Prévia do material em texto
<p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 1</p><p>Demonstração do Valor Adicionado (DVA)</p><p>Ivonaldo Brandani Gusmão, Prof. Dr.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário Aula 5 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA)</p><p>Fonte:</p><p>Manual de contabilidade societária : aplicável a todas as</p><p>sociedades: de acordo com as normas internacionais e do CPC.</p><p>Ernesto Rubens Gelbcke ... [et al.]. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.</p><p>Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). (2008). CPC 09 -</p><p>Demonstração do Valor Adicionado (DVA).</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 2</p><p>Objetivo da Aula</p><p>Discutir aspectos conceituais e empíricos das</p><p>contas da Demonstração do Valor</p><p>Adicionado (DVA);</p><p>Discutir a estrutura da Demonstração do</p><p>Valor Adicionado (DVA);</p><p>Técnicas para elaborar a Demonstração do</p><p>Valor Adicionado (DVA).</p><p>Demonstração</p><p>do Valor</p><p>Adicionado</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário Sumário</p><p>• Objetivo e benefícios das informações da DVA</p><p>• Elaboração e apresentação da DVA</p><p>• Modelo e técnicas para elaborar a DVA</p><p>• Aspectos conceituais discutíveis da DVA</p><p>• Análise da DVA</p><p>• Tratamento para as pequenas e médias empresas</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 3</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 1. Introdução</p><p>A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) não era obrigatória no</p><p>Brasil, até a promulgação da Lei nº 11.638/07, que introduziu alterações</p><p>à Lei nº 6.404/76, tornando obrigatória, para as companhias abertas, a</p><p>elaboração e divulgação da DVA como parte das demonstrações</p><p>contábeis divulgadas ao final de cada exercício.</p><p>Antes de se tornar obrigatória para companhias abertas, a DVA era</p><p>incentivada e sua divulgação apoiada pela Comissão de Valores</p><p>Mobiliários (CVM), que sugeriu a utilização do modelo elaborado pela</p><p>Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuariais e Financeiras</p><p>(FIPECAFI), reforçando o incentivo e apoio relacionados a períodos de</p><p>elaboração nos quais era incentivada a publicação voluntária de</p><p>informações de natureza social.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 1. Introdução</p><p>O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) também estabeleceu</p><p>procedimentos para evidenciação voluntária de informações</p><p>econômicas e financeiras relacionadas ao valor adicionado pela</p><p>entidade e sua distribuição através da NBC T 3.7 – Demonstração do</p><p>Valor Adicionado (2005) e atualmente revogada, sugerindo um modelo</p><p>que muito se assemelha ao proposto pela FIPECAFI.</p><p>Para orientar a elaboração e divulgação da DVA, o Comitê de</p><p>Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu o Pronunciamento Técnico</p><p>CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (2008), o qual foi</p><p>aprovado pela Deliberação CVM nº 557/2008, para as companhias</p><p>abertas e pela Resolução CFC nº 1.138/08 para os profissionais de</p><p>contabilidade das entidades não sujeitas a alguma regulação contábil</p><p>específica.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 4</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 1. Introdução</p><p>O objetivo da DVA é demonstrar qual foi o valor adicionado</p><p>produzido por uma entidade e para quem foi distribuído.</p><p>O conceito de valor adicionado está relacionado com o conceito de</p><p>riqueza produzida.</p><p>Em macroeconomia essa riqueza é medida em termos agregados, e</p><p>denominado Produto Interno Bruto (PIB), com o objetivo de medir a</p><p>atividade econômica de um país, região, estado etc.</p><p>A DVA mede a riqueza produzida por uma entidade, no caso, aquela</p><p>que está reportando suas demonstrações contábeis. Incluindo a</p><p>DVA.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 1. Introdução</p><p>Assim, pode-se dizer que o valor adicionado apresentado na DVA</p><p>seria uma espécie de PIB microeconômico, ou seja, esse valor</p><p>adicionado seria equivalente, conceitualmente, ao pedaço do PIB</p><p>agregado com que aquela entidade contribuiu na economia.</p><p>Na literatura econômica e contábil, há diferentes definições formais</p><p>para o conceito de valor adicionado.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 5</p><p>S</p><p>OBJETIVO E BENEFÍCIOS DAS</p><p>INFORMAÇÕES DA DVA</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 2. Objetivos da DVA</p><p>A DVA tem por objetivo demonstrar o valor da riqueza econômica</p><p>gerada pelas atividades da empresa como resultante de um esforço</p><p>coletivo e sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a</p><p>sua criação.</p><p>Desse modo, a DVA acaba por prestar informações a todos os agentes</p><p>econômicos interessados na empresa, tais como empregados, clientes,</p><p>fornecedores, financiadores e governo.</p><p>Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor</p><p>Adicionado (2008), valor adicionado representa a riqueza criada pela</p><p>empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das</p><p>vendas e os insumos adquiridos de terceiros.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 6</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 2. Objetivos da DVA</p><p>Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja,</p><p>produzido por terceiros e transferido à entidade.</p><p>A DVA está fundamentada em conceito macroeconômico, buscando</p><p>apresentar, sem dupla contagem, a parcela de contribuição que a</p><p>empresa tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB).</p><p>Todavia, existem diferenças entre a forma de cálculo do valor</p><p>adicionado entre os modelos contábil e econômico.</p><p>Sob o ponto de vista econômico, o cálculo do PIB baseia-se na</p><p>produção, enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da</p><p>realização da receita, ou seja, baseia-se no regime de competência.</p><p>Logo, há uma diferença temporal entre os dois conceitos.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 2. Objetivos da DVA</p><p>A riqueza gerada pela empresa, medida com utilização do conceito</p><p>contábil, é assim calculada:</p><p>VENDAS MENOS INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS MENOS</p><p>DEPRECIAÇÃO</p><p>Isso corresponde à diferença entre o valor recebido de terceiros pelas</p><p>receitas menos o valor desembolsado a terceiros para aquisição dos</p><p>insumos utilizados nesse processo. Logo, corresponde ao valor</p><p>adicionado pela empresa.</p><p>Em princípio, a soma dos valores adicionados pelas empresas,</p><p>profissionais liberais, governo e demais agentes econômicos dá o</p><p>Produto Interno Bruto (PIB).</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 7</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 2. Objetivos da DVA</p><p>Essa riqueza gerada é mostrada, na DVA, como se distribui entre o</p><p>capital (juros a financiadores externos</p><p>e lucro dos sócios), o trabalho</p><p>(mão de obra) e o governo (tributos).</p><p>Quando se calcula de forma agregada para o país, a parte que vai para</p><p>o governo se distribui da mesma forma, exceto para si mesmo</p><p>(tributos).</p><p>Assim, quando se olha a economia</p><p>como um todo, o valor agregado</p><p>geral do país (PIB) é distribuído</p><p>entre juros, lucros e salários.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 2. Objetivos da DVA</p><p>As informações disponibilizadas nessa demonstração são importantes</p><p>para:</p><p>• analisar a capacidade de geração de valor e a forma de distribuição</p><p>das riquezas de cada empresa;</p><p>• permitir a análise do desempenho econômico da empresa;</p><p>• auxiliar no cálculo do PIB e de indicadores sociais;</p><p>• fornecer informações sobre os benefícios (remunerações) obtidos</p><p>por cada um dos fatores de produção (trabalhadores e</p><p>financiadores, acionistas ou credores) e governo;</p><p>• auxiliar a empresa a informar sua contribuição na formação da</p><p>riqueza à região, Estado, país etc. em que se encontra instalada.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 8</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário</p><p>ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO</p><p>A elaboração e divulgação da DVA, para atender aos requisitos</p><p>estabelecidos no CPC 09 (2008) e na legislação societária, deverá:</p><p>• ser feita com base no princípio contábil da competência;</p><p>• ser apresentada de forma comparativa (período atual e anterior);</p><p>• ser feita com base nas demonstrações consolidadas, e não pelo</p><p>somatório das Demonstrações do Valor Adicionado individuais, no</p><p>caso da divulgação da DVA consolidada;</p><p>2. Objetivos da DVA</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário</p><p>• incluir a participação dos acionistas não controladores no</p><p>componente relativo à distribuição do valor adicionado, no caso da</p><p>divulgação da DVA consolidada;</p><p>• ser consistente com a demonstração do resultado e conciliada em</p><p>registros auxiliares mantidos pela entidade; e</p><p>• ser objeto de revisão ou auditoria se a entidade possuir auditores</p><p>externos independentes que revisem ou auditem suas</p><p>Demonstrações Contábeis.</p><p>2. Objetivos da DVA</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 9</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário</p><p>IMPORTÂNCIA DA DVA</p><p>A DVA está intimamente ligada ao conceito de riqueza, que por sua vez</p><p>está relacionado com o PIB.</p><p>Desse modo, pode-se perceber a importância da DVA por duas</p><p>diferentes perspectivas:</p><p>• Do ponto de vista da entidade, a DVA representa a parcela da</p><p>riqueza produzida por aquela entidade, ou seja, demonstra qual é a</p><p>sua contribuição para o aumento (ou, porventura, diminuição ) do</p><p>PIB de determinado período e , ainda, de que maneira essa riquesa</p><p>estálo sendo distribuiída;</p><p>2. Objetivos da DVA</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário</p><p>• Do ponto de vista macroeconômico, se fosse consolidado as DVAs</p><p>de todas as entidades de uma nação, teriam outra metodologia,</p><p>baseada em princípios e normas contábeis, para o cálculo do PIB.</p><p>Também é possível do ponto de vista agregado, utilizar as DVAs</p><p>consolidadas para análise de indicadores para definições de</p><p>políticas.</p><p>É possível que um governo avalie como um conjunto de entidades está</p><p>explorando determinada região, como está criando riqueza e de que</p><p>maneira ela está sendo distribuída.</p><p>Assim, a DVA mostra-se um instrumento útil para uma série de análises</p><p>micro e macroeconômicas que podem ser realizadas a partir de seus</p><p>dados.</p><p>2. Objetivos da DVA</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 10</p><p>S</p><p>MODELO E TÉCNICA DE ELABORAÇÃO</p><p>DA DVA</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>Para elaborar e apresentar a DVA devem ser seguidos o modelo e as</p><p>orientações do CPC 09 (2008).</p><p>Salienta-se que as informações necessárias para a elaboração da DVA</p><p>são extraídas da contabilidade, especialmente da Demonstração do</p><p>Resultado e, portanto, devem seguir o regime de competência de</p><p>exercícios.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 11</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – EMPRESAS EM GERAL</p><p>DESCRIÇÃO Em milhares</p><p>de reais</p><p>20X1</p><p>Em milhares</p><p>de reais</p><p>20X0</p><p>1 – RECEITA</p><p>1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços</p><p>1.2) Outras receitas</p><p>1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios</p><p>1.4) Perdas estimadas em créditos de liquidação</p><p>duvidosa – Reversão/(Constituição)</p><p>2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS</p><p>(inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)</p><p>2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos</p><p>serviços vendidos</p><p>2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>2.3) Perda/Recuperação de valores ativos</p><p>2.4) Outras (especificar)</p><p>3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1 – 2)</p><p>4 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO</p><p>5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3 – 4)</p><p>6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA</p><p>6.1) Resultado de equivalência patrimonial</p><p>6.2) Receitas financeiras</p><p>6.3) Outras</p><p>7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6)</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 12</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)</p><p>8.1) Pessoal</p><p>8.1.1 – Remuneração direta</p><p>8.1.2 – Benefícios</p><p>8.1.3 – FGTS</p><p>8.2) Impostos, taxas e contribuições</p><p>8.2.1 – Federais</p><p>8.2.2 – Estaduais</p><p>8.2.3 – Municipais</p><p>8.3) Remuneração de capitais de terceiros</p><p>8.3.1 – Juros</p><p>8.3.2 – Aluguéis</p><p>8.3.3 – Outras</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8.4) Remuneração de capitais próprios</p><p>8.4.1 – Juros sobre o capital próprio</p><p>8.4.2 – Dividendos</p><p>8.4.3 – Lucros retidos/Prejuízo do exercício</p><p>8.4.4 – Participação dos não controladores nos lucros retidos (só</p><p>p/ consolidação)</p><p>(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 13</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações</p><p>finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO</p><p>1 RECEITAS (soma dos itens 1.1 a 1.4)</p><p>1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços</p><p>Inclui os valores do ICMS, IPI, PIS e COFINS incidentes sobre essas</p><p>receitas, ou seja, corresponde à receita bruta ou faturamento bruto,</p><p>mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora</p><p>do cômputo dessas receitas.</p><p>1.2 Outras receitas</p><p>Inclui valores oriundos, principalmente, de baixas por alienação de</p><p>ativos não circulantes, tais como: ganhos ou perdas na baixa de</p><p>imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de investimentos etc.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>1.3 Receitas relativas à construção de ativos próprios</p><p>Inclui valores relativos à construção de ativos para uso próprio, tais</p><p>como: materiais, mão de obra, aluguéis, serviços terceirizados etc. Para</p><p>evitar que a depreciação tenha que ser dividida dentre esses diversos</p><p>componentes do ativo construído, os valores gastos na construção são</p><p>reconhecidos como receitas na construção de ativos próprios.</p><p>Simultaneamente, os gastos relativos a essa construção devem ser</p><p>apropriados na DVA obedecendo-se a natureza de cada um deles.</p><p>Destaca-se que esse tratamento visa simplificar controles adicionais que</p><p>poderiam ser bastante complexos, além de aproximar os conceitos</p><p>contábil e econômico de valor adicionado.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 14</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>A aproximação mais completa seria se o ativo construído para uso</p><p>próprio fosse valorado, na DVA, pelo valor de mercado, e a diferença</p><p>incluída como resultado da entidade; isso porque, na Economia, o valor</p><p>agregado é calculado em função da produção, mas pelo valor de</p><p>mercado.</p><p>1.4 Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa</p><p>Inclui os valores relativos às perdas estimadas apropriadas ao resultado,</p><p>bem como sua respectiva reversão.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (soma dos itens 2.1 a 2.4)</p><p>2.1 Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos</p><p>Embora o CPC 09 (2008) utilize a terminologia “custo dos produtos”,</p><p>neste item da DVA devem ser considerados apenas os insumos</p><p>adquiridos de terceiros, tais como: matéria-prima, material de</p><p>embalagem e outros, tratados como custo dos produtos vendidos.</p><p>Raciocínio idêntico deve ser utilizado para as mercadorias e serviços</p><p>adquiridos de terceiros, quando vendidos.</p><p>Nesses valores, diferentemente do tratamento dado na demonstração</p><p>de resultado, devem ser considerados os tributos incluídos no momento</p><p>da compra, recuperáveis ou não.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 15</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros</p><p>Inclui valores relativos à utilização de materiais diversos, utilidades e</p><p>serviços adquiridos de terceiros. Esses itens, geralmente, são</p><p>considerados como despesas na DRE. Assim como no item 2.1, devem</p><p>ser considerados os impostos incidentes na compra, recuperáveis ou</p><p>não.</p><p>2.3 Perda/Recuperação de valores ativos</p><p>Inclui valores reconhecidos no resultado do período, tanto da</p><p>constituição quanto da reversão de perdas estimadas com</p><p>desvalorização e redução ao valor recuperável de ativos, conforme</p><p>Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de</p><p>Ativos (2010).</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>2.4 Outras (especificar)</p><p>Inclui demais valores reconhecidos no resultado do período,</p><p>compreendendo respectivos tributos recuperáveis ou não,</p><p>caracterizados como insumos adquiridos de terceiros e eventualmente</p><p>não discriminados nas demais classificações do presente grupo.</p><p>3 VALOR ADICIONADO BRUTO (diferença entre os itens 1 e 2)</p><p>4 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO</p><p>Inclui as despesas e custos com depreciação, amortização e exaustão</p><p>contabilizadas no período.</p><p>5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE</p><p>(diferença entre os itens 3 e 4)</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 16</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (soma dos itens</p><p>6.1 a 6.3)</p><p>Corresponde à riqueza gerada por outras empresas, porém recebida em</p><p>transferência.</p><p>6.1 Resultado de equivalência patrimonial</p><p>Inclui o resultado da equivalência patrimonial, seja positiva ou negativa.</p><p>6.2 Receitas financeiras</p><p>Inclui todas as receitas financeiras independentemente de sua origem,</p><p>inclusive as variações cambiais ativas, desde que consideradas no</p><p>resultado do exercício.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>6.3 Outras</p><p>Inclui demais receitas recebidas em transferência, que transitaram em</p><p>resultado, como, por exemplo, dividendos de empresas investidas</p><p>avaliadas pelo método de custo, aluguéis e direitos de franquia.</p><p>7 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (soma dos itens 5 e 6)</p><p>Corresponde à riqueza gerada pela empresa acrescida da riqueza gerada</p><p>por outras empresas e recebida em transferência.</p><p>8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (soma dos itens 8.1 a 8.4)</p><p>8.1 Pessoal</p><p>Este item corresponde à parcela da riqueza distribuída ao corpo</p><p>funcional da empresa, o que na DRE pode estar apropriado ao custo do</p><p>produto vendido ou como despesa do exercício. A distribuição da</p><p>riqueza obtida deve ser evidenciada da seguinte forma:</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 17</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8.1.1 – Remuneração direta</p><p>Inclui salários, 13o salário, férias, horas extras, participação de</p><p>empregados nos lucros, honorários etc. Salientamos que neste item não</p><p>devem ser incluídos os encargos patronais com INSS.</p><p>8.1.2 – Benefícios</p><p>Inclui valores relativos à assistência médica, alimentação, transporte,</p><p>planos de aposentadoria etc.</p><p>8.1.3 – FGTS</p><p>Representado pelos valores depositados em conta vinculada dos</p><p>empregados.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8.2 – Impostos, taxas e contribuições</p><p>Inclui imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições</p><p>ao INSS que sejam ônus do empregador e quaisquer outros impostos e</p><p>contribuições a que a empresa esteja sujeita.</p><p>Para os impostos compensáveis, tais como</p><p>ICMS, IPI, PIS e COFINS,</p><p>devem ser considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos,</p><p>representado pela diferença entre os impostos incidentes sobre as</p><p>receitas e os impostos considerados juntamente com os insumos</p><p>adquiridos de terceiros, no item 2.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 18</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>A apresentação dos impostos, taxas e contribuições deve ser segregada</p><p>da seguinte forma:</p><p>8.2.1 – Federais</p><p>Inclui IRPJ, CSLL, IPI, CIDE, PIS, COFINS e contribuição sindical patronal.</p><p>8.2.2 – Estaduais</p><p>Inclui ICMS e IPVA.</p><p>8.2.3 – Municipais</p><p>Inclui ISS e IPTU.</p><p>8.3 – Remuneração de capitais de terceiros</p><p>Corresponde aos valores pagos ou creditados aos financiadores</p><p>externos de capital e deve ser apresentada da seguinte forma:</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8.3.1 – Juros</p><p>Inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas,</p><p>relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a</p><p>instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de</p><p>obtenção de recursos.</p><p>8.3.2 – Aluguéis</p><p>Inclui os aluguéis, incluindo-se as despesas com arrendamento</p><p>operacional, pagos ou creditados a terceiros.</p><p>8.3.3 – Outras</p><p>Inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a</p><p>terceiros, tais como royalties, franquias, direitos autorais etc.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 19</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8.4 – Remuneração de capitais próprios</p><p>Corresponde à remuneração atribuída aos acionistas e sócios e deve</p><p>ser evidenciada da seguinte forma:</p><p>8.4.1 – Juros sobre o capital próprio</p><p>Inclui os valores pagos ou creditados aos sócios a título de juros sobre</p><p>o capital próprio por conta do resultado do exercício, exceto os juros</p><p>sobre o capital próprio contabilizados como reserva que devem ser</p><p>considerados como “lucros retidos”.</p><p>8.4.2 – Dividendos</p><p>Inclui os valores distribuídos, pagos ou creditados, aos acionistas e</p><p>sócios com base no resultado do exercício.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 3. Modelo e Técnica de elaboração da DVA</p><p>8.4.3 – Lucros retidos e prejuízos do exercício</p><p>Inclui a parcela do lucro do exercício destinada às reservas, bem como</p><p>os juros sobre o capital próprio contabilizados como reservas. Havendo</p><p>prejuízo, deve ser incluído com sinal negativo.</p><p>8.4.4 – Participação dos não controladores nos lucros retidos</p><p>Este item é exclusivo para a DVA consolidada e evidencia a parcela da</p><p>riqueza obtida destinada aos sócios não controladores.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 20</p><p>S</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS</p><p>DA DVA</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO, EXAUSTÃO E IMPAIRMENT</p><p>A depreciação (considera-se os mesmos conceitos para amortização,</p><p>exaustão e perdas reconhecidas em decorrência do teste de</p><p>recuperabilidade (teste de impairment), disciplinadas pelo</p><p>Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de</p><p>Ativos, 2010) é um item bastante discutível e pode ser tratada, na DVA,</p><p>de três formas, quais sejam:</p><p>• (a) considerada como distribuição do valor adicionado;</p><p>• (b) deduzida do valor das receitas, de modo semelhante aos insumos</p><p>adquiridos de terceiros; e</p><p>• (c) nem considerada no cálculo do valor adicionado a distribuir, nem</p><p>na distribuição do valor adicionado.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 21</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Os defensores da depreciação como distribuição do valor adicionado</p><p>justificam essa conduta pela subjetividade do cálculo da depreciação e</p><p>no entendimento da depreciação como uma constituição de fundo para</p><p>o autofinanciamento, ou seja, consideram a depreciação como retenção</p><p>do lucro necessária para a manutenção do capital físico da empresa.</p><p>Segundo esse ponto de vista, a depreciação deveria figurar no subgrupo</p><p>de remuneração de capitais próprios.</p><p>A segunda forma de tratar a depreciação na DVA, conceitualmente mais</p><p>correta e adotada pelo CPC 09 (2008), é aquela em que se dá o mesmo</p><p>tratamento dado aos insumos adquiridos de terceiros.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Afinal, a diferença existente entre depreciação e os demais insumos</p><p>adquiridos de terceiros consiste basicamente no prazo de consumo.</p><p>Enquanto os demais insumos são consumidos normalmente em curto</p><p>espaço de tempo ou mesmo imediatamente, a depreciação representa</p><p>o consumo do ativo em períodos mais longos.</p><p>A terceira alternativa para o tratamento da depreciação, não a</p><p>considerando no cálculo do valor adicionado, nem na distribuição, sem</p><p>dúvida é inadequada e não apresenta sustentação teórica.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 22</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>ATIVOS REAVALIADOS OU AVALIADOS AO VALOR JUSTO</p><p>A reavaliação de ativos, quando permitida pela legislação, e a avaliação</p><p>de ativos ao seu valor justo provocam alterações na estrutura</p><p>patrimonial da empresa e podem apresentar, em circunstâncias</p><p>estabelecidas no conjunto de normas fiscais, efeitos tributários.</p><p>Quando isso ocorre, tais efeitos devem ser reconhecidos nas</p><p>demonstrações contábeis. Da mesma forma, como a realização de ativos</p><p>reavaliados ou avaliados ao valor justo afetará os resultados da</p><p>empresa, deve-se incluir os respectivos valores como outras receitas na</p><p>DVA.</p><p>Deve ser lembrado que o valor dos tributos (IR e CS) também deverá ser</p><p>ajustado na linha da DVA que totaliza os de impostos, taxas e</p><p>contribuições.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>ATIVOS CONSTRUÍDOS PELA PRÓPRIA EMPRESA PARA USO PRÓPRIO</p><p>Para a elaboração da DVA, um ativo construído para uso próprio</p><p>equivale a um ativo adquirido da própria empresa.</p><p>Como a venda de um ativo caracteriza a obtenção de uma receita, assim</p><p>devem ser tratados os gastos com a construção do ativo para uso</p><p>próprio, ou seja, como receita, compondo o valor adicionado bruto.</p><p>Os valores gastos nessa construção devem, no período respectivo de</p><p>formação do ativo, ser reconhecidos como Receitas relativas à</p><p>construção de ativos próprios (item 1.3 da DVA).</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 23</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Para a construção desses ativos são utilizados diversos fatores de</p><p>produção, por exemplo, materiais, mão de obra e juros, os quais devem</p><p>ser tratados, na DVA, segundo suas respectivas naturezas.</p><p>Dessa forma, os materiais adquiridos de terceiros terão o mesmo</p><p>tratamento que os insumos adquiridos de terceiros, ou seja, farão parte</p><p>dos componentes do valor adicionado bruto; já a mão de obra e os juros</p><p>serão tratados como distribuição de riqueza.</p><p>Exemplo: Determinada empresa tem um gasto de R$ 200.000 com a</p><p>construção de um imóvel para uso próprio, sendo R$ 120.000 referentes</p><p>a materiais adquiridos de terceiros, R$ 60.000 gastos com a mão de obra</p><p>e R$ 20.000 a juros.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Nesse exemplo, deverá ser reconhecido como receita relativa à</p><p>construção de ativos próprios o valor de R$ 200.000.</p><p>Simultaneamente, R$ 120.000 serão incluídos em insumos adquiridos</p><p>de terceiros, logo, o valor adicionado a distribuir é de R$ 80.000 (R$</p><p>200.000 – R$ 120.000), os quais serão distribuídos da seguinte forma:</p><p>R$ 60.000 para pessoal e R$ 20.000 como remuneração de capitais de</p><p>terceiros.</p><p>Quando a construção é concluída e o ativo entra em operação, passa a</p><p>receber tratamento idêntico ao dos demais ativos adquiridos de</p><p>terceiros, portanto deve ter reconhecida sua depreciação</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 24</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS RELATIVOS A EXERCÍCIOS ANTERIORES</p><p>A estrutura da DVA foi desenvolvida de modo a permitir que os dados</p><p>necessários à sua elaboração fossem extraídos, em sua maioria, da</p><p>DRE.</p><p>Esse elo entre as duas demonstrações permite averiguar a consistência</p><p>da DVA, comparando-a com DRE, bem como garante maior</p><p>credibilidade às informações prestadas.</p><p>Quanto à parcela do valor adicionado destinada à remuneração do</p><p>capital próprio, os dados podem ser obtidos diretamente da</p><p>Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Dentro dos limites legais, as empresas são livres para distribuir lucros,</p><p>sejam eles oriundos do próprio exercício ou de exercícios anteriores.</p><p>Destaca-se que, para fins da elaboração da DVA, somente devem ser</p><p>considerados, na distribuição do valor adicionado, os dividendos,</p><p>pagos ou creditados, relativos aos lucros do próprio exercício.</p><p>Tratamento idêntico deve ser dado aos Juros sobre o Capital Próprio.</p><p>Os lucros distribuídos relativos a períodos anteriores não devem</p><p>constar na DVA como distribuição de riqueza, pois já figuraram como</p><p>lucros retidos em períodos anteriores.</p><p>Observem que, na DVA, os lucros retidos somados à remuneração de</p><p>capitais próprios correspondem ao resultado líquido apurado na DRE.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 25</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA</p><p>A legislação brasileira, por meio de dispositivos legais próprios, permite</p><p>a transferência da responsabilidade pelo crédito tributário a terceira</p><p>pessoa, desde que esteja vinculada ao fato gerador da respectiva</p><p>obrigação.</p><p>Essa transferência de responsabilidade, total ou parcial, tem por</p><p>finalidade garantir o recolhimento do tributo e evitar sonegação e dá-</p><p>se de duas formas:</p><p>• Progressiva; e</p><p>• Regressiva.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Progressiva: ocorre a antecipação do pagamento do tributo que só</p><p>será devido na operação seguinte. Essa forma é bastante utilizada</p><p>quando o fabricante é considerado o substituto tributário e nesses</p><p>casos o valor do imposto pago antecipadamente é incluído no</p><p>faturamento bruto e deduzido para se chegar à receita bruta.</p><p>Regressiva: ocorre a postergação do pagamento do tributo para uma</p><p>etapa seguinte em relação à ocorrência do fato gerador. Nesse caso, o</p><p>responsável pelo recolhimento do imposto, se tiver direito ao crédito,</p><p>deverá tratá-lo como imposto a recuperar e na DVA deve considerar o</p><p>valor dos impostos pelo total.</p><p>Quando o imposto pago antecipadamente não gerar direito à</p><p>compensação futura, deverá ser tratado como custo dos estoques.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 26</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>Resumindo, nos casos em que ocorrer substituição tributária, seja ela</p><p>progressiva ou regressiva, deverá constar na DVA do responsável pelo</p><p>recolhimento o imposto total devido, ou seja, considerando-se a</p><p>substituição tributária, exceto quando o responsável pelo pagamento</p><p>do tributo não fizer jus ao respectivo crédito; nesse caso, o valor do</p><p>imposto será acrescido ao custo dos estoques.</p><p>Exemplo:</p><p>I - Caso de substituição tributária progressiva</p><p>Uma indústria adquire insumos por R$ 100.000, e nessa compra há</p><p>ICMS recuperável de R$ 18.000.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>A indústria que adquire os insumos, após a industrialização, vende os</p><p>produtos acabados por R$ 180.000, com incidência de 18% de ICMS,</p><p>resultando em ICMS próprio de R$ 32.400.</p><p>Porém nesse exemplo a indústria é responsável pelo recolhimento do</p><p>ICMS das etapas subsequentes de comercialização, o que a caracteriza</p><p>como substituta tributária de ICMS, e calcula também o ICMS das</p><p>etapas subsequentes, por exemplo, no montante de R$ 12.960,00,</p><p>conforme legislação específica.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 27</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>A indústria emitirá pela venda dos produtos, nota fiscal com as</p><p>seguintes informações:</p><p>O valor do ICMS próprio não aumentou o valor da nota fiscal, pois está</p><p>incluído no valor dos produtos. Mas o valor do ICMS substituição</p><p>tributária aumentou o valor da nota fiscal, uma vez que se trata de</p><p>ICMS que a indústria recolhe pelos demais participantes da cadeia</p><p>comercial, no caso os comerciantes que revenderão os produtos até</p><p>que cheguem ao consumidor final.</p><p>Dados da nota fiscal de venda:</p><p>Valor dos produtos R$ 180.000</p><p>Valor do ICMS próprio R$ 32.400</p><p>Valor do ICMS substituição tributária R$ 12.960</p><p>Total da nota fiscal R$ 192.960</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>O valor do ICMS que será efetivamente suportado pela empresa será:</p><p>R$ 32.400 + R$ 12.960 – R$ 18.000 = R$ 27.360. E esse é o valor que</p><p>aparecerá da DVA na destinação relativa a tributos estaduais.</p><p>Apresentação destes valores na DVA:</p><p>1 – RECEITA</p><p>1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços R$ 192.960</p><p>2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS</p><p>2.1 Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos R$ 100.000</p><p>3 – VALOR ADICIONADO BRUTO R$ 92.960</p><p>4 – DEPRECIAÇÂO, AMORTIZAÇÂO E EXAUSTÃO -</p><p>5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE R$ 92.960</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 28</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 4. ASPECTOS CONCEITUAIS DISCUTÍVEIS DA DVA</p><p>6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA -</p><p>7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR R$ 92.960</p><p>8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$ 92.960</p><p>8.1 PESSOAL -</p><p>8.2 IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES R$ 27.360</p><p>8.2.2 Estaduais R$ 27.360</p><p>8.3 REMUNERAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS -</p><p>8.4 REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS R$ 65.600</p><p>8.4.3 Lucros retidos R$ 65.600</p><p>Por meio desse exemplo é possível identificar a estreita vinculação</p><p>entre a DVA e a DRE, que teria apresentado lucro bruto de R$ 65.600</p><p>relacionado a essa operação.</p><p>S</p><p>ANÁLISE DA DVA</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 29</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 5. ANÁLISE DA DVA</p><p>A DVA não difere das demais demonstrações contábeis, logo, também,</p><p>é passível de análise.</p><p>É possível analisar a DVA isoladamente, em conjunto com outras peças</p><p>contábeis ou ainda comparando-a com as de empresas do mesmo</p><p>setor ou região.</p><p>A análise isolada da DVA pode ser realizada por meio das análises</p><p>vertical (análise de cada item em relação ao total) e horizontal</p><p>(evolução dos itens ao longo do tempo).</p><p>Esses mesmos indicadores também podem ser utilizados para</p><p>comparação com empresas do mesmo ramo de atividade ou região.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 5. ANÁLISE DA DVA</p><p>As informações contidas na DVA são úteis para entender a relação da</p><p>empresa com a sociedade por meio da sua participação na formação de</p><p>riqueza e no modo como a distribui entre empregados, financiadores,</p><p>governo e detentores do capital.</p><p>Essa compreensão é possível, por meio da análise de quocientes ou</p><p>indicadores de geração de riqueza e de distribuição de riqueza.</p><p>Os indicadores de geração de riqueza fornecem informações sobre a</p><p>capacidade da empresa em gerar riqueza.</p><p>São exemplos de indicadores de geração de riqueza:</p><p>• quociente entre valor adicionado e ativo total;</p><p>• quociente entre valor adicionado e número de empregados;</p><p>• quociente entre valor adicionado e patrimônio líquido.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 30</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 5. ANÁLISE DA DVA</p><p>Os indicadores de distribuição de riqueza demonstram como e a quem a</p><p>empresa destina a riqueza criada. São exemplos:</p><p>• quociente entre gastos com pessoal e valor adicionado;</p><p>• quociente entre gastos com impostos e valor adicionado;</p><p>• quociente entre gastos com remuneração de capital de terceiros e valor</p><p>adicionado;</p><p>• quociente entre dividendos e valor adicionado;</p><p>• quociente entre lucros retidos e valor adicionado.</p><p>Salientamos que, além dos indicadores apresentados diversos outros podem</p><p>ser utilizados para a análise da DVA.</p><p>Sugere-se que sejam consideradas as variações da inflação do período, como</p><p>forma de atualizar os valores da DVA para uma mesma base tornando a</p><p>análise mais eficiente e menos propensa a erros, mesmo não sendo a</p><p>correção monetária um procedimento obrigatório.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 5. ANÁLISE DA DVA</p><p>CONSIDERAÇÕES SOBRE A DVA</p><p>A Lei nº 11.638/07 alterou a Lei nº 6.404/76, que passou a exigir a</p><p>elaboração e divulgação da DVA para companhias abertas.</p><p>Com a alteração, a Lei no 6.404/76 passou a considerá-la da mesma</p><p>forma que as demais demonstrações contábeis, no entanto não tratou</p><p>de como deve ser preparada.</p><p>Para sua elaboração, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)</p><p>emitiu Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor</p><p>Adicionado (2008), estabelecendo o critério de elaboração e</p><p>divulgação.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 31</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 5. ANÁLISE DA DVA</p><p>O referido pronunciamento enfatiza que a DVA é um dos elementos</p><p>componentes do balanço social e que os dados para sua elaboração,</p><p>em sua grande maioria, são obtidos principalmente da Demonstração</p><p>do Resultado.</p><p>Embora as informações utilizadas na DVA sejam, normalmente,</p><p>extraídas da DRE, não apresentam objetivos semelhantes, mas</p><p>complementares.</p><p>A DRE tem por prioridade enfatizar o lucro líquido, última linha da</p><p>referida demonstração. Por sua vez, a DVA tem por objetivo</p><p>demonstrar a riqueza gerada pela empresa e sua distribuição entre os</p><p>elementos que contribuem para a geração dessa riqueza, assim, o</p><p>lucro líquido corresponde à parcela do valor da riqueza criada e</p><p>destinada aos detentores do capital e/ou retida na empresa.</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 5. ANÁLISE DA DVA</p><p>Quanto às demais parcelas do valor adicionado, destinadas a</p><p>empregados, governo e financiadores externos, na DRE, aparecem</p><p>normalmente como despesas.</p><p>De modo simplificado, pode-se dizer que a DRE utiliza o critério da</p><p>natureza e a DVA o critério do benefício.</p><p>Por exemplo, na DRE, os salários de funcionários envolvidos no</p><p>processo produtivo são considerados como custos e os salários da</p><p>administração como despesas. Já na DVA, independentemente da</p><p>natureza, custo ou despesa, salários pagos correspondem ao valor</p><p>adicionado destinado aos empregados, ou seja, é utilizado o critério de</p><p>benefício da renda.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 32</p><p>S</p><p>TRATAMENTO PARA AS PEQUENAS E</p><p>MÉDIAS EMPRESAS</p><p>Enfoques da Teoria</p><p>• Classificações das teorias</p><p>• Teoria como linguagem</p><p>• Teoria como raciocínio</p><p>• Teoria como decreto</p><p>• Considerações finais</p><p>Sumário 6. TRATAMENTO PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS</p><p>O Pronunciamento Técnico CPC PME (R1) – Contabilidade para</p><p>Pequenas e Médias Empresas (2011) não contém disposições</p><p>específicas sobre tal demonstração, e pela legislação brasileira ela não</p><p>é exigida dessas entidades.</p><p>Disciplina de Contabilidade III 09/06/2022</p><p>Prof. Dr. Ivonaldo Brandani Gusmão 33</p><p>Demonstração do Valor Adicionado (DVA)</p><p>Ivonaldo Brandani Gusmão, Prof. Dr.</p>