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Indicadores fundamentalistas 
 Rentabilidade 
ROE 
ROA 
ROIC 
 Valuation 
P / L 
P / VPA 
PEG Ratio 
EV / EBITDA 
 Eficiência 
Margem Bruta 
Margem Líquida 
Margem EBITDA 
 Endividamento 
DL / PL (Dívida Líquida / Patrimônio Líquido) 
DL / EBITDA (Dívida Líquida / EBITDA) 
Liquidez Corrente 
 Crescimento 
CAGR Lucros 5 anos 
CAPEX 
 Governança Corporativa 
TAG Along 
Free Float 
OBS: NENHUM INDICADOR DEVE SER ANALISADO INDIVIDUALMENTE E 
QUANDO POSSÍVEL É IMPORTANTE AVERIGUAR O HISTÓRICO DO ÍNDICE 
EM QUESTÃO. 
ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) 
Trata-se de um indicador de eficiência de gestão que mensura 
a rentabilidade de uma corporação ao revelar o quanto de lucro a companhia gera 
com o dinheiro investido pelos acionistas. 
ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido 
Quanto maior o ROE de uma empresa, maiores são as chances de 
valorização dos seus ativos. Para as empresas de alto crescimento, você deve 
esperar um ROE maior. 
A definição de um número ideal para o ROE de uma empresa depende de 
diversos fatores. Entre eles, o período analisado, o nível de maturação da empresa, 
seu histórico e o contexto socioeconômico do país. Por isso, a avaliação se os 
números estão bons ou não fica por conta da gestão, que vai considerar todos esses 
fatores em sua análise. 
De qualquer forma, boas avaliações de Retorno sobre Patrimônio Líquido 
costumam ultrapassar os 15% ao ano. 
Calculando a média ROE dos últimos 5 a 10 anos você pode ter uma melhor 
ideia do crescimento histórico da empresa. 
Cuidado com empresas cujo ROE está muito elevado, porém, apresentam 
dívidas que comprometem suas atividades. 
ROA (Retorno sobre Ativos) 
O valor desse indicador, dado em porcentagem, dá aos investidores uma 
ideia de como a empresa está sendo eficaz na conversão dos ativos em dinheiro 
líquido. Desse modo, quanto maior a métrica, melhor para o investidor desse 
negócio. 
Quando uma empresa apresenta um ROA baixo, uma série de motivos 
podem ser os causadores, tais como: investimentos em projetos pouco rentáveis, 
baixa produtividade dos ativos devido a obsolescência ou desperdícios e despesas 
gerais muito elevadas. 
Para uma companhia melhorar os seus indicadores de rentabilidade, é 
preciso que a administração faça constantemente reavaliações do seu negócio, com 
vistas para melhora nas alocações de seus recursos. 
ROA = (Lucro Líquido ÷ Ativo Total) x 100 
Uma empresa pequena com um alto ROA pode dar um salto de crescimento, 
aumentando ainda mais o retorno oferecido a seus acionistas em dividendos e na 
possibilidade de liquidez. 
A avaliação do Retorno sobre Ativos ganha força quando associada a outros 
métodos que permitam ao investidor entender como o empreendimento gera lucros 
e quais são seus planos para o futuro. Empresas que contam com um ROA alto 
podem até indicar um potencial de crescimento. Contudo, isso só deve se sustentar 
se houver um cuidado em manter sua vantagem competitiva, que é o que garante o 
sucesso dos negócios. 
ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) 
Em português, a sigla ROIC (Return on Invested Capital) significa o retorno 
sobre o capital investido. Na prática, ele informa quanto de dinheiro uma empresa é 
capaz de gerar em razão de todo o capital investido, incluindo os aportes por meio 
de dívidas. 
ROIC = NOPLAT / Capital Investido 
Onde: 
NOPLAT: Net Operating Profit Less Adjusted Taxes. Ou seja, representa o lucro 
operacional (ou EBIT) menos os impostos. 
Capital Investido: capital total alocado pela empresa, ou seja, a soma do capital dos 
acionistas com o capital de terceiros. 
Portanto, a principal diferença entre eles é que o ROE mede o quanto de 
rentabilidade o acionista do empreendimento pode esperar, enquanto o ROIC mede 
o quanto os acionistas mais os credores do empreendimento podem esperar. 
 
Vantagens do ROIC 
 Comparar desempenhos: essa métrica é uma excelente forma de comparar o 
desempenho de duas ou mais empresas, de preferência, lotadas no mesmo 
setor de atuação; 
 A sua análise independe da estrutura de capital: ao contrário do que acontece 
com o ROE, a análise pelo ROIC permite uma comparabilidade maior. Isso 
porque nele é inclusa a alavancagem da empresa e não apenas o patrimônio 
líquido dos acionistas; 
 Importante indicador de vantagem competitiva: empresas com esse múltiplo 
elevado, de modo geral, apresentam vantagens competitivas bastante 
significativas em relação aos seus concorrentes. 
Desvantagens do ROIC 
 É apenas um indicador isolado: em análises fundamentalistas, nenhum 
indicador deve ser observado isoladamente, pois há o risco de outros fatores 
importantes deixarem de ser observados; 
 Indica apenas a competência, mas não a geração de caixa: os indicadores de 
resultados utilizados para fazer o calculo dessa métrica estão inseridos no 
regime de competência, o que pode gerar problemas caso a empresa não 
consiga gerir bem a sua carteira de vendas a prazo. 
P/L (Preço / Lucro) 
 Relaciona o preço das ações com o LPA (Lucro Por Ação). 
P/L = Preço da Ação / LPA 
Ele lhe dá uma ideia do quanto o mercado está disposto a pagar pelos lucros 
da empresa. Assim, quanto maior o P/L, maior a disposição do mercado. Alguns 
investidores interpretam um P/L alto como uma ação muito cara, no entanto pode 
também indicar que o mercado tem grandes expectativas sobre a ação e, portanto, 
pressionam para cima o seu preço. 
Por outro lado, um baixo P/L pode indicar uma falta de confiança do mercado 
ou que a ação é uma boa oportunidade de investimento negligenciada pelo 
mercado. 
Ou seja, pode-se dizer que o P/L é um termômetro de confiança dos 
investidores. 
P/VPA (Preço / Valor Patrimonial da Ação) 
É um múltiplo financeiro utilizado por analistas para identificar quando o preço 
de uma ação está subvalorizado ou não. 
É sempre importante lembrar que o VP (Valor Patrimonial) de uma empresa 
por ação é calculado ao dividir o PL (Patrimônio Líquido) pela quantidade de ações 
disponíveis no mercado. Ou seja, a fórmula do VPA é a seguinte: 
VPA = Patrimônio Líquido / Número de ações no mercado 
Tendo o VPA em mãos, para calcular o P / VPA basta apenas dividir o preço 
por esse indicador. 
Em tempo, destacamos que é possível que uma ação esteja sendo negociada 
“em linha” com o seu valor patrimonial. Neste caso, o P / VPA será de 1,00. 
Muitas empresas não são avaliadas somente pela sua posição patrimonial. 
Ou seja, não dá para mensurar o tamanho de um negócio e o seu crescimento 
apenas pelo tamanho do seu Patrimônio Líquido. Firmas de tecnologia, por exemplo, 
possuem patrimônios bem limitados para o tamanho do seu negócio. 
Exemplos no Brasil podem ser empresas como Cielo, Multiplus e até alguns 
bancos como o Inter. Essas empresas possuem patrimônio, mas ele está limitado a 
alguns escritórios, talvez um prédio ou um punhado de agências. 
Além disso, o que a firma tem é o seu nome e um modelo de negócios, 
portanto o valor da empresa não está em seu patrimônio atual, mas sim no seu 
potencial de geração de valor. No entanto, o mesmo não pode ser dito quando 
mensuramos empresas que trabalham com gestão patrimonial ou “holdings”. Essas 
firmas podem contar com uma rotação pequena de ativos (uma vez que seus 
estoques são constituídos de ativos de alto valor e pouco líquidos). Esses ativos 
podem registrar um alto valor no patrimônio da firma e, portanto, em uma análise 
assim faria sentido dar uma relevância maior ao P/VPA. 
PEG Ratio 
(P/L) / CAGR do Lucro 
Em outras palavras trata-se da cotação da ação pelo lucro por ação, divididos 
pela taxa de crescimento da receita. 
É utilizado para medir o valor de uma ação, considerando o crescimento dos 
lucros da empresa. 
Um valor < 1 pode indicar uma ótima oportunidade de investimento. Por outro 
lado, muito maior que 1 pode indicar que estão esperando muito crescimento da 
empresa. 
EV / EBITDA 
Ao obter a relação entreo EV e o EBITDA, o investidor consegue descobrir, 
em tese, em quanto tempo o lucro operacional da companhia seria capaz de pagar o 
investimento feito em uma aquisição. Além disso, esse indicador permite comparar 
empresas de diferentes setores e países, já que o EBITDA não leva em conta 
especificidades da legislação, que mudam para empresas de diferentes setores. 
O primeiro indicador, que se posiciona no numerador da divisão, é o 
Enterprise Value (EV); no Brasil, Valor da Firma. O segundo indicador é o Earnings 
Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA); no Brasil, Lucro 
Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA). Esse indicador 
expressa o resultado operacional antes de descontar: juros, impostos, depreciação 
de bens e amortizações. 
Ao analisar o resultado do EV/EBITDA, você precisa entender o que provoca 
a variação deste resultado. Assim, conseguirá entender se é melhor um resultado 
alto ou baixo. Para iniciar a análise, pense o que representa o EV. 
Em síntese, é o valor que o mercado atribui para a empresa (cotações), 
somado ao valor das dívidas dessa empresa, descontando-se o que há disponível 
para pagamento (caixa e outras disponibilidades). Como o EV está no numerador, 
quanto maior o Valor da Firma, sem alterar o EBITDA, maior o resultado. Isso é 
bom? Depende! 
Pense o seguinte: se apenas o EV aumenta, significa que: 
Aspecto positivo: o mercado está mais otimista em relação à empresa, as dívidas 
diminuíram e/ou o caixa aumentou. 
Aspecto negativo: o resultado operacional estagnou. 
Chega-se a essa conclusão, porque o EBITDA representa aquilo que a 
empresa faz com o próprio dinheiro; ou seja, os resultados que produz, sem os 
descontos relacionados com impostos, depreciações ou amortizações. 
Então, se apenas o EV aumenta, significa que a empresa está aumentando 
de tamanho, mas produzindo o mesmo resultado. Diante disso, faça a seguinte 
pergunta: se a empresa não está aumentando seu resultado, para onde vai o 
dinheiro? Há muitas respostas para essa pergunta e nem todas indicam desvios ou 
ações fraudulentas. Por isso, sempre analise EV/EBITDA com o apoio de outros 
indicadores. 
Agora, analise o cenário em que apenas o EBITDA aumenta. Nesse caso, 
significa que a empresa com o mesmo tamanho e recursos (EV) conseguiu atingir 
um resultado maior. Como o EBITDA está no denominador, o resultado da divisão 
tende a diminuir. 
Então, quer dizer que EV/EBITDA bem baixo é perfeito? Não! Afinal, você 
pode chegar a esse resultado com a redução do EV, o que pode significar que o 
mercado está não acredita na empresa ou que o caixa está estourado. 
Você descobre que o EV/EBITDA da Weg está próximo de 20. E daí? Agora, 
você precisa saber como utilizar esse indicador. Um dos modos de maior 
funcionalidade é a comparação entre empresas. Lembre sempre que estamos 
falando de um indicador que relaciona o quanto a empresa consegue produzir com o 
seu tamanho. 
Além disso, como o EBITDA utilizado para o cálculo é o valor anunciado para 
os últimos 12 meses, há uma conclusão ainda mais prática deste indicador. O 
número 20 pode ser lido como 20 anos. Leia-se da seguinte forma: 
“O tempo para retorno do investimento da própria empresa (EV) se mantiver a 
mesma produção operacional do último ano (EBITDA 12 meses) é de 20 anos” 
Margem Bruta 
 
Mede a lucratividade do “chão de fabrica” de uma empresa. Ela é formada 
pela divisão entre o lucro bruto pela receita normalmente bruta, embora possa ser 
usada a receita líquida visto que não é obrigatório que uma empresa divulgue sua 
receita bruta. 
Margens altas são um indicativo que a companhia possui algum grau de 
liberdade para estabelecer o preço de seus produtos e serviços acima dos seus 
custos de produção. 
Se uma organização não possui vantagem competitiva, ela estará 
automaticamente a mercê de competidores mais agressivos, dos quais possuem 
uma estratégia mais voltada em diminuir os preços de vendas, o que naturalmente 
diminui a receita e traz quedas à margem para o setor como um todo. 
Como regra geral (e existem exceções) as empresas com margens de lucro 
bruto de 40% ou mais, tendem a ter alguma vantagem competitiva durável. Por outro 
lado, companhias com margens abaixo de 20% costumam estar lotadas em setores 
extremamente competitivos, dos quais nenhuma empresa possui uma vantagem que 
a diferencie das demais. Esse é o caso das empresas de varejo ou aviação civil, 
onde é muito comum vermos uma “guerra de preços” para atrair clientes. 
 
 
Margem Líquida 
Margem Líquida = (Lucro Líquido/ Receita Bruta) x 100 
É o resultado da divisão do lucro líquido da companhia pela receita líquida 
após todos os impostos e tributos serem devidamente deduzidos. Ou seja, é o 
resultado líquido de suas vendas no período de tempo em questão. Dessa forma, é 
válido destacar que a essa métrica financeira possui uma ligação direta com o nível 
de rentabilidade que uma empresa consegue demonstrar em suas operações. Por 
ser normalmente um número menor que 1, é comum que se multiplique essa 
proporção por 100 para se obter, assim, a porcentagem deste valor. 
Empresas do setor de transmissão de energia, comumente, possuem 
margens altas. Enquanto empresas de varejo, geralmente, apresentam números 
baixos neste indicador. 
Existe a possibilidade de uma companhia apresentar uma margem de 
lucro negativa. Para que isso aconteça, basta que a empresa em questão tenha 
apresentado, naquele intervalo de tempo, um prejuízo líquido, visto que o mesmo 
entraria negativo na fórmula matemática referenciada anteriormente, o que resultaria 
em um resultado também negativo. 
Enquanto uma margem líquida alta pode ser um sinal de vantagem 
competitiva e concorrência baixa, o contrário é verdade para margens baixas. Afinal, 
os setores nos quais a concorrência é maior são os que apresentam menores 
margens, como por exemplo, o varejo. 
Empresas que conseguem expandir suas operações enquanto mantém ou até 
crescem suas margens, tendem a serem companhias de sucesso. Muitas empresas, 
para obter ganhos de market share, abrem mão momentaneamente de suas 
margens de lucro. Já algumas empresas conseguem, mesmo durante o processo de 
expansão, manter ou até elevar as suas margens. Isto é ótima para essas 
empresas, pois assim é possível se manter muito lucrativa durante o crescimento. 
Assim, gerando cada vez mais caixa para financiar novas expansões. 
Portanto, quando o investidor se deparar com uma empresa que consegue 
crescer enquanto mantém sua margem líquida alta, é possível que ele esteja diante 
de uma oportunidade. 
Margem EBITDA 
Margem EBITDA = (EBITDA / Receita líquida) x 100 
Muitos analistas gostam de observar essa margem, pois ela mostra a 
lucratividade de uma empresa antes das deduções que pouco tem a ver com o 
processo de tomada de decisão comercial de um negócio. 
Então, temos que as deduções de juros, impostos, depreciação e 
amortização, embora importantes para serem levados em consideração, não fazem 
parte do resultado operacional de uma empresa. 
Companhias altamente endividadas não devem ser mensuradas pelo 
desempenho da sua margem EBITDA, porque o pagamento de juros é excluído 
dessa métrica quando pegamos o resultado puramente operacional de uma 
companhia. 
Além disso, a margem EBITDA geralmente é maior do que a margem líquida, 
e as empresas com baixa lucratividade dependerão da margem operacional com 
uma medida para o seu sucesso no mercado financeiro. 
Desse modo esteja atento da próxima vez que ver uma companhia dando 
muito mais ênfase a margem EBITDA em detrimento dos resultados líquidos do seu 
negócio. 
DL / PL (Dívida Líquida / Patrimônio Líquido) 
Quanto menor for este índice, mais saudável financeiramente está a 
companhia. Quanto maior, mais alavancada está a empresa, o que aumenta o risco 
para os investidores. 
Outra forma usual de olhar para o endividamento dasempresas é usando o 
indicador Dívida Líquida / EBITDA quando estamos avaliando empresas que 
possuem uma elevada rentabilidade. 
https://www.euqueroinvestir.com/divida-liquida-ebitda-mostra-o-quanto-uma-empresa-esta-alavancada-entenda-como-funciona/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/risco-sistematico-e-nao-sistematico/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/risco-sistematico-e-nao-sistematico/
Primeiramente, a dívida líquida é a soma do volume de empréstimos e 
financiamentos menos o caixa e equivalentes de caixa da empresa. Já o patrimônio 
líquido representa o total de bens e direitos de uma empresa (como dinheiro em 
caixa e imóveis) menos o valor de todas as obrigações e dívidas a pagar. 
Devemos entender que quando uma empresa decide financiar as suas 
operações com capital de terceiros, (ou seja, endividamento) ela acredita que, no 
futuro, poderá gerar mais lucros dos quais serão suficientes para pagar os juros 
dessa dívida. Caso os ganhos nos lucros forem num montante superior ao custo 
dessa dívida, então os acionistas se beneficiariam dessa geração de valor adicional. 
Porém, se o custo do financiamento da dívida acabar superando os retornos 
amealhados pela empresa, então a companhia estará destruindo valor para os seus 
acionistas com essa operação. 
Caso a dívida de forma repentina apresente custos elevadíssimos para a 
empresa (como aconteceu no Brasil, na recente alta de juros) ela pode 
simplesmente levar o negócio a falência ou a um processo de recuperação judicial. 
Regra de bolso: importante que esteja abaixo de 100% e de preferência 
menor que 50%. 
DL / EBITDA (Dívida Líquida / EBITDA) 
Sua função é analisar a capacidade de uma empresa honrar seu 
endividamento frente a sua geração de caixa. 
Consideramos que esse múltiplo deve ser inferior a 3x e preferencialmente 
inferior a 2x, para uma empresa sólida. Acima desses patamares o endividamento 
começa a prejudicar a geração de caixa da empresa, consumindo a maior parte da 
geração de caixa operacional. 
Valores de 4x para cima são considerados muito alto, pois indica que é 
menos provável que a empresa seja capaz de cumprir suas obrigações o que pode 
levá-la a ter dificuldades de crescimento. 
 
 
Liquidez Corrente 
Ativo Circulante / Passivo Circulante 
Importante métrica caso queira observar ações que paguem dividendos 
recorrentes. 
Ajuda a medir a saúde financeira de curto prazo das 
companhias. Especificamente, mede a capacidade da empresa de pagar os seus 
compromissos de curto prazo somente com os seus ativos com maior liquidez. 
Graham sugere um mínimo de 1,5 ou 2 para esse indicador. Valores menores 
ou iguais a 1 não necessariamente são ruins, como no caso da AMBEV que trabalha 
com fluxo de caixa rígido. 
CAGR Lucros 5 anos (Compound Annual Growth Rate) 
CAGR é a sigla para Compound Annual Growth Rate, ou taxa de 
crescimento anual composta. 
 
Onde: 
VF = Valor Final do Investimento; 
VI = Valor Inicial do Investimento; 
n = número de anos do investimento. 
Esse indicador não considera a volatilidade do crescimento, que é comum em 
qualquer tipo de aplicação (exceto nos títulos prefixados). 
Além disso, a taxa de crescimento anual composto não leva em conta 
os aportes e resgates em uma carteira durante o período calculado, correndo o risco 
de inflacionar ou deflacionar o resultado. 
Outro detalhe importante é que a taxa não leva em conta os riscos da 
aplicação — e vale lembrar que rentabilidade passada não garante a futura. 
Por isso, é importante encarar a CAGR sempre como um número fictício, que 
representa o retorno do investimento caso tivesse crescido a uma taxa constante, 
para efeitos de comparação. 
Outro ponto de atenção: o CAGR dos lucros pode divergir muito do CAGR do 
faturamento. Lucros são muito voláteis e um resultado não recorrente de um ano 
específico pode esticar o CAGR para níveis fora da realidade do que a empresa 
realmente tem condições de crescer. 
Sempre que olhar para o crescimento dos lucros, nunca se esqueça de olhar 
para o crescimento da receita. Uma maior margem líquida (lucro/receita líquida) 
pode sim representar uma melhoria operacional mais duradoura, mas também pode 
representar apenas um reconhecimento contábil não recorrente. 
CAPEX (Capital Expenditure) 
O CAPEX é o dinheiro que é investido em instalações e equipamentos para a 
atividade da empresa ou mesmo a implantação de um novo sistema ERP. Falando 
de contabilidade, é o dinheiro utilizado para a compra de imobilizado e intangível. 
Lembre-se que o imobilizado corresponde aos bens tangíveis (imóveis 
máquinas e bens dessa natureza). Já o intangível, como o próprio nome indica, são 
os bens que não podem ser tocados, mas tem um valor de mercado (marcas, 
softwares, patentes). 
Existem diversos tipos de demonstrativos financeiros. Para localizar o 
CAPEX, é necessário usar o fluxo de caixa, mais especificamente dentro da parte de 
investimentos. 
De forma geral, você encontrará a linha de descrição como "despesas de 
capital", "aquisições de imobilizado", "despesas de aquisição" ou "adições ao 
imobilizado". 
 
 
Exemplo: 
 
Veja neste caso que a empresa Cielo nunca precisou de muito investimento 
em CAPEX para dar lucro. O CAPEX esteve sempre menor que o FCO e o lucro 
líquido até 2015. Mas em 2015 houve um grande investimento e o CAPEX chegou a 
234% do lucro e 301 do FCO. O endividamento esteve bem alto, mas a partir de 
2016 parece que os investimentos começaram a dar o seu retorno. O lucro passou 
de 3.651 para 4.183 e o FCO deu um salto impressionante de 2.842 para 5.129. 
Note que o endividamento vem voltando para níveis baixos. Neste caso parece que 
o CAPEX melhorou a empresa. 
Depois de saber o que é CAPEX e ver este exemplo prático podemos 
entender sua importância. O indicador CAPEX/FCO pode nos indicar coisas 
importantes. 
Ele mostra se a empresa gera dinheiro em caixa suficiente para atender suas 
necessidades de investimento. Quando o CAPEX/FCO é maior que 100% quer dizer 
que a empresa investiu mais do que o caixa que entrou nas atividades operacionais. 
Não quer dizer que isso seja ruim, pode até ser bom no futuro como é o caso 
da Cielo. Já se a empresa mantém o CAPEX maior que o FCO por muito tempo sem 
que os investimentos deem retorno, a dívida aumenta, como na Petrobras. 
Tag Along 
Tag Along é uma ferramenta de segurança garantida aos acionistas 
minoritários de uma companhia, permitindo que tais acionistas deixem a sociedade 
caso o controle da empresa passe para um novo investidor, que até então não tinha 
participação no negócio. Ou seja, sempre que o controle da empresa for vendido, o 
novo controlador deverá oferecer aos minoritários ON, pelo menos, 80% do valor 
pago para comprar as ações do bloco de controle. A venda por parte dos acionistas 
é opcional, isso é, fica a critério do minoritário a decisão de vender ou não as ações 
que possui daquela companhia. 
É importante mencionar que os acionistas preferenciais não tem essa 
proteção garantida por lei. Ou seja, o novo controlador não é obrigado a fazer 
uma OPA para comprar as ações dos preferencialistas. Em muitos casos, é 
oferecido a esses acionistas um preço inferior ao valor pago para comprar as ações 
ON. E isso costuma refletir em uma desvalorização da PN frente à ON no curto 
prazo. Esse foi o caso das Ações da Ambev. Quando houve acordo com a 
companhia belga Interbrew, as ações PN, que não tinham Tag Along, 
desvalorizaram enquanto as ON aumentaram de preço. Por isso, o preferencialista 
que desejava sair da companhia teve que aceitar um preço muito menor em 
comparação ao preço pago para a ON. De fato, esse é o risco de quando algum 
investidor adquire papéis sem o direito de vender suas ações ao novo controlador 
por um preço justo. 
Já no caso das Units, que são uma composição de ON e PN, a proteção 
corresponde apenas à parcela das ON. Por exemplo, uma Unit formada por 1 ON + 
4PNteria proteção somente para 20% da sua composição de ações. 
Esse tipo de garantia pode ser um incentivo para aquelas pessoas que têm 
interesse em começar a aplicar os seus recursos no mercado de ações, mas têm 
medo de serem prejudicadas pelos interesses dos controladores, que podem ser 
conflitantes. 
O novo controlador, além de ter que fazer a OPA, tem a opção de realizar um 
pagamento de um prêmio aos minoritários para que não vendam sua participação. 
Nesse caso, esse prêmio é dado pela diferença entre o preço de mercado da ação e 
o preço pago para adquirir o controle. Ou seja, na prática é como se a empresa 
oferecesse aos minoritários o mesmo preço pago aos antigos controladores. 
Free Float 
Free Float = Qtde de ações livres no mercado / Total de ações da empresa 
O Free Float é um indicador empregado para as empresas de capital aberto, 
isto é, organizações que apresentam ações disponíveis para negociação na Bolsa 
de Valores. Essa ferramenta é responsável por medir a quantidade de ações em 
livre circulação no mercado e é fundamental para garantir um nível mínimo de 
negociações e promover a liquidez das ações na bolsa. 
Quando se fala em ações de livre circulação são aquelas liberadas para 
negociação (compra e venda) dentro da Bolsa de Valores, ou seja, são os papeis 
que ficam disponíveis para acionistas minoritários. 
Nesse contexto, estão excluídas ações dos acionistas majoritários, os 
chamados controladores. Isso acontece porque eles não abrirão essas ações ao 
mercado, pois significaria um risco de perda de controle da empresa. 
Além destas, também não são ações livres aquelas que estão sob posse de 
outros controladores da organização, ações em tesouraria ou outros papeis listados 
como classe especial. O restante, sim, é contabilizado para o Free Float 
No Brasil, há uma tendência à concentração do poder acionário na mão de 
poucos investidores, o que dificulta a atuação no mercado de renda variável. Logo, 
uma cota mínima de ações flutuando livremente facilita a compra e venda dos ativos 
e assegura a velocidade de conversão dos papéis em dinheiro — além de gerar uma 
precificação adequada. Isso porque, quanto mais ações a empresa tiver circulando 
no mercado, maior será o número de transações realizadas e sua capacidade de 
negociação.

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