Prévia do material em texto
<p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 1</p><p>Capítulo 4 - Derivadas</p><p>1. Problemas Relacionados com Derivadas</p><p>Problema I: Coeficiente Angular de Reta tangente.</p><p>Problema II: Taxas de variação.</p><p>Problema I) Coeficiente Angular de Reta tangente</p><p>I.1) Inclinação da Reta</p><p>A Inclinação de uma reta (�) é o ângulo � formado entre o eixo das</p><p>abscissas (�) e a reta, considerado positivo se medido no sentido anti-</p><p>horário.</p><p>I.2) Coeficiente angular da Reta</p><p>O Coeficiente Angular ou declividade de uma reta não perpendicular ao</p><p>eixo das abscissas é o valor real (�) obtido no cálculo da tangente</p><p>trigonométrica do ângulo �.</p><p>� = tan(�) ��� 0° ≤ � ≤ 180°</p><p>Na trigonometria, define-se tangente de um ângulo � (tan(�)) como</p><p>sendo o quociente entre o cateto oposto a � e o cateto adjacente a �.</p><p>�� � = �</p><p>� �!�" �</p><p>�</p><p>�</p><p>#$</p><p>� �</p><p>Como � = tan(�), tem-se:</p><p>Se 0° < � < 90° então � > 0 (função crescente).</p><p>Se 90° < � < 180° então � < 0 (função decrescente).</p><p>Se � = 0° ou � = 180° então � = 0 (função constante).</p><p>Se � = 90° então � = ∄ (não é função).</p><p>0° ≤ � ≤ 180°</p><p>�</p><p>�</p><p>*</p><p>�</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 2</p><p>Muitas vezes a inclinação � da reta é desconhecida, mas podemos</p><p>determinar o valor o coeficiente angular (�) se forem conhecidas as</p><p>coordenadas de dois pontos sobre ela.</p><p>Seja � uma função linear de equação * = �(�) cujo gráfico é uma reta no</p><p>plano � . Considere dois pontos �+(�+, *+) e �,(�,, *,) sobre a reta e denote por ∆� a diferença entre as coordenadas � destes pontos (∆� = �, − �+) e por ∆*</p><p>a diferença entre as coordenadas * destes pontos (∆* = *, − *+). Sabendo</p><p>que a tangente trigonométrica da inclinação � da reta é igual ao coeficiente</p><p>angular � tem-se:</p><p>� = tan(�) = ∆*</p><p>∆� = ∆�</p><p>∆� = *, − *+�, − �+</p><p>Observe que, por semelhança de triângulos, qualquer que seja o valor</p><p>de ∆�, encontraremos por correspondência da função linear � valores</p><p>para ∆* tais que a relação � = ∆/</p><p>∆0 não se altera. Fazendo ∆� = 1 tem-se</p><p>� = ∆* , assim, o coeficiente angular ou declividade da reta pode ser</p><p>representado geometricamente por um triângulo retângulo de cateto</p><p>adjacente unitário e cateto oposto igual a �.</p><p>I.3) Equação da Reta na forma reduzida:</p><p>A equação da reta na forma reduzida é uma equação linear do tipo: * = �(�) + 2</p><p>Onde � é o coeficiente angular e 2 é o coeficiente linear.</p><p>A equação de uma reta pode ser estabelecida se forem conhecidos:</p><p>• Um ponto sobre a reta e o valor de seu coeficiente angular</p><p>• Dois pontos sobre a reta</p><p>�+(�+, *+) �,(�,, *,)</p><p>*+ = �(�+) *, = �(�,)</p><p>* = �(�)</p><p>�+</p><p>�,</p><p>�</p><p>�</p><p>*</p><p>�</p><p>∆�</p><p>∆*</p><p>�+ �,</p><p>*+</p><p>*,</p><p>1</p><p>�</p><p>* * = �(�)</p><p>�</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 3</p><p>a) Equação da reta dados um ponto sobre ela e o seu coeficiente angular</p><p>Considere conhecidas as coordenadas de um ponto �+(�+, *+) sobre uma</p><p>reta. Imagine outro ponto qualquer �(�, *), também sobre a reta, de</p><p>forma que a coordenada � de � difere da coordenada � de �+ por uma</p><p>quantidade ∆� e que a coordenada * de � difere da coordenada * de �+</p><p>por uma quantidade ∆* . Então a coordenada � de � é �+ + ∆� e a</p><p>coordenada * de � é *+ + ∆*.</p><p>Considere conhecida a inclinação � da reta ou o seu coeficiente angular � = tan (�). Então,</p><p>� = Δ*</p><p>Δ� = * − *+� − �+</p><p>* − *+ = � ( � − �+) ∴ * = � � + (*+ −� �+)</p><p>b) Equação da reta dados dois pontos sobre ela</p><p>Se as coordenadas de dois pontos �+(�+, *+) e �,(�,, *,) sobre uma reta</p><p>são conhecidas, podemos facilmente encontrar o seu coeficiente angular (�). Uma vez conhecido o coeficiente angular e a coordenada de um</p><p>ponto sobre a reta, podemos determinar a equação da reta utilizando o</p><p>procedimento descrito anteriormente. Assim,</p><p>� = Δ*</p><p>Δ� = *, − *+�, − �+</p><p>* − *+ = � ( � − �+) ∴ * = � � + (*+ −� �+)</p><p>�+(�+, *+)</p><p>�(�, *) = �(�+ + ∆� , *+ + ∆*)</p><p>� = �+ + ∆� ∴ ∆� = � − �+</p><p>* = *+ + ∆* ∴ ∆* = * − *+</p><p>�+</p><p>�</p><p>� �</p><p>*</p><p>�</p><p>∆�</p><p>∆*</p><p>�+ �+ + ∆�</p><p>*+</p><p>*+ + ∆*</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 4</p><p>I. 4) Retas Secantes e Reta Tangente</p><p>Seja � uma função cujo gráfico * = �(�) encontra-se representado na figura</p><p>abaixo. Considere �(�+ , *+) e 5(�,, *,) dois pontos sobre o gráfico da função,</p><p>de forma que a coordenada � de 5 difere da coordenada � de � por uma</p><p>quantidade ∆�. Assim,</p><p>�, = �+ + ∆� ∴ ∆� = �, − �+</p><p>Como os pontos � e 5 pertencem ao gráfico da função �.tem-se:</p><p>*+ = �(�+) *, = �(�,) = �(�+ + ∆�)</p><p>Assim as coordenadas de � e 5 são dadas por:</p><p>�(�+, *+) = �(�+, �(�+))</p><p>5(�, , *,) = 5(�+ + Δ� , �(�+ + 6�)).</p><p>O segmento de reta �58888 que liga dois pontos de uma curva é chamado</p><p>secante e a linha reta 9 contendo � e 5 é chamada de reta secante. O</p><p>coeficiente angular da reta secante (�:) é igual ao coeficiente do segmento</p><p>secante, portanto pode ser calculado por:</p><p>�: = Δ*</p><p>Δ� = *, − *+�, − �+ = �(�+ + ∆�) − �(�+)∆�</p><p>Considere que o ponto � esteja fixo e o que ponto 5 move-se, ao longo da</p><p>curva da função �, na direção de �. Observe na figura que, à medida que o</p><p>ponto 5 se aproxima do ponto � (pontos 5; e Q’’), a reta secante 9 se</p><p>aproxima da reta < (retas 9′ e 9′′). A reta < é uma reta que tangencia o</p><p>gráfico da função no ponto � e é chamada de reta tangente ao gráfico da</p><p>função no ponto �.</p><p>�</p><p>5</p><p>�</p><p>1</p><p>∆*</p><p>�+ �, = �+ + ∆�</p><p>*+ = �(�+)</p><p>*, = �(�+ + ∆�)</p><p>> (reta secante)</p><p>*</p><p>∆�</p><p>�:</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 5</p><p>À medida que o ponto 5 se aproxima de � a diferença ∆� entre as</p><p>coordenadas � destes pontos tende a zero (∆� → 0). Nestas condições, a reta</p><p>secante tende a coincidir com a reta tangente ao gráfico da função no ponto �. Portanto, o coeficiente angular da reta secante tende a se igualar com o</p><p>coeficiente angular da reta tangente, quando ∆� → 0. Assim, o coeficiente</p><p>angular (�@) da reta tangente ao gráfico da função no ponto � pode ser</p><p>calculado como sendo o limite do coeficiente angular (�:) da reta secante</p><p>quando 6�→0 . Então,</p><p>�@ = lim∆0→+ �: = lim ∆0→+</p><p>Δ*</p><p>Δ�</p><p>�@ = lim∆0→+</p><p>�(�+ + ∆�) − �(�+)∆�</p><p>Observe que o valor do coeficiente angular da reta secante que contém dois</p><p>pontos � e 5 do gráfico da função depende da posição destes pontos. O</p><p>valor do coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função no ponto � depende da posição do ponto �.</p><p>Exemplos:</p><p>1) Determinar a equação da reta tangente ao gráfico da função � dada pela</p><p>equação * = �D quando � = 1.</p><p>A equação de uma reta no plano é completamente determinada quando</p><p>sabemos o seu coeficiente angular e as coordenadas de um ponto sobre ela.</p><p>Precisamos, então, determinar as coordenadas do ponto �(�, �(�)) quando � = 1 e a inclinação da reta tangente ao gráfico da função no ponto de</p><p>abscissa � = 1.</p><p>Quando � = 1 tem-se que * = �(1) = 1. Assim a reta desejada tangencia o</p><p>gráfico da função no ponto �(1,1). O coeficiente angular da reta tangente ao</p><p>gráfico da função num ponto genérico �(�, �(�)) é dado por:</p><p>�@(�) = lim∆0→+</p><p>�(� + ∆�) − �(�)</p><p>∆� ��� * = �(�) = �D</p><p>�</p><p>5</p><p>�</p><p>∆�</p><p>�+</p><p>*+ = �(�+)</p><p>></p><p>>′</p><p>>′′ E</p><p>5′ 5′′</p><p>*</p><p>�+ + ∆�</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 6</p><p>�@(�) = lim∆0→+</p><p>(� + ∆�)D − �D</p><p>∆�</p><p>�@(�) = lim∆0→+</p><p>�D + 2�∆� + ∆�D − �D</p><p>∆� = lim∆0→+</p><p>2�∆� + ∆�D</p><p>∆�</p><p>�@(�) = lim∆0→+ 2� + ∆� = lim∆0→+ 2�</p><p>= 2�</p><p>�@(�) = 2 �</p><p>O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função quando � = 1 é:</p><p>�@(1) = 2.1 = 2</p><p>A reta desejada passa pelo ponto �(1,1), �+ = 1 *+ = 1, e possui coeficiente</p><p>angular � = 2 e sua equação é dada por:</p><p>* − *+ = � ( � − �+)</p><p>* = *+ + � ( � − �+) = 1 + 2(� − 1)</p><p>* = 2� − 1</p><p>Problema II) Taxas de Variação:</p><p>Seja � uma função de equação * = �(�) cujo gráfico encontra-se</p><p>representado na figura abaixo. Considere �(�+ , *+) e 5(�,, *,) dois pontos</p><p>sobre o gráfico da função de forma que a coordenada � de 5 difere da</p><p>coordenada � de � por uma quantidade ∆�.</p><p>�</p><p>5</p><p>�</p><p>1</p><p>∆*</p><p>�+ �, = �+ + ∆�</p><p>*+ = �(�+)</p><p>*, = �(�+ + ∆�)</p><p>> (reta secante)</p><p>*</p><p>∆�</p><p>�:</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>ℎ� 7</p><p>Quando a coordenada � sofre uma variação ∆� de �+ para �,, * sofre uma</p><p>variação ∆* de *+ � � ��+� para *, � ���,� � ���+ 1 ∆��.</p><p>A taxa de variação em * para a variação em � que é formada é chamada de</p><p>taxa de variação média de * por unidade de variação em � ou taxa de</p><p>variação média de * em relação a � e é definida por:</p><p><GH �</p><p>6*</p><p>6�</p><p>�</p><p>���,� . ���+�</p><p>�, . �+</p><p>Alternativamente, fazendo �, � �+ 1 ∆� , tem-se:</p><p><GH �</p><p>6*</p><p>6�</p><p>�</p><p>���+ 1 ∆�� . ���+�</p><p>∆�</p><p>Se a taxa de variação média de * em relação a � tende a um valor limitado</p><p>quando ∆� → 0, parece razoável nos referirmos a este valor como taxa de</p><p>variação instantânea de * em relação a � no instante em que � � �+, a qual é</p><p>calculada como:</p><p><GI�0J� � lim</p><p>∆0→+</p><p>Δ*</p><p>Δ�</p><p>� lim</p><p>∆0→+</p><p>���+ 1 ∆�� . ���+�</p><p>∆�</p><p>Exemplos:</p><p>1) Um móvel desloca-se numa estrada reta a partir de uma cidade A tendo</p><p>como destino final uma cidade C situada a 504 km. Após 2 horas de</p><p>viagem o veículo passa pela cidade B, situada a 148 km da cidade A, e</p><p>atinge o destino final 6 horas após sua partida.</p><p>Neste problema, estamos relacionando a distância percorrida �"� com o</p><p>tempo � �, ou seja, " e uma função de , " � "� �</p><p>� 0 � � 2 � � 6 �</p><p>"�0� � 0 L� "�2� � 148 L� "�6� � 504 L�</p><p>Com base nestas informações responda os itens abaixo:</p><p>a) Qual é a velocidade média do móvel no percurso entre as cidades A e B?</p><p>Sabe-se que velocidade é a taxa de variação da distância �∆"� em</p><p>relação à variação do tempo �∆ �, então:</p><p>GOPQ �</p><p>∆"</p><p>∆</p><p>�</p><p>148 . 0</p><p>2 . 0</p><p>�</p><p>148</p><p>2</p><p>� 74 L�/�</p><p>A B C</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 8</p><p>b) Qual é a velocidade média do móvel no percurso entre as cidades B e C?</p><p>GOQT �</p><p>∆"</p><p>∆</p><p>�</p><p>504 . 148</p><p>6 . 2</p><p>�</p><p>356</p><p>4</p><p>� 89 L�/�</p><p>c) Qual é a velocidade média do móvel no percurso entre as cidades A e C?</p><p>GOPT �</p><p>∆"</p><p>∆</p><p>�</p><p>504 . 0</p><p>6 . 0</p><p>�</p><p>504</p><p>6</p><p>� 84 L�/�</p><p>d) O motorista percebeu que com 3 h e com 5 h de viagem sua velocidade</p><p>foi anotada pela polícia rodoviária. Sabendo que a velocidade máxima da</p><p>estrada é de 90 km/h, deseja-se saber se motorista corre o risco de ter</p><p>sido multado.</p><p>� 0 � � 2 � � 3� � 5� � 6 �</p><p>As velocidades médias calculadas não ultrapassam o limite de velocidade</p><p>média permitida na estrada. Porém, não interessa saber as velocidades</p><p>médias. Desejamos estimar as velocidades nos instantes que o móvel</p><p>passou pela polícia rodoviária, ou seja, desejamos saber as velocidades nos</p><p>instantes em que � 3 � � 5 � (velocidade instantânea).</p><p>Construindo um gráfico de dispersão distância (" ) versus tempo ( ) e</p><p>utilizando um método numérico de aproximação, podemos estimar uma</p><p>equação para a função "� �.</p><p>"� � � 2,5 D 1 69</p><p>GI� � � lim</p><p>∆@→+</p><p>∆"</p><p>∆</p><p>A velocidade instantânea é a taxa de variação instantânea da distância em</p><p>relação ao tempo, assim para um tempo genérico temos:</p><p>GI� � � lim</p><p>∆@→+</p><p>∆"</p><p>∆</p><p>� lim</p><p>∆@→+</p><p>"� 1 ∆ � . "� �</p><p>∆</p><p>��� "� � � 2,5 D 1 69</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 9</p><p>GI� � � lim∆@→+</p><p>2,5( + ∆ )D + 69( + ∆ ) − (2,5 D + 69 )</p><p>∆ =</p><p>= lim∆@→+</p><p>2,5( D + 2 ∆ + (∆ )D) + 69 + 69 ∆ − 2,5 D − 69</p><p>∆ =</p><p>= lim∆@→+</p><p>2,5 D + 5 ∆ + 2,5(∆ )D + 69 ∆ − 2,5 D</p><p>∆ = lim∆@→+</p><p>5 ∆ + 2,5(∆ )D + 69∆</p><p>∆ =</p><p>= lim∆@→+</p><p>∆ (5 + 2,5 ∆ + 69)</p><p>∆ = lim∆@→+( 5 + 2,5 ∆ + 69) = 5 + 69</p><p>GI( ) = 5 + 69</p><p>Desejamos saber o valor da velocidade instantânea nos instantes que o</p><p>automóvel passou pela polícia rodoviária = 3 ℎ e = 5 ℎ.</p><p>GI(3) = 5. (3) + 69 = 15 + 69 = 84 L�/ℎ, pode não ter sido multado</p><p>GI(5) = 5. (5) + 69 = 25 + 69 = 94 L�/ℎ, pode ter sido multado.</p><p>2) Uma partícula se move de modo que no final de segundos, sua</p><p>distância ", em metros, do ponto de partida é dada por "( ) = 3 D + .</p><p>Calcule a velocidade da partícula no instante = 2 ".</p><p>A velocidade é a taxa de variação da distância (") em relação ao tempo</p><p>( ). A velocidade da partícula no instante = 2 " � é a taxa de variação "</p><p>em relação a no instante em que = 2 " � , ou seja, é a taxa de</p><p>variação instantânea.</p><p>GI( ) = lim∆@→+</p><p>∆s</p><p>∆t = lim∆@→+</p><p>"( + ∆ ) − "( )</p><p>∆ =</p><p>= lim∆@→+</p><p>3( + ∆ )D + ( + ∆ ) − (3 D + )</p><p>∆ =</p><p>= lim∆@→+</p><p>3( D + 2 ∆ + (∆ )D) + ∆ − 3 D</p><p>∆ = lim∆@→+</p><p>6 ∆ + 3(∆ )D + ∆</p><p>∆ =</p><p>= lim∆@→+ 6 + 3∆ + 1 = 6 + 1</p><p>GI( ) = 6 + 1</p><p>No instante = 2 "</p><p>GI(2) = 6 (2) + 1 = 12 + 1 = 13 �/" �</p><p>No instante = 2 ", a velocidade da partícula é 13 �/", ou seja, para cada 1</p><p>segundo de acréscimo no tempo, a partícula percorre 13 m no sentido</p><p>positivo do percurso.</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 10</p><p>2. Definição</p><p>A derivada de uma função �, denotada por �’, é uma função tal que seu</p><p>valor em qualquer número � de seu domínio é dado por:</p><p>�;��� � lim∆0→+</p><p>�(� + ∆�) − �(�)</p><p>∆� , desde que este limite exista</p><p>OBS: Quando o limite existe dizemos que � é diferenciável ou derivável em</p><p>�, ou que � tem derivada em �.</p><p>Seja � uma função definida em um intervalo aberto que contém �+, então a</p><p>derivada da função � no ponto em que � = �+, denota-se �;(�+), é dada por:</p><p>�;(�+) = lim∆0→+</p><p>�(�+ + ∆�) − �(�+)∆� �] �;(�+) = lim0→0J</p><p>�(�) − �(�+)� − �+</p><p>� �;(�) é uma função</p><p>� �’(�+) é o valor da derivada de � quando � = �+.</p><p>*;; �;(�); _0(*); _0(�); #*#� ;</p><p>#�</p><p>#�</p><p>Outras Notações:</p><p>Seja * = �(�) uma função com derivada, denotaremos tal derivada por:</p><p>lim∆0→+</p><p>Δ*</p><p>Δ� = lim∆0→+</p><p>�(�+ + ∆�) − �(�+)∆�</p><p>Relação entre Taxa de Variação Instantânea e Coeficiente Angular</p><p>de Reta Tangente</p><p>O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico * = �(�) num ponto</p><p>�(�+, �(�+)) e a taxa de variação instantânea de * em relação a � no instante</p><p>em que � = �+ são problemas resolvidos pelo cálculo do mesmo limite.</p><p>Limites nesta forma aparecem com tanta frequência que é necessário uma</p><p>terminologia especial que é a DERIVADA.</p><p>A operação de calcular a derivada ( � ′) de uma função � chama-se</p><p>derivação ou diferenciação.</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 11</p><p>Exemplo:</p><p>Seja � uma função dada pela equação * � �D/2. Na figura abaixo foram</p><p>representados os valores do coeficiente angular da reta tangente ao gráfico</p><p>da função em alguns pontos de seu domínio. Os valores �`���, juntamente</p><p>com os valores da função ������, encontram-se indicados na tabela.</p><p>Encontre a equação da função �; que é a derivada de �</p><p>e trace seu gráfico.</p><p>Sabe-se que o valor da derivada de uma função em um determinado ponto</p><p>de seu domínio � � �+ é igual ao valor do coeficiente angular da reta</p><p>tangente ��`� ao gráfico da função no ponto ���+, ���+��, então �;��� � �`���.</p><p>Assim, podemos construir uma tabela relacionando os valores de � e �′���.</p><p>O gráfico da função �′ é uma reta de coeficiente angular igual a 1 que passa</p><p>pela origem �+�0,0�. A equação desta reta é *; � �, então �;��� � �.</p><p>�;��� � �`���</p><p>Interpretação Geométrica da Derivada</p><p>Seja * � ���� uma função derivável.</p><p>O valor da derivada da função � em um determinado ponto de seu domínio</p><p>� � �+, denota-se �′��+�, é igual ao valor do coeficiente angular ��`� da reta</p><p>tangente ao gráfico da função no ponto ���+, ���+��.</p><p>Genericamente, para um ponto � qualquer do domínio tem-se:</p><p>�</p><p>* � ���� �</p><p>�D</p><p>2</p><p>�`���</p><p>-4 8 -4</p><p>-2 2 -2</p><p>0 0 0</p><p>1 0,5 1</p><p>3 4,5 3</p><p>� *; � �;��� � �`���</p><p>-4 -4</p><p>-2 -2</p><p>0 0</p><p>1 1</p><p>3 3</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 12</p><p>Outra forma de encontrar a equação da função �; é calcular o limite:</p><p>�;��� � lim∆0→+</p><p>�(� + ∆�) − �(�)</p><p>∆� ��� �(�) = �D</p><p>2</p><p>�;(�) = lim∆0→+</p><p>a(� + ∆�)D2 b − a�D2 b</p><p>∆� = lim∆0→+</p><p>(�D + 2 � ∆� + (∆�)D) − �D</p><p>2 ∆� =</p><p>= lim∆0→+</p><p>2 � ∆� + (∆�)D</p><p>2 ∆� = lim∆0→+� + ∆�</p><p>2 = lim∆0→+� + lim∆0→+</p><p>∆�</p><p>2 = �</p><p>�;(�) = �</p><p>3. Diferenciabilidade</p><p>Exemplo:</p><p>Verificar se �(�) = |� + 1| é derivável em � = −1.</p><p>A função � pode ser descrita por duas equações equivalentes:</p><p>�(�) = |� + 1| = d � + 1 , " � + 1 ≥ 0 , �] " $</p><p>, " � ≥ −1</p><p>−(� + 1), " � + 1 < 0 , �] " $</p><p>, " � < −1</p><p>Se � é uma função diferenciável num ponto � = �+ de seu domínio,</p><p>então � é contínua em � = �+</p><p>�f′ (�+) = lim0→0Jg</p><p>�(�) − �(�+)� − �+ �h′ (�+) = lim0→0Ji</p><p>�(�) − �(�+)� − �+</p><p>Se � é uma função contínua num ponto de seu domínio � = �+, então �;(�+)</p><p>existe, se e somente se, as derivadas à direita e à esquerda de � = �+</p><p>existirem e forem iguais.</p><p>Se �f′ (�+) = �h′ (�+) então �;(�+) existe.</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 13</p><p>Para ser derivável em � � �+, uma função � tem que ser contínua em � � �+</p><p>e as derivadas à direita j�f;��+�k e à esquerda j�h;��+�k de �+ devem ser</p><p>iguais, isto é, �f; ��+� � �h;��+�.</p><p>A função l�m� é contínua em m � mn se:</p><p>lim</p><p>0→0J</p><p>���� � ���+�</p><p>a) Verificação da existência do limite da função quando � → .1</p><p>lim</p><p>0→h,g</p><p>���� � lim</p><p>0→h,g</p><p>� 1 1 � lim</p><p>0→h,g</p><p>� 1 lim</p><p>0→h,g</p><p>1 � .1 1 1 � 0</p><p>lim</p><p>0→h,i</p><p>���� � lim</p><p>0→h,i</p><p>. �� 1 1� � lim</p><p>0→h,i</p><p>. � 1 lim</p><p>0→h,i</p><p>. 1 � 1 . 1 � 0</p><p>lim</p><p>0→h,g</p><p>���� � lim</p><p>0→h,i</p><p>���� � 0 ∴ lim</p><p>0→,</p><p>���� � 0</p><p>b) Cálculo do valor da função em � � .1</p><p>���� � |� 1 1 | ∴ ��.1� � |.1 1 1| � 0</p><p>Como lim</p><p>0→h,</p><p>���� � ��.1� a função é contínua em � � .1</p><p>Se função l�m� é contínua em m � mn, l�m� será derivável em m � mn se:</p><p>�f′ ��+� � �h′ ��+�</p><p>�f′ ��+� � lim</p><p>0→0Jg</p><p>���� . ���+�</p><p>� . �+</p><p>� lim</p><p>0→h,g</p><p>�� 1 1� . 0</p><p>� . �.1�</p><p>� lim</p><p>0→h,g</p><p>�� 1 1�</p><p>�� 1 1�</p><p>� lim</p><p>0→h,g</p><p>1 � 1</p><p>�h′ �.1� � lim</p><p>0→0Ji</p><p>���� . ���+�</p><p>� . �+</p><p>� lim</p><p>0→h,i</p><p>.�� 1 1� . 0</p><p>� . �.1�</p><p>�</p><p>� lim</p><p>0→h,i</p><p>.�� 1 1�</p><p>�� 1 1�</p><p>� lim</p><p>0→h,i</p><p>.1 � .1</p><p>Como �f; ��+� o �h;��+� a função � não é derivável em � � .1, apesar de ser</p><p>contínua em � � .1.</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 14</p><p>4. Técnicas de Diferenciação</p><p>1) Regra da Constante: Derivada de uma constante é zero</p><p>Exemplos:</p><p>����� � p → �;(�) = #�</p><p>#� = 0</p><p>2) * = 3 → *; = 0</p><p>2) Regra da Função Potência: Derivada da função potência</p><p>Exemplos:</p><p>) �(�) = � → �;(�) = 1. �,h, = 1</p><p>2) q( ) = r → q;(�) = 3. rh, = 3 D</p><p>�) * = 1</p><p>sD = shD → #*</p><p>#s = −2 shDh, = −2shr = − 2</p><p>sr</p><p>#) s = √ = ,/D → #s</p><p># = 1</p><p>2</p><p>,D h, = 1</p><p>2 h</p><p>,D = 1</p><p>2 ,/D =</p><p>1</p><p>2√</p><p>3) Regra da Homogeneidade: Derivada do produto de uma constante por</p><p>uma função é a constante multiplicada pela derivada da função</p><p>9 $</p><p>� � ]�</p><p>���"</p><p>� �(�) ]�</p><p>�]�çã� # ���á�</p><p>" �(�) = � �(�) então �;(�) = �. �;(�)</p><p>" * = �(�) então ##� (�. *) = �. #*#�</p><p>9 � é ]� �ú� �� �</p><p>(� ≠ 0) �(�) = �{ � ã�</p><p>�;(�) = � �{h,; ##� (�{) = � �{h,</p><p>OBS: � pode ser um número inteiro, racional, positivo ou negativo</p><p>9 � é ]�</p><p>���"</p><p>� �(�) = � então �′(�) = 0</p><p>#</p><p>#� (�) = 0</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 15</p><p>Exemplos:</p><p>����� � p � → �; = #</p><p>#� ( p�) = p #</p><p>#� ( �) = p</p><p>2)s = √3</p><p>|D = √3 |hD</p><p>s; = #s</p><p>#| = #</p><p>#| j √3 |hDk = √3 ##| ( |hD) = √3(−2)|hr = −2 √3</p><p>|r</p><p>�) * = 1</p><p>2 √� = 1</p><p>2 �h ,D</p><p>#*</p><p>#� = #</p><p>#� a</p><p>1</p><p>2 �h,Db = 1</p><p>2</p><p>#</p><p>#� a�h,Db = 1</p><p>2 a−</p><p>1</p><p>2b �h,Dh, = −1</p><p>4�hrD = − 1</p><p>4√�r</p><p>4) Regra da Soma: Derivada da soma (ou diferença) de funções é a soma</p><p>(ou diferença) das derivadas das funções</p><p>Exemplos:</p><p>)�(�) = 4�r + 3�D − � + 5</p><p>�;(�) = #</p><p>#� ( 4�r) + #</p><p>#� ( 3�D) − #</p><p>#� ( �) +</p><p>#</p><p>#� ( 5)</p><p>�;(�) = 4 #</p><p>#� (�r) + 3 #</p><p>#� ( �D) − 1 + 0 = 12�D + 6� − 1</p><p>2) * = √2 ]} + ]~</p><p>p + pD − √3</p><p>√]r = √2 ]} + ]~</p><p>p + pD − √3 ]h,r</p><p>*; = #*</p><p>#] = #</p><p>#] j√2 ]}k + #</p><p>#] �]~</p><p>p � + #</p><p>#] (pD) − #</p><p>#] a√3 ]h,rb</p><p>*; = √2 ##] (]}) + 1</p><p>p</p><p>#</p><p>#] (]~) + 0 − √3 ##] a]h,rb</p><p>*; = √2 (5 ]~) + 1</p><p>p (4 ]r) − √3 a− 1</p><p>3]h~rb</p><p>*; = 5√2 ]~ + 4]r</p><p>p + √3</p><p>3</p><p>1</p><p>]~/r = 5√2 ]~ + 4]r</p><p>p + √3</p><p>3 √]~r</p><p>9 $</p><p>� ] = �(�) * = �(�) �]�çõ " # ���á� �"</p><p>" �(�) = �(�) + �(�) então �′(�) = �;(�) + �;(�)</p><p>#</p><p>#� (] ± �) = #]</p><p>#� ± #�</p><p>#�</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 16</p><p>5) Regra do Produto: Derivada do produto de duas funções é a primeira</p><p>multiplicada pela derivada da segunda mais a segunda multiplicada pela</p><p>derivada da primeira</p><p>Exemplos:</p><p>� * � ��r . ���2 − �)</p><p>*; = #*</p><p>#� = (�r − �) #</p><p>#� (2 − �) + (2 − �) #</p><p>#� (�r − �)</p><p>*; = (�r − �) � ##� (2) −</p><p>#</p><p>#� (�)� + (2 − �). � ##� (�r) − #</p><p>#� (�)�</p><p>*; = (�r − �). (−1) + (2 − �). (3�D − 1)</p><p>*; = −�r + � + 6�D − 2 − 3�r + � = −4�r + 6�D + 2� − 2</p><p>2) | = (3sD + 1)(7sr + s)</p><p>|; = #|</p><p>#s = (3sD + 1)�7sr +s�; + (7sr +s) . �3sD + 1�′</p><p>|; = (3sD + 1). (21sD + 1) + (7sr + s). (6s)</p><p>|; = 63s~ + 3sD + 21sD + 1 + 42s~ + 6sD = 105s~ + 30sD + 1</p><p>6) Regra do Quociente: Derivada da divisão de duas funções é a função</p><p>do denominador multiplicada pela derivada da função do numerador</p><p>menos a função do numerador multiplicada pela derivada da função do</p><p>denominador dividido pela função do denominador elevada ao quadrado</p><p>9 $</p><p>� ] = �(�) � = �(�) �]�çõ " # ���á� �"</p><p>" �(�) = �(�)</p><p>�(�) ��� �(�) ≠ 0 então �;(�) = �(�). �;(�) − �(�). �;(�).</p><p>��(�)�D</p><p>#</p><p>#� �</p><p>]</p><p>�� = �. #]#� − ]. #�#��D</p><p>9 $</p><p>� ] = �(�) e � = �(�) �]�çõ " # ���á� �"</p><p>" �(�) = �(�).�(�) então �′(�) = �(�). �;(�) + �(�). �;(�)</p><p>#</p><p>#� (]. �) = ]. #�#� + �. #]#�</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 17</p><p>Exemplos:</p><p>� * �</p><p>�D</p><p>�r 1 7</p><p>*; = #*</p><p>#� = (�r + 7). ##� (�D) − (�D). ##� (�r + 7)</p><p>(�r + 7)D</p><p>*; = (�r + 7). (2�) − (�D). (3�D)</p><p>(�r + 7)D = 2�~ + 14� − 3�~</p><p>(�r + 7)D = 14� − �~</p><p>(�r + 7)D</p><p>2) q( ) = 2</p><p>D + 1</p><p>q;( ) = ( D + 1). �2 �; − (2 ). � D + 1�;</p><p>( D + 1)D = ( D + 1). (2) − 2 . (2 )</p><p>( D + 1)D</p><p>q;( ) = 2 D + 2− 4 D</p><p>( D + 1)D = 2 − 2 D</p><p>( D + 1)D</p><p>5. Aplicação das Derivadas: Taxas de Variação Instantânea e</p><p>Coeficiente Angular</p><p>1) De acordo com a Lei</p><p>de Ohm, a voltagem G (em volts), a corrente I (em</p><p>amperes) e a resistência � (em ohms, Ω) de um circuito elétrico estão</p><p>relacionadas pela equação:</p><p>I = G</p><p>�</p><p>Considere um circuito de voltagem G = 100 ��</p><p>" e determine:</p><p>a) A taxa de variação da corrente em relação à resistência.</p><p>Desejamos calcular ���� , então estamos considerando a corrente elétrica</p><p>(I) com uma função da resistência do circuito (�), ou seja,</p><p>I(�) = G</p><p>� = 100</p><p>� = 100 �h,</p><p>#I</p><p>#� (�) = #</p><p>#� (100 �h,) = 100 #</p><p>#� (�h,) = −100 �hD = −100</p><p>�D �/Ω</p><p>b) A taxa de variação da corrente em relação à resistência, quando a</p><p>resistência é de 20Ω</p><p>#I</p><p>#�� ��D+ = −100</p><p>20D = −1</p><p>4 = −0,25 �/Ω</p><p>c) Qual o significado da taxa encontrada?</p><p>Significa que num circuito elétrico de voltagem 100 ��</p><p>", se a resistência</p><p>for de 20 Ω, a corrente decrescerá de 0,25 � para cada 1 Ω de acréscimo</p><p>na resistência.</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 18</p><p>2) Sabe-se que a tensão circunferencial (� em MPa ) de um duto de parede</p><p>fina, fechado nas extremidades e submetido à pressão interna uniforme</p><p>(� em MPa) é:</p><p>� = � �</p><p>onde � e ( � ��) são o raio externo e a espessura do duto,</p><p>respectivamente.</p><p>a) Qual a taxa de variação da tensão � em relação à pressão � de um</p><p>duto de raio = 250 �� e = 10 �� ? O que esta taxa significa?</p><p>Desejamos calcular ���� , então estamos considerando a tensão (�)</p><p>com uma função da pressão interna (�), ou seja,</p><p>�(�) = � �</p><p>= � 250</p><p>10 = 25 �</p><p>�;(�) = #�</p><p>#� = #</p><p>#� (25 �) = 25 #</p><p>#� (�) = (25)(1) = 25 O�</p><p>O�</p><p>⁄</p><p>Significa que para uma duto de � = 250 �� e = 10 �� a tensão</p><p>circunferencial aumenta de 25 O�</p><p>para cada 1 O�</p><p>de aumento na</p><p>pressão interna.</p><p>b) Qual a taxa de variação da pressão � em relação ao raio de um duto</p><p>de espessura = 8 �� cuja tensão circunferencial é de 600O�</p><p>? O</p><p>que esta taxa significa?</p><p>Desejamos calcular ����, então estamos considerando a pressão interna</p><p>(�) com uma função do raio do duto (�), ou seja,</p><p>�(�) = � 1� = (600 . 8) �h, = 4800 �h,</p><p>�;(�) = #�</p><p>#� = #</p><p>#� (4800 �h,) = 4800 #</p><p>#� (�h,) = −4800 �hD</p><p>�;(�) = −48000</p><p>�D O�</p><p>��D⁄</p><p>Neste caso, a taxa de variação instantânea também depende do valor do</p><p>raio. Por exemplo,</p><p>9 � = 100 �� � ã� �;(10) = −4800</p><p>100D = −0,48 O�</p><p>/��D</p><p>Isto significa que para uma duto de � = 100 ��, = 8 �� e � = 600 O�</p><p>a</p><p>pressão diminui de 0,48 O�</p><p>para cada 1 ��D de aumento no seu raio.</p><p>9 � = 200 �� � ã� �;(10) = −4800</p><p>200D = −0,12 O�</p><p>/��D</p><p>Isto significa que para uma duto de � = 200 ��, = 8 �� e � = 600 O�</p><p>a</p><p>pressão diminui de 0,12 O�</p><p>para cada 1 ��D de aumento no seu raio.</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 19</p><p>3) Uma flecha é atirada do nível do solo da lua para cima, com uma</p><p>velocidade inicial �+ � 58 �/" . A equação da altura ℎ (em metros)</p><p>atingida pela flecha, após segundos de seu lançamento é dada pela</p><p>equação:</p><p>ℎ( ) = �+ − 0,83 D</p><p>a) Encontre a equação da velocidade da flecha em função do tempo t.</p><p>Sabe-se que a velocidade é a variação da distância percorrida em</p><p>relação ao tempo.</p><p>�( ) = #ℎ</p><p># ��# ℎ( ) = 58 − 0,83 D</p><p>�( ) = #ℎ</p><p># = #</p><p># (58 − 0,83 D) = 58 − 1,66</p><p>�( ) = 58 − 1,66</p><p>b) Encontre a velocidade da flecha após 1 segundo de seu lançamento.</p><p>Queremos saber o valor da velocidade quando = 1, ou seja, �(1)</p><p>�(1) = 58 − 1,66 (1) = 56,34 �/"</p><p>c) Determine o tempo após o lançamento necessário para a flecha atingir o</p><p>solo.</p><p>Quando a flecha atinge o solo, a função altura ℎ( ) deve ser nula. A</p><p>altura da flecha em relação ao solo também é nula no momento do seu</p><p>lançamento = 0, mas este momento não nos interessa. Devemos ter:</p><p>ℎ( ) = 0 ≠ 0</p><p>ℎ( ) = 58 − 0,83 D = 0</p><p>58 − 0,83 D = 0 ∴ (58 − 0,83 ) = 0</p><p>= 0 �] 58 − 0,83 = 0 , ���� ≠ 0, � − "</p><p>58 − 0,83 = 0 ∴ = 58</p><p>0,83 ∴ ≅ 69,88 "</p><p>Levará aproximadamente 69,88 " para a flecha atingir novamente o</p><p>solo.</p><p>d) Com que velocidade a flecha atinge o solo?</p><p>A flecha atinge o solo no instante = 69,88 ". Então queremos saber o</p><p>valor de �(69,88)</p><p>�(69,88) = 58 − 1,66 (69,88) ≅ −58 �/"</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 20</p><p>4) Seja ���� � 3�D − 12� + 8:</p><p>a) Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função no ponto �(3,−1)</p><p>Cálculo do coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função:</p><p>�(�) = �;(�) = #</p><p>#� (3�D − 12� + 8) = 6� − 12</p><p>�� ��� � �, � = 3 → �(3) = �;(3) = 6(3) − 12 = 6</p><p>A equação da reta que passa por um ponto �(�+, *+) de coeficiente</p><p>angular � conhecido pode ser dada como: * − *+ = �(� − �+)</p><p>�(3,−1) ∴ �+ = 3 *+ = −1 � = 6 quando �+ = 3 portanto</p><p>* = *+ +�(� − �+) = (−1) + 6(� − 3) = −1 + 6� − 18 = 6� − 19</p><p>* = 6� − 19</p><p>b) Determine a equação da reta normal ao gráfico da função no ponto �(3,−1)</p><p>A reta normal ao gráfico de � no ponto � é a reta perpendicular à reta</p><p>tangente. Se o valor do coeficiente angular de uma determinada reta</p><p>é �,então o valor do coeficiente angular da reta normal a ela é − ,</p><p>�.</p><p>Como coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função no</p><p>ponto �(3,−1) é �` = 6, o coeficiente angular da reta normal (��) ao</p><p>gráfico da função no ponto �(3,−1) é:</p><p>�� = − 1</p><p>�` = −1</p><p>6</p><p>A equação da reta é:</p><p>* − *+ = � (� − �+)</p><p>A reta desejada passa pelo ponto �(3,−1) e seu coeficiente angular</p><p>�� = − ,</p><p>� . Então,</p><p>* = *+ +��(� − �+) = (−1) − 1</p><p>6 (� − 3) = −1 − �</p><p>6 + 1</p><p>2 = −�</p><p>6 − 1</p><p>2</p><p>* = −�</p><p>6 − 1</p><p>2</p><p>c) Determine o ponto do gráfico no qual reta tangente ao gráfico é</p><p>horizontal.</p><p>Se a reta tangente é horizontal então</p><p>�(�) = � = 0, logo, �;(�+) = 0</p><p>�;(�+) = 6�+ − 12 = 0 ∴ �+ = 2 �(�+) = 3.2D − 12.2 + 8 = −4</p><p>Portanto, o ponto do gráfico onde a reta tangente é horizontal é</p><p>�(2,−4).</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 21</p><p>6. Derivadas das Funções Exponencial e Logarítmica</p><p>Função Exponencial: A função exponencial é uma função do tipo</p><p>* �</p><p>0 ���</p><p>( 0</p><p>o 1</p><p>0 &</p><p>& 1</p><p>( 1</p><p>Função Logarítmica: A função logarítmica é uma função do tipo</p><p>* � log�� �� ���</p><p>( 0 ,</p><p>o 1 � ( 0</p><p>0 &</p><p>& 1</p><p>( 1</p><p>As funções exponencial e logarítmica são funções inversas:</p><p>" * � log���� então</p><p>/ � �</p><p>" * �</p><p>0 então log��*� � �</p><p>Das propriedades das funções inversas tem-se</p><p>1�</p><p>��� � 0� � � 2� log��</p><p>0� � �</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 22</p><p>Lei dos Expoentes</p><p>Lei dos Logaritmos</p><p>1)</p><p>0f/ =</p><p>0 .</p><p>/</p><p>2)</p><p>0h/ =</p><p>0</p><p>/</p><p>3) (</p><p>0)/ =</p><p>0./</p><p>4) (</p><p>. 2)0 =</p><p>0 . 20</p><p>1) log�(�. *) = log�(�) + log�(*)</p><p>2) log�(�/*) = log�(�) − log�(*)</p><p>3) log�(�¡) = ! log�(�)</p><p>4) log� � = log¢ �log¢</p><p>Logaritmos Naturais:</p><p>Os logaritmos na base e (e = 2,71828..., número de Euler) são chamados</p><p>de logaritmos naturais e recebem uma notação especial.</p><p>log£(�) = ln(�)</p><p>1) " * = ln(�) então / = � ; " * = 0 � ã� ln(*) = �</p><p>2) ���!�� #</p><p># " #</p><p>�]�çã� ��� �"</p><p>: �¥( 0) = � ; ln( 0) = �</p><p>3) O]#</p><p>�ç</p><p># 2</p><p>" ∶ log�(�) = log£(�)log£(</p><p>) =</p><p>ln( �)</p><p>ln(</p><p>)</p><p>9</p><p>> 0,</p><p>≠ 1, � > 0 �(�) = log�(�) � ã� �;(�) = 1</p><p>�. ln(</p><p>) #</p><p>#� (log�(�)) =</p><p>1</p><p>�. ln(</p><p>)</p><p>§� !</p><p>� ��]</p><p>�, �(�) = ln(�) � ã� �;(�) = 1</p><p>�</p><p>#</p><p>#� (ln(�)) =</p><p>1</p><p>�</p><p>Derivada da Função Logarítmica</p><p>9</p><p>> 0,</p><p>≠ 1 �(�) =</p><p>0 � ã� �′(�) =</p><p>0 . ln(</p><p>) #</p><p>#� (</p><p>0) =</p><p>0 . ln(</p><p>)</p><p>§� !</p><p>� ��]</p><p>�, �(�) = 0 � ã� �′(�) = 0</p><p>#</p><p>#� ( 0) = 0</p><p>Derivada da Função Exponencial</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 23</p><p>Exemplos:</p><p>Calcule a derivada das funções</p><p>1) �(�) = 0 − �r + logD(�)</p><p>�;(�) = #</p><p>#� ( 0) − #</p><p>#� (�r) + #</p><p>#� (logD �) = 0 − 3�D + 1</p><p>� ln(2)</p><p>2) s = 30 ln(�) + p�r + p0 + pD</p><p>#s</p><p>#� = #</p><p>#� (30 ln(�)) + #</p><p>#� (p�r) + #</p><p>#� (p0) + #</p><p>#� (pD)</p><p>#s</p><p>#� = �30 . ##� ( ln(�)) + ln(�) . ##� (30) � + p. ##� (�r) + p0 . ln(p) + 0</p><p>#s</p><p>#� = �30 . 1� + ln(�) . 30 . ln(3) � + p. (3�D) + p0 . ln(p)</p><p>#s</p><p>#� = 30</p><p>� + 30 ln(3) ln(�) + 3p �D + p0 ln(p)</p><p>3) ] = logD( ) @</p><p>#]</p><p># = #</p><p># a</p><p>logD( ) @ b =</p><p>@. ## (logD( )) − logD( ) . ## ( @)</p><p>( @)D</p><p>#]</p><p># =</p><p>@. � 1 . ln(2)� − logD( ) . @</p><p>( @)D =</p><p>@</p><p>. ln(2) − @ ln( )ln(2)</p><p>( @)D</p><p>#]</p><p># =</p><p>@ − @ ln( ) ln(2)</p><p>( @)D = @ − @ ln( )</p><p>ln(2)( @)D = @(1 − ln( ))</p><p>ln(2)( @)D</p><p>#]</p><p># = = 1 − ln( )</p><p>ln(2) @</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 24</p><p>7. Derivadas de Funções Trigonométricas</p><p>Uma vez conhecida as derivadas das funções seno e co-seno, podemos</p><p>deduzir a derivada de outras funções trigonométricas.</p><p>a) Derivada da Função Tangente</p><p>* � tan(�)</p><p>#*</p><p>#� = #</p><p>#� (tan(�)) =</p><p>#</p><p>#� a</p><p>sen(�)</p><p>cos(�)b</p><p>#</p><p>#� (tan(�)) =</p><p>cos(�) . ##� j" �(�)k − sen(�). ##� (cos(�))�cos(�)�D</p><p>#</p><p>#� (tan(�)) =</p><p>cos(�) . cos(�) − " �(�). (−sen(�))</p><p>�cos(�)�D = cosD(�) + senD(�)</p><p>cosD(�)</p><p>#</p><p>#� (tan(�)) =</p><p>1</p><p>cosD(�) = secD(�)</p><p>b) Derivada da Função Co-Tangente</p><p>* = cot(�)</p><p>#*</p><p>#� = #</p><p>#� (cot(�)) =</p><p>#</p><p>#� a</p><p>cos(�)</p><p>sen(�)b</p><p>#</p><p>#� (cot(�)) =</p><p>sen(�) . ##� jcos(�)k − cos(�). ##� (sen(�))�sen(�)�D</p><p>#</p><p>#� (cot(�)) =</p><p>sen(�) . j−sen(�)k − cos(�) . (cos(�))</p><p>�sen(�)�D = −senD(�) − cosD(�)</p><p>senD(�)</p><p>#</p><p>#� (cot(�)) =</p><p>−1</p><p>senD(�) = −��" �D(�)</p><p>9 �(�) = cos(�) � ã� �;(�) = −sen(�) #</p><p>#� jcos(�)k = −sen(�)</p><p>Derivada da Função Co-Seno</p><p>9 �(�) = sen(�) � ã� �;(�) = cos(�) #</p><p>#� jsen(�)k = cos(�)</p><p>Derivada da Função Seno</p><p>Cálculo I - ����� ��</p><p>�</p><p>��</p><p>�� 25</p><p>c) Derivada da Função Secante</p><p>* � sec(�)</p><p>#*</p><p>#� = #</p><p>#� (sec(�)) =</p><p>#</p><p>#� a</p><p>1</p><p>cos(�)b</p><p>#</p><p>#� (sec(�)) =</p><p>cos(�) . ##� (1) − (1). ##� (cos(�))�cos(�)�D</p><p>##� (sec(�)) =</p><p>cos(x) . (0) − (−sen(�))</p><p>�cos(�)�D = sen(�)</p><p>cos(�) . cos(�) = asen(�)cos(�)b . a</p><p>1</p><p>cos(�)b</p><p>##� (sec(�)) = tan(�) . sec(�)</p><p>d) Derivada da Função Co-Secante</p><p>* = cosec(�)</p><p>#*</p><p>#� = #</p><p>#� (cosec(�)) =</p><p>#</p><p>#� a</p><p>1</p><p>sen(�)b</p><p>#</p><p>#� (cosec(�)) =</p><p>sen(�) . ##� (1) − (1). ##� (sen(�))�sen(�)�D</p><p>#</p><p>#� (cosec(�)) =</p><p>−cos(�)</p><p>�sen(�)�D = −a cos(�)</p><p>senD(�)b . a</p><p>1</p><p>sen(�)b</p><p>#</p><p>#� (cosec(�)) = −cot(�) . cosec(�)</p><p>Exemplo</p><p>Calcule a derivada da função</p><p>s = " �( ). (1 + 3 cos(t))</p><p>#s</p><p># = #</p><p># �sen( ). (1 + 3 cos(t))�</p><p>#s</p><p># = sen( ). ## (1 + 3 cos( )) + (1 + 3 cos( )). ## (sen( ))</p><p>#s</p><p># = sen( ). � ## (1) +</p><p>#</p><p># (3 cos( ))� + (1 + 3 cos( )). cos( )</p><p>#s</p><p># = sen( ). (0 − 3 sen( )) + (1 + 3 cos( )). cos( )</p><p>#s</p><p># = −3" �D( ) + (1 + 3 cos( )). cos( )</p>