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<p>1</p><p>LEVANTAMENTO DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS</p><p>SÓLIDOS URBANOS NA CIDADE DE</p><p>FLORIANÓPOLIS.</p><p>Eurípedes Fullin Barco1</p><p>Felix Fuck</p><p>Gustavo Budal Arins</p><p>Raquiane Couto de Oliveira</p><p>Willian Jucelio Goetten2</p><p>RESUMO</p><p>Esse tema tem como objetivo, destacar as características da coleta de resíduos sólidos do município de</p><p>Florianópolis, onde constituiu-se uma análise entre a percepção de aumento populacional, bem como o</p><p>atendimento a essa população, tendo em vista a importância tecnológica e turística que a Ilha de</p><p>Florianópolis possui na região. Assim sendo pode se entender que esse trabalho buscou compreender as</p><p>nuances do processo de tratamento e recolhimento dos resíduos sólidos e como essa trabalho foi</p><p>estruturado, destacando programas aos quais possam ser evidenciados e analisado pelo viés do</p><p>consumismo populacional do município e as ações para o seu atendimento e a capacidade de recolhimento</p><p>desses recursos e quais o desafios para o manutenção e melhoria dos processos de coleta de resíduos</p><p>sólidos e o atendimento em suas localidades.</p><p>Palavras-chave</p><p>Crescimento populacional; Consumismo; PNRS.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A escolha do tema desta pesquisa deu-se pelo fato, de que atualmente a quantidade de resíduos</p><p>sólidos urbanos produzidos pela população, é cada vez maior decorrente de uma sociedade altamente</p><p>consumista, e sem a mínima preocupação com os resíduos que estão sendo gerados. A crescente produção</p><p>de resíduos sólidos é um desafio cada vez mais relevante em todo o mundo, e o aumento da população é</p><p>um fator significativo que contribui para essa questão. Com o crescimento populacional, há um aumento</p><p>proporcional no consumo de bens e, consequentemente, na geração de resíduos sólidos. Esse fenômeno</p><p>coloca pressão adicional sobre os sistemas de gestão de resíduos existentes, levando a impactos</p><p>ambientais, de saúde e econômicos. Além de que este assunto, referente aos resíduos sólidos ser tema de</p><p>1 Acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária</p><p>2 Tutor Externo no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Engenharia Ambiental e Sanitária (FLC0364ENS) – Seminário</p><p>Interdisciplinar: Projeto de Saneamento – 16/06/2024.</p><p>2</p><p>muitos debates nos últimos anos.</p><p>Florianópolis é “Considerada um dos principais polos de tecnologia digital do país, se mostra como</p><p>uma motivação para o estudo dessa temática em Florianópolis, pois se espera que o avanço tecnológico</p><p>possa, de alguma forma, auxiliar na discussão sobre o tema” (Observa Floripa 2024).</p><p>O Município de Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina no sul do Brasil, é</p><p>maioritariamente constituída pela Ilha de Santa Catarina, e famosa por suas praias, e pela Ponte Hercílio</p><p>Luz, sendo um dos seus principais cartões-postais (Figura 1). De acordo com o Instituto Brasileiro de</p><p>Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 a população de Florianópolis era de 421.240 habitantes, contudo</p><p>em 2022 o número cresceu para 537.211 habitantes com uma densidade demográfica de 796,05 hab/km².</p><p>Figura 1: Ponte Hercílio Luz um dos principais cartões-postais de Florianópolis</p><p>Fonte: https://<fiesc.com.br/sites/default/files/styles/800x533/public/galeria/2023-03/ponte-hercilio-</p><p>luz.jpg?itok=fI4WiuCr</p><p>Diante disso, a pergunta central deste projeto é “examinar qual foi o aumento da população urbana</p><p>do município de Florianópolis – SC entre os Censos de 2010 e 2022 e também verificar qual o aumento</p><p>da produção de resíduos sólidos urbanos no mesmo período, o que tem sido feito para melhorar a coleta</p><p>de resíduos e os projetos oferecidos para diminuir os impactos ambientais.” O objetivo é oferecer uma</p><p>análise dessas abordagens, identificando seus pontos fortes e fracos, analisando o que melhorou nessa</p><p>última década. Com esta pesquisa pode-se conhecer um pouco mais sobre a realidade da capital do estado</p><p>de Santa Catarina em relação ao crescimento populacional e resíduos gerados, e também sobre a coleta</p><p>3</p><p>de resíduos sólidos urbanos e descartes.</p><p>2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>A produção de resíduos sólidos faz parte das atividades diárias das pessoas, seja em nossas</p><p>residências, nas indústrias, nos serviços, enfim, em todas as atividades humanas nos deparamos com</p><p>sobras de materiais (XAVIER, 2022).</p><p>Segundo Goetten et al (2019), a produção de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) vem crescendo</p><p>com o passar dos anos em um ritmo extremamente elevado, grande parte disso se deve ao aumento do</p><p>consumo de produtos industrializados e pela abundância dos materiais descartáveis pela sociedade.</p><p>Porém, o problema da crescente produção de resíduos sólidos que estamos vivendo nos últimos</p><p>anos, não é recente, durante a Idade Média (século XIV), o lixo propiciou a proliferação de ratos,</p><p>culminando na epidemia da peste bubônica que matou 1/3 da população. Com a Revolução Industrial, a</p><p>Europa experimentou um aumento massivo da produção de resíduos, assim como os efeitos deletérios de</p><p>seu descarte inadequado (Nascimento et al, 2021).</p><p>O aumento populacional e o aumento do consumo agem como devoradores dos recursos naturais</p><p>e geram cada vez mais resíduos, desde a produção industrial até o descarte final do lixo produzido,</p><p>incluindo a geração de CO2 e a poluição do solo e dos rios (EDWARDS, 2008).</p><p>De acordo com a World Comission on Environment and Development (2007), prevê-se que até o</p><p>ano de 2050 a classe média mundial (maior parcela da população consumista) triplicará, triplicando</p><p>também o volume de lixo descartado.</p><p>Conforme esclarece Philippi Jr. (2005), a questão dos resíduos sólidos é uma questão pública que</p><p>envolve a sociedade e interesses econômicos, aspectos culturais e políticos.</p><p>No qual, o Brasil está entre um dos maiores produtores de resíduos sólidos do mundo e, grande</p><p>parte desses resíduos não encontram um destino correto para seu descarte, sendo que seu destino final e</p><p>mais adequado deve ser o aterro sanitário.</p><p>Contudo, na prática, nem sempre isso é o que acontece, tendo em vista que em várias cidades do</p><p>Brasil o descarte dos resíduos sólidos ainda é alocado em lixões a céu aberto. Este destino incorreto, acaba</p><p>poluindo o solo e os lençóis freáticos. Segundo Szigethy e Antenor:</p><p>Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um dos países que mais gera resíduos sólidos</p><p>- materiais, substâncias e objetos descartados - cuja destinação final deveria receber tratamento</p><p>com soluções economicamente viáveis, de acordo com a legislação e as tecnologias atualmente</p><p>disponíveis, mas acabam, ainda em parte, sendo despejados a céu aberto, lançados na rede pública</p><p>de esgotos ou até queimados.</p><p>A lei N° 12.305, aprovada em 2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos</p><p>(PNRS), estabelece um pacto nacional para a gestão do lixo produzido pela sociedade. Pois somos</p><p>4</p><p>responsáveis por todo o processo, desde sua produção até seu destino final, segundo o site ipea.gov.br:</p><p>No Brasil, após uma discussão de cerca de 20 anos, em meio a uma situação que seguia sem</p><p>controle, o governo federal promulgou em 2010 a lei 12.305, que estabeleceu a PNRS, marco</p><p>regulatório que prevê a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo</p><p>originalmente um prazo de quatro anos para a disposição final ambientalmente adequada dos</p><p>rejeitos, cabendo aos municípios a responsabilidade pelos resíduos gerados em seus territórios.</p><p>Embora tenha expirado em 2014 o prazo inicial para que os municípios se adequassem à</p><p>legislação, dados da Abrelpe mostram que mais da metade das cidades do país, algo em torno de</p><p>53%, ainda não cumpriram a determinação legal.</p><p>Segundo (Marchese et al., 2010), essa política pode ser considerada como um marco regulatório</p><p>de resíduos sólidos, dando bases para o desenvolvimento social, ambiental e econômico, uma vez que</p><p>propõe que</p><p>o lixo deixe de ser problema para ser gerador de novas riquezas e negócios, sendo que é</p><p>responsabilidade dos municípios a gestão dos resíduos sólidos (Lei no 12.305, 2010).</p><p>A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010 e</p><p>regulamentada pelo Decreto Federal no 7.404 de 23 de dezembro de 2010, institui algumas diretrizes</p><p>sobre o assunto. Em seu artigo terceiro a Política Nacional de Resíduos Sólidos destaca alguns conceitos-</p><p>chave que são apresentados no quadro 1.</p><p>Quadro 1: Conceitos-chave da Lei no 12.305/2010</p><p>Termo Definição</p><p>Acordo setorial Ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes,</p><p>importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a</p><p>implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do</p><p>produto.</p><p>Ciclo de vida do produto Série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção</p><p>de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a</p><p>disposição final.</p><p>Destinação final</p><p>ambientalmente adequada</p><p>Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a</p><p>compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras</p><p>destinações admitidas pelos órgãos competentes.</p><p>Disposição final</p><p>ambientalmente adequada</p><p>Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas</p><p>operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública</p><p>e à segurança e minimizar os impactos ambientais adversos.</p><p>Geradores de resíduos</p><p>sólidos</p><p>Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram</p><p>resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluindo o consumo.</p><p>Gerenciamento de resíduos</p><p>sólidos</p><p>Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de</p><p>coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final</p><p>ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final</p><p>ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de</p><p>5</p><p>gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de</p><p>resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei.</p><p>Gestão integrada de</p><p>resíduos sólidos</p><p>Conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos</p><p>sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica,</p><p>ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do</p><p>desenvolvimento sustentável.</p><p>Logística reversa Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por</p><p>um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a</p><p>coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para</p><p>reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra</p><p>destinação final ambientalmente adequada.</p><p>Responsabilidade</p><p>compartilhada pelo ciclo</p><p>de vida dos produtos</p><p>Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes,</p><p>importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos</p><p>titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos</p><p>resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos</p><p>gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e</p><p>à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos</p><p>termos desta Lei.</p><p>Fonte: Lei nº 12.305 (2010)</p><p>No que tange as definições apresentadas no texto da Política Nacional de Resíduos Sólidos –</p><p>PNRS, (Ponce et al Torres e Ferraresi, 2012) estabelece, com base na PNRS, um nível de prioridade para</p><p>a tomada de decisão na gestão dos resíduos sólidos, como pode ser observado no quadro 2.</p><p>Quadro 2: Prioridade para tomada de decisão na gestão dos resíduos sólidos.</p><p>Prioridade Atividade executada</p><p>1 Não geração de resíduos</p><p>2 Redução de resíduos</p><p>3 Reutilização</p><p>4 Reciclagem</p><p>5 Tratamento dos resíduos</p><p>6 Logística reversa dos resíduos</p><p>7 Disposição final dos rejeitos</p><p>Fonte: Ponce et al Torres e Ferraresi (2012)</p><p>A Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos</p><p>(PNRS), em seu artigo terceiro define resíduos sólidos como:</p><p>6</p><p>“Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade,</p><p>a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados</p><p>sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades</p><p>tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para</p><p>isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (Lei</p><p>no 12.305, 2010)”.</p><p>A PNRS define a coleta como uma das atividades integrantes do gerenciamento de resíduos</p><p>sólidos. A Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, em seu artigo terceiro, afirma que o gerenciamento de</p><p>resíduos sólidos diz respeito ao:</p><p>“Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,</p><p>tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final</p><p>ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com o plano municipal de gestão integrada de</p><p>resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei</p><p>(Lei no 12.305, 2010)”.</p><p>Em relação aos tipos de coleta, de acordo com Leite (2003), existem três tipos: coleta de lixo</p><p>urbano (que alguns autores classificam como convencional), a coleta seletiva e a coleta informal, sendo</p><p>que cada tipo apresenta suas particularidades, vantagens e desvantagens. Ainda segundo o autor, o método</p><p>de coleta deve ser determinado levando-se em consideração os mais diversos fatores, como, por exemplo,</p><p>ambientais, sociais e econômicos. O quadro 3 objetiva apresentar de forma resumida a definição de cada</p><p>tipo de coleta segundo Leite (2003).</p><p>Quadro 3: Principais tipos de coleta e suas definições</p><p>Tipo de coleta Definição</p><p>Convencional Nesse tipo de coleta é recolhido o lixo urbano, ou seja, os resíduos</p><p>orgânicos e inorgânicos misturados.</p><p>Seletiva Diz respeito à coleta de porta em porta e a coleta em ponto de entrega</p><p>voluntária de produtos recicláveis.</p><p>Informal Coleta manual de pequenas quantidades de resíduos.</p><p>Fonte: Leite (2003)</p><p>Segundo o CREA-SC,” Já em 2012, todas as cidades catarinenses destinavam seus resíduos</p><p>urbanos para aterros sanitários, uma grande evolução em relação a outras cidades do país”, mesmo que o</p><p>estado tenha saído na frente e sendo uma referência nacional, todavia:</p><p>Esta informação é um pouco mascarada, tendo em vista que a avaliação feita não menciona as</p><p>condições que os ditos "aterros sanitários" se encontram no estado. É fato que muitos deles estão</p><p>em péssimas condições de operação, podendo causar danos ambientais similares ao de um lixão. .</p><p>Mas em fim, já é um avanço”, observa o engenheiro sanitarista e ambiental Mark Jacobowitz Rae.</p><p>Mark atua na Resiliens Soluções Ambientais e é membro da Associação Catarinense de</p><p>Engenheiros Sanitaristas e Ambientais (ACESA).</p><p>7</p><p>Com o advento da a Lei Federal nº 12.305, de 02.08.2010, que instituiu a Política Nacional de</p><p>Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.404, de 23.12.2010, criou-se a exigência de</p><p>elaboração pelos municípios dos seus respectivos Planos Municipais de Gestão integrada de Resíduos</p><p>Sólidos (PMGIRS), inclusive como condição para terem acesso a recursos federais, através de incentivos</p><p>financiamentos, (BRASIL, 2010).</p><p>Para o Governo Federal, é importante que os municípios se articulem, com o intuito de construírem</p><p>políticas públicas de resíduos sólidos integradas e que complementem a Política Nacional, buscando</p><p>alternativas que otimizem recursos e se traduzam em oportunidades de negócios com promoção de</p><p>emprego e renda e também receitas para os municípios.</p><p>O Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina, instituído pela Lei N° 14.675, de 13 de</p><p>abril de 2009, alterado pela Lei N° 16.342,</p><p>de 21 de janeiro de 2014, estabelece que planos municipais de</p><p>resíduos sólidos sejam o principio da busca da cooperação em soluções consorciadas e/ou compartilhadas</p><p>entre municípios de Santa Catarina, (ALESC, 2009).</p><p>Considerando os novos marcos regulatórios nacionais e a Política Nacional de Resíduos Sólidos –</p><p>PNRS, o município passou a ter obrigações e metas na gestão dos resíduos sólidos definidas por estas leis</p><p>bem como os planos nacionais, estaduais e municipais de saneamento básico e de resíduos sólidos.</p><p>Levando em conta as metas e prazos estabelecidos, o Plano Municipal de Gerenciamento de</p><p>Resíduos Sólidos – PMGIRS da cidade de Florianópolis, que é a capital do estado de Santa Catarina,</p><p>segundo o Censo IBGE 2022, seu território ocupa a área de 674 km², no qual grande parte do território</p><p>está situado na Ilha de Santa Catarina (97,2%) e o restante está localizado na parte continental, conforme</p><p>figura 2.</p><p>Figura 2: Localização de Florianópolis.</p><p>Fonte: Município de Florianópolis (PMGIRS)</p><p>8</p><p>O município de Florianópolis é o segundo mais populoso do Estado segundo o IBGE (2022), sendo</p><p>que no último censo, havia 537.211 habitantes, no qual apresenta um elevado índice de urbanização e</p><p>com uma densidade demográfica de 796,05 hab/km².</p><p>A cidade de Florianópolis apresenta 87,8% de domicílios com esgotamento sanitário adequado,</p><p>32% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 54,4% de domicílios urbanos em vias</p><p>públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio), (IBGE,</p><p>2022).</p><p>A destinação final de resíduos em Florianópolis tem sido um problema antigo e complicado.</p><p>Inicialmente, em 1830, uma lei determinou que o lixo urbano fosse descartado nos rios e no mar para</p><p>evitar o acúmulo nas ruas e terrenos baldios. O serviço de remoção de lixo só começou em 1877, sendo</p><p>realizado por particulares com carroções puxados por burros, e o destino final era as praias da Baía Norte.</p><p>Em 1914, para resolver o problema do acúmulo de lixo nas praias, foi construído o forno do lixo próximo</p><p>à Ponte Hercílio Luz, onde os resíduos da capital eram queimados, funcionando por quase meio século.</p><p>Com o aumento da população e da produção de resíduos, em 1958, surgiu o lixão da cidade. Os</p><p>resíduos sólidos passaram a ser dispostos no manguezal do Itacorubi, em uma área de</p><p>aproximadamente 12 hectares. Foi assim durante mais de 30 anos, acarretando sérios problemas</p><p>de saúde pública e de degradação do mangue. O lixão do Itacorubi foi desativado em 1990, graças</p><p>à pressão popular. Na área, a partir de 2000, foi implantado projeto de recuperação e organização</p><p>paisagística. Hoje abriga o Centro de Transferência de Resíduos Sólidos (CTReS), com Estação</p><p>de Transbordo da Comcap, centro de triagem gerenciado por associação de catadores, espaço de</p><p>educação ambiental e o Museu do Lixo (PMF, 2024).</p><p>Alguns indicadores atuais da produção de residuos sólidos, fornecidos pela Prefeitura Municipal</p><p>de Florianópolis, destaca-se:</p><p> A coleta seletiva atende 100% dos bairros da cidade, sendo que 70% dos domicílios são</p><p>atendidos pelo sistema porta a porta e o restante por rua geral, lixeira comunitária ou entrega</p><p>voluntária</p><p> O sistema tem um índice de inclusão de catadores de 62%</p><p> A produção de resíduos na Capital é de 35,83 quilos por habitante/mês</p><p> A produção da coleta seletiva (materiais que seguem para reciclagem) corresponde a 7% do total</p><p>de resíduos coletados em Florianópolis</p><p> Fora o que é reciclado, 100% dos resíduos recolhidos pela Comcap são encaminhados para aterro</p><p>sanitário.</p><p>3. MATERIAIS E MÉTODOS</p><p>O método de pesquisa usada neste trabalho, foi a compilação de vários artigos científicos, livros,</p><p>revistas eletrônicas sendo usado vários trechos devidamente referenciados para a produção deste trabalho.</p><p>O estudo foi realizado principalmente na Companhia Melhoramentos da Capital (COMCAP), que</p><p>foi fundada em 22 de julho de 1971 por meio da Lei Municipal nº 1.022, e é a empresa responsável pela</p><p>9</p><p>coleta de resíduos sólidos e pela limpeza pública na cidade de Florianópolis desde 1976. É legalmente</p><p>enquadrada como uma sociedade de economia mista de direito privado, sendo a Prefeitura Municipal de</p><p>Florianópolis sua acionista majoritária, Figura 3.</p><p>Figura 3: Veículos da COMCAP</p><p>Fonte:https://lh3.googleusercontent.com/p/AF1QipOcp9hmf9JQCkibQO84ukqHr_f4f6Tm6u_Jzwe</p><p>B=s1360-w1360-h1020</p><p>As áreas de atuação da empresa são: coleta convencional e seletiva, remoção de lixo pesado e de</p><p>entulho, capina manual e mecanizada, roçagem e varrição, administração de estacionamentos e sanitários</p><p>públicos, limpeza em eventos promovidos pela Prefeitura Municipal, programas de mutirões de limpeza;</p><p>educação ambiental e mobilização comunitária, elaboração de projetos voltados ao Gerenciamento de</p><p>Resíduos Sólidos e a captação de recursos junto ao Governo Federal e Estadual.</p><p>A decisão de focalizar a empresa se deu com base no papel central que a mesma ocupa na</p><p>implementação de políticas públicas no âmbito dos resíduos sólidos, já que é a única empresa que possui</p><p>caráter público-institucional, por ser subordinada ao Poder Executivo, para prestação dos serviços</p><p>mencionados.</p><p>O presente estudo caracteriza-se por ser um método de pesquisa que objetiva descrever e analisar</p><p>o atual cenário do gerenciamento de resíduos sólidos realizado pela COMCAP no município de</p><p>Florianópolis. Segundo Vergara (2007), a pesquisa descritiva deve expor as características de uma</p><p>determinada população ou fenômeno. A respeito do estudo de caso, Triviños (2006) relata que o mesmo</p><p>tem como objetivo descrever de forma mais detalhada determinada realidade e que os resultados da</p><p>pesquisa são apenas válidos para o caso em si.</p><p>4. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A cidade de Florianópolis possui um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos</p><p>(PMGIRS), instituído pelo decreto municipal nº 17.910 em 22 de agosto de 2017. Este plano foi elaborado</p><p>por técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e da COMCAP, com o apoio de uma consultoria</p><p>especializada em gestão de resíduos sólidos urbanos. O PMGIRS complementa o Plano Municipal</p><p>https://lh3.googleusercontent.com/p/AF1QipOcp9hmf9JQCkibQO84ukqHr_f4f6Tm6u_JzweB=s1360-w1360-h1020</p><p>https://lh3.googleusercontent.com/p/AF1QipOcp9hmf9JQCkibQO84ukqHr_f4f6Tm6u_JzweB=s1360-w1360-h1020</p><p>10</p><p>Integrado de Saneamento Básico (PMISB) no que se refere à limpeza urbana e ao manejo de resíduos</p><p>sólidos. Além disso o município definiu programas, metas e ações, visando aumentar os índices de</p><p>reciclagem e compostagem para atender às determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos</p><p>(PNRS).</p><p>Segundo dados do Censo 2022 do IBGE, a população total do município de Florianópolis passou</p><p>de 421.240, em 2010, para 537.211 habitantes, em 2022, o que representa um crescimento de 21,58%.</p><p>Por sua vez, a geração de resíduos sólidos também aumentou no mesmo período, passando de 155.771</p><p>toneladas, no ano de 2010, para 240.089 toneladas, no ano de 2022. Estes valores representam um</p><p>crescimento de 35,11% na geração de resíduos sólidos e demonstra que a taxa de geração per capita anual</p><p>de resíduos sólidos também teve aumento no mesmo período, passando de 0,37 ton/hab.ano para 0,45</p><p>ton/hab.ano, representando um crescimento per capita de 18%, como podemos verificar no quadro 4.</p><p>Quadro 4: Comparativo entre crescimento populacional e crescimento na geração de resíduos</p><p>sólidos de Florianópolis</p><p>CRESCIMENTO POPULAÇIONAL E SEU REFLEXO</p><p>NA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS</p><p>ANO</p><p>POPULAÇÃO</p><p>(Habitantes)</p><p>GERAÇÃO ANUAL</p><p>DE RESÍDUOS</p><p>SÓLIDOS</p><p>(toneladas)</p><p>GERAÇÃO PER</p><p>CAPITA</p><p>(ton/hab.ano)</p><p>2010 421.240 155.771 0,37</p><p>2022 537.211 240.089 0,45</p><p>CRESCIMENTO 21,58% 35,11% 18%</p><p>Fonte: Adaptado de COMCAP/IBGE</p><p>Em relação ao descarte dos resíduos sólidos mais de 90% dos resíduos gerados, todo rejeito, é</p><p>transportado</p><p>para o CGR Biguaçú (Centro de Gerenciamento de Resíduos), a 40 km do transbordo, devido</p><p>ao alto índice de rejeito produzido e desviado ao CGR, Florianópolis tem como objetivo o Programa</p><p>Florianópolis Capital Lixo Zero até 2030 (DECRETO Nº 18.646/2018).</p><p>Uma das metas do projeto segundo (BRAGA 2019), é “Desviar do aterro sanitário 60% de</p><p>recicláveis secos (vidro, metal, plástico, papel e papelão), e 90% dos resíduos orgânicos (restos de</p><p>cozinha, quintal e jardim)”, no entanto, segundo Dorneles (2021):</p><p>A estimativa é que, em 2030, a coleta seletiva amplie de 12 mil para 50 mil toneladas ano. Também</p><p>trabalhamos para que a valorização de orgânicos que hoje é de 4,6 mil toneladas salte para 66 mil</p><p>toneladas. Se hoje Floripa já ganha R$ 9,9 milhões com a reciclagem, passaremos a reinserir no</p><p>ciclo econômico ou da natureza, por meio da agricultura urbana, valor equivalente a R$ 55</p><p>milhões. Sem contar a riqueza intangível de melhorar muito a pegada ecológica dessa cidade linda</p><p>e frágil que hoje importa 65% da água que consome e exporta 90% dos resíduos que gera.</p><p>11</p><p>Figura 4: Coleta Seletiva de Vidro</p><p>Fonte: Foto divulgação COMCAP</p><p>Com isso, poderemos afirmar que se o “Programa Florianópolis Capital Lixo Zero” for eficaz, não</p><p>teremos mais um aumento na produção de resíduos, mas a tendência é diminuir em 13.37% á produção</p><p>se comparada com a de 2022, veja a comparação no gráfico 1.</p><p>Gráfico 1: Geração de Resíduos</p><p>Fonte: Os Autores</p><p>54%</p><p>46%</p><p>Geração de Resíduos</p><p>2022</p><p>2030</p><p>12</p><p>No endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Florianópolis</p><p>(https://www.pmf.sc.gov.br/entidades/residuos/index.php?cms=residuometro+em+tempo+real&menu=0</p><p>), podemos acompanhar em tempo real o Residuômetro, no qual fornece dados da coleta de resíduos, para</p><p>que a população acompanhe quanto de resíduos é gerado no município, conforme figura 5.</p><p>Figura 5: Residuômetro</p><p>Fonte: PMF</p><p>Os resultados previstos com as metas do projeto lixo zero para 2030, são recuperar 66 mil ton/ano</p><p>de resíduos orgânicos, para geração de resíduos compostáveis que serão doados para a agricultura urbana</p><p>com ganhos de R$ 11,7 milhões, haverá uma tendência de aumento na coleta dos resíduos recicláveis que</p><p>serão desviados do aterro sanitário, para 54 mil ton/ano, que serão doados para a geração de renda com a</p><p>comercialização destes materiais para associações de triadores, com ganhos de R$ 39 milhões e o rejeito</p><p>que não tem como desviar do aterro sanitário, terá uma redução para 88 mil ton/ano, com custos de R$</p><p>13,8 milhões, para o destino final do rejeito no Centro de Gerenciamento de Resíduos de Biguaçú (CGR),</p><p>como podemos observar na figura 6.</p><p>https://www.pmf.sc.gov.br/entidades/residuos/index.php?cms=residuometro+em+tempo+real&menu=0</p><p>https://www.pmf.sc.gov.br/entidades/residuos/index.php?cms=residuometro+em+tempo+real&menu=0</p><p>13</p><p>Figura 6: Mapa de resíduos</p><p>Fonte: Floripa Lixo Zero 2030</p><p>No ano de 2010 segundo (PMF, 2011), “Foram coletadas pelo sistema porta-a-porta 155.123,82</p><p>toneladas de resíduos sólidos no ano, sendo que deste total, 149.020,26 toneladas foram recolhidas pela</p><p>coleta convencional e destinadas ao aterro sanitário (96%) e 6.103,56 toneladas foram recolhidas pela</p><p>coleta seletiva ” e em 2020 segundo (Floripa Lixo Zero 2030, 2019), o Rejeito chegou a 188 mil ton/ano,</p><p>e teve custo estimado em R$ 29,5 milhões, tendo como destino final o aterro sanitário” e a projeção para</p><p>2030, é uma redução da coleta de resíduos sólidos para 88 mil ton/ano, com um custo estimado em R$</p><p>13,8 milhões.</p><p>Gráfico 2: Resíduos e seus descartes</p><p>14</p><p>Fonte: Os Autores</p><p>Podemos observar no gráfico 2 um dos pontos positivos, de 2010 até 2020 apesar do aumento da</p><p>produção de resíduos sólidos, houve um aumento de 96.62% na destinação do resíduo reciclado, e se</p><p>comparamos com o esperado para 2030 esse número ainda sobe mais, chegando em 784.81%. Outro</p><p>ponto positivo que podemos observar é o descarte de resíduo orgânico, que em 2010 não tinha uma</p><p>segregação adequada, na qual ia tudo para o aterro sanitário, em 2020 já foi recolhido 4.600 mil toneladas</p><p>no ano com descarte adequado, e o esperado para 2030 é de 66.000 mil toneladas no ano, com um aumento</p><p>de 1334.78%. E por último, os rejeitos com destino ao aterro, em 2010 apenas 2.68% dos resíduos sólidos</p><p>recolhidos não era destinado ao aterro, em 2020 8.11% já tinha outro destino como a coleta seletiva e</p><p>acabava sendo reciclado e o resíduo orgânico para um lugar adequado, sendo que em 2030 a meta é que</p><p>57.69% de todo os resíduos sólidos coletados tenham o seu descarte para a reciclagem e para a</p><p>compostagem do material orgânicos. Um dos pontos negativos e fraco que podemos observar segundo o</p><p>(RAPI 2023);</p><p>Quanto à Gestão de Resíduos Sólidos, uma capital que pretende ser Lixo Zero em 2030 não</p><p>poderia admitir que a menos de sete anos desta meta, somente 3,58% dos resíduos sólidos</p><p>orgânicos estejam sendo coletados de forma diferenciada e que apenas 7,60% dos resíduos sejam</p><p>destinados para reciclagem. “A crise climática que estamos enfrentando, os alertas dados pela</p><p>própria natureza e a possibilidade de um melhor aproveitamento desta fração dos resíduos sólidos</p><p>urbanos, deveriam induzir a administração à introdução de uma política séria para seu</p><p>aproveitamento, já que as tecnologias estão, há décadas, disponíveis”, destaca Ivo Sostizzo.</p><p>Podemos afirmar após analisar os dados, que desde 2010 houve muita mudança e progresso no</p><p>qual melhorou muito, mas tem muito a ser feito em Florianópolis, no Brasil e no Mundo.</p><p>Em resumo, todo esse programa tende a fornecer uma análise para essa abordagem, identificando</p><p>as diferenças entre as vulnerabilidades e aperfeiçoamentos, onde fora observado os pontos de melhora</p><p>nessa última década. Com esta pesquisa pode-se conhecer um pouco mais sobre a realidade da capital do</p><p>155,123.82</p><p>204.600</p><p>208.000</p><p>149,020.26</p><p>188,000</p><p>88,000</p><p>6,103.56</p><p>12,000</p><p>54,000</p><p>0</p><p>4,600</p><p>66,000</p><p>0.00</p><p>50,000.00</p><p>100,000.00</p><p>150,000.00</p><p>200,000.00</p><p>250,000.00</p><p>300,000.00</p><p>2010 2020 2030</p><p>Gráfico de Geração de Resíduos e Seus descartes</p><p>Total T/Ano Rejeito nos Aterro Reciclagem Orgânico</p><p>15</p><p>estado de Santa Catarina em detrimento ao aumento populacional, resíduos gerados e também acerca da</p><p>coleta do mesmo e ao destino dos seus descartes.</p><p>5. CONCLUSÃO</p><p>Ao precisar a análise acerca do grande crescimento, no qual a cidade de Florianópolis sofreu nos</p><p>últimos anos, tendo em vista a estrutura sanitária, pode se afirmar que, carece de uma ampliação</p><p>Porém, pode se notar que a estrutura atualmente da Prefeitura Municipal de Florianópolis, foi um</p><p>ponto importante na melhora do cenário atual, contudo a meta ousada, dos órgãos públicos é um fator de</p><p>alerta, visto que será necessário, fazer uma projeção para um futuro a longo prazo, para que o</p><p>planejamento possa ser algo eficaz e claro nas aplicações dos recursos públicos.</p><p>Nota-se, que o aumento populacional é parte do processo migratório, porém, deve se perceber que,</p><p>á uma necessidade de compreender o sistema e entender suas necessidades e carências, e desenvolver uma</p><p>capacidade de compreensão e melhoria contínua no sistema de coleta de resíduos sólidos, com a</p><p>segregação dos resíduos no início da cadeia do processo pela população, contudo, é importante que aja</p><p>uma mudança na mentalidade da população em geral.</p><p>Entende se, que mesmo com o processo de desenvolvimento da sociedade e o convívio com o meio</p><p>ambiente, percebemos que cada localidade tem o dever de planejar e estruturar todos esses recursos e</p><p>sistemas sanitários com o propósito de evitar que a sociedade venha a ter problemas sanitários, vindo a</p><p>impactar os sistemas de saúde dos municípios.</p><p>O compromisso do Município de Florianópolis de implementar o programa de “LIXO ZERO”, até</p><p>2030, é uma meta ousada, visto que mesmo com a tendência do aumento da população, se for eficaz,</p><p>os</p><p>resíduos sólidos urbanos, promoverá ganho de renda para as associações de triadores, devido a destinação</p><p>do material reciclado, e recuperar os resíduos orgânicos, para geração de resíduos compostáveis que serão</p><p>doados para a agricultura urbana, tendo em vista também que a vida útil do Centro de Gerenciamento de</p><p>Resíduos de Biguaçú, tende a se estender por mais tempo, com o Plano Municipal de Gestão Integrada de</p><p>Resíduos Sólidos.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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