de gestação. 
Prescrever drogas antieméticas, por via oral ou intravenosa. 
Antieméticos orais: 
Metoclopramida – 10 mg de 8/8horas. 
Dimenidrato – 50 mg de 6/6 horas. 
Meclizina – 25 mg de 8/8 horas 
Ondansetrona* - 4mg ou 8mg de 8/8 ou 6/6hs horas. 
Antieméticos injetáveis: 
Metoclopramida – 10 mg (uma ampola = 10 ml) de 8/8 horas. 
Dimenidrato – 50 mg (uma ampola =1 ml) de 6/6 horas. 
Ondansetrona*- 4mg (uma ampola =2 ml) de 8/8 horas ou 8mg (1 ampola =4ml) de 12/12 
horas. 
 
A internação hospitalar está recomendada quando o tratamento ambulatorial ou na 
unidade básica de saúde não conseguiu controlar a situação. 
AMEAÇA DE 
ABORTO 
Presença de sangramento vaginal discreto ou 
moderado, sem que ocorra modificação cervical, 
geralmente com sintomatologia discreta ou 
ausente (dor do tipo cólica ou peso na região do 
hipogástrio). 
Orientar repouso relativo e analgésico caso refira cólicas. 
Se o sangramento aumentar, encaminhar para maternidade de referência. 
Continua 
 
60 
 
Continuação 
INTERCORRÊNCIAS COMO IDENTIFICAR CONDUTA 
GRAVIDEZ 
ECTÓPICA 
História de atraso menstrual, teste positivo para 
gravidez, perda sanguínea uterina e dores no 
baixo ventre. Avaliar sinais de irritação 
peritoneal. 
Encaminhar a mulher para hospital de referência para exame ultrassonográfico, definição 
e tratamento. 
MOLA 
HIDATIFORME 
Presença de sangramento em pequena 
quantidade antes da 20º semana, ausência de 
BCF, crescimento uterino e níveis de β-HcG 
incompatíveis com a idade gestacional. 
Atentar para a presença de hipertensão arterial 
precoce (pré-eclâmpsia previamente à 20ª 
semana). 
Na suspeita clínica de mola hidatiforme, a gestante deverá ser encaminhada ao hospital 
de referência. 
IMPORTANTE: o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro oferece o Centro de Referência de 
Doença Trofoblástica Gestacional após confirmação diagnóstica deste agravo. 
 
PLACENTA PRÉVIA 
Sangramento vaginal indolor recorrente, súbito, 
em intervalos curtos e de cor vermelho vivo, 
iniciado a partir da 30ª semana. 
O exame especular revela presença de 
sangramento proveniente da cavidade uterina. 
IMPORTANTE: Não realizar toque vaginal. 
Encaminhar gestante para maternidade de referência para confirmação diagnóstica 
(exame ultrassonográfico) e conduta médica. 
Se confirmado Placenta Prévia, o profissional de saúde deverá referenciar a gestante 
para continuar o pré-natal em centro de referência para gestação de alto risco, 
concomitante com a atenção básica. 
DESCOLAMENTO 
PREMATURO DE 
PLACENTA (DPP) 
Dor abdominal súbita, com intensidade variável, 
perda sanguínea de cor vermelha escura e às 
vezes em quantidade pequena ou ausente, 
incompatível com quadro materno de hipotensão 
ou de choque. 
IMPORTANTE: A equipe da UBS deve providenciar unidade de suporte de vida (192) - 
preferência Unidade de Suporte Avançado. 
 
- Contato prévio com o serviço referenciado, enviar relatório de encaminhamento 
detalhado e: 
 Manter as vias aéreas pérvias. 
 Administrar oxigênio sob catéter 03 a 05 litros/minuto ou máscara 07 a 10 
litros/minuto. 
 Providenciar dois acessos venosos calibrosos e infundir cristalóides. 
 Manter paciente em decúbito lateral esquerdo. 
Continua 
 
61 
 
Continuação 
INTERCORRÊNCIAS COMO IDENTIFICAR CONDUTA 
HIPERTENSÃO 
ARTERIAL 
Hipertensão arterial: 
Define-se como hipertensão arterial quando a 
pressão arterial sistólica atinge valor ≥ 140 
mmHg e/ou a pressão arterial diastólica atinge 
valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com 
intervalo de pelo menos quatro horas; 
As consultas pré-natais devem ser mensais até 
a 30ª semana, quinzenais até a 34ª semana e 
semanais após essa idade gestacional até o 
parto. 
• Na hipertensão arterial: 
A metildopa é a droga preferida por ser a mais bem estudada e por não haver evidência 
de efeitos deletérios para o feto (750-2.000 mg/ dia); 
Outros antagonistas de canais de cálcio (ACC), como nifedipino (10- 80 mg/dia), podem 
ser considerados como alternativas ou em associação; 
Os betabloqueadores são considerados seguros na gravidez, embora se atribua a eles 
redução no crescimento fetal. 
• Por seus efeitos danosos ao feto, os inibidores da enzima de conversão da angiotensina 
(IECA), como captopril, e antagonistas da angiotensina II, como losartana, devem ser 
substituídos. 
PRÉ-ECLÂMPSIA 
Caracterizada pelo aparecimento de HAS e 
proteinúria após a 20ª semana de gestação 
em mulheres previamente normotensas. 
Encaminhar gestante para urgência obstétrica para conduta médica. Caso não fique 
internada deverá retornar para o Serviço de Referência de Alto Risco. 
ECLÂMPSIA 
Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por 
convulsões que não podem ser atribuídas a 
outras causas. 
IMPORTANTE: A equipe da UBS deve providenciar unidade de suporte de vida (192) - 
preferência Unidade de Suporte Avançado. 
Condutas: 
 Fazer contato com o Serviço de Referência e enviar relatório detalhado do caso. 
 Manter as vias aéreas pérvias. 
 Administrar oxigênio sob catéter 03 a 05 litros/minuto ou máscara 07 a 10 
litros/minuto. 
 Providenciar dois acessos venosos calibrosos e infundir cristalóides. 
 Evitar a posição supina da paciente. 
 Proteger mulher de trauma. 
 Transferir imediatamente à urgência obstétrica. 
Continua 
62 
 
Continuação 
INTERCORRÊNCIAS COMO IDENTIFICAR CONDUTA 
DIABETES 
MELLITUS 
GESTACIONAL 
 Diabetes gestacional costuma ser 
assintomático. Deve-se estar atento aos 
seguintes fatores de risco: 
 idade igual ou maior de 35 anos; 
 sobrepeso, obesidade ou ganho de peso 
excessivo na gestação atual; 
 deposição central excessiva de gordura 
corporal prévia à gestação; 
 baixa estatura (≤ 1,50 m); 
 crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, 
hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez 
atual; 
 antecedentes obstétricos de 
abortamentos de repetição, malformações, 
morte fetal ou neonatal inexplicada, 
macrossomia (peso ≥ 4,5 kg) ou DMG; 
 história familiar de DM em parentes de 1º 
grau; 
 síndrome de ovários policísticos. Realizar as orientações preventivas sobre cuidados com a alimentação, controle 
de peso, atividades físicas. 
 Realizar exames laboratorial de glicemia segundo exames laboratoriais de rotina 
indicados na pág. 49. 
 Caso confirmação diagnóstica classificar quanto ao risco, e referir para 
acompanhamento conjunto com o Serviço de Referência Ambulatorial, conforme 
Anexo 4 - Fluxograma de pesquisa para diabetes gestacional. 
 
SÍFILIS 
A sífilis na gestação requer intervenção 
imediata, para que se reduza ao máximo a 
possibilidade de transmissão vertical, 
ocasionando possíveis mal formações 
fetais. A identificação é realizada por 
exame laboratorial: Teste Rápido(TR) ou 
Sorologia. 
TR não reagente ou VDRL negativo: normal 
TR reagente e VDRL positivo: verificar titulação 
para confirmar sífilis. 
 Realiza notificação do caso. 
 Diagnóstico e tratamento na atenção básica de acordo com o estágio da doença. 
 Em qualquer circunstância, Teste Rápido e VDRL positivo tratar. 
 Ver Anexo 5 - Fluxograma do Manejo da Gestante nos quadros de sífilis e 
indicações em casos de complicações. 
Continua 
63 
 
Continuação 
INTERCORRÊNCIAS COMO IDENTIFICAR CONDUTA 
Toxoplasmose 
Na maioria das vezes a toxoplasmose é 
assintomática, 
 Dor de cabeça constante; 
 Febre acima de 38º C; 
 Cansaço excessivo; 
 Dor nos músculos; 
 Dor de garganta; 
 Rastreamento e identificação de gestantes suscetíveis para seguimento 
posterior (Sorologia com IgG e IgM e Teste de avidez). Objetiva prevenir a 
transmissão fetal e também proporcionar o tratamento, caso haja 
contaminação intraútero. 
 Realizar notificação do caso. 
 Em caso diagnóstico reagente, classificar como alto risco e encaminhar para 
Serviço Ambulatorial de Referência para tratamento segundo o Anexo 6, 
Fluxograma para manejo da Toxoplasmose na gestação. 
 Na UBS, manter Plano de cuidados compartilhado com serviço especializado. 
Vírus da 
Imunodeficiência 
Humana (HIV) 
A contaminação por HIV em gestante é um 
problema considerado de alto risco, em virtude 
do estigma social e familiar gerado pela 
doença, além das possibilidades de 
contaminação do feto. 
A identificação é realizada por exame 
laboratorial Teste Rápido - TR ou Sorologia 
reagente. 
 Aconselhamento pré e pós teste. 
 Realiza notificação do caso. 
 Em caso de resultado reagente, classificar alto risco ambulatorial, e 
encaminhar para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e ou Serviço 
de Referência Ambulatorial de Referência para acompanhamento conforme 
Anexo 7 - Fluxograma para sorologia positiva para o vírus HIV. 
 Monitorar adesão ao plano de cuidados na UBS com apoio do NASF- AB. 
Vírus da Hepatite B 
Infecção aguda, transmitida verticalmente, pode 
ser assintomática ou sintomática. Diagnóstico 
é laboratorial, com Sorologia. 
 Realizar notificação do caso. 
 Em caso de resultado reagente, classificar alto risco ambulatorial, e 
encaminhar para Serviço de Referência. 
 Atentar para o ítem 2.6.2- interpretação de exames de rotina, para condução do 
diagnóstico (pág. 50). 
Infecção do Trato 
Urinário (ITU) 
É a infecção mais frequente entre as gestantes 
e causa mais comum de complicações na 
gravidez: aborto, parto prematuro, 
aminiorrexe prematura, sepse neonatal e 
materna. A forma assintomática é a mais 
frequente, mas as infecções sintomáticas 
poderão acometer o trato urinário inferior 
(cistites) e superior (pielonefrite). 
A identificação é através da história clínica, 
sinais e sintomas e/ou confirmação de exame 
laboratorial. 
 Medida Preventiva: orientar para ingestas frequente de líquidos e não postergar 
a micção; 
 Realizar exames conforme item 2.6.2 - exames de rotina (pág. 50). 
 Realizar tratamento e na presença de pielonefrite, referir imediatamente à 
Maternidade; se ITU refratária ou de repetição, referir ao alto risco. Ver anexo 8, 
Fluxograma para queixas urinárias na gestação. 
64 
 
 2.9 - Doenças causadas por vetores de interesse sanitário na gestação 
em Rondônia 
 
 As gestantes necessitam de vigilância devendo a equipe de assistência e ou 
da Estratégia de Saúde da Família estar atentos para presença de sinais e sintomas 
de problemas relacionados aos agravos ocasionados por enfermidades transmitidas 
por vetores endêmicos e regionais. A notificação dos casos suspeitos a Agência 
Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (AGEVISA) é ação importante para 
traçar os perfis epidemiológicos locais e planejar as atividades de combate e 
controle dos vetores. 
 São importantes a manutenção das medidas preventivas de vigilância, com 
orientações que envolvem a eliminação de possíveis criadouros, cuidados com 
higienização dos domicílios, medidas de proteção individuais (uso de roupas 
apropriadas, repelentes, mosquiteiros). 
 O diagnóstico precoce, tratamento oportuno e qualificado são 
imprescindíveis para o manejo da sintomatologia, garantia do bem-estar da gestante 
e concepto. 
 
 
 
 
 
65 
 
 
QUADRO 9 - DOENÇAS DE MAIOR INCIDÊNCIA REGIONAL TRANSMITIDAS POR VETORES 
DOENÇA DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA MALÁRIA 
AGENTE INFECCIOSO E VETOR 
Agente: vírus da Dengue 
(DEN 1, 2, 3 e 4) 
Agente: vírus chikungunya Agente: vírus da Zika Agente: Plasmodium sp 
Vetor: Aedes aegypti Vetor: Aedes aegypti Vetor: Aedes aegypti Vetor: Anopheles (fêmea) 
S
IN
A
IS
 E
 S
IN
T
O
M
A
S
 
FEBRE Acima de 38 °C (4 a 7 dias) Acima de 38 °C (2 a 3 dias) 
Sem febre ou sub febril, < 38 °C (1 
a 2 dias) 
Febre alta, intermitente, > ou = a 40 °C 
RASH CUTÂNEO 
30 a 50% dos casos a partir 4º 
dia; 
50% dos casos de 2 a 5 
dias; 
90 a 100% dos casos no 1º e 2º 
dias; 
Ausente 
MIALGIA Moderada a intensa Leve Leve a moderada Moderada a intensa 
ARTRALGIA Leve Moderada a intensa Leve a moderada Ausente 
EDEMA ARTICULAR Raro 
Frequente, de moderado a 
intenso 
Frequente, de leve intensidade Ausente 
CONJUNTIVITE Raro 30% dos casos De 50 a 90% dos casos Ausente 
CEFALÉIA Moderada a intensa Leve a moderado Leve a moderado Presente, de moderada a intensa 
PRURIDO Leve Leve Moderada a intensa Ausente 
HIPERTROFIA GANGLIONAR Leve Moderada Intensa Ausente 
DISCRASIA HEMORRÁGICA Moderada Leve Ausente Presente em casos de malária grave e complicada 
ACOMETIMENTO 
NEUROLÓGICO 
Raro 
Raro (predominantes em 
neo-natos) 
Mais frequente que Dengue e 
Chikungunya 
Presente em casos de malária grave e complicada 
OUTROS SINTOMAS Calafrios, náuseas, vômitos, inapetência 
IMPLICAÇÕES NA GESTAÇÃO 
Sangramento, transmissão 
vertical ocasionando parto 
prematuro e/ou abortamento. 
Sangramento, transmissão 
vertical ocasionando parto 
prematuro e/ou 
abortamento. 
Sangramento, transmissão vertical 
ocasionando parto prematuro e/ou 
abortamento. Comprometimento 
neurológico/má formação fetal 
(microcefalia). 
Risco de morte materna em casos graves. Para o feto: 
risco de aborto, morte fetal e de parto pré-termo, 
contribuindo ainda para nascimentos de recém 
nascidos com baixo peso para a idade gestacional. 
CONDUTA 
• Notificar caso; • Notificar caso; • Notificar caso; • Encaminhar para coleta de gota espessa; 
• Tratamento sintomático; 
• Tratamento 
sintomático; 
• Tratamento sintomático; 
• Em caso positivo para Plasmodium vivax, iniciar 
tratamento recomendado para malária Não 
complicada.. 
• Hidratação oral; • Hidratação oral; • Hidratação oral; 
• Em caso de infecção positiva para Plasmodium 
falciparum para referência hospitalar especializada. 
• Repouso; • Repouso; • Repouso; • Medidas protetivas quanto ao vetor; 
• Medidas protetivas 
quanto ao vetor; 
• Medidas protetivas 
quanto ao vetor; 
• Medidas protetivas quanto ao 
vetor; 
• Medidas protetivas quanto ao vetor; 
Avaliar sinais de alarme ou 
choque (Ver Manejo clínico da 
Dengue, MS*) 
 
*Disponível em http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/14/dengue-manejo-adulto-crianca-5d.pdfhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Anopheles
66 
 
2.10 Orientando a gestante para o parto 
 
 
Uma importante estratégia que 
pode e deve ser construída 
durante o acompanhamento 
gestacional, é o Plano de Parto e 
Pós-Parto. Este consiste em um 
documento escrito, no qual a 
gestante e o seu companheiro 
realizam o registro de suas 
preferências e desejos em 
relação ao momento do parto e 
nascimento. Assim, é possível 
garantir direitos e concretizar 
ações baseadas em evidências 
científicas, levando em 
consideração o contexto da 
gestação, bem como as 
possibilidades que existem no 
serviço de atenção ao parto e 
nascimento (BRASIL, 2005). 
 
 O instrumento para elaboração do Plano de Parto e Pós-Parto será 
preenchido durante o acompanhamento na assistência pré-natal (Anexo 9 - 
Modelo de Plano de Parto). 
 Abordar a gestante sobre a maternidade ou serviço para a qual será 
encaminhada para a assistência ao parto, diminui a ansiedade da mulher, garantindo 
maior qualidade aos cuidados e bem-estar dessa gestante. 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
 
3 PRÁTICAS EDUCATIVAS NO PERÍODO GESTACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 As práticas educativas são estratégias para as equipes de saúde da família 
ampliarem o resultado do trabalho dos profissionais junto aos indivíduos e 
comunidade. No caso da assistência ao pré-natal, esses espaços possibilitam que a 
mulher grávida tenha a escuta de suas dúvidas e demandas, além de receber, por 
meio de profissionais qualificados, apoio emocional, informações de qualidade sobre 
a fisiologia do nascimento, sobre técnicas de alívio da dor, sobre reconhecimento do 
trabalho de parto e sinais de alerta. 
 É um grande desafio para a equipe transformar para melhor, estilos de vida 
não saudável, pois depende muito mais dos esforços da pessoa, que do profissional 
que deve estar ali apenas para dar a direção e apoiar. Alguns pontos que se deve 
observar é o respeito ao contexto sociocultural, à autonomia e à motivação da 
população assistida. Mudar hábito é uma decisão de cada pessoa, cabe aos 
profissionais, ter um bom domínio e apoiar com diferentes abordagens esta atitude. 
Nas UBS deve acontecer planejamento de oferta sistemática de ações 
educativas coletivas ou individuais direcionadas para todas as gestantes, com temas 
diversificados e ofertados de formas periódicas, que se repetem de tempos em 
tempos. 
Algumas formas de abordagens estão aqui destacadas com o intuito de 
ajudar as equipes a chegarem de forma qualitativa e resolutiva no objetivo da 
mudança para um estilo de vida mais saudável. São elas: 
• Atenção contínua – é o atendimento de forma sequenciada, realizada 
por diferentes profissionais de saúde, num mesmo turno de trabalho. 
Tem como resultado a construção de um plano de cuidado terapêutico 
para a gestante que será monitorado por toda a equipe. 
• Atenção compartilhada em grupo - focada na participação das 
gestantes/parceiros, onde estes sob a coordenação de profissional 
qualificado refletem e compartilham informações sobre a fisiologia da 
gestação e do nascimento e o apoio emocional para que a mulher se 
sinta competente e segura, entendendo o parto como um processo 
ativo do seu corpo e altamente vinculado ao seu protagonismo. 
Identificam e analisam os problemas presentes durante o ciclo 
gravídico, elaboram hipóteses de soluções e constroem um plano de 
ação, que deve ser monitorado e avaliado sistematicamente, em cada 
novo encontro do grupo. 
69 
 
• Grupo operativo – rede de indivíduos que interagem entre si e 
comprometem-se com uma tarefa. As tarefas no grupo operativo 
podem englobar mudanças nos hábitos alimentares, práticas de 
atividades físicas e outras de interesse do grupo. 
• Grupo de pares - grupo de interajuda, formado por pessoas que estão 
vivendo a mesma situação (por exemplo, gravidez na adolescência, 
mães acometidas por infecção de zika vírus), com vista a encontrar 
soluções dos problemas enfrentados pela partilha de experiências e 
troca de informações. 
 
As Equipes de Assistência Multiprofissional e de Saúde da Família devem 
ser as responsáveis pela coordenação dos grupos de gestantes, com o apoio do 
gerente da unidade, e este deverá garantir agenda protegida para os profissionais 
que realizarão esses grupos. 
Sugere-se que os grupos de gestantes sejam mediados por profissionais da 
assistência: médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionista, enfermeiros e demais 
profissionais envolvidos. Devem participar dos grupos, gestantes acompanhadas de 
alguém de sua confiança que, preferencialmente, será a pessoa que estará presente 
no parto e apoiará no puerpério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
IV CUIDADOS COM A MULHER NO PERÍODO PUERPERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
O puerpério é um período no qual o cuidado à mulher é fundamental tanto 
para a saúde materna quanto o neonato e, neste processo, deve-se incluir o pai, a 
família em seus diversos arranjos e toda a rede social primária, envolvida nesta fase 
do ciclo vital e familiar. Sabe-se que no puerpério podem surgir diversos problemas 
de saúde ainda relacionados com a gestação e, estes podem ser responsáveis por 
muitas sequelas, até mesmo óbito de mulheres (mortalidade materna) provocadas, 
por exemplo, por hemorragias e infecções (BRASIL, 2016). 
 O puerpério compreende período de grandes modificações físicas e 
psíquicas e divide-se em três fases, nas quais deve-se conciliar o 
acompanhamento/consultas pela equipe de Saúde da Família: 
 • Puerpério imediato (1º consulta): após a saída da placenta até o 10º dia 
após o parto; 
 • Puerpério tardio (2º consulta): entre o 11º e 40º dia após o parto; 
 • Puerpério remoto (3º consulta): do 41º dia até o 60º dia após o parto. 
 
Em até 72 horas após a alta hospitalar toda puérpera deve receber, no 
domicílio, uma visita de um membro da equipe de Saúde da Família, seja o ACS, o 
auxiliar/técnico de enfermagem, enfermeira e médico para orientar a puérpera sobre 
os cuidados básicos com o recém-nascido e a importância da avaliação completa da 
sua saúde, que deverá ocorrer entre o quinto e décimo dia após o parto, na Unidade 
Básica de Saúde (UBS). 
 
Após o primeiro contato do puerpério (dentro das 72h), a equipe de Saúde da 
Família deverá programar uma visita/atendimento domiciliar para, além das 
orientações sobre os cuidados básicos com o recém-nascido, realizar a avaliação do 
vínculo mãe-bebê, da ambiência do domicílio, do aleitamento, da apojadura, dos 
lóquios e da involução uterina: verificar o sumário de alta com histórico de parto e 
exame do recém-nascido, atentar para sinais de alerta: infecciosos, desidratação, 
icterícia, dentre outros e agendar as demais consultas na UBS. 
 O acompanhamento puerperal deve oportunizar a orientação qualificada 
com o objetivo de prevenir, identificar e intervir em possíveis intercorrências e 
complicações, evitando desfechos desfavoráveis para a mulher e/ou recém-nascido. 
 
 
72 
 
O cuidado no período puerperal deve compreender as seguintes ações: 
 
1. Orientar cuidados com a higiene pessoal, com o objetivo de esclarecer 
dúvidas e tabus; 
2. Nos casos de parto por cesariana, aconselha-se proteger o curativo e 
renová-lo no primeiro dia, sendo que, a partir do 2º dia deverá permanecer 
descoberta a ferida; 
 3. Estimular a deambulação; 
 4. Orientar os cuidados com as mamas (higiene, banho de sol) com o 
objetivo de evitar as fissuras e rachaduras; 
5. Estimular o aleitamento materno (orientações e apoio), para promover o 
aleitamento materno por mais tempo possível; 
6. Realizar e orientar a ordenha manual quando necessário, com o objetivo 
de evitar o ingurgitamento das mamas; 
7. Verificar a involução uterina, com o objetivo de diagnóstico precoce de 
atonia uterina; 
8. Realizar exame do abdome (inspeção, ausculta, palpação) para a 
identificaçãode possíveis alterações; 
9. Verificar quantidade, aspecto dos lóquios, com o objetivo de diagnóstico 
precoce de hemorragia; 
10. Verificar e anotar presença e/ou ausência das eliminações (diurese e 
evacuação); 
11. Inspecionar local da incisão cirúrgica (cesárea) em busca de sinais de 
infecção e períneo no Parto Vaginal Espontâneo (PVE) em busca de infecção e 
hematomas em seu tratamento precoce; 
12. Orientar a lavagem do períneo a cada episódio de evacuação ou micção 
(PVE) para evitar infecção; 
13. Orientar a lavagem da incisão cirúrgica com água e sabão e secar bem 
no momento do banho (cesárea), com objetivo de prevenir infecção; 
14. Inspecionar atentamente membros inferiores, com o objetivo de 
reconhecer o aparecimento de tromboses venosas, atentar para relatos de dores 
nos membros inferiores e edema súbito; 
15. Estimular a ingestão de líquido e dieta alimentar balanceada; 
16. Orientar a abstinência sexual durante 45 dias; 
73 
 
17. Iniciar/ofertar planejamento reprodutivo, prevenindo assim uma gravidez 
indesejada e em um curto período de tempo entre as gestações; 
18. Orientar os cuidados com RN (banho, eliminações, troca de fraldas, sono 
e repouso, coto umbilical, amamentação); 
19. Orientar os cuidados com o coto umbilical, com a finalidade de 
esclarecer dúvidas e tabus, além de prevenir o risco de infecção; 
20. Promover vínculo mãe-bebê-pai-família. 
 
Algumas complicações podem surgir neste período. O quadro abaixo 
apresenta as mais comuns e as condutas adequadas: 
 
Quadro 10 - Complicações no período puerperal e condutas 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES CONDUTAS 
Sangramento persistente devido a 
infecção intrauterina ou presença de 
restos placentários (Endometrite); 
 
 Aferir Temperatura axilar (> ou = a 38ºC após as 
primeiras 24 horas pós-parto sinal de alerta); 
 Observar dor à palpação abdominal, útero 
amolecido e aumentado de volume, colo dilatado 
e doloroso e/ou saída de secreção purulenta; 
 Referir a Unidade de Referência de Assistência ao 
Parto para avaliação médica e/ou obstétrica; 
Infecção de canal de parto (hiperemia, 
calor, edema local e/ou saída de 
secreção purulenta pela ferida/abcesso); 
 
 Administrar antibioticoterapia oral 
(cefalexina500mg, 6/6horas por 7 a 10 dias); 
 Em caso de abcesso ou comprometimento 
sistêmico (febre) - referir internação hospitalar ou 
a domicílio para antibioticoterapia venosa. 
Doença hemorroidária; 
 
 Orientar dietas laxativas, aplicações de cremes 
contendo anestésicos, antinflamatórios e banhos 
de acento; 
 Em caso de trombose, encaminhar para avaliação 
cirúrgica. 
Edema simétrico de membros 
inferiores; 
 
 Verificar presença de hipertensão arterial; 
 Avaliar função renal; 
 Orientar elevação de membros; 
 Avaliar dieta hipersódica; 
 Referir para Serviço de Referência Ambulatorial 
conforme classificação de risco; 
Taquicardia por perda sanguínea 
excessiva; 
 
 Avaliar sinais de sangramento conforme tipo de 
parto (cesáreo ou vaginal); 
 Avaliar sinais de choque hipovolêmico; 
 Investigar presença de infecção; 
 Avaliar descompensação cardíaca; 
 Orientar hidratação oral, caso necessário, iniciar 
soroterapia expansiva; 
 Referir a Unidade de Referência de Assistência ao 
Parto para avaliação médica e/ou obstétrica; 
Continua 
 
74 
 
 
Continuação 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES CONDUTAS 
Infecção de ferida operatória pós-
cesariana; 
 Em casos leves, com acometimento de 
pele/epiderme administrar antibioticoterapia 
(cefalexina500mg, 6/6horas por 7 a 10 dias ou 
amoxicilina/clavulanato 500/125 mg via oral de 
8/8hs por 7 a 10 dias); 
 Em caso de celulite com comprometimento 
sistêmico (febre) ou abcesso - referir internação 
hospitalar para antibioticoterapia venosa, além de 
exploração de ferida operatória. 
Infecção do Trato Urinário 
 
 Avaliar queixas, história clínica e / ou exames 
laboratoriais (Urina rotina, Urocultura); 
• Cistite - recomenda-se antibioticoterapia oral 
conforme anexo 8 - Fluxograma para 
queixas urinárias; 
• Pielonefrite - se positivo, referenciar 
internação para antiobioticoterapia 
venosa; 
Ingurgitamento mamário 
 
 Orientar/ensinar ordenha manual e boas práticas 
de aleitamento materno. 
 
 
 
 
A equipe de saúde da família deve estar preparada para reconhecer as 
alterações emocionais no período do puerpério. Para isso, deve-se utilizar sempre 
que necessário a “Escala de depressão perinatal de Edinburgh” (Anexo 10), que 
subsidiará a triagem/classificação de riscos de distúrbios emocionais (FIGUEIRA et 
al, 2009). 
A mais comum das alterações emocionais é a Tristeza Materna, Blues 
Puerperal ou Baby Blues, que ocorre entre 50% a 70 % das puérperas e se 
caracteriza por um quadro depressivo brando (fragilidade, hiperemotividade, 
alterações do humor, falta de confiança em si própria e sentimento de incapacidade), 
que se inicia, em geral, no terceiro dia do pós-parto e dura, em média, três semanas. 
A Depressão pós-parto acomete entre 10 a 15% das puérperas e se 
caracteriza por perturbação do apetite, alterações no ciclo sono-vigília, decréscimo 
de energia, sentimento de desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de 
morte e ideação suicida, sentimento de inadequação e rejeição ao bebê. 
O quadro mais grave de alterações emocionais é a Psicose puerperal. É 
um quadro raro (1,1 a 4 puérpera para cada 1.000 nascimentos). Os sintomas 
1 ACOMPANHAMENTO DA MULHER COM ALTERAÇÕES 
EMOCIONAIS 
 
75 
 
surgem de forma abrupta até a terceira semana pós-parto e incluem quadro 
alucinatório delirante, grave e agudo; delírios que envolvem seus filhos; estado 
confusional; comportamento desorganizado. Há grande risco para a mulher e seu 
bebê, por isso sempre é necessário o encaminhamento de urgência para um 
especialista em saúde mental para o acompanhamento em conjunto dessa mulher. 
Toda puérpera necessita de apoio emocional. Para a tristeza materna 
(Baby Blues), o acompanhamento psicoterápico e suporte familiar são suficientes 
na maioria das vezes. Entretanto, a mulher com depressão pós-parto ou psicose 
puerperal sempre necessita tratamento especializado com especialista de saúde 
mental (psiquiatra) devendo ser encaminhada para consulta com psiquiatra de 
referência ou para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). 
 
 
 
 
A equipe deve buscar apoiar a mulher após um óbito fetal ou neonatal, não a 
culpabilizando pelo fato. Deve-se respeitar o luto dessa mulher e ajudá-la, apoiando-
a, quando ocorrer a recordação do fato. O atendimento, preferencialmente deverá 
ser feito por uma equipe multiprofissional, de forma que haja respeito à privacidade e 
fornecimento de informações adequadas. 
 
 
 
 
A equipe deve buscar apoiar a mulher quando o bebê permanecer internado 
devido a alguma complicação. A abordagem dessa mulher deverá ser realizada por 
uma equipe multiprofissional, de forma que haja respeito à privacidade e 
fornecimento de informações adequadas. 
 
 
 
 
 
 
2 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA MULHER COM 
ÓBITO FETAL 
 
 
3 APOIO À PUÉRPERA COM RECÉM-NASCIDO INTERNADO 
76 
 
 
V CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
 
O cuidado com o recém-nascido durante o período neonatal (primeiros 28 
dias de vida) é fundamental para a melhoraria do quadro de saúde da criança em 
Rondônia, pois observa-se que o componente neonatal é o que contribui 
negativamente na taxa de mortalidade infantil, no estado e no Brasil (LANSKY et al., 
2014). Nesse contexto, reforça-se a importância dos cuidados ao recém-nascido 
durante as consultas puerperais, devendo a equipe de saúde da família estar atenta 
aos seguintes passos fundamentais: 
 
 Perguntar e anotar as condições de alta do recém-nascido; 
 Checar o resumo de alta do recém-nascido da maternidade; 
 Verificar o preenchimento correto da Caderneta de Saúde da 
Criança; 
 Observar e orientar a mamada; Reforçar a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto 
mês de vida do bebê; 
 Fazer exame físico completo e avaliar a criança de forma integral. 
 
 Um dos pontos chaves dessa avaliação é identificar o recém-nascido mais 
vulnerável a superar possíveis intercorrências, em virtude de alguma fragilidade 
diante ao nascimento ou para o manejo de seus cuidados (RN com algum grau de 
risco). O quadro a seguir apresenta as principais condições de risco do recém-
nascido. Caso sejam identificados alguns destes critérios, deverá ser ofertada 
avaliação médica e acompanhamento conjunto com o Serviço de Referência 
Ambulatorial. 
 
 Quadro 11 - Critérios para identificação do grau de risco do recém-nascido 
CRITÉRIOS PRINCIPAIS 
CRITÉRIOS ASSOCIADOS 
(DOIS OU MAIS) 
• Baixo peso ao nascer (menor que 2.500 g); 
• Os recém-nascidos que tenham ficado 
internados por intercorrências após o 
nascimento; 
• Prematuros/sindrômicos 
• História de morte de criança < 5 anos na 
família 
• RN de mãe HIV positivo. 
• Família residente em área de risco; 
• RN de mãe adolescente (< 16 anos); 
• RN de mãe analfabeta; 
 RN de mãe com deficiência ou distúrbio 
psiquiátrico, ou drogadição que impeça o 
cuidado da criança; 
• RN de família sem fonte de renda; 
• RN manifestamente indesejado. 
 
78 
 
 
 
1.1 Avaliação do Aleitamento materno 
O vínculo mãe-bebê é um relacionamento de dependência afetiva mútua e 
de cuidados entre a mãe e o bebê, que inicia seu desenvolvimento durante a 
gestação e se consolida após o nascimento. É percebido, objetivamente, por meio 
dos cuidados dedicados da mãe. Alguns fatores impactam positivamente na 
formação desse vínculo, como o contato prolongado entre a mãe e seu bebê nas 
primeiras horas após o parto, suporte básico nos dias posteriores ao parto e o 
empoderamento em relação aos cuidados com seu filho. A presença e participação 
do pai deve ser estimulada desde o pré-natal, para que inicie a formação de vínculo 
com o bebê e o fortalecimento dessa família. 
Os profissionais devem observar e avaliar a mamada para garantia do 
adequado posicionamento e pega da aréola. O posicionamento errado do bebê, 
além de dificultar a sucção, comprometendo a quantidade de leite ingerido, é uma 
das causas mais frequentes de problemas nos mamilos. Em caso de ingurgitamento 
mamário, mais comum entre o 3º e o 5º dia pós-parto, orientar quanto à ordenha 
manual e armazenamento. 
A abordagem ao Aleitamento Materno (incentivo e apoio) deve ser de 
preferência interdisciplinar e intersetorial, garantindo cuidados e orientações não só 
às gestantes e mães, mas também aos companheiros e todo núcleo familiar. 
Essas ações devem se iniciar no pré-natal e prosseguir na maternidade, 
antes, durante e após o parto, nas visitas domiciliares e em todos os momentos em 
que a mãe comparecer à Unidade Básica de Saúde. É importante ressaltar que a 
gestante deve ser informada de seu direito em amamentar seu filho ao nascer 
(aleitamento materno na primeira hora de vida), desde que seja possível, de acordo 
com as condições clínicas da criança e da puérpera, assim como o direito de ter um 
acompanhante na sala de parto. 
Após o parto, durante o período de amamentação, o profissional deve 
recomendar para a puérpera: 
 Escolher uma posição confortável para amamentar; 
 Verificar se a aréola está macia; 
 Oferecer sempre as duas mamas; 
 
1 AVALIAÇÃO DO VÍNCULO MÃE-BEBÊ 
 
79 
 
 Começar sempre pela mama na qual terminou a última mamada; 
 Oferecer a mama ao bebê com o cuidado para que ele abocanhe 
parte da aréola e não só a papila (bico do seio); 
 Nos casos de ingurgitamento mamário não se deve colocar água 
quente ou compressa quente nas mamas. 
Durante as primeiras mamadas, a mãe poderá sentir cólica no baixo ventre. 
Este episódio reflete que está havendo contrações do útero, fazendo com que o 
mesmo volte ao tamanho normal. 
 
 Orientações nutricionais para a lactante durante a 
amamentação 
 
As orientações nutricionais para a gestante devem ser mantidas para a 
lactante, quais sejam: 
 Aumentar o consumo de líquidos para 3 litros de água e 
outras bebidas. O aumento da produção de leite se deve ao 
aumento da ingestão de água. 
 O consumo excessivo de cafeína (acima de 2 xícaras de café 
ao dia) pode reduzir o teor de ferro do leite humano; assim 
como o consumo de chás (preto, branco, verde e mate) e 
refrigerantes à base de cola. 
 
 Quando o bebê deve ser amamentado 
 
O bebê deve ser alimentado sempre que tiver fome. Não existe horário fixo 
e, portanto, ele deve mamar sempre que quiser. É importante que a primeira 
mamada seja mais precoce possível, de preferência ainda na primeira hora de vida. 
No entanto, deve-se orientar as mães sobre evitar períodos prolongados entre as 
mamadas, acima de 4 horas, pelo risco de hipoglicemia. 
Quanto mais o bebê mamar, mais leite é produzido. A ordenha ao seio é o 
estímulo que irá liberar os hormônios responsáveis pela produção e ejeção do leite. 
Não é necessária complementar a amamentação com água, chá ou outro tipo de 
alimento até o sexto mês de vida. 
80 
 
1. 2 Situações em que há restrições ao aleitamento materno 
 
A suspensão da amamentação por motivos de doença materna ou uso de 
medicamentos é condição rara. 
 Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado: 
 Mães infectadas pelo HIV; 
 Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2. As crianças nascidas de 
mães com HIV e HTLV devem ser alimentadas exclusivamente com 
fórmula infantil; 
 Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns 
fármacos são considerados contraindicados absolutos ou relativos 
ao aleitamento materno, como por exemplo, os antineoplásicos e 
radiofármacos. Como essas informações sofrem frequentes 
atualizações, recomenda-se que previamente à prescrição de 
medicações a nutrizes o profissional de saúde consulte capítulo VII 
desse Protocolo (uso de medicamentos na assistência a 
gestante, puérpera e recém-nascido); 
 Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não 
pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose. 
 
 
 
 
A triagem neonatal é uma ação preventiva que permite identificar, em 
tempo oportuno, distúrbios e doenças congênitas, o que possibilita realizar 
tratamento e acompanhamento para diminuir ou eliminar os danos associados a 
eles. A triagem neonatal inclui os testes do pezinho, do olhinho, da orelhinha e do 
coraçãozinho, que devem ser realizados nos primeiros dias de vida para verificar a 
presença de doenças que, se descobertas bem cedo, podem ser tratadas com 
sucesso. 
O Teste do Pezinho é realizado na Unidade de Básica de Saúde a partir do 
3º dia até o 5º dia de vida da criança, sendo possível fazê-lo até 30 dias de vida, 
porém com risco de resultado falso positivo, ou seja, diagnóstico duvidoso, por isso 
a orientação pelo Ministério da Saúde de realizá-lo ainda na primeira semana de 
 
2 TRIAGEM NEONATAL 
 
81 
 
vida. Esse teste permite identificar fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, 
hiperplasia adrenal congênita, anemia falciforme e fibrose cística. 
O Teste do Olhinho deve ser realizado na maternidade logo ao nascimento 
e repetido, pelo menos, duas a três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida, 
durante as consultas de puericultura na Unidade Básica de Saúde. Por meio deste 
teste, podemos identificar: catarata (alteração da transparência do cristalino), 
glaucoma (alteração da transparência da córnea), toxoplasmose (alteração da 
transparência do vítreo pela inflamação), retinoblastoma (alteração da transparência 
do vítreo pelo tumor intraocular). Diante de teste do olhinho alterado a criança deve 
ser encaminhada para avaliação especializada com oftalmologista o mais rápido 
possível. 
O Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal deve ser agendado 
pela Unidade Básica de Saúde na consulta da primeirasemana de vida e realizado, 
de preferência, nos primeiros 30 dias de vida. Ele permite detectar a ocorrência de 
deficiência auditiva. 
O Teste do Coraçãozinho deve ser realizado na maternidade entre 24 e 
48h de vida, antes da alta e permite identificar, precocemente, se o bebê tem 
alguma doença grave no coração. 
 
 
 
 
A vacinação é essencial para manter a criança saudável. Mesmo com febre 
ou gripada, a criança pode tomar vacina após a avaliação pelo profissional de 
saúde. A forma de monitoramento da situação vacinal da criança é por meio dos 
registros da Caderneta de Saúde da Criança. Esta deve ser mantida com o 
calendário de vacinação atualizado, sendo conferida a cada consulta com os 
profissionais de saúde. 
O calendário de vacinação da criança atualizado pelo Programa Nacional de 
Imunização está disponível no link: 
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/ 
 
 
 
 
3 IMUNIZAÇÃO DO RECÉM NASCIDO 
 
82 
 
 
 
Durante o Pré-Natal e o Puerpério é importante que a equipe de Saúde 
oriente/esclareça a mãe e família sobre os cuidados no manejo com o recém-
nascido, no intuito de reduzir intercorrências que possam comprometer a saúde 
geral da criança ou seu bem-estar. O quadro a seguir, apresenta as principais 
observações que devem ser abordadas pelos profissionais nos momentos de 
consultas/visitas/atividades educativas. 
 
Quadro 12. Orientações gerais para o cuidado com o recém-nascido 
 
O QUE 
OBSERVAR 
CONDUTAS 
O sono 
 Orientar ambiente tranquilo, arejado e limpo; 
 Manter posição de barriga para cima, boca e nariz deve ficar descoberto e agasalhar 
com roupa adequada à temperatura do ambiente; 
 Informar sobre o costume do bebê em diferenciar dia (com barulho de funcionamento 
normal da família) e noite (ambiente mais escuro e silencioso). 
Coto 
Umbilical 
 Ao iniciar o cuidado lavar as mãos; 
 Retirar a roupinha se caso tiver grudado usar soro fisiológico ou água filtrada para 
umedecer; 
 Limpar todo o coto com álcool 70% utilizando um pano limpo passado com ferro 
elétrico ou gaze, algodão ou cotonete; 
 Observar durante a limpeza sinal de inflamação e/ou infecção (presença de pus, 
vermelhidão), caso positivo, procurar um profissional de saúde; 
 Orientar não cobrir, não usar faixa, moeda, não aplicar outro produto que não seja o 
álcool 70%. 
Banho 
 Preparar todo o material antes de começar; 
 Aquecer a água à 37C° e conferir antes de colocar a criança com o dorso da mão ou 
termômetro; 
 O ambiente deve ser fechado evitando correntes de ar; 
 Usar sabonete líquido neutro; 
 Deixar a toalha próxima do local do banho; 
 Proporcionar segurança ao bebê e também a cuidadora evitando posições de postura 
inadequada; 
Cor da pele 
 Avaliar a cor da pele, caso o corpo todo esteja com cor amarelo forte (icterícia) nas 
primeiras 24 horas de vida, o bebê precisa de avaliação médica urgente pois pode 
precisar de fototerapia ou outros procedimentos médicos; 
 Orientar banho de sol no início da manhã (antes das 8h) e no final da tarde (após as 
17h). 
Fezes 
 Avaliar as fezes e em caso de fezes brancas ou sanguinolentas encaminhar à unidade; 
 Orientar (caso a criança não esteja com aleitamento materno exclusivo) em caso de 
diarreia manter a criança hidratada com aumento da ingesta de água e sais de 
reidratação oral e se persistir o quadro e/ou associar vômitos, levar urgente na UBS; e 
se persistir mais de 72 horas, levar urgente na UBS; 
Troca de 
fraldas 
 Lavar sempre as mãos com água e sabão neutro ou com álcool gel 70%, antes e após 
o procedimento; 
 Orientar a mãe trocar as fraldas sempre que estiverem molhadas ou sujas; 
 Limpar a região das fraldas usando pano limpo passado com ferro elétrico e/ou gazes 
umedecido com água (fazer a limpeza num único sentido, da genitália para as 
nádegas); 
 Se presença de assaduras, inflamação ou infecção, não aplique nada, procure um 
profissional de saúde; 
 
4 CUIDADOS GERAIS COM O RECÉM NASCIDO 
 
83 
 
 Após a primeira consulta do recém-nascido (preferencialmente na primeira 
semana de vida), agende as próximas consultas de acordo com o calendário 
previsto para o seguimento: no 1º, 2º, 4º, 6º, 9º, 12º, 18º e 24º meses de vida 
(BRASIL, 2016). As consultas nos dois anos iniciais da criança garantem a vigilância 
do crescimento e desenvolvimento da criança. 
 
84 
 
 
VI PLANEJAMENTO REPRODUTIVO NO PUERPÉRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85 
 
O puerpério é um momento importante para a abordagem do Planejamento 
Reprodutivo (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método contraceptivo, 
métodos já utilizados, método de preferência), valorizando a consulta pré-
concepcional e desestimulando intervalo intergestacional, inferior a seis meses. 
 
 
 
 
Ao se avaliar um método contraceptivo no pós-parto, deve-se levar em 
consideração a singularidade desse período no que diz respeito ao tempo pós-parto, 
ao padrão da amamentação, se a menstruação já retornou ou não e, principalmente, 
aos possíveis efeitos dos anticoncepcionais hormonais sobre a lactação e o lactente. 
A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada para cada 
puérpera. 
Até o sexto mês após o parto, a amamentação exclusiva com amenorreia 
está associada com a diminuição da fertilidade, que deixa de existir quando ocorre o 
retorno das menstruações e/ou quando o leite materno deixa de ser o único alimento 
oferecido ao bebê. Por esse motivo, é importante orientar a mulher sobre os 
métodos contraceptivos, sua eficácia na contracepção e a possível interferência com 
a amamentação. 
O dispositivo intrauterino (DIU) T de cobre pode ser utilizado como 
método contraceptivo, podendo sua inserção ser realizada nas primeiras 48 horas 
após o parto ou a partir de 6 semanas pós-parto. Ele está contraindicado nos casos 
de infecção puerperal (categoria 4 OMS) e só poderá, neste caso, ser inserido três 
meses após a cura. 
O uso do preservativo masculino ou feminino deve ser sempre 
incentivado devido a ter uma boa eficácia contraceptiva e, principalmente, por 
conferir proteção contra as doenças de transmissão sexual. 
O anticoncepcional hormonal oral de progesterona (minipílula) pode ser 
utilizado pela mulher durante a amamentação e deve ser iniciado seis semanas após 
o parto. 
Implante subdérmico liberador de etonogestrel (IMPLANON). Pode se 
usado antes da alta hospitalar (categoria 2 da OMS). Não interfere na amamentação 
e está particularmente recomendado para aquelas pacientes que têm dificuldades de 
 
1 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO 
 
86 
 
retornar para a consulta puerperal por vulnerabilidade social (adolescentes, usuárias 
de drogas e moradoras de regiões de difícil acesso) 
Anticoncepcional injetável trimestral – acetato de medroxiprogesterona 
150 mg – pode ser usado a partir da sexta semana após o parto (categoria 1 OMS). 
Apresenta alta eficácia e tem forte indicação de uso, na presença de comorbidades, 
como hipertensão arterial, diabetes e outras. 
Anticoncepcional injetável mensal é contraindicado para lactantes até o 
sexto mês pós-parto (categoria 3 da OMS), devido aos mesmos motivos do 
anticoncepcional hormonal oral combinado, mas, após esse período, poderá ser 
utilizado mesmo em mulheres que ainda estão amamentando. 
Anticoncepcional hormonal oral combinado tem seu uso desaconselhado 
até o sexto mês pós-parto (categoria 3 da OMS), pois interfere na qualidade e 
quantidade do leite materno, além de possíveis efeitos adversos na saúde do bebê. 
Após esse período, poderá ser utilizado. 
Outros métodos comportamentais, como tabelinha e muco cervical, só 
são recomendados serem utilizados após a regularização do ciclo menstrual. 
A laqueadura tubária, por ser método definitivo, deve respeitar os preceitos 
legais (artigo 10 da lei nº 9263). 
Para maiores esclarecimentos das condutas a serem seguidas, a equipe 
poderá consultar o Cadernode Atenção Básica nº 26, Saúde Sexual e Saúde 
Reprodutiva, do Ministério da Saúde, no link: 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
 
VII USO DE MEDICAMENTOS NA ASSISTÊNCIA A 
GESTANTE, PUÉRPERA E RECÉM NASCIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
88 
 
 Nesta seção está apresentada para efeito de condução do planejamento das 
ações no território de atenção à saúde, a listagem de medicamentos essenciais que 
deverão estar disponíveis para a atuação das Equipes de Saúde na linha de cuidado 
voltada para esse grupo específico. 
 
Quadro 13. Medicamentos que devem estar disponíveis para o cuidado da 
gestante e puérpera 
 
Medicamento Uso Nível de 
Assistência 
Apresentação 
RENAME 
Acetato de 
medroxiprogesterona 
Anticoncepcional injetável 
trimestral 
AB,AM 150 mg/ml 
Aciclovir Herpes simples AB,AM Comp. 200 mg 
Pó para sol. inj. 250 
mg 
Ácido acetilsalicílico Lúpus eritematoso sistêmico, 
síndrome antifosfolipide, infarto 
do miocárdio 
AB,AM Comp. 100 mg 
Comp. 500 mg 
Ácido fólico Anemia, prevenção defeitos 
tubo neural e anemia 
megaloblástica 
AB,AM Solução oral – 
0,2mg/mL 
Ácido folínico Toxoplasmose, feto infectado AB, AM Comp. 15 mg 
Alfa-metildopa Hipertensão arterial AB, AM Comp. rev. 250 e 
500mg 
Amoxicilina Antibioticoterapia AB,AM Cáp. 500 mg 
Pó susp. oral 50 
mg/mL 
Ampicilina Infecção urinária, infecções RN, 
abortamento infectado 
septicemia, infecção puerperal, 
endocardite bacteriana 
AB,AM Comp. 500 mg 
Azitromicina Antibioticoterapia AB,AM Comp. 500 mg 
Betametasona amadurecimento 
pulmonar/trabalho de parto 
prematuro 
AM Solução inj. 12mg 
Carbamazepina Epilepsia AM Comp. 200 mg 
Xarope 20 mg/ml 
Carbonato de cálcio Deficiência de cálcio/prevenção 
PE 
AB,AM Comp. 500mg 
Cefalosporina 1ª geração 
(Cefalexina) 
Infecção urinária, bacteriúria AB,AM Cáp. 500 mg 
Susp. oral 50 mg/ml 
Cefalosporina de 3ª 
geração (cefotaxima, 
ceftazidima, ceftriaxona) 
Antibioticoterapia, infecção 
urinária, septicemia , IST 
AB, AM Pó para sol. inj. 500 
mg 
Pó para sol. inj. 1 g 
Pó para sol. inj. 250 
mg 
 Clindamicina Malária falciparum, infecção RN, 
vaginose bacteriana, 
abortamento infectado 
septicemia, infecção puerperal, 
embolia pulmonar, 
corioamnionite 
AB,AM Cáp. 150 mg 
Cáp. 75 mg 
Sol. inj. 150 mg/ml 
Continua 
 
89 
 
Continuação 
Medicamento Uso Nível de 
Assistência 
Apresentação 
RENAME 
Clonazepam Epilepsia AM Comp. 0,5 mg 
Comp. 2 mg 
Sol. oral gotas 2,5 
mg/ml 
Diazepam Hemorragia intracraniana, 
depressão, outros 
AM Comp. 2 mg 
Comp. 5 mg 
Sol. inj. 5 mg/ml 
Dexametasona Trabalho de parto prematuro, 
Broncodisplasia do RN 
AM Sol.inj.2mg/ml 
Sol.inj.4mg/ml 
Dimeticona/simeticona Gases AB,AM Comp. 40 mg 
Comp. 120 mg 
Dipirona Analgésico, antitérmico AB,AM Sol. oral 500 mg/ml 
Sol. inj. 500 mg/ml 
Eritromicina Antibioticoterapia AB,AM Cáp. 500 mg 
Comp. rev. 500 mg 
Susp. oral 25 mg/ml 
Espiramicina Toxoplasmose AB,AM Comp. rev. 500 mg 
Fenitoína Epilepsia AM Comp. 100 mg 
Fenobarbital Epilepsia AM Comp. 100mg 
Gts. oral 40 mg/ml 
Sol. inj. 100 mg/ml 
Furosemida ou 
espironolactona 
Diurético AB,AM Comp. 40 mg 
Sol. inj. 10 mg/ml; 
Comp. 25 mg 
Hidróxico de alumínio e 
magnésio 
Azia AB,AM Susp. oral 35,6 mg + 
37 mg/ml 
Hioscina/ 
butilescopolamina 
Cólicas AB,AM Comp. 10 mg 
Imunoglobolina anti-D Isoimunização AM Sol inj.300mg 
Insulina Diabetes AB,AM Sol. inj. 100 UI/ml 
Lamivudina Profilaxia infecção HIV SAE Comp. 150 mg 
Sol. oral 10 mg/ml 
Mebendazol Helmintíase AB,AM Comp. 150 mg 
Susp. oral 20 mg/ml 
Metoclopramida Hiperêmese, náuseas e vômitos AB,AM Comp. 10 mg 
Sol. inj. 5 mg/ml 
Metronidazol Vaginites, infecção puerperal, 
septicemia, abortamento 
infectado 
AB, AM Comp. 250 mg 
Metronidazol creme vag. Corrimentos, colpite, 
abortamento infectado 
AB,AM Creme vag. 5% 
Miconazol Antifúngico AB,AM Creme 2% 
Creme vaginal 2% 
Nelfinavir Profilaxia infecção HIV SAE Comp. 250 mg 
Pó sol. oral 50 mg 
Nifedipina Crise hipertensiva/Hipertensão 
arterial 
AB,AM Comp. 10mg (ação 
rápida) 
Comp 20 mg (uso 
manutenção) 
Nistatina creme vag. Corrimentos, colpite AB, AM Creme vag. 25.000 
UI/g 
Nitrofurantoína Infecção urinária, bacteriúria AB,AM Comp. 100 mg 
Susp. oral 5 mg/ml 
Paracetamol/acetaminofen Analgésico, antitérmico AB,AM Comp. 500 mg 
Sol. oral 100 mg/ml 
Continua 
90 
 
Continuação 
Medicamento Uso Nível de 
Assistência 
Apresentação 
RENAME 
Penicilina benzatina Sífilis AB,AM Pó para sol. inj. 
600.000 UI e 
1.200.000 UI 
Pirimetamina Toxoplasmose, feto infectado AM Comp. 25 mg 
Prednisona Lúpus eritematoso sistêmico, 
asma 
AB,AM Comp. 5 mg 
Comp. 20 mg 
Propanolol Hipertensão arterial crise 
tireotóxica, hipertireoidismo 
AB,AM Comp. 40 mg 
Comp. 80 mg 
Rifampicina Hanseníase, tuberculose AB,AM Cáp. 300 mg 
Salbutamol Trabalho parto prematuro, 
asma 
AB,AM Xarope 0,4 mg/ml 
Aerossol 100 μg por 
dose 
Sol. inj. 500 μg/ml 
Comp. 2mg 
Sol. ina. 5mg/ml 
Sulfadiazina Toxoplasmose, feto infectado AB,AM Comp. 500 mg 
Sulfametoxazol + 
trimetoprim 
Quimioprofilaxia para 
Pneumocistis carinii, 
antibioticoterapia 
AB,AM Comp. 400 + 80 mg 
Sol. inj. 80 + 16 
mg/ml 
Susp. oral 40 + 8 
mg/ml 
Sulfato ferroso Anemia AB,AM Comp. revest. 40 
mg 
Sol. oral 25 mg/ml 
Teofilina Asma AM Comp. lib. len. 100 
mg e 200 mg 
Tiabendazol Estrongiloidíase AB,AM Comp. 500 mg 
Susp. oral 50 mg/ml 
Zidovudina Terapia anti-retroviral SAE Cáp. 100 mg 
Legenda: AB – Atenção Básica; AM – Ambulatorial de Referência. 
 
 
 
91 
 
Quadro 14 - Uso de medicamentos durante o período de amamentação 
Grupos de 
medicamentos 
Uso contraindicado durante a 
lactação 
Uso criterioso durante a lactação Uso compatível com a lactação 
Conduta: Suspender a 
amamentação temporária ou 
definitivamente 
Conduta: Podem ser usados em doses 
ocasionais e/ou habituais, contudo 
monitorar a criança para efeitos colaterais 
Conduta: Uso potencialmente seguro em doses 
habituais 
Analgésicos, antitérmicos, 
anti-inflamatórios e 
opiáceos 
Sais de ouro 
Fenilbutazona, indometacina, dextropropoxifeno. 
Doses elevadas/uso prolongado: morfina, codeína, 
petidina, salicilatos 
Ácidos mefenâmico e flufenâmico. Diclofenaco. Piroxicam. 
Naproxeno, cetoprofeno, ibuprofeno, colchicina. Paracetamol, 
dipirona. Uso de curta duração: morfina, codeína, petidina, 
salicilatos 
Antibióticos e 
antiinfecciosos B 
Doxaciclina 
Clindamicina, cloranfenicol, imipenem. 
Sulfametoxazol, sulfonamidas, nitrofuranto na, ácido 
nalidíxico. Quinolonas: evitar ciprofloxacin, preferir 
norfloxacin. Antivirais. Escabicidas: lindano e 
monossulfiran. Antimicóticos: cetoconazol, itraconazol, 
terconazol, isoconazol. Metronidazol, tinidazol, 
furazolidona. Antimaláricos. Pirimetamina. 
Clofazimina, dapsona 
Penicilinas, ampicilina, amoxicilina, carbenicilina, oxacilina, 
cefalosporinas, aminoglicosídeos, aztreonam, teicoplanina, 
vancomicina, eritromicina, azitromicina, claritromicina, 
lincomicina, tetraciclinas, rifampicina, tuberculostásticos. 
Antivirais: aciclovir, idoxuridine. Escabicidas: exceto lindano e 
monossulfiran. Antimicóticos: miconazol, nistatina, fluconazol, 
clortrimazol, anfotericina B, griseofulvina. Anti-helmínticos. 
Antiesquistossomóticos. Pentamina, antimoniato de meglumina. 
Medicamentos que atuam 
no sistema nervoso central 
Anfetaminas, cocaína, heroína, LSD, 
maconha 
Antidepressivos: amitriptilina, imipramina, lítio, 
moclobemida, fluoxetina, maprotilina, paroxetina. 
Anticonvulsivantes: fenobarbital, butabarbital, 
primidona, difenilhidantoína, etosuximida, 
clonazepam. Antipsicóticos: haloperidol, droperidol, 
pimozida, sulpirida, clorpromazina, levopromazina, 
flufenazina,periciazina, tioridazina, pipotiazina. 
Derivados da ergotamina (antienxaqueca). 
Antiparkinsonianos 
Benzodiazepínicos: oxazepam e lorazepam. 
Anticonvulsivantes: carbamazepina, ácido valpróico. 
Clomipramina. 
Hormônios 
E antagonistas 
Tamoxifen. Andrógenos. Bromocriptina, 
cabergolina. Misoprostol. Mifepristone. 
Estrógenos: doses elevadas 
Hipoglicemiantes orais. Propiltiuracil, carbamizol, 
metimazol. Corticosteróides: doses elevadas/uso 
prolongado. Ocitocina, ergonovina 
Adrenalina, insulina, tiroxina. Anticoncepcionais: progesterona 
(microdosagem), espermaticidas, DIU com progestogênio. 
Corticosteróides: uso de curta duração 
Miscalênia 
Amiodarona. Antineoplásicos: 
citotóxicos/imunossupressores. Substâncias 
radiotivas. Fenindiona. 
Omeprazol, lansoprazol, pantoprazol. Teofilina, 
aminofilina. Iodetos, lodopovidona. Antitussígenos. 
Nafazolina, oximetazolina, fenilefrina. Carisoprodol. 
Clonidina. Pizotifeno. Reserpina. Bebidas alcoólicas. 
Nicotina. 
Antiácidos. Cimetidina, ranitidina, famotidina, cisaprida, 
metoclopramida, bromoprida, alisaprida, domperidona. Anti-
histamínicos: preferir loratadina. Descongestionantes. 
Mucolíticos: exceto iodetos. Broncodilatadores orais e inalados. 
Heparina, warfarin, dicumarol. Betabloqueadores: preferir 
propanolol, labetolol. Digitálicos. Bloqueadores de canais de 
cálcio: nifedipina, verapamil. Anti-hipertensivos: metildopa, 
captopril, hidralazina. Diuréticos. Lidocaína. Laxativos. 
Vitaminas. Imunoglobulinas. Vacinas. 
Fonte: MS,SAS/DAPS, Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias.
92 
 
QUADRO 15 - Medicamentos que não devem ser usadas na gestação 
 
Ácido valpróico Flurazepan Norgestrel 
Amniopterina Fluvastatina Pravastina 
Ciguatoxin Iodeto glicerol Quazepam 
Clomifeno Isotretinoína Quinina 
Clortianisena Isotretinoína Ribavirin 
Cumarínicos Leuprolida Sinsvastatina 
Contraceptivos orais Lítio Talidomida 
Danazol Lovastatina Temazepam 
Dietilestilbestrol Mefipistona Triazolam 
Doxiciclina Menadiona Vacina de vírus vivo 
Estrógenos conjugados Mestranol Warfarin 
Estrona Misoprostol 
Etinilestradinol Noretindrona 
Etrenitrato Noretinodrel 
Fenciclidina 
Fonte: MS,SAS/DAPS, Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias 
Link http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_2ed.pdf 
93 
 
Quadro 16 - Medicamentos indicados no tratamento das parasitoses intestinais 
na gestação 
 
Helmintos Medicamentos Posologia 
Ancilostomose 
Ascaridíase 
Enterobíase 
Mebendazol Via Oral, 100mg, duas vezes ao dia, durante três dias 
seguidos. 
 
Esquistossomose 
Oxaminiquine 
Praziquantel 
Ditioletiona 
 
Contraindicados: tratar no puerpério 
Estrongiloidíase Tiabendazol 50mg/kg/dia, por VO, em duas tomadas (manhã/noite), 
durante dois dias seguidos. 
Himenolepíase Praziquantel 
Niclosamida 
Contraindicados: tratar no puerpério 
Teníase Mebendazol 200mg, por VO, duas vezes ao dia (manhã/noite), durante 
quatro dias seguidos 
Tricuríase Mebendazol 100mg, duas vezes ao dia, por VO, durante três dias 
seguidos. 
Protozooses Medicamentos Posologia 
Amebíase Metronidazol 250mg, três vezes ao dia, por VO, durante dez dias. 
Giardíase Metronidazol 250mg, três vezes ao dia, por VO, durante sete dias 
seguidos 
Entamoeba coli, 
Iodamoeba 
buetschlii, 
Chilomastix 
mesnili, 
Endolimax nana, 
Trichomonas 
hominis 
 
- 
 
Não há necessidade de realizar tratamento. 
Fonte: (BRASIL, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
94 
 
 
VIII ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
95 
 
ANEXO 1 /A 
 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/2018 
 
 
 
96 
 
ANEXO 1 /B 
SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTENCIA. REGIÃO DE SAÚDE VALE DO 
JAMARI 
NÍVEL DE 
ASSISTÊNCIA 
MUNICÍPIO UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA 
Atenção Básica Alto Paraíso 6 CS/UBS (Cobertura 83,86% ) Alto Paraíso 
 Ariquemes 14 CS/UBS (Cobertura 66,72% ) Ariquemes 
 1 NASF Ariquemes 
 1 Serviço de Atenção Domiciliar Ariquemes 
 Buritis 5 CS/UBS (Cobertura 62,42% ) Buritis 
 Cacaulândia 3 CS/UBS (Cobertura 100% ) Cacaulândia 
 Campo Novo 4 CS/UBS (Cobertura 96,14% ) Campo Novo 
 Cujubim 1 CS/UBS (Cobertura 47,65% ) Cujubim 
 Machadinho 
D'Oeste 
7 CS/UBS (Cobertura 72,83% ) Machadinho D'Oeste 
 Monte Negro 6 CS/UBS (Cobertura 64,56% ) Monte Negro 
 Rio Crespo 1 CS/UBS (Cobertura 100% ) Rio Crespo 
Atenção 
Especializada 
Ariquemes 1 Centro de Referência à Saúde da Mulher Ariquemes 
 1 Centro de Especialidades Odontológicas-CEO II Ariquemes 
 1 Centro de Especialidades de Ariquemes Ariquemes 
 1 Serviço de Assistência Especializada-SAE Ariquemes 
 1 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Ariquemes 
 Buritis 1 Centro de Especialidade de Fisioterapia Buritis 
 1 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Buritis 
 Machadinho 
D'Oeste 
1 Centro de Saúde da Mulher Machadinho do 
D’Oeste 
 1 Centro Especializado em Reabilitação Machadinho do 
D’Oeste 
 1 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Machadinho do 
D’Oeste 
 Porto Velho Policlínica Osvaldo Cruz 52 municípios 
Assistência 
Pré-hospitalar 
Ariquemes Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Regionalizado 
 Buritis 2 Ambulâncias Buritis 
 Campo Novo 2 Ambulâncias Campo Novo 
 Cujubim 2 Ambulâncias Cujubim 
 Machadinho 
D'Oeste 
2 Ambulâncias Machadinho D’Oeste 
Assistência 
Hospitalar 
Alto Paraíso 1 Hospital Geral Alto Paraíso 
 Ariquemes 2 Hospital Geral ( Hospital Regional de Ariquemes e 
Hospital de Criança) 
Região de Saúde Vale 
do Jamari 
 Buritis Hospital Regional de Buritis Buritis 
 Cacaulândia 1 Unidade Mista Cacaulândia 
 Campo Novo 1 Unidade Mista Campo Novo 
 Cujubim 1 Hospital de Pequeno Porte-HPP Cujubim 
 Machadinho 
D'Oeste 
1 Hospital Geral Machadinho D'Oeste 
 Monte Negro 1 Hospital Geral Monte Negro 
 Porto Velho Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II Macro Região I da RUE 
 Rio Crespo 1 Hospital Geral Rio Crespo 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/201 
97 
 
ANEXO 1 /C 
SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA. REGIÃO DE SAÚDE CENTRAL. 
NÍVEL DE 
ASSISTÊNCIA 
MUNICÍPIO UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA 
Atenção Básica 
Alvorada D'Oeste 6 CS/UBS (Cobertura 72,95%) Alvorada D'Oeste 
Gov. Jorge Teixeira 6 CS/UBS (Cobertura 100%) Gov. Jorge Teixeira 
Jaru 
12 CS/UBS (Cobertura 91,93%) Jaru 
3 Unidades de Atenção à Saúde Indígena Jaru 
Ji-Paraná 
15 CS/UBS (Cobertura 73,54%) Ji-Paraná 
7 Unidades de Atenção à Saúde Indígena Ji-Paraná 
Mirante da Serra 2 CS/UBS (Cobertura 84,09% ) Mirante da Serra 
Nova União 1 CS/UBS (Cobertura 69,65%) Nova União 
Ouro Preto 13 CS/UBS (Cobertura 86,60%) Ouro Preto 
Presid. Médici 9 CS/UBS (Cobertura 100%) Presid. Médici 
Teixeirópolis 1 CS/UBS (Cobertura 100%) Teixeirópolis 
Theobroma 6 CS/UBS (Cobertura 100%) Theobroma 
Urupá 3 CS/UBS (Cobertura 78,42%) Urupá 
Vale do Anari 4 CS/UBS (Cobertura 62,73%) Vale do Anari 
Vale do Paraíso 2 CS/UBS (Cobertura 100%) Vale do Paraíso 
Atenção 
Especializada 
Jaru 1 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Jaru 
Ji-Paraná 
3 Centros Especializados Ji-Paraná 
2 Centro de Saúde de Apoio a Saúde da 
Família 
Ji-Paraná 
2 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Ji-Paraná 
Ouro Preto 1 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Ouro Preto 
Porto Velho Policlínica Osvaldo Cruz 52 municípios 
Presid. Médici 1 Centro de Atenção Psicossocial-CAPS Presid. Médici 
Assistência 
Hospitalar 
Alvorada D'Oeste 1 Unidade Mista Alvorada D'Oeste 
Gov Jorge Teixeira 1 Unidade Mista Gov Jorge Teixeira 
Jaru 1 Hospital Municipal Jaru 
Ji-Paraná 1 Hospital Geral Municipal 
Regiões de Saúde: 
Central e Vale do 
Guaporé 
Mirante da Serra 1 Unidade Mista Mirante da Serra 
Nova União 1 Unidade Mista Nova União 
Ouro Preto 1 Hospital Municipal Ouro Preto 
Presid. Médici 1 Unidade Mista Presid. Médici 
Teixeirópolis 1 UnidadeMista Teixeirópolis 
Theobroma 1 Unidade Mista Theobroma 
Urupá 1 Hospital Municipal Urupá 
Vale do Anari 1 Unidade Mista Vale do Anari 
Porto Velho 
Hospital Estadual e Pronto Socorro João 
Paulo II 
Marco Região I da 
RUE 
Vale do Paraíso 1 Unidade Mista Vale do Paraíso 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/2018 
98 
 
ANEXO 1 /D 
SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTENCIA. REGIÃO DE SAÚDE CAFÉ. 
NÍVEL DE 
ASSISTÊNCIA 
MUNICÍPIO UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA 
Atenção Básica 
Cacoal 
9 CS/UBS (Cobertura 62,82%) Cacoal 
1 Unidades de Atenção à Saúde Indígena Cacoal 
Espigão D'Oeste 7 CS/UBS (Cobertura 73,83%) Espigão D'Oeste 
Ministro Andreazza 1 CS/UBS (Cobertura 31,99% ) Ministro Andreazza 
Pimenta Bueno 7 CS/UBS (Cobertura 63,91% ) Pimenta Bueno 
Primavera 2 CS/UBS (Cobertura 100% ) Primavera 
São Felipe 3 CS/UBS (Cobertura 100%) São Felipe 
Atenção 
Especializada 
Cacoal 
1 Centro de Saúde da Mulher Cacoal 
1 Centro Especializado Cacoal 
1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Cacoal 
1 Centro Especializado em Odontologia 
tipo III 
Cacoal 
1 Centro Especializado em Reabilitação 
tipo II 
Cacoal 
Espigão D'Oeste 
1 Centro de Especialidade Espigão D'Oeste 
1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Espigão D'Oeste 
Pimenta Bueno 
1 Centro de Especialidade Pimenta Bueno 
1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Pimenta Bueno 
Assistência 
Hospitalar 
Cacoal 1 Hospital Materno Infantil Região de Saúde Café 
Espigão D'Oeste 1 Unidade Mista Espigão D'Oeste 
Ministro Andreazza 1 Unidade Mista Ministro Andreazza 
Pimenta Bueno 1 Hospital e Maternidade Municipal Pimenta Bueno 
São Felipe 1 Unidade Mista São Felipe 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/2018 
 
 
 
 
99 
 
ANEXO 1 /E 
Quadro 02 – SÍNTESE DA DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTENCIA. REGIÃO DE ZONA 
DA MATA. 
NÍVEL DE 
ASSISTÊNCIA 
MUNICÍPIO UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA 
Atenção Básica 
Alta Floresta 
D'Oeste 9 CS/UBS (Cobertura 67,63%) 
 
7 Unidades de Atenção à Saúde Indígena 
 
Alto Alegre dos 
Parecis 5 CS/UBS (Cobertura 100%) 
 
Castanheiras 2 CS/UBS ( Cobertura 100%) 
Nova Brasilândia 
3 CS/UBS ( Cobertura 79,60%) 
 
Novo Horizonte 2 CS/UBS ( Cobertura 100%) 
Parecis 2 CS/UBS ( Cobertura 100%) 
Rolim de Moura 
15 CS/UBS ( Cobertura 80,10%) 
 
Santa Luzia 3 CS/UBS ( Cobertura 100%) 
São Miguel 
4 CS/UBS ( Cobertura 73,32%) 
 
Atenção 
Especializada 
Alta Floresta 
D'Oeste 1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 
 
Rolim de Moura 
1 Policlínica 
1 Centro Especializado em Reabilitação 
(CER II) 
1 Centro de Saúde da Mulher 
1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 
 
Porto Velho Policlínica Osvaldo Cruz 
Estadual (52 
municípios) 
Assistência 
Hospitalar 
Alta Floresta 
D'Oeste 
1 Hospital Geral 
 
Alto Alegre dos 
Parecis 1 Hospital de Pequeno Porte 
 
Castanheiras 1 Unidade Mista 
Nova Brasilândia 1 Hospital Geral 
Novo Horizonte 1 Unidade Mista 
Parecis 1 Unidade Mista 
Rolim de Moura 1 Hospital Regional 
Cacoal 
Hospital Estadual de Urgência e 
Emergência de Rondônia (HEURO) 
Macro Região II da 
RUE 
Santa Luzia 1 Hospital Geral 
São Miguel 1 Hospital Geral 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/2018 
 
100 
 
ANEXO 1 /F 
SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTENCIA. REGIÃO DE SAÚDE VALE DO 
GUAPORÉ 
NÍVEL DE 
ASSISTÊNCIA 
MUNICÍPIO UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA 
Atenção Básica 
São Francisco 5 CS/UBS (Cobertura 100% ) São Francisco 
Costa Marques 3 CS/UBS (Cobertura 92,65%) Costa Marques 
Seringueiras 3 CS/UBS (Cobertura 82,03% ) Seringueiras 
Atenção 
Especializada 
Porto Velho Policlínica Osvaldo Cruz 52 municípios 
Assistência 
Hospitalar 
Costa Marques 1 Unidade Mista Costa Marques 
São Franciso Hospital Regional de São Francisco 
Região do Vale do 
Guaporé 
Seringueiras 1 Hospital Geral Seringueiras 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
101 
 
ANEXO 1 /G 
SÍNTESE DOS SERVIÇOS POR NÍVEIS DE ASSISTENCIA. REGIÃO DE SAÚDE CONE SUL, 
2016 
NÍVEL DE 
ASSISTÊNCIA 
MUNICÍPIO UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA 
Atenção 
Básica 
Cabixi 
3 CS/UBS (Cobertura 100% ) Cabixi 
1 NASF Cabixi 
Cerejeiras 6 CS/UBS (Cobertura 96,05% ) Cerejeiras 
Chupinguaia 4 CS/UBS (Cobertura 100% ) Chupinguaia 
Colorado 5 CS/UBS (Cobertura 92,55% ) Colorado 
Corumbiara 3 CS/UBS (Cobertura 100% ) Corumbiara 
Pimenteiras 1 CS/UBS (Cobertura 100%) Pimenteiras 
Vilhena 
10 CS/UBS (Cobertura 92%) Vilhena 
2 Unidades de Atenção à Saúde Indígena População Indígena 
Atenção 
Especializada 
Cerejeiras 
1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Cerejeiras 
1 Centro de Especialidades Odontológicas 
(CEO) 
Cerejeiras 
Chupinguaia 1 Centro de Fisioterapia Chupinguaia 
Colorado 1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Colorado 
Vilhena 
1 Policlínica Vilhena 
1 Centro Especializado em Reabilitação Vilhena 
1 Centro de Saúde da Mulher e da 
Criança 
Vilhena 
1 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Vilhena 
Porto Velho Policlínica Osvaldo Cruz 52 municípios 
Assistência 
Hospitalar 
Cabixi 1 Unidade Mista Cabixi 
Cerejeiras 1 Hospital Municipal Cerejeiras 
Chupinguaia 1 Unidade Mista Chupinguaia 
Colorado 1 Hospital Municipal Colorado 
Cacoal 
Hospital de Urgência e Emergência de 
Rondônia (HEURO) 
Marco Região II da 
RUE 
Corumbiara 1 Unidade Mista Corumbiara 
Pimenteiras 1 Unidade Mista Pimenteiras 
Vilhena 1 Hospital Regional 
Referência para a 
Região de Saúde 
C.SUL 
Fontes: CNES, DAB/MS. Dados acessados em Janeiro/2018 
 
 
 
102 
 
ANEXO 2 - FICHA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL 
Critérios para encaminhamento para serviços Ambulatoriais de Gestação de Alto Risco* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – ESCOLARIDADE: 
Sabe Ler e Escrever: 
( ) Sim.............................................0 
( ) Não.............................................1 
 
 
ESCORE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL 
 
RISCO.................10 ou + Pontos ALTO 
RISCO................ 5 a 9 Pontos MÉDIO 
RISCO................ até 4 Pontos BAIXO 
 
*Fatores sócio econômicos não são critérios isoladamente para encaminhamento ao 
Pré-Natal de Alto Risco (PNAR). Merecem atendimento diferenciado na Atenção 
Básica. 
PNAR: Deve conter obrigatoriamente itens dos quadros 5 e\ou 6 e\ou 7 da 
classificação acima (somando 10 ou mais pontos). 
Médio Risco: Somatório de 5 a 9 pontos deve receber atendimento de Pré-Natal na 
Atenção Básica pelo médico intercalado com o enfermeiro. 
Baixo Risco: Somatório de até 4 pontos deve receber atendimento intercalado de 
Pré-Natal na Atenção Básica pelo enfermeiro e pelo médico. Seguir fluxograma de 
pré natal. 
4 – HÁBITOS: 
Tabagista: 
( ) Sim.............................................2 
( ) Não.............................................0 
** Instrumento publicado pela Rede Cegonha do estado de Santa Catarina, vide " Classificação de risco gestacional na atenção básica" baseado nas publicações do 
MS: Manual Técnico Gestação de Alto Risco e Caderno de Atenção Básica Nº 32‐ Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco e material da Fundação SESP. 
 
 
1 – IDADE: 
( ) (‐) de 15 anos ...................... 1 
( ) De 15 a 34 anos ................... 0 
( ) (+) de 35 anos ...................... 1 
 
5. AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL: 
 
( ) Baixo Peso(IMC <18, 
5kg/m2) e/ou ganho de peso 
inadequado e/ou anemia ....... 1 
 
( ) Peso Adequado (IMC 18, 
5‐24, 9kg/m2) ........................ 0 
 
( ) Sobrepeso(25‐29, 9kg/m2)
 ............................................. 1 
 
( ) Obesidade (IMC>30kg/m2)
 ............................................. 5 
7 - PATOLOGIAS DE RISCO ATUAL: 
OBST. + GINEC. 
( ) Ameaça de Aborto .............................5 
( ) Anom. do trato Genitourinario.............5 
( ) PlacentaPrévia .............................. .10 
( ) Câncer Materno ............................. .10 
( ) Doença Hemolítica ......................... .10 
( ) Esterelidade Tratada ..........................5 
( ) Isoimunização ................................ .10 
( ) Neoplasias Ginecológicas .............. .10 
( ) Mal Formações congênitas ............ .10 
( ) Crescimento Uterino Retardado ..... .10 
( ) Polihidramnio/Oligoidramnio ........... .10 
( ) Citologia Cervical Anormal(Nicl-ll-lll) .10 
( ) Doença Hipertensiva da Gestação . .10 
( ) Diabetes Gestacional ..................... .10 
( ) Gemelar ......................................... .10 
( ) Incomp. Istmo Cervical ................... .10 
5. AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL: 
 
( ) Baixo Peso(IMC <18, 
5kg/m2) e/ou ganho de peso 
inadequado e/ou anemia ....... 1 
 
( ) Peso Adequado (IMC 18, 
5‐24, 9kg/m2) ........................ 0 
 
( ) Sobrepeso(25‐29, 9kg/m2)
 .............................................. 1 
 
( ) Obesidade (IMC>30kg/m2)
 .............................................. 5 
2 – SITUAÇÃO FAMILIAR 
Situação Familiar Instável 
 ( ) Não................................... 0 
 ( ) Sim ................................... 1 
 
Aceitação de GRAVIDEZ: 
 ( ) Aceita ............................... 0 
 ( ) Não Aceita ........................ 1 
 ( ) Presença de situação de 
violência.................................... 1 
6 – ANTECEDENTES 
OBSTÉTRICOS: 
( ) Abortos até 2 ................. 5 
( ) Abortos espontâneos+2.10 
( ) Natimorto ....................... 5 
( ) Prematuro ...................... 5 
( ) Óbito Fetal ..................... 5 
( ) Eclampsia ................... ..10 
( ) Placenta Prévia .............. 5 
( ) Descol. Prem. de Placenta
 ............................................. 5 
( ) Incompetência Istmo 
Cervical .............................. ..10 
( ) Restrição de Cresc. 
Intrauterino ............................ 5 
( ) Malformação Fetal ......... 5 
( ) Último Parto (‐) de 12 
meses ................................... 2 
( ) + 1Filho Prematuro ..... ..10 
( ) Pre eclampsia ................ 5 
8- PATOLOGIAS DE RISCO ATUAL: 
MÉDICAS + CIRURG. 
( ) Cardiopatias ...................................... 10 
( ) Varizes acentuadas ........................... ..5 
( ) Pneumopatia Grave 10 
( ) Diabetes Mellitus ............................... 10 
( ) Doenças Auto-imunes(Colagenose) .. 10 
( ) Doença Psiquiátrica........................... ..5 
( ) Doença Renal Grave ......................... 10 
( ) Epilepsia e Doença Neurológica ........ 10 
( ) Hemopatias ....................................... 10 
( ) Infecção Urinária de repetição 
(pielonefrite ou infecções 3x ou +) ........... 10 
( ) Infecções Grave ................................ 10 
( ) AIDS/HIV ........................................... 10 
( ) Sífilis ................................................. ..5 
( ) Hepatites ........................................... 10 
( ) Tuberculose ...................................... 10 
( ) Toxoplasmose ................................... 10 
( ) Dep. de Drogas ................................. 10 
( ) Alcoolismo ......................................... 10 
( ) Trombofilia ........................................ 10 
( ) Endocrinopatias................................. 10 
( ) Alterações da Tireóide ....................... 10 
103 
 
 
ANEXO 3 - FICHA PARA REALIZAÇÃO DO MOBILOGRAMA 
(Mobilograma fetal entre 39 e 41 semanas) 
Nome da Gestante: ________________________-
___________________________________________ 
UBS: _________________________________________Profissional: _________________________ 
Instruções: 
 Após as principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) a gestante deverá deitar em decúbito 
lateral esquerdo e anotar o número de movimentações percebidas durante uma hora. 
 Se perceber no mínimo seis movimentos do bebê, sugere-se que o feto está bem. 
 Se for percebido menos de seis movimentos, o procedimento deverá ser repetido. Se na próxima 
hora não sentir seis movimentos, deverá procurar imediatamente a maternidade de referência para 
que seja realizada avaliação fetal. 
 
Idade Gestacional 
 
 
Após o café da 
manhã 
1 (uma) Hora 
 
 
Após o almoço 
1 (uma) Hora 
 
 
Após o jantar 
1 (uma) Hora 
 
 
Observação 
 
Semanas 
 
Dias 
 
 
 
 
39 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
 
 
 
40 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
41 Ir para a maternidade de referência 
 
Exemplo 
I I I I I I 
6 movimentos 
OK 
I I I I I I 
6 movimentos 
OK 
I I I I I I 
6 movimentos 
OK 
Na dúvida, procure a 
maternidade de referência 
Fonte: Adaptação baseada no Caderno de Atenção Básica, nº Brasil, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
104 
 
ANEXO 4 - FLUXOGRAMA DE PESQUISA PARA DIABETES GESTACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: OPAS, 2016 
TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE 
JEJUM 1 HORA 2 HORAS 
< 92mg < 180mg < 153mg 
DIABETES GESTACIONAL 
DIAGNÓSTICO 
GLICEMIA DE JEJUM NA PRIMEIRA CONSULTA 
< 92mg/dL ≥ 126mg/dL Entre 92mg/dL e 125mg/dL 
TOTG – 75mg - 2 horas 
NORMAL ALTERADO 
ENCERRAR 
PESQUISA 
DIABETES 
GESTACIONAL 
DIABETES PRÉVIA 
À GRAVIDEZ 
DIABETES 
GESTACIONAL 
Na presença de Diabetes Mellitus 
Gestacional ou Diabetes prévia, 
encaminhar ao Serviço de 
Referência de alto Risco 
Fatores 
de Risco 
105 
 
ANEXO 5 - FLUXOGRAMA DO MANEJO DA GESTANTE NOS QUADROS DE SÍFILIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realizar Teste Rápido (TR) para Sífilis 
Resultado Reagente? Não 
Não 
Sim 
Não 
Sim 
Sim 
Tem sífilis ou teve sífilis 
(títulos baixos) ou falso (+) 
Iniciar primeira dose de penicilina 
benzatina na gestante e agendar 
retorno para resultado de teste 
não treponêmico em 7 dias 
Testar e tratar parceira sexual 
Parcerias sexuais de pessoas com 
sífilis deverão: 
1) Realizar testes imunológicos; 
2) Ser tratadas com esquema de 
sífilis latente tardia, na ausência 
de sinais e sintomas e quando 
impossível estabelecer-se a data 
da infecção; 
3) Ser tratadas na mesma 
oportunidade, em caso de 
dúvida quanto ao seguimento. Apresentou alguma 
situação de 
exposição à sífilis nos 
últimos três meses? 
Coletar sangue periférico para 
realizar teste não treponêmico 
(TNP) na mesma consulta 
Testagem na 
28ª semana 
de gestação 
Testagem 
para sífilis 
em 30 dias 
Resultado Reagente? 
Coletar nova amostra para 
realizar TNP em 30 dias e 
repetir fluxograma, se 
resultado reagente 
Se reagente, tratar conforme fase clínica da doença: 
- Sífilis primária: penicilina benzatina, 2.400.000 UI, 
intramuscular, em dose única (1.200.000 UI em cada 
glúteo); 
- Sífilis recente secundária e latente: penicilina 
benzatina, 2.400.000 UI, intramuscular, repetida após 
1 semana, sendo a dose total de 4.800.000 UI; 
- Sífilis tardia (latente e terciária): penicilina 
benzatina 2.400.000 UI, intramuscular, semanal (por 
3 semanas), sendo a dose total de 7.200.000 UI. 
Após a dose terapêutica inicial na doença recente, 
poderá surgir a reação de Jarisch-Herxheimer, que é 
a exacerbação das lesões cutâneas e a presença de 
febre com outros sintomas gerais (adinamia, 
artralgias, mialgia). Esta reação tem involução 
espontânea em 12 a 48 horas, exigindo apenas 
cuidado sintomático. Não justifica a interrupção do 
tratamento 
e não significa alergia à droga. 
Tratamento alternativo: 
- Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1x/dia, por 8 a 10 dias 
(gestantes e não gestantes). 
 NOTIFICAR O CASO 
As gestantes com história comprovada de alergia à penicilina devem ser encaminhadas para um centro de referência, para 
que se realize a dessensibilização. A penicilina é a única droga treponemicida que atravessa a barreira placentária e, portanto, 
trata também o feto. 
As gestantescom manifestações neurológicas e/ou cardiovasculares devem ser hospitalizadas e submetidas a esquemas 
especiais de penicilina via intravenosa. 
 
Com a instituição do tratamento correto, o teste não treponêmico (VDRL) tende a se negativar em 6 a 12 meses, podendo, no 
entanto, permanecer com títulos baixos por longos períodos de tempo ou até por toda a vida; é o que se denomina memória ou 
cicatriz sorológica da sífilis. 
Os testes não treponêmicos (VDRL) devem ser realizados mensalmente para controle de cura. 
Nos casos de sífilis primária e secundária, os títulos devem declinar em torno de quatro vezes em três meses e oito vezes 
em seis meses. 
Se os títulos se mantiverem baixos e estáveis em duas oportunidades, após um ano, pode ser dada alta. 
 
 
 Fonte: DDAH/SVS/MS e BRASIL,2016 
106 
 
ANEXO 6 - FLUXOGRAMA PARA MANEJO DA TOXOPLASMOSE 
GESTACIONAL 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL (2016, pag 111). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIM 
 
 
 
 
 
 NÃO 
ACOLHIMENTO COM 
ESCUTA QUALIFICADA E 
ENTREVISTA 
Equipe multiprofissional 
 
A maioria dos casos de toxoplasmose 
pode acontecer sem sintomas ou com 
sintomas bastante inespecíficos. 
 Os casos positivos precisam ser 
notificados. 
 
Gestante soronegativa 
IgG (-) e IgM (-)? 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
 
Prevenção primária 
Repetir a sorologia de três em 
três meses e no momento do 
parto. 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
 
Gestante IgG (+) e IgM 
(-) 
Gestante IgG (+) e IgM 
(+) 
 
Gestante IgG (-) e IgM 
(+) 
 
- Imunidade remota: 
gestante com doença antiga ou 
toxoplasmose crônica. 
- Não há necessidade de novas 
sorologias. 
 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
 
- Possibilidade de infecção durante a 
gestação. 
- Realizar teste de avidez de IgG na mesma 
amostra: 
 Avidez forte e gestação < 16 
semanas: infecção adquirida antes 
da gestação, não há necessidade de 
mais testes. 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
 Avidez forte e gestação > 16 
semanas: iniciar espiramicina se 
antes da 30ª semana e esquema 
tríplice após a 30ª semana. 
 Avidez fraca: possibilidade de 
infecção adquirida na gestação, 
iniciar espiramicina imediatamente. 
 
Médico(a) 
 
- Infecção muito recente ou 
IgM falso positivo. 
- Iniciar espiramicina imediatamente. 
- Repetir a sorologia em três 
semanas: 
*IgG positiva: confirma-se 
a infecção. 
*IgG negativa: suspender a 
espiramicina, prevenção primária e 
repetir sorologia de três em três 
meses e no 
momento do parto. 
 
Médico(a) 
 
• Confirmada a infecção aguda antes da 30ª semana, deve-se manter a espiramicina (1 g – 3.000.000 UI), de 8/8 horas, via oral, 
continuamente até o final da gravidez. 
• Se a infecção se der após a 30ª semana, recomenda-se instituir o tratamento tríplice materno: pirimetamina (25 mg), de 12/12 horas, por 
via oral; sulfadiazina (1.500 mg), de 12/12 horas, por via oral; e ácido folínico (10 mg/dia) – este imprescindível para a prevenção de 
aplasia medular causada pela pirimetamina. 
• Em gestantes com infecção aguda, deve-se realizar USG mensal para avaliar alterações morfológicas fetais e, caso haja alterações, 
encaminhar para o serviço especializado. 
• Se há suspeita de infecção aguda materna, deve-se encaminhar a gestante para centro especializado em medicina fetal para realização de 
amniocentese, visando avaliar a presença de infecção fetal por análise do líquido amniótico por meio de PCR. 
• Se idade gestacional > 30 semanas, não é necessário avaliar o líquido amniótico. Inicia-se esquema tríplice pela alta probabilidade de 
infecção fetal. 
 
107 
 
ANEXO 7 - FLUXOGRAMA PARA SOROLOGIA POSITIVA PARA O VÍRUS HIV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIM 
 
 
 
 
 
 NÃO 
ACOLHIMENTO COM 
ESCUTA QUALIFICADA E 
ENTREVISTA 
Equipe multiprofissional 
Sorologia 
para HIV 
reagente ou 
teste rápido positivo 
Manter acompanhamento de rotina do pré-natal. 
Fazer aconselhamento pré e pós-teste. 
Teste rápido não reagente: aconselhamento e, 
se houver suspeita de infecção pelo HIV, 
recomenda-se repetir o exame em 30 dias. 
Repetir sorologia (ou TR em situações 
especiais) no 3º trimestre. 
 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
A gestante deve ser encaminhada 
para serviço de pré-natal de alto risco. 
Manter seguimento na Atenção 
Básica. 
Toda gestante infectada pelo HIV deve 
receber TARV durante a gestação, com 
dois objetivos: profilaxia da 
transmissão vertical ou tratamento da 
infecção pelo HIV. 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
O diagnóstico reagente da infecção pelo HIV deve ser realizado mediante pelo menos duas 
etapas de testagem (etapas 1 e 2). 
Eventualmente, podem ocorrer resultados falso-positivos. A falsa positividade na testagem é 
mais frequente na gestação do que em crianças, homens e mulheres não grávidas e pode 
ocorrer em algumas situações clínicas, como no caso de doenças autoimunes. 
Diagnóstico com testes rápidos: a possibilidade de realização do diagnóstico da infecção pelo 
HIV em uma única consulta, com o teste rápido, elimina a necessidade de retorno da gestante 
ao serviço de saúde para conhecer seu estado sorológico e possibilita a acolhida imediata, no 
SUS, das gestantes que vivem com HIV. 
Nos casos de gestantes já sabidamente HIV positiva ou em uso de antirretroviral, encaminhar 
para acompanhamento em serviço de pré-natal de alto risco e Serviço de Atendimento Especializado 
(SAE) e atentar para a prevenção de transmissão vertical. 
O TR se destina a todas as gestantes. 
As gestantes HIV positivas deverão ser orientadas a não amamentar. 
Fonte: BRASIL ( 2016, pag 116). 
108 
 
ANEXO 8 - FLUXOGRAMA PARA QUEIXAS URINÁRIAS NA GESTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SIM SIM 
 
 
 
 
 
 NÃO 
 
 
 
 
 
 
 NÃO 
Fonte: BRASIL (2016, pag. 98). 
ACOLHIMENTO COM 
ESCUTA QUALIFICADA 
E 
ENTREVISTA 
Equipe multiprofissional 
Gestante com queixas 
urinárias 
Apresenta 
sintomas de 
ITU* 
Enfermeiro(a) 
/médico(a) 
 
ITU complicada 
Na suspeita, encaminhar 
a gestante para avaliação 
hospitalar. 
Médico(a) 
ITU não complicada 
Iniciar uso de antibiótico 
de forma empírica, sendo 
que a escolha deve estar 
direcionada para 
cobertura de germes 
comuns e pode ser 
modificada após a 
identificação do agente e 
a determinação de sua 
susceptibilidade. 
 
Médico(a) 
Bacteriúria assintomática 
O tratamento deve ser 
guiado, sempre que 
possível, pelo teste de 
sensibilidade do agente 
observado no 
antibiograma 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
Orientar que o aumento 
do número de micções é 
comum na gestação, por 
conta da compressão da 
bexiga pelo útero 
gravídico, 
diminuindo a capacidade 
volumétrica. 
 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
Antibióticos de escolha no tratamento da bacteriúria assintomática e ITU não complicada em gestantes: 
Nitrofurantoína (100 mg), uma cáp., de 6/6 horas, por 10 dias (evitar após a 36ª semana de gestação); 
Cefalexina (500 mg), uma cáp., de 6/6 horas, por 7 a 10 dias; 
Amoxicilina-clavulanato (500 mg), uma cáp., de 8/8 horas, por 7 a 10 dias. 
 
Enfermeiro(a)/médico(a) 
Repetir urinocultura sete a dez dias após o termino do tratamento. 
Verificar se o quadro de infecção urinária é recorrente ou de repetição. 
Na apresentação de um segundo episódio de bacteriúria assintomática ou ITU não complicada na gravidez, a gestante 
deverá ser encaminhada para avaliação e acompanhamento médico. 
Para orientações referentes à coleta da urinocultura . 
* Sintomas de infecção do trato urinário 
(ITU): 
dor ao urinar; 
dor suprapúbica; 
urgência miccional; 
aumento da frequência urinária; 
nictúria; 
estrangúria; 
presença de sangramento visível na urina. 
** Sintomas sistêmicos: 
febre; 
taquicardia; 
calafrios; 
náuseas; 
vômitos; 
dor lombar, com sinal de giordano 
positivo; 
dor abdominal. 
Apresenta 
sintomas 
sistêmicos** 
Enfermeiro(a) 
/médico(a) 
Urocultura positiva 
Enfermeiro(a) 
/médico(a) 
109 
 
ANEXO 9 - MODELO DE PLANO DE PARTONOME: 
________________________________________________________________________________________________ 
ENDEREÇO:________________________________________________________________ 
DATA:______/_______/________ 
TELEFONE:______________________ E-MAIL: 
_______________________________________________________________ 
 
Estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos. Abaixo listamos nossas preferências em relação 
ao nascimento do nosso filho. Sempre que os planos não puderem ser seguidos, gostaríamos de ser 
previamente avisados e consultados a respeito das alternativas. 
TRABALHO DE PARTO 
 Presença de meu marido e doula. 
 
 Sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) 
 
e enema (lavagem intestinal). 
 
 Sem perfusão contínua de soro e ou ocitocina 
 
 Liberdade para caminhar e escolher 
a posição que quero ficar. 
 
 Uso ilimitado da banheira e/ou chuveiro. 
 
 Peço que não seja oferecido anestésicos 
ou analgésicos. Eu pedirei quando necessário. 
 Sem rompimento artificial de bolsa. 
 
PARTO 
 Prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada 
(costas apoiadas). 
 
 Gostaria de um ambiente 
especialmente calmo nesta hora. 
 
 Não vou tolerar que minha barriga 
seja empurrada para baixo. 
 
 Episiotomia: só se for realmente necessário. 
Não gostaria que fosse uma intervenção de rotina. 
 Quero que as luzes fossem apagadas e o ar 
condicionado desligado na hora do nascimento. 
 
 Gostaria de ter meu bebê colocado de imediato 
no meu colo com liberdade para amamentar. 
 
APÓS O PARTO 
 Aguardar a expulsão espontânea da placenta, 
sem manobras, tração ou massagens. 
 
 Quero ter o bebê comigo o tempo 
todo enquanto eu estiver na sala de parto. 
 Liberação para o apartamento o 
quanto antes com o bebê junto comigo. 
 
CUIDADOS COM A CRIANÇA 
 
 Administração de nitrato de prata ou antibióticos 
oftálmicos apenas se necessário. 
 Quero fazer a amamentação sob 
livre demanda. 
 
 Em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos 
ou qualquer outra coisa ao bebê. 
 
 Alojamento conjunto o tempo todo. Pedirei para levar o bebê 
caso esteja necessite de ajuda. 
 
 Gostaria de dar o banho no meu bebê e fazer as trocas (ou eu 
ou meu marido). 
 
CASO A CESÁREA SEJA NECESSÁRIA 
 
 Exijo o início do trabalho de parto antes de se resolver 
pela cesárea. 
 
 Quero a presença do meu acompanhante e/ou da doula 
na sala de parto. 
 
 Anestesia: peridural, sem sedação em momento 
algum. 
 
 Na hora do nascimento gostaria que o campo 
fosse abaixado para que eu possa vê-lo nascer. 
 
 Gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar 
condicionado desligado. 
 
 Após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê 
sobre meu peito e que minhas mãos estejam livres para 
segurá-lo 
 
 Gostaria de permanecer com o meu filho no contato pele a pele 
enquanto estiver na sala de cirurgia. 
 
 Também gostaria de amamentar o bebê e ter alojamento 
conjunto o quanto antes. 
 
 
Agradeço muito a equipe envolvida e a ajuda para tornar esse momento especial. Muito obrigada! 
 
________________________________ ______________________________________ 
 Assinatura dos pais Assinatura do médico ou enfermeiro da ESF 
 
110 
 
 
ANEXO 10 - ESCALA DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO (EPDS) 
 
Nome: ________________________________________________________________________ 
Data:_____________ Idade do bebê:___________ Pontuação:________ 
Aplicador da escala: _____________________________________________________________ 
 
Dado que teve um bebê há pouco tempo, gostaríamos de saber como se sente. 
Por favor, sublinhe a resposta que mais se aproxima dos seus sentimentos nos últimos 7 dias. 
Obrigado. 
 
Nos últimos 7 dias: 
 
1. Tenho sido capaz de me rir e ver o lado divertido das coisas. 
Tanto como dantes 
Menos do que antes 
Muito menos do que antes 
Nunca 
 
2. Tenho tido esperança no futuro. 
Tanta como sempre tive 
Menos do que costumava ter 
Muito menos do que costumava ter 
Quase nenhuma 
 
3. Tenho-me culpado sem necessidade quando as coisas correm mal. 
Sim, a maioria das vezes 
Sim, algumas vezes 
Raramente 
Não, nunca 
 
4. Tenho estado ansiosa ou preocupada sem motivo. 
Não, nunca 
Quase nunca 
Sim, por vezes 
Sim, muitas vezes 
 
5. Tenho-me sentido com medo ou muito assustada, sem motivo. 
Sim, muitas vezes 
Sim, por vezes 
Não, raramente 
Não, nunca 
 
6. Tenho sentido que são coisas demais para mim. 
Sim, a maioria das vezes não consigo resolvê-las 
Sim, por vezes não tenho conseguido resolvê-las como antes 
Não, a maioria das vezes resolvo-as facilmente 
Não, resolvo-as tão bem como antes 
 
7. Tenho-me sentido tão infeliz que durmo mal. 
Sim, quase sempre 
Sim, por vezes 
Raramente 
Não, nunca 
 
111 
 
 8. Tenho-me sentido triste ou muito infeliz. 
Sim, quase sempre 
Sim, muitas vezes 
Raramente 
Não, nunca 
 
9. Tenho-me sentido tão infeliz que choro. 
Sim, quase sempre 
Sim, muitas vezes 
Só às vezes 
Não, nunca 
 
10. Tive ideias de fazer mal a mim mesma. 
Sim, muitas vezes 
Por vezes 
Muito raramente 
Nunca 
 
 
EPDS – Orientações para cotação 
 As respostas são cotadas de 0, 1, 2 e 3, de acordo com a gravidade crescente dos 
sintomas. 
 As questões 3, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 são cotadas inversamente (3, 2, 1, 0). 
 Cada item é somado aos restantes para obter a pontuação total. 
 
 Uma pontuação de 12 ou mais indica a probabilidade de depressão, mas não a sua 
gravidade. A EPDS foi desenhada para complementar, não para substituir, a avaliação 
clínica. 
 
 
 
 
 
 
Adaptado de Edinburgh Postnatal Depression. Original de JL Cox, JM Holden, R Sagovsky. British Journal Of 
Psychiatry (1987), 150, 782-786. 
Versão Portuguesa: Postnatal depression in an urban area of Portugal: comparison of childbearing women and 
matched controls. Augusto A; Kumar R; Calheiros JM; Matos E; Figueiredo E. Psychol Med, 26 (1):135-41; 1996 
Jan 
Referências bibliográficas: Cepêda T, Brito I, Heitor MJ. Promoção da Saúde Mental na Gravidez e Primeira 
Infância - Manual de Orientação para profissionais de saúde. Lisboa: DGS; 2005 (Disponível em: 
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008180.pdf). 
 
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008180.pdf
112 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais 
de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico]. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2017. 51 p. : il 
 
_____. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Vigitel 2015. Saúde 
Suplementar : vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por 
inquérito telefônico [recurso eletrônico] – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 170 p.: il. 
 
_____. Ministério da Saúde. Caderneta da Gestante. 3ªed. Brasília, DF. 2016. Disponível 
em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/marco/01/Caderneta-Gest-
Internet.pdf>. Acesso em 01 dezembro de 2017. 
 
_____. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / 
Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da 
Saúde, 2016. 230 p. 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Coordenação Nacional de Saúde do Homem. Guia do Pré 
Natal do Parceiro para Profissionais do Parceiro. 1ª ed. Rio de Janeiro,2016. Ministério 
da Saúde. Disponível em https://central3.to.gov.br/arquivo/369122/ acesso em 12 de 
novembro de 2018. 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] 1. ed. rev. – Brasília: 
Editora do Ministério da Saúde, 2013. 318 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, n° 32) 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Programa Nacional de Suplementaçãode ferro: Manual de condutas gerais. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 
 
_____. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2012. 
 
_____. Ministério da saúde. Manual prático para implementação da Rede Cegonha. 
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política 
Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. 5. 
reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 44 p. : il. color. – (Série B. Textos 
Básicos de Saúde) 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria da Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas e Estratégicas. Amamentação e uso de medicamentos e outras 
substâncias. 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programática Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério 
atenção qualificada e humanizada: manual técnico. 3ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
https://central3.to.gov.br/arquivo/369122/
113 
 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas e Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: 
atenção qualificada e humanizada - manual técnico. Brasília, 2005. 
 
_____. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 4. ed. 
Brasília, 2004. 2 volumes. 
 
_____. Humanização de Parto: humanização no pré-natal e nascimento. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2002. 
 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da 
Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília, 2001. 
 
_____. Ministério da Saúde. Programa de Humanização de Pré-Natal e Nascimento. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 
 
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Depressão Pós-natal de Edimburgo para triagem no sistema público de saúde. Rev Saúde 
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Porto velho-RO. In: Anais do PIBIC, Fundação Universidade Federal de Rondônia, 2012. 
 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OMS).Ministério da Saúde. Federação 
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114 
 
 
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s&ordering=&searchphrase=all&Itemid=293&option=com_search. Acessado 15 de 
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http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-a-
puerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-puerperio/manual_tecnicoii.pdf Acessado 
em 14 de dezembro de 2017. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Trends in maternal mortality: 1990 to 2010 
WHO, UNICEF, UNFPA and The World Bank estimates. WHO Press, Geneva, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-a-puerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-puerperio/manual_tecnicoii.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-a-puerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-puerperio/manual_tecnicoii.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

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