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<p>1</p><p>2</p><p>ÍNDICE GERAL</p><p>Apresentação ____________________________________________ 03</p><p>Atualidades _____________________________________________ 05</p><p>Arte _____________________________________________ 11</p><p>Biologia _____________________________________________ 17</p><p>Educação Física _____________________________________________ 22</p><p>Física _____________________________________________ 28</p><p>Filosofia _____________________________________________ 40</p><p>Geografia _____________________________________________ 44</p><p>História _____________________________________________ 52</p><p>Língua Inglesa _____________________________________________ 62</p><p>Língua Portuguesa _____________________________________________ 67</p><p>Matemática _____________________________________________ 76</p><p>Redação _____________________________________________ 81</p><p>Química _____________________________________________ 87</p><p>Sociologia _____________________________________________ 93</p><p>Língua Espanhola _____________________________________________ 97</p><p>3</p><p>O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Educação, continua seu trabalho de</p><p>implementação de importantíssimas ações, cujo objetivo é proporcionar uma educação digna para a Rede</p><p>Pública Estadual. Essas ações perpassam a construção e reconstrução, por meio de melhorias dos</p><p>espaços públicos de ensino, através de um suporte pedagógico e financeiro, para a manutenção das</p><p>escolas, contribuindo, eficazmente, para a formação continuada de professores, bem como avaliação da</p><p>aprendizagem. Assim sendo, todo esse conjunto de ações tem como foco elevar a qualidade do ensino e</p><p>da aprendizagem no Estado do Maranhão.</p><p>A despeito das ações regulares, já asseguradas no cotidiano das escolas, esta Secretaria tem, ainda,</p><p>propiciado outros mecanismos para que os estudantes aprofundem seus conhecimentos e, desta forma,</p><p>intensifiquem seus estudos, participando, com êxito, dos exames seletivos para o ingresso no ensino</p><p>superior, como o Exame Nacional do Ensino Médio e demais vestibulares.</p><p>Nesse sentido, em parceria com professores da nossa rede estadual, oferecemos estes cadernos</p><p>preparatórios, contendo os resumos dos conteúdos mais cobrados no ENEM, nas quatro áreas do</p><p>conhecimento avaliadas, contemplando todos os componentes curriculares. Cada caderno está estruturado</p><p>em três seções: o resumo teórico dos conteúdos por temas de cada disciplina do currículo; uma série de</p><p>dez questões resolvidas e comentadas; e, ainda, cinco questões selecionadas com resoluções em vídeo,</p><p>inclusive a redação!</p><p>Acesse o QR CODE ou clique no Link, abaixo, para assistir às aulas, resolver exercícios e aprofundar,</p><p>ainda mais, seus conhecimentos !</p><p>https://drive.google.com/drive/folders/1KBy7ff6jJ-</p><p>pe7_BCYJmJYEiF467ChiY3?usp=share_link</p><p>Felipe Camarão</p><p>Vice - Governador e Secretário de Estado da</p><p>Educação</p><p>https://drive.google.com/drive/folders/1KBy7ff6jJ-pe7_BCYJmJYEiF467ChiY3?usp=share_link</p><p>https://drive.google.com/drive/folders/1KBy7ff6jJ-pe7_BCYJmJYEiF467ChiY3?usp=share_link</p><p>5</p><p>ATUALIDADES</p><p>https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/agua-e-vida-por-que-a-agua-e-importante-</p><p>para-os-seres-vivos.htm</p><p>A superfície terrestre é formada por 71% de terras</p><p>imersas (oceanos e mares) e 29% de terras emersas</p><p>(continentes e ilhas). A parte do planeta que é formada</p><p>por águas é chamada de hidrosfera, que é constituída</p><p>de 97% de águas oceânicas e 3% de águas continentais</p><p>(geleiras, rios, lagos etc.).</p><p>Os oceanos são as maiores extensões de água salgada</p><p>e os mares são porções dos oceanos que se</p><p>particularizam pela configuração costeira, pelas</p><p>dimensões e pelo tipo de relevo. Ou seja:</p><p>- os mares possuem dimensões bem reduzidas em</p><p>relação aos oceanos;</p><p>- os mares são normalmente mais rasos que os</p><p>oceanos;</p><p>- os mares estão normalmente em contato direito com os</p><p>continentes.</p><p>Principais oceanos:</p><p>⇒ Pacífico (Ásia – Oceania – América) – Presença 80%</p><p>dos vulcões e 42% dos abalos sísmicos;</p><p>⇒ Atlântico (América – África – Europa) – sua porção</p><p>norte é de grande importância econômica: América</p><p>Anglo-Saxônica x Europa ocidental;</p><p>⇒ Índico (Ásia – África – Oceania) – oceano mais</p><p>quente, pois a sua maior parte está na zona tropical. É</p><p>importante para o escoamento do petróleo do Oriente</p><p>Médio;</p><p>Tipos de mares:</p><p>⇒ mares abertos ou costeiros – ampla comunicação</p><p>com o oceano. Ex.: Caribe ou Antilhas, Norte, Amarelo,</p><p>Arábico etc.;</p><p>⇒ mares continentais ou interiores – comunicação com</p><p>o oceano através de estreitos ou canais. Ex.: Vermelho,</p><p>Báltico, Mediterrâneo etc.;</p><p>⇒ mares fechados ou isolados – não têm comunicação</p><p>com o oceano. Ex.: Cáspio, Morto (lago de asfaltite), Aral</p><p>(está secando: desastre ecológico – desvio de rios).</p><p>A ÁGUA DOCE VAI VALER OURO E</p><p>CAUSARÁ GUERRAS NO SÉCULO XXI</p><p>"O mundo está muito preocupado com a</p><p>problemática da água doce e potável. Parece estranho</p><p>que um planeta que tem mais de 70% de água, que já</p><p>foi chamado, erradamente, de planeta água, possa ter</p><p>dificuldades m relação ao abastecimento de água,</p><p>levando a ONU a fazer uma previsão assustadora: até</p><p>2025, 2/3 da população do planeta poderá sofrer com a</p><p>sede.</p><p>Vamos esclarecer a situação: no planeta Terra tem mais</p><p>terra do que água, porém na superfície terrestre mais de</p><p>70% é água. Entretanto, 97% dessa água são</p><p>oceânicas, sobrando apenas 3% para as águas</p><p>continentais, 2% para geleiras e 1% para rios, lagos,</p><p>represas, etc. Assim, o total de água doce é menos de</p><p>1%. Somando-se a isso temos outras condições</p><p>prejudiciais: irregular distribuição, aumento do consumo</p><p>(crescimento da população, agricultura e indústria),</p><p>desperdício e poluição das águas.</p><p>Em função do que foi exposto, alguns estudiosos</p><p>chegam a afirmar que, no século XXI, a água terá o</p><p>mesmo papel do petróleo no século XX, fazendo</p><p>previsões que em algumas regiões do globo teremos</p><p>guerras disputando as águas: Oriente Médio (conflitos</p><p>pelas águas dos rios Tigre, Eufrates e Jordão) e norte da</p><p>África (brigas pelas águas do rio Nilo).</p><p>É preciso a humanidade tomar alguma posição em</p><p>relação a essa questão. Temos que ter algumas ações</p><p>mitigadoras, que possam amenizar a futura sede do</p><p>planeta, como a reciclagem da água (reutilização), uso</p><p>dos lençóis freáticos, dessalinização, educação</p><p>ambiental, chuvas artificiais, reflorestamento,</p><p>planejamento urbano – para evitar a expansão urbana</p><p>para os mananciais e não os contaminar,</p><p>desenvolvimento de novas tecnologias para usarem</p><p>menos águas na produção dos bens e serviços, política</p><p>de saneamento básico etc.</p><p>O Brasil tem cerca de 8 a 12% do potencial de água doce</p><p>do planeta, porém ela está mal distribuída e com um</p><p>contraste: a maior parte fica na Amazônia, onde a</p><p>população residente é a menor do país. Temos, ainda,</p><p>grandes aquíferos, como o Guarani ou Botucatu, que</p><p>estão localizados no Centro-Sul do país, fronteira com a</p><p>Argentina, Uruguai e Paraguai; o Alter do chão,</p><p>atingindo o PA-AP-AM., mas o país tem o Sertão</p><p>Nordestino, com um problema crônico de falta de água.</p><p>Assim, o país não está livre de uma crise de água doce,</p><p>pois temos, também, um irregular distribuição de águas,</p><p>aumento do consumo, desperdício e poluição".</p><p>(S.S.C.F.)</p><p>John Anthony Allan, um professor britânico</p><p>desenvolveu o conceito denominado "água virtual" que</p><p>mede a quantidade gasta do precioso líquido na</p><p>produção de alimentos e que lhe valeu o "Prêmio</p><p>Estocolmo da Água 2008"(Water Prize 2008), prêmio</p><p>atribuído anualmente pelo Instituto Internacional da</p><p>Água de Estocolmo.</p><p>De acordo com esta teoria uma xícara de café, por</p><p>exemplo, equivale a um gasto de 140 litros de água. Os</p><p>cálculos do consumo da água vão desde o cultivo à</p><p>produção e ao empacotamento do café.</p><p>6</p><p>Para se obter meio quilo de queijo são necessários</p><p>2.500 litros de água. Por dia, um ser humano consome</p><p>entre dois mil e cinco mil litros de "água virtual"</p><p>Como é a obra</p><p>O Projeto</p><p>patógeno-hospedeiro, qual dos dois vírus infecta</p><p>seres humanos há mais tempo?</p><p>A) Ebola, pois o maior período de incubação reflete</p><p>duração mais longa do processo de coevolução</p><p>patógeno-hospedeiro.</p><p>B) Dengue, pois o menor período de incubação</p><p>reflete duração mais longa do processo de</p><p>coevolução patógeno-hospedeiro.</p><p>C) Ebola, cuja alta letalidade indica maior eficiência</p><p>do vírus em parasitar seus hospedeiros,</p><p>estabelecida ao longo de sua evolução.</p><p>D) Ebola, cujos surtos epidêmicos concentram-se</p><p>no continente africano, reconhecido como berço da</p><p>origem evolutiva dos seres humanos.</p><p>E) Dengue, cuja baixa letalidade indica maior</p><p>eficiência do vírus em parasitar seus hospedeiros,</p><p>estabelecida ao longo da coevolução patógeno-</p><p>hospedeiro.</p><p>Questão 4. Analise o esquema de uma</p><p>metodologia utilizada na produção de vacinas</p><p>contra a hepatite B.</p><p>Nessa vacina, a resposta imune será induzida por</p><p>um(a)</p><p>A) vírus.</p><p>B) bactéria.</p><p>C) proteína.</p><p>D) levedura.</p><p>E) ácido nucleico.</p><p>Questão 5. (Enem 2021) Devido à sua ampla</p><p>incidência e aos seus efeitos debilitantes, a malária</p><p>é a doença que mais contribui para o sofrimento da</p><p>população humana da Região Amazônica. Além de</p><p>reduzir os esforços das pessoas para</p><p>desenvolverem seus recursos econômicos,</p><p>capacidade produtiva e melhorarem suas</p><p>condições de vida, prejudica a saúde da população</p><p>e o desenvolvimento socioeconômico da região.</p><p>Essa doença constitui um sério problema</p><p>socioeconômico para a região citada porque</p><p>provoca</p><p>A) Alterações neurológicas, que causam crises</p><p>epilépticas, tornando o doente incapacitado para o</p><p>trabalho.</p><p>B) Diarreias agudas e explosivas, que fazem com</p><p>que o doente fique vários dias impossibilitado de</p><p>trabalhar.</p><p>C) Febres constantes e intermitentes associadas à</p><p>fadiga e dores de cabeça, que afastam o doente de</p><p>suas atividades.</p><p>D) Imunossupressão, que impossibilita o doente de</p><p>entrar em contato com outras pessoas sem o uso</p><p>de máscaras e luvas.</p><p>E) Infecção viral contagiosa, que faz com que o</p><p>doente precise de isolamento para evitar</p><p>transmissão para outras pessoas.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>D E E C C</p><p>EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>CONDICIONAMENTO E ESFORÇO FÍSICO</p><p>O Condicionamento físico é uma modalidade de</p><p>pratica de exercício físico em que o indivíduo</p><p>alcança melhora no funcionamento</p><p>musculoesquelético e metabólico através do</p><p>aprimoramento na força muscular, potência,</p><p>resistência cardiovascular, resistência muscular e</p><p>na flexibilidade. A ferramenta utilizada são os</p><p>treinamentos aeróbico, de força e de flexibilidade.</p><p>Os benefícios relacionados à saúde decorrentes da</p><p>melhora do condicionamento físico vão desde a</p><p>melhora em aspectos psicobiológicos quanto no</p><p>perfil metabólico.</p><p>Atividade física e exercício físico são as mesmas</p><p>coisas?</p><p>Atividade física se refere a qualquer movimento do</p><p>corpo que envolva esforço e, portanto, exige</p><p>energia além daquela necessária em repouso.</p><p>Tarefas do dia a dia, como jardinagem simples,</p><p>afazeres domésticos e subir as escadas no</p><p>trabalho são exemplos da atividade física básica.</p><p>Incluir essas atividades em sua rotina diária é útil,</p><p>mas as pessoas que praticam somente esse tipo</p><p>de atividade são consideradas sedentárias.</p><p>Em resumo, a atividade física não é algo</p><p>sistematizado ou programado, simplesmente</p><p>ocorre pela necessidade natural do ser humano e</p><p>existir e se relacionar com seu meio e seu estilo de</p><p>viver. Exercício físico é uma forma mais</p><p>direcionada ou específica de atividade física para</p><p>melhoria da saúde. Tanto a atividade física como o</p><p>exercício incluem movimentos que exigem energia,</p><p>mas a finalidade do exercício é melhorar ou manter</p><p>o condicionamento físico. O condicionamento físico</p><p>relacionado à saúde inclui condicionamento</p><p>aeróbico e muscular, assim como a flexibilidade.</p><p>Exemplos de exercícios de condicionamento físico</p><p>relacionados à saúde são a caminhada rápida ou o</p><p>jogging, a musculação e o alongamento.</p><p>O exercício serve para equilibrar ou aumentar a</p><p>musculatura, reduzir de maneira mais rápida o</p><p>23</p><p>peso corporal, melhorar a capacidade respiratória,</p><p>diminuição da pressão arterial e prevenir o</p><p>surgimento de males como diabetes e doenças</p><p>cardiovasculares. Já o esforço físico é a realização</p><p>de uma atividade sem o cuidado com a</p><p>biomecânica do movimento, sobrecarregando</p><p>assim, tecidos moles (ligamentos e tendões) e</p><p>também musculares, gerando normalmente dores</p><p>em regiões de inserção como ombro, cotovelos,</p><p>joelhos e também região lombar.</p><p>Questão 1. OMS: sedentarismo pode adoecer</p><p>500 milhões de pessoas até 2030</p><p>O sedentarismo pode levar 500 milhões de</p><p>pessoas a desenvolverem doenças cardíacas,</p><p>obesidade, diabetes e outras doenças não</p><p>transmissíveis até 2030, alerta um novo relatório da</p><p>Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado</p><p>na quarta-feira (19).</p><p>O documento destaca que o custo com saúde para</p><p>os governos será de 27 bilhões de dólares por ano,</p><p>caso políticas públicas de incentivo a atividades</p><p>físicas não sejam implementadas de forma efetiva.</p><p>Atualmente, segundo a análise de dados de 194</p><p>países, menos de 50% dos governos nacionais têm</p><p>políticas de atividade física, e menos de 40% delas</p><p>estão operacionais; enquanto isso, apenas 30%</p><p>das nações têm diretrizes nacionais de atividade</p><p>física para todas as faixas etárias.</p><p>Disponível :https://brasil.un.org/pt-br/</p><p>Segundo os dados acima apresentados:</p><p>A) A maioria dos países possuem uma política</p><p>efetiva que proporciona a prática de atividade física</p><p>pela população.</p><p>B) A maioria dos países precisam melhorar as</p><p>políticas públicas de incentivo à prática de atividade</p><p>física, reduzindo seus gastos com a saúde.</p><p>C) O incentivo a atividades físicas por intermédio</p><p>das políticas públicas poderá aumentar o gasto</p><p>desses países com a saúde.</p><p>D) 30% das nações não possuem diretrizes</p><p>nacionais de atividade física para todas as faixas</p><p>etárias.</p><p>E) Os governos terão uma economia de de 27</p><p>bilhões de dólares por ano</p><p>Questão 2. Imaginemos um cidadão, residente na</p><p>periferia de um grande centro urbano, que</p><p>diariamente acorda às 5h para trabalhar, enfrenta</p><p>em média 2 horas de transporte público, em geral</p><p>lotado, para chegar às 8h ao trabalho. Termina o</p><p>expediente às 17h e chega em casa às 19h para,</p><p>aí sim, cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos</p><p>etc. Como dizer a essa pessoa que ela deve</p><p>praticar exercícios, pois é importante para sua</p><p>saúde? Como ela irá entender a mensagem da</p><p>importância do exercício físico? A probabilidade de</p><p>essa pessoa praticar exercícios regularmente é</p><p>significativamente menor que a de pessoas da</p><p>classe média/alta que vivem outra realidade. Nesse</p><p>caso, a abordagem individual do problema tende a</p><p>fazer com que a pessoa se sinta impotente em não</p><p>conseguir praticar exercícios e,</p><p>consequentemente, culpada pelo fato de ser ou</p><p>estar sedentária.</p><p>FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar:</p><p>ampliando o enfoque. RBCE, n. 2, jan. 2001 (adaptado).</p><p>O texto, que propõe uma reflexão acerca do</p><p>impacto de mudanças no estilo de vida na saúde,</p><p>apresenta uma visão:</p><p>A) medicalizada, que relaciona a prática de</p><p>exercícios físicos por qualquer indivíduo à</p><p>promoção da saúde.</p><p>B) ampliada, que considera aspectos sociais</p><p>intervenientes na prática de exercícios no</p><p>cotidiano.</p><p>C) crítica, que associa a interferência das tarefas</p><p>da casa ao sedentarismo do indivíduo.</p><p>D) focalizada, que atribui ao indivíduo a</p><p>responsabilidade pela prevenção de doenças.</p><p>E) geracional, que preconiza a representação do</p><p>culto à jovialidade.</p><p>Questão 3. “Qualquer movimento que se faz com</p><p>o corpo é considerado ---------------. Se você se</p><p>levanta do sofá e vai até o filtro beber água, você</p><p>está fazendo uma --------------------”, explica a</p><p>Médica do Esporte e Especialista em Radiologia</p><p>Médica e Esportiva, Raquel Del Fraro. Já o ---------</p><p>---------- é algo sistematizado e que tem um</p><p>objetivo, pontua a médica: “quando quer ganhar</p><p>força, por exemplo, a pessoa faz séries de</p><p>movimentos coordenados e repetidos com o</p><p>objetivo</p><p>de fortalecer os músculos”, exemplifica.</p><p>Disponível: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/especial-publicitario/bem-viver-em-</p><p>minas/noticia/2020/12/22</p><p>O texto descreve a diferença entre:</p><p>A) Esporte e combate</p><p>B) Aptidão física relacionada a saúde e relacionada</p><p>ao desempenho</p><p>C) Atividade aeróbia e anaeróbia</p><p>D) Jogos e esporte</p><p>E) Atividade física e Exercício físico</p><p>Questão 4. Um programa de condicionamento</p><p>físico está caracterizado pela oferta de serviço</p><p>especializado cuja administração ocorre a partir de</p><p>conhecimentos técnicos, para o desenvolvimento</p><p>das diferentes capacidades e qualidades físicas</p><p>humanas, considerando o sujeito, a saúde e suas</p><p>relações com as demandas sociais atuais das</p><p>práticas de movimentos corporais.</p><p>GOBBI, S.; VILLAR, R.; ZAGO, A. S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico.</p><p>Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005 (adaptado).</p><p>Assinale a alternativa CORRETA no que diz</p><p>respeito à prática de exercícios e condicionamento</p><p>físico.</p><p>A) Os exercícios de intensidade baixa, que</p><p>alcançam 70 a 90% da frequência cardíaca</p><p>máxima, produzem ácido láctico nos músculos, o</p><p>qual inibe a queima de gorduras; contudo, as</p><p>calorias são queimadas em uma velocidade maior,</p><p>porque os carboidratos são usados para energia.</p><p>https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/especial-publicitario/bem-viver-em-minas/noticia/2020/12/22</p><p>https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/especial-publicitario/bem-viver-em-minas/noticia/2020/12/22</p><p>24</p><p>B) Os exercícios de intensidade alta, atingindo 50 a</p><p>70% da frequência cardíaca máxima, começam a</p><p>acessar reservas de gordura para combustível</p><p>após 30 min de exercício; com uma duração maior</p><p>do exercício, são queimadas menos calorias,</p><p>porém mais gordura.</p><p>C) O planejamento dos exercícios deve se pautar</p><p>por prescrição médica, independente de tolerância</p><p>individual, alocação de tempo, interesses e</p><p>comprometimento.</p><p>D) Os exercícios regulares como parte de um</p><p>programa de condicionamento físico ajudam a</p><p>atingir o peso ideal, controlar a pressão arterial e</p><p>aumentar as lipoproteínas de alta densidade (HDL),</p><p>reduzir o risco de cardiopatia coronária, aumentar</p><p>a resistência e melhorar a sensação de bem-estar.</p><p>E) Os exercícios regulares como parte de um</p><p>programa de condicionamento físico ajudam a</p><p>atingir o peso ideal, aumentar a pressão arterial</p><p>aumentando o risco de cardiopatia coronária,</p><p>diminuindo a resistência e reduzindo a sensação de</p><p>bem-estar.</p><p>Questão 5. Luciana trabalha em uma loja de venda</p><p>de carros. Ela tem um papel muito importante de</p><p>fazer a conexão entre os vendedores, os</p><p>compradores e o serviço de acessórios. Durante o</p><p>dia, ela se desloca inúmeras vezes da sua mesa</p><p>para resolver os problemas dos vendedores e dos</p><p>compradores. No final do dia, Luciana só pensa em</p><p>deitar e descansar as pernas. Na função de chefe</p><p>preocupado com a produtividade (número de</p><p>carros vendidos) e com a saúde e a satisfação dos</p><p>seus funcionários, a atitude correta frente ao</p><p>problema seria:</p><p>A) propor a criação de um programa de ginástica</p><p>laboral no início da jornada de trabalho.</p><p>B) sugerir a modificação do piso da loja para</p><p>diminuir o atrito do solo e reduzir as dores nas</p><p>pernas.</p><p>C) afirmar que os problemas de dores nas pernas</p><p>são causados por problemas genéticos.</p><p>D) ressaltar que a utilização de roupas bonitas e do</p><p>salto alto são condições necessárias para compor</p><p>o bom aspecto da loja.</p><p>E) escolher um de seus funcionários para conduzir</p><p>as atividades de ginástica laboral em intervalos de</p><p>2 em 2 horas</p><p>ESPORTE, DANÇA E LUTA</p><p>“Esporte é uma atividade competitiva</p><p>institucionalizada, com regras e objetivos bem</p><p>definidos, que envolve esforço físico vigoroso ou o</p><p>uso de habilidades motoras relativamente</p><p>complexas, por indivíduos, cuja participação é</p><p>motivada por uma combinação de fatores</p><p>intrínsecos e extrínsecos”.</p><p>O objetivo de todas as modalidades esportivas é a</p><p>superação dos adversários em absoluto respeito às</p><p>regras, podendo ser praticados de forma individual</p><p>ou coletiva, profissionalmente, de maneira</p><p>recreativa ou para a melhoria da saúde.</p><p>A prática do esporte remete à China, 4000 a.C.,</p><p>onde se registrou os primeiros registros da</p><p>ginástica. Posteriormente, o Egito e, sobretudo, a</p><p>Grécia antiga marcam a história das competições</p><p>esportivas.</p><p>O esporte em seu formato atual teve início no</p><p>século XVIII, com o desenvolvimento de diversas</p><p>modalidades e a criação das competições. Em</p><p>1896, o esporte atingiu um novo status, com a</p><p>primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era</p><p>Moderna, em Atenas.</p><p>Os tipos de esporte existentes são classificados a</p><p>partir do modo como se dá a sua prática e quanto</p><p>ao seu objetivo. As principais classificações são:</p><p>esportes de marca, esportes de precisão, esportes</p><p>de invasão, esportes de rede e parede, esportes de</p><p>combate, esportes técnico-combinatório, esportes</p><p>de campo e taco.</p><p>Esporte radicais</p><p>Esportes radicais são esportes com elevado</p><p>risco à integridade física dos atletas. Tal risco se</p><p>deve às condições extremas em que são</p><p>praticados (alta velocidade, altitude elevada, etc.),</p><p>responsáveis pela intensa liberação</p><p>de adrenalina nos desportistas. Em sua maioria,</p><p>são esportes individuais, podendo ser competitivos</p><p>ou não.</p><p>Por serem mais perigosos que os esportes</p><p>convencionais, é obrigatória a utilização</p><p>de equipamentos de proteção nos esportes</p><p>radicais. Esses equipamentos devem ser</p><p>certificados e adequados às necessidades de cada</p><p>modalidade. Ainda assim, o risco está sempre</p><p>presente, exigindo dos atletas resistência física,</p><p>domínio técnico e controle emocional</p><p>extraordinários.</p><p>Mesmo que algumas modalidades sejam</p><p>praticadas em ambientes urbanos, os esportes</p><p>radicais são geralmente associados à NATUREZA.</p><p>DANÇAS</p><p>A dança é uma manifestação artística que se</p><p>caracteriza pelo uso do corpo para realizar</p><p>movimentos ritmados, geralmente com o auxílio de</p><p>sons ou de músicas. Essa é uma atividade que</p><p>pode ser praticada por crianças, jovens, adultos e</p><p>idosos, de forma individual ou coletiva. De acordo</p><p>com o Coletivo de Autores (2009) considera-</p><p>se dança uma expressão representativa da vida do</p><p>homem, pode ser considerada como uma</p><p>linguagem social que permite a transmissão de</p><p>sentimento, emoções vividas no trabalho, na</p><p>religiosidade, nos costumes hábitos, etc.</p><p>Classificação das danças:</p><p>Origem</p><p>Folclórica ou típica: baião, frevo, catira, etc;</p><p>25</p><p>Étnica: tango, fharatanatyam, flamengo, etc</p><p>Cerimoniais: rituais indígenas, rituais da Ubanda,</p><p>rituais xamãs, etc;</p><p>Modo</p><p>Solo (individual): coreografia de solista no balé,</p><p>sapateado, samba, etc;</p><p>Em dupla: forró, tango, bolero, etc;</p><p>Em grupo: quadrilha, street dance, carimbó, etc;</p><p>Finalidade</p><p>Erótica: poledance, can can, strip-tease, etc.</p><p>Cênica ou performática: balé, ópera-balé, dança</p><p>contemporânea, etc;</p><p>Coreografada: casamento, debutantes, fitdance,</p><p>etc</p><p>Lutas</p><p>As lutas podem ser encaradas como frutos da</p><p>atividade humana, cujas categorias, princípios e</p><p>leis surgem da interação do homem com o lógico e</p><p>o histórico, com o meio social, econômico, político</p><p>e nos conflitos causados pelos diferentes</p><p>interesses de classes sociais decorrentes. As lutas</p><p>são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser</p><p>subjugado(s), mediante técnicas e estratégias de</p><p>desequilíbrio, contusões, imobilização ou exclusão</p><p>de um determinado espaço na combinação de</p><p>ações de ataque e defesa. Portanto, as lutas são</p><p>práticas provenientes da cultura corporal de</p><p>movimento que apresentam a questão do confronto</p><p>físico direto, regidas por regras pré-determinadas.</p><p>Além disso, há a oposição de ações entre os</p><p>participantes, nas quais o alvo está no corpo</p><p>adversário. Ainda, as ações são de modo</p><p>simultâneo e possuem características de</p><p>imprevisibilidade.</p><p>Fonte: EBC, 2016</p><p>A Federação Internacional de Lutas Associadas</p><p>(FILA) estabeleceu seis estilos internacionais. Eles</p><p>são denominados como: luta de praia, livre, de</p><p>combate, greco-romana, corpo a corpo e o sambo.</p><p>Questão 6.</p><p>Disponível:https://observatorioracialfutebol.com.br/nice-se-pronuncia-sobre-acusacoes-de-</p><p>racismo-e-intolerancia-contra-galtier/ acesso em 17/04/2023</p><p>Sem negar as acusações de racismo e intolerância</p><p>contra Christophe Galtier, o Nice se pronunciou</p><p>sobre o tema. Na manhã desta quarta-feira, a</p><p>“RMC Sport” revelou um e-mail de um ex-dirigente</p><p>do clube francês afirmando que o atual treinador do</p><p>Paris Saint-Germain não gostaria que sua equipe</p><p>contasse com muitos jogadores negros e</p><p>muçulmanos.</p><p>De acordo com o texto:</p><p>A) A postura do treinador em relação aos jogadores</p><p>negros e mulçumanos seria por funções técnicos e</p><p>tácticas</p><p>B) O texto descreve mais um triste relato de</p><p>racismo existente no futebol.</p><p>C) Descreve as desigualdades sociais e</p><p>econômicas existente sociedade</p><p>D) O fenômeno da exclusão social não tem relação</p><p>com o da desigualdade social, porque são duas</p><p>situações totalmente independentes, diferenciadas</p><p>e não relacionadas à geração de pobreza.</p><p>E) A postura do treinador em relação aos jogadores</p><p>negros e mulçumanos seria devido aos altos</p><p>valores salarias desses atletas.</p><p>Questão 7.</p><p>Disponível:https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/14/alpinista-sai-da-caverna-</p><p>em-que-se-isolou-durante-500-dias.ghtml adaptado. acesso: 17/04/2023</p><p>Uma mulher que passou 500 dias completamente</p><p>sozinha saiu de uma caverna a 70 metros de</p><p>profundidade na Espanha. A alpinista Beatriz</p><p>Flamini queria estudar as consequências desse</p><p>isolamento para a saúde física e mental. Fora da</p><p>caverna, uma equipe de apoio providenciava as</p><p>refeições dela.</p><p>As práticas de aventura na natureza se</p><p>caracterizam por explorar a imprevisibilidade dos</p><p>ambientes físicos naturais (terra, ar e água) na</p><p>geração de sensações de vertigem por meio de</p><p>riscos controlados. São exemplos a corrida de</p><p>orientação, mountain bike, escalada, alpinismo,</p><p>rapel, tirolesa, arborismo, surfe, stand up paddle,</p><p>mergulho, paraquedismo, voo de asa delta etc.</p><p>A atleta em questão experimentou:</p><p>A) Através do alto rendimento a busca pela vitória</p><p>de forma sistematizada</p><p>B) A aproximação de diferentes sujeitos e culturas.</p><p>C) explorar a previsibilidade dos ambientes físicos</p><p>naturais (terra, ar e água) na geração de sensações</p><p>de vertigem por meio de altos riscos</p><p>D) Através do seu isolamento controlado, a</p><p>exploração da imprevisibilidade dos ambientes</p><p>físicos naturais (terra, ar e água).</p><p>https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmemoria.ebc.com.br%2Fesportes%2F2016%2F06%2Fconheca-regras-do-boxe-taekwondo-luta-olimpica-e-judo-presentes-na-rio-2016&psig=AOvVaw0JgV5q0Gc8339-HGLpD7-h&ust=1681825683832000&source=images&cd=vfe&ved=0CBMQjhxqFwoTCNiepYaHsf4CFQAAAAAdAAAAABAR</p><p>https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmemoria.ebc.com.br%2Fesportes%2F2016%2F06%2Fconheca-regras-do-boxe-taekwondo-luta-olimpica-e-judo-presentes-na-rio-2016&psig=AOvVaw0JgV5q0Gc8339-HGLpD7-h&ust=1681825683832000&source=images&cd=vfe&ved=0CBMQjhxqFwoTCNiepYaHsf4CFQAAAAAdAAAAABAR</p><p>https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/14/alpinista-sai-da-caverna-em-que-se-isolou-durante-500-dias.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/14/alpinista-sai-da-caverna-em-que-se-isolou-durante-500-dias.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/tudo-sobre/espanha/</p><p>26</p><p>E) Através do baixo rendimento a busca pela vitória</p><p>de forma sistematizada</p><p>Questão 8.</p><p>O futebol latino-americano foi marcado</p><p>pela violência na última semana e meia, com</p><p>diversos episódios registrados também no Brasil,</p><p>desde brigas entre torcidas a ataques direto aos</p><p>jogadores.</p><p>Os casos geraram revolta entre dirigentes, atletas</p><p>e também torcidas, reativando o alerta para</p><p>violência dentro e fora dos estádios.</p><p>Disponível: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/casos-de-violencia-marcaram-o-futebol-</p><p>nas-ultimas-semanas-relembre/</p><p>Nesse texto, a violência no futebol está</p><p>caracterizada como um(a)</p><p>A) problema social localizado numa região do país.</p><p>B) desafio para as torcidas organizadas dos clubes.</p><p>C) Um problema, reflexo da precariedade da</p><p>organização social em vários países.</p><p>D) inadequação de espaço nos estádios para</p><p>receber o público.</p><p>E) consequência da insatisfação dos clubes com a</p><p>organização dos jogos.</p><p>Questão 9. O conceito de ******, neste contexto,</p><p>significa um jogo cujo alvo é o próprio adversário,</p><p>diferentemente do futebol, rúgbi, basquete ou</p><p>qualquer outro esporte cujo alvo é um gol, uma bola</p><p>ou qualquer outro objeto extrínseco ao oponente.</p><p>Logo, quando nos referimos à ******,</p><p>invariavelmente devemos pensar em uma prática</p><p>que envolve oposição direta.</p><p>A palavra ******** é oriunda do Deus da guerra,</p><p>Marte, portanto, ******** possui o sentido de “arte</p><p>da guerra”. Sendo assim, são consideradas ******</p><p>aquelas modalidades cuja criação tem uma</p><p>finalidade bélica. Naturalmente, com a criação das</p><p>armas de fogo, o uso de sistemas de ******* na</p><p>guerra foi se tornando cada vez mais obsoleto,</p><p>porém, estas modalidades ainda são chamadas de</p><p>*********.</p><p>Disponível: https://blog.portaleducacao.com.br/acessado em 18/042023</p><p>O texto descreve a diferença entre:</p><p>A) Capoeira e Muay tthai</p><p>B) Esporte de combate e esporte de rede.</p><p>C) Lutas e arte marciais</p><p>D) Lutas e brigas</p><p>E) Guerra e combate</p><p>Questão 10.</p><p>Disponível: https://www.centralperiferica.org/post/</p><p>O direito do cidadão brasileiro à prática esportiva</p><p>está descrito na constituição federal de 1988, tendo</p><p>como uma de suas principais características o</p><p>investimento público para a promoção do esporte</p><p>em níveis educacionais ou profissionais.</p><p>Para a área da saúde, um dos hábitos a serem</p><p>adquiridos para o momento do exercício é a pratica</p><p>ao ar livre. Exercitar-se em espações abertos</p><p>estimula o estado mental de relaxamento e pode</p><p>diminuir os sintomas de depressão entre outros</p><p>benefícios.</p><p>O texto pontua a importância:</p><p>A) do aumento de praticantes de modalidades</p><p>esportivas</p><p>B) da falta de espaços privados pra prática</p><p>esportiva</p><p>C) de investimento público em espaços aptos para</p><p>a prática esportiva.</p><p>D) de investimento público em escolas particulares</p><p>de esporte</p><p>E) de infraestrutura voltada para a locomoção da</p><p>população</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1.</p><p>No documento que apresenta o programa, a</p><p>entidade estabelece, como missão, “garantir que</p><p>todas as pessoas tenham acesso a ambientes</p><p>seguros e a diversas oportunidades para serem</p><p>fisicamente ativas na vida diária, como uma forma</p><p>de melhorar a saúde individual e da comunidade e</p><p>para contribuir com o desenvolvimento social,</p><p>cultural e econômico de todas as nações”. De</p><p>maneira prática, a meta é reduzir a prevalência do</p><p>sedentarismo entre adolescentes e adultos em</p><p>10% até 2025 e em 15% até 2030.</p><p>Disponível: https://saude.abril.com.br</p><p>O programa estabelece como missão</p><p>A) O sedentarismo está associado a numerosas</p><p>doenças que elevam o risco de problemas</p><p>metabólicos e cardiovasculares.</p><p>https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/futebol/</p><p>https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/violencia/</p><p>https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/casos-de-violencia-marcaram-o-futebol-nas-ultimas-semanas-relembre/</p><p>https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/casos-de-violencia-marcaram-o-futebol-nas-ultimas-semanas-relembre/</p><p>https://blog.portaleducacao.com.br/acessado%20em%2018/042023</p><p>https://www.centralperiferica.org/post/</p><p>27</p><p>B) A elaboração de políticas públicas que</p><p>proporcionem o acesso a locais aptos para serem</p><p>utilizado para a prática de atividade física.</p><p>C) Que a saúde é um direito constitucional do</p><p>cidadão. Porém, pouco é feito pelo governo para</p><p>informar a sociedade sobre os malefícios da</p><p>inatividade.</p><p>D) O sedentarismo não está associado a</p><p>numerosas doenças que elevam o risco de</p><p>problemas metabólicos e cardiovasculares.</p><p>E) Que a saúde não é um direito constitucional do</p><p>cidadão.</p><p>Questão 2.</p><p>O termo analfabetismo físico se refere ao fato que:</p><p>A) É uma preocupação que começou a ser</p><p>estudada internacionalmente.</p><p>B) A redução da prática de atividade física na</p><p>infância aumenta o repertório motor pra vida adulta.</p><p>C) O aumento da prática de atividade física na</p><p>infância reduz o repertório motor pra</p><p>vida adulta.</p><p>D) O sedentarismo existente no público jovem irá</p><p>gerar uma redução na memória motora (ou</p><p>repertório motor) ocasionando uma incapacidade</p><p>de prática posterior na vida adulta.</p><p>E) Abandonar o sedentarismo é essencial pra</p><p>prevenção de doenças cardíacas, obesidade e</p><p>diabetes.</p><p>Questão 3.</p><p>Disponível: https://valor.globo.com/brasil/noticia</p><p>A reflexão trazida pelo texto, que aborda os</p><p>dispositivos eletrônicos como um desafio, faz uma</p><p>crítica a</p><p>A) Utilização de equipamentos audiovisuais de</p><p>última geração</p><p>B) Redução das habilidades motoras advindas do</p><p>uso excessivo de dispositivos eletrônicos.</p><p>C) Redução das quedas nas aulas de educação</p><p>física</p><p>D) Falta de interesse dos jovens pelos dispositivos</p><p>eletrônicos em detrimento das atividades físicas.</p><p>E) Prática excessiva de atividades físicas durante a</p><p>semana.</p><p>Questão 4. Uma das mais contundentes críticas ao</p><p>discurso da aptidão física relacionada à saúde está</p><p>no caráter eminentemente individual de suas</p><p>propostas, o que serve para obscurecer outros</p><p>determinantes da saúde, ou seja, costuma-se</p><p>apresentar o indivíduo como o problema e a</p><p>mudança do estilo de vida como a solução.</p><p>Argumenta-se ainda que o movimento da aptidão</p><p>física relacionada à saúde considera a existência</p><p>de uma cultura homogênea na qual todos seriam</p><p>livres para escolher seus estilos de vida, o que não</p><p>condiz com a realidade. O fato é que vivemos numa</p><p>sociedade dividida em classes sociais, na qual nem</p><p>todas as pessoas têm condições econômicas para</p><p>adotar um estilo de vida ativo e saudável. Há</p><p>desigualdades estruturais com raízes políticas,</p><p>econômicas e sociais que dificultam a adoção</p><p>desses estilos de vida.</p><p>FERREIRA. M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar; ampliando o enfoque.</p><p>RBCE, n. 2. jan. 2001 (adaptado).</p><p>Com base no texto, a relação entre saúde e estilos</p><p>de vida</p><p>A) constrói a ideia de que a mudança individual de</p><p>hábitos promove a saúde.</p><p>B) considera a homogeneidade da escolha de</p><p>hábitos saudáveis pelos indivíduos.</p><p>C) reforça a necessidade de solucionar os</p><p>problemas de saúde da sociedade com a prática de</p><p>exercícios.</p><p>D) problematiza a organização social e seu</p><p>impacto na mudança de hábitos dos indivíduos</p><p>E) reproduz a noção de que a melhoria da aptidão</p><p>física pela prática de exercícios promove a saúde.</p><p>Questão 5.</p><p>Caminhar é um remédio barato e sem qualquer</p><p>contraindicação. O exercício além de ajudar a</p><p>emagrecer, traz benefícios para o corpo e para</p><p>mente. Foi o que fez Bianca para combater a</p><p>obesidade e Expedito para se recuperar de um</p><p>infarto.</p><p>Disponível: https://recordtv.r7.com/hoje-em-dia/videos/caminhar-ajuda-a-prevenir-doencas-e-</p><p>combater-a-depressao-01112022</p><p>A caminhada é considerada uma atividade</p><p>A) Aeróbia</p><p>https://valor.globo.com/brasil/noticia</p><p>https://recordtv.r7.com/hoje-em-dia/videos/caminhar-ajuda-a-prevenir-doencas-e-combater-a-depressao-01112022</p><p>https://recordtv.r7.com/hoje-em-dia/videos/caminhar-ajuda-a-prevenir-doencas-e-combater-a-depressao-01112022</p><p>28</p><p>B) Anaeróbia lática</p><p>C) Anaeróbia alática</p><p>D) Aeróbia alática</p><p>E) Glicolítica</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>B D B D A</p><p>FÍSICA</p><p>CONCEITO DE FORÇA</p><p>Um corpo não exerce força sobre si mesmo.</p><p>Assim, para um corpo em repouso entrar em</p><p>movimento, é preciso que ele interaja com outro</p><p>elemento (corpo) e receba a ação de uma força</p><p>convenientemente aplicada. A partir desse fato,</p><p>podemos concluir que:</p><p>Força é o fruto da interação entre dois corpos</p><p>É importante lembrar que a grandeza física força é</p><p>uma grandeza vetorial, isto é, para caracterizá-la</p><p>precisamos definir sua intensidade, sua direção e</p><p>seu sentido. A figura seguinte ilustra o caráter</p><p>vetorial de uma força.</p><p>EFEITOS DA FORÇA</p><p>Podemos reconhecer a existência de forças</p><p>pelos efeitos que produzem quando aplicadas a um</p><p>corpo.</p><p>01. DEFORMAÇÃO</p><p>A deformação é um dos efeitos causados por</p><p>uma força. Por exemplo, quando se chuta uma</p><p>bola, no ponto de contato entre o pé e a bola ocorre</p><p>uma deformação.</p><p>02. ALTERAÇÃO DE VELOCIDADE</p><p>Outro efeito que a força pode produzir em um</p><p>corpo é modificar sua velocidade. Esse é um ponto</p><p>muito importante a ser compreendido, pois</p><p>modificar a velocidade de um corpo refere-se a</p><p>alterar qualquer um dos três atributos do vetor</p><p>velocidade: a intensidade, a direção ou o sentido.</p><p>No exemplo anterior, além do pé do jogador</p><p>deformar a bola, simultaneamente, o chute altera a</p><p>velocidade da bola.</p><p>Observa-se que, mesmo que a intensidade da</p><p>velocidade de um corpo permaneça inalterada, o</p><p>simples fato de a direção do movimento mudar</p><p>implica a existência de uma resultante de forças</p><p>não nulas agindo sobre o corpo.</p><p>TIPOS DE FORÇAS</p><p>Todas as transformações, no universo, derivam</p><p>de quatro tipos de interações básicas:</p><p>gravitacionais, eletromagnéticas, fracas e fortes. As</p><p>duas últimas se referem basicamente a interações</p><p>que ocorrem no íntimo da matéria, enquanto que as</p><p>duas primeiras podem explicar praticamente tudo o</p><p>que ocorre no universo que enxergamos.</p><p>Essas interações de campo, a gravitacional e a</p><p>eletromagnética, são conhecidas como de ação à</p><p>distância, pois ocorre inclusive quando não há</p><p>contato entre os corpos que interagem.</p><p>Na sequência, faz-se uma breve classificação das</p><p>forças para que possamos, a partir dela, identificar</p><p>e representar as forças envolvidas nos estados de</p><p>repouso ou movimento dos corpos.</p><p>EQUILÍBRIO:</p><p>É um estado em que as forças que atuam sobre</p><p>um objeto se equilibram, resultando em um</p><p>repouso ou em movimento com velocidade</p><p>constante. O equilíbrio pode ser classificado em</p><p>duas formas: estático ou dinâmico. No equilíbrio</p><p>estático, o objeto permanece parado, enquanto no</p><p>equilíbrio dinâmico, o objeto se desloca com</p><p>velocidade constante. Para que um objeto esteja</p><p>em equilíbrio, é necessário que as forças se</p><p>anulem e a resultante das forças seja nula.</p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p> ==</p><p>dinâmico</p><p>ou</p><p>estático</p><p>equilíbrio0FF R</p><p>LEIS DE NEWTON</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Durante séculos, o estudo do movimento e suas</p><p>causas se tornou o tema central da filosofia natural.</p><p>Entretanto, nas épocas de Galileu e Newton foram</p><p>realizados extraordinários progressos na solução</p><p>dos movimentos.</p><p>O inglês Isaac Newton (1642 – 1727), nascido no</p><p>natal do ano da morte de Galileu, foi o principal</p><p>arquiteto da mecânica clássica. Ele conseguiu</p><p>sintetizar as idéias de Galileu e de outros que o</p><p>precederam, reunindo-as em três leis, publicadas</p><p>pela primeira vez em 1686, no livro Principia</p><p>Mathematica Philosophiae Naturalis.</p><p>Para que possamos entender a essência de tais</p><p>leis, necessitamos antes conhecer algumas idéias</p><p>de Galileu sobre o movimento.</p><p>PRIMEIRA LEI DE NEWTON: (PRINCÍPIO DA</p><p>INÉRCIA)</p><p>29</p><p>A primeira lei de Newton, também conhecida</p><p>como lei da inércia, afirma que um objeto em</p><p>repouso permanecerá em repouso e um objeto em</p><p>movimento continuará em movimento com</p><p>velocidade constante ao longo de uma linha reta, a</p><p>menos que seja obrigado a mudar seu estado de</p><p>movimento por forças externas.</p><p>SEGUNDA LEI DE NEWTON: (PRINCÍPIO</p><p>FUNDAMENTAL DA DINÂMICA)</p><p>A segunda lei de Newton, também conhecida</p><p>como princípio fundamental da dinâmica, trata da</p><p>relação entre a força e a aceleração de um corpo.</p><p>Essa é a única lei de Newton que pode ser</p><p>representada por uma equação, onde a força</p><p>resultante(Fr) é igual ao produto da massa(m) pela</p><p>aceleração(a).</p><p>Segundo essa lei, para que um corpo ganhe</p><p>aceleração e tenha sua velocidade alterada, é</p><p>preciso que uma força seja aplicada sobre ele. A</p><p>segunda lei, portanto, trata dos casos em que</p><p>há aceleração na movimentação dos corpos,</p><p>diferenciando-se da primeira lei, que trata dos</p><p>casos em que a aceleração é nula.</p><p>Para que um corpo saia do seu estado de equilíbrio</p><p>e ganhe aceleração, a força resultante aplicada</p><p>sobre ele deve ser diferente de zero.</p><p>Isso quer dizer que, se houver mais de uma</p><p>força exercida sobre o corpo, é preciso fazer o</p><p>somatório de todas as forças, pois essas forças</p><p>poderão se intensificar se tiverem</p><p>mesma direção</p><p>e sentido, ou podem se anular, se tiverem sentidos</p><p>opostos, por exemplo, A partir dessa relação</p><p>observamos que a força resultante pode ser</p><p>calculada pela multiplicação da massa do corpo</p><p>pela aceleração. Pela fórmula, constatamos</p><p>também que força e massa são grandezas</p><p>diretamente proporcionais, Isso significa que,</p><p>quanto maior a massa, maior deverá ser a</p><p>intensidade da força para que o corpo ganhe</p><p>aceleração. Isso acontece devido à inércia do</p><p>corpo, que é sua tendência em permanecer no seu</p><p>estado de equilíbrio.</p><p>A massa é a medida quantitativa da inércia, assim,</p><p>quanto maior a massa, maior a inércia de um corpo.</p><p>As unidades de medida dessas grandezas são:</p><p>Força (F) - Newton</p><p>Massa (m) - kg</p><p>Aceleração (a) - m/s²</p><p>TERCEIRA LEI DE NEWTON: (PRINCÍPIO DA</p><p>AÇÃO E REAÇÃO)</p><p>A terceira lei de Newton, também conhecida</p><p>como princípio da ação e reação, afirma que para</p><p>toda ação há, sempre, uma reação igual e oposta.</p><p>Em outras palavras, quando um objeto exerce uma</p><p>força sobre outro, este outro objeto reagirá com</p><p>uma força de mesma intensidade, mesma direção</p><p>e sentido contrário.</p><p>Um exemplo comum no nosso dia a dia é o</p><p>andar sobre a superfície da Terra. Quando</p><p>aplicamos uma força empurrando a Terra para trás,</p><p>instantaneamente, ela empurra a gente para frente,</p><p>Se a força que o homem exerce na Terra é igual e</p><p>tem a mesma intensidade da força que a Terra</p><p>exerce no homem, então por que a Terra também</p><p>não se move?</p><p>A resposta está relacionada com a Inércia do</p><p>corpo, isto é quanto maior for a Inércia do corpo</p><p>menor será sua aceleração. O mesmo acontece</p><p>com o satélite orbitando a Terra. Considerando os</p><p>módulos de forças iguais, como a massa da Terra</p><p>é maior que a massa do satélite, a sua aceleração</p><p>é muito pequena para ser detectada.</p><p>O FORÇAS EM DESTAQUE NA MECÂNICA:</p><p>01. PESO DE UM CORPO</p><p>É a força de atração que a Terra exerce no corpo.</p><p>P e g têm a mesma direção e mesmo sentido.</p><p>02. FORÇA NORMAL OU RELAÇÃO NORMAL</p><p>DE APOIO</p><p>É a força que surge quando um corpo se encontra</p><p>sobre uma superfície de apoio.</p><p>Na figura, devido a atração da Terra, o corpo</p><p>exerce no apoio a força de compressão -</p><p>NF . Pelo</p><p>principio da ação e reação, o apoio exerce no corpo</p><p>a força</p><p>NF . Essa força é perpendicular à superfície</p><p>de contato e é, por isso, chamada força normal ou</p><p>reação normal do apoio.</p><p>03. FORÇA DE TRAÇÃO EM FIOS ( T )</p><p>Considere o corpo de peso P , suspenso por um fio</p><p>e cuja extremidade está ligada ao teto. As forças</p><p>1T</p><p>e</p><p>2T que o corpo e o teto exercem nas</p><p>extremidades do fio, e tendem a alonga-lo, são</p><p>chamadas forças de tração no fio.</p><p>30</p><p>Considerando o fio ideal (peso desprezível,</p><p>perfeitamente flexível e inextensível), conclui-se</p><p>que</p><p>1T e</p><p>2T têm a mesma intensidade T. assim,</p><p>temos:</p><p>T1 = T2</p><p>04. FORÇA ELÁSTICA</p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p>elF</p><p>Considere o sistema elástico constituído por um</p><p>bloco e uma mola, como mostra a figura abaixo. Em</p><p>A, a mola não está deformada. Ao ser alongada,</p><p>em B, ou comprimida, em C, mola exerce no bloco</p><p>a força elástica</p><p>elF</p><p>, que tende a trazer o bloco para</p><p>a posição de equilíbrio. Por isso, dizemos que a</p><p>força elástica é uma força restauradora.</p><p>O cientista inglês Robert Hooke (1635 – 1703)</p><p>estudou as deformações elásticas e chegou à</p><p>seguinte conclusão: em regime de deformação</p><p>elástica, a intensidade da força elástica é</p><p>proporcional à deformação. Isto é:</p><p>xkF .elást =</p><p>A constante de proporcionalidade k, denominada</p><p>constante elástica da mola, representa uma</p><p>característica da mola, medida em N/m.</p><p>05. FORÇAS DE ATRITO ( )atf</p><p>Ao empurrarmos a caixa com uma força</p><p>horizontal F , imediatamente percebemos a ação</p><p>de uma força contrária à tendência de movimento,</p><p>denominada força de atrito.</p><p>Ao empurrarmos a caixa, a força que aplicamos</p><p>pode não ser suficiente para movimentá-la. Nesse</p><p>caso, as duas forças estão em equilíbrio, e a força</p><p>de atrito é denominada força de atrito estático ( )atf .</p><p>Se aumentarmos nossa força e o corpo ainda não</p><p>entrar em movimento, a força de atrito estático</p><p>também aumentará de intensidade, de modo a</p><p>manter o corpo em repouso. Se continuarmos a</p><p>aumentar a força que aplicamos na caixa, há um</p><p>instante em que ela estará na iminência de entrar</p><p>em movimento. Qualquer acréscimo de força a fará</p><p>se mover. É nesse instante que a força de atrito</p><p>estático atinge seu valor máximo. Dizemos que</p><p>essa é a força de atrito estático máxima e ela é</p><p>dada pela seguinte expressão:</p><p>Ne)máx.(at Ff =</p><p>Ne.at Ff0</p><p>e</p><p></p><p>μe é o coeficiente de atrito estático (adimensional).</p><p>Seu valor depende dos tipos de superfície que</p><p>estão em contato, quando o corpo entra em</p><p>movimento, a força de atrito continua atuando</p><p>sobre ele em sentido contrário ao do movimento,</p><p>mas com valor constante e menos que o valor da</p><p>força de atrito estático máxima,</p><p>independentemente da velocidade do corpo. A</p><p>partir de então, a força de atrito é denominada força</p><p>de atrito dinâmico ( )atf . Seu módulo ainda é</p><p>diretamente proporcional ao módulo da força</p><p>normal e dado por:</p><p>Ndat Ff</p><p>d</p><p>=</p><p>Ne.atat Fff</p><p>d</p><p>==</p><p>Em que μd é coeficiente de atrito dinâmico. Note</p><p>que μd < μe.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. (UECE-2019) Desde o início de 2019,</p><p>testemunhamos dois acidentes aéreos fatais para</p><p>celebridades no Brasil. Para que haja voo em</p><p>segurança, são necessárias várias condições</p><p>referentes às forças que atuam em um avião. Por</p><p>exemplo, em uma situação de voo horizontal, em</p><p>que a velocidade da aeronave se mantenha</p><p>constante,</p><p>A) a soma de todas as forças externas que atuam</p><p>na aeronave é não nula.</p><p>31</p><p>B) a soma de todas as forças externas que atuam</p><p>na aeronave é maior que seu peso.</p><p>C) a força de sustentação é maior que seu peso.</p><p>D) a soma de todas as forças externas que atuam</p><p>na aeronave é nula.</p><p>E) a soma de todas as forças externas e internas</p><p>que atuam na aeronave é não nula.</p><p>Questão 2. Em uma colisão frontal entre dois</p><p>automóveis, a força que o cinto de segurança</p><p>exerce sobre o tórax e abdômen do motorista pode</p><p>causar lesões graves nos órgãos internos.</p><p>Pensando na segurança do seu produto, um</p><p>fabricante de automóveis realizou testes em cinco</p><p>modelos diferentes de cinto. Os testes simularam</p><p>uma colisão de 0,30 segundos de duração, e os</p><p>bonecos que representavam os ocupantes foram</p><p>equipados com acelerômetros. Esse equipamento</p><p>registra o módulo da desaceleração do boneco em</p><p>função do tempo. Os parâmetros como massa dos</p><p>bonecos, dimensões dos cintos e velocidade</p><p>imediatamente antes e após o impacto foram os</p><p>mesmos para todos os testes. O resultado final</p><p>obtido está no gráfico de aceleração por tempo.</p><p>Qual modelo de cinto oferece menor risco de lesão</p><p>interna ao motorista?</p><p>A)1</p><p>B)2</p><p>C)3</p><p>D)4</p><p>e) 5</p><p>Questão 3. (Enem 2012) Durante uma faxina, a</p><p>mãe pediu que o filho a ajudasse, deslocando um</p><p>móvel para mudá-lo de lugar. Para escapar da</p><p>tarefa, o filho disse ter aprendido na escola que não</p><p>poderia puxar o móvel, pois a Terceira Lei de</p><p>Newton define que se puxar o móvel, o móvel o</p><p>puxará igualmente de volta, e assim não</p><p>conseguirá exercer uma força que possa colocá-lo</p><p>em movimento.</p><p>Qual argumento a mãe utilizará para apontar o erro</p><p>de interpretação do garoto?</p><p>A) A força de ação é aquela exercida pelo garoto.</p><p>B) A força resultante sobre o móvel é sempre nula.</p><p>C) As forças que o chão exerce sobre o garoto se</p><p>anulam.</p><p>D) A força de ação é um pouco maior que a força</p><p>de reação.</p><p>E) O par de forças de ação e reação não atua em</p><p>um mesmo corpo.</p><p>Questão 4. (PUC-RS) Vamos supor que você</p><p>esteja em um supermercado, aguardando a</p><p>pesagem de uma quantidade de maçãs em uma</p><p>balança de molas cuja unidade de medida é o</p><p>quilograma-força.A leitura da balança corresponde:</p><p>A) ao módulo da força normal, pois essa é a força</p><p>de interação entre as maçãs e a balança, cujo valor</p><p>é supostamente igual ao do módulo do peso das</p><p>maçãs.</p><p>B) tanto ao valor do módulo da força peso quanto</p><p>ao do</p><p>módulo da força normal, pois ambas</p><p>constituem um par ação-reação, segundo a terceira</p><p>lei de Newton.</p><p>C) ao módulo do peso das maçãs, pois essa é a</p><p>força de interação entre as maçãs e a balança.</p><p>D) ao módulo da força resultante sobre as maçãs.</p><p>E) à quantidade de matéria de maçãs.</p><p>Questão 5. (FUVEST-SP) Um homem tenta</p><p>levantar uma caixa de 5 kg, que está sobre uma</p><p>mesa, aplicando uma força vertical de 10 N. Nessa</p><p>situação, o valor da força que a mesa aplica na</p><p>caixa é: (g=10m/s2).</p><p>A)0N</p><p>B)5N</p><p>C)10N</p><p>D)40N</p><p>E) 50 N</p><p>CORRENTE ELÉTRICA</p><p>CARGA ELÉTRICA</p><p>A matéria é constituída por átomos. Os átomos,</p><p>por sua vez, são formados por inúmeras partículas</p><p>elementares, sendo as principais:</p><p>prótons, elétrons e nêutrons</p><p>Estas partículas, quando em presença umas das</p><p>outras, apresentam um comportamento típico, a</p><p>saber:</p><p>a) prótons, em presença de prótons, repelem-se;</p><p>b) elétrons, em presença de elétrons, repelem-se;</p><p>c) prótons, em presença de elétrons, atraem-se;</p><p>d) nêutrons, em presença de nêutrons, não</p><p>manifestam nem atração nem repulsão.</p><p>Para diferenciar e explicar os comportamentos (a),</p><p>(b), (c) e (d), fica claro que existem dois tipos</p><p>distintos de carga elétrica.</p><p>Assim, para distingui-los, usaremos a convenção:</p><p>● prótons possuem carga elétrica positiva;</p><p>● elétrons possuem carga elétrica negativa;</p><p>● nêutrons não possuem carga elétrica.</p><p>Medidas elétricas delicadas nos informam que,</p><p>a menos dos sinais que apenas diferenciam os</p><p>tipos de carga, a quantidade de carga transportada</p><p>pelo elétron é igual à quantidade de carga</p><p>transportada pelo próton.</p><p>Essa quantidade comum será denominada carga</p><p>elétrica elementar e é indicada por e, cujo valor é:</p><p>32</p><p>e = 1,6 . 10–19 coulomb</p><p>em que coulomb (C) é a unidade com que se</p><p>medem as cargas elétricas no Sistema</p><p>Internacional de Unidades (SI).</p><p>Assim, se indicarmos por qp e qe as cargas</p><p>transportadas pelo próton e pelo elétron,</p><p>respectivamente, teremos:</p><p>qp = + e = +1,6.10–19 C</p><p>qe = – e = –1,6.10–19 C</p><p>CONDUTORES E ISOLANTES</p><p>Entende-se por condutor elétrico todo meio</p><p>material, no qual as partículas eletrizadas</p><p>encontram facilidade de se movimentar. Nos</p><p>metais, em geral, as partículas eletrizadas podem-</p><p>se movimentar com enorme facilidade, e isso se</p><p>justifica pelo elevadíssimo número de elétrons</p><p>“livres” que possuem. Os elétrons “livres” são</p><p>aqueles da camada mais externa do átomo</p><p>metálico, que estão fracamente ligados ao núcleo</p><p>atômico. Em consequência, esses elétrons podem</p><p>passar facilmente de um átomo a outro,</p><p>constituindo, no interior do metal, uma verdadeira</p><p>nuvem eletrônica.</p><p>As substâncias ditas isolantes elétricos, como o</p><p>vidro, a mica, a ebonite etc., são, em geral, os não</p><p>metais que, por não possuírem razoável</p><p>quantidade de elétrons livres, não permitem, com</p><p>facilidade, o movimento de partículas eletrizadas</p><p>através de si.</p><p>Atente para o seguinte: um pedaço de metal,</p><p>como um fio de cobre, por exemplo, apresenta</p><p>enorme quantidade de elétrons livres no seu</p><p>interior, porém esses elétrons se movimentam de</p><p>maneira totalmente caótica e desordenada. Um dos</p><p>primeiros problemas da Eletrodinâmica será,</p><p>justamente, ordenar esses movimentos.</p><p>NOTA</p><p>Existem condutores elétricos nos estados sólido,</p><p>líquido e gasoso. Especifiquemos bem quais</p><p>portadores de carga elétrica, que podem</p><p>movimentar-se através desses meios.</p><p>● Nos condutores sólidos, cujo exemplo típico</p><p>são os metais, os portadores de carga elétrica são,</p><p>exclusivamente, elétrons.</p><p>● Nos condutores líquidos, cujo exemplo típico</p><p>são as soluções iônicas, os portadores de carga</p><p>elétrica são, exclusivamente, íons (cátions e</p><p>ânions).</p><p>● Nos gases condutores, também ditos gases</p><p>ionizados, os porta- dores de carga elétrica são</p><p>íons e elétrons.</p><p>CORRENTE ELÉTRICA</p><p>Considere o condutor metálico da figura (a) no qual</p><p>seus elétrons “livres” estão em movimento caótico.</p><p>Considere ainda, na figura (b), um dispositivo, no</p><p>qual destacamos duas regiões: região A com</p><p>permanente falta de elétrons (polo positivo) e</p><p>região B com permanente excesso de elétrons</p><p>(polo negativo). Tal dispositivo é denominado</p><p>gerador elétrico. A pilha de farolete e a bateria do</p><p>automóvel são exemplos de geradores. Se</p><p>ligarmos o condutor ao gerador elétrico, os elétrons</p><p>livres entram em movimento ordenado (figura c) ao</p><p>longo do condutor, no sentido de B para A.</p><p>O movimento ordenado de cargas elétricas</p><p>constitui a corrente elétrica. Se as cargas elétricas</p><p>“livres” fossem positivas, o sentido da corrente</p><p>elétrica seria o indicado na figura (d). Este sentido</p><p>é denominado sentido convencional da corrente</p><p>elétrica.</p><p>INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA</p><p>Considere um fio metálico ligado aos polos de um</p><p>gerador. Seja S uma secção transversal desse fio.</p><p>Elétrons livres atravessam esta secção, todos num</p><p>mesmo sentido.</p><p>Seja Q o valor absoluto da carga elétrica que</p><p>atravessa a secção S, num intervalo de tempo ∆t.</p><p>Define-se intensidade média da corrente elétrica,</p><p>nesse condutor, no intervalo de tempo Δt, a</p><p>grandeza:</p><p>i =</p><p>t</p><p>Q</p><p></p><p>No Sistema Internacional de Unidades, medindo-se</p><p>a carga elétrica em coulomb (C) e o intervalo de</p><p>tempo em segundo (s), a unidade de intensidade</p><p>de corrente elétrica vem expressa em C/s e</p><p>denomina-se ampère (A).</p><p>A =</p><p>s</p><p>c</p><p>Comumente, usamos os seguintes submúltiplos do</p><p>ampère:</p><p>miliampère = 10-3 A = 1 mA</p><p>microampère = 10-6 A = 1μA</p><p>Sendo n o número de elétrons que constitui a carga</p><p>elétrica Q e e a carga elétrica elementar, podemos</p><p>escrever:</p><p>Q = n . e</p><p>Observação</p><p>33</p><p>No caso dos condutores iônicos, participam da</p><p>corrente elétrica tanto portadores de cargas</p><p>positivas (cátions) como negativas (ânions). O valor</p><p>absoluto Q da carga elétrica que atravessa uma</p><p>secção transversal do condutor, num certo intervalo</p><p>de tempo Δt, é dado pela soma dos valores</p><p>absolutos das cargas elétricas dos cátions e</p><p>ânions.</p><p>Q = |Qcátions| + |Qânions|</p><p>PROPRIEDADE GRÁFICA E TENSÃO</p><p>ELÉTRICA</p><p>PROPRIEDADE GRÁFICA</p><p>Nos exercícios em que a intensidade da corrente</p><p>elétrica no condutor varia com o tempo, para o</p><p>cálculo da carga elétrica transportada pela</p><p>corrente, num dado intervalo de tempo Δt, não</p><p>podemos usar a expressão Q = i. Δt, porque i não</p><p>é constante. Nesses casos, devemos construir um</p><p>gráfico (i x t), mostrando como a intensidade da</p><p>corrente elétrica varia com o tempo (em geral, esse</p><p>gráfico vem pronto!), e, nesse gráfico, efetuar um</p><p>cálculo de área.</p><p>No gráfico da intensidade instantânea da corrente</p><p>elétrica em função do tempo, a área é</p><p>numericamente igual à carga elétrica que atravessa</p><p>a secção transversal do condutor, no intervalo de</p><p>tempo ∆t.</p><p>TENSÃO ELÉTRICA U</p><p>Ao ligarmos um condutor aos polos de um gerador,</p><p>as cargas elétricas livres entram em movimento</p><p>ordenado. Isto implica, evidentemente, um</p><p>consumo de energia, especificamente, energia</p><p>elétrica. Esta é justamente a operação fundamental</p><p>de um gerador: fornecer energia elétrica aos</p><p>portadores de carga elétrica que o atravessam, à</p><p>custa de outras formas de energia. Assim, por</p><p>exemplo, uma pilha de um farolete</p><p>fornece energia elétrica aos portadores de carga</p><p>elétrica que a atravessam, à custa de energia</p><p>química. Estes portadores de carga elétrica</p><p>energizada caminham pelos condutores,</p><p>atravessam, por exemplo, uma lâmpada e esta</p><p>acende, pois consome a energia elétrica destes</p><p>portadores, os quais recebem mais energia ao</p><p>atravessarem a pilha. A pilha e a lâmpada ligadas</p><p>por meio de fios condutores constituem um</p><p>exemplo de circuito elétrico. Seja Eeℓ a energia</p><p>elétrica que o portador de carga elétrica Q recebe</p><p>ao atravessar o gerador. Define-se tensão elétrica</p><p>U a grandeza que nos informa quanto de energia</p><p>elétrica o gerador fornece para cada portador de</p><p>carga elétrica unitária que o atravessa. Deste</p><p>modo:</p><p>U =</p><p>Q</p><p>Ee</p><p>Com a energia elétrica medida em joule (J), a carga</p><p>elétrica medida em coulomb (C), a tensão elétrica</p><p>vem expressa em J/C e denomina-se volt (V).</p><p>V =</p><p>C</p><p>J</p><p>Dizer que a</p><p>tensão elétrica entre os polos A e B de</p><p>uma pilha é de 1,5 V, isto é, 1,5 J/C, significa que</p><p>cada portador de carga elétrica igual a 1,0 C, ao</p><p>atravessar a pilha, recebe 1,5 J de energia elétrica.</p><p>NOTAS</p><p>Por motivos que veremos em Eletrostática, tensão</p><p>elétrica e diferença de potencial (d.d.p.) são</p><p>sinônimos Tensão elétrica = d . d . p .</p><p>U = VA - VB</p><p>RESISTOR</p><p>Resistor é todo elemento de circuito cuja função</p><p>exclusiva é efetuar conversão de energia elétrica</p><p>em energia térmica. Na prática, tais elementos são</p><p>utilizados nos aparelhos que levam a denominação</p><p>geral de aquecedores. São, por exemplo, as</p><p>“espirais” de níquel-cromo das torradeiras elétricas,</p><p>secadores de cabelo e chuveiros elétricos; as</p><p>“resistências” dos ferros elétricos; os filamentos de</p><p>tungstênio das lâmpadas incandescentes.</p><p>EFEITO JOULE, CONCEITO DE RESISTÊNCIA</p><p>ELÉTRICA</p><p>Quando um resistor é percorrido por corrente</p><p>elétrica, ocorre a transformação de energia elétrica</p><p>em energia térmica em razão do choque dos</p><p>elétrons “livres” com os átomos do condutor. Este</p><p>fenômeno é denominado efeito térmico ou efeito</p><p>Joule. Observe que os portadores de carga elétrica</p><p>que constituem a corrente sofrem, por parte do</p><p>condutor, uma forte oposição ao seu movimento. A</p><p>34</p><p>dificuldade que o resistor oferece à passagem da</p><p>corrente elétrica caracteriza sua propriedade física</p><p>básica, que é a resistência elétrica R.</p><p>Nos circuitos elétricos, os resistores são</p><p>representados por uma das figuras abaixo.</p><p>PRIMEIRA LEI DE OHM</p><p>Seja U = VA – VB a tensão elétrica aplicada aos</p><p>terminais de um resistor e i a intensidade de</p><p>corrente elétrica que o atravessa.</p><p>A função U = f (i), que traduz a dependência entre</p><p>a intensidade de corrente elétrica e a tensão</p><p>elétrica, recebe o nome de equação do resistor.</p><p>Ohm verificou que, mantida a temperatura</p><p>constante, a tensão elétrica e a intensidade de</p><p>corrente elétrica são diretamente proporcionais,</p><p>isto é:</p><p>U = R i</p><p>em que R é a resistência elétrica do resistor. Em</p><p>sua homenagem, a expressão acima é conhecida</p><p>por 1a. Lei de Ohm.</p><p>Os resistores que obedecem à 1.a Lei de Ohm (U</p><p>= R i, com R constante) são denominados</p><p>resistores ôhmicos.</p><p>No Sistema Internacional, a unidade de resistência</p><p>é o ohm, simbolizada por K.</p><p>CURVA CARACTERÍSTICA DOS RESISTORES</p><p>ÔHMICOS</p><p>A curva característica de um elemento de circuito é</p><p>o gráfico de U em função de i. Para os resistores</p><p>ôhmicos, a curva característica é uma reta oblíqua</p><p>em relação aos eixos, passando pela origem.</p><p>tgθ</p><p>=</p><p>N R</p><p>SEGUNDA LEI DE OHM</p><p>Seja um resistor de comprimento ℓ e secção</p><p>transversal de área A (constante).</p><p>Ohm verificou experimentalmente que a resistência</p><p>(R) é diretamente proporcional ao comprimento (ℓ)</p><p>e inversamente proporcional à área (A). Assim,</p><p>R = ρ</p><p>A</p><p></p><p>em que ρ é uma grandeza característica do</p><p>material com que é feito o fio resistor, chamada</p><p>resistividade.</p><p>A expressão anterior é conhecida por 2ª Lei de</p><p>Ohm</p><p>RESISTORES – ASSOCIAÇÃO</p><p>Associação em série</p><p>Propriedades</p><p>1. Todos os resistores são percorridos pela</p><p>mesma corrente elétrica.</p><p>2. A tensão total (U), na associação, é a soma das</p><p>tensões parciais</p><p>U = U1 + U2 + U3</p><p>3. A resistência equivalente (Rs) da associação é</p><p>a soma das resistências associadas:</p><p>Rs = R1 + R2 + R3</p><p>Propriedades</p><p>1. Todos os resistores associados suportam a</p><p>mesma tensão, pois eles estão ligados aos</p><p>mesmos fios (A) e (B).</p><p>2. A intensidade de corrente total (i) da associação</p><p>é a soma das intensidades parciais.</p><p>i = i1 + i2 + i3</p><p>3. O inverso da resistência equivalente é igual à</p><p>soma dos inversos das resistências associadas.</p><p>pR</p><p>1 =</p><p>1R</p><p>1 +</p><p>2R</p><p>1 +</p><p>3R</p><p>1</p><p>No caso particular de dois resistores em paralelo,</p><p>temos:</p><p>35</p><p>pR</p><p>1 =</p><p>1R</p><p>1 +</p><p>2R</p><p>1</p><p>21</p><p>21</p><p>p R.R</p><p>RR</p><p>R</p><p>1 +</p><p>=</p><p>21</p><p>21</p><p>p RR</p><p>RR</p><p>R</p><p>1</p><p>+</p><p></p><p>=</p><p>Rp =</p><p>asresistênci das soma</p><p>asresistênci das produto</p><p>Esta regra é válida para dois resistores em</p><p>paralelo, de cada vez.</p><p>Se R1 = R2 = R, então:</p><p>pR</p><p>1 =</p><p>R</p><p>1 +</p><p>R</p><p>1 =</p><p>R</p><p>2</p><p>Rp =</p><p>2</p><p>R</p><p>Observe que, quando as duas resistências forem</p><p>iguais, a equivalente é igual à metade do valor</p><p>comum das resistências. De um modo geral, para</p><p>n resistores iguais em paralelo, cada um de</p><p>resistência R, a resistência equivalente é:</p><p>Rp =</p><p>n</p><p>R</p><p>AMPERÍMETRO E VOLTÍMETRO</p><p>O amperímetro é um instrumento destinado a medir</p><p>intensidade de corrente elétrica. Sua resistência</p><p>interna é muito pequena em relação aos valores</p><p>habituais de resistência elétrica. Um amperímetro é</p><p>considerado ideal quando sua resistência interna é</p><p>nula. O amperímetro é colocado em série com o</p><p>elemento de circuito cuja corrente elétrica se quer</p><p>medir.</p><p>O voltímetro é um instrumento destinado a medir a</p><p>tensão elétrica entre dois pontos de um circuito</p><p>elétrico. Sua resistência elétrica é muito grande em</p><p>relação aos valores habituais de resistência. Um</p><p>voltímetro é considerado ideal quando sua</p><p>resistência interna é infinita. O voltímetro é</p><p>colocado em paralelo com o elemento de circuito</p><p>cuja tensão se quer medir.</p><p>FUSÍVEIS</p><p>Os fusíveis são dispositivos que asseguram</p><p>proteção aos circuitos elétricos. Eles devem ser</p><p>ligados em série com a parte do circuito elétrico que</p><p>deve ser protegida. Os fusíveis são constituídos</p><p>essencialmente de condutores de baixo ponto de</p><p>fusão, como chumbo e estanho, que, ao serem</p><p>atravessados por corrente elétrica de intensidade</p><p>maior do que a máxima permitida, fundem-se,</p><p>interrompendo o circuito. Na figura anterior,</p><p>apresentamos os tipos comuns de fusíveis, bem</p><p>como o símbolo usado para representá-los nos</p><p>circuitos elétricos.</p><p>GERADOR ELÉTRICO</p><p>Denomina-se gerador elétrico um elemento de</p><p>circuito cuja função é converter energia não elétrica</p><p>(química, mecânica etc.) em energia elétrica.</p><p>O gerador abastece energeticamente o circuito</p><p>elétrico, aumentando a energia elétrica dos</p><p>portadores de carga elétrica que o atravessam.</p><p>Quando uma corrente elétrica atravessa um</p><p>gerador, ela encontra uma resistência por parte dos</p><p>condutores que constituem o gerador. Esta</p><p>resistência é denominada resistência interna do</p><p>gerador e é indicada por r.</p><p>GERADOR IDEAL</p><p>Chama-se gerador ideal aquele cuja resistência</p><p>interna é nula (r = 0). O gerador ideal fornece aos</p><p>portadores de carga elétrica que o atravessam toda</p><p>a energia elétrica gerada.</p><p>A figura abaixo representa o símbolo de um</p><p>gerador ideal.</p><p>A corrente elétrica no interior do gerador não é</p><p>espontânea, mas forçada. Por isso, a corrente</p><p>36</p><p>elétrica convencional atravessa o gerador no</p><p>sentido do polo negativo para o positivo.</p><p>A tensão elétrica U entre os polos de um gerador</p><p>ideal recebe o nome de força eletromotriz (f.e.m.),</p><p>sendo representada pela letra E.</p><p>Assim, temos:</p><p>U = E (gerador ideal)</p><p>GERADOR REAL</p><p>Um gerador real, isto é, um gerador cuja resistência</p><p>interna não é nula (r ≠ 0), é representado pelo</p><p>símbolo da figura abaixo:</p><p>A tensão elétrica U entre os polos de um gerador</p><p>real é menor do que E, em virtude da perda de</p><p>tensão na resistência interna r, dada pelo produto r</p><p>. i. Assim, para um gerador real, temos:</p><p>U = E – r . i</p><p>Esta última expressão constitui a equação</p><p>característica do gerador</p><p>Para o gerador ideal, temos:</p><p>r = 0 e U = E</p><p>GERADOR EM CURTO-CIRCUITO</p><p>Um gerador está em curto-circuito quando seus</p><p>polos são ligados por um fio de resistência elétrica</p><p>nula.</p><p>Nestas condições, a d.d.p. U entre os polos A e B</p><p>do gerador é nula, pois o fio tem resistência elétrica</p><p>nula. A corrente elétrica que atravessa o gerador é</p><p>denominada corrente de curto-circuito (iCC) e é a</p><p>mais intensa possível.</p><p>Fazendo U = 0 em U = E – r . i, tiramos iCC:</p><p>U = E – r . i</p><p>O = E – r . iCC</p><p>iCC =</p><p>r</p><p>E</p><p>GERADOR EM CIRCUITO ABERTO</p><p>Um gerador está em circuito aberto quando não</p><p>alimenta nenhum circuito externo.</p><p>Nesta condição:</p><p>i = 0 e U = E.</p><p>LEI DE POUILLET</p><p>Circuito simples</p><p>É o circuito que oferece um só caminho para a</p><p>circulação da corrente</p><p>elétrica. O circuito mais</p><p>simples é aquele constituído por um gerador ligado</p><p>a um resistor.</p><p>Para o gerador, temos:</p><p>U = E – r . i (1)</p><p>Para o resistor:</p><p>U = R . i (2)</p><p>De (1) e (2), resulta:</p><p>R . i = E – r . i</p><p>i (r = R) = E</p><p>i =</p><p>rR</p><p>E</p><p>+</p><p>RECEPTOR ELÉTRICO</p><p>Denomina-se receptor elétrico um elemento de</p><p>circuito que consome energia elétrica e a</p><p>transforma em outra forma de energia que não</p><p>exclusivamente energia térmica. Um motor elétrico</p><p>é um exemplo de receptor, transformando energia</p><p>elétrica em energia mecânica e energia térmica.</p><p>Sendo constituídos internamente de condutores, os</p><p>receptores apresentam uma certa resistência</p><p>elétrica (r), denominada resistência interna do</p><p>receptor. Indicando-se por i a intensidade da</p><p>corrente elétrica que atravessa o receptor, a d.d.p.</p><p>na resistência interna dele será:</p><p>Ur = r . i</p><p>Quando um gerador elétrico aplica a um receptor</p><p>uma d.d.p. igual a U, esta divide-se em duas partes:</p><p>r.i, que corresponde à queda de tensão na</p><p>resistência interna do receptor, e E, denominada</p><p>força contra eletromotriz (f.c.e.m.), que</p><p>corresponde à d.d.p. útil do receptor. Deste modo,</p><p>podemos escrever:</p><p>U = E = r . i</p><p>que constitui a equação característica do receptor.</p><p>Nos circuitos elétricos, os receptores são indicados</p><p>pelo mesmo símbolo dos geradores, diferindo no</p><p>sentido da corrente elétrica, que flui do polo positivo</p><p>para o polo negativo.</p><p>CIRCUITO GERADOR–RECEPTOR</p><p>Num circuito contendo um único gerador e um</p><p>único receptor, o gerador é o dispositivo de maior</p><p>E e, como tal, impõe o sentido da corrente.</p><p>37</p><p>Observe que, no circuito proposto, a d.d.p. nos ter-</p><p>minais do gerador é a mesma d.d.p. nos terminais</p><p>do receptor (U é o mesmo para os dois), já que</p><p>estamos considerando condutores ideais</p><p>interligando-os. Então:</p><p>- para o gerador: U = E – r . i</p><p>- para o receptor: U’ = E’ + r’ . i</p><p>Logo: E’ + r’ . i’ = E – r . i</p><p>r’i + r . i = E – E’</p><p>i(r + r’) = E –E’ ou i =</p><p>'rr</p><p>'EE</p><p>+</p><p>−</p><p>CIRCUITO GERADOR–RECEPTOR</p><p>RESISTOR</p><p>Considere o circuito constituído pelo gerador (E', r'),</p><p>pelo receptor (E', r') e pelo resistor (R):</p><p>UBA = UBC + UCD</p><p>E – r . i = R . i + E’ + r’ . i</p><p>E – E’ = (r + r’ + R)i</p><p>i =</p><p>R'rr</p><p>'EE</p><p>++</p><p>−</p><p>POTÊNCIA ELÉTRICA</p><p>Seja Eeℓ a energia elétrica fornecida por um</p><p>gerador ou consumida por um receptor ou por um</p><p>resistor, num intervalo de tempo Δt.</p><p>A potência elétrica P fornecida (no caso do</p><p>gerador) ou consumida (no caso do receptor e do</p><p>resistor) é, por definição:</p><p>P =</p><p>t</p><p>Ee</p><p></p><p></p><p>Sendo U =</p><p>Q</p><p>Ee , tem-se: P =</p><p>t</p><p>QU</p><p></p><p></p><p>Como i =</p><p>t</p><p>Q</p><p></p><p>, resulta: P = U . i</p><p>Portanto, para qualquer aparelho elétrico, a</p><p>potência elétrica posta em jogo é igual ao produto</p><p>da tensão elétrica no aparelho pela intensidade da</p><p>corrente elétrica que o percorre.</p><p>UNIDADES</p><p>No Sistema Internacional, a energia é medida em</p><p>joules (J) e o intervalo de tempo em segundos (s).</p><p>Deste modo, a potência elétrica é medida em</p><p>joules/segundo e recebe o nome de watt (W):</p><p>1W = 1</p><p>s</p><p>J</p><p>Uma unidade de energia muito utilizada em</p><p>Eletricidade é o quilowatt-hora (kWh). Neste caso,</p><p>a potência deve ser medida em kW e o intervalo de</p><p>tempo em horas:</p><p>Eeℓ P Δt</p><p>J W S</p><p>kWh kW h</p><p>Relação entre kWh e joule:</p><p>1h = 3.600 s = 3,6 . 103s</p><p>1kW = 1.000W = 103 W</p><p>1J = 1W. 1 s</p><p>1kWh = 1 kW. 1h</p><p>Então:</p><p>1kWh = 103 W . 3,6 . 103 s</p><p>1kWh = 3,6 . 106 W.s</p><p>1 kWh = 3,6 . 10 6 J</p><p>Importante</p><p>Potência de um aparelho:</p><p>P = U . i</p><p>Energia elétrica consumida pelo aparelho:</p><p>Eeℓ = P . Δt</p><p>POTÊNCIA ELÉTRICA DISSIPADA POR UM</p><p>RESISTOR</p><p>Seja U a tensão elétrica aplicada a um resistor de</p><p>resistência elétrica R e i a intensidade da corrente</p><p>elétrica que o atravessa.</p><p>Com a passagem da corrente elétrica, o resistor</p><p>converte energia elétrica em energia térmica.</p><p>Deste modo, a potência elétrica consumida por um</p><p>resistor é dissipada. Esta potência é dada por:</p><p>P = U . i</p><p>Mas, de acordo coma 1a. Lei de Ohm, temos:</p><p>U = R . i</p><p>Logo: P = R . i . i</p><p>P = R . i2</p><p>De i =</p><p>R</p><p>U , vem:</p><p>P = U .</p><p>R</p><p>U</p><p>P =</p><p>R</p><p>U2</p><p>38</p><p>POTÊNCIAS DE GERADORES E DE</p><p>RECEPTORES</p><p>POTÊNCIA ELÉTRICA DO GERADOR</p><p>Consideremos um gerador, de f.e.m. (E) e</p><p>resistência interna (r), que está fornecendo</p><p>corrente elétrica de intensidade (i) sob tensão (U).</p><p>Sua equação característica é:</p><p>U = E – r . i (1)</p><p>Para obtermos a potência que o gerador fornece ao</p><p>circuito, basta multiplicar a corrente pela tensão.</p><p>P = U . i (2)</p><p>Então, na equação (1), multipliquemos por (i) todos</p><p>os seus termos:</p><p>U . i = E . i – r . i2 (3)</p><p>Cada termo representa uma potência elétrica.</p><p>Assim:</p><p>Pf = U . i : potência fornecida</p><p>Pg = E . i : potência total gerada</p><p>Pd = r . i2 : potência dissipada no interior do gerador</p><p>Voltando á equação (3), temos:</p><p>Pf = Pg - Pd</p><p>POTÊNCIA ELÉTRICA DO RECEPTOR</p><p>Consideremos um receptor de f.c.e.m. (E) e</p><p>resistência interna (r) que, sob tensão elétrica (U),</p><p>é percorrido por corrente elétrica de intensidade i.</p><p>Sua equação característica é:</p><p>U = E + r . i (1)</p><p>Para obtermos a potência que o receptor consome,</p><p>basta multiplicar a tensão pela corrente.</p><p>Pc = U . i (2)</p><p>Na equação (1), multiplicaremos por i seus dois</p><p>membros e teremos:</p><p>U . i = E . i + r . i2 (3)</p><p>Cada termo da equação (3) representa uma</p><p>potência elétrica:</p><p>Pc = U . i: potência consumida</p><p>Pu = E . i: potência útil</p><p>Pd = r . i2: potência dissipada no interior do receptor</p><p>voltando á equação (3):</p><p>Pc = Pu + Pd</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 6. (Enem) Alguns peixes, como o</p><p>poraquê, a enguia-elétrica da Amazônia, podem</p><p>produzir uma corrente elétrica quando se</p><p>encontram em perigo. Um poraquê de 1 metro de</p><p>comprimento, em perigo, produz uma corrente em</p><p>torno de 2 Amperes e uma voltagem de 600 Volts.</p><p>O quadro apresenta a potência aproximada de</p><p>equipamentos elétricos.</p><p>O equipamento elétrico que tem potência similar</p><p>àquela produzida por esse peixe em perigo é o/a</p><p>A) exaustor.</p><p>B) computador.</p><p>C) aspirador de pó.</p><p>D) churrasqueira elétrica.</p><p>E) Secadora de roupas.</p><p>Questão 7. Medidas elétricas indicam que a</p><p>superfície terrestre tem carga elétrica total negativa</p><p>de, aproximadamente, 600.000 coulombs. Em</p><p>tempestades, raios de cargas positivas, embora</p><p>raros, podem atingir a superfície terrestre. A</p><p>corrente elétrica desses raios pode atingir valores</p><p>de até 300.000 A. Que fração da carga elétrica total</p><p>da Terra poderia ser compensada por um raio de</p><p>300.000 A e com duração de 0,5 s?</p><p>A)1/2</p><p>B)1/3</p><p>C)1/4</p><p>D)1/10</p><p>E) 1/20</p><p>Questão 8. (PUC) Em um período de muito frio, um</p><p>casal utiliza em seu quarto um aquecedor elétrico</p><p>de potência nominal 1200 W ligado a 110 V.</p><p>Mesmo ligado a noite toda, possui um termostático</p><p>que o desliga automaticamente por certo período</p><p>de tempo. Pode-se dizer que permanece utilizando</p><p>a potência elétrica nominal por 5 horas por dia.</p><p>Sabendo que o custo do kWh é de R$ 0,40, durante</p><p>o mês, qual seria o gasto com o aquecedor</p><p>elétrico? (Considere que o valor do kWh seja o</p><p>total, já incluso impostos e taxas).</p><p>A) 180 reais</p><p>B) 55 reais</p><p>C) 25 reais</p><p>D) 12 reais</p><p>E) 72 reais</p><p>Questão 9. (Fatec) No anúncio promocional de um</p><p>ferro de passar roupas a vapor, é explicado que,</p><p>em funcionamento, o aparelho borrifa</p><p>constantemente 20 g de vapor de água a cada</p><p>minuto, o que torna mais fácil o ato de passar</p><p>roupas. Além dessa explicação, o anúncio informa</p><p>que a potência do aparelho é 1440 W e que sua</p><p>tensão de funcionamento é de 110 V.</p><p>Jorge comprou um desses ferros e, para utilizá-lo,</p><p>precisa comprar também uma extensão de fio que</p><p>conecte o aparelho a uma única tomada de 110 V</p><p>disponível no cômodo em que passa roupas. As</p><p>39</p><p>cinco extensões que encontra à venda suportam as</p><p>intensidades de correntes máximas de 5 A, 10 A,</p><p>15 A, 20 A e 25 A, e seus preços aumentam</p><p>proporcionalmente às respectivas intensidades.</p><p>Sendo assim, a opção que permite o</p><p>funcionamento adequado de seu ferro de passar</p><p>em potência máxima, sem danificar a extensão de</p><p>fio e que seja a de menor custo</p><p>para Jorge, será a</p><p>que suporta o máximo de</p><p>A) 5 A</p><p>B) 10 A</p><p>C) 15 A</p><p>D) 20 A</p><p>E) 25 A</p><p>Questão 10. (Enem) Três lâmpadas idênticas</p><p>foram ligadas no circuito esquematizado.</p><p>A bateria apresenta resistência interna desprezível,</p><p>e os fios possuem resistência nula. Um técnico fez</p><p>uma análise do circuito para prever a corrente</p><p>elétrica nos pontos A, B, C, D e E, e rotulou essas</p><p>correntes de IA, IB, IC, ID e IE, respectivamente.</p><p>O técnico concluiu que as correntes que</p><p>apresentam o mesmo valor são:</p><p>a) IA=IE e IC=ID</p><p>b) IA= IB =IE e IC=ID</p><p>c) IA= IB, apenas</p><p>d) IA= IB =IE, apenas</p><p>e) IC=IB, apenas</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. Em virtude de um acordo firmado pelo</p><p>Brasil e outros 140 países na convenção de</p><p>Minamata em 2013, o uso de mercúrio na</p><p>fabricação de vários produtos está sendo</p><p>eliminado, pois oferece riscos à saúde e ao meio</p><p>ambiente. Desde o dia primeiro de janeiro de 2019,</p><p>a importação, fabricação e comercialização de</p><p>termômetros que utilizam mercúrio estão proibidas</p><p>no Brasil. Para quem possui um termômetro desses</p><p>em casa, o uso doméstico poderá ser feito desde</p><p>que o usuário mantenha os devidos cuidados para</p><p>que não ocorra a quebra desse instrumento. Ao</p><p>fazer uso de um termômetro de mercúrio</p><p>defeituoso, o proprietário notou que o mesmo</p><p>indicava 5 °C para o ponto de fusão do gelo e 99</p><p>°C para o ponto de vapor. Quando esse termômetro</p><p>defeituoso aferir a temperatura de 52 °C, a</p><p>temperatura correta, em °C, corresponderá a:</p><p>a) 47.</p><p>b) 50.</p><p>c) 57.</p><p>d) 55.</p><p>e) 65.</p><p>Questão 2. Um estudante de Física mediu o</p><p>comprimento de uma haste de latão com uma fita</p><p>métrica de aço, estando ambos inicialmente na</p><p>temperatura de 25 °C. O resultado desta medição</p><p>é de 100 cm. Sabendo-se que o coeficiente de</p><p>dilatação térmica linear do latão é 20. 10-6 °C-1 e</p><p>que o coeficiente de dilatação térmica linear do aço</p><p>é 10. 10-6 °C-1 a diferença entre os comprimentos</p><p>da haste de latão e da fita de aço, quando ambas</p><p>encontram-se a –15 °C, é igual a:</p><p>a) 4.10-4 m</p><p>b) 4.10-4 cm</p><p>c) 1.10-4 m</p><p>d) 4 mm</p><p>e) 8.10-4 m</p><p>Questão 3. Para preparar uma sopa instantânea,</p><p>uma pessoa aquece em um forno micro-ondas</p><p>500g de água em uma tigela de vidro de 300g. A</p><p>temperatura inicial da tigela e da água era de 6°C.</p><p>Com o forno de micro-ondas funcionando a uma</p><p>potência de 800W, a tigela e a água atingiram a</p><p>temperatura de 40°C em 2,5 mim. Considere que</p><p>os calores específicos do vidro e da sopa são,</p><p>respectivamente, 0,2 cal/g°C e 1,0 cal/g°C e que 1</p><p>cal = 4,2 J. Que percentual aproximado da potência</p><p>usada pelo micro-ondas é efetivamente convertido</p><p>em calor para o aquecimento?</p><p>a) 11,8%</p><p>b) 45%</p><p>c) 57,1%</p><p>d) 66,7%</p><p>e) 78,4%</p><p>Questão 4. Um parafuso de alumínio de massa 10</p><p>g a uma temperatura de 60°C, que se desprendeu</p><p>de um motor de uma embarcação, é imerso em um</p><p>recipiente contendo 48 g de água a uma</p><p>temperatura de 10°C. Considerando somente as</p><p>trocas de calor entre a água e o alumínio,</p><p>determine a temperatura do equilíbrio térmico do</p><p>sistema formado pela água e pelo metal e assinale</p><p>a opção correta.</p><p>Dados:</p><p>calor específico do alumínio = 0,2 cal/g°C;</p><p>calor específico da água = 1,0 cal/g°C.</p><p>a) 12°C</p><p>b) 13°C</p><p>c) 14°C</p><p>d) 15°C</p><p>e) 16°C</p><p>Questão 5. Uma pessoa retira da geladeira um</p><p>pote de plástico com tampa metálica que havia sido</p><p>guardado no dia anterior. Ao tocar a tampa, a</p><p>pessoa deduz que esta esteja mais fria do que o</p><p>pote. A dedução da pessoa em relação às</p><p>temperaturas do pote e da tampa está</p><p>a) correta, pois, ao tocá-los, o pote aquece mais</p><p>rápido do que a tampa.</p><p>40</p><p>b) incorreta, pois a tampa e o pote aquecem com a</p><p>mesma velocidade.</p><p>c) incorreta, pois tanto o pote quanto a tampa estão</p><p>à mesma temperatura.</p><p>d) correta, pois os metais atingem temperaturas</p><p>mais</p><p>baixas do que os plásticos.</p><p>e) incorreta, pois os plásticos atingem temperaturas</p><p>mais</p><p>baixas que os metais.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>A D B D D</p><p>FILOSOFIA</p><p>ÉTICA E JUSTIÇA</p><p>Ética e moral são dois conceitos discutidos pela</p><p>humanidade há centenas de anos, sem deixarem</p><p>de ser atuais.</p><p>O que é ética e moral?</p><p>Ética e moral são dois conceitos que dizem respeito</p><p>ao comportamento humano em sociedade, porém</p><p>não são sinônimos, mas sim complementares.</p><p>Ambos têm uma relação entre si, mas não</p><p>possuem a mesma origem e nem o mesmo</p><p>significado. A moral é um conjunto de normas que</p><p>servem para orientar a maneira de agir das</p><p>pessoas dentro de um contexto específico. Por</p><p>conta disso, estamos falando de um conceito de</p><p>caráter particular e que se baseia, sobretudo, em</p><p>hábitos e costumes. Já a ética funciona</p><p>basicamente como uma racionalização da moral.</p><p>Ou seja, ela é uma reflexão sobre as ações</p><p>humanas. As noções de certo ou errado e justo e</p><p>injusto se dão a partir dos nossos valores éticos. Ao</p><p>contrário da moral, a ética é um conceito de caráter</p><p>universal e que se fundamenta por princípios</p><p>teóricos.</p><p>Origem do conceito de ética e de moral</p><p>Não é apenas em seus significados que ética e</p><p>moral divergem, mas na origem de seus conceitos</p><p>também. Enquanto a primeira vem do grego “ethos”</p><p>e quer dizer “modo de ser”, a segunda vem do latim</p><p>“mores” e quer dizer “costumes”.</p><p>Qual a importância da ética e moral?</p><p>A ética e a moral são valores importantíssimos para</p><p>uma sociedade. Afinal, elas regulam a convivência</p><p>e ajudam a moldar as pessoas que nos tornamos.</p><p>Quem preza por agir de acordo com princípios</p><p>éticos e morais é mais tolerante às diferenças, é</p><p>respeitoso com o próximo e com as leis, é justo e</p><p>empático em suas tomadas de decisão e por aí vai.</p><p>Ainda que cada indivíduo tenha um código ético e</p><p>moral próprio, com suas particularidades que se</p><p>devem às experiências pessoais, criação,</p><p>educação e bagagem, é preciso haver algumas</p><p>diretrizes gerais. São esses valores que vão guiar</p><p>as pessoas quando elas se depararem com uma</p><p>situação difícil e inesperada. Nesses casos,</p><p>recorrer à ética e à moral é o melhor caminho, até</p><p>para que a escolha não provoque arrependimentos</p><p>mais tarde.</p><p>https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/as-subdivisoes-da-</p><p>etica/39381acesso em 12/03/2021</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. Na linguagem comum e mesmo na</p><p>culta, segundo Boff (2003), ética e moral são</p><p>sinônimas. Identificamos a ética com a moral pelo</p><p>fato de terem as mesmas origens etimológicas.</p><p>Mas a ética distingue-se da moral. Podemos</p><p>afirmar que a origem etimológica de ética e moral</p><p>é, respectivamente:</p><p>A) "ethos" e "mores", ambos com o significado de</p><p>"morada humana" ou "modo de ser".</p><p>B) "ethos" e "pathos", ambos com o significado de</p><p>"modo de ser" ou "costumes".</p><p>C) "mores" e "ethos", ambos com o significado de</p><p>"morada humana" ou "modo de ser".</p><p>D) "mores" e "pathos", ambos com o significado de</p><p>"costumes" ou "morada humana".</p><p>E) Ética vem do Russo phatos e Moral do Grego</p><p>moris</p><p>Questão 2. Podemos afirmar que a moral</p><p>distingue-se da ética pelas seguintes</p><p>características:</p><p>A) situa-se no plano teórico e reflexivo e pauta-se</p><p>em princípios universais.</p><p>B) situa-se no plano das práticas sociais, sendo um</p><p>fenômeno complexo e pauta-se em prin</p><p>cípios universais.</p><p>C) situa-se no plano das práticas sociais, sendo um</p><p>fenômeno particular e plural.</p><p>D) situa-se no plano teórico-reflexivo, sendo um</p><p>fenômeno singular e plural.</p><p>E) afirma que é necessário que cidadão sempre</p><p>seja clemente, leal, humano e religioso</p><p>Questão 3. A sociedade contemporânea defronta-</p><p>se com acontecimentos como a intolerância étnica</p><p>e situações de desigualdades e injustiças sociais</p><p>crescentes, provenientes das contradições do</p><p>capitalismo e do processo da globalização</p><p>econômica, que demarcam a existência de uma</p><p>crise paradigmática no campo da ciência e que</p><p>interfere na política, na cultura, na educação e nas</p><p>práticas sociais. Estamos saindo do século "das</p><p>certezas" para o "das dúvidas", constituindo-se a</p><p>ética uma das questões fundamentais de debate no</p><p>contexto da pós-modernidade. É correto afirmar</p><p>que a</p><p>ética, na perspectiva pós-moderna, busca</p><p>superar a moral:</p><p>A) tradicional do liberalismo econômico e político,</p><p>que compreende a ética como ações de</p><p>solidariedade entre pessoas e de comunicações</p><p>simétricas entre os indivíduos.</p><p>https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/as-subdivisoes-da-etica/39381acseeo</p><p>https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/as-subdivisoes-da-etica/39381acseeo</p><p>41</p><p>B) tradicional do liberalismo econômico e político,</p><p>que compreende a ética como exclusiva das</p><p>vontades e do livre-arbítrio de cada indivíduo,</p><p>constituindo-se a organização do sistema</p><p>econômico-político-jurídico uma coisa "natural" e</p><p>"neutra".</p><p>C) racionalista, abstrata e individualista, que</p><p>considera a organização do sistema econômico-</p><p>social numa perspectiva crítica e política.</p><p>D) racionalista, abstrata e individualista, que</p><p>considera como referência ética a vida humana a</p><p>ser produzida, reproduzida e desenvolvida em</p><p>comunidade.</p><p>E) Empírica do liberalismo econômico e político,</p><p>que compreende a ética como ações de</p><p>solidariedade entre pessoas e de comunicações</p><p>simétricas entre os indivíduos.</p><p>Questão 4. “A ética exige um governo que defenda a</p><p>igualdade entre os cidadãos, a qual constitui a base da</p><p>pátria. Sem ela, muitos indivíduos não se sentem em</p><p>casa, mas vivem como estrangeiros em seu próprio</p><p>lugar de nascimento.”</p><p>(SILVA, R. R. Ética, defesa nacional, cooperação dos povos)</p><p>Os pressupostos éticos são essenciais para a</p><p>estruturação política e a integração de indivíduos em</p><p>uma sociedade. Segundo o texto, a ética corresponde a</p><p>A) valores e costumes partilhados pela maioria da</p><p>sociedade.</p><p>B) preceitos normativos impostos pela coação das leis.</p><p>C) normas próprias determinadas pelo governo de um</p><p>país.</p><p>D) transferência dos valores familiares para a esfera</p><p>social.</p><p>E) proibição da interferência de estrangeiros na pátria de</p><p>cada um.</p><p>Questão 5. Um cidadão é um indivíduo que pode</p><p>participar no judiciário e na autoridade, isto é, nos cargos</p><p>públicos e na administração política e legal...de forma</p><p>Ética</p><p>(ARISTÓTELES. Política)</p><p>O termo “cidadania” é sempre compreendido a partir da</p><p>ÉTCA. Pode-se depreender que, no texto de Aristóteles,</p><p>a palavra “cidadão ÉTICO” significa “o indivíduo que…”</p><p>A) contribui para melhorar as condições sociais dos mais</p><p>favorecidos.</p><p>B) não se omite nas escolhas importantes da economia.</p><p>C) age em prol de um futuro melhor para toda si.</p><p>D) pode legalmente influenciar o futuro da comunidade.</p><p>E) não é reconhecido como exemplo para toda a</p><p>sociedade.</p><p>FILOSOFIA ANTIGA</p><p>Como foi abordado anteriormente, a Filosofia,</p><p>como a conhecemos hoje, ou seja, como uma</p><p>ciência que estuda as inquietações humanas e visa</p><p>explicá-las de maneira racional, surgiu na Grécia</p><p>antiga, no século VI a.C, época em que</p><p>basicamente tudo era explicado e tinha suas</p><p>origens na mitologia. Fenômenos como um raio,</p><p>por exemplo, eram tidos como uma manifestação</p><p>da ira de Zeus, o comandante de todos os outros</p><p>deuses. Essa explanação “divino-mitológica” para</p><p>a realidade se chamou, então, cosmogonia. Porém,</p><p>os pensadores inquietos da época quiseram</p><p>responder e explicar fenômenos e perguntas como</p><p>essas de maneira racional e lógica, o que foi</p><p>identificada como cosmologia. Surgiu, assim, o que</p><p>é conhecido como pensamento filosófico precedido</p><p>por pensadores da citada filosofia antiga, que teve</p><p>seu início no séc. VI a.C, e perdurou até o declínio</p><p>do império romano em IV d.C. Os precursores da</p><p>Filosofia foram os pré-socráticos, filósofos que</p><p>buscavam a origem natural do universo e das</p><p>coisas através de explicações lógicas e</p><p>fundamentadas na observação e estudo da</p><p>realidade; eram, em geral, monistas, ou seja,</p><p>acreditavam que o universo tinha sido gerado</p><p>através de um único elemento, ou fenômeno.</p><p>Os pré-socráticos, como o próprio nome alude,</p><p>antecederam a Sócrates, de quem falaremos</p><p>adiante; porém, essa alusão de nomes se dá mais</p><p>em função da sequência e ao objeto do</p><p>pensamento desses filósofos que Sócrates passa a</p><p>aprimorar. Eles eram naturalistas, buscavam a</p><p>essência, o princípio das coisas, o que chamavam</p><p>de arché.</p><p>Tales de Mileto (624-548 a.C)</p><p>Para ele, a origem, o 'arché' das coisas, estava na</p><p>água.</p><p>Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C)</p><p>A arché, para Anaxímenes, era o “pneuma” (ou ar).</p><p>Anaximandro de Mileto (611-547 a.C)</p><p>Discípulo e sucessor de Tales, Anaximandro era</p><p>matemático, filósofo, político e também monista.</p><p>Ele criou que a origem de todas as coisas estaria</p><p>no</p><p>“áperion” (ou infinito)</p><p>Heráclito de ÉfesoNão se têm dados exatos sobre</p><p>nascimento e morte, mas sabe-se que o</p><p>florescimento de seu pensamento se deu em 504 -</p><p>500 a.C. Heráclito cria que a origem das coisas não</p><p>estava num único elemento, mas sim, em uma</p><p>cadeia de fenômenos que gerava a mutabilidade</p><p>constante das formas naturais e dos elementos.</p><p>Parmênides de Eléia (530-460 a.C.)</p><p>Exerceu grande impacto no pensamento de</p><p>Platão.Suas reflexões sobre o ser constituíram os</p><p>primeiros passos da ontologia e da lógica. Ele</p><p>entendeu que dois caminhos para a compreensão</p><p>da realidade estavam sendo trilhados, o primeiro</p><p>seria o da verdade, da razão e da essência, e o</p><p>segundo seria o da opinião e da aparência</p><p>enganosa, que ele considerava a concepção de</p><p>Heráclito.</p><p>Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)</p><p>Foi responsável, junto com seu mestre Leucipo,</p><p>pelo desenvolvimento de uma doutrina que ficou</p><p>conhecida pelo nome de atomismo.</p><p>PLATÃO</p><p>42</p><p>Platão foi um filósofo que se dedicou ao estudo</p><p>de diversas áreas. Seus diálogos abordam diversos</p><p>temas, tal como epistemologia, política, estética,</p><p>ética, metafísica, entre outros. Este texto possui um</p><p>foco particular, que é apresentar as principais</p><p>características do Mundo das Ideias, que é um dos</p><p>principais pilares da filosofia platônica.</p><p>O Mundo das Ideias parece surgir para Platão</p><p>como uma proposta reflexiva que sintetiza estas</p><p>oposições anteriores. Platão compreende que</p><p>existem dois planos distintos: um deles é estável, o</p><p>outro instável. O que o filósofo chamou de Mundo</p><p>das Ideias é imutável, eterno e real, e opõe-se ao</p><p>Mundo Sensível, em que os objetos são</p><p>passageiros, caracterizados pela mutabilidade e</p><p>ilusórios. Este último é o mundo das aparências,</p><p>das cópias imperfeitas daquilo que se encontra no</p><p>Mundo das Ideias que, por sua vez, é o mundo da</p><p>Episteme (verdades) e o Mundo Sensível o mundo</p><p>traçado pela doxa (opinião), através do qual,</p><p>portanto, não se atinge a verdade. Isto significa que</p><p>no primeiro mundo as coisas existem em sua</p><p>essência e como absolutas, enquanto que no</p><p>segundo, apenas existem de maneira aparente,</p><p>não como realmente são em si.</p><p>ARISTÓTELES</p><p>Aristóteles afirma ser evidente, portanto, que a</p><p>uma mesma ciência pertence o estudo do ser</p><p>enquanto ser e das propriedades que a ele se</p><p>referem, e que a mesma ciência deve estudar não</p><p>só as substâncias, mas também suas</p><p>propriedades, os contrários de que se falou, e o</p><p>anterior e posterior, o gênero e a espécie, o todo e</p><p>a parte e as outras noções desse tipo. A noção de</p><p>substância mencionada na citação é, por sua vez,</p><p>um conceito extremamente metafísico, pois é o que</p><p>explica o elo que liga as formas conceituais</p><p>metafísicas aos objetos do mundo.</p><p>A substância é o que permite aplicarmos o conceito</p><p>ou ideia de cadeira em todos os objetos concretos</p><p>que correspondam a cadeiras. Por mais que</p><p>existam diferentes cadeiras no mundo, podemos</p><p>concebê-las como tais, pois elas encaixam-se</p><p>dentro do conceito de cadeira e não são outras</p><p>coisas senão cadeiras.</p><p>Fonte:https://www.ex-isto.com/2019/05/primeiros-filosofos.html</p><p>Questão 6. (UEL/2013) Leia o texto a seguir.</p><p>Tudo isso ela [Diotima] me ensinava, quando sobre</p><p>as questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela</p><p>me perguntou:– que pensas, ó Sócrates, ser o</p><p>motivo desse amor e desse desejo? A natureza</p><p>mortal procura, na medida do possível, ser sempre</p><p>e ficar imortal. E ela só pode assim, através da</p><p>geração, porque</p><p>de Integração do Rio São Francisco às</p><p>Bacias do Nordeste Setentrional - nome oficial da obra</p><p>de transposição - está dividido em dois níveis de</p><p>captação de água. No primeiro, que ocorrerá de maneira</p><p>permanente, será retirado do rio 26 metros cúbicos de</p><p>água por segundo. Esse volume, correspondente a</p><p>cerca de 1% da vazão total depois da barragem</p><p>de Sobradinho, será destinado ao consumo humano e</p><p>animal. No segundo nível, quando o rio estiver mais</p><p>volumoso, a quantidade transposta será maior,</p><p>chegando até 127 metros cúbicos por segundo. Nesse</p><p>caso, o volume extra poderá ser usado em atividades</p><p>econômicas, como a agricultura irrigada - incluindo as</p><p>grandes propriedades, como as de cultivo de grãos,</p><p>frutas e flores para exportação.</p><p>O projeto prevê a construção de dois eixos principais</p><p>(veja o mapa). O Eixo Norte captará a água do São</p><p>Francisco em Cabrobó (PE) para levá-la ao sertão de</p><p>Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O</p><p>Eixo Leste vai colher as águas em um ponto mais baixo</p><p>do rio, em Petrolândia (PE), beneficiando parte do sertão</p><p>e do agreste de Pernambuco e da Paraíba. A água</p><p>retirada do São Francisco será bombeada até chegar a</p><p>seu destino por meio de canais artificiais que permitirão</p><p>a interligação de açudes, mantendo-os sempre cheios,</p><p>mesmo durante a estiagem.</p><p>Na etapa inicial das obras, já em andamento, estão</p><p>previstos trabalhos de topografia e a construção de</p><p>barragens e canais com a profundidade necessária para</p><p>captar a água do São Francisco. Na fase seguinte, serão</p><p>construídas estações de bombeamento, elevatórias e</p><p>túneis para que os canais cheguem ao destino final no</p><p>semiárido a partir dos dois eixos da transposição. Essa</p><p>parte da obra será executada pelas empresas</p><p>vencedoras da licitação pública lançada pelo governo</p><p>federal. A previsão é concluir o Eixo Leste até 2010, com</p><p>220 quilômetros de canais até o rio Paraíba. O Eixo</p><p>Norte, onde a extensão dos canais é quase o dobro da</p><p>do Leste, levará mais tempo, e a previsão é que esteja</p><p>pronto até 2017.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. SÃO LUÍS PRECISA MELHORAR</p><p>GESTÃO DE SUAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E</p><p>SUBTERRÂNEAS (O IMPARCIAL – 05/06/2011 - COM</p><p>ADAPTAÇÕES)</p><p>O Dia do Meio Ambiente, celebrado 05/06, traz à tona</p><p>uma questão decisiva para o estado: o uso da água é</p><p>um dos maiores problemas do Maranhão atualmente. No</p><p>ano passado, pesquisa nacional do Instituto Trata Brasil,</p><p>colocou São Luís como a 14ª cidade de mais de 300 mil</p><p>habitantes com maior percentual de água utilizada</p><p>indevidamente do Brasil. De um lado, há precariedade</p><p>no abastecimento de água e recolhimento de esgoto em</p><p>São Luís e em quase todas as cidades do interior.</p><p>O sistema Italuís começa a ficar velho e a apresentar</p><p>problemas com os muitos rompimentos. O sistema</p><p>serviria para abastecer 60% da área metropolitana da</p><p>Capital, mas, como enfrenta uma série de limitações de</p><p>espaço, excesso de residências para atender, volume</p><p>de canos e estrutura obsoleta, nem sempre consegue</p><p>atingir essa meta. Os rios que abastecem a cidade,</p><p>como o Rio Paciência e reservatório do Batatã, estão</p><p>sujos ou sobrecarregados.</p><p>Os poços artesianos não se mostraram tão viáveis</p><p>assim: a perfuração clandestina desses poços e a má</p><p>utilização dos recursos dessas fontes podem reduzir o</p><p>volume de água nos lençóis freáticos da cidade, e</p><p>contribuir para a invasão de águas marinhas no meio</p><p>subterrâneo.</p><p>Assim, a cidade de São Luís já vive dentro do contexto</p><p>da crise da água doce. O texto deixa claro que o principal</p><p>problema da água doce em São Luís é:</p><p>A) o crescimento da população</p><p>B) poluição e desperdício</p><p>C) a dessalinização dos lençóis freáticos</p><p>D) o pequeno percentual de água doce</p><p>E) o grande consumo do setor industrial</p><p>Questão 2. O século XXI assiste a um grande</p><p>desafio em relação à questão da água no planeta.</p><p>Observe o gráfico da distribuição da água e as</p><p>afirmações abaixo:</p><p>I. A maior parte da água doce do planeta encontra-se</p><p>nas geleiras.</p><p>II. O uso doméstico é onde se tem o maior consumo</p><p>mundial da água, seguido da agricultura.</p><p>III. A água doce encontra-se distribuída irregularmente</p><p>pelo planeta.</p><p>IV. De toda a água do planeta, apenas 50% é doce.</p><p>V. Brasil, Rússia e Canadá são países privilegiados</p><p>quanto às reservas hídricas.</p><p>Estão corretas:</p><p>A) I, II e III. D) II, III e V.</p><p>B) I II e V. E) III e IV.</p><p>C) I, III e V.</p><p>Questão 3. Leia atentamente o texto a seguir:</p><p>As Nações Unidas estimam que, até 2025, dois terços</p><p>da população mundial sofrerão escassez, moderada ou</p><p>severa, de água. Essa situação tem sido interpretada</p><p>como resultante da falta física de água doce para o</p><p>atendimento da demanda das populações da Terra.</p><p>Entretanto, no plano geral, há água suficiente no mundo</p><p>(...) para satisfazer as necessidades de todos. De fato,</p><p>este cenário de escassez significa que, no ano 2025,</p><p>apenas um terço da humanidade deverá dispor de</p><p>dinheiro suficiente para pagar o serviço de</p><p>abastecimento d’água decente, isto é, com regularidade</p><p>de fornecimento e qualidade garantida da água.</p><p>7</p><p>REBOUÇAS, Aldo. O ambiente brasileiro: 500 anos de exploração. In: RIBEIRO, Wagner</p><p>Costa. (Org.) Patrimônio Ambiental Brasileiro. São Paulo: Edusp, 2003. pg. 206.</p><p>Considerando os argumentos do texto, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>A) “crise da água” resulta do elevado crescimento da</p><p>população dos países mais pobres.</p><p>B) A “crise da água” não pode ser enfrentada com as</p><p>tecnologias disponíveis, por isso tende a se aprofundar.</p><p>C) No cenário projetado pela ONU, a escassez de água</p><p>tenderá a se agravar devido à continuidade do processo</p><p>de urbanização.</p><p>D) Fatores sociais e econômicos desempenham um</p><p>papel importante no problema da escassez de água.</p><p>E) A água é um recurso natural renovável, portanto, a</p><p>escassez resulta apenas da distribuição desigual desse</p><p>recurso pela superfície da Terra.</p><p>Questão 4. O Projeto Reúso proposto pela</p><p>Agência Nacional das Águas – ANA, em parceria</p><p>com a Universidade</p><p>Federal de Campina Grande-PB – UFCG, a Prefeitura</p><p>Municipal de Campina Grande – PMCG e do Governo</p><p>do Estado da Paraíba […] tem como objetivos:</p><p>• demonstrar a viabilidade técnica e econômica do</p><p>tratamento de esgoto municipal e seu reúso como água</p><p>de utilidades na indústria ou como água de irrigação na</p><p>agricultura;</p><p>• fornecer subsídios para a regulamentação do uso de</p><p>águas residuárias no país […].</p><p>[…]</p><p>Avaliação da viabilidade técnica e econômica do</p><p>tratamento e reúso de esgoto municipal na indústria e na</p><p>agricultura.</p><p>Considerando a importância do uso racional de água,</p><p>podemos afirmar que projetos como o citado acima:</p><p>A) são importantes, pois usam conceitos de</p><p>sustentabilidade, como a reutilização de água</p><p>considerada imprópria, diminuindo, assim, a pressão</p><p>sobre os recursos hídricos.</p><p>B) são desnecessários, uma vez que a população está</p><p>mais consciente e tem economizado água, graças a</p><p>campanhas de políticas públicas de economia de água</p><p>doméstica.</p><p>C) são inócuos, pois a reutilização de água de esgoto é</p><p>inapropriada.</p><p>D) são importantes, pois o reuso das águas poderá</p><p>diminuir a vazão de água nos leitos dos rios.</p><p>E) são importantes, pois a reutilização das águas na</p><p>indústria e na agricultura é necessária, mesmo que os</p><p>setores da agricultura e da indústria não sejam os</p><p>maiores responsáveis pelo consumo de água.</p><p>Questão 5. Os dados dos gráficos a seguir foram</p><p>extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de</p><p>Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de</p><p>Geografia e Estatística (IBGE), a respeito da</p><p>população nas cinco grandes regiões brasileiras.</p><p>Um gráfico mostra a distribuição da população</p><p>brasileira, em milhões de habitantes, e o outro</p><p>mostra o percentual da população que reside em</p><p>domicílios urbanos sem saneamento básico</p><p>adequado.</p><p>Considerando as informações dos gráficos, a região que</p><p>concentra o menor número absoluto de pessoas</p><p>residentes em áreas urbanas sem saneamento básico</p><p>adequado é a região:</p><p>A) Norte.</p><p>B) Nordeste.</p><p>C)</p><p>sempre deixa um outro ser novo</p><p>em lugar dovelho; pois é nisso que se diz que cada</p><p>espécie animal vive e é a mesma. É em virtude da</p><p>imortalidade que a todo ser esse zelo e esse amor</p><p>acompanham.</p><p>(Adaptado de: PLATÃO. O Banquete. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.38-39. Coleção</p><p>Os Pensadores.)</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos sobre o</p><p>amor em Platão, assinale a alternativa correta.</p><p>A) A aspiração humana de procriação, inspirada</p><p>por Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza</p><p>física.</p><p>B) O eros limita-se a provocar os instintos</p><p>irrefletidos e vulgares, uma vez que atende à mera</p><p>satisfação dos apetites sensuais.</p><p>C) O eros físico representa a vontade de</p><p>conservação da espécie, e o espiritual, a ânsia de</p><p>eternização por obras que perdurarão na memória.</p><p>D) O ser humano é idêntico e constante nas</p><p>diversas fases da vida, por isso sua identidade</p><p>iguala-se à dos deuses.</p><p>E) Os seres humanos, como criação dos deuses,</p><p>seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite</p><p>eternidade.</p><p>Questão 7. (Enem/2017) Uma conversação de tal</p><p>natureza transforma o ouvinte; o contato de</p><p>Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre</p><p>si mesmo, a imprimir à atenção uma direção</p><p>incomum: os temperamentais, como Alcibíades</p><p>sabem que encontrarão junto dele todo o bem de</p><p>que são capazes, mas fogem porque receiam essa</p><p>influência poderosa, que os leva a se censurarem.</p><p>Sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças,</p><p>que ele tenta imprimir sua orientação.</p><p>O texto evidencia características do modo de vida</p><p>socrático, que se baseava na</p><p>A) Contemplação da tradição mítica.</p><p>B) Sustentação do método dialético.</p><p>C) Relativização do saber verdadeiro.</p><p>D) Valorização da argumentação retórica.</p><p>E) Investigação dos fundamentos da natureza.</p><p>Questão 8. Para Platão, o que havia de verdadeiro</p><p>em Parmênides era que o objeto de conhecimento</p><p>é um objeto de razão</p><p>e não de sensação, e era preciso estabelecer uma</p><p>relação entre objeto racional e objeto sensível ou</p><p>material que privilegiasse o primeiro em detrimento</p><p>do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a</p><p>Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.</p><p>ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012</p><p>(adaptado).</p><p>O texto faz referência à relação entre razão e</p><p>sensação, um aspecto essencial da Doutrina das</p><p>Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo</p><p>com o texto, como Platão se situa diante dessa</p><p>relação?</p><p>A) Estabelecendo um abismo intransponível entre</p><p>as duas.</p><p>B) Privilegiando os sentidos e subordinando o</p><p>conhecimento a eles.</p><p>C) Atendo-se à posição de Parmênides de que</p><p>razão e sensação são inseparáveis.</p><p>D) Afirmando que a razão é capaz de gerar</p><p>conhecimento, mas a sensação não.</p><p>E) Rejeitando a posição de Parmênides de que a</p><p>sensação é superior à razão.</p><p>43</p><p>Questão 9. (Enem/2017) Se, pois, para as coisas</p><p>que fazemos existe um fim que desejamos por ele</p><p>mesmo e tudo o mais é desejado no interesse</p><p>desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou</p><p>antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento</p><p>grande influência sobre essa vida? Se assim é</p><p>esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas</p><p>gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências</p><p>ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará</p><p>de que o seu estudo pertença à arte mais</p><p>prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode</p><p>chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser</p><p>dessa natureza, pois é ela que determina quais as</p><p>ciências que devem ser estudadas num Estado,</p><p>quais são as que cada cidadão deve aprender, e</p><p>até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas</p><p>em maior apreço, como a estratégia, a economia e</p><p>a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política</p><p>utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla</p><p>sobre o que devemos e o que não devemos fazer,</p><p>a finalidade dessa ciência deve abranger as duas</p><p>outras, de modo que essa finalidade será o bem</p><p>humano.</p><p>ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991</p><p>(adaptado)</p><p>Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a</p><p>organização da pólis pressupõe que</p><p>A) O bem dos indivíduos consiste em cada um</p><p>perseguir seus interesses.</p><p>B) O sumo bem é dado pela fé de que os deuses</p><p>são os portadores da verdade.</p><p>C) A política é a ciência que precede todas as</p><p>demais na organização da cidade.</p><p>D) A educação visa formar a consciência de cada</p><p>pessoa para agir corretamente.</p><p>E) A democracia protege as atividades políticas</p><p>necessárias para o bem comum.</p><p>Questão 10. (Uel 2010) Leia o texto de Platão a</p><p>seguir:</p><p>Logo, desde o nascimento, tanto os homens como</p><p>os animais têm o poder de captar as impressões</p><p>que atingem a alma por intermédio do corpo.</p><p>Porém relacioná-las com a essência e considerar a</p><p>sua utilidade, é o que só com tempo, trabalho e</p><p>estudo conseguem os raros a quem é dada</p><p>semelhante faculdade. Naquelas impressões, por</p><p>conseguinte, não é que reside o conhecimento,</p><p>mas no raciocínio a seu respeito; é o único</p><p>caminho, ao que parece, para atingir a essência e</p><p>a verdade; de outra forma é impossível.</p><p>(PLATÃO. Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do</p><p>Pará, 1973. p. 80.)</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos sobre a</p><p>teoria do conhecimento de Platão, considere as</p><p>afirmativas a seguir:</p><p>I. Homens e animais podem confiar nas impressões</p><p>que recebem do mundo sensível, e assim atingem</p><p>a verdade.</p><p>II. As impressões são comuns a homens e animais,</p><p>mas apenas os homens têm a capacidade de</p><p>formar, a partir delas, o conhecimento.</p><p>III. As impressões não constituem o conhecimento</p><p>sensível, mas são consideradas como núcleo do</p><p>conhecimento inteligível.</p><p>IV. O raciocínio a respeito das impressões constitui</p><p>a base para se chegar ao conhecimento</p><p>verdadeiro.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>A) Somente as afirmativas I e II são corretas.</p><p>B) Somente as afirmativas II e IV são corretas.</p><p>C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.</p><p>D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.</p><p>E) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. Se decidem que um homem não é livre,</p><p>ele pode apelar para o tribunal, enquanto os</p><p>concidadãos do demo elegem cinco de seu grupo</p><p>como acusadores; se for decidido que o julgado</p><p>não tem direito de ser registrado como cidadão, a</p><p>cidade o vende como escravo, mas se ele vencer a</p><p>causa os representantes do demo são obrigados a</p><p>registrá-lo. Assim eticamente se resolve um</p><p>problema</p><p>(ARISTÓTELES. A Constituição de Atenas)</p><p>O texto de Aristóteles representa a definição de ação</p><p>ética na política em Atenas no século IV a.C. Uma</p><p>diferença entre o conceito antigo e o moderno de</p><p>decisão é que antes eles levavam muito em conta:</p><p>A) a profissão dos indivíduos.</p><p>B) a ideologia dos indivíduos.</p><p>C) as posses dos indivíduos.</p><p>D) o gênero dos indivíduos.</p><p>E) a raça dos indivíduos.</p><p>Questão 2. Não é necessário a um príncipe ter</p><p>todas as qualidades mencionadas, mas é</p><p>indispensável que pareça tê-las. Direi, até que, se</p><p>as possuir, o uso constante deles resultará em</p><p>detrimento seu, e que ao contrário, se não as</p><p>possuir, mas afetar possuí-las, colherá benefícios.</p><p>Daí a conveniência de parecer clemente, leal,</p><p>humano, religioso, íntegro e, ainda de ser tudo isso,</p><p>contanto que, em caso de necessidade, saiba</p><p>tornar-se o inverso…</p><p>Por isso, é mister que ele tenha um espírito pronto a se</p><p>adaptar às variações das circunstâncias e da fortuna e,</p><p>como disse antes, a manter-se tanto quanto possível no</p><p>caminho do bem, mas pronto igualmente a enveredar</p><p>pelo do mal, quando for necessário. Trecho de: O</p><p>Príncipe de Maquiavel</p><p>No trecho acima, escrito no século XVI, o autor refere-</p><p>se à atitude que um príncipe deve tomar em relação à</p><p>escolha entre o bem e o mal. O texto</p><p>A) defende a separação entre a moral e a religiosidade.</p><p>B) evidencia que os príncipes devem apenas pensar em</p><p>aumentar sua riqueza.</p><p>C) afirma que é necessário que o príncipe sempre seja</p><p>clemente, leal, humano, religioso e íntegro.</p><p>D) indica a importância de agir</p><p>religiosamente, ainda que</p><p>as circunstâncias tornem esse caminho difícil.</p><p>44</p><p>E) demonstra a necessidade da educação moral na</p><p>formação do governante.</p><p>Questão 3. A ética é uma característica inerente a</p><p>toda ação humana e, por esta razão, é um</p><p>elemento vital na produção da realidade social.</p><p>Todo homem possui um senso ético, uma espécie</p><p>de "consciência moral", estando constantemente</p><p>avaliando e julgando suas ações para saber se são</p><p>boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.</p><p>A partir da leitura, pode-se AFIRMAR que ética é:</p><p>A) Um conjunto de comportamentos corretos,</p><p>relacionados à conduta humana fora de uma</p><p>sociedade organizada.</p><p>B) A maneira como os seres humanos se</p><p>comportam uns com os outros.</p><p>C) O princípio fundamental para que o ser humano</p><p>possa viver em família.</p><p>D) Um conjunto de valores morais e princípios que</p><p>norteiam a conduta humana na sociedade.</p><p>E) A maneira como nos comportamos em relação a</p><p>nós mesmos</p><p>Questão 4. “Sócrates: Diz-me, então, qual a</p><p>melhor definição que poderíamos dar de</p><p>conhecimento, para evitarmos cair em</p><p>contradição? (...) Teeteto: Que a crença verdadeira</p><p>é conhecimento; ao menos a crença verdadeira é</p><p>infalível e tudo o que dela resulta é nobre e bom.</p><p>(...) Sócrates: Então, quando os juízes são</p><p>justamente persuadidos de algo que só uma</p><p>testemunha ocular, e mais ninguém, pode saber,</p><p>não é verdade que, ao julgarem esses assuntos por</p><p>ouvir dizer e ao formarem uma crença verdadeira,</p><p>tomaram sua decisão sem saber se deram uma</p><p>sentença correta, ainda que tenham sido</p><p>persuadidos da verdade? Teeteto: Com certeza.</p><p>Sócrates: Mas, meu amigo, se a crença verdadeira</p><p>e o conhecimento fossem a mesma coisa, nem</p><p>sequer o juiz mais competente teria uma crença</p><p>verdadeira sem conhecimento. A verdade, porém,</p><p>é que se trata de duas coisas distintas. (...) Quando</p><p>alguém possui uma crença verdadeira sobre</p><p>alguma coisa sem justificação, pensa a verdade</p><p>acerca disso, mas não a conhece. Portanto, aquele</p><p>que não for capaz de dar e receber uma justificação</p><p>sobre algo, ignora-o. Mas quando tem uma</p><p>justificação, não só tudo isso é possível, como está</p><p>completamente na posse do conhecimento.”</p><p>Adaptado de: ALMEIDA, A. MURCHO, D. Textos e problemas da filosofia. Lisboa: Plátano</p><p>Editora, 2006.</p><p>No texto acima, escrito por Platão, os personagens</p><p>Sócrates e Teeteto estão procurando uma boa</p><p>definição do que é conhecimento. Interpretando a</p><p>definição encontrada por Sócrates, é correto</p><p>afirmar que ela pode ser expressa na forma:</p><p>A) Conhecimento e crença são sinônimos.</p><p>B) Conhecimento é uma crença verdadeira</p><p>justificada.</p><p>C) Conhecimento é persuadir alguém sobre a</p><p>verdade de uma proposição.</p><p>D) Conhecimento é sinônimo de verdade</p><p>E) Conhecimento é uma crença verdadeira.</p><p>Questão 5. (Enem 2013) A felicidade é, portanto, a</p><p>melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do</p><p>mundo, e esses atributos não devem estar</p><p>separados como na inscrição existente em Delfos</p><p>“das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor</p><p>é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”.</p><p>Todos estes atributos estão presentes nas mais</p><p>excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós</p><p>a identificamos como felicidade.</p><p>ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.</p><p>Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais</p><p>excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:</p><p>A) Busca por bens materiais e títulos de nobreza.</p><p>B) Plenitude espiritual e ascese pessoal.</p><p>C) Finalidade das ações e condutas humanas.</p><p>D) Conhecimento de verdades imutáveis e</p><p>perfeitas.</p><p>E) Expressão do sucesso individual e</p><p>reconhecimento público.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>C A D B C</p><p>GEOGRAFIA</p><p>Globalização</p><p>É um fenômeno de integração das diversas regiões</p><p>do globo por meio especialmente do</p><p>desenvolvimento dos transportes e das</p><p>comunicações, podendo ser definida como o</p><p>aumento de trocas (integração) em nível global nos</p><p>campos da:</p><p>Economia: Atuação das empresas</p><p>Transnacionais, formação de blocos econômicos;</p><p>Política: Atuação da ONU, Cúpulas e conferências</p><p>entre países;</p><p>Cultura: Cinema, música, moda, idioma, acesso a</p><p>valores e hábitos de outras regiões do mundo. As</p><p>Grandes Navegações, ocorridas entre os séculos</p><p>XV e XVII, marcaram o início do processo de</p><p>globalização, definindo tal processo como um</p><p>fenômeno antigo.A globalização é um processo ao</p><p>mesmo tempo inclusivo, mas também excludente,</p><p>pois funciona a partir da lógica e expansão do lucro,</p><p>e não sendo homogêneo, tampouco apresentando</p><p>somente pontos positivos, incluindo na</p><p>possibilidade de lucro, e excluindo a possibilidade</p><p>de prejuízo;</p><p>A globalização é um processo que envolve</p><p>variáveis econômicas, políticas e sociais. Logo,</p><p>produz no espaço geográfico diversas</p><p>consequências, pontos positivos e negativos,</p><p>dentro da atual lógica de integração mundial.</p><p>Vantagens da Globalização;</p><p>Maior integração global;</p><p>45</p><p>Maior acesso a informações, conhecimentos e</p><p>perspectivas;</p><p>Possibilidade desenvolvimento de novas</p><p>tecnologias, a partir da troca de conhecimento</p><p>entre nações.</p><p>Desvantagens da Globalização;</p><p>Homogeniza e massifica os valores e crenças das</p><p>nações economicamente dominantes;</p><p>Exclui aqueles que não trazem perspectiva de</p><p>lucro;</p><p>Pode ser vetor de desenvolvimento e expansão de</p><p>atividades ilícitas.</p><p>Guerra fria e mundo bipolar</p><p>A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que</p><p>foi travado entre Estados Unidos (EUA) e União</p><p>Soviética (URSS), entre 1947 e 1991.</p><p>O conflito travado entre esses dois países foi</p><p>responsável por polarizar o mundo em dois</p><p>grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro</p><p>alinhado ao socialismo, dando origem ao período</p><p>do mundo bipolar.</p><p>A Guerra Fria nunca gerou um conflito armado</p><p>direto entre Estados Unidos (EUA) e União</p><p>Soviética (URSS), mas o conflito de interesses</p><p>entre os dois países resultou em conflitos armados</p><p>ao redor do mundo e em uma disputa que ocorreu</p><p>em diversos níveis como a economia, a diplomacia</p><p>e a tecnologia.</p><p>Ao longo da segunda metade do século XX,</p><p>a polarização mundial resultou em uma série de</p><p>conflitos de pequena e média escala em diferentes</p><p>locais do mundo. Esses conflitos contavam, muitas</p><p>vezes, com o envolvimento indireto de EUA e</p><p>URSS, a partir do financiamento, da</p><p>disponibilização de armas e do treinamento militar.</p><p>Características e acontecimentos importantes</p><p>durante a guerra fria:</p><p>A polarização por meio de dois blocos, um sob</p><p>influência americana e outro sob influência</p><p>soviética, foi a grande marca da Guerra Fria. Com</p><p>isso, americanos e soviéticos possuíam uma</p><p>retórica agressiva contra seu adversário e tinham</p><p>aliados estratégicos.</p><p>A corrida armamentista entre as duas nações e a</p><p>procura por mostrar-se como força hegemônica</p><p>motivaram ambos a investirem pesadamente no</p><p>desenvolvimento de armas de destruição em</p><p>massa, as bombas nucleares e termonucleares.</p><p>A corrida espacial entre as duas nações</p><p>manifestou-se também na área tecnológica e, entre</p><p>1957 e 1975, concentrou-se na exploração do</p><p>espaço e a interferência estrangeira que os dois</p><p>países realizaram, ao longo dos anos de Guerra</p><p>Fria como forma de garantir seus interesses.</p><p>A Alemanha foi um local de extrema importância</p><p>durante a Guerra Fria, porque ali a polarização</p><p>manifestou-se de forma intensa. O país foi dividido</p><p>em zonas de influência, no fim da 2ª Guerra, e elas</p><p>resultaram no surgimento de duas Alemanhas: a</p><p>Alemanha Ocidental, aliada dos EUA, e a</p><p>Alemanha Oriental, aliada da URSS. Essa divisão</p><p>também foi refletida em Berlim que, a partir de</p><p>1961, foi dividida por um muro construído pelo</p><p>governo da Alemanha Oriental, em parceria com a</p><p>União Soviética. Os comunistas queriam colocar</p><p>fim a evasão de população da Alemanha Oriental</p><p>para Berlim Ocidental. O Muro de Berlim</p><p>permaneceu de pé por 28 anos e foi o símbolo da</p><p>polarização causada pela Guerra Fria.</p><p>A Guerra Fria teve fim com a dissolução da União</p><p>Soviética que ocorreu em 26 de dezembro de 1991.</p><p>O fim da URSS foi resultado da</p><p>grande crise econômica e política</p><p>que atingiu</p><p>aquele país a partir da década de 1970. A falta de</p><p>ações para resolver os problemas do bloco</p><p>comunista foram responsáveis por levar o país ao</p><p>fim.</p><p>A economia soviética demonstrava, já na década</p><p>de 1970, claros sinais de esgotamento e o país era</p><p>mais atrasado em relação às grandes potências. A</p><p>indústria soviética estava em queda, a produção</p><p>agrícola era insuficiente e os indicadores sociais</p><p>começaram a regredir demonstrando um claro</p><p>empobrecimento do país.</p><p>A situação econômica ruim contribuiu para</p><p>aumentar a insatisfação da sociedade com os</p><p>governos comunistas e fizeram surgir movimentos</p><p>de oposição por todo o bloco comunista. Os</p><p>alemães derrubaram o Muro de Berlim, no final de</p><p>1989, e promoveram a reunificação da Alemanha,</p><p>os húngaros abriram as fronteiras do país com o</p><p>Ocidente e os poloneses elegeram o primeiro</p><p>governo não comunista desde a Segunda Guerra.</p><p>A União Soviética começou a promover a abertura</p><p>da sua economia no governo de Mikhail Gorbachev</p><p>por meio da Glasnost e Perestroika. Logo, as</p><p>nações que formavam a URSS começaram a se</p><p>mobilizar pela sua independência. Em 25 de</p><p>dezembro de 1991, Gorbachev renunciou e, no dia</p><p>seguinte, a União Soviética foi dissolvida.</p><p>A nova ordem mundial</p><p>A Nova Ordem Mundial é uma expressão que</p><p>remete a um momento histórico que se iniciou com</p><p>o fim da Guerra Fria. Esse momento foi marcado</p><p>pelo fim da chamada ordem bipolar, com dois</p><p>centros de poder mundial, e consequente formação</p><p>de uma ordem multipolar, com vários centros de</p><p>poder pelo globo. São características da Nova</p><p>Ordem Mundial a globalização da economia e a</p><p>diversidade cultural.</p><p>A Nova Ordem Mundial tem como característica a</p><p>presença de vários centros de poder que atuam</p><p>nos diversos âmbitos da sociedade, sendo a</p><p>globalização da economia, a evolução tecnológica</p><p>e a diversidade cultural são aspectos importantes.</p><p>Os principais centros de poder na Nova Ordem</p><p>Mundial são os Estados Unidos, o Japão e a</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/fim-uniao-sovietica.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/fim-uniao-sovietica.htm</p><p>46</p><p>Europa Ocidental e atualmente percebe-se a</p><p>ascensão de novos centros de poder, como a</p><p>China.</p><p>Outro elemento importante na nova ordem é a</p><p>formação de blocos econômicos, marcada pela</p><p>globalização, importante para, entre outros fatores,</p><p>a apreciação de acordos bilaterais ou multilaterais</p><p>que contemplam interesses em comum, a</p><p>mediação do comércio internacional, a adoção de</p><p>políticas conjuntas e principalmente para a</p><p>promoção do desenvolvimento das economias</p><p>nacionais e das regiões.</p><p>A principal característica da Nova Ordem Mundial é</p><p>multipolaridade, ou seja, a existência de vários</p><p>polos de poder no globo. As nações do mundo</p><p>apresentaram certo desenvolvimento ao longo das</p><p>últimas décadas e, principalmente, aumentaram de</p><p>forma significativa o seu grau de integração. Desse</p><p>modo, a Nova Ordem Mundial representa um</p><p>mundo mais conectado, diverso e desenvolvido.</p><p>Dentro desse novo contexto, o mundo passou a ser</p><p>dividido por um novo critério: o desenvolvimento</p><p>econômico. Temos os países pertencentes ao</p><p>Norte Global (nações desenvolvidas e com</p><p>industrialização avançada) ou ao Sul Global</p><p>(nações emergentes e subdesenvolvidas).</p><p>As revoluções industriais:</p><p>Primeira Revolução Industrial: iniciou-se, no</p><p>século XVIII, na Inglaterra. Predominam as</p><p>técnicas mais simples, como a máquina a vapor.</p><p>Nessa etapa, o carvão é a principal fonte de</p><p>energia e a força de trabalho utilizada não era</p><p>especializada e nem qualificada. Além disso, a</p><p>indústria predominante dessa época é a têxtil.</p><p>Segunda Revolução Industrial: ocorreu do fim do</p><p>século XIX até a metade do século XX. a Segunda</p><p>Revolução Industrial passa a utilizar o petróleo</p><p>como principal fonte de energia. Nessa fase</p><p>também há a criação de máquinas e motores mais</p><p>sofisticados e movidos a energia elétrica e uso de</p><p>mão de obra especializada. Nesse estágio de</p><p>Revolução Industrial, há a predominância da</p><p>indústria automobilística e outras relacionadas a</p><p>ela, como a indústria siderúrgica, metalúrgica e</p><p>petroquímica.</p><p>Terceira Revolução Industrial: Também</p><p>conhecida como Revolução Técnico-Científica, a</p><p>Terceira Revolução Industrial encontra-se em</p><p>andamento desde o meio dos anos 1970 e tende a</p><p>desenvolver-se mais plenamente ao decorrer do</p><p>século XXI é caracterizada pela predominância</p><p>de indústrias altamente sofisticadas, como as de</p><p>telecomunicação, informática, robótica, química</p><p>fina, biotecnologia e microeletrônica. Devido a isso,</p><p>esse estágio requer muita tecnologia e maior</p><p>qualificação da força de trabalho. Nessa etapa, a</p><p>ciência e a tecnologia passam a ser elementos</p><p>centrais, aqueles que ditam o ritmo e os rumos das</p><p>mudanças.</p><p>Quarta revolução industrial: A Indústria</p><p>4.0 também chamada de Quarta Revolução</p><p>Industrial, engloba um amplo sistema de</p><p>tecnologias avançadas como inteligência artificial,</p><p>robótica, internet das coisas e computação em</p><p>nuvem com o objetivo de promover a digitalização</p><p>das atividades industriais melhorando os</p><p>processos e aumentando a produtividade.</p><p>Questão 1. (UFPI) Sobre a economia globalizada:</p><p>A) Homogeneizou as culturas e reduziu as</p><p>discrepâncias econômicas entre os países.</p><p>B) Integrou economias e possibilitou a difusão de</p><p>hábitos dos lugares pelo mundo.</p><p>C) Deu visibilidade às minorias, a povos e culturas</p><p>de recantos isolados do mundo.</p><p>D) Quase anulou a xenofobia e os conflitos étnicos</p><p>e religiosos em todo o planeta.</p><p>E) Colocou países em desenvolvimento e</p><p>subdesenvolvidos no meu nível econômico dos</p><p>desenvolvidos.</p><p>Questão 2. (ENEM 2009) - O índio do Xingu, que</p><p>ainda acredita em Tupã, assiste pela televisão a</p><p>uma partida de futebol que acontece em Barcelona</p><p>ou a um show dos Rolling Stones na praia de</p><p>Copacabana. Não obstante, não há que se iludir: o</p><p>índio não vive na mesma realidade em que um</p><p>morador do Harlem ou de Hong Kong, uma vez que</p><p>são distintas as relações dessas diferentes</p><p>pessoas com a realidade do mundo moderno; isso</p><p>porque o homem é um ser cultural, que se apoia</p><p>nos valores da sua comunidade, que, de fato, são</p><p>os seus.</p><p>GULLAR, F. Folha de S. Paulo. São Paulo: 19 out. 2008 (adaptado).</p><p>Ao comparar essas diferentes sociedades em seu</p><p>contexto histórico, verifica-se que:</p><p>A) Pessoas de diferentes lugares, por fazerem uso</p><p>de tecnologias de vanguarda, desfrutam da mesma</p><p>realidade cultural.</p><p>B) O índio assiste futebol ao show, mas não é</p><p>capaz de entendê-los, porque não pertencem à sua</p><p>cultura.</p><p>C) Pessoas com culturas, valores e relações</p><p>diversas têm, hoje em dia, teoricamente acesso às</p><p>mesmas informações.</p><p>D) Os moradores do Harlem e de Hong Kong,</p><p>devido à riqueza de sua História, têm uma visão</p><p>mais aprimorada da realidade.</p><p>E) A crença em Tupã revela um povo atrasado,</p><p>enquanto os moradores do Harlem e de Hong</p><p>Kong, mais ricos, vivem de acordo com o presente.</p><p>Questão 3. A Nova Ordem Mundial é caracterizada</p><p>por vários polos de poder, ou seja, vários países ou</p><p>grupos de países que detêm determinado</p><p>protagonismo em nível mundial, seja no plano</p><p>político, seja no econômico. Desse modo, a Nova</p><p>Ordem Mundial é definida pela:</p><p>A) bipolaridade.</p><p>47</p><p>B) neutralidade.</p><p>C) homogeneidade.</p><p>D) multipolaridade.</p><p>E) unipolaridade.</p><p>Questão 4. (FRB-BA) - O mundo moderno,</p><p>dominado pela sociedade de consumo, tem na</p><p>indústria o mais importante dos setores da sua</p><p>economia: ela provoca o desenvolvimento de</p><p>atividades que lhe são complementares, como</p><p>fornecedoras de matérias-primas e de energia,</p><p>fornecendo oportunidade de emprego à mão de</p><p>obra, forçando a sua qualificação, produzem</p><p>capitais e estimulam o desenvolvimento do</p><p>comércio, dos transportes e dos serviços.</p><p>(ANDRADE, M. C. Geografia econômica. 12. ed. São Paulo: Atlas, 1998.).</p><p>A indústria é vital para colocar os países na</p><p>vanguarda do processo de desenvolvimento</p><p>econômico. Sobre a evolução da indústria, é</p><p>correto afirmar:</p><p>A) O artesanato que antecedeu à manufatura teve</p><p>como principal característica</p><p>um trabalhador</p><p>altamente especializado.</p><p>B) A invenção da máquina a vapor está vinculada à</p><p>primeira fase da Revolução Industrial que teve</p><p>como principal base energética o petróleo.</p><p>C) A doutrina liberal predominou na segunda fase</p><p>da Revolução Industrial, tendo sido implantada, na</p><p>Inglaterra, pelo seu criador Henry Ford.</p><p>D) Os Tigres Asiáticos, países de industrialização</p><p>tardia, se desenvolveram a partir de uma política</p><p>agressiva, voltada para o mercado interno.</p><p>E) A reengenharia e o just in time são elementos da</p><p>terceira fase da Revolução Industrial que teve seu</p><p>modelo derivado do Toyotismo.</p><p>Questão 5. (ENEM) Os 45 anos que vão do</p><p>lançamento das bombas atômicas até o fim da</p><p>União Soviética não foram um período homogêneo</p><p>único na história do mundo. […] Dividem-se em</p><p>duas metades, tendo como divisor de águas o início</p><p>da década de 70. Apesar disso, a história deste</p><p>período foi reunida sob um padrão único pela</p><p>situação internacional peculiar que o dominou até a</p><p>queda da União Soviética.</p><p>HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.</p><p>O período citado no texto e conhecido por Guerra</p><p>Fria pode ser definido como aquele momento</p><p>histórico em que houve:</p><p>A) corrida armamentista entre as potências</p><p>imperialistas europeias ocasionando a Primeira</p><p>Guerra Mundial.</p><p>B) domínio dos países socialistas do Sul do globo</p><p>pelos países capitalistas do Norte.</p><p>C) choque ideológico entre a Alemanha</p><p>Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos</p><p>1930.</p><p>D) disputa pela supremacia da economia mundial</p><p>entre o Ocidente e as potências orientais, como a</p><p>China e o Japão.</p><p>E) constante confronto das duas superpotências</p><p>que emergiram da Segunda Guerra Mundial.</p><p>ESTRUTURA E DINÂMICA DAS POPULAÇÕES</p><p>População mundial:</p><p>A população mundial, atual é composta por 8</p><p>bilhões de pessoas (marca alcançada em 2022) e</p><p>continua crescendo anualmente, porém a um ritmo</p><p>lento, se comparado a períodos anteriores. A sua</p><p>distribuição sobre a superfície terrestre não é feita</p><p>de forma homogênea. O continente asiático é o</p><p>mais populoso, com destaque para China e Índia,</p><p>que, sozinhos, reúnem pouco mais de um terço</p><p>da população mundial.</p><p>A população brasileira é a segunda maior do</p><p>continente americano e, seguindo a tendência</p><p>global, tem experimentado a desaceleração no seu</p><p>crescimento.</p><p>Desde quando atingimos a marca de 1 bilhão de</p><p>habitantes, em 1800, o ritmo de crescimento da</p><p>população mundial tem sido expressivo,</p><p>principalmente no século passado. Desde a</p><p>Revolução Industrial, no século XVIII, os habitantes</p><p>do globo vivenciaram significativas mudanças, que</p><p>permitiram mais longevidade e melhores condições</p><p>de vida.</p><p>São exemplos dessas mudanças significativas:</p><p>desenvolvimento da penicilina; uso da tecnologia</p><p>na produção alimentar; surgimento de vacinas para</p><p>erradicação de doenças; saneamento básico,</p><p>tratamento de esgoto e planejamento urbano, além</p><p>de infraestruturas que possibilitam à população</p><p>mundial viver mais e melhor.</p><p>Foi com o desenvolvimento tecnológico e com a</p><p>ciência que o ser humano atingiu o patamar de</p><p>viver por mais tempo: vacinas, remédios, produção</p><p>alimentícia em larga escala, entre outras</p><p>inovações, o que reduziu consideravelmente a taxa</p><p>de mortalidade.</p><p>Chegamos a 2 bilhões de pessoas em 1930,</p><p>época da proliferação da penicilina pelo mundo e</p><p>do desenvolvimento de vacinas. Cinquenta anos</p><p>depois, na década de 1980, já éramos mais que o</p><p>dobro de pessoas, 5 bilhões. No início do século</p><p>XXI, em 2000, 6 bilhões. Atualmente, somos 8</p><p>bilhões de habitantes.</p><p>O crescimento populacional ou crescimento</p><p>demográfico mundial é calculado a partir do saldo</p><p>entre o total de pessoas nascidas vivas e o total de</p><p>mortes em um determinado período de tempo</p><p>(dentro de um ano, por exemplo).</p><p>Apesar de o número absoluto estar crescendo, a</p><p>taxa em que esse crescimento se dá vem</p><p>diminuindo com o passar dos anos. Isso significa</p><p>que houve diminuição na velocidade com que a</p><p>população mundial está crescendo.</p><p>Ressalta-se, entretanto, que o crescimento não</p><p>acontece de forma homogênea em todos os</p><p>lugares. As maiores taxas de crescimento se</p><p>encontram nos países da Ásia e da África. Em um</p><p>48</p><p>cenário oposto, países da Europa apresentam a</p><p>tendência de redução populacional para as</p><p>próximas décadas.</p><p>Diversos são os fatores que podem levar ao</p><p>crescimento da população, como melhorias no</p><p>sistema de saúde que aumentam a expectativa de</p><p>vida ao nascer, aumento da fertilidade, redução da</p><p>mortalidade infantil, urbanização e</p><p>desenvolvimento econômico — estes ligados aos</p><p>salários e acesso a melhores condições de vida.</p><p>A população mundial não se encontra igualmente</p><p>distribuída na superfície terrestre. O</p><p>desenvolvimento econômico e industrial, além das</p><p>questões naturais e fatores de ordem social e</p><p>histórica influenciam na concentração populacional</p><p>em um lugar em detrimento de outros.</p><p>A Ásia concentra 59,5% da população mundial,</p><p>com mais de 4,5 bilhões de pessoas. Nesse</p><p>continente, apenas China e Índia, ambos com mais</p><p>de 1,3 bilhão de habitantes cada, concentram</p><p>36,1% do total de pessoas no planeta.</p><p>Na sequência está o continente África, cujos 54</p><p>países reúnem uma população de 1.340.598.000</p><p>habitantes, 17,1% do total mundial. O país mais</p><p>populoso da África é a Nigéria, com 206,14 milhões</p><p>de habitantes.</p><p>O continente americano reúne 13,1% da população</p><p>mundial, com 1.022.832.000 de habitantes. Os</p><p>países mais populosos são os Estados Unidos,</p><p>com 331 milhões de habitantes, e o Brasil, com 215</p><p>milhões de habitantes em estimativa atual.</p><p>O quarto continente em população é a Europa, que</p><p>possuía 747.636.000 habitantes em 2020, 9,5% da</p><p>população mundial. Com parte do seu território no</p><p>continente, a Rússia detém a maior população,</p><p>com 145.934.000 habitantes.</p><p>A Oceania é o continente com menor concentração</p><p>populacional do planeta, com 42.678.000 de</p><p>habitantes. O país mais populoso é a Austrália,</p><p>onde vivem 25,5 milhões de pessoas.</p><p>Migrações:</p><p>A migração corresponde aos deslocamentos de</p><p>pessoas e populações na superfície terrestre. Esse</p><p>movimento pode ocorrer de forma espontânea ou</p><p>forçada, dentro dos limites de um mesmo território</p><p>ou não, e, ainda, ter caráter sazonal ou</p><p>permanente. As razões que levam as pessoas a</p><p>migrarem são muito variadas, estando associadas</p><p>a fatores econômicos, culturais, políticos, sociais e,</p><p>até mesmo, naturais.</p><p>Migração é um termo bastante amplo e que faz</p><p>referência a todos os tipos de deslocamentos que</p><p>acontecem no espaço. Quando nos referimos aos</p><p>processos de imigração e emigração, damos</p><p>ênfase na direção em que esse movimento ocorre.</p><p>A imigração corresponde à chegada de uma</p><p>pessoa ou um grupo de pessoas em um</p><p>determinado lugar. O ato de saída, por sua vez, é</p><p>chamado de emigração.</p><p>Os principais tipos de migração são:</p><p>- Migração espontânea ou voluntária: acontece de</p><p>acordo com a vontade do indivíduo.</p><p>- Migração forçada: denomina-se migração de</p><p>refúgio em alguns casos. Está atrelada a fatores</p><p>externos à pessoa e ocorre contra a sua vontade.</p><p>Associa-se à conjuntura política, social e</p><p>econômica e também a desastres naturais e</p><p>climáticos.</p><p>- Migração externa ou internacional:</p><p>deslocamentos entre países, chamada também de</p><p>imigração.</p><p>- Êxodo rural: caracteriza a ida de populações dos</p><p>campos (zona rural) para as áreas urbanas.</p><p>- Êxodo urbano: trata-se do processo inverso do</p><p>êxodo rural, isto é, o êxodo urbano acontece</p><p>quando os moradores das cidades deixam o</p><p>ambiente urbano e vão para o campo.</p><p>- Migração pendular ou diária: categoria de</p><p>migração mais comum e presente na nossa vida</p><p>cotidiana. Ocorre quando uma pessoa se desloca</p><p>de um local a outro em direção ao trabalho, à</p><p>faculdade, à escola ou com qualquer outro</p><p>propósito e retorna para seu lugar de origem no</p><p>mesmo dia.</p><p>- Transumância: tipo de migração sazonal. Trata-se</p><p>do deslocamento de trabalhadores que vão atuar</p><p>como mão de obra em lavouras temporárias, como</p><p>a de cana-de-açúcar, ou em outras atividades</p><p>sazonais,</p><p>como a pesca. Ao final do período de</p><p>trabalho (semanal, mensal ou anual), o indivíduo</p><p>retorna para o seu local de origem.</p><p>- Nomadismo: realizado por pessoas que não</p><p>possuem uma residência fixa e estão</p><p>constantemente se deslocando de um local a outro.</p><p>Os movimentos de migração ligados a questões</p><p>econômicas costumam acontecer por conta de</p><p>problemas relacionados à dificuldade de encontrar</p><p>empregos e de melhoria da qualidade de vida. A</p><p>migração é mais recorrente por parte da população</p><p>de países subdesenvolvidos ou emergentes para</p><p>os países considerados mais desenvolvidos e</p><p>industrializados.</p><p>Entre os países de destino dos imigrantes,</p><p>destacam-se os Estados Unidos, países da União</p><p>Europeia, Canadá, Austrália e Japão. Atualmente,</p><p>os Estados Unidos são o país que apresenta maior</p><p>número de imigrantes, totalizando</p><p>aproximadamente 45 milhões de pessoas.</p><p>A aversão e discriminação à imigrantes é chamada</p><p>de xenofobia, e em países europeus acontece de</p><p>forma mais escrachada e violenta por parte da</p><p>população. Isso acontece principalmente com os</p><p>imigrantes provenientes do continente africano,</p><p>com destaque também para a região do Oriente</p><p>Médio.</p><p>Atualmente, os movimentos migratórios que mais</p><p>se destacam são justamente as migrações que</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-continente-americano.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-continente-europeu.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/oceania.htm</p><p>49</p><p>correm através da rota do Mar Mediterrâneo. Essas</p><p>migrações acontecem por parte dos povos</p><p>africanos que vivem em regiões do continente que</p><p>possuem baixa qualidade de vida e pelos povos da</p><p>região do Oriente Médio.</p><p>Os movimentos migratórios da população do</p><p>Oriente Médio acontecem como forma de fuga dos</p><p>conflitos religiosos e territoriais constantes na</p><p>região – conflitos esses que são comprovadamente</p><p>patrocinados pelos próprios países de “primeiro</p><p>mundo”. Como exemplo, temos os Estados Unidos,</p><p>o maior patrocinador da guerra da Síria.</p><p>A Síria, país que possui população estimada em</p><p>aproximadamente 20,8 milhões de habitantes,</p><p>desde 2011 vive em situação de fuga. Mais de</p><p>metade da sua população fugiu de seus lares por</p><p>conta dos combates constantes. No ano de 2017, a</p><p>população da Síria já era estimada em 18,2</p><p>milhões.</p><p>A Turquia é considerada o país que mais abriga</p><p>imigrantes refugiados da Síria, totalizando por volta</p><p>de 3,6 milhões de pessoas. O Líbano e a Jordânia</p><p>também são países que abrigam a população síria.</p><p>A essas populações se denomina o termo</p><p>refugiado, que segundo o entendimento atual, é o</p><p>indivíduo que abandona o seu país por um fundado</p><p>temor. Isso significa que o refugiado é aquele que</p><p>abandona sua terra natal porque a sua vida em seu</p><p>lugar de origem está em risco em razão de um</p><p>conflito ou de alguma perseguição. Estima-se que</p><p>existam cerca de 26 milhões de refugiados</p><p>atualmente.</p><p>Urbanização mundial e brasileira:</p><p>Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em</p><p>população quanto em extensão territorial. É o</p><p>processo em que o espaço rural se transforma em</p><p>espaço urbano, com a consequente migração</p><p>populacional do tipo campo–cidade que, quando</p><p>ocorre de forma intensa e acelerada, é chamada de</p><p>êxodo rural.</p><p>Em termos de área territorial, no mundo atual, o</p><p>espaço rural é bem mais amplo do que o espaço</p><p>urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige um</p><p>maior espaço para as práticas nele desenvolvidas,</p><p>como a agropecuária, o extrativismo mineral e</p><p>vegetal, além da delimitação de áreas de</p><p>preservação ambiental e florestas em geral.</p><p>No entanto, em termos populacionais e em</p><p>atividades produtivas no contexto econômico e</p><p>capitalista, a cidade, atualmente, vem sobrepondo-</p><p>se ao campo.</p><p>Em meados de 1800, a população mundial era</p><p>praticamente rural, apenas cerca de 3% viviam em</p><p>áreas urbanas. Contudo, um fato marcou toda uma</p><p>transformação social, modificando por completo a</p><p>estrutura populacional no mundo todo, o processo</p><p>de industrialização.</p><p>O aumento das indústrias, vinculado a um</p><p>expressivo desenvolvimento tecnológico, fez com</p><p>que as pessoas migrassem para as cidades à</p><p>procura de trabalho. Portanto, as oportunidades de</p><p>emprego nesse período são consideradas fatores</p><p>atrativos, ao passo que a intensa mecanização do</p><p>campo era considerada um fator repulsivo. Por</p><p>volta de 1950, a população urbana era de,</p><p>aproximadamente, 746 milhões de pessoas. Em</p><p>1950 houve um aumento bastante expressivo,</p><p>passando-se a 3 bilhões e 900 milhões de</p><p>habitantes na zona urbana.</p><p>Atualmente, segundo a Organização das Nações</p><p>Unidas, cerca de 54% da população mundial vive</p><p>na zona urbana, e há projeções da organização de</p><p>que essa porcentagem aumente, em 2050, para</p><p>66%, correspondendo a quase 2,5 milhões de</p><p>pessoas deslocando-se para essas áreas. O</p><p>crescimento esperado concentra-se especialmente</p><p>nos continentes africano e asiático. Assim,</p><p>segundo a ONU, o crescimento da população</p><p>urbana mundial, por ser elevado, especialmente</p><p>nos países em desenvolvimento ou</p><p>subdesenvolvidos, não ocorreu de maneira</p><p>sustentável, acarretando diversos problemas</p><p>sociais, ambientais e até climáticos.</p><p>Aproximadamente, 900 milhões e pessoas que</p><p>foram para as cidades vivem hoje em favelas no</p><p>mundo todo, inseridas em um contexto de miséria,</p><p>fome e diversos problemas de saúde.</p><p>Urbanização brasileira: processo de</p><p>industrialização, propiciado pela Revolução</p><p>Industrial iniciada na Europa, foi o fator propulsor</p><p>da urbanização no Brasil, que teve seu início no</p><p>século XX. A modernização do campo vivida no</p><p>período da industrialização provocou um</p><p>expressivo êxodo rural. Vale ressaltar que, até por</p><p>volta de 1950, a população brasileira vivia, em sua</p><p>maioria, nas zonas rurais.</p><p>Assim, segundo o órgão, atualmente, mais de 80%</p><p>da população, no país, vivem nas áreas urbanas.</p><p>E, desse total populacional, 28% concentra-se na</p><p>região Sudeste, mais especificamente em São</p><p>Paulo (13%), Rio de Janeiro (10%) e Belo</p><p>Horizonte (5%). Sendo</p><p>assim, é possível afirmar que o processo de</p><p>urbanização ocorre de maneira desigual no país.</p><p>A Região Sudeste é, portanto, a que mais</p><p>concentra</p><p>população, cerca de 92% dessa vivem em áreas</p><p>urbanas. E isso se deve aos inúmeros fatores</p><p>atrativos, como a presença de indústrias e a</p><p>consequente oferta de emprego. A região Centro-</p><p>Oeste vem em segundo lugar, com cerca de 88,8%</p><p>da população vivendo nas zonas urbanas. A região</p><p>Sul concentra, aproximadamente, 92% dos</p><p>habitantes nas cidades. As regiões Norte e</p><p>Nordeste apresentam as menores taxas de</p><p>urbanização, 73,53% e 73,13%, respectivamente.</p><p>Projeções da ONU apontam que, no ano de 2050,</p><p>a população urbana brasileira pode chegar a</p><p>50</p><p>93,6%, o que corresponde a, aproximadamente,</p><p>237 milhões de habitantes vivendo nas cidades em</p><p>todo o país.</p><p>Questão 6. Sobre os aspectos da população</p><p>mundial marque a alternativa correta.</p><p>A) O continente africano possui elevadas taxas de</p><p>crescimento populacional, entretanto, seu</p><p>contingente só não é maior em razão das baixas</p><p>taxas de expectativa de vida.</p><p>B) O crescimento vegetativo da população latino-</p><p>americana é, de uma maneira geral, muito baixo,</p><p>pois as taxas de mortalidade infantil são</p><p>elevadíssimas.</p><p>C) O rápido crescimento populacional não</p><p>intensifica os problemas ambientais de um</p><p>determinado local.</p><p>D) A população da Europa tem aumentado a cada</p><p>ano, consequência da elevada expectativa de vida</p><p>e das altas taxas de natalidade.</p><p>E) Quanto maior o nível de desenvolvimento de um</p><p>país, menor é a expectativa de vida de seus</p><p>habitantes.</p><p>Questão 7.</p><p>O padrão da pirâmide etária ilustrada apresenta</p><p>demanda de investimentos socioeconômicos para</p><p>a:</p><p>A) redução da mortalidade infantil.</p><p>B) promoção da saúde dos idosos.</p><p>C) resolução do déficit habitacional.</p><p>D) garantia da segurança alimentar.</p><p>E) universalização da educação básica.</p><p>Questão 8. O número de imigrantes que vivem nos</p><p>países da Organização para a Cooperação e</p><p>Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou</p><p>em um terço na última década,</p><p>apesar da recente</p><p>queda dos fluxos migratórios provocada pela crise</p><p>econômica iniciada em 2008, afirma um relatório</p><p>publicado pela entidade nesta segunda-feira.</p><p>Segundo a OCDE, que reúne 34 países, a maioria</p><p>deles ricos, cerca de 110 milhões de imigrantes</p><p>viviam nos países-membros da organização em</p><p>2009/2010, o equivalente a 9% da população total.</p><p>Em busca de melhores condições de vida, muitos</p><p>imigrantes saem de países pobres em direção aos</p><p>territórios de economias desenvolvidas. Essa</p><p>procura intensifica-se porque nos países</p><p>desenvolvidos:</p><p>A) há uma política de controle e recepção dos</p><p>grupos imigrantes.</p><p>B) são registrados baixos índices de xenofobia</p><p>(aversão a estrangeiros).</p><p>C) a burocracia facilita a regularização de</p><p>imigrantes, mesmo que ilegais.</p><p>D) existem políticas de incentivos aos</p><p>deslocamentos sazonais.</p><p>E) há uma elevada necessidade de mão de obra</p><p>barata e de baixo custo.</p><p>Questão 9. A Revolução Industrial transformou a</p><p>vida da população mundial, que passou a se</p><p>deslocar para as cidades em busca de trabalho nas</p><p>indústrias. Sobre a urbanização da população</p><p>mundial, assinale a alternativa correta:</p><p>A) A urbanização mundial iniciou-se no Japão,</p><p>principal centro industrial e exportador do século</p><p>XIX, o que promoveu a redução da taxa de</p><p>mortalidade.</p><p>B) O avanço da urbanização mundial transformou</p><p>o crescimento natural ou vegetativo da população.</p><p>C) As condições sanitárias foram melhoradas nas</p><p>cidades, tendo como consequência o aumento das</p><p>doenças endêmicas e epidêmicas.</p><p>D) A inserção, cada vez maior, das mulheres no</p><p>mercado de trabalho tem reduzido taxas de</p><p>fertilidade nas populações urbanas.</p><p>E) Atualmente, o processo de urbanização ocorre</p><p>com maior intensidade nos países desenvolvidos.</p><p>Questão 10. Sobre o processo de urbanização</p><p>brasileira, é incorreto afirmar:</p><p>A) O processo de urbanização brasileira apoiou-se</p><p>essencialmente, no êxodo rural, ou seja, na</p><p>transferência de populações do meio rural para as</p><p>cidades.</p><p>B) A violência urbana nas metrópoles brasileiras</p><p>está relacionada a uma série de fatores sociais e</p><p>econômicos, como: o subemprego, o crescimento</p><p>de favelas.</p><p>C) O processo de urbanização da população</p><p>brasileira é uniforme. Os estados do país</p><p>apresentam uma urbanização de pouco contraste</p><p>na distribuição da população rural e urbana.</p><p>D) A recente transformação do Brasil em sociedade</p><p>urbana deixa para trás as estruturas econômicas e</p><p>os comportamentos reprodutivos típicos do meio</p><p>rural.</p><p>E) A hierarquização do espaço brasileiro do ponto</p><p>de vista urbano, apresenta grande concentração de</p><p>indústria e serviços na metrópole nacional,</p><p>representada por São Paulo.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. (ENEM) Saudado por centenas de</p><p>militantes de movimentos sociais de quarenta</p><p>países, o papa Francisco encerrou no dia</p><p>51</p><p>09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos Movimentos</p><p>Populares, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.</p><p>Segundo ele, a “globalização da esperança, que</p><p>nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve</p><p>substituir esta globalização da exclusão e da</p><p>indiferença”.</p><p>No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do</p><p>mundo globalizado:</p><p>A) Liberdade política.</p><p>B) Mobilidade humana.</p><p>C) Conectividade cultural.</p><p>D) Disparidade econômica.</p><p>E) Complementaridade comercial.</p><p>Questão 2. (UEMA/PAES) Analise o texto verbal e</p><p>a imagem que o acompanha.</p><p>O fator fundamental para que a economia</p><p>globalizada pudesse existir é a grande novidade da</p><p>nova ordem mundial (...) Podemos assistir aos</p><p>acontecimentos e acompanhá-los de qualquer</p><p>parte da Terra no exato momento em que estão</p><p>ocorrendo, seja uma corrida de fórmula 1, um jogo</p><p>da copa do mundo ou conflitos no Oriente Médio. É</p><p>possível comprar produtos fabricados em vários</p><p>países, em luxuosos shoppings ou mesmo na</p><p>barraquinha do ambulante da esquina.</p><p>RIGOLIN, Tércio Barbosa; ALMEIDA, Lúcia Marina Alves. Fronteiras da Globalização:</p><p>Geografia Geral e do Brasil. 1ª Ed. São Paulo: Editora Ática.</p><p>Fonte: Google</p><p>Os fatores relacionados ao fenômeno da</p><p>Globalização são os seguintes:</p><p>A) equilíbrio fiscal e desestímulo ao consumo nos</p><p>países centrais, custo de mão de obra adequada à</p><p>competição internacional nos mercados</p><p>emergentes.</p><p>B) novas tecnologias, implantação da</p><p>modernização do campo e crescimento da indústria</p><p>artesanal.</p><p>C) revolução industrial, revolução técnico-científica</p><p>e expansão das empresas transnacionais.</p><p>D) consolidação dos blocos econômicos,</p><p>intensificação das relações comerciais e</p><p>nacionalização da mão-de-obra.</p><p>E) regionalização do espaço mundial em blocos,</p><p>esvaziamento econômico do setor de serviços e</p><p>facilidades de deslocamentos de informações.</p><p>Questão 3. (ENEM) Uma nova economia surgiu</p><p>em escala global no último quartel do século XX.</p><p>Chamo-a de informacional, global e em rede para</p><p>identificar suas características fundamentais e</p><p>diferenciadas e enfatizar sua interligação. É</p><p>informacional porque depende basicamente de sua</p><p>capacidade de gerar, processar e aplicar de forma</p><p>eficiente a informação baseada em conhecimentos.</p><p>É global porque seus componentes estão</p><p>organizados em escala global, diretamente ou</p><p>mediante uma rede de conexões entre agentes</p><p>econômicos. É rede porque é feita em uma rede</p><p>global de interação entre redes empresariais.</p><p>CASTELLS, M. A sociedade em rede — a era da informação: economia, sociedade e cultura.</p><p>São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).</p><p>Qual mudança estrutural é resultado da forma de</p><p>organização econômica descrita no texto?</p><p>A) Fabricação em série.</p><p>B) Ampliação de estoques.</p><p>C) Fragilização dos cartéis.</p><p>D) Padronização de mercadorias.</p><p>E) Desterritorialização da produção.</p><p>Questão 4. (ENEM) O toyotismo, a partir dos anos</p><p>1970, teve grande impacto no mundo ocidental,</p><p>quando se mostrou para os países avançados</p><p>como uma opção possível para a superação de</p><p>uma crise de acumulação.</p><p>A característica organizacional do modelo em</p><p>questão, requerida no contexto de crise, foi o(a):</p><p>A) expansão dos grandes estoques.</p><p>B) incremento da fabricação em massa.</p><p>C) adequação da produção à demanda.</p><p>D) aumento da mecanização do trabalho.</p><p>E) centralização das etapas de planejamento.</p><p>Questão 5. TEXTO I</p><p>A intervenção da Rússia na crise no Leste da</p><p>Ucrânia reacendeu a tensão entre os aliados da</p><p>Otan e Moscou. Os EUA informaram que</p><p>pretendem instalar armamento pesado no Leste da</p><p>Europa, plano criticado pelo governo russo. Em</p><p>resposta, a Rússia anunciou o reforço de seu</p><p>arsenal nuclear, novos mísseis balísticos</p><p>intercontinentais, descritos como “capazes de</p><p>superar sistemas de defesa mais avançados”.</p><p>STEWART, P. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 26 jun. 2015 (adaptado).</p><p>TEXTO II</p><p>Os Estados Unidos e seus aliados não vão deixar</p><p>a Rússia “nos arrastar de volta ao passado”, disse</p><p>o secretário de Defesa dos Estados Unidos em um</p><p>discurso em Berlim, dia 22 de junho de 2015,</p><p>quando acusou o governo russo de tentar recriar</p><p>uma esfera de influência da era soviética</p><p>Que tema da geopolítica da segunda metade do</p><p>século XX é o fundamento histórico da referência</p><p>feit ao passado?</p><p>A) Livre comércio.</p><p>B) Luta antiditatorial.</p><p>C) Corrida armamentista.</p><p>D) Conservação ambiental.</p><p>E) Terrorismo internacional.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>D C E C C</p><p>http://noticias.uol.com.br/</p><p>52</p><p>HISTÓRIA</p><p>ESTRUTURA POLÍTICO ADMINISTRATIVA DA</p><p>COLÔNIA</p><p>D. João III (1521-1557), conhecido como “o</p><p>Colonizador”, dividiu o território brasileiro em 15</p><p>faixas de terras, denominadas capitanias</p><p>hereditárias. Esses territórios foram entregues a 12</p><p>donatários, nobres de origem portuguesa, que</p><p>receberam da Coroa o direito de explorar as</p><p>capitanias em troca da obrigação de povoar,</p><p>defender e tornar lucrativas as terras.</p><p>Esse modelo, que já havia sido adotado pelos</p><p>portugueses na exploração das ilhas atlânticas,</p><p>previa que os custos iniciais da colonização</p><p>caberiam aos capitães donatários, ou seja, o</p><p>governo português transferia para particulares os</p><p>riscos</p><p>da instalação do sistema colonial, afastando</p><p>dos cofres do Estado qualquer responsabilidade ou</p><p>ônus por eventuais prejuízos.</p><p>Entre o capitão-donatário e o governo português</p><p>estabeleceu-se uma relação regulamentada por</p><p>dois instrumentos jurídicos, considerados os</p><p>primeiros documentos oficiais de nossa história: a</p><p>Carta de Doação e o Foral. Pela Carta de Doação,</p><p>como o próprio nome sugere, o Estado português</p><p>transferia ao donatário a posse do território, sem</p><p>abrir mão da propriedade nominal sobre a área.</p><p>Assim, o donatário apresentava-se não como</p><p>proprietário da capitania, mas como administrador,</p><p>tendo direitos que certamente o atraíam. Nos</p><p>Forais constavam os deveres e direitos do</p><p>donatário, como o de receber parte dos valores</p><p>sobre a exploração do pau-brasil, da pesca e das</p><p>rendas da Coroa portuguesa. O donatário</p><p>precisava estimular a fundação de vilas no litoral,</p><p>que garantiriam a defesa do território; deveria doar</p><p>terras aos colonos (as sesmarias). Também eram</p><p>obrigações do donatário cobrar impostos em nome</p><p>do governo português e assumir a</p><p>responsabilidade pela justiça.</p><p>Com esse modelo administrativo inicial, o poder no</p><p>território colonial estava fragmentado entre os</p><p>donatários. Muitos historiadores apontam a</p><p>excessiva descentralização como um dos motivos</p><p>do insucesso de quase todas as capitanias. A</p><p>estrutura política fragmentada do Brasil não tinha</p><p>nenhuma sintonia com o perfil do Estado</p><p>português, com uma monarquia nitidamente</p><p>centralizadora e absolutista.</p><p>O desafio da colonização parece não ter sido</p><p>atraente para os portugueses, e isso reforçou as</p><p>primeiras dificuldades em explorar as terras. Entre</p><p>os donatários que vieram para o Brasil, vários</p><p>perderam a motivação inicial por causa da</p><p>resistência das nações indígenas à dominação</p><p>portuguesa e da enorme soma de recursos e riscos</p><p>que envolviam a tarefa de colonizar e administrar</p><p>as terras.</p><p>As únicas capitanias que não fracassaram foram a</p><p>de Pernambuco e a de São Vicente. Os resultados</p><p>mais favoráveis demonstrados por esses territórios</p><p>deveram-se ao espírito empreendedor de seus</p><p>donatários, que, desde o início, promoveram a</p><p>expansão da lavoura de cana-de-açúcar com</p><p>recursos próprios ou por meio de empréstimos</p><p>contraídos com banqueiros holandeses.</p><p>Quando a empresa açucareira nordestina começou</p><p>a atrair atenções do Estado e da burguesia</p><p>metropolitanos, os espaços agrícolas da capitania</p><p>de São Vicente foram se reduzindo, desde os</p><p>momentos iniciais da colonização, eles também</p><p>estavam voltados para a produção de cana-de-</p><p>açúcar. Todavia, as terras vicentinas não eram tão</p><p>adequadas à cultura canavieira como as do</p><p>Nordeste. Além disso, a maior distância entre São</p><p>Vicente e a metrópole tornava maiores os gastos</p><p>com o transporte do açúcar para a Europa. O</p><p>historiador Caio Prado Júnior afirma que o</p><p>insucesso de São Vicente no comércio do açúcar</p><p>ocorreu, em grande medida, por causa da</p><p>estreiteza do litoral da região; ele recorda que “na</p><p>altura de São Vicente e Santos, o mar não dista da</p><p>base da serra senão 15 quilômetros”.</p><p>O crescente abandono da lavoura de cana-de-</p><p>açúcar fez a população que se concentrava na</p><p>capitania de São Vicente buscar alternativas</p><p>econômicas. Muitos colonos vicentinos passaram a</p><p>se dedicar à captura de índios, que,</p><p>posteriormente, eram vendidos como escravos;</p><p>outros criaram grupos para adentrar no território à</p><p>procura da mercadoria mais cobiçada da Europa:</p><p>metais preciosos.</p><p>LAVOURA CANAVIEIRA, UNIÃO IBÉRICA E</p><p>INVASÕES ESTRANGEIRAS</p><p>A EMPRESA AÇUCAREIRA</p><p>De acordo com a estratégia do governo</p><p>metropolitano, os esforços despendidos na</p><p>colonização das terras brasileiras deveriam ser</p><p>recompensados com a extração de metais</p><p>preciosos ou com uma atividade agrícola capaz de</p><p>gerar lucro para os investidores particulares e,</p><p>consequentemente, impostos para a Coroa. Diante</p><p>da frustração provocada pelo fracasso das</p><p>53</p><p>primeiras expedições que procuravam ouro e prata</p><p>na colônia, não restou alternativa senão a</p><p>montagem de empresa agrícola. A opção pelo</p><p>açúcar justificava-se por seu elevado valor, pela</p><p>demanda crescente na Europa e pela experiência</p><p>portuguesa anterior nos engenhos das ilhas</p><p>atlânticas.</p><p>Foi no Nordeste que se instalou a empresa agrícola</p><p>de exportação, em função do solo (do tipo</p><p>massapé, adequado ao plantio da cana-de-</p><p>açúcar), do clima (quente e úmido) e da posição</p><p>geográfica (proximidade da metrópole, que reduzia</p><p>os gastos com o transporte). Pernambuco e Bahia</p><p>tornaram-se os grandes centros exportadores de</p><p>açúcar. À medida que a lavoura canavieira se</p><p>expandia, aumentava o rigor metropolitano com o</p><p>monopólio português.</p><p>Os custos elevados estavam além das</p><p>possibilidades de muitos produtores, e a solução foi</p><p>buscar recursos externos, que chegavam por meio</p><p>de empréstimos. Esse mecanismo, que viabilizou a</p><p>empresa açucareiro nordestina, exigiu a</p><p>participação de capital holandês, inicialmente</p><p>empregado na montagem dos engenhos.</p><p>Posteriormente, empresas flamengas passaram a</p><p>atuar no refino do açúcar, no transporte e na</p><p>distribuição do produto no mercado mundial. A</p><p>dependência dos produtores em relação ao capital</p><p>holandês era tão grande que, da produção à</p><p>comercialização do açúcar na Europa, os</p><p>holandeses efetivamente ficavam com a maior</p><p>parte dos lucros gerados por esse negócio.</p><p>Plantation</p><p>A economia agrícola que se desenvolveu no Brasil</p><p>colonial estruturou-se no modelo denominado</p><p>plantation, que envolvia latifúndios (grandes</p><p>propriedades rurais), monocultura, produção</p><p>voltada para a exportação e utilização em larga</p><p>escala do trabalho escravo.</p><p>A estrutura fundiária caracterizava-se pela grande</p><p>propriedade rural. O latifúndio servia a duas</p><p>necessidades básicas: atrair colonos portugueses</p><p>(que recebiam dos donatários as sesmarias) e</p><p>atender ao interesse geral da colonização, que era</p><p>a produção em grande escala, numa época e numa</p><p>conjuntura de escassos recursos tecnológicos.</p><p>O objetivo de ampliar ao máximo a produção</p><p>agrícola – que deveria atender a um mercado</p><p>gigantesco – fez os latifundiários procurarem</p><p>concentrar esforços no cultivo de uma única</p><p>cultura. Com isso, o latifúndio tornou-se</p><p>monocultor.</p><p>A mão-de-obra era outro obstáculo que os</p><p>portugueses deveriam resolver para tornar a</p><p>empresa rentável. A pequena população de</p><p>Portugal e o absoluto desinteresse dos cidadãos</p><p>portugueses em se transferir para a América em</p><p>troca de salário levaram o governo de Lisboa a</p><p>optar pelo trabalho escravo. A familiaridade dos</p><p>portugueses com a escravidão foi determinante,</p><p>uma vez que o sistema já era utilizado por eles na</p><p>Ilha da Madeira e no arquipélago dos Açores. Além</p><p>disso, a burguesia lusitana exercia amplo domínio</p><p>sobre o mercado de escravos, organizado no litoral</p><p>da África.</p><p>Nos latifúndios, além do plantio de cana-de-açúcar,</p><p>havia áreas destinadas à produção de gêneros</p><p>agrícolas de subsistência e à criação de animais.</p><p>A SOCIEDADE COLONIAL DO NORDESTE</p><p>BRASILEIRO</p><p>Nos latifúndios produtores de cana-de-açúcar do</p><p>Nordeste, predomina o mando do senhor de terras</p><p>e de escravos. Esse colono, de origem portuguesa,</p><p>possuía direito de vida e de morte sobre todos os</p><p>habitantes das grandes unidades produtoras. No</p><p>local onde residia o senhor e a familiar conhecido</p><p>como casa-grande – havia grande preocupação em</p><p>reproduzir os hábitos europeus.</p><p>Além do mando absoluto no interior da</p><p>propriedade, os senhores também detinham poder</p><p>na sociedade colonial, pois eram os membros da</p><p>aristocracia que controlavam as câmaras</p><p>municipais. Os latifundiários tinham, portanto,</p><p>autoridade para criar leis, cobrar impostos e impor</p><p>o modelo de educação ministrado nas vilas.</p><p>De outro lado, havia a multidão de negros, que,</p><p>vivendo amontoados nas senzalas, geravam com o</p><p>esforço do trabalho a riqueza exportada. Para</p><p>manter a segurança e a prosperidade dos ricos</p><p>proprietários, formavam-se pequenos grupos de</p><p>trabalhadores livres, como o feitor (cuja função era</p><p>garantir o máximo de produção dos escravos,</p><p>condenando-os, com frequência, a castigos</p><p>físicos), os capitães-do-mato (especializados na</p><p>captura de escravos foragidos) e os mestres-de-</p><p>açúcar (que zelavam pela eficiência das máquinas</p><p>que transformavam a cana-de-açúcar em melaço).</p><p>Entre os homens livres, havia os arrendatários de</p><p>terras. Sem condição financeira para assumir um</p><p>negócio próprio, esses homens arrendavam áreas</p><p>dos grandes latifundiários para produzir cana-de-</p><p>açúcar. Depois de colhida a safra, usavam o</p><p>engenho do senhor das terras e ficavam com a</p><p>metade da produção de melaço.</p><p>A postura autoritária dos senhores era a expressão</p><p>direta do patriarcalismo que caracterizou a</p><p>sociedade colonial. Nesse modelo, a mulher</p><p>sempre foi apresentada em posição de obediência,</p><p>confinamento e subordinação, que em muitas</p><p>situações chegavam à humilhação. O mando era</p><p>todo do senhor e, em sua ausência, do filho mais</p><p>velho.</p><p>A ESCRAVIDÃO NEGRA AFRICANA</p><p>A montagem da empresa açucareira no Nordeste</p><p>brasileiro foi uma tarefa de grandes proporções e</p><p>cheia de obstáculos. Uma das maiores dificuldades</p><p>para tornar viável esse empreendimento esteve na</p><p>54</p><p>escolha do tipo de mão-de-obra utilizada. A</p><p>primeira opção portuguesa foi a escravização de</p><p>indígenas, que, apesar de dispersos pelo território</p><p>colonial, constituíam uma população numerosa.</p><p>Na metade do século XVI, no entanto, optou-se</p><p>definitivamente pela mão-de-obra africana.</p><p>Durante muito tempo, a decisão da Coroa</p><p>portuguesa foi mal interpretada por muitos</p><p>estudiosos no Brasil; alguns chegaram a afirmar</p><p>que a opção portuguesa se deveu à resistência das</p><p>comunidades nativas ao regime da escravidão, o</p><p>que poderia sugerir que a opção pelo negro ocorreu</p><p>em razão da passividade dos africanos tem relação</p><p>à escravidão. A verdade, porém, é que os negros,</p><p>igualmente aos índios, reagiram violentamente à</p><p>escravidão.</p><p>Outra visão apresentada em alguns estudos, já</p><p>superada por novas interpretações, alegava que os</p><p>negros eram mais aptos ao trabalho escravo que</p><p>os nativos. Essa afirmação poderia sugerir que, na</p><p>engrenagem do sistema colonial, os negros</p><p>apareciam como uma “peça” que se ajustava</p><p>perfeitamente ao modelo de exploração do</p><p>trabalho. Sejam os negros ou os nativos, ninguém</p><p>escolhia a condição de escravo; todos eram</p><p>submetidos compulsoriamente pelo colonizador. A</p><p>preguiça e a indolência do indígena, também</p><p>utilizadas como justificativa para a opção africana,</p><p>não se confirmam; em suas comunidades, os</p><p>nativos sempre foram muito eficientes nas</p><p>atividades a que se dedicavam.</p><p>A opção pelo africano, então, só pode ser</p><p>entendida como forma de incrementar novo ramo</p><p>do comércio mundial da época: o tráfico</p><p>intercontinental de escravos, que se iniciou no</p><p>século XV, em sequência à expansão marítimo-</p><p>comercial europeia. Nesse sentido, tal opção deve</p><p>ser analisada como uma etapa do desenvolvimento</p><p>do capitalismo, em sua fase comercial, pois a nova</p><p>atividade revelou-se atraente para a burguesia</p><p>europeia (que acumulava o capital obtido no</p><p>negócio) e para os Estados europeus (que</p><p>recebiam impostos provenientes do tráfico).</p><p>A opção pelo trabalho escravo negro não encontrou</p><p>resistência por parte da Igreja católica, que era a</p><p>grande força ideológica da sociedade portuguesa e</p><p>do sistema colonial. Os padres que vieram para o</p><p>Brasil procuraram proteger os índios, sob a</p><p>alegação de que era preciso salvar suas almas,</p><p>convertendo-os ao cristianismo; em alguns</p><p>momentos, chegaram a entrar em atrito com os</p><p>colonos, que obrigavam os nativos ao regime de</p><p>escravidão. No entanto, os representantes da</p><p>Igreja católica não reconheciam nos negros a</p><p>existência de alma; para a Igreja, o negro era</p><p>“desalmado”. Assim, a conjunção de interesses do</p><p>Estado metropolitano e da burguesia no incentivo</p><p>ao tráfico negreiro ganhou o apoio das lideranças</p><p>católicas.</p><p>A captura dos negros, em pleno território africano,</p><p>era feita pelas expedições portuguesas, que se</p><p>especializaram em prender tribos inteiras e,</p><p>posteriormente, vendê-las nos mercados</p><p>litorâneos. Há registros, também, de que conflitos</p><p>entre tribos rivais, na África, levaram os vencedores</p><p>a escravizar os vencidos, trocados por mercadorias</p><p>(como aguardente e tabaco).</p><p>A RESISTÊNCIA NEGRA</p><p>O trabalho dos escravos, na lavoura de cana-de-</p><p>açúcar, ocorria em condições desumanas.</p><p>Obrigados a trabalhar de forma incessante, por</p><p>longas horas, os escravos que resistiam às</p><p>condições degradantes eram castigados, presos</p><p>ao tronco e chicoteados.</p><p>Enquanto os que resistiam eram rotulados de</p><p>traiçoeiros, os que se negavam a trabalhar eram</p><p>chamados preguiçosos. Assim, durante o período</p><p>colonial, os negros eram vítimas de preconceitos</p><p>criados pela imaginação do homem branco</p><p>colonizador e explorador de seu trabalho. Nesse</p><p>cenário de crueldade, não faltaram casos de</p><p>abusos sexuais.</p><p>A fuga de escravos para o interior cio território</p><p>colonial era frequente. O sonho de liberdade e o</p><p>desejo de desvincular-se da condição de escravo</p><p>levaram os negros a abandonar os latifúndios, em</p><p>grupos ou individualmente. Muitos que conseguiam</p><p>esse feito juntavam-se em comunidades distantes</p><p>da zona canavieira, em locais estrategicamente</p><p>seguros, onde iniciavam uma nova vida.</p><p>Dessa forma, nasceram os quilombos -</p><p>comunidades que foram a maior e mais expressiva</p><p>forma de resistência dos africanos. O Quilombo dos</p><p>Palmares foi um dos Principais.</p><p>UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS</p><p>Um dos episódios mais importantes da Idade,</p><p>Moderna foi a União Ibérica, que modificou a</p><p>história de muitas regiões do mundo europeu do</p><p>final do século XVI.</p><p>No Brasil, entre outras consequências, o episódio</p><p>desencadeou agressões estrangeiras (por parte de</p><p>franceses, ingleses e, principalmente, holandeses).</p><p>Além disso, possibilitou que colonos portugueses</p><p>ocupassem áreas espanholas, alargando os limites</p><p>territoriais do Brasil para além dos determinados</p><p>pelo Tratado de Tordesilhas.</p><p>União Ibérica (1580-1640)</p><p>Na batalha de Alcácer Quibir (1578), durante a luta</p><p>travada contra os árabes (mouros) no norte da</p><p>África, perdeu a vida o rei de Portugal, d.</p><p>Sebastião. Sua morte gerou grave crise sucessória,</p><p>pois o rei não tinha herdeiro direto que ocupasse o</p><p>trono. Seu tio, o cardeal d. Henrique, que também</p><p>não possuía descendentes, faleceu em 1580.</p><p>Extinguia-se, dessa maneira, a dinastia de Avis, no</p><p>55</p><p>trono de Portugal desde o final da Revolução de</p><p>Avis, em 1383.</p><p>Um dos pretendentes à Coroa de Portugal foi o rei</p><p>da Espanha, Filipe II. Neto de d. Manuel (chamado</p><p>“o Venturoso”, monarca luso à época do</p><p>descobrimento do Brasil), Filipe II atribuiu-se o</p><p>direito de reivindicar o trono vago. O monarca</p><p>espanhol contava com o apoio da nobreza e da</p><p>burguesia lusitanas, interessadas nos ricos</p><p>domínios coloniais espanhóis na América.</p><p>Em 1580, Portugal passou para o domínio</p><p>espanhol, depois que Filipe II ordenou a invasão de</p><p>Portugal e assumiu o trono português. Estava</p><p>selada a união das Coroas de Portugal e Espanha,</p><p>fato que se chamou União Ibérica (ou União</p><p>Peninsular).</p><p>Durante a vigência da União Ibérica, as principais</p><p>decisões referentes a Portugal – e,</p><p>consequentemente, ao Brasil – estiveram sob o</p><p>mando direto do trono espanhol. A expressão</p><p>“União Ibérica” revelou-se adequada, pois,</p><p>aparentemente, Portugal manteve certa soberania,</p><p>como a manutenção do monopólio da economia</p><p>colonial pelos comerciantes lusos. De fato, pela</p><p>declaração de direitos chamada Juramento de</p><p>Tomar (1581), o rei espanhol assegurou ao povo</p><p>de Portugal que o país não seria tratado como</p><p>nação dominada, mas como uma extensão da</p><p>Espanha, o que incluía não substituir as</p><p>autoridades lusas nem em Portugal nem no Brasil.</p><p>Durante os sessenta anos de duração, a União</p><p>Ibérica foi governada por Filipe II (1580-1598),</p><p>Filipe III (1598-1621) e Filipe IV (1621-1640).</p><p>Com a economia esgotada pelas agressões</p><p>sofridas na época do domínio espanhol, as elites</p><p>lusitanas organizaram um movimento pela</p><p>restauração da Coroa portuguesa, sob a liderança</p><p>do duque de Bragança,</p><p>d. João. Em 1640, o líder</p><p>do movimento de restauração foi coroado rei de</p><p>Portugal com o título de d. João IV, iniciando-se a</p><p>dinastia de Bragança.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. (ENEM) Texto I</p><p>Documentos do século XVI algumas vezes se</p><p>referem aos habitantes indígenas como “os brasis”,</p><p>ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século</p><p>XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas</p><p>as referências ao status econômico e jurídico</p><p>desses eram muito mais populares. Assim, os</p><p>termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados</p><p>com mais frequência do que qualquer outro.</p><p>SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de</p><p>um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).</p><p>São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).</p><p>Texto II</p><p>Índio é um conceito construído no processo de</p><p>conquista da América pelos europeus.</p><p>Desinteressados pela diversidade cultural,</p><p>imbuídos de forte preconceito para com o outro, o</p><p>indivíduo de outras culturas, espanhóis,</p><p>portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram</p><p>por denominar da mesma forma povos tão díspares</p><p>quanto os tupinambás e os astecas.</p><p>SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.</p><p>Ao comparar os textos, as formas de designação</p><p>dos grupos nativos pelos europeus, durante o</p><p>período analisado, são reveladoras da</p><p>A) concepção idealizada do território, entendido</p><p>como geograficamente indiferenciado.</p><p>B) percepção corrente de uma ancestralidade</p><p>comum às populações ameríndias.</p><p>C) compreensão etnocêntrica acerca das</p><p>populações dos territórios conquistados.</p><p>D) transposição direta das categorias originadas no</p><p>imaginário medieval.</p><p>E) visão utópica configurada a partir de fantasias</p><p>de riqueza.</p><p>Questão 2. TEXTO I</p><p>E pois que em outra cousa nesta parte me não</p><p>posso vingar do demônio, admoesto da parte da</p><p>cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem,</p><p>que deem a esta terra o nome que com tanta</p><p>solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz</p><p>que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar</p><p>de mais devotos do pau-brasil que dela.</p><p>BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII.</p><p>São Paulo: Cia. das Letras, 1993.</p><p>TEXTO II</p><p>E deste modo se hão os povoadores, os quais, por</p><p>mais arraigados que na terra estejam e mais ricos</p><p>que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se</p><p>as fazendas e bens que possuem souberam falar,</p><p>também lhes houveram de ensinar a dizer como os</p><p>papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam</p><p>é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem</p><p>para lá.</p><p>SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida</p><p>privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.</p><p>As críticas desses cronistas ao processo de</p><p>colonização portuguesa na América estavam</p><p>relacionadas à</p><p>A) utilização do trabalho escravo.</p><p>B) implantação de polos urbanos.</p><p>C) devastação de áreas naturais.</p><p>D) ocupação de terras indígenas.</p><p>E) expropriação de riquezas locais.</p><p>Questão 3. A rebelião luso-brasileira em</p><p>Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e</p><p>explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo</p><p>Antônio. Uma das primeiras medidas de João</p><p>Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os</p><p>rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande</p><p>adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com</p><p>esta proclamação heroica.</p><p>VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.</p><p>O desencadeamento dessa revolta na América</p><p>portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)</p><p>A) fraqueza bélica dos protestantes batavos.</p><p>B) comércio transatlântico da África ocidental.</p><p>C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos.</p><p>D) diplomacia internacional dos Estados ibéricos.</p><p>56</p><p>E) interesse econômico dos senhores de engenho.</p><p>Questão 4. (ENEM) Iniciou-se em 1903 a</p><p>introdução de obras de arte com representações de</p><p>bandeirantes no acervo do Museu Paulista,</p><p>mediante a aquisição de uma tela que</p><p>homenageava o sertanista que comandara a</p><p>destruição do Quilombo de Palmares. Essa</p><p>aquisição, viabilizada por verba estadual, foi</p><p>simultânea à emergência de uma interpretação</p><p>histórica que apontava o fenômeno do sertanismo</p><p>paulista como o elo decisivo entre a trajetória</p><p>territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa</p><p>que se consolidaria entre os historiadores ligados</p><p>ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ao</p><p>longo das três primeiras décadas do século XX.</p><p>MARINS, P. c. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a tradição</p><p>da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, tev. 2007.</p><p>A prática governamental descrita no texto, com a</p><p>escolha dos temas das obras, tinha como propósito</p><p>a construção de uma memória que</p><p>A) afirmava a centralidade de um estado na política</p><p>do país.</p><p>B) resgatava a importância da resistência escrava</p><p>na história brasileira.</p><p>C) evidenciava a importância da produção artística</p><p>no contexto regional.</p><p>D) valorizava a saga histórica do povo na afirmação</p><p>de uma memória social.</p><p>E) destacava a presença do indígena no</p><p>desbravamento do território colonial.</p><p>Questão 5. (ENEM) Para os Impérios Coloniais, o</p><p>problema das doenças que atingiam os escravos</p><p>era algo com que cotidianamente deparavam os</p><p>senhores. Em vista disso, uma série de obras</p><p>dedicadas à administração de escravos foi</p><p>publicada com vista a implementar uma moderna</p><p>gestão da mão de obra escravista em convergência</p><p>com O Iluminismo. Nesse contexto, o saber médico</p><p>adquiria um papel extremamente relevante. Este</p><p>era encarado como um instrumento fundamental ao</p><p>desenvolvimento colonial, dada a percepção do</p><p>impacto que as doenças tropicais causavam na</p><p>população branca e nos povos escravizados.</p><p>ABREU, J. L. N. A Colônia enferma e a saúde dos povos: a medicina das “luzes” e as</p><p>informações sobre as enfermidades da América portuguesa. História, Ciências, Saúde -</p><p>Manguinhos, n. 3, jul.-set. 2007 (adaptado).</p><p>De acordo com o texto, a importância da medicina</p><p>se justifica no âmbito dos objetivos</p><p>A) econômicos das elites.</p><p>B) naturalistas dos viajantes.</p><p>C) abolicionistas dos letrados.</p><p>D) tradicionalistas dos nativos.</p><p>E) emancipadores das metrópoles.</p><p>BRASIL REPÚBLICA</p><p>A história da República brasileira teve início no final</p><p>do século XIX, com o golpe político de 1889 da</p><p>Proclamação da República até os dias atuais. A</p><p>difusão dos ideais republicanos remota ao período</p><p>do Brasil, na época da colonização portuguesa,</p><p>como durante os movimentos separatistas da</p><p>Inconfidência Mineira de 1789 e a Conjuração dos</p><p>Alfaiates ou Baiana de 1798. Apesar dos ideais e</p><p>das revoltas buscarem a superação da monarquia,</p><p>apenas no final do século XIX, com o fim do</p><p>escravismo, as elites agrárias do país aceitaram</p><p>organizar o Estado brasileiro nos moldes</p><p>republicanos.</p><p>O fato de a República nascer como uma aceitação</p><p>das elites e ter sido realizada através da espada do</p><p>exército brasileiro conformou um caráter autoritário</p><p>e excludente do Estado brasileiro, garantindo os</p><p>privilégios das classes dominantes e a negação de</p><p>direitos às classes exploradas durante muito</p><p>tempo. A participação do exército na vida política</p><p>nacional foi também uma constante da história</p><p>republicana do país, que pode ser dividida em</p><p>algumas fases.</p><p>https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/guerra-canudos.htm</p><p>A República Velha, ou Primeira República, é o</p><p>primeiro período dessa história, compreendida</p><p>entre a Proclamação da República em 1889 e a</p><p>Revolução de 1930. Inicialmente, ela foi</p><p>caracterizada pela presidência de dois marechais</p><p>do exército, o que lhe garantiu o nome de</p><p>República da Espada. Após esses dois mandatos,</p><p>a elite rural paulista e mineira passaram a deter o</p><p>poder do governo federal, garantindo o poder da</p><p>oligarquia agrária, o que deu fundamento aos</p><p>historiadores para chamarem esse período de</p><p>República Oligárquica.</p><p>https://planetaenem.com/o-</p><p>tenentismo-e-a-coluna-prestes/</p><p>Foi nesse período que o país conheceu uma série</p><p>de revoltas urbanas e rurais decorrente das</p><p>mudanças sociais e políticas pelas quais passaram</p><p>o país. É de se destacar a Guerra de Canudos, de</p><p>1896-1897, e a Revolta da Vacina, de 1904. Foi</p><p>nesse período que o Brasil iniciou sua</p><p>industrialização, alterando a paisagem urbana de</p><p>algumas cidades e criando as condições para a</p><p>formação da classe operária em território nacional.</p><p>https://www.todamateria.com.br/revolucao-de-1930/</p><p>57</p><p>Essas mudanças resultaram em novas pressões</p><p>políticas e sociais, que as oligarquias paulistas e</p><p>mineiras não poderiam mais controlar. A Revolução</p><p>de 1930 foi o ápice desse processo, o que resultou</p><p>no período conhecido como Era Vargas.</p><p>A Revolução de 1930 elevou Getúlio Vargas ao</p><p>poder, permanecendo como presidente até 1945.</p><p>Durante seu Governo Provisório (1930-1934), o</p><p>novo presidente conseguiu contornar os conflitos</p><p>entre as elites nacionais, principalmente com a</p><p>vitória sobre a oligarquia e burguesia industrial</p><p>paulista durante a Revolução Constitucionalista de</p><p>1932.</p><p>A promulgação da Constituição em 1934 e a</p><p>abertura de um processo democrático selaram o</p><p>acordo entre as várias frações da classe dominante</p><p>nacional. Porém, não puderam conter a</p><p>insatisfação dos setores populares. É nesse</p><p>sentido que se pode entender o surgimento do</p><p>Partido Comunista Brasileiro e a tentativa de</p><p>derrubar o governo de Vargas, através do que ficou</p><p>conhecido como Intentona Comunista de 1935.</p><p>https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2020/Fevereiro/dia-da-conquista-do-voto-</p><p>feminino-no-brasil-e-comemorado-nesta-segunda-24-1</p><p>A tentativa do PCB serviu de pretexto para Vargas</p><p>dar um golpe de Estado em 1937, pondo fim ao</p><p>período constitucional e inaugurando o Estado</p><p>Novo. Mesmo contendo as forças do integralismo,</p><p>o Estado Novo marcou mais um período de</p><p>extremo autoritarismo do Estado Brasileiro.</p><p>Uma nova Constituição foi adotada e o Congresso</p><p>foi fechado. Como forma de conter a insatisfação</p><p>popular e conseguir aumentar o poder de consumo</p><p>do mercado interno, Vargas promulgou uma série</p><p>de leis que garantia alguns direitos à classe</p><p>trabalhadora urbana, além de proporcionar um</p><p>nível de renda que impulsionasse o esforço de</p><p>industrialização.</p><p>https://espacodemocratico.org.br/especial-1930/o-estado-novo/</p><p>A industrialização somada a medidas de</p><p>racionalização da administração pública</p><p>caracterizou o esforço de modernizar o Estado</p><p>brasileiro, garantindo as condições de</p><p>fortalecimento tanto da burguesia industrial quando</p><p>da tecnocracia das empresas estatais e da</p><p>administração pública.</p><p>Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945,</p><p>Vargas estava enfraquecido. Um golpe comandado</p><p>pelo general Góes Monteiro o retirou do poder.</p><p>Uma nova Constituição foi adotada em 1946,</p><p>garantindo a realização de eleições diretas para</p><p>presidente da República e para os governos dos</p><p>estados. O Congresso Nacional voltou a funcionar</p><p>e houve alternância no poder.</p><p>Entretanto, foi um período de forte instabilidade</p><p>política. As mudanças sociais decorrentes da</p><p>urbanização e da industrialização projetavam</p><p>novas forças políticas que pretendiam aprofundar o</p><p>processo de modernização da sociedade e do</p><p>Estado brasileiro, o que desagrava as elites</p><p>conservadoras. O período foi marcado por várias</p><p>tentativas de golpe de Estado, levando inclusive ao</p><p>suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.</p><p>http://memorialdademocracia.com.br/card/e-criada-a-petrobras</p><p>https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/01/14/interna_cidadesdf,286</p><p>321/construcao-de-brasilia-enfrentou-muitos-obstaculos-para-ser-concretizada.shtml</p><p>O governo de JK conseguiu imprimir um acelerado</p><p>desenvolvimento industrial em algumas áreas, mas</p><p>não pôde resolver o problema da exclusão social</p><p>na cidade e no campo. Essas medidas de mudança</p><p>social iriam compor a base das propostas do</p><p>Governo de João Goulart. O estado brasileiro</p><p>estava caminhando para resolver demandas há</p><p>muito reprimidas, como a reforma agrária. Frente</p><p>ao perigo que representava aos seus interesses</p><p>econômicos e políticos, as classes dominantes</p><p>mais uma vez orquestraram um golpe de Estado,</p><p>com a deposição pelo exército de João Goulart, em</p><p>1964.</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-04/biblioteca-da-presidencia-trata-</p><p>golpe-de-1964-como-vitoria-da-revolucao</p><p>A Ditadura Militar ficou marcada na história</p><p>brasileira como um período de forte autoritarismo,</p><p>uma vez que houve censura das artes e da cultura</p><p>58</p><p>no país; os cidadãos tiveram os seus direitos e</p><p>liberdades cerceados pelos militares. Houve</p><p>também violação dos direitos humanos, com</p><p>sequestros, tortura e execução de cidadãos</p><p>brasileiros.</p><p>O ponto de partida para a ditadura no Brasil foi o</p><p>golpe de 1964. Esse golpe é chamado pelos</p><p>historiadores de golpe civil-militar, pois contou com</p><p>a participação de grupos de civis – empresários e</p><p>mídia - e de grupos de militares, que articularam</p><p>a derrubada do presidente, João Goulart, e da</p><p>democracia brasileira.</p><p>O golpe de 1964 colocou fim a um período da</p><p>história brasileira que é conhecido como Quarta</p><p>República (1946-1964), considerado como a</p><p>primeira experiência democrática de nosso país</p><p>(embora a democracia desse período tivesse tido</p><p>diversas limitações).</p><p>O golpismo, isto é, a tentativa de tomar o poder a</p><p>todo custo e de maneira ilegal foi uma prática que</p><p>permeou a ação de conservadores no Brasil desse</p><p>período. O grande expoente do conservadorismo</p><p>no Brasil era a União Democrática Nacional (UDN).</p><p>Tentativas de golpe aconteceram anteriormente</p><p>contra Getúlio Vargas e contra Juscelino</p><p>Kubitschek.</p><p>O golpismo ganhou força no Brasil quando João</p><p>Goulart assumiu a presidência, em 1961, depois</p><p>que Jânio Quadros renunciou o cargo. João</p><p>Goulart era um dos grandes nomes do Partido</p><p>Trabalhista Brasileiro, o PTB, e tinha uma forte</p><p>ligação com o sindicalismo e com uma agenda de</p><p>centro-esquerda conhecida como trabalhismo.</p><p>O trabalhismo era um projeto político que surgiu na</p><p>década de 1940 por meio de Getúlio Vargas e</p><p>estabeleceu uma agenda de bem-estar social em</p><p>um regime democrático que possui um forte apelo</p><p>com as classes trabalhadoras. O golpe de 1964 foi</p><p>construído para destruir essa agenda e implantar</p><p>um regime de modernização do Brasil marcado</p><p>pela austeridade sob a tutela do autoritarismo</p><p>militar.</p><p>A posse de João Goulart já foi um grande desafio,</p><p>uma vez que existiam parlamentares da UDN e</p><p>militares que se negavam a permitir que isso viesse</p><p>a ocorrer. Só depois de muita negociação política e</p><p>uma ameaça de guerra civil é que o político gaúcho</p><p>ocupou o cargo. Entretanto, ele assumiu em um</p><p>regime parlamentarista, que reduzia os seus</p><p>poderes políticos.</p><p>Depois do retorno do presidencialismo, João</p><p>Goulart colocou em prática um programa</p><p>conhecido como Reformas de Base, que</p><p>pretendiam fazer reformas estruturais no país. O</p><p>programa naturalmente não era apoiado pelos</p><p>grupos conservadores, que temiam alguns</p><p>projetos, como a reforma agrária.</p><p>Assim, o grande empresariado, a imprensa e os</p><p>militares deram início a uma articulação</p><p>golpista para tirar João Goulart da presidência.</p><p>Esses grupos ainda contaram com o apoio do</p><p>governo norte-americano, interessado em derrubar</p><p>os projetos de esquerda e centro-esquerda que se</p><p>desenvolviam na América Latina.</p><p>Os norte-americanos financiaram ilegalmente a</p><p>candidatura de candidatos conservadores e</p><p>forneceram apoio militar para o golpe de 1964</p><p>(apoio que não foi necessário, porque Jango não</p><p>resistiu ao golpe). Já o grande empresariado, a</p><p>imprensa e os militares procuraram desgastar a</p><p>imagem do governo, e o Instituto de Pesquisa e</p><p>Estudos Sociais (Ipes) foi muito importante para</p><p>que isso acontecesse.</p><p>Depois de muita negociação e pouco avanço nas</p><p>pautas das Reformas de Base, Jango decidiu</p><p>reafirmar</p><p>Sudeste.</p><p>D) Sul.</p><p>E) Centro-Oeste.</p><p>AS MUDANÇAS DO PERFIL DA</p><p>POPULAÇÃO BRASILEIRA</p><p>O Brasil e as fases do crescimento demográfico</p><p>1. Regime tradicional: caracterizada por elevadas</p><p>taxas de natalidade e mortalidade, originando baixo</p><p>crescimento populacional, o Brasil abandonou essa fase</p><p>no início do século XX.</p><p>2. Regime de transição: caracterizada por elevadas</p><p>taxas de natalidade e declínio das taxas de mortalidade,</p><p>gerando elevado crescimento populacional. O Brasil</p><p>atingiu o auge dessa fase na década de 50, quando as</p><p>taxas de crescimento populacional se aproximaram de</p><p>3% ao ano.</p><p>3. Regime moderno: caracterizada por baixas</p><p>taxas de natalidade e de mortalidade, gerando</p><p>baixíssimo crescimento populacional, estagnação</p><p>e até mesmo taxas negativas de crescimento. O</p><p>Brasil só deverá ingressar nessa fase no século</p><p>XXI. Por volta do ano 2050, o Brasil estará</p><p>completando o seu ciclo demográfico.</p><p>A população do Brasil alcançou a marca de 190.755.799</p><p>habitantes na data de referência do Censo Demográfico</p><p>2010 (noite de 31 de julho para 1º de agosto de 2010).</p><p>A série de censos brasileiros mostra que a população</p><p>experimentou sucessivos aumentos em seu</p><p>contingente, tendo crescido quase vinte vezes desde o</p><p>primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872,</p><p>quando tinha 9.930.478 habitantes.</p><p>8</p><p>Taxa de fecundidade chega a 1,86 filho por mulher;</p><p>em 2000 era de 2,38 filhos</p><p>O número médio de filhos tidos nascidos vivos por</p><p>mulher ao final de seu período fértil, no Brasil, foi de 1,86</p><p>filho em 2010, bem inferior ao do Censo 2000, 2,38</p><p>filhos. O declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em</p><p>todas as grandes regiões brasileiras, como mostra a</p><p>tabela ao lado.</p><p>Os maiores declínios foram observados nas regiões</p><p>Nordeste e Norte, que possuíam os mais altos níveis de</p><p>fecundidade, em 2000. Entre as unidades da federação,</p><p>a mais baixa taxa de fecundidade pertence ao Rio de</p><p>Janeiro (1,62 filho por mulher), seguido por São Paulo</p><p>(1,63) e Distrito Federal (1,69). A mais alta foi a do Acre</p><p>(2,77 filhos por mulher).</p><p>O padrão de fecundidade das mulheres brasileiras</p><p>também sofreu alterações entre 2000 e 2010. A</p><p>tendência observada até então era de</p><p>rejuvenescimento, isto é, uma maior concentração dos</p><p>níveis de fecundidade nas idades mais jovens. Em 2010,</p><p>ocorre uma mudança, e os grupos de 15 a 19 anos e de</p><p>20 a 24 anos de idade, que concentravam 18,8% e</p><p>29,3% da fecundidade total em 2000, respectivamente,</p><p>passaram a concentrar 17,7% e 27,0% em 2010. Para</p><p>os grupos de idade acima de 30 anos, observa-se um</p><p>aumento de participação, de 27,6% em 2000 para 31,3%</p><p>em 2010.</p><p>Taxa de Natalidade e de Mortalidade</p><p>Segundo os dados populacionais brasileiros, poderemos</p><p>verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas</p><p>últimas décadas. Isto ocorre, em função de alguns</p><p>fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais</p><p>eficientes tem reduzido o número de gravidez. A entrada</p><p>da mulher no mercado de trabalho, também contribuiu</p><p>para a diminuição no número de filhos por casal.</p><p>Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em</p><p>média, possuía de 4 a 6 filhos; hoje em dia, um casal</p><p>possui um ou dois filhos, em média.</p><p>A taxa de mortalidade também está caindo em nosso</p><p>país. Com as melhorias na área de medicina, mais</p><p>informações e melhores condições de vida, as pessoas</p><p>vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990 a</p><p>expectativa de vida era de 66 anos, em 2005 foi para</p><p>71,88% (dados do IBGE).</p><p>A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da</p><p>expectativa de vida tem provocado mudanças na</p><p>pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas atrás,</p><p>ela possuía uma base larga e o topo estreito, indicando</p><p>uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela</p><p>apresenta características de equilíbrio. Alguns</p><p>estudiosos afirmam que, mantendo-se estas</p><p>características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá</p><p>mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um</p><p>problema que já é enfrentado por países desenvolvidos,</p><p>principalmente na Europa.</p><p>Taxa de Natalidade</p><p>- Apresentou uma redução a partir de 1960, mais ainda</p><p>continua muito elevada.</p><p>- Semelhante aos países subdesenvolvidos.</p><p>- Causas da redução – o processo de urbanização</p><p>(crescimento da população urbana maior do que a rural)</p><p>e suas implicações:</p><p>⇒ maior acesso a prática de aborto;</p><p>⇒ maior acesso aos meios de anticoncepcionais;</p><p>⇒ maior participação da mulher no mercado de trabalho;</p><p>⇒ maior custo de formação de um indivíduo na cidade;</p><p>⇒ elevação do nível cultural;</p><p>⇒ casamentos tardios.</p><p>Taxa de Mortalidade</p><p>- Houve grande redução, principalmente no período de</p><p>1940/1970.</p><p>- Semelhante a dos países desenvolvidos.</p><p>- Já está mais baixa que a taxa de natalidade.</p><p>Causas da redução:</p><p>⇒ progresso da medicina;</p><p>⇒ evolução da bioquímica;</p><p>⇒ melhorias nas condições médico-hospitalares;</p><p>⇒ melhorias nas condições higiênico-sanitárias.</p><p>Questão 6. Leia a notícia seguinte.</p><p>“A população brasileira chegou em 2008 a 189,6 milhões</p><p>de habitantes, mas cresce em ritmo cada vez menor</p><p>devido à queda nas taxas de fecundidade. Com isso, o</p><p>IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está</p><p>revendo suas estimativas e antecipou a data em que</p><p>prevê que a população começará a cair. Em vez de</p><p>2062, a nova projeção aponta que isso ocorrerá até</p><p>2040. [...] os técnicos do instituto adiantaram que o novo</p><p>http://www.suapesquisa.com/paises/brasil</p><p>9</p><p>teto populacional ficará entre 217 e 220 milhões de</p><p>habitantes ao final da década de 2040.</p><p>A estimativa antiga apontava que a população</p><p>ultrapassaria 260 milhões de pessoas e só depois</p><p>diminuiria, em 2062.” Folha de S. Paulo. Cotidiano, 30</p><p>de agosto de 2008. p. C1.</p><p>Os dados divulgados pela notícia são importantes para</p><p>A) definição de políticas públicas para o país.</p><p>Considerando que a expectativa de vida da população</p><p>brasileira vem aumentando, marque a alternativa</p><p>correta.</p><p>B) A distribuição da população brasileira por idade e</p><p>sexo está mudando mais rapidamente e, em 2040, a</p><p>pirâmide etária que representará graficamente essa</p><p>distribuição terá uma base bem mais larga que o topo.</p><p>C) Proporcionalmente, a população infantil diminuirá e a</p><p>população idosa aumentará mais rápido do que se</p><p>previa. Isso poderá melhorar a distribuição e aplicação</p><p>dos recursos financeiros destinadas à educação básica,</p><p>mas exigirá maiores investimentos em políticas voltadas</p><p>para a saúde e para a previdência social.</p><p>D) O país deve investir mais em programas de controle</p><p>da natalidade para acelerar o aumento proporcional do</p><p>número de idosos da população e, assim, diminuir a</p><p>reprodução social da pobreza e a grande demanda por</p><p>creches e escolas.</p><p>E) As políticas públicas nas próximas décadas deverão</p><p>priorizar a privatização dos serviços de saúde e a</p><p>previdência para evitarem o colapso das finanças do</p><p>país, decorrente do aumento do número de idosos que</p><p>provocará maiores gastos públicos com saúde e</p><p>aposentadoria.</p><p>Questão 7. França pagará 750 euros mensais por</p><p>terceiro filho</p><p>O governo francês irá pagar uma licença de 750 euros</p><p>(cerca de R$ 2.050,00) por mês durante um ano a</p><p>famílias que decidirem ter um terceiro filho, anunciou</p><p>ontem o primeiro ministro do país, Dominique Villepin.</p><p>A medida anunciada pelo governo francês está</p><p>diretamente relacionada</p><p>A) à política anti-imigração (xenófoba) e de purificação</p><p>racial adotada pela França nas últimas décadas.</p><p>B) às elevadas taxas de natalidade verificadas no país e</p><p>em toda a Europa.</p><p>C) à sobrecarga no sistema de previdência social</p><p>francês, em que um número cada vez menor de jovens</p><p>precisa sustentar um número cada vez maior de</p><p>aposentados.</p><p>D) à aproximação do governo francês com as ideias da</p><p>Igreja Católica, que proíbe o uso de métodos</p><p>contraceptivos não naturais.</p><p>E) à ideia imperialista de que o poderio econômico de</p><p>uma nação está diretamente ligado ao tamanho de sua</p><p>população.</p><p>Questão 8. Na Espanha, casais recebem 2500,00</p><p>euros</p><p>publicamente seu compromisso com o</p><p>projeto em um discurso realizado na Central do</p><p>Brasil, em março de 1964. A atitude foi entendida</p><p>como uma guinada à esquerda por parte do</p><p>presidente, e reações conservadoras vieram à</p><p>tona.</p><p>Dias depois do discurso do presidente, grupos</p><p>conservadores realizaram a Marcha da Família</p><p>com Deus pela Liberdade, em São Paulo. A</p><p>agitação militar cresceu e, no dia 31 de março, foi</p><p>iniciado uma rebelião de um grupamento militar que</p><p>ficava em Juiz de Fora, Minas Gerais. Não houve</p><p>reação do governo, e a rebelião contou com a</p><p>adesão de outros grupamentos militares.</p><p>No dia 2 de abril de 1964, os parlamentares</p><p>decidiram pela derrubada de João Goulart, com</p><p>anúncio feito pelo senador Auro de Moura. No dia</p><p>9 de abril, foi anunciado o Ato Institucional nº 1, o</p><p>ato que tomou as primeiras ações autoritárias e, no</p><p>dia 15 de abril, o marechal Humberto Castello</p><p>Branco assumiu a presidência depois de uma</p><p>eleição indireta.</p><p>Ao longo de 21 anos de Ditadura Militar, o Brasil</p><p>passou por cinco governos diferentes, cada qual</p><p>governado por diferentes “presidentes”. Os cinco</p><p>governos desse período foram os seguintes:</p><p>Humberto Castello Branco (1964-67)</p><p>Artur da Costa e Silva (1967-69)</p><p>Emílio Médici (1969-74)</p><p>Ernesto Geisel (1974-79)</p><p>João Figueiredo (1979-85)</p><p>Nenhum deles foi escolhido pelo povo brasileiro,</p><p>porque os militares haviam retirado esse direito dos</p><p>cidadãos. Assim, esses “presidentes” foram eleitos</p><p>pelo comando militar e pelo Colégio Eleitoral.</p><p>Considera-se o fim da ditadura justamente o</p><p>momento em que o candidato dos militares foi</p><p>derrotado em 1985 pelo candidato da oposição.</p><p>Os 21 anos da Ditadura Militar ficaram marcados</p><p>como um dos períodos mais autoritários da</p><p>república no Brasil. Nesse período, os militares</p><p>realizaram a perseguição sistemática de cidadãos</p><p>brasileiros utilizando práticas como: prisões</p><p>arbitrárias; sequestros; tortura; execuções,</p><p>desaparecimento de corpos; cassações de direitos.</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historias/governo-joao-goulart.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/republica-populista.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/republica-populista.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/segundo-governo-vargas.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/juscelino-kubitschek-e-o-desenvolvimento-do-brasil.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/juscelino-kubitschek-e-o-desenvolvimento-do-brasil.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/governo-janio-quadros.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/geografia/reforma-agraria.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/governo-castello-branco.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/governo-costa-silva.htm</p><p>59</p><p>Até atentados à bomba foram realizados pelos</p><p>militares no período.</p><p>Do ponto de vista jurídico, os militares encontraram</p><p>a justificativa para o golpe e os abusos cometidos</p><p>contra cidadãos brasileiros nos atos institucionais.</p><p>Esses atos serviam de suporte jurídico dando as</p><p>permissões que militares necessitavam para seu</p><p>projeto autoritário.</p><p>Entre exemplos de medidas decretadas por esses</p><p>atos, podemos mencionar o AI-2, que decretou a</p><p>realização de eleições indiretas para presidente e</p><p>implantou o bipartidarismo no Brasil, permitindo a</p><p>existência dos seguintes partidos: Aliança</p><p>Renovadora Nacional (Arena): partido dos</p><p>militares; Movimento Democrático Brasil (MDB):</p><p>oposição consentida.</p><p>O principal ato institucional foi o AI-5, anunciado</p><p>em dezembro de 1968, que decretou medidas</p><p>como o fechamento do Congresso e concedeu</p><p>direitos ao presidente para intervir em estados e</p><p>municípios, cassar direitos de cidadãos e demitir</p><p>funcionários públicos. A tortura praticada nos</p><p>quartéis e nas instalações policiais receberam um</p><p>incentivo com a suspensão do habeas corpus.</p><p>A tortura foi uma prática comum dos militares e era</p><p>praticada indiscriminadamente contra cidadãos</p><p>brasileiros. Nem crianças foram poupadas pelos</p><p>militares, e inúmeros casos e relatos foram</p><p>registrados em investigações posteriores, como a</p><p>Comissão Nacional da Verdade. As artes também</p><p>sofreram com a ditadura com artistas de todos os</p><p>tipos sendo censurados pelos militares.</p><p>No campo da economia, a ditadura iniciou cortando</p><p>salários dos trabalhadores por meio de reajustes</p><p>pequenos e impondo uma política de contenção de</p><p>gastos do Estado. Depois foi implantada uma</p><p>política de desenvolvimentismo, que resultou</p><p>no milagre econômico, um grande crescimento</p><p>econômico que aconteceu entre 1969 e 1973.</p><p>O crescimento econômico não contou com</p><p>medidas de distribuição de renda, e a Ditadura</p><p>Militar ficou marcada como um período que aguçou</p><p>as desigualdades sociais que existiam no Brasil.</p><p>Houve endividamento do Estado, e os militares</p><p>foram responsáveis pelo problema</p><p>da hiperinflação que afetou o país na década de</p><p>1980.</p><p>https://www.todamateria.com.br/milagre-economico/</p><p>No final da década de 1970, os militares</p><p>desenvolveram ações de promover</p><p>uma abertura controlada no Brasil. No entanto, não</p><p>era objetivo dos militares o retorno pleno da</p><p>democracia. O que eles planejavam era fazer uma</p><p>abertura controlada em que o poder pudesse</p><p>retornar para as mãos dos civis desde que os</p><p>interesses dos militares fossem atendidos.</p><p>Entretanto, os militares perderam o controle desse</p><p>processo uma vez que havia um desgaste muito</p><p>grande deles no poder, e as demandas da</p><p>população por maior participação política e pelo</p><p>retorno da democracia eram muito grandes. Os</p><p>problemas na economia foram um dos grandes</p><p>fatores que contribuíram para o desgaste dos</p><p>militares.</p><p>A década de 1980 foi o momento em que os</p><p>militares fizeram uma saída negociada. Eles</p><p>entregaram o poder do país aos civis novamente,</p><p>mas garantiram uma série de benefícios de carreira</p><p>e de salários e tiveram medidas para garantir que</p><p>militares que cometeram crimes durante a ditadura</p><p>não fossem investigados e punidos. O decreto</p><p>da anistia, em 1979, é o grande exemplo disso.</p><p>Houve também o retorno do pluripartidarismo e a</p><p>revogação do AI-5. A sociedade brasileira exigia o</p><p>retorno do direito à eleição direta para presidente</p><p>por meio das Diretas Já, mas a emenda foi</p><p>derrotada. Em 1985, o candidato da</p><p>oposição, Tancredo Neves, derrotou o candidato</p><p>dos militares, Paulo Maluf, e a ditadura chegou ao</p><p>fim quando se encerrou o governo de João</p><p>Figueiredo.</p><p>http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/172-diretas-ja-o-povo-volta-as-ruas.html</p><p>A Nova República se iniciou com o governo de José</p><p>Sarney e permanece até os dias atuais, com o</p><p>primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.</p><p>Sarney foi eleito através do voto indireto e durante</p><p>seu governo foi elaborada uma nova Constituição,</p><p>promulgada em 1988, que garantia eleições diretas</p><p>e livres a todos os cargos eletivos. A divisão dos</p><p>poderes foi mantida e uma nova perspectiva</p><p>democrática liberal se abriu no país.</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/constituicao-1988.htm</p><p>O primeiro presidente eleito diretamente, desde</p><p>1960, foi Fernando Collor de Melo, em 1989.</p><p>Porém, os escândalos de corrupção o fizeram</p><p>renunciar em 1992. A partir dessa renúncia,</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/ato-institucional-numero-5-ai-5.htm</p><p>https://escolakids.uol.com.br/historia/tancredo-neves.htm</p><p>60</p><p>marcaram a história política da República os</p><p>mandatos de dois governantes. O primeiro foi</p><p>Fernando Henrique Cardoso que com o Plano Real</p><p>pôde garantir a estabilidade econômica necessária</p><p>aos investimentos estrangeiros. Esses</p><p>investimentos foram possíveis em decorrência das</p><p>privatizações realizadas em setores específicos da</p><p>econômica, como telecomunicações, mineração e</p><p>siderurgia. Por outro lado, tais medidas</p><p>representaram o enxugamento das funções do</p><p>Estado brasileiro, marcando o período do</p><p>neoliberalismo no Brasil.</p><p>https://oglobo.globo.com/politica/collor-fez-convocacao-em-1992-impulsionou-impeachment-</p><p>17399532</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/plano-real.htm</p><p>FHC governou até 2002, quando foi substituído por</p><p>Luiz Inácio Lula da</p><p>Silva. O primeiro presidente de</p><p>origem operária da República buscou caracterizar</p><p>seu governo pela distribuição de renda,</p><p>possibilitada pela estabilidade econômica do</p><p>período anterior. A distribuição de renda ocorreu</p><p>através de políticas como Bolsa Família, que além</p><p>de uma renda mínima, garantiu a obrigatoriedade</p><p>de um nível educacional mínimo à quase toda a</p><p>população em idade escolar, uma uniformização</p><p>federal de procedimentos administrativos e o</p><p>estímulo econômico a regiões extremamente</p><p>pobres do território nacional.</p><p>Questão 6. Na construção da ferrovia Madeira-</p><p>Mamoré, o que dizer dos doentes, eternos</p><p>moribundos a vagar entre delírios febris, doses de</p><p>quinino e corredores da morte? O Hospital da</p><p>Candelária era santuário e túmulo, monumento a</p><p>progresso científico e preâmbulo da escuridão. Foi</p><p>ali, com suas instalações moderníssimas, que</p><p>médicos e sanitaristas dirigiram seu combate aos</p><p>males tropicais. As maiores vítimas, contudo,</p><p>permaneceriam na sombra à margem do palco,</p><p>cobaias sem consolo, credores sem nome de uma</p><p>sociedade que não lhes concedera tempo algum</p><p>para ser decifrada.</p><p>FOOT HARDMAN, F. Trem fantasma: modernidade na selva. São Paulo: Cia. das Letras, 1988</p><p>(adaptado).</p><p>No texto, há uma crítica ao modo de ocupação do</p><p>espaço amazônico pautada na</p><p>A) discrepância entre engenharia ambiental e</p><p>equilíbrio da fauna.</p><p>B) incoerência entre maquinaria estrangeira e</p><p>controle da floresta.</p><p>C) incompatibilidade entre investimento estatal e</p><p>proteção aos nativos.</p><p>D) competição entre farmacologia internacional e</p><p>produtos da fitoterapia.</p><p>E) contradição entre desenvolvimento nacional e</p><p>respeito aos trabalhadores.</p><p>Questão 7. A Revolta da Vacina (1904) mostrou</p><p>claramente o aspecto defensivo, desorganizado,</p><p>fragmentado da ação popular. Não se negava o</p><p>Estado, não se reivindicava participação nas</p><p>decisões políticas; defendiam-se valores e direitos</p><p>considerados acima da intervenção do Estado.</p><p>CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo:</p><p>Cia. das Letras, 1987 (adaptado).</p><p>A mobilização analisada representou um alerta, na</p><p>medida em que a ação popular questionava</p><p>A) a alta de preços.</p><p>B) a política clientelista.</p><p>C) as reformas urbanas.</p><p>D) o arbítrio governamental.</p><p>E) as práticas eleitorais.</p><p>Questão 8. (ENEM) Decreto-Lei n. 1949, de</p><p>27/12/1937</p><p>Art. 1º Fica criado o Departamento de Imprensa e</p><p>Propaganda (DIP), diretamente subordinado ao</p><p>presidente da República.</p><p>Art. 2º O DIP tem por fim:</p><p>I) coordenar e incentivar as relações da imprensa</p><p>com os poderes públicos no sentido de maior</p><p>aproximação da mesma com os fatos que se ligam</p><p>aos interesses nacionais;</p><p>II) autorizar mensalmente a devolução dos</p><p>depósitos efetuados pelas empresas jornalísticas</p><p>para importação de papel para imprensa, uma vez</p><p>demonstrada, a seu juízo, a eficiência e a utilidade</p><p>pública dos jornais ou periódicos por elas</p><p>administrados ou dirigidos.</p><p>BRASIL apud CARONE, E. A Terceira República. (1937-1945). São Paulo: Difel, 1982.</p><p>(adaptado).</p><p>Com base nos trechos do decreto, as finalidades</p><p>do órgão criado permitiram ao governo promover</p><p>o(a)</p><p>A) diversificação da opinião pública.</p><p>B) mercantilização da cultura popular.</p><p>C) controle das organizações sindicais.</p><p>D) cerceamento da liberdade de expressão.</p><p>E) privatização dos meios de comunicação.</p><p>Questão 9. (ENEM) A democracia que eles</p><p>pretendem é a democracia dos privilégios, a</p><p>democracia da intolerância e do ódio. A democracia</p><p>que eles querem é para liquidar com a Petrobras, é</p><p>a democracia dos monopólios, nacionais e</p><p>internacionais, a democracia que pudesse lutar</p><p>contra o povo. Ainda ontem eu afirmava que a</p><p>democracia jamais poderia ser ameaçada pelo</p><p>61</p><p>povo, quando o povo livremente vem para as</p><p>praças – as praças que são do povo. Para as ruas</p><p>– que são do povo.</p><p>Em um momento de radicalização política, a</p><p>retórica no discurso do presidente João Goulart,</p><p>proferido no comício da Central do Brasil, buscava</p><p>justificar a necessidade de</p><p>A) conter a abertura econômica para conseguir a</p><p>adesão das elites.</p><p>B) impedir a ingerência externa para garantir a</p><p>conservação de direitos.</p><p>C) regulamentar os meios de comunicação para</p><p>coibir os partidos de oposição.</p><p>D) aprovar os projetos reformistas para atender a</p><p>mobilização de setores trabalhistas.</p><p>E) incrementar o processo de desestatização para</p><p>diminuir a pressão da opinião pública.</p><p>Questão 10. (Enem) São Paulo, 10 de janeiro de</p><p>1979.</p><p>Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.</p><p>Considerando as instruções dadas por V. S. de que</p><p>sejam negados os passaportes aos senhores</p><p>Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola,</p><p>Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra,</p><p>Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.</p><p>Considerando que, desde que nasci, me identifico</p><p>plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a</p><p>cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o</p><p>sangue destes oito senhores.</p><p>Considerando tudo isto, por imperativo de minha</p><p>consciência, venho por meio desta devolver o</p><p>passaporte que, negado a eles, me foi concedido</p><p>pelos órgãos competentes de seu governo.</p><p>Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. In: HENFIL. Cartas da</p><p>mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).</p><p>No referido contexto histórico, a manifestação do</p><p>cartunista Henfil expressava uma crítica ao(à)</p><p>A) censura moral das produções culturais.</p><p>B) limite do processo de distensão política.</p><p>C) interferência militar de países estrangeiros.</p><p>D) representação social das agremiações</p><p>partidárias.</p><p>E) impedimento de eleição das assembleias</p><p>estaduais.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. Lendo atentamente os Autos da</p><p>devassa da Inconfidência Mineira, o que</p><p>encontramos? Os envolvidos são “filhos de Minas"</p><p>e "naturais de Minas”. A terra era o “País de Minas”,</p><p>percebido como “continente” ou como capitania.</p><p>A identificação exposta no texto destaca uma</p><p>característica do domínio português na América ao</p><p>apontar para a</p><p>A) relevância da atividade intelectual da elite</p><p>colonial.</p><p>B) ineficácia da ação integrativa das ordens</p><p>religiosas.</p><p>C) fragmentação do território submetido ao controle</p><p>metropolitano.</p><p>D) invisibilidade de eventos revolucionários do</p><p>continente europeu.</p><p>E) abrangência do processo de aculturação das</p><p>sociedades nativas.</p><p>Questão 2. A Inglaterra não só os produzia em</p><p>condições técnicas mais avançadas do que o resto</p><p>dos países, como os transportava e distribuía.</p><p>Tinha, pois, necessidades de mercados, e foi por</p><p>isso que se esforçou, naquela etapa de sua</p><p>história, para criá-los e desenvolvê-los. O Tratado</p><p>de Methuen em 1703 estabelecia a compra dos</p><p>tecidos ingleses por parte de Portugal, enquanto a</p><p>Inglaterra se comprometia a adquirir a produção</p><p>vinícola dos lusitanos.</p><p>No contexto político-econômico da época, esse</p><p>tratado teve como consequência para os britânicos</p><p>a</p><p>A) aplicação de práticas liberais.</p><p>B) estagnação de superávit mercantil.</p><p>C) obtenção de privilégios comerciais.</p><p>D) promoção de equidade alfandegária.</p><p>E) equiparação de reservas monetárias.</p><p>Questão 3. (ENEM) O escravo tinha de prover</p><p>diretamente ao senhor e a si próprio no ganho de</p><p>rua. Do ganho dependia inclusive sua chance de</p><p>comprar a liberdade. O próprio ganho vinha muitas</p><p>vezes de fontes ocultas, do batuque, da capoeira,</p><p>da adivinhação. Não eram poucos os escravos que</p><p>viviam de adivinhar, curar feitiço ou fabricar</p><p>amuletos muçulmanos, ocupações lucrativas que</p><p>na Bahia favoreceram muitas alforrias.</p><p>REIS, J. J. Greve negra de 1857 na Bahia. Revista USP, n. 18, 1993 (adaptado).</p><p>Conforme descritas no texto, algumas práticas</p><p>culturais afro-brasileiras atuais surgiram em nossa</p><p>história como estratégias para</p><p>A) denunciar a rigidez da estrutura social.</p><p>B) expor a riqueza da herança africana.</p><p>C) aproveitar as frestas do sistema vigente.</p><p>D) contestar o preconceito da religião dominante.</p><p>E) incorporar a disciplina do trabalho compulsório.</p><p>Questão 4. (ENEM) O alfaiate pardo João de Deus,</p><p>que, na altura em que foi preso, não tinha mais do</p><p>que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os</p><p>brasileiros se fizessem franceses, para viverem em</p><p>igualdade e abundância”.</p><p>MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. In: SILVA (Org.).</p><p>O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.</p><p>O texto faz referência à Conjuração Baiana. No</p><p>contexto da crise do sistema colonial, esse</p><p>movimento se diferenciou dos demais movimentos</p><p>libertários ocorridos no Brasil por</p><p>A) A defender a igualdade econômica, extinguindo</p><p>a propriedade, conforme proposto nos movimentos</p><p>liberais da França napoleônica.</p><p>B) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário</p><p>liberal que moveram os revolucionários ingleses na</p><p>luta contra o absolutismo monárquico.</p><p>62</p><p>C) propor a instalação de um regime nos moldes da</p><p>república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem</p><p>socioeconômica escravista e latifundiária.</p><p>D) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez</p><p>que sofrera influência direta da Revolução</p><p>Francesa, propondo o sistema censitário de</p><p>votação.</p><p>E) defender um governo democrático que</p><p>garantisse a participação política das camadas</p><p>populares, influenciado pelo ideário da Revolução</p><p>Francesa.</p><p>Questão 5. (ENEM) É hoje a nossa festa nacional.</p><p>O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota</p><p>e insignificante de suas aldeolas, congrega-se</p><p>unânime para comemorar o dia que o tirou dentre</p><p>as nações dependentes para colocá-lo entre as</p><p>nações soberanas, e entregou-lhe os seus</p><p>destinos, que até então haviam ficado a cargo de</p><p>um povo estranho.</p><p>Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.</p><p>As festividades em torno da Independência do</p><p>Brasil marcam o nosso calendário desde os anos</p><p>imediatamente posteriores ao 7 de setembro de</p><p>1822. Essa comemoração está diretamente</p><p>relacionada com</p><p>a) a construção e manutenção de símbolos para a</p><p>formação de uma identidade nacional.</p><p>b) o domínio da elite brasileira sobre os principais</p><p>cargos políticos, que se efetivou logo após 1882.</p><p>c) os interesses de senhores de terras que, após a</p><p>Independência, exigiram a abolição da escravidão.</p><p>d) o apoio popular às medidas tomadas pelo</p><p>governo imperial para a expulsão de estrangeiros</p><p>do país.</p><p>e) a consciência da população sobre os seus</p><p>direitos adquiridos posteriormente à transferência</p><p>da Corte para o Rio de Janeiro.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>C c c e a</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>Leitura e interpretação</p><p>O ato de ler é um processo cognitivo que envolve</p><p>decodificação de símbolos para atingir significado</p><p>sendo a compreensão o objetivo central da</p><p>leitura. Ler um texto em língua estrangeira</p><p>apresenta algumas dificuldades quando</p><p>comparados a leitura em língua portuguesa devido</p><p>a presença de palavras que podem ser</p><p>desconhecidas.</p><p>Por isso, ao ler um texto em inglês tente aplicar as</p><p>estratégias/técnicas de leitura: realize leituras</p><p>dinâmicas, identifique palavras conhecidas,</p><p>procure palavras cognatas, observe pistas</p><p>tipográficas (símbolos, imagens, estilos de escrita,</p><p>pontuação etc). Trataremos com mais detalhes</p><p>desse assunto no capítulo seguinte.</p><p>Outro ponto importante para analisar é a</p><p>identificação do gênero textual, reconhecendo que</p><p>todo o texto possui informações básicas que</p><p>auxiliam na compreensão textual.</p><p>1.1 Provas de Inglês no ENEM</p><p>A prova de língua inglesa integra a área de</p><p>linguagens, códigos e suas tecnologias</p><p>contemplando os conteúdos de língua portuguesa</p><p>(gramática e compreensão textual), língua</p><p>estrangeira moderna, literatura, arte, educação</p><p>física e tecnologia de informação e comunicação.</p><p>Quanto a sua estrutura, observa-se o seguinte</p><p>padrão:</p><p>5 questões ´de múltipla escolha</p><p>gêneros textuais variados</p><p>1 texto base para cada questão</p><p>enunciados em língua portuguesa</p><p>níveis de dificuldade diversos</p><p>As provas de língua inglesa têm como foco a leitura</p><p>e compreensão textual, solicitando uma</p><p>compreensão global do contexto. Os</p><p>conhecimentos de vocabulário e de gramática se</p><p>complementam em suporte ao entendimento do</p><p>texto.</p><p>1.2 Dicas Úteis Para Leitura</p><p>Pratique leitura – leia textos em temas e gêneros</p><p>diversos para se familiarizar com diferentes</p><p>vocabulários.</p><p>Verifique títulos, subtítulos, imagens, fontes que</p><p>possam oferecer informações gerais sobre o texto.</p><p>Identifique palavras transparentes/cognatas pois</p><p>estas te ajudarão na compreensão textual</p><p>Ative seu conhecimento prévio sobre o assunto do</p><p>texto estabelecendo relações entre o texto e outros</p><p>textos, o texto e você, o texto e o mundo.</p><p>Organize suas ideias e faça inferências ou</p><p>deduções de acordo com o contexto. Assim você</p><p>poderá estabelecer sentidos para as palavras</p><p>desconhecidas.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. Hunger Games Review: Family Film</p><p>Guide</p><p>Parent Concerns: There is definitely violence in this</p><p>film. The central Hunger Games may not be as</p><p>bloody and brutal as author Suzanne Collins</p><p>describes in the novel, but there’s a visceral</p><p>reaction to seeing the kid-on-kid violence rather</p><p>than conjuring it in your own imagination. The</p><p>tributes kill each other in a host of ways, from spear,</p><p>knife and arrow wounds to hand-to-hand battles</p><p>63</p><p>that leave teens with their heads smashed in or</p><p>necks snapped. The editing is quick and the shots</p><p>never linger on anything overly graphic, but there is</p><p>blood and twenty-two adolescents, aged 12-18, die</p><p>in the annual blood sport pageant. Immature teens,</p><p>even if they’ve read the books, may not be ready to</p><p>handle to the film just yet. A good rule of thumb: if</p><p>they’re not old enough to be reaped into the Hunger</p><p>Games, they’re probably not mature enough to see</p><p>it.</p><p>Fonte: ANGULO-CHEN, S. http://news.moviefone.com.</p><p>Produções literárias e cinematográficas estão,</p><p>muitas vezes, articuladas. No caso do filme Hunger</p><p>Games, a autora da resenha chama a atenção para</p><p>a questão da violência, que é mais</p><p>A) detalhada do que a autora do livro gostaria que</p><p>fosse</p><p>B) brutal do que os pais permitiriam para seus</p><p>filhos.</p><p>C) amena do que os adolescentes imaginavam.</p><p>D) superficial do que o público poderia esperar.</p><p>E) impactante do que a representada no livro</p><p>Questão 2. Englishman in New York</p><p>I don't drink coffee I take tea my dear I like my toast</p><p>done on one side And you can hear it in my accent</p><p>when I talk I'm an Englishman in New York See me</p><p>walking down Fifth Avenue A walking cane here at</p><p>my side I take it everywhere I walk I'm an</p><p>Englishman in New York […] I'm an alien, I'm a legal</p><p>alien I'm an Englishman in New York I'm an alien,</p><p>I'm a legal alien I'm an Englishman in New York</p><p>Modesty, propriety can lead to notoriety You could</p><p>end up as the only one Gentleness, sobriety are</p><p>rare in this society At night a candle's brighter than</p><p>the sun</p><p>Fonte: STING. Nothing Like the Sun. Studio Album. United States:</p><p>A&M Records, 1987 (fragmento).</p><p>Na letra da canção Englishman in New York, a fala</p><p>do eu lírico evidencia uma atitude de</p><p>A) exaltação dos hábitos de um outro povo</p><p>B) dificuldade de adaptação à cultura alheia</p><p>C) valorização da diversidade de costumes</p><p>D) disponibilidade para aprender coisas novas</p><p>E) predisposição a um comportamento solitário</p><p>Questão 3.</p><p>Fonte: http://politicalgraffiti.wordpress.com</p><p>Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar</p><p>comportamentos humanos e assim oportunizam a</p><p>reflexão sobre nossos próprios comportamentos e</p><p>atitudes. Nesse cartum, a linguagem utilizada pelos</p><p>personagens em uma conversa em inglês</p><p>evidencia a</p><p>A) predominância do uso da linguagem informal</p><p>sobre a língua padrão.</p><p>B) dificuldade de reconhecer a existência de</p><p>diferentes usos da linguagem.</p><p>C) aceitação dos regionalismos utilizados por</p><p>pessoas de diferentes lugares</p><p>D) necessidade de estudo da língua inglesa por</p><p>parte dos personagens.</p><p>E) facilidade de compreensão entre falantes com</p><p>sotaques distintos.</p><p>Questão 4. Most people today have a mobile</p><p>phone. In</p><p>fact, many people can't imagine how they</p><p>ever got along without a portable phone. However,</p><p>many people also complain about cell phone users.</p><p>People complain about other people loudly</p><p>discussing personal matters in public places. They</p><p>complain when cell phones ring in movie theaters</p><p>and concert halls. They complain about people</p><p>driving too slow, and not paying attention to where</p><p>they are going because they are talking on a cell</p><p>phone. And they complain about people walking</p><p>around talking to people who aren't there.</p><p>Whenever a new communications technology</p><p>becomes popular, it changes the way society is</p><p>organized. Society has to invent rules for the polite</p><p>way to use the new devices. Our social etiquette,</p><p>our rules of politeness for cell phones, is still</p><p>evolving.</p><p>Disponível em www.indianchild.com. Fonte: www.</p><p>descomplica.com.br. ENEM (Adaptado)</p><p>Aparelhos celulares estão presentes na sociedade</p><p>independentemente de locais, grupos</p><p>socioeconômicos ou faixas etárias. Contudo, de</p><p>acordo com o texto, o uso constante desse</p><p>equipamento em locais públicos tem provocado</p><p>A) desejo pela melhoria dos dispositivos</p><p>B) revolta pela ineficiência de alguns aparelhos</p><p>C) reflexão sobre a dependência da tecnologia</p><p>D) debate sobre a necessidade real do</p><p>equipamento</p><p>E) reclamação pela ausência de regras de usos</p><p>Questão 5. Women in Theatre: Why Do So Few</p><p>Make It to the Top?</p><p>An all-female Julius Caesar (A Shakespeare play)</p><p>has just hit the stage, but it's a rarity in theatre. In a</p><p>special report, Charlotte Higgins asks leading</p><p>figures why women are still underrepresented at</p><p>every level of the business — and what needs to</p><p>change</p><p>HIGGINS, C. Fonte: www.guardian.co.uk.</p><p>O vocábulo “rarity” tem um papel central na</p><p>abordagem do assunto desse texto, que destaca</p><p>A) falta de público feminino na plateia dos teatros.</p><p>http://politicalgraffiti.wordpress.com/</p><p>http://www.indianchild.com/</p><p>64</p><p>B) ausência de roteiros de autoria feminina.</p><p>C) resistência dos diretores a personagens</p><p>femininas</p><p>D) escassez de representação feminina no meio</p><p>teatral</p><p>E) desvalorização da performance feminina no</p><p>palco</p><p>Estratégias de leitura</p><p>Estratégias de leitura são técnicas e habilidades</p><p>que auxiliam a identificar informações chave para</p><p>compreender e interpretar textos a partir de leitura</p><p>não-linear. O uso destas estratégias permite</p><p>encontrar o sentido geral do texto, informações</p><p>específicas e também referências contextuais.</p><p>Dentre as principais estratégias destacam-se:</p><p>técnicas de leitura rápida (Skimming e Scanning),</p><p>inferência e predição (ou suposição), pistas</p><p>tipográficas, palavras cognatas e conhecimento</p><p>prévio.</p><p>Vejamos alguns detalhes sobre cada estratégia:</p><p>Skimming: consiste em ler um texto</p><p>superficialmente, passar os olhos por sobre o texto,</p><p>para obter informações sobre o texto. Leitura</p><p>dinâmica do texto, título, autor, início e fim, em</p><p>busca de informações gerais e ativação do nosso</p><p>conhecimento prévio sobre o assunto.</p><p>Scanning: significa fazer uma varredura do texto,</p><p>procurando detalhes e ideias objetivas. Leitura</p><p>panorâmica de um texto em busca de informações</p><p>específicas. Exemplo: em uma prova, lemos</p><p>primeiro as perguntas e depois procuramos a</p><p>resposta pelo texto, sem lê-lo por completo</p><p>Para diferenciar as duas técnicas, utiliza-se</p><p>skimming para responder perguntas como “qual é</p><p>o assunto do texto” e scanning para responder</p><p>perguntas especificas como “Quem, Quando,</p><p>Onde, etc”.</p><p>Inferência e Predição (suposição): quando você se</p><p>depara com uma palavra desconhecida, você pode</p><p>tentar ADIVINHAR, SUPOR, seu significado</p><p>através do entendimento do contexto, isto é,</p><p>prestando atenção à frase em que essa palavra</p><p>aparece e também observando as orações</p><p>anteriores e posteriores. A inferência também é</p><p>usada para “lermos nas entrelinhas”, ou seja, para</p><p>compreendermos mensagens que não estão</p><p>explicitamente expressas em um texto. Para isso,</p><p>temos de ler as sentenças como um todo, e não</p><p>palavra por palavra.</p><p>Elementos tipográficos: são pistas visuais como</p><p>datas, números, tabelas, gráficas, figuras assim</p><p>como os recursos de escrita (negrito, itálico etc)</p><p>Cognatos: O inglês é considerado uma língua</p><p>‘parcialmente’ latina por muitos linguistas, devido</p><p>ao fato de grande parte de seu léxico (~ 60%) ter</p><p>origem latina. Logo, muitas palavras se parecem</p><p>com o português (cognatos ou transparentes). Em</p><p>especial em textos mais formais ou científicos.</p><p>Conhecimento Prévio: é o conhecimento que você</p><p>já possui sobre o assunto. Por exemplo, se o título</p><p>de um artigo for “Global database views”, e você</p><p>tiver conhecimento sobre database (banco de</p><p>dados), você poderá prever o conteúdo do texto e</p><p>seu vocabulário.</p><p>Veja algumas dicas valiosas para a aplicação das</p><p>estratégias de leitura na resolução dos exames de</p><p>inglês:</p><p>Leia primeiro o enunciado das questões.</p><p>Uma vez que as perguntas são escritas em língua</p><p>portuguesa, você será capaz de identificar</p><p>informações relevantes ao texto base.</p><p>Pratique leituras rápidas</p><p>Use o skimming para identificar o assunto do texto</p><p>e o scanning para localizar alguma informação</p><p>específica.</p><p>Observe pistas tipográficas</p><p>Identifique título, subtítulos, imagens, estilos de</p><p>escrita (como negrito, itálico, sublinhado), palavras</p><p>com letras maiúsculas, abreviaturas, pontuações</p><p>(aspas, exclamações etc).</p><p>Revise o vocabulário</p><p>Procure palavras conhecidas, palavras cognatas</p><p>que auxiliarão na decodificação de sentidos.</p><p>Ative seu conhecimento prévio e estabeleça</p><p>relações entre o conteúdo do texto e seus</p><p>conhecimentos</p><p>Considere o que você conhece a respeito do</p><p>assunto apresentado no texto e de que forma os</p><p>conhecimentos que você possui contribuem para o</p><p>entendimento do texto.</p><p>Verifique o contexto para inferir ou deduzir palavras</p><p>desconhecidas. Ao encontrar informações</p><p>desconhecidas e essenciais para a compreensão</p><p>textual bem como a resolução de questões,</p><p>pratique sua capacidade de adivinhar ou prever</p><p>possíveis informações que possam preencher</p><p>essas ‘lacunas’.</p><p>Questão 6. We are now a nation obsessed with the</p><p>cult of celebrity. Celebrities have replaced the</p><p>classic notion of the hero. But instead of being</p><p>respected for talent, courage or intelligence, it is</p><p>money, style and image the deciding factors in what</p><p>commands respect. Image is everything. Their</p><p>image is painstakingly constructed by a multitude of</p><p>different image consultants to carve out the most</p><p>profitable celebrity they can. Then society is right</p><p>behind them, believing in everything that celebrity</p><p>believes in.(…)</p><p>Celebrities though cannot be blamed for all</p><p>negative aspects of society. In reality society is to</p><p>blame. We are the people who seemed to have lost</p><p>the ability to think for ourselves.</p><p>65</p><p>O texto, que aborda questões referentes ao tema</p><p>do culto à celebridade, tem o objetivo de</p><p>A) destacar os méritos das celebridades.</p><p>B) criticar o consumismo das celebridades.</p><p>C) ressaltar a necessidade de reflexão dos fãs.</p><p>D) culpas as celebridades pela obsessão dos fãs.</p><p>E) valorizar o marketing pessoal das celebridades</p><p>Questão 7. The British (serves 60 million)</p><p>Take some Picts, Celts and Silures</p><p>And let them settle,</p><p>Then overrun them with Roman conquerors</p><p>Remove the Romans after approximately 400</p><p>years.</p><p>Add lots of Norman French to some</p><p>Angles, Saxons, Jutes and Vikings, then stir</p><p>vigorously. [...]</p><p>Sprinkle some fresh Indians, Malaysians, Bosnians,</p><p>Iraqis and Bangladeshis together with some</p><p>Afghans, Spanish, Turkish, Kurdish, Japane</p><p>And Palestinians</p><p>Then, add to the melting pot.</p><p>Leave the ingredients to simmer.</p><p>As they mix and blend, allow their languages to</p><p>flourish</p><p>Binding them together with English.</p><p>Allow time to be cool.</p><p>Add some unity, understanding, and respect for the</p><p>future.</p><p>Serve with justice</p><p>And enjoy.</p><p>Note: All the ingredients are equally important.</p><p>Treating one ingredient better than another will</p><p>leave a bitter unpleasant taste.</p><p>Warning: An unequal spread of justice will damage</p><p>the people and</p><p>cause pain. Give justice and</p><p>equality to all.</p><p>Fonte: www.benjaminzepharia.com</p><p>Ao descrever o processo de formação da</p><p>Inglaterra, o autor do poema recorre a</p><p>características de outro gênero textual para</p><p>evidenciar</p><p>A) a riqueza da mistura cultural.</p><p>B) um legado de origem geográfica.</p><p>C) um impacto de natureza histórica.</p><p>D) um problema de estratificação social.</p><p>E) a questão da intolerância linguística.</p><p>Questão 8. (Take some Picts, Celts and Silures,</p><p>And let them settle, Then overrun them with Roman</p><p>conquerors... Add lots of Norman French to some</p><p>Angles, Saxons, Jutes and Vikings, then stir</p><p>vigorously. [...] Sprinkle some fresh Indians,</p><p>Malaysians, Bosnians)</p><p>Fonte: http://garfield.com</p><p>A tira, definida como um segmento de história em</p><p>quadrinhos, pode transmitir uma mensagem com</p><p>efeito de humor. A presença desse efeito no</p><p>diálogo entre Jon e Garfield acontece porque</p><p>A) Jon pensa que sua ex-namorada é maluca e que</p><p>Garfield não sabia disso</p><p>B) Jodell é a única namorada maluca que Jon teve,</p><p>e Garfield acha isso estranho</p><p>C) Garfield tem certeza de que a ex-namorada de</p><p>Jon é sensata, o maluco é o amigo</p><p>D) Garfield conhece as ex-namoradas de Jon e</p><p>considera mais de uma como maluca.</p><p>E) Jon caracteriza a ex-namorada como maluca e</p><p>não entende a cara de Garfield</p><p>Questão 9.</p><p>GOAL</p><p>GOAL has worked to improve access to food for</p><p>highly vulnerable and food-insecure households in</p><p>many districts of Zimbabwe. We identify such</p><p>households, supply them with monthly food rations,</p><p>and conduct monthly post-distribution monitoring.</p><p>GOAL works in the same districts, to improve</p><p>access to food for the most vulnerable primary</p><p>school children during the peak hungry months.</p><p>The emphasis is on orphans and vulnerable</p><p>children. GOAL provides short-term food security</p><p>support to other vulnerable households by</p><p>increasing the availability of grain, and by helping</p><p>enhance their ability to meet basic needs.</p><p>Fonte: www.goal.ie.</p><p>Tendo como público-alvo crianças órfãs e em</p><p>situações de vulnerabilidade, a organização não</p><p>governamental GOAL tem atuado no Zimbábue</p><p>para</p><p>A) incentivar a agricultura orgânica.</p><p>B) intermediar processos de adoção</p><p>66</p><p>C) contribuir para a redução da fome</p><p>C) melhorar as condições de habitação</p><p>E) qualificar professores da escola básica</p><p>Questão 10. NYPD 911 OPERATORS</p><p>Opportunities as a Police Communications</p><p>Technician Police Communications Technicians</p><p>(911 Operators/ Radio Dispatchers)</p><p>Starting Salary: $33,162 and can increase to</p><p>$44,899</p><p>Requirements:</p><p>1. Four year high school diploma. 2. New York City</p><p>residency is required within 90 days of appointment.</p><p>3. Must be able to understand and be understood in</p><p>English. 4. Must pass a drug screening.</p><p>APPLICATION FEE: $47.00 - Payable on the day</p><p>of the test.</p><p>Neste anúncio de emprego no Departamento de</p><p>Polícia da cidade de Nova Iorque, um dos</p><p>requisitos para se preencher a vaga é</p><p>A) ser capaz de se comunicar em inglês</p><p>B) pagar a taxa de inscrição antecipadamente</p><p>C) morar em Nova Iorque por 90 dias após o teste</p><p>D) ser experiente na área de combate às drogas</p><p>E) ter diploma de ensino médio há quatro anos</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. Slumdog Millionaire</p><p>Danny Boyle’s “Slumdog Millionaire” hits the ground</p><p>running. This is a breathless, exciting story,</p><p>heartbreaking and exhilarating at the same time,</p><p>about a Mumbai orphan who rises from rags to</p><p>riches on the strength of his lively intelligence. The</p><p>film’s universal appeal presents the real India to</p><p>millions of moviegoers for the first time.</p><p>The real India, supercharged with a plot as reliable</p><p>and eternal as the hills. The film’s surface is so</p><p>dazzling that you hardly realize how traditional it is</p><p>underneath. But it’s the buried structure that pulls</p><p>us through the story like a big engine on a short</p><p>train.</p><p>By the real India, I don’t mean an unblinking</p><p>documentary like Louis Malle’s “Calcutta” or the</p><p>recent “Born Into Brothels.” I mean the real India of</p><p>social levels that seem to be separated by</p><p>centuries. What do people think of when they think</p><p>of India? On the one hand, Mother Teresa, “Salaam</p><p>Bombay!” and the wretched of the earth. On the</p><p>other, the “Masterpiece Theater”-style images of “A</p><p>Passage to India,” “Gandhi” and “The Jewel in the</p><p>Crown.”</p><p>The film uses dazzling cinematography, breathless</p><p>editing, driving music and headlong momentum to</p><p>explode with narrative force, stirring in a romance</p><p>at the same time.</p><p>EBERT, R. Disponível em: http://rogerebert.suntimes.com. Acesso em:</p><p>11 abr. 2011 (adaptado)</p><p>O texto trata do premiado filme indiano “Slumdog</p><p>Millionaire”. Segundo a resenha apresentada, a</p><p>história retrata uma Índia real, uma vez que</p><p>A) retrata sentimentos universais compartilhados</p><p>por algumas culturas.</p><p>B) revela a tradicional separação de classes sociais</p><p>em um cenário inovador.</p><p>C) se assemelha a documentários anteriormente</p><p>produzidos por outros cineastas.</p><p>D) representa o caráter romântico da cultura</p><p>indiana expressa em suas produções.</p><p>E) aproxima a nova cinematografia indiana de</p><p>filmes grandiosos produzidos em outros países.</p><p>Questão 2. Viva la Vida</p><p>I used to rule the world</p><p>Seas would rise when I gave the word</p><p>Now in the morning and I sleep alone</p><p>Sweep the streets I used to own</p><p>I used to roll the dice</p><p>Feel the fear in my enemy’s eyes</p><p>Listen as the crowd would sing</p><p>“Now the old king is dead! Long live the king!”</p><p>One minute I held the key</p><p>Next the walls were closed on me</p><p>And I discovered that my castles stand</p><p>Upon pillars of salt and pillars of sand</p><p>[…]</p><p>Fonte: MARTIN, C. Viva la vida, Coldplay. In: Viva la vida or Death and</p><p>all his friends. Parlophone, 2008</p><p>Letras de músicas abordam temas que, de certa</p><p>forma, podem ser reforçados pela repetição de</p><p>trechos ou palavras. O fragmento da canção Viva</p><p>la vida, por exemplo, permite conhecer o relato de</p><p>alguém que</p><p>A) costumava ter o mundo aos seus pés e, de</p><p>repente, se viu sem nada</p><p>B) almeja o título de rei e, por ele, tem enfrentado</p><p>inúmeros inimigos.</p><p>C) causa pouco temor a seus inimigos, embora</p><p>tenha muito poder.</p><p>D)) limpava as ruas e, com seu esforço, tornou-se</p><p>rei de seu povo.</p><p>E) tinha a chave para todos os castelos nos quais</p><p>desejava morar.</p><p>Questão 3.</p><p>Fonte: www.cartoonstock.com</p><p>Considerando-se o uso difundido do inglês na</p><p>atualidade, o cartum remete à</p><p>67</p><p>A) necessidade de uniformização linguística.</p><p>B) tendência de simplificação de enunciados</p><p>longos.</p><p>C) preservação do emprego de estruturas formais</p><p>da língua.</p><p>D) valorização de um modo de expressão em</p><p>detrimento de outro.</p><p>E) variação na forma de falar para atingir um</p><p>propósito comunicativo</p><p>Questão 4. Two hundred years ago, Jane Austen</p><p>lived in a world where single men boasted vast</p><p>estates; single ladies were expected to speak</p><p>several languages, sing and play the piano. In both</p><p>cases, it was, of course, advantageous if you</p><p>looked good too. So, how much has – or hasn’t –</p><p>changed? Dating apps opaquely outline the</p><p>demands of today’s relationship market; users</p><p>ruminate long and hard over their choice of pictures</p><p>and what they write in their biographies to hook in</p><p>potential lovers, and that’s just your own profile.</p><p>What do you look for in a future partner’s profile –</p><p>potential signifiers of a popular personality, a good</p><p>job, a nice car? These apps are a poignant</p><p>reminder of the ofter classist attitudes we still adopt,</p><p>as well as the financial and aesthetic expectations</p><p>we demand from potential partners.</p><p>Fonte: GALER, S. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 dez.</p><p>2017 (adaptado).</p><p>O texto aborda relações interpessoais com o</p><p>objetivo de</p><p>A) problematizar o papel de gênero em casamentos</p><p>modernos.</p><p>B) apontar a relevância da educação formal na</p><p>escolha de parceiro.</p><p>C) comparar a expectativa de parceiros amorosos</p><p>em épocas distintas.</p><p>D) discutir o uso de aplicativos para proporcionar</p><p>encontros românticos.</p><p>E)) valorizar a importância da aparência física na</p><p>seleção de pretendentes.</p><p>Questão 5.</p><p>Fonte:</p><p>www csuchico edu</p><p>Nesse pôster de divulgação de uma campanha que</p><p>aborda a diversidade e a inclusão, a interação dos</p><p>elementos verbais e não verbais faz referência ao</p><p>ato de</p><p>A) estereotipar povos de certas culturas.</p><p>B) discriminar hábitos de grupos minoritários</p><p>C) banir imigrantes de determinadas origens</p><p>D) julgar padrões de beleza de diversas etnias</p><p>E) desvalorizar costumes de algumas sociedades</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>B A E C A</p><p>LÍNGUA</p><p>PORTUGUESA</p><p>COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE</p><p>TEXTOS</p><p>A compreensão e a interpretação de textos são</p><p>duas ações que estão relacionadas, uma vez que,</p><p>quando se compreende corretamente um texto e</p><p>seu propósito comunicativo chegamos a</p><p>determinadas conclusões (interpretação).</p><p>A compreensão é a decodificação da mensagem,</p><p>ou seja, é a análise das informações que estão</p><p>expostas, explícitas no texto; compreender um</p><p>texto, então, é entender a mensagem que ele está</p><p>transmitindo de maneira objetiva. Assim, a</p><p>compreensão textual envolve a decodificação da</p><p>mensagem, que é realizada pelo leitor.</p><p>Interpretar um texto significa não só compreendê-</p><p>lo, mas também perceber suas nuances, os seus</p><p>detalhes, nem sempre evidentes, explícitos.</p><p>Portanto, enquanto leitores(as) precisamos</p><p>entender o toda a situação que envolve a produção</p><p>desse texto.</p><p>O texto – palavra que vem do latim textu, “tecido” -</p><p>é um conjunto de partes que se articulam e se</p><p>organizam entre si. Para entender o texto, em sua</p><p>totalidade, é preciso estabelecer uma relação entre</p><p>as partes, visto que o todo é a resumo dessas. E,</p><p>para que se tenha acesso à totalidade, é</p><p>necessário o assunto do qual se fala, ou seja, o</p><p>tema do texto.</p><p>CONTEXTO</p><p>O contexto é um dos responsáveis por diversificar,</p><p>isto é, variar o significado das palavras. Quando se</p><p>desconhece uma palavra, através do contexto, é</p><p>possível interpretá-la.</p><p>Por exemplo, a palavra “rede” pode ser usada em,</p><p>pelo menos, dois contextos diferentes; ou seja,</p><p>muda completamente de significado, bastando</p><p>apenas uma alteração da conjuntura, da situação</p><p>(contexto).</p><p>Exemplo 1</p><p>68</p><p>Disponível em:</p><p>https://armazemdetexto.blogspot.com/2021/09/charge-rede-social-</p><p>ivan-cabral-com.htmlExemplo 2</p><p>Disponível em: canaltech.com.br/redes-sociais/qual-foi-a-primeira-</p><p>rede-social-da-historia-205714/</p><p>O CONHECIMENTO DE MUNDO</p><p>Para compreender e interpretar um texto, faz-se</p><p>necessário um conhecimento de mundo, que são</p><p>vivências do leitor. Sem isso, a compreensão do</p><p>texto será incompleta, ou seja parcial, pela metade.</p><p>O IMPLÍCITO</p><p>Implícito é aquilo que se refere ao fato de algo estar</p><p>pressuposto, subentendido, nas entrelinhas. É um</p><p>pouco mais difícil de ser percebido, por não está de</p><p>maneira clara, expressa, ou seja, não está escrito</p><p>no texto, é preciso inferir (deduzir).</p><p>Exemplo</p><p>Após uma</p><p>leitura bem</p><p>atenta de</p><p>todos os</p><p>quadrinhos,</p><p>da tirinha,</p><p>acima, o que</p><p>podemos</p><p>concluir (interpretar)?</p><p>Você percebeu a profundidade da pergunta?</p><p>Portanto, o objetivo da interpretação não é</p><p>simplesmente descrever os fatos, mas acrescentar</p><p>sentido a eles, no caso, o entendimento de que o</p><p>nosso planeta está doente.</p><p>Chegamos a essa conclusão, a partir das</p><p>informações explícitas (expostas) e implícitas - no</p><p>caso, o planeta terra, figuradamente, deitado sobre</p><p>a cama.</p><p>A PROGRESSÃO TEXTUAL</p><p>Já sabemos que um texto é um amontoado de</p><p>partes, mas essas partes precisam estar</p><p>articuladas entre os parágrafos; elas não podem</p><p>ser organizadas de maneira aleatória.</p><p>A progressão lógica do texto se dá por meio daquilo</p><p>que chamamos de marcadores de coesão</p><p>(conjunções, preposições, pronomes relativos etc)</p><p>e coerência (que é uma ligação lógico). Esses</p><p>marcadores estabelecem ritmo, direção e,</p><p>consequentemente, uma progressão textual,</p><p>através das possibilidades dos conectivos de</p><p>contrariar, somar, negar, confirmar, introduzir,</p><p>finalizar etc.</p><p>EXEMPLO DE COESÃO</p><p>Observemos, a seguir, a síntese da rotina de uma</p><p>pessoa. Percebamos, então, que se trata de uma</p><p>sequência de frases soltas, que não se conectam,</p><p>tirando a fluidez do texto:</p><p>⮚ Ele acordou. Ele escovou os dentes. Ele</p><p>tomou banho. Ele foi para a escola. Ele voltou para</p><p>casa.</p><p>Agora, observemos a adição dos termos “em</p><p>seguida”, “na sequência” e “por fim” (elementos</p><p>coesivos). Assim, o texto apresentou melhor fluidez</p><p>e ligação entre as ações de rotina descritas. Pode-</p><p>se dizer, portanto, que há elementos coesivos no</p><p>trecho em questão.</p><p>⮚ Ele acordou. Em seguida, escovou os</p><p>dentes e tomou banho. Na sequência, foi para a</p><p>escola e, por fim, voltou para casa.</p><p>LINGUAGEM, TEXTO E DISCURSO</p><p>O processo de comunicação envolve a linguagem,</p><p>a língua e a fala, três conceitos indissociáveis,</p><p>porém individualmente diferenciáveis entre si.</p><p>A linguagem é um sistema de signos ou símbolos</p><p>usados na transmissão de uma mensagem. É a</p><p>capacidade de comunicação de ideias,</p><p>pensamentos, opiniões, sentimentos, experiências,</p><p>desejos, informações, que elencamos num texto.</p><p>Existem dois tipos de linguagem: linguagem verbal,</p><p>recorrendo a palavras como forma de</p><p>comunicação, e linguagem não verbal, utilizando</p><p>outros meios comunicativos, como gestos, sons,</p><p>imagens.</p><p>DISCURSO</p><p>O discurso é toda situação que envolve a</p><p>comunicação dentro de um determinado contexto e</p><p>diz respeito a quem fala, para quem fala e sobre o</p><p>que se fala.</p><p>DISCURSO DIRETO</p><p>O discurso direto é o registro das palavras</p><p>proferidas por uma personagem. O narrador deve</p><p>expor a fala da personagem através do recurso</p><p>gráfico: travessão ou aspas.</p><p>Alguns verbos, chamados de elocução (aqueles</p><p>que introduzem ou anunciam a fala) são utilizados</p><p>no começo, no meio ou após os discursos, são</p><p>eles: dizer, perguntar, responder, exclamar,</p><p>ordenar, falar, protestar, contestar, alegrar, alegar,</p><p>concordar, etc..</p><p>Exemplo:</p><p>Contexto é uma</p><p>circunstância</p><p>essencial na produção</p><p>de textos. O contexto</p><p>corresponde ao</p><p>conjunto de</p><p>conjunturas, isto é,</p><p>situações (materiais ou</p><p>abstratas) que rodeiam</p><p>um acontecimento ou</p><p>fato.</p><p>69</p><p>- Por que você não vai à reunião? – perguntou</p><p>Cláudia.</p><p>Marcos, surpreso, respondeu:</p><p>- Vou, sim, acompanhar você, ou achou que a</p><p>deixaria ir sozinha?</p><p>DISCURSO INDIRETO</p><p>O discurso indireto é definido como o registro da</p><p>fala da personagem sob influência por parte do</p><p>narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos</p><p>verbais são modificados para que haja</p><p>entendimento quanto à pessoa que fala. Além</p><p>disso, costuma-se citar o nome de quem proferiu a</p><p>fala ou fazer algum tipo de referência. Observe:</p><p>Discurso direto:</p><p>- Eu vou à reunião, se você me acompanhar. –</p><p>disse Cláudia.</p><p>Passando para o Discurso Indireto:</p><p>Cláudia disse que iria à reunião se Marcos a</p><p>acompanhasse.</p><p>DISCURSO INDIRETO LIVRE</p><p>O discurso indireto livre ocorre quando a narrativa</p><p>é interrompida para dar lugar a uma fala da</p><p>personagem, no entanto, sem utilizar o recurso</p><p>gráfico (aspas, travessão) do discurso direto. As</p><p>falas ou pensamentos das personagens surgem,</p><p>durante a narração e, por este motivo, o leitor deve</p><p>estar atento ao que lê.</p><p>Exemplo:</p><p>Renata falava muito baixo, quase cochichando,</p><p>independentemente de onde estava. Não achava</p><p>ético conversar, mesmo que com o som da voz</p><p>moderado, normal para a maioria. Conversar para</p><p>os outros ouvirem? Para que? E todo mundo tem</p><p>que saber o que faço ou o que penso? Alguns</p><p>pensavam que era timidez, mas ela não se</p><p>importava.</p><p>FALA</p><p>A fala é a forma pessoal de expressão de cada</p><p>indivíduo, que possui uma organização própria de</p><p>pensamentos, ideias, opiniões. A fala segue as</p><p>regras gramaticais da língua, mas deixa margem</p><p>para a criatividade e diferenciação na comunicação</p><p>em função de quem fala, uma vez que é</p><p>influenciada pelo contexto, vivências,</p><p>personalidade e conhecimentos linguísticos do</p><p>falante, apresentando diversos níveis, desde o</p><p>mais informal ou coloquial, até o mais formal ou</p><p>culto.</p><p>NÍVEIS DA FALA:</p><p>⮚ Nível formal ou culto;</p><p>⮚ Nível informal, coloquial ou popular;</p><p>⮚ Nível regional;</p><p>⮚ Nível</p><p>vulgar;</p><p>⮚ Nível técnico ou profissional;</p><p>⮚ Nível literário ou artístico.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. De vez em quando, nas redes</p><p>sociais, a gente se pega compartilhando notícias</p><p>falsas, fotos modificadas, boatos de todo tipo. O</p><p>problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda,</p><p>se é uma matéria falsa que não foi criada por</p><p>motivos humorísticos ou literários (sim, considero o</p><p>“jornalismo ficcional” uma interessante forma de</p><p>literatura), mas para prejudicar a imagem de algum</p><p>partido ou de algum político, não importa de que</p><p>posição ou tendência. Inventa-se uma</p><p>arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes</p><p>sociais e aguarda-se o resultado. Nesse caso, a</p><p>multiplicação da notícia falsa (que está sempre</p><p>sujeita a ser denunciada juridicamente como</p><p>injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias</p><p>direções. Antes de curtir, comentar ou compartilhar,</p><p>procuro checar as fontes, ir aos links originais.</p><p>TAVARES, B. Disponível em:</p><p>www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan.</p><p>2015 (adaptado).</p><p>O texto expõe a preocupação de uma leitora de</p><p>notícias on-line de que o compartilhamento de</p><p>conteúdos falsos pode ter como consequência a</p><p>A) displicência natural das pessoas que navegam</p><p>pela internet.</p><p>B) desconstrução das relações entre jornalismo e</p><p>literatura.</p><p>C) impossibilidade de identificação n da origem dos</p><p>textos.</p><p>D) disseminação de ações criminosas na internet.</p><p>E) obtenção de maior popularidade nas redes.</p><p>Questão 2. 10 anos de “hashtag”: a ferramenta que</p><p>mobiliza a internet</p><p>A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em</p><p>2017 seus primeiros 10 anos de uso no</p><p>acompanhamento dos grandes eventos mundiais</p><p>com um efeito de mobilização e expressão de</p><p>emoção e humor. A palavra-chave precedida pelo</p><p>símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo</p><p>Twitter antes de ser incorporada por outras redes</p><p>sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer</p><p>americano especialista em redes sociais. Em 23 de</p><p>agosto de 2007, o usuário intensivo do Twitter</p><p>propôs em um tuíte usar o jogo da velha para</p><p>reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto.</p><p>Ele lançou, então, a primeira “hashtag” #barcamp</p><p>sobre oficinas participativas dedicadas à inovação</p><p>na web. O compartilhamento das palavras-chaves</p><p>— que já são citadas 125 milhões de vezes por dia</p><p>no mundo — já serviu de trampolim para</p><p>mobilizações em massa. Alguns slogans que</p><p>tiveram grande efeito mobilizador foram o</p><p>#BlackLivesMatter (Vidas negras importam), após</p><p>a morte de vários cidadãos americanos negros pela</p><p>polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall</p><p>Street), referente ao movimento que acampou no</p><p>70</p><p>coração de Manhattan para denunciar os abusos</p><p>do capitalismo. AFP.</p><p>Ao descrever a história e os exemplos de utilização</p><p>da hashtag, o texto evidencia que:</p><p>A) a incorporação desse recurso expressivo pela</p><p>sociedade impossibilita a manutenção de seu uso</p><p>original.</p><p>B) a incorporação desse recurso expressivo pela</p><p>sociedade o flexibilizou e o potencializou.</p><p>C) a incorporação pela sociedade caracterizou</p><p>esse recurso expressivo de forma definitiva.</p><p>D) esse recurso expressivo se tornou o principal</p><p>meio de mobilização social pela internet.</p><p>E) esse recurso expressivo preciso</p><p>Questão 3. Vó Clarissa deixou cair os talheres no</p><p>prato, fazendo a porcelana estalar. Joaquim, meu</p><p>primo, continuava com o queixo suspenso, batendo</p><p>com o garfo nos lábios, esperando a resposta.</p><p>Beatriz ecoou a palavra como pergunta, “o que é</p><p>lésbica?”. Eu fiquei muda. Joaquim sabia sobre</p><p>mim e me entregaria para a vó e, mais tarde, para</p><p>toda a família. Senti um calor letal subir pelo meu</p><p>pescoço e me doer atrás das orelhas. Previ a cena:</p><p>vó, a senhora é lésbica? Porque a Joana é. A</p><p>vergonha estava na minha cara e me denunciava</p><p>antes mesmo da delação. Apertei os olhos e contraí</p><p>o peito, esperando o tiro. […] […] Pensei na</p><p>naturalidade com que Taís e eu levávamos a nossa</p><p>história. Pensei na minha insegurança de contar</p><p>isso à minha família, pensei em todos os colegas e</p><p>professores que já sabiam, fechei os olhos e vi a</p><p>boca da minha vó e a boca da tia Carolina se</p><p>tocando, apesar de todos os impedimentos. Eu quis</p><p>saber mais, eu quis saber tudo, mas não consegui</p><p>perguntar. POLESSO, N. B. Vó, a senhora é</p><p>lésbica? Amora. Porto Alegre: Não Editora, 2015</p><p>(fragmento)</p><p>A situação narrada revela uma tensão</p><p>fundamentada na perspectiva do</p><p>A) conflito com os interesses de poder.</p><p>B) silêncio em nome do equilíbrio familiar.</p><p>C) medo instaurado pelas ameaças de punição.</p><p>D) choque imposto pela distância entre as</p><p>gerações.</p><p>E) apego aos protocolos de conduta segundo os</p><p>gêneros.</p><p>Questão 4. Esta vida é uma viagem pena eu estar</p><p>só de passagem.</p><p>(Paulo Leminski, La vie em close. 5a ed. S.Paulo: Brasiliense, 2000,</p><p>p.134)</p><p>No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-</p><p>se</p><p>A) da fugacidade da vida.</p><p>B) demonstra preferir a vida espiritual à terrena.</p><p>C) revolta-se contra o seu destino.</p><p>D) sugere que a vida não tem sentido.</p><p>E) abomina a agitação da vida.</p><p>Questão 5. Essas moças tinham o vezo de afirmar</p><p>o contrário do que desejavam. Notei a</p><p>singularidade quando principiaram a elogiar o meu</p><p>paletó cor de macaco. Examinavam-no sérias,</p><p>achavam o pano e os aviamentos de qualidade</p><p>superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca</p><p>havia reparado em tais vantagens. Mas os gabas</p><p>se prolongaram, trouxeram-me desconfiança.</p><p>Percebi afinal que elas zombavam e não me</p><p>susceptibilizei. Longe disso: achei curiosa aquela</p><p>maneira de falar pelo avesso, diferente das</p><p>grosserias a que me habituara. Em geral me diziam</p><p>com franqueza que a roupa não me assentava no</p><p>corpo, sobrava nos sovacos.</p><p>RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994.</p><p>Por meio de recursos linguísticos, os textos</p><p>mobilizam estratégias para introduzir e retomar</p><p>ideias, promovendo a progressão do tema. No</p><p>fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é</p><p>introduzido pela expressão</p><p>A) "a singularidade".</p><p>B) "tais vantagens".</p><p>C) "os gabos".</p><p>D) "Longe disso".</p><p>E) "Em geral".</p><p>TEORIA E GÊNEROS/ TEXTUAIS LITERÁRIOS</p><p>Os gêneros literários são classificações em grupo</p><p>dos diversos tipos de obras literárias existentes. E</p><p>a teorização em torno da questão dos gêneros</p><p>literários teve início na Antiguidade, com filósofos</p><p>como Platão e Aristóteles. Nessa época, além das</p><p>epopeias, o teatro era bastante valorizado.</p><p>Assim, o texto teatral faz parte do gênero</p><p>dramático e apresenta atos, cenas, rubricas e falas.</p><p>Os gêneros literários são: narrativo (contação de</p><p>histórias), lírico (expressão subjetiva de ideias e</p><p>emoções) e dramático (instruções para a</p><p>encenação teatral). Atualmente, os estudiosos</p><p>optam por classificá-los em: narrativo, dramático e</p><p>lírico, visto que não se prioriza mais o gênero épico.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/generos-</p><p>literarios.htm#Resumo+sobre+os+g%C3%AAneros+liter%C3%A1rios</p><p>As classes de palavras ou classes gramaticais são</p><p>categorias nas quais as palavras são distribuídas</p><p>de acordo com a sua natureza e função gramatical</p><p>no enunciado. Existem dez classes de palavras,</p><p>sendo elas:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/literatura/generos-literarios.htm#Resumo+sobre+os+g%C3%AAneros+liter%C3%A1rios</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/literatura/generos-literarios.htm#Resumo+sobre+os+g%C3%AAneros+liter%C3%A1rios</p><p>71</p><p>Substantivo – Artigo – Adjetivo – Numeral –</p><p>Pronome – Verbo – Advérbio – Preposição –</p><p>Conjunção –Interjeição</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>Figuras de Linguagem, também chamadas</p><p>de figuras de estilo, são recursos estilísticos</p><p>usados para dar maior ênfase à comunicação e</p><p>torná-la mais bonita.</p><p>Dependendo da sua função, elas são classificadas</p><p>em:</p><p>✔ Figuras de palavras ou semânticas: estão</p><p>associadas ao significado das palavras. Exemplos:</p><p>metáfora, comparação, metonímia, catacrese,</p><p>sinestesia e perífrase.</p><p>✔ Figuras de pensamento: trabalham com a</p><p>combinação de ideias e pensamentos. Exemplos:</p><p>hipérbole, eufemismo, ironia, personificação,</p><p>antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.</p><p>✔ Figuras de sintaxe ou construção: interferem na</p><p>estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse,</p><p>zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto,</p><p>anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.</p><p>✔ Figuras de som ou harmonia: estão</p><p>associadas à sonoridade das palavras. Exemplos:</p><p>aliteração, paronomásia, assonância e</p><p>onomatopeia.</p><p>FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS</p><p>As figuras de palavras são usadas para tornar os</p><p>textos mais bonitos ou expressivos através da</p><p>utilização das palavras e dos seus significados.</p><p>METÁFORA</p><p>É UMA COMPARAÇÃO IMPLÍCITA E EM SENTIDO</p><p>FIGURADO, OU SEJA, SEM USAR PALAVRAS QUE</p><p>MARQUEM A COMPARAÇÃO E SEM PODER SER</p><p>ENTENDIDA LITERALMENTE.</p><p>COMPARAÇÃO</p><p>Apresenta, explicitamente, palavras que marcam a</p><p>comparação que está sendo feita: “como”, “tal</p><p>qual”, “feito” etc.</p><p>Veja a diferença nos exemplos a seguir:</p><p>Eu e ele somos unha e carne. (metáfora)</p><p>Eu e ele somos unidos feito unha e carne.</p><p>(comparação)</p><p>Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando</p><p>num deserto inefável" é uma metáfora do amor.</p><p>Disponível</p><p>em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/</p><p>Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e</p><p>a um motor. Neste caso foi utilizado o conectivo</p><p>"como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como</p><p>o motor do carro".</p><p>METONÍMIA</p><p>É a substituição de uma palavra por outra, desde</p><p>que haja algum tipo de associação entre elas.</p><p>Exemplos:</p><p>Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as</p><p>obras de Shakespeare.)</p><p>Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/</p><p>Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado do</p><p>todo (boi).</p><p>CATACRESE</p><p>É o emprego inapropriado de um termo devido à</p><p>falta de conhecimento do seu sentido original.</p><p>Exemplos:</p><p>Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-</p><p>se a bordo de um barco, porém como não existe</p><p>um termo específico para o avião, embarcar é,</p><p>comumente, utilizado.)</p><p>72</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.todamateria.com.br/figuras-de-</p><p>linguagem/</p><p>Perceba que, na charge acima, ocorre a catacrese,</p><p>porque foi usada a expressão "bala perdida" por</p><p>não haver outra mais específica.</p><p>SINESTESIA</p><p>É a associação de dois ou mais dos cinco sentidos</p><p>humanos. É quando ocorre a associação de dois</p><p>ou mais dos cinco sentidos humanos:</p><p>O perfume veludoso das rosas me fazia ouvir sinos.</p><p>(Sentidos: olfato, tato, audição.)"</p><p>Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/</p><p>Antonomásia ou perífrase é a substituição de uma expressão por outra</p><p>que a qualifique."</p><p>Exemplos:</p><p>O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância</p><p>de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma</p><p>distância de 8 quilômetros.)</p><p>Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/</p><p>Na charge acima, foi usada a perífrase, uma vez que "Terra da Garoa"</p><p>é uma forma de identificar a "cidade de São Paulo".</p><p>FIGURAS DE PENSAMENTO:</p><p>HIPÉRBOLE</p><p>A hipérbole consiste no exagero explícito, para</p><p>mais ou para menos, de algo ou de uma situação.</p><p>Exemplos:</p><p>Estou morrendo de fome.</p><p>Tinha umas 300 pessoas naquele ônibus.</p><p>Já repeti isso mais de 700 vezes, Danilo!</p><p>EUFEMISMO</p><p>O eufemismo suaviza uma expressão ou</p><p>palavra que denota algo muito direto ou objetivo.</p><p>Exemplos:</p><p>O tio dele bateu as botas. (“Bater as botas” suaviza</p><p>o termo “morrer)</p><p>Você sempre falta com a verdade. (Para evitar o</p><p>uso da palavra “mentir”, usou-se “faltar com a</p><p>verdade” para suavizar)</p><p>IRONIA</p><p>A ironia é a representação do contrário daquilo que</p><p>se afirma.</p><p>Exemplo:</p><p>https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/</p><p>PERSONIFICAÇÃO</p><p>Também conhecida como prosopopeia, é a</p><p>atribuição de qualidades e sentimentos humanos a</p><p>seres inanimados. Por isso, personificar é dar vida</p><p>a seres que não a têm.</p><p>As flores dançam com o vento.</p><p>Minha casa está com saudade de mim.</p><p>ANTÍTESE</p><p>"A antítese é uma associação de ideias contrárias</p><p>por meio da aproximação de palavras e/ou</p><p>expressões com sentidos opostos e que</p><p>contrastam entre si.</p><p>Exemplos:</p><p>O amor é nada, o respeito é tudo.</p><p>Enquanto o amor for muito, o valor que se dá será</p><p>pouco.</p><p>PARADOXO</p><p>Paradoxo é uma oposição entre termos para</p><p>construir uma ideia. Assim, o paradoxo sugere uma</p><p>proposição aparentemente absurda, a qual é o</p><p>resultado de uma contradição.</p><p>Exemplos:</p><p>Aprendi a confiar desconfiando.</p><p>Quanto mais eu amo, menos tenho amor."</p><p>GRADAÇÃO</p><p>Quando criamos uma sequência de palavras ou</p><p>expressões com o objetivo de provocar ideias de</p><p>progressões ascendentes ou descendentes,</p><p>estamos recorrendo à gradação. Quando a</p><p>progressão é ascendente, a gradação é chamada</p><p>de 'clímax'; quando é descendente, é chamada de</p><p>'anticlímax'.</p><p>Observe o exemplo:</p><p>Ele chorou, gritou, esperneou.</p><p>APÓSTROFE</p><p>É realizada por meio do vocativo, muito utilizada</p><p>em textos poéticos; pela invocação do receptor da</p><p>mensagem, evidenciando a pessoa, o sentimento</p><p>ou o objeto.</p><p>. É a interpelação de pessoas, sentimento ou</p><p>objetos com o intuito enfatizar uma ideia ou</p><p>expressão.</p><p>Observe o exemplo:</p><p>Ó, céus! Ó, vida! Ó, Senhor Deus!"</p><p>73</p><p>Veja mais sobre "O que são figuras de</p><p>pensamento?" em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/o-que-</p><p>e/portugues/o-que-sao-figuras-pensamento.htm</p><p>Figuras de sintaxe ou construção:</p><p>ELIPSE</p><p>É a omissão de um termo que pode ser facilmente</p><p>subentendido através da análise do contexto da</p><p>frase, pois esse termo foi anteriormente enunciado</p><p>ou sugerido na oração. Observe o exemplo de</p><p>elipse na música de Edu Lobo:</p><p>“(...) Onde a minha namorada...</p><p>Vai e diz a ela as minhas penas e que eu peço</p><p>Peço apenas</p><p>Que ela lembre as nossas horas de poesia (...)”.</p><p>ZEUGMA</p><p>É um tipo de elipse em que ocorre a ocultação de</p><p>um termo já mencionado na frase.</p><p>ANÁFORA</p><p>É a repetição de um ou mais termos no início de</p><p>versos ou frases."</p><p>Polissíndeto/Assíndeto: As duas figuras de sintaxe</p><p>possuem funções opostas. Enquanto no</p><p>polissíndeto ocorre a repetição das conjunções</p><p>coordenativas, no assíndeto a característica</p><p>principal é a ausência delas. Observe os exemplos</p><p>de polissíndeto e de assíndeto:</p><p>"Vão chegando as burguesinhas pobres, / e as</p><p>criadas das burguesinhas ricas / e as mulheres do</p><p>povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel</p><p>Bandeira)</p><p>"Não nos movemos, as mãos é que se estenderam</p><p>pouco a pouco, todas quatro, pegando-se,</p><p>apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis)</p><p>ANACOLUTO</p><p>Consiste na quebra da estruturação gramatical da</p><p>frase. Esse é um recurso muito empregado na</p><p>transcrição de diálogos, técnica que procura</p><p>reproduzir na escrita a língua falada. Observe um</p><p>exemplo de anacoluto na frase de Almeida Garrett:</p><p>PLEONASMO</p><p>É a na repetição de um termo já expresso ou até</p><p>mesmo de uma ideia. Sua principal função, quando</p><p>na linguagem literária, é conferir clareza ou ênfase.</p><p>Observe um exemplo de pleonasmo na música de</p><p>Chico Buarque:</p><p>“ Todo dia ela faz tudo sempre igual</p><p>Me sacode às seis horas da manhã</p><p>Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca</p><p>de hortelã (...)”.</p><p>(COTIDIANO – CHICO BUARQUE)</p><p>SILEPSE</p><p>SILEPSE</p><p>É, também, conhecida como concordância</p><p>ideológica, pode ser classificada em três tipos:</p><p>silepse de gênero, número e pessoa.</p><p>Exemplos:</p><p>Silepse de gênero</p><p>São Luís é animada.</p><p>O adjetivo animada concorda com a ideia de</p><p>cidade.</p><p>Silepse de número</p><p>O público chegou cedo para assistir ao show e,</p><p>devido à demora na abertura dos</p><p>portões, começaram a forçar a entrada, o que</p><p>gerou confusão.</p><p>(Observe que “público” é um substantivo singular</p><p>com ideia de plural, por isso, no período seguinte,</p><p>a forma verbal “começaram” está no plural.)</p><p>Silepse de pessoa</p><p>O brasileiro, somos patriotas.</p><p>(Observe que a flexão verbal somos está</p><p>concordando com o pronome nós, que não está</p><p>expresso na oração).</p><p>ANÁFORA E CATÁFORA</p><p>A anáfora trabalha com a retomada de elementos</p><p>apresentados anteriormente na frase ou no texto,</p><p>a catáfora faz o processo de referenciar-se</p><p>elementos que serão apresentados</p><p>posteriormente.</p><p>Exemplos</p><p>CATÁFORA</p><p>Os ingredientes que utilizei no</p><p>bolo foram estes:</p><p>banana, chocolate, farinha, ovo e leite.</p><p>No primeiro exemplo, os ingredientes são</p><p>nomeados e depois retomados pelo pronome</p><p>“esses”. No segundo caso, os ingredientes só são</p><p>nomeados ao final da frase, sendo indicados pelo</p><p>pronome “estes”.</p><p>FIGURAS DE SOM OU HARMONIA:</p><p>ALITERAÇÃO</p><p>É caracterizada pela repetição de consoantes ou</p><p>de sílabas no enunciado, e geralmente ocorrem no</p><p>início das sílabas ou no interior de palavras.</p><p>Exemplo:</p><p>Fiz, faço, feito está!</p><p>PARONOMÁSIA</p><p>É uma figura de linguagem que utiliza palavras</p><p>parônimas no mesmo enunciado de modo a</p><p>produzir um jogo sonoro no discurso.</p><p>ASSONÂNCIA</p><p>Corresponde ao acordo de sons, sendo uma figura</p><p>de linguagem que ocorre por meio.</p><p>Exemplo:</p><p>74</p><p>Vou me embora agora pra casa da Aurora. (Note</p><p>que neste exemplo temos a assonância das vogais</p><p>“o” e “a” e a aliteração do “r”.)</p><p>AGORA, ESTUDO AS IRARAS. ONTEM,</p><p>ESTUDEI OS URUBUS.</p><p>ONOMATOPEIA</p><p>É caracterizada pela inserção dos sons reais, ou</p><p>seja, enfoca na imitação das sonoridades.</p><p>Exemplos:</p><p>O gato fez “miau”.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 6.</p><p>(...) Da garrafa estilhaçada, no ladrilho já sereno</p><p>escorre uma coisa espessa que é leite, sangue...</p><p>não sei. Por entre objetos confusos, mal redimidos</p><p>da noite, duas cores se procuram, suavemente se</p><p>tocam, amorosamente se enlaçam, forman8o um</p><p>terceiro tom a que chamamos aurora.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>No fragmento anterior, Carlos Drummond de</p><p>Andrade constrói, poeticamente, a aurora. O que</p><p>permite visualizar este momento do dia</p><p>corresponde:</p><p>A) a objetos confusos mal redimido da noite.</p><p>B) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno.</p><p>C) à aproximação suave de dois corpos.</p><p>D) ao enlace amoroso de duas cores.</p><p>E) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.</p><p>Questão 7. (Enem/2016) Antiode Poesia, não será</p><p>esse</p><p>o sentido em que</p><p>ainda te escrevo:</p><p>flor! (Te escrevo:</p><p>flor! Não uma</p><p>flor, nem aquela</p><p>flor-Virtude – em disfarçados urinóis).</p><p>Flor é a palavra</p><p>flor; verso inscrito</p><p>no verso, como as</p><p>manhãs no tempo.</p><p>Flor é o salto</p><p>da ave para o voo:</p><p>o saltofora do sono</p><p>quando seu tecido</p><p>se rompe; é uma explosão</p><p>posta a funcionar,</p><p>como uma máquina,</p><p>uma jarra de flores.</p><p>MELO NETO, J. C. Psicologia da composição Rio de Janeiro Nova</p><p>Fronteira, 1997 (fragmento)</p><p>A poesia é marcada pela recriação do objeto por</p><p>meio da linguagem, sem necessariamente explicá-</p><p>lo. Nesse fragmento de João Cabral de Melo Neto,</p><p>poeta da geração de 1945, o sujeito lírico propõe a</p><p>recriação poética de</p><p>A) uma palavra, a partir de imagens com as quais</p><p>ela pode ser comparada, a fim de assumir novos</p><p>significados.</p><p>B) um urinol, em referência às artes visuais ligadas</p><p>às vanguardas do início do século XX.</p><p>C) uma ave, que compõe, com seus movimentos,</p><p>uma imagem historicamente ligada à palavra</p><p>poética.</p><p>D) uma máquina, levando em consideração a</p><p>relevância do discurso técnico-científico pós-</p><p>Revolução Industrial.</p><p>E) um tecido, visto que sua composição depende</p><p>de elementos intrínsecos ao eu lírico.</p><p>Questão 8. (Enem) MOSTRE QUE SUA</p><p>MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE</p><p>COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO:</p><p>12X SEM JUROS.</p><p>Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.</p><p>Ao circularem socialmente, os textos realizam-se</p><p>como práticas de linguagem, assumindo funções</p><p>específicas, formais e de conteúdo. Considerando</p><p>o contexto em que circula o texto publicitário, seu</p><p>objetivo básico é</p><p>A) definir regras de comportamento social</p><p>pautadas no combate ao consumismo exagerado.</p><p>B) influenciar o comportamento do leitor, por meio</p><p>de apelos que visam à adesão ao consumo.</p><p>C) defender a importância do conhecimento de</p><p>informática pela população de baixo poder</p><p>aquisitivo.</p><p>D) facilitar o uso de equipamentos de informática</p><p>pelas classes sociais economicamente</p><p>desfavorecidas.</p><p>E) questionar o fato de o homem ser mais</p><p>inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna.</p><p>Questão 9. (Enem) Câncer 21/06 a 21/07</p><p>O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças</p><p>na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo</p><p>indicará onde você falha – se anda engolindo</p><p>sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou</p><p>guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige</p><p>uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas</p><p>ações, já que precisará de energia para se</p><p>recompor. Há preocupação com a família, e a</p><p>comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se:</p><p>palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso</p><p>ajuda também na vida amorosa, que será testada.</p><p>Melhor conter as expectativas e ter calma,</p><p>avaliando as próprias carências de modo maduro.</p><p>Sentirá vontade de olhar além das questões</p><p>materiais – sua confiança virá da intimidade com os</p><p>assuntos da alma.</p><p>Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.</p><p>O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais,</p><p>seu contexto de uso, sua função específica, seu</p><p>objetivo comunicativo e seu formato mais comum</p><p>relacionam-se com os conhecimentos construídos</p><p>socioculturalmente. A análise dos elementos</p><p>75</p><p>constitutivos desse texto demonstra que sua</p><p>função é:</p><p>A) vender um produto anunciado.</p><p>B) informar sobre astronomia.</p><p>C) ensinar os cuidados com a saúde.</p><p>D) expor a opinião de leitores em um jornal.</p><p>E) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.</p><p>Questão 10. HAMLET observa a Horácio que há</p><p>mais causas no céu e na terra do que sonha a</p><p>nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava</p><p>a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de</p><p>novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido</p><p>na véspera consultar uma cartomante; a diferença</p><p>é que o fazia por outras palavras.</p><p>— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam</p><p>em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o</p><p>motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe</p><p>dissesse o que era. Apenas começou a botar as</p><p>cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma</p><p>pessoa..." Confessei que sim, e então ela</p><p>continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim</p><p>declarou-me que eu tinha medo de que você me</p><p>esquecesse, mas que não era verdade.</p><p>— Errou! interrompeu Camilo, rindo.</p><p>— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como</p><p>eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já lhe</p><p>disse. Não ria de mim, não ria...</p><p>Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério</p><p>e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os seus</p><p>sustos pareciam de criança; em todo o caso,</p><p>quando tivesse algum receio, a melhor cartomante</p><p>era ele mesmo. Depois, repreendeu-a; disse-lhe</p><p>que era imprudente andar por essas casas. Vilela</p><p>podia sabê-lo, e depois.</p><p>— Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa.</p><p>— Onde é a casa?</p><p>— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não</p><p>passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu</p><p>não sou maluca.</p><p>Camilo riu outra vez:</p><p>— Tu crês deveras nessas cousas? perguntou-lhe.</p><p>Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet</p><p>em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa</p><p>misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não</p><p>acreditava, paciência; mas o certo é que a</p><p>cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é</p><p>que ela agora estava tranqüila e satisfeita.</p><p>(A Cartomante, Machado de Assis)</p><p>O conto é um tipo de gênero textual breve, escrito</p><p>em prosa e formado apenas por uma história e um</p><p>conflito. Sobre esse gênero textual, podemos</p><p>afirmar que</p><p>A) é um texto essencialmente descritivo com</p><p>presença de diálogos entre personagens.</p><p>B) é um texto dissertativo e mais curto que o</p><p>romance e a novela, ambos do mesmo tipo textual.</p><p>C) é um texto narrativo e que envolve enredo,</p><p>personagens, tempo e espaço.</p><p>D) é um texto opinativo formado pelos discursos</p><p>direto e indireto.</p><p>E) é um texto expositivo em que um tema é</p><p>apresentado ao público.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. (ENEM/) Eu tenho empresas e sou</p><p>digno do visto para ir a Nova York. O dinheiro que</p><p>chove em Nova York é para pessoas com poder de</p><p>compra. Pessoas que tenham um visto do</p><p>consulado americano. O dinheiro que chove em</p><p>Nova York também é para os nova-iorquinos. São</p><p>milhares de dólares. […] Estou indo para Nova</p><p>York, onde está chovendo dinheiro. Sou um grande</p><p>administrador. Sim, está chovendo dinheiro em</p><p>Nova</p><p>York. Deu no rádio. Vejo que há pedestres</p><p>invadindo a via onde trafega o meu carro vermelho,</p><p>importado da Alemanha. Vejo que há carros</p><p>nacionais trafegando pela via onde trafega o meu</p><p>carro vermelho, importado da Alemanha. Ao chegar</p><p>em Nova York, tomarei providências.</p><p>SANT’ANNA, A. O importado vermelho de Noé. In: MORICONI, I.</p><p>(Org.). Os cem melhores contos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001</p><p>As repetições e as frases curtas constituem</p><p>procedimentos linguísticos importantes para a</p><p>compreensão da temática do texto, pois</p><p>A) expressam a futilidade do discurso de poder e de</p><p>distinção do narrador.</p><p>B) disfarçam a falta de densidade das angústias</p><p>existenciais narradas.</p><p>C) ironizam a valorização da cultura norte-</p><p>americana pelos brasileiros.</p><p>D) explicitam a ganância financeira do capitalismo</p><p>contemporâneo.</p><p>E) criticam os estereótipos sociais das visões de</p><p>mundo elitistas.</p><p>Questão 2. (ENEM)</p><p>Censura moralista</p><p>Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se,</p><p>em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo,</p><p>apontando a precariedade das práticas de leitura,</p><p>lamentando a falta de familiaridade dos jovens com</p><p>livros, reclamando da falta de bibliotecas em tantos</p><p>As repetições e as frases curtas constituem</p><p>procedimentos linguísticos importantes para a</p><p>compreensão da temática do texto, pois em</p><p>livrarias, num nunca acabar de problemas e de</p><p>carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas</p><p>acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja</p><p>exatamente assim, que brasileiros leem, sim, só</p><p>que leem livros que as pesquisas tradicionais não</p><p>levam em conta. E, também de um tempo para cá,</p><p>políticas educacionais têm tomado a peito investir</p><p>em livros e em leitura, também de um tempo para</p><p>cá, políticas educacionais têm tomado a peito</p><p>investir em livros e em leitura.</p><p>LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br.</p><p>Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais</p><p>ou escritos, posicionam-se frente a assuntos que</p><p>76</p><p>geram consenso ou despertam polêmica. No texto,</p><p>a autora</p><p>A) ressalta a importância de os professores</p><p>incentivarem os jovens às práticas de leitura.</p><p>B) critica pesquisas tradicionais que atribuem</p><p>a falta de leitura à precariedade de bibliotecas.</p><p>C) rebate a ideia de que as políticas educacionais</p><p>são eficazes no combate à crise de leitura.</p><p>D) questiona a existência de uma crise de leitura</p><p>com base nos dados de pesquisas acadêmicas.</p><p>E) atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao</p><p>desinteresse dos jovens por livros de qualidade.</p><p>Questão 3. (ENEM) A trajetória de Liesel Meminger</p><p>é contada por uma narradora mórbida,</p><p>surpreendentemente simpática. Ao perceber que a</p><p>pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte</p><p>afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de</p><p>1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe</p><p>comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel</p><p>e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade</p><p>alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por</p><p>dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado</p><p>por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o</p><p>primeiro de uma série que a menina vai surrupiar</p><p>ao longo dos anos. O único vínculo com a família é</p><p>esta obra, que ela ainda não sabe ler. A vida ao</p><p>redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto</p><p>a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica</p><p>celebração do aniversário do Führer pela</p><p>vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência</p><p>humana, dá um tom leve e divertido à narrativa</p><p>deste duro confronto entre a infância perdida e a</p><p>crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto</p><p>– e raro – de crítica e público.</p><p>Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24jun. 2014</p><p>Os gêneros textuais podem ser caracterizados,</p><p>dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse</p><p>fragmento é um(a)</p><p>A) reportagem, pois busca convencer o interlocutor da</p><p>tese defendida ao longo do texto.</p><p>B) resumo, pois promove o contato rápido do leitor</p><p>com uma informação desconhecida.</p><p>C) sinopse, pois sintetiza as informações</p><p>relevantes de uma obra de modo impessoal.</p><p>D) instrução, pois ensina algo por meio de</p><p>explicações sobre uma obra específica.</p><p>E) resenha, pois apresenta uma produção</p><p>intelectual de forma crítica.</p><p>Questão 4. (UEA) Leia o trecho:</p><p>E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo,</p><p>meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo</p><p>chorando seria monótono, tudo rindo cansativo;</p><p>mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1,</p><p>soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do</p><p>mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio</p><p>da vida.</p><p>polca: tipo de dança. 2 sarabanda: tipo de dança.</p><p>(Quincas Borba, 1992. de Machado de Assis:)</p><p>De acordo com o narrador,</p><p>A) os erros do passado não afetam o presente.</p><p>B) a existência é marcada por antagonismos.</p><p>C) a sabedoria está em perseguir a felicidade.</p><p>D) cada instante vivido deve ser festejado.</p><p>E) os momentos felizes são mais raros que os</p><p>tristes.</p><p>Questão 5. (PUC-SP) (...) Da garrafa estilhaçada,</p><p>no ladrilho já sereno escorre uma coisa espessa</p><p>que é leite, sangue... não sei. Por entre objetos</p><p>confusos, mal redimidos da noite, duas cores se</p><p>procuram, suavemente se tocam, amorosamente</p><p>se enlaçam, formando um terceiro tom a que</p><p>chamamos aurora.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>No fragmento anterior, Carlos Drummond de</p><p>Andrade constrói, poeticamente, a aurora. O que</p><p>permite visualizar este momento do dia</p><p>corresponde:</p><p>A) a objetos confusos mal redimido da noite.</p><p>B) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno.</p><p>C) à aproximação suave de dois corpos.</p><p>D) ao enlace amoroso de duas cores.</p><p>E) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>A D E B D</p><p>MATEMÁTICA</p><p>ESTATÍSTICA</p><p>1-ESTATÍSTICA:</p><p>Ramo da Matemática que estudo a organização,</p><p>análise e interpretação de dados, com finalidade de</p><p>demonstrar uma realidade, uma situação ou</p><p>simplesmente um levantamento de dados de uma</p><p>pesquisa.</p><p>2- MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL</p><p>Conceito: Corresponde a medidas que tem por</p><p>objetivo a representação de um conjunto de dados</p><p>por apenas um que melhor lhe represente, ou seja,</p><p>as medidas de tendência central tem o objetivo de</p><p>representar uma sequência de números de forma</p><p>eficiente, para que o público possa ter uma ideia da</p><p>realidade mostrada por aquele conjunto de dados,</p><p>através de um somente.</p><p>Principais medidas de Tendência Central</p><p>- Média Aritmética Simples</p><p>- Média Aritmética Ponderada</p><p>- Mediana</p><p>- Moda</p><p>3-CÁLCULO DAS MEDIDAS DE TENDÊNCIA</p><p>CENTRAL</p><p>I-Média Aritmética Simples: Dados a sequência de</p><p>dados x1, x2, x3, …xn, chamamos de Média</p><p>aritmética M , o valor definido por:</p><p>77</p><p>M=x1, x2, x3, …xnn</p><p>Ou seja, corresponde ao somatório dos dados</p><p>dividido pela quantidade deles.</p><p>Ex: Durante um bimestre Marta realizou 4</p><p>avaliações de Matemática e sua nota bimestral</p><p>será dada pela média aritmética das suas notas no</p><p>bimestre. Observando a tabela abaixo que mostra</p><p>as notas de Marta, vamos calcular a sua nota</p><p>bimestral</p><p>AVALIAÇÕES NOTAS</p><p>NOTA 1 7,5</p><p>NOTA 2 8,5</p><p>NOTA 3 6,0</p><p>NOTA 4 10,0</p><p>Temos então que se média será dada por:</p><p>M=7,5+8,5+6,0+10,04=344=8,5</p><p>Logo Marta terá nota 8,5 de média.</p><p>II-Média Aritmética Ponderada: Dados a sequência</p><p>de dados X1, X2, X3, …Xn, e seus respectivos</p><p>pesos P1, P2, P3, …Pn , denominamos de Média</p><p>Ponderada o número MP , dado pela seguinte</p><p>expressão:</p><p>MP=X1.P1+X2.P2+X3.P3+…+Xn.P2P1+P2+P3+</p><p>…+Pn</p><p>Ex: Marta realiza quatro avaliação durante um</p><p>período na faculdade, sendo que a 1ª avaliação</p><p>tem peso 1 , a 2ª avaliação tem peso 2, a 3ª</p><p>avaliação tem peso 3 e a 4ª avaliação tem peso 4.</p><p>Observe as notas de Marta na disciplina de</p><p>Estatística e vamos calcular a sua média.</p><p>AVALIAÇÕES NOTAS PESO</p><p>1ª AVALIAÇÃO 7,5 1</p><p>2ª AVALIAÇÃO 8,5 2</p><p>3ª AVALIAÇÃO 6,0 3</p><p>4ª AVALIAÇÃO 10,0 4</p><p>MP=7,5x1+8,5x2+6x3+10x41+2+3+4</p><p>MP=7,5+17+18+4010</p><p>MP=82,510=8,25</p><p>III-MEDIANA: Termo central de uma sequência de</p><p>dados que se apresenta em ordem crescente ou</p><p>decrescente.</p><p>1º CASO: Sequência de dados com uma</p><p>quantidade ímpar</p><p>12-12-14-15-16-16-18</p><p>Nesse</p><p>caso gerem um filho ou adotem uma criança,</p><p>além disso, o governo socialista legalizou cerca de</p><p>3 milhões de imigrantes ilegais nos últimos anos,</p><p>estas ações podem ser justificadas pela</p><p>A) pressão popular para cumprir promessas de</p><p>campanha.</p><p>B) participação de mulheres no alto escalão do governo.</p><p>C) estagnação do crescimento econômico no país.</p><p>D) ausência de mulheres em idade reprodutiva.</p><p>E) necessidade de repor mão de obra.</p><p>Questão 9. A dinâmica demográfica está fortemente</p><p>relacionada a mecanismos culturais de regulação. O</p><p>conceito de transição demográfica ajuda na</p><p>compreensão desses mecanismos, pois relaciona as</p><p>taxas de natalidade e mortalidade e o crescimento</p><p>natural com o contexto econômico no qual se</p><p>desenvolve.</p><p>Sobre a transição demográfica, é correto afirmar que:</p><p>A) a segunda fase caracteriza-se pela redução das taxas</p><p>de natalidade e um aumento no crescimento vegetativo,</p><p>obtido pelo aumento da mortalidade.</p><p>B) a terceira fase, ou seja, o período pós-transicional,</p><p>conhecido como regime demográfico moderno, define-</p><p>se por baixas taxas de mortalidade e de natalidade.</p><p>C) a primeira fase, conhecida por regime demográfico</p><p>tradicional, define-se pelas baixas taxas de mortalidade</p><p>e natalidade.</p><p>D) ocorre, no período pré-transicional, uma redução da</p><p>mortalidade e da natalidade e se registra um elevado</p><p>crescimento vegetativo da população.</p><p>E) a segunda fase possui uma alta taxa de mortalidade</p><p>causada por crises periódicas de fome e por grandes</p><p>epidemias e uma taxa de natalidade em ascensão pelo</p><p>não uso de métodos contraceptivos.</p><p>Questão 10. .</p><p>O processo registrado no gráfico gerou a seguinte</p><p>consequência demográfica:</p><p>A) Decréscimo da população absoluta.</p><p>B) Redução do crescimento vegetativo.</p><p>C) Diminuição da proporção de adultos.</p><p>D) Expansão de políticas de controle da natalidade.</p><p>E) Aumento da renovação da população</p><p>economicamente ativa.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. “O projeto de transposição das águas do rio</p><p>São Francisco vem reforçar a infraestrutura hídrica de</p><p>combate à seca no semiárido nordestino. A captação de</p><p>água envolve uma modesta vazão que não representa</p><p>nenhum perigo para o Velho Chico, mas poderá</p><p>beneficiar milhões de pessoas e abrir espaço para a</p><p>dinamização da economia do semiárido”.</p><p>10</p><p>(MAGALHÃES, P.C. A transposição das águas do rio São Francisco. In: Hidrologia. Ciência</p><p>Hoje. 2005. Vol. 37)</p><p>A respeito da geografia do rio São Francisco e sua</p><p>transposição e correto afirmar:</p><p>I. A transposição das águas do rio São Francisco visa</p><p>atender regiões semiáridas dos Estados do Ceará,</p><p>Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.</p><p>II. O rio perdeu suas matas ciliares resultando na</p><p>intermitência de alguns de seus afluentes e no</p><p>assoreamento de seu leito. O projeto de transposição</p><p>das águas do rio São Francisco, no intuito de diminuir o</p><p>problema da seca na região da Caatinga, não é a única</p><p>forma de aproveitamento desse rio para o</p><p>desenvolvimento da região, uma vez que tanto a</p><p>navegação como a hidreletricidade também têm dado a</p><p>sua contribuição.</p><p>III. Na realidade, a seca não é um problema sem</p><p>solução. O que há é o monopólio da terra, que está em</p><p>poder dos latifundiários.</p><p>Está(ão) certa(s):</p><p>A) I, II e III</p><p>B) apenas I</p><p>C) apenas III</p><p>D) apenas II</p><p>E) apenas II e III.</p><p>Questão 2. A falta de água doce no Planeta será,</p><p>possivelmente, um dos mais graves problemas</p><p>deste século. Prevê-se que, nos próximos vinte</p><p>anos, a quantidade de água doce disponível para</p><p>cada habitante será drasticamente reduzida. Por</p><p>meio de seus diferentes usos e consumos, as</p><p>atividades humanas interferem no ciclo da água,</p><p>alterando</p><p>A) a quantidade total, mas não a qualidade da água</p><p>disponível no Planeta.</p><p>B) a qualidade da água e sua quantidade disponível para</p><p>o consumo das populações.</p><p>C) a qualidade da água disponível, apenas no sub-solo</p><p>terrestre.</p><p>D) apenas a disponibilidade de água superficial existente</p><p>nos rios e lagos.</p><p>E) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água</p><p>disponível no Planeta.</p><p>Questão 3. Algumas medidas podem ser propostas com</p><p>relação aos problemas da água:</p><p>I. Represamento de rios e córregos próximo às cidades</p><p>de maior porte.</p><p>II. Controle da ocupação urbana, especialmente em</p><p>torno dos mananciais.</p><p>III. Proibição do despejo de esgoto industrial e doméstico</p><p>sem tratamento nos rios e represas.</p><p>IV. Transferência de volume de água entre bacias</p><p>hidrográficas para atender as cidades que já</p><p>apresentam alto grau de poluição em seus mananciais.</p><p>As duas ações que devem ser tratadas como prioridades</p><p>para a preservação da qualidade dos recursos hídricos</p><p>são:</p><p>A) I e II.</p><p>B) I e IV.</p><p>C) II e III.</p><p>D) II e IV.</p><p>E) III e IV.</p><p>Questão 4. Uma parcela importante da água</p><p>utilizada no Brasil destina-se ao consumo humano.</p><p>Hábitos comuns referentes ao uso da água para o</p><p>consumo humano incluem: tomar banhos</p><p>demorados; deixar as torneiras abertas ao escovar</p><p>os dentes ou ao lavar a louça; usar a mangueira</p><p>para regar o jardim; lavar a casa e o carro.</p><p>A repetição desses hábitos diários pode contribuir para:</p><p>A) o aumento da disponibilidade de água para a região</p><p>onde você mora e do custo da água.</p><p>B) a manutenção da disponibilidade de água para a</p><p>região onde você mora e do custo da água.</p><p>C) a diminuição da disponibilidade de água para a região</p><p>onde você mora e do custo da água.</p><p>D) o aumento da disponibilidade de água para a região</p><p>onde você mora e a diminuição do custo da água.</p><p>E) a diminuição da disponibilidade de água para a região</p><p>onde você mora e o aumento do custo da água.</p><p>Questão 5. Guerra da água é silenciosa, mas já está</p><p>em curso</p><p>A guerra da água é silenciosa, mas é uma realidade:</p><p>conflito em Barcelona causado pelo aumento das tarifas,</p><p>quase guerra na Patagônia chilena por causa da</p><p>construção de enormes represas e da privatização de</p><p>sistemas fluviais inteiros, antagonismos em Barcelona e</p><p>em muitos países africanos pelas tarifas abusivas</p><p>aplicadas pelas multinacionais. A pérola fica por conta</p><p>da Coca-Cola e de suas tentativas de garantir o controle</p><p>em Chiapas, México, das reservas de água mais</p><p>importantes do país. [...].</p><p>Em relação à problemática da água no mundo, que é um</p><p>assunto do presente e não algo a se discutir para o</p><p>futuro, pode-se afirmar que:</p><p>A) a escassez de água é consequência exclusivamente</p><p>de fatores naturais.</p><p>B) a interferência antrópica sobre o meio não pode</p><p>acarretar em problemas como a escassez de água.</p><p>C) a atuação do ser humano sobre o meio ambiente</p><p>pode acarretar a falta de água no planeta.</p><p>D) a escassez de água é consequência exclusivamente</p><p>de fatores antrópicos.</p><p>E) a poluição, com o mau uso dos corpos hídricos, é um</p><p>dos responsáveis pela escassez de água potável no</p><p>mundo.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>A B C C E</p><p>11</p><p>ARTE</p><p>Arte contemporânea no Brasil e no Mundo</p><p>O QUE É ARTE CONTEMPORÂNEA?</p><p>Em um sentido generalista, a arte</p><p>contemporânea se refere a toda produção artística</p><p>da atualidade, como pintura, dança, escultura,</p><p>fotografia e performance. Nesse cenário, esse</p><p>estilo propõe uma releitura do que é arte, por meio</p><p>de novas técnicas e pensamentos. Desse modo,</p><p>desconecta-se dos padrões artísticos anteriores.</p><p>Subjetiva, inovadora e original, essa corrente não</p><p>tem como proposta analisar a obra de maneira</p><p>direta. Pelo contrário, esse estilo valoriza tanto a</p><p>obra como a percepção do artista ao criá-la, a sua</p><p>integração com seu trabalho e o seu processo</p><p>criativo.</p><p>O QUE É ARTE CONTEMPORÂNEA:</p><p>CONTEXTO HISTÓRICO</p><p>Após a Segunda Guerra Mundial, na década de</p><p>1950, o mundo vivenciou um período intenso,</p><p>caracterizado pela globalização, avanço</p><p>tecnológico e pelo desenvolvimento de novas</p><p>mídias.</p><p>De forma simplificada, esse estilo surgiu em um</p><p>período em que o mundo e a cena artística</p><p>transitavam da era industrial (moderna), baseada</p><p>no consumo, para a era da comunicação e da</p><p>digitalidade, caracterizada pela informação e</p><p>diálogo.</p><p>Esse</p><p>caso a sequência apresenta apenas 1 termo</p><p>central, que será a mediana da sequência, perceba</p><p>que o número 15 apresenta 3 termos depois dele e</p><p>3 termos antes dele, portanto o 15 é a mediana da</p><p>sequência</p><p>2º CASO: A sequência de dados com uma</p><p>quantidade par.</p><p>18-20-20-24-25-26-16-18</p><p>Nesse caso a sequência apresenta apenas 2</p><p>termos centrais, então a mediana será determinada</p><p>pela média aritmética dos dois termos centrais,</p><p>vejamos:</p><p>M=24+252</p><p>Portanto a mediana será 24,5.</p><p>IV-MODA: A moda de uma sequência é o termo de</p><p>maior frequência de um conjunto de dados.</p><p>Ex: Seja a sequência:</p><p>18-20-20-18-17-20-19-18-25-20-18-20</p><p>Perceba que o número 20 é o dado que se</p><p>apresenta mais vezes nessa sequência, portanto é</p><p>a Moda da sequência.</p><p>Obs: Um conjunto de dados pode ter duas ou mais</p><p>modas, se números diferentes tiverem a mesma</p><p>frequência.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. (ENEM) Uma pessoa realizou uma</p><p>pesquisa com alguns alunos de uma escola,</p><p>coletando suas idades, e organizou esses dados no</p><p>gráfico.</p><p>Qual é a média das idades, em ano, desses</p><p>alunos?</p><p>A) 9</p><p>B) 12</p><p>C) 18</p><p>D) 19</p><p>E) 27</p><p>Questão 2. (ENEM) O diabetes mellitus é uma</p><p>doença crônica, caracterizada pelo aumento de</p><p>glicose no sangue. O Sistema de Cadastramento e</p><p>Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos</p><p>destina-se ao cadastramento e acompanhamento</p><p>de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes</p><p>mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema</p><p>Único de Saúde. A tabela mostra o número de</p><p>pessoas portadoras de diabetes mellitus tipo 2, a</p><p>forma mais grave da doença, distribuídas pelas</p><p>macrorregiões de saúde de Minas Gerais, em</p><p>2012.</p><p>78</p><p>A mediana do número de portadores de diabetes</p><p>mellitus tipo 2 das macrorregiões de saúde de</p><p>Minas Gerais é</p><p>A) 110,00</p><p>B) 119,00</p><p>C) 128,00</p><p>D) 182,50</p><p>E) 208,23</p><p>Questão 3. (ENEM) Um síndico precisa pintar os</p><p>muros, portões e calçamento de um edifício. Os</p><p>pintores solicitaram três galões de tinta T1 para os</p><p>muros, um galão de tinta T2 para os portões e dois</p><p>galões de tinta T3 para o calçamento. Ele</p><p>pesquisou o preço das tintas em cinco lojas</p><p>diferentes, obtendo os seguintes valores, em real.</p><p>O síndico irá comprar as tintas numa única loja,</p><p>escolhendo aquela em que o valor total da compra</p><p>resulte no menor preço médio por galão.</p><p>Com base nessas informações, a loja escolhida</p><p>será</p><p>A) 1.</p><p>B) 2.</p><p>C) 3.</p><p>D) 4.</p><p>E) 5.</p><p>Questão 4. (ENEM) Num restaurante, a última</p><p>sexta-feira do mês é o Dia da Solidariedade: as</p><p>gorjetas arrecadadas nesse dia serão distribuídas,</p><p>igualmente, entre todos os garçons que estiverem</p><p>trabalhando nessa data. Para um maior controle, o</p><p>administrador do restaurante organiza uma tabela</p><p>das gorjetas arrecadadas por cada garçom; assim,</p><p>ele pode distribuir corretamente os valores a cada</p><p>um deles. O quadro de certo Dia da Solidariedade</p><p>é apresentado a seguir</p><p>Quanto cada garçom recebeu no total das gorjetas</p><p>nesse Dia da Solidariedade?</p><p>A) R$ 16,00</p><p>B)R$ 17,00</p><p>C)R$ 18,00</p><p>D) R$19,00</p><p>E)R$ 20,00</p><p>Questão 5. (ENEM) Uma equipe de especialistas</p><p>do centro de meteorológico de uma cidade mediu a</p><p>temperatura do ambiente, sempre no mesmo</p><p>horário, durante 15 dias intercalados, a partir do</p><p>primeiro dia de um mês. Esse tipo de procedimento</p><p>é frequente, uma vez que os dados coletados</p><p>servem de referência para estudos e verificação de</p><p>tendências climáticas ao longo dos meses e anos.</p><p>As medições ocorridas nesse período estão</p><p>indicadas no quadro:</p><p>Em relação à temperatura, os valores da média,</p><p>mediana e moda são, respectivamente, iguais a:</p><p>A) 17 °C, 17 °C e 13,5 °C.</p><p>B) 17 °C, 18 °C e 13,5 °C.</p><p>C) 17 °C, 13,5 °C e 18 °C.</p><p>D) 17 °C, 18 °C e 21,5 °C.</p><p>E) 17 °C, 13,5 °C e 21,5 °C.</p><p>PORCENTAGEM</p><p>1- DEFINIÇÃO:</p><p>Denominamos de porcentagem uma razão de</p><p>denominador 100, representada por P%, da</p><p>seguinte forma:</p><p>P%=P100</p><p>Desse modo, temos:</p><p>30%=30100=0,30</p><p>70%=70100=0,70</p><p>90%=90100=0,90</p><p>10%=10100=0,10</p><p>3%=3100=0,03</p><p>2-CÁLCULO DE PERCENTUAL</p><p>20% de 400 = 0,20 x 400 =80</p><p>25 % de 500 = 25100x 500=125</p><p>200% de 600 = 2 x 600 = 1200</p><p>15 % de 1200 = 15100x 1200=180</p><p>3- AUMENTO E DESCONTOS:</p><p>O estudo da porcentagem reflete diretamente em</p><p>problemas do nosso cotidiano, pois há muitos</p><p>termos cujos valores são expressos na forma de</p><p>porcentagem, como: inflação, taxa de juros, multas,</p><p>aumentos, descontos, lucros, prejuízos. Vejamos</p><p>algumas situações que envolvem</p><p>conceitos fundamentais da porcentagem.</p><p>Ex: Os funcionários de uma empresa receberão no</p><p>mês de agosto um acréscimo nos seus salário de</p><p>cerca de 10%. Sabendo que os funcionários</p><p>recebem R$ 2.500,00 , qual será o valor dos seus</p><p>proventos após o reajuste?</p><p>79</p><p>Vamos então calcular quanto é 15% de R$</p><p>2500,00:</p><p>10100x2500=250</p><p>Logo o salário será 2500 + 250 = R$ 2750</p><p>Ex-Uma loja está em promoção e todas as suas</p><p>mercadorias estão sendo vendidos com 30% de</p><p>desconto para pagamento à vista. Quanto João</p><p>pagou por uma TV que custava R$ 2500,00 ,</p><p>sabendo que ele efetuou o pagamento à vista ?</p><p>Vamos então calcular quanto é 30% de R$</p><p>2500,00:</p><p>30100x2500=750</p><p>Logo o salário será 2500 - 750 = R$ 1750</p><p>4-FATOR DE REAJUSTE: Os problemas</p><p>envolvendo aumentos e descontos percentuais</p><p>podem ser resolvidos através da aplicação de um</p><p>fator de reajuste, que corresponde a um número</p><p>que deverá ser multiplicado por um valor que sofreu</p><p>aumentos ou descontos percentuais com o objetivo</p><p>de atualizá-lo. Veja como se determina o fator de</p><p>reajuste.</p><p>FATOR DE REAJUSTE PARA AUMENTO</p><p>AUMENTO CÁLCULO DO FATOR FATOR</p><p>15% 100% + 15% = 115% 1,15</p><p>35% 100% + 35 %= 135 % 1,35</p><p>62% 100% + 62 % = 162% 1,62</p><p>12% 100% + 12 % = 112% 1,12</p><p>8% 100% + 8%= 108% 1,08</p><p>Ex : Qual o novo preço de um mercadoria que</p><p>custava R$ 1200,00 e que sofreu um aumento de</p><p>32%?</p><p>Resolução: 1200 x 1,32 = 1584</p><p>FATOR DE REAJUSTE PARA DESCONTO</p><p>DESCONTO CÁLCULO DO FATOR FATOR</p><p>15% 100% - 15% = 85% 0,85</p><p>35% 100% - 35 %= 65 % 0,65</p><p>62% 100% - 62 % = 38% 0,38</p><p>12% 100% -12 % = 88% 0,88</p><p>8% 100% - 8%= 92% 0,92</p><p>Ex : Qual o novo preço de um mercadoria que</p><p>custava R$ 1200,00 e que sofreu um desconto de</p><p>32%?</p><p>Resolução: 1200 x 0,68 = 816</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>Questão 6. (ENEM) A Pesquisa Nacional por</p><p>Amostra de Domicílios (Pnad) é uma pesquisa feita</p><p>anualmente pelo IBGE, exceto nos anos em que há</p><p>Censo. Em um ano, foram entrevistados 363 mil</p><p>jovens para fazer um levantamento sobre suas</p><p>atividades profissionais e/ou acadêmicas.Os</p><p>resultados da pesquisa estão indicados no</p><p>Gráfico.</p><p>De acordo com as informações dadas, o número de</p><p>jovens entrevistados que trabalha</p><p>é</p><p>A) 114 708.</p><p>B) 164 076.</p><p>C) 213 444.</p><p>D) 284 592.</p><p>E)291 582.</p><p>Questão 7. (ENEM-) Um curso é oferecido aos fins</p><p>de semana em três cidades de um mesmo estado.</p><p>Alunos matriculados nesse curso são moradores</p><p>de cidades diferentes. Eles se deslocam para uma</p><p>das três cidades onde o curso é oferecido no</p><p>sábado pela manhã, pernoitam nesta cidade para</p><p>participar das atividades no domingo e retornam às</p><p>suas casas no domingo à noite. As despesas com</p><p>alimentação e hospedagem são custeadas pela</p><p>coordenação do curso. A tabela mostra essas</p><p>despesas, por fim de semana, registradas no ano</p><p>passado.</p><p>Para planejar as despesas para o próximo ano, a</p><p>coordenação precisa levar em conta um aumento</p><p>de:</p><p>• 15% com hospedagem na cidade A;</p><p>• 20% com alimentação na cidade B;</p><p>• 5% com alimentação na cidade C.</p><p>O aumento no orçamento das despesas com</p><p>alimentação e hospedagem por fim de semana do</p><p>curso para este ano, em porcentagem, em relação</p><p>às do ano anterior, é melhor aproximado</p><p>por</p><p>A) 4,6.</p><p>B) 13,3.</p><p>C) 21,8.</p><p>D) 23,9.</p><p>E) 38,6.</p><p>Questão 8. (ENEM) Em janeiro de 2013, foram</p><p>declaradas 1 794 272 admissões e 1 765 372</p><p>desligamentos no Brasil, ou seja, foram criadas 28</p><p>900 vagas de emprego, segundo dados do</p><p>Cadastro Geral de Empregados e Desempregados</p><p>(Caged), divulgados</p><p>pelo Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego (MTE). Segundo o Caged, o número de</p><p>vagas criadas em janeiro de 2013 sofreu uma</p><p>80</p><p>queda de 75%, quando comparado com o mesmo</p><p>período de 2012.</p><p>Disponível em: http://portal.mte.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013</p><p>(adaptado).</p><p>De acordo com as informações dadas, o número de</p><p>vagas criadas em janeiro de 2012 foi</p><p>A) 16 514.</p><p>B) 86 700.</p><p>C) 115 600.</p><p>D) 441 343.</p><p>E) 448 568</p><p>Questão 9.ENEM) Uma dona de casa vai ao</p><p>supermercado fazer a compra mensal. Ao concluir</p><p>a compra, observa que ainda lhe restam R$ 88,00.</p><p>Seus gastos foram distribuídos conforme mostra o</p><p>gráfico. As porcentagens apresentadas no gráfico</p><p>são referentes ao valor total, em reais, reservado</p><p>para a compra mensal</p><p>Qual o valor total, em reais, reservado por essa</p><p>dona de casa para a compra mensal?</p><p>A)106,80</p><p>B)170,40</p><p>C) 412,00</p><p>D) 500,00</p><p>E) 588,00</p><p>Questão 10. (ENEM ) O gerente de uma loja de</p><p>roupas resolveu avaliar o desempenho dos seus</p><p>vendedores, registrando o total de vendas em reais</p><p>V que cada um deles realizou em um mês. De</p><p>acordo com o valor de V, o desempenho do</p><p>vendedor recebeu uma classificação, conforme a</p><p>seguir:</p><p>N1: se V for maior que 20 000;</p><p>N2: se V ∈ ]10 000, 20 000];</p><p>N3: se V ∈ ]7 000, 10 000];</p><p>N4: se V ∈ ]4 000, 7 000];</p><p>N5: se V ∈ [0, 40].</p><p>No último mês, a funcionária Valéria vendeu</p><p>R$10.000,00 em roupas, enquanto Bianca vendeu</p><p>35% a menos que sua colega. As classificações</p><p>que Valéria e Bianca receberam foram,</p><p>respectivamente</p><p>A) N2 e N3.</p><p>B) N2 e N4.</p><p>C) N2 e N5.</p><p>D) N3 e N4.</p><p>E) N3 e N5.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. (ENEM 2022) Nos cinco jogos finais da</p><p>última temporada, com uma média de 18 pontos</p><p>por jogo, um jogador foi eleito o melhor do</p><p>campeonato de basquete. Na atual temporada,</p><p>cinco jogadores têm a chance de igualar ou</p><p>melhorar essa média. No quadro estão registradas</p><p>as pontuações desses cinco jogadores nos quatro</p><p>primeiros jogos das finais deste ano</p><p>O quinto e último jogo será realizado para decidir a</p><p>equipe campeã e qual o melhor jogador da</p><p>temporada. O jogador que precisa fazer a menor</p><p>quantidade de pontos no quinto jogo, para igualar</p><p>a média de pontos do melhor jogador da temporada</p><p>passada, é o</p><p>A) I.</p><p>B) II.</p><p>C) III.</p><p>D) IV.</p><p>E) V</p><p>Questão 2. (ENEM-2020) Com o objetivo de</p><p>contratar uma empresa responsável pelo serviço</p><p>de atendimento ao público, os executivos de uma</p><p>agência bancária realizaram uma pesquisa de</p><p>satisfação envolvendo cinco empresas</p><p>especializadas nesse segmento. Os</p><p>procedimentos analisados (com pesos que medem</p><p>sua importância para a agência) e as respectivas</p><p>notas que cada empresa recebeu estão</p><p>organizados no quadro.</p><p>A agência bancária contratará a empresa com a</p><p>maior média ponderada das notas obtidas nos</p><p>procedimentos analisados.</p><p>Após a análise dos resultados da pesquisa de</p><p>satisfação, os executivos da agência bancária</p><p>contrataram a empresa</p><p>A) X.</p><p>B) Y.</p><p>C) Z.</p><p>D) W.</p><p>E) T.</p><p>Questão 3. (ENEM 2021) Uma grande rede de</p><p>supermercados adota um sistema de avaliação dos</p><p>faturamentos de suas filiais, considerando a média</p><p>de faturamento mensal em milhões. A matriz da</p><p>rede paga uma comissão para os representantes</p><p>dos supermercados que atingirem uma média de</p><p>81</p><p>faturamento mensal (M), conforme apresentado no</p><p>quadro.</p><p>Um supermercado da rede obteve os faturamentos</p><p>num dado ano, conforme apresentado no quadro.</p><p>Nas condições apresentadas, os representantes</p><p>desse supermercado avaliam que receberão, no</p><p>ano seguinte, a comissão de tipo</p><p>A) I.</p><p>B) II.</p><p>C) III.</p><p>D) IV.</p><p>E) V</p><p>Questão 4. (ENEM 2021) O quadro apresenta o</p><p>número de terremotos de magnitude maior ou igual</p><p>a 7, na escala Richter, ocorridos em nosso planeta</p><p>nos anos de 2000 a 2011.</p><p>Um pesquisador acredita que a mediana</p><p>representa bem o número anual típico de</p><p>terremotos em um período. Segundo esse</p><p>pesquisador, o número anual típico de terremotos</p><p>de magnitude maior ou igual a 7 é</p><p>A )11.</p><p>B) 15.</p><p>C) 15,5.</p><p>D) 15,7.</p><p>E) 17,5.</p><p>Questão 5. (ENEM) Descargas atmosféricas,</p><p>objetos estranhos e quedas de árvores, entre</p><p>outros motivos, podem gerar interrupções na rede</p><p>elétrica. Em certo município, um levantamento</p><p>realizado pela companhia de fornecimento de</p><p>energia relacionou, durante 30 dias, o número de</p><p>interrupções na rede elétrica com o número de dias</p><p>em que elas ocorreram</p><p>A moda e a média diária do número de interrupções</p><p>são, respectivamente, iguais a</p><p>A) 3 e2,0.</p><p>B) 3 e 2,4.</p><p>C) 3 e 6,0.</p><p>D) 10 e 2,0.</p><p>E) 10 e 2,4.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>A C B C A</p><p>REDAÇÃO</p><p>VOCÊ JÁ SE DEPAROU COM UM TEXTO QUE</p><p>PARECIA CONFUSO OU DIFÍCIL DE ENTENDER?</p><p>ISSO PODE ACONTECER QUANDO UM TEXTO NÃO</p><p>APRESENTA COESÃO E COERÊNCIA.</p><p>COESÃO</p><p>É A LIGAÇÃO ENTRE AS PARTES DO TEXTO, QUE</p><p>PODE SER FEITA POR MEIO DE ELEMENTOS</p><p>COESIVOS.</p><p>A coesão, um aspecto fundamental para a redação do</p><p>ENEM, é a organização entre as partes do texto, pois</p><p>está relacionada à clareza e organização das ideias</p><p>apresentadas na redação.</p><p>Na redação, as ideias devem ser apresentadas de modo</p><p>claro e preciso com o uso de elementos</p><p>coesivos, conhecidos como conectivos, os quais podem</p><p>ser advérbios, conjunções, pronomes adequados,</p><p>proporcionando assim, um texto com frases bem</p><p>articuladas.</p><p>Na coesão pode haver a eficiência na relação</p><p>MENSAGEM-INTERLOCUTOR- ENTENDIMENTO. Os</p><p>recursos utilizados para estabelecer esta relação são</p><p>chamados de elementos de coesão (conectivos).</p><p>A seguir são apresentados alguns exemplos de</p><p>elementos coesivos que podem ser utilizados para</p><p>estabelecer coesão na redação do ENEM:</p><p>Pronomes: são palavras que substituem nomes ou</p><p>outras palavras já mencionadas no texto, como "ele",</p><p>"ela", "eles", "elas", "isso", "aquilo", entre outros. Os</p><p>pronomes permitem evitar a repetição de palavras e</p><p>esabelecer a conexão entre as ideias apresentadas.</p><p>Conjunções: são palavras que estabelecem a relação</p><p>entre as orações, como "e", "mas", "porém", "contudo",</p><p>"logo", "portanto", entre outras. As conjunções são</p><p>importantes para indicar a relação de causa e</p><p>consequência, contraste, adição, entre outras.</p><p>Advérbios: são palavras que modificam o sentido de</p><p>verbos, adjetivos ou outros advérbios, como "ainda",</p><p>"apenas", "inclusive", "também", "mesmo", entre outros.</p><p>Os advérbios são importantes para indicar a</p><p>intensidade, a frequência, o modo ou o tempo em que</p><p>as ações ocorrem.</p><p>Preposições: são palavras que estabelecem a relação</p><p>entre os termos da oração, como "de", "para", "com",</p><p>"em", "por", entre outras. As preposições são</p><p>importantes para indicar a posição, a origem, o destino,</p><p>a causa, a finalidade, entre outras.</p><p>Ao utilizar esses elementos coesivos na redação do</p><p>ENEM, você deve ter o cuidado para não exagerar na</p><p>repetição de palavras ou expressões, buscando variar a</p><p>estrutura das frases e parágrafos para manter a fluidez</p><p>e a clareza do texto.</p><p>82</p><p>Considere, também, que a coesão deve estar sempre</p><p>em consonância com a coerência, ou seja, as ideias</p><p>devem estar relacionadas de forma lógica e consistente,</p><p>para garantir a qualidade do texto.</p><p>COERÊNCIA</p><p>É a conexão entre as ideias apresentadas pelo autor.</p><p>A coerência é a qualidade que faz com que um texto</p><p>tenha sentido e lógica. Em outras palavras, a coerência</p><p>é a capacidade de fazer com que o leitor entenda o que</p><p>está sendo dito no texto, ou seja, é o entendimento</p><p>global que o texto pode proporcionar.</p><p>Para garantir a coerência na redação do Enem, é</p><p>importante seguir algumas estratégias, como:</p><p>Organização das ideias</p><p>Antes de começar a escrever, é importante ter um</p><p>planejamento do que será abordado no texto. Organize</p><p>as ideias e estabeleça uma ordem lógica para</p><p>apresentá-las.</p><p>● Coesão textual</p><p>É preciso estabelecer uma relação entre as ideias</p><p>adequadamente,</p><p>utilizando conectivos adequados.</p><p>● Utilize conectivos</p><p>Os conectivos são palavras ou expressões que</p><p>estabelecem relações entre as diferentes partes do</p><p>texto. Eles são fundamentais para garantir a coerência</p><p>do texto, pois ajudam a indicar a relação de causa e</p><p>efeito, oposição, conclusão, entre outras. Alguns</p><p>exemplos de conectivos são: portanto, assim, além</p><p>disso, no entanto, contudo, porém, logo, etc.</p><p>● Clareza</p><p>Um texto confuso e sem clareza não tem coerência. É</p><p>importante que as ideias sejam apresentadas de forma</p><p>clara e objetiva, sem ambiguidades.</p><p>Cuidado com as contradições</p><p>É importante ter cuidado para não contradizer as ideias</p><p>apresentadas em seu texto. Para isso, você deve estar</p><p>atento a todas as informações apresentadas e garantir</p><p>que elas estejam de acordo com o objetivo do texto.</p><p>Caso haja contradições, a coerência do texto pode ser</p><p>comprometida.</p><p>● Estruture seu texto</p><p>A estruturação do texto é fundamental para que haja</p><p>uma conexão lógica entre as ideias apresentadas. É</p><p>importante que você tenha em mente o objetivo do texto</p><p>e organize as informações de forma ordenada, seguindo</p><p>uma sequência lógica de ideias. Dessa forma, o texto</p><p>ficará mais coeso e fácil de ser compreendido pelo leitor.</p><p>Use exemplos</p><p>A utilização de exemplos é uma ótima forma de</p><p>desenvolver a coerência em sua redação, pois eles</p><p>ajudam a ilustrar e explicar melhor as ideias</p><p>apresentadas. Os exemplos podem ser retirados da sua</p><p>própria realidade, da história, da literatura, da mídia,</p><p>entre outros.</p><p>.</p><p>COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA REDAÇÃO</p><p>A redação do Enem é avaliada a partir de cinco</p><p>competências, que são as seguintes:</p><p>Competência 1</p><p>Domínio da norma culta da língua escrita: essa</p><p>competência avalia o domínio que o candidato tem da</p><p>língua portuguesa, incluindo a gramática, a ortografia e</p><p>a pontuação. É importante que o candidato escreva de</p><p>forma clara e precisa, sem cometer erros que possam</p><p>prejudicar a compreensão do texto.</p><p>É fundamental demonstrar um bom domínio da língua</p><p>escrita, ou seja, que saiba escrever corretamente, com</p><p>gramática e ortografia adequadas.</p><p>Competência 2</p><p>Compreensão da proposta: essa competência avalia a</p><p>capacidade do candidato de compreender o tema</p><p>proposto na redação e desenvolver um texto que atenda</p><p>aos objetivos da prova. É importante que o candidato</p><p>entenda qual é a proposta da redação e saiba</p><p>desenvolver um texto que responda de forma adequada</p><p>às exigências da prova.</p><p>O texto deve seguir uma estrutura bem definida, com</p><p>introdução, desenvolvimento e conclusão. Além disso, é</p><p>importante que saber usar corretamente as diferentes</p><p>modalidades de texto, como argumentativo, narrativo e</p><p>descritivo.</p><p>Competência 3</p><p>Seleção e organização das informações: essa</p><p>competência avalia a capacidade do candidato de</p><p>selecionar informações relevantes para o tema da</p><p>redação e organizá-las de forma coerente e clara. É</p><p>importante que o candidato saiba usar exemplos,</p><p>argumentos e fatos para sustentar sua tese e</p><p>desenvolver o texto de forma consistente.</p><p>O texto deve ser coeso e coerente, ou seja, as ideias</p><p>devem estar bem conectadas e organizadas de forma</p><p>lógica e clara. Para que o texto seja bem estruturado e</p><p>de fácil compreensão, é essencial saber escolher quais</p><p>informações utilizar e como apresentá-las de forma</p><p>consistente.</p><p>Competência 4</p><p>Construção de argumentação: essa competência avalia</p><p>a capacidade do candidato de construir argumentos bem</p><p>fundamentados e sustentar sua tese com coerência e</p><p>coesão. É importante que o candidato saiba usar as</p><p>informações selecionadas de forma a construir uma</p><p>argumentação sólida e convincente.</p><p>É essencial construir argumentos consistentes e bem</p><p>fundamentados, que sustentem sua tese e provem o</p><p>ponto de vista apresentado, selecionar informações</p><p>relevantes e saber utilizá-las de forma estratégica, a fim</p><p>de construir uma linha de raciocínio clara e objetiva, que</p><p>conduza o leitor à tese central. Além disso, é</p><p>fundamental ter conhecimento dos fatos, eventos ou</p><p>conceitos relacionados ao tema proposto para embasar</p><p>seus argumentos.</p><p>Competência 5</p><p>Elaboração de proposta de intervenção: essa</p><p>competência avalia a capacidade do candidato de</p><p>propor soluções para os problemas abordados na</p><p>redação. É importante que o candidato apresente ideias</p><p>criativas e inovadoras para lidar com as questões</p><p>propostas, demonstrando seu engajamento com a</p><p>sociedade e sua capacidade de propor soluções viáveis</p><p>83</p><p>e eficazes para os desafios enfrentados pela</p><p>comunidade.</p><p>Apresentar uma proposta de intervenção para o</p><p>problema abordado na redação, demonstrando seu</p><p>engajamento com a questão e sua capacidade de</p><p>pensar em soluções práticas para os desafios</p><p>enfrentados pela sociedade. Vale ressaltar que a</p><p>Proposta de Intervenção deve ser viável e realista,</p><p>considerando as limitações e recursos disponíveis.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO COM COESÃO/</p><p>COERÊNCIA E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.</p><p>Tema: A cultura do cancelamento no meio digital</p><p>A cultura do cancelamento se tornou uma prática comum</p><p>nas redes sociais, onde indivíduos são julgados</p><p>publicamente por suas atitudes e comportamentos,</p><p>podendo levar à perda de reputação e oportunidades.</p><p>Embora possa ser uma forma de responsabilização</p><p>social, é importante avaliar seus efeitos negativos e suas</p><p>limitações.</p><p>Na era digital, as redes sociais têm um papel significativo</p><p>na formação de opiniões e comportamentos, sendo um</p><p>ambiente em que as pessoas podem se expressar</p><p>livremente e de forma anônima. No entanto, essa</p><p>liberdade tem sido usada para disseminar o ódio e o</p><p>preconceito, muitas vezes sob a justificativa de</p><p>combater comportamentos inadequados.</p><p>Embora seja importante que as pessoas sejam</p><p>responsabilizadas por suas ações, é necessário refletir</p><p>sobre os efeitos da cultura do cancelamento no meio</p><p>digital. Em muitos casos, as pessoas são julgadas com</p><p>base em informações incompletas ou distorcidas, sem</p><p>direito a uma defesa adequada. Além disso, o</p><p>cancelamento muitas vezes não oferece uma solução</p><p>real para o problema, apenas perpetua a cultura do ódio</p><p>e da exclusão.</p><p>É importante ressaltar que o cancelamento pode ser</p><p>usado como uma forma de silenciar minorias e reforçar</p><p>o poder de grupos dominantes. Por exemplo, a cultura</p><p>do cancelamento pode ser usada para calar vozes</p><p>dissidentes ou para punir pessoas que se posicionam</p><p>contra a opinião majoritária.</p><p>Diante desse cenário, é fundamental que sejam criados</p><p>mecanismos mais justos e transparentes para</p><p>responsabilizar pessoas por suas ações na internet. É</p><p>importante que as redes sociais e outras plataformas</p><p>digitais adotem políticas mais claras sobre o que é</p><p>considerado comportamento inadequado e como as</p><p>pessoas podem se defender caso sejam alvo de</p><p>cancelamento injusto.</p><p>Além disso, é fundamental que haja uma maior</p><p>conscientização sobre os efeitos da cultura do</p><p>cancelamento e que sejam promovidos debates abertos</p><p>e saudáveis sobre questões controversas, para que</p><p>todos possam se expressar livremente e sem medo de</p><p>retaliações.</p><p>Em síntese, embora a cultura do cancelamento possa</p><p>ser uma forma de responsabilização social, é importante</p><p>avaliar seus efeitos negativos e limitações. É</p><p>fundamental que haja mecanismos mais justos e</p><p>transparentes para responsabilizar pessoas por suas</p><p>ações na internet e que sejam promovidos debates</p><p>abertos e saudáveis sobre questões controversas.</p><p>Somente assim poderemos construir uma sociedade</p><p>mais justa e inclusiva, na qual todos tenham direito à</p><p>livre expressão e respeito.</p><p>Proposta de Intervenção - Detalhamento e exemplos</p><p>É importante fornecer detalhes adicionais e exemplos</p><p>concretos que possam ilustrar como ela pode ser</p><p>implementada na prática. Deve-se ser claro e objetivo, e</p><p>mostrar como a intervenção pode ter impacto positivo no</p><p>problema abordado.</p><p>TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO</p><p>O texto dissertativo-argumentativo é um tipo de texto</p><p>que apresenta um posicionamento sobre determinado</p><p>assunto ou tema, tudo isso com a presença de</p><p>argumentos para defender esse posicionamento. Na</p><p>elaboração, é importante que o autor apresente uma</p><p>tese ou ponto de vista que será defendido ao longo do</p><p>texto, usando argumentos bem fundamentados e</p><p>exemplos que comprovem a validade da tese.</p><p>Estrutura do texto dissertativo-argumentativo</p><p>(Redação)</p><p>O texto deve ser organizado de forma lógica, com</p><p>parágrafos bem definidos e com transições suaves entre</p><p>as ideias apresentadas. Uma redação do texto</p><p>dissertativo-argumentativo é constituída contemplando 3</p><p>partes: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.</p><p>DESSA FORMA, TEMOS:</p><p>Escolha e ordenação dos argumentos</p><p>Para produzir um texto dissertativo-argumentativo</p><p>excelente para o ENEM, é preciso seguir alguns passos</p><p>importantes. Veja a seguir:</p><p>1.Fazer a leitura atentamente do tema da redação e</p><p>refletir sobre ele. Você deve analisar as diferentes</p><p>perspectivas que podem ser abordadas sobre o tema e,</p><p>assim, identificar qual será a posição tomada acerca</p><p>dele.</p><p>2. Pesquisar sobre o assunto: para enriquecer a</p><p>argumentação: é importante fazer uma pesquisa sobre</p><p>o assunto. Para isso, leia artigos, livros e outras fontes</p><p>confiáveis para encontrar informações relevantes que</p><p>possam ser utilizadas na construção do texto.</p><p>3. Definir a tese. A tese é a ideia central que deverá ser</p><p>defendida ao longo do texto, ela deve ser clara, objetiva</p><p>e apresentada logo na introdução. A tese precisa ter</p><p>uma relação diretamente relacionada ao tema proposto</p><p>e precisa ser sustentada ao longo do texto com</p><p>argumentos consistentes.</p><p>1. Organizar argumentos, Para construir uma</p><p>argumentação sólida, é preciso organizar os</p><p>argumentos de forma lógica e coerente. Para isso, você</p><p>deve utilizar exemplos, dados e fatos que comprovem a</p><p>validade da tese e os organize de forma a dar</p><p>sustentação ao ponto de vista defendido ao longo do</p><p>texto.</p><p>2. Refutar possíveis contra-argumentos. É</p><p>importante antecipar possíveis contra-argumentos e</p><p>estar preparado para refutá-los com argumentos sólidos</p><p>84</p><p>e convincentes. Isso demonstra domínio do assunto e</p><p>capacidade de defender a tese de forma efetiva.</p><p>3. Escrever uma conclusão clara e objetiva. A</p><p>conclusão deve retomar a tese defendida e apresentar</p><p>um resumo dos argumentos apresentados. É importante</p><p>que seja clara e objetiva, deixando uma boa impressão</p><p>no leitor.</p><p>4. Revisão do texto. Revisar o texto, verificando se</p><p>a estrutura está coerente, se os argumentos estão bem</p><p>fundamentados e se a linguagem é clara e objetiva.</p><p>Além desses passos, pratique a escrita de textos</p><p>dissertativo-argumentativos regularmente. Fazer leitura</p><p>de textos de outros autores para conhecer diferentes</p><p>abordagens, estratégias e buscar feedback de</p><p>professores ou pessoas que possam ajudar a aprimorar</p><p>sua técnica.</p><p>PARA ELABORAR DE FORMA ADEQUADA O</p><p>PARÁGRAFO DA INTRODUÇÃO, OS DO</p><p>DESENVOLVIMENTO E O DA CONCLUSÃO, SIGA AS</p><p>ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS APRESENTADAS A</p><p>SEGUIR. ASSIM, VOCÊ TERÁ UMA ESTRUTURA</p><p>CLARA E COESA PARA SEU TEXTO.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Na introdução você deve apresentar o tema, estabelecer</p><p>um contexto e definir uma tese, ou seja, uma posição a</p><p>ser defendida ao longo do texto. Para fazer uma boa</p><p>introdução, seguem algumas dicas:</p><p>Entenda o tema: Leia atentamente o enunciado da prova</p><p>e busque compreender o tema proposto. Pesquise sobre</p><p>o assunto e elabore uma estratégia para abordá-lo na</p><p>redação.</p><p>Estabeleça um contexto: Ao iniciar a introdução, é</p><p>importante situar o leitor no contexto do tema,</p><p>apresentando dados, fatos ou exemplos que possam</p><p>ajudar a entender o problema em questão.</p><p>Defina uma tese: A tese é a ideia central que será</p><p>defendida ao longo do texto. É importante que ela seja</p><p>clara, objetiva e apresente um posicionamento sobre o</p><p>tema.</p><p>Utilize recursos linguísticos: Utilize recursos linguísticos</p><p>como metáforas, analogias, perguntas retóricas,</p><p>citações ou referências históricas para enriquecer a</p><p>introdução e prender a atenção do leitor.</p><p>Mantenha a coerência e a coesão: A introdução deve</p><p>estar relacionada com o desenvolvimento e a conclusão</p><p>da redação. Portanto, mantenha a coerência e a coesão</p><p>textual, evitando digressões ou ideias desconectadas.</p><p>Faça uma revisão: Antes de finalizar a introdução, faça</p><p>uma revisão cuidadosa, corrigindo erros de ortografia e</p><p>gramática, além de verificar se a estrutura da redação</p><p>está adequada às exigências da prova.</p><p>É importante lembrar que a introdução é a primeira</p><p>impressão que o leitor terá da redação, portanto, é</p><p>importante que seja bem elaborada e atraente para</p><p>capturar a atenção do corretor.</p><p>Exemplos de introdução</p><p>ENEM (2022)</p><p>TEMA: Desafios para a valorização de comunidades</p><p>e povos tradicionais no Brasil.</p><p>O poeta modernista Oswald de Andrade relata, em “Erro</p><p>de Português”, que, sob um dia de chuva, o índio foi</p><p>vestido pelo português – uma denúncia à aculturação</p><p>sofrida pelos povos indígenas com a chegada dos</p><p>europeus ao território brasileiro. Paralelamente, no</p><p>Brasil atual, há a manutenção de práticas prejudiciais</p><p>não só aos silvícolas, mas também aos demais povos e</p><p>comunidades tradicionais, como os pescadores. Com</p><p>efeito, atuam como desafios para a valorização desses</p><p>grupos a educação deficiente acerca do tema e a</p><p>ausência do desenvolvimento sustentável.</p><p>Disponível em: https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/.</p><p>ENEM (2021)</p><p>TEMA: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso</p><p>à cidadania no Brasil.</p><p>No célebre texto “As Cidadanias Mutiladas”, o geógrafo</p><p>brasileiro Milton Santos afirma que a democracia só é</p><p>efetiva à medida que atinge a totalidade do corpo social,</p><p>isto é, quando os direitos são desfrutados por todos os</p><p>cidadãos. Todavia, no contexto hodierno, a invisibilidade</p><p>intrínseca à falta de documentação pessoal distancia os</p><p>brasileiros dos direitos constitucionalmente garantidos.</p><p>Nesse cenário, a garantia de acesso à cidadania no</p><p>Brasil tem como estorvos a burocratização do processo</p><p>de retirada do registro civil, bem como a indiferença da</p><p>sociedade diante dessa problemática.</p><p>Disponível em: https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/</p><p>DESENVOLVIMENTO / ARGUMENTAÇÃO</p><p>O desenvolvimento é a estrutura do texto usada para</p><p>desenvolver de forma mais específica o tema da</p><p>redação, com clareza, objetividade, com uso de</p><p>informações confiáveis, explicitando o ponto de vista e</p><p>constando a defesa da tese por meio de argumentos</p><p>coerentes. Dessa forma, o desenvolvimento deve ser</p><p>constituído de argumentos, indícios, evidências,</p><p>exemplos, explicações, justificativas e etc.</p><p>No desenvolvimento, os parágrafos devem ser</p><p>desenvolvidos obedecendo uma progressão, sem</p><p>repetição de ideias para não resultar em redundância.</p><p>Tudo isso fazendo uso de uma argumentação</p><p>fundamentada, clara e convincente.</p><p>Utilizar clichês, frases feitas, fórmulas prontas podem</p><p>enfraquecer a argumentação apresentada.</p><p>Para construir uma boa argumentação, é importante</p><p>seguir algumas orientações:</p><p>Organização: É essencial ter um texto bem organizado</p><p>e estruturado, com uma sequência lógica de ideias, que</p><p>permita ao leitor acompanhar o raciocínio do autor.</p><p>Coerência: As ideias apresentadas devem ser coerentes</p><p>entre si e com a tese defendida. É preciso evitar</p><p>contradições ou informações que não se encaixam na</p><p>argumentação.</p><p>Consistência: As ideias apresentadas devem ser</p><p>consistentes e fundamentadas, com base em dados</p><p>concretos, exemplos e fatos históricos que reforcem a</p><p>tese defendida.</p><p>Diversidade de argumentos: É importante apresentar</p><p>diferentes argumentos que reforcem a tese, com</p><p>exemplos e dados variados, de modo a enriquecer a</p><p>argumentação e torná-la mais persuasiva.</p><p>Refutação de possíveis objeções: É importante</p><p>antecipar possíveis objeções ou críticas que possam ser</p><p>https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/</p><p>https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/</p><p>85</p><p>feitas à tese defendida e apresentar argumentos que</p><p>refutem</p><p>essas possíveis contestações.</p><p>Uso adequado de conectivos: O uso adequado de</p><p>conectivos, como conjunções e advérbios, é</p><p>fundamental para estabelecer relações entre as ideias</p><p>apresentadas e tornar a argumentação mais clara e</p><p>coesa.</p><p>Lembrando que é importante manter o foco na tese</p><p>proposta e evitar divagações que não estejam</p><p>diretamente relacionadas com o tema da redação. Além</p><p>disso, é preciso ter atenção para não deixar nenhuma</p><p>das competências exigidas pelo Enem de lado,</p><p>garantindo uma boa pontuação geral na redação.</p><p>É no desenvolvimento que a argumentação deve</p><p>aparecer, com a presença de argumentos confiáveis e</p><p>que sustentem o posicionamento defendido. Portanto, é</p><p>necessário o entendimento adequado de como produzir</p><p>um texto com uma boa argumentação.</p><p>ARGUMENTAÇÃO</p><p>PARA UMA BOA ARGUMENTAÇÃO, FAÇA USO DE</p><p>ARGUMENTOS QUE SUSTENTEM A TESE</p><p>DEFENDIDA. ISSO PODE SER FEITO COM A</p><p>ELABORAÇÃO DE PARÁGRAFOS CONSTANTO</p><p>EXEMPLICAÇÃO, ALUSÃO HISTÓRICA,</p><p>CONSTATAÇÃO, COMPARAÇÃO, TESTEMUNHO,</p><p>ETC.</p><p>PARA MELHOR ESCLARECIMENTO,</p><p>APRESENTAMOS, A SEGUIR, EXEMPLOS DE</p><p>ARGUMENTAÇÃO.</p><p>Tema: A Cultura do cancelamento no meio digital.</p><p>EXEMPLIFICAÇÃO</p><p>A cultura do cancelamento tem se tornado cada vez</p><p>mais presente no meio digital, em que pessoas são</p><p>boicotadas, difamadas e até mesmo demitidas por conta</p><p>de opiniões consideradas "politicamente incorretas".</p><p>Basta olharmos para casos como o do youtuber Felipe</p><p>Neto, que foi alvo de uma campanha de cancelamento</p><p>por parte de grupos conservadores, ou mesmo o</p><p>episódio recente em que a jogadora de vôlei Carol</p><p>Solberg foi punida por se posicionar contra o governo</p><p>durante uma entrevista. Esses exemplos mostram como</p><p>a cultura do cancelamento pode ter consequências</p><p>graves e limitar a liberdade de expressão.</p><p>HISTÓRICA</p><p>A cultura do cancelamento não é um fenômeno novo,</p><p>tendo raízes históricas. Durante a Inquisição, por</p><p>exemplo, pessoas eram perseguidas e até mesmo</p><p>mortas por suas opiniões consideradas heréticas pela</p><p>Igreja. Na China maoísta, a Revolução Cultural</p><p>promovida por Mao Tsé-Tung também resultou em</p><p>perseguições e punições severas a quem expressasse</p><p>opiniões consideradas "contra-revolucionárias". Esses</p><p>exemplos mostram que a cultura do cancelamento é</p><p>uma prática antidemocrática e perigosa, que pode levar</p><p>a abusos de poder e à limitação da liberdade de</p><p>expressão.</p><p>CONSTATAÇÃO</p><p>É inegável que a cultura do cancelamento está cada vez</p><p>mais presente no meio digital. Nas redes sociais, muitas</p><p>vezes se vê um clima de "caça às bruxas", em que</p><p>pessoas são expostas e julgadas publicamente por suas</p><p>opiniões ou comportamentos considerados</p><p>inadequados. Essa prática pode levar à censura e à</p><p>autocensura, com pessoas se retraindo de expressar</p><p>suas opiniões por medo de retaliações.</p><p>COMPARAÇÃO</p><p>É inegável que a cultura do cancelamento está cada vez</p><p>mais presente no meio digital. Nas redes sociais, muitas</p><p>vezes se vê um clima de "caça às bruxas", em que</p><p>pessoas são expostas e julgadas publicamente por suas</p><p>opiniões ou comportamentos considerados</p><p>inadequados. Essa prática pode levar à censura e à</p><p>autocensura, com pessoas se retraindo de expressar</p><p>suas opiniões por medo de retaliações.</p><p>TESTEMUNHO</p><p>Como vítima da cultura do cancelamento, posso afirmar</p><p>que essa prática é extremamente prejudicial e limita a</p><p>liberdade de expressão. Ao expressar minha opinião em</p><p>um grupo de discussão online, fui alvo de ataques</p><p>verbais e difamações por parte de outros participantes,</p><p>que não concordavam com meu ponto de vista. Isso me</p><p>levou a me retrair e ter medo de expressar minhas</p><p>opiniões publicamente, o que é uma limitação injusta à</p><p>minha liberdade de expressão e pensamento.</p><p>Enfatizamos, portanto, que usamos argumentação</p><p>para defender um ponto de vista; apresentar opiniões;</p><p>propor soluções; convencer alguém de algo que</p><p>queremos ou em que acreditamos.</p><p>Os argumentos utilizados devem ser adequados</p><p>dentro do que é plausível e/ou desejado. Você pode</p><p>recorrer às relações de causa/efeito, exemplificação,</p><p>citação, analogia, sempre lembrando: A organização</p><p>dos argumentos em ordem crescente e conforme sua</p><p>importância.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>A ideia já foi defendida, os argumentos apresentados,</p><p>então chegamos à conclusão, a última etapa do texto.</p><p>No texto dissertativo-argumentativo, a conclusão é a</p><p>finalização da produção textual, assim, na redação do</p><p>ENEM, a conclusão diz respeito ao último parágrafo, o</p><p>qual, dialogando com o que foi discorrido e argumentado</p><p>ao longo do texto, deve apresentar uma proposta de</p><p>intervenção (solução) ao problema discutido e</p><p>argumentado na redação. Assim, deve-se lembrar que</p><p>cada texto exige um fechamento diferente, tem-se que</p><p>considerar: o tema e o enfoque escolhido.</p><p>Logo, na conclusão, a proposta de intervenção deve</p><p>conter sugestão de soluções possíveis e que não firam</p><p>os direitos humanos.</p><p>Para melhor esclarecimento, aprofunde um pouco mais</p><p>acerca da proposta de intervenção.</p><p>PROPOSTA DE INTERVENÇÃO</p><p>A Proposta de Intervenção é a apresentação de uma</p><p>solução para o problema discutido ao longo do texto,</p><p>dessa forma, é um elemento essencial na redação do</p><p>ENEM, pois demonstra a sua capacidade de conseguir</p><p>propor soluções para o problema apresentado. Para</p><p>elaborar uma Proposta de Intervenção efetiva, é</p><p>importante seguir alguns elementos-chave, como:</p><p>O que?</p><p>Descreva o que será feito na Proposta de</p><p>Intervenção. É importante ser específico e</p><p>86</p><p>detalhado, evitando propostas genéricas ou</p><p>vagas.</p><p>Quem?</p><p>Indique quem será responsável por</p><p>implementar a intervenção. Pode ser o</p><p>governo, a sociedade civil, as empresas, entre</p><p>outros.</p><p>Como?</p><p>Explique como a intervenção será realizada.</p><p>Descreva as ações concretas que serão</p><p>tomadas e os meios necessários para</p><p>implementar a proposta.</p><p>Para</p><p>quê?</p><p>Especifique qual é o objetivo da Proposta de</p><p>Intervenção e o que se espera alcançar com</p><p>ela. É importante demonstrar a relação direta</p><p>entre a intervenção proposta e a solução para</p><p>o problema apresentado no tema da redação.</p><p>Esses são os principais procedimentos que devem ser</p><p>utilizados na conclusão para a apresentação da</p><p>proposta de intervenção: retomar a tese, reforçando a</p><p>posição apresentada na parte inicial do texto; apresentar</p><p>um agente social (ator social) que possa contribuir para</p><p>a execução da proposta de intervenção; apresentar a</p><p>ação social (o que de fato deverá ser feito para</p><p>solucionar ou amenizar o problema discutido no texto);</p><p>mostar a forma de execução (como a proposta de</p><p>intervenção poderá ser desenvolvida); explicitar o “para</p><p>quê” (o reflexo positivo que poderá acontecer caso a</p><p>proposta de intervenção seja realizada).</p><p>EXEMPLOS DE CONCLUSÃO</p><p>ENEM (2022)</p><p>TEMA: Desafios para a valorização de comunidades e</p><p>povos tradicionais no Brasil.</p><p>Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios</p><p>supracitados. Para isso, o Ministério da Educação –</p><p>órgão responsável pelo estabelecimento da grade</p><p>curricular das escolas – deve educar os alunos a</p><p>respeito dos empecilhos à preservação dos indígenas,</p><p>por meio da inserção da matéria “Estudos Indigenistas”</p><p>no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos</p><p>silvícolas e desconstruir o preconceito. Ademais, o</p><p>Ministério do Desenvolvimento – pasta instituidora da</p><p>Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos</p><p>Povos e Comunidades Tradicionais – precisa fiscalizar</p><p>as atividades econômicas danosas às sociedades</p><p>vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas,</p><p>mediante canais de denúncias.</p><p>Disponível em:</p><p>https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_no</p><p>ta_1000/.</p><p>ENEM (2021)</p><p>TEMA: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso</p><p>à cidadania no Brasil.</p><p>Torna-se imperativo, portanto, que cabe ao Ministério da</p><p>Cidadania, como importante autoridade na garantia dos</p><p>direitos dos cidadãos brasileiros, facilitar o processo de</p><p>retirada de documentos pessoais no Brasil. Tal medida</p><p>deve ser realizada a partir do aumento de</p><p>vagas</p><p>ofertadas diariamente nos principais centros</p><p>responsáveis pelos registros civis, além do</p><p>estabelecimento de um maior número de funcionários, a</p><p>fim de tornar o procedimento mais dinâmico e acessível,</p><p>bem como garantir o acesso à cidadania aos brasileiros.</p><p>Ademais, fica a cargo do Ministério das Comunicações</p><p>estimular o engajamento social por meio de</p><p>propagandas televisivas e nas redes sociais, com o fito</p><p>de dar visibilidade à temática e assim assegurar os</p><p>direitos cidadãos.</p><p>Apresentamos, a seguir, exemplo de uma redação do</p><p>ENEM notal mil, com coesão e coerência, contemplando</p><p>uma boa introdução, o desenvolvimento com</p><p>argumentação adequada, argumentos convincentes na</p><p>defesa do ponto de vista e conclusão, apresentando a</p><p>proposta de intervenção completa.</p><p>ENEM (2017)</p><p>Tema: “Desafios para a formação educacional de surdos</p><p>no Brasil”.</p><p>No Brasil, o início do processo de educação de surdos</p><p>remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não</p><p>se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo</p><p>estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja,</p><p>uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos</p><p>que seriam considerados “normais” pela população.</p><p>Assim, notam-se desafios ligados à formação</p><p>educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja</p><p>por estereotipação da sociedade civil, seja por</p><p>passividade governamental. Portanto, haja vista que a</p><p>educação é fundamental para o desenvolvimento</p><p>econômico do referido público e, logo, da nação, ela</p><p>deve ser efetivada aos surdos pelos agentes</p><p>adequados, a partir da resolução dos entraves</p><p>vinculados a ela.</p><p>Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à</p><p>implementação desse direito, reconhecido por</p><p>mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte</p><p>da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por</p><p>essas pessoas com limitação. Isso por ser explicado</p><p>segundo o sociólogo Talcott Parsons, o qual diz que a</p><p>família é uma máquina que produz personalidades</p><p>humanas, o que legitima a ideia de que o preconceito</p><p>por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação</p><p>pelos surdos.</p><p>Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez</p><p>da pessoa com deficiência e é procrastinado,</p><p>infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que</p><p>deficientes eram deixados para morrer por serem</p><p>tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje,</p><p>seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.</p><p>Além do mais, ressalte-se que o Poder Público</p><p>incrementou o acesso do público abordado ao sistema</p><p>educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua</p><p>secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade</p><p>curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização</p><p>e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas</p><p>gestões, isso não é bem efetivado.</p><p>Afinal, dados estatísticos mostram que o número de</p><p>brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo</p><p>tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues -, como em</p><p>exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo</p><p>Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à</p><p>inexistência ou à incipiência de professores que</p><p>dominem a Libras e à carência de aulas proficientes,</p><p>inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por</p><p>https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/</p><p>https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/</p><p>87</p><p>meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito</p><p>escolar.</p><p>Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com</p><p>proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação</p><p>em palestras elucidativas por meio de exemplos em</p><p>obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de</p><p>pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade</p><p>civil, em especial os pais de surdos, não seja</p><p>complacente com a cultura de estereótipos e</p><p>preconceitos difundidos socialmente.</p><p>Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a</p><p>outra parte da população sobre seus direitos e suas</p><p>possibilidades no Estado civil a partir da realização de</p><p>dias de conscientização na urbe e da divulgação de</p><p>textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando</p><p>o Tabu”.</p><p>Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no</p><p>Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando</p><p>os demiurgos indiferentes à problemática abordada,</p><p>com o fito de incentivá-los a profissionalizarem</p><p>adequadamente os professores – para que todos</p><p>saibam, no mínimo, o básico de Libras – e a efetivarem</p><p>o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da</p><p>disponibilização de verbas e da criação de políticas</p><p>públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão</p><p>da primeira escola de surdos brasilei</p><p>Disponível em: https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/.</p><p>QUÍMICA</p><p>IMPACTOS AMBIENTAIS</p><p>Entende-se como Química ambiental o campo de</p><p>estudos que tem por objetivo conhecer todos os</p><p>processos químicos que ocorrem na natureza, seja de</p><p>forma natural, seja provocado por alguma interferência</p><p>humana. O alvo é gerar esclarecimento sobre todos os</p><p>mecanismos que controlam a quantidade de</p><p>substâncias na natureza.</p><p>Sem sombra de dúvidas, essa área da Química está</p><p>diretamente relacionada com diversas outras ciências,</p><p>como Geografia, Ecologia, Geologia, Agronomia,</p><p>Biologia, Toxicologia, entre outras.</p><p>A Química Ambiental só foi criada no ano de 1994, mas</p><p>há vários séculos o homem tem procurado estudar e</p><p>entender os fenômenos químicos naturais e também</p><p>aqueles provocados por ele mesmo, já que as</p><p>modificações que essas ações provocam no ambiente</p><p>sempre foram notadas. Veja alguns exemplos</p><p>de resultados da ação maléfica do homem no ambiente:</p><p>• Destruição da camada de ozônio;</p><p>• Aumento da incidência da chuva ácida;</p><p>• Poluição (ar, água, solo) / Lixo;</p><p>• Aquecimento global.</p><p>1.1 - DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO.</p><p>A camada de ozônio é composta pelo gás ozônio (cuja</p><p>fórmula molecular é O3) e está localizada em uma região</p><p>da atmosfera denominada de estratosfera, que fica entre</p><p>20 km e 35 km da superfície da Terra.</p><p>NOVAIS, 2023.</p><p>FORMAÇÃO DO OZÔNIO</p><p>A quantidade de O3 presente na camada de ozônio é</p><p>constantemente modificada porque os raios ultravioleta,</p><p>ao chegarem à camada, promovem a separação de um</p><p>dos oxigênios do ozônio, formando mais gás oxigênio.</p><p>O3(g) → O2(g) + O(g)</p><p>Além da degradação do ozônio, a radiação ultravioleta</p><p>também promove a quebra da ligação entre os oxigênios</p><p>de algumas moléculas de gás oxigênio, como na</p><p>equação a seguir:</p><p>O2(g) → 2 O(g)</p><p>Em seguida, porém, cada oxigênio livre interage com</p><p>uma molécula de gás oxigênio, formando uma molécula</p><p>do gás ozônio (O3), como na equação a seguir:</p><p>O + O2(g) → O3(g)</p><p>Assim, a quantidade de gás ozônio na camada modifica-</p><p>se constantemente de forma natural.</p><p>QUAL A IMPORTÂNCIA DA CAMADA DE OZÔNIO?</p><p>Quando a radiação ultravioleta atinge a superfície</p><p>terrestre, pode desencadear diversos danos nos mais</p><p>variados seres vivos, a saber:</p><p>• Desenvolvimento de câncer de pele;</p><p>• Aumento da frequência de ativações da replicação do</p><p>vírus herpes em indivíduos que o tenham contraído,</p><p>desenvolvendo as lesões características da doença;</p><p>• Cegueira provocada pelo aumento da catarata em</p><p>indivíduos com tendência a desenvolvê-la;</p><p>• Aumento da temperatura do planeta (aquecimento</p><p>global), já que um maior número de raios ultravioleta</p><p>atinge a superfície da Terra, aumentando a retenção de</p><p>calor.</p><p>SUBSTÂNCIAS QUE PREJUDICAM A CAMADA DE</p><p>OZÔNIO</p><p>• Óxido nítrico (NO): substância produzida a partir da</p><p>queima de combustíveis fósseis;</p><p>• Óxido nitroso (N2O): substância eliminada por veículos</p><p>e indústrias químicas;</p><p>• Dióxido de carbono (CO2): substância geralmente</p><p>produzida em reações químicas de combustão</p><p>completa;</p><p>• Clorofluorcarbonos (CFCs): substâncias muito</p><p>utilizadas como propelentes em produtos aerossóis</p><p>(como desodorante spray), na produção de materiais</p><p>plásticos e em equipamentos de refrigeração (como</p><p>geladeiras).</p><p>1.2 - AUMENTO DA INCIDÊNCIA DA CHUVA ÁCIDA.</p><p>A CHUVA ÁCIDA é consequência da poluição</p><p>atmosférica. A queima de combustíveis fósseis –</p><p>principalmente por motores movidos a diesel e centrais</p><p>térmicas– libera muito dióxido de nitrogênio, NO2, para</p><p>a atmosfera. Algumas atividades industriais –</p><p>principalmente produção de aço, de alumínio, baterias,</p><p>borracha e fertilizantes– liberam uma quantidade</p><p>absurda de dióxido de enxofre, SO2, para a atmosfera.</p><p>Já em forma de gases, esses elementos formam</p><p>moléculas polares com alta solubilidade em água.</p><p>Assim, reagem rapidamente com a água em vapor na</p><p>atmosfera e formam dois ácidos corrosivos e tóxicos: o</p><p>ácido sulfúrico, H2SO4, e o ácido nítrico, HNO3.</p><p>SO3 + H2O → H2SO4</p><p>NO2 + H2O → HNO3</p><p>Essas substâncias voltam para a terra em forma de</p><p>CHUVA ÁCIDA com desastrosas consequências</p><p>ambientais:</p><p>https://blogdoenem.com.br/redacao_enem_nota_1000/</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/chuva-acida.htm</p><p>88</p><p>• alteram o pH do solo, geralmente abaixo do valor 5,6 e</p><p>essa acidificação mata a microbiota;</p><p>• alteram o pH de córregos, rios, lagos e mananciais,</p><p>acidificando a água, desequilibrando o ambiente e</p><p>causando a morte de peixes e outros seres aquáticos;</p><p>• destroem extensas áreas florestais e lavouras;</p><p>• danos à saúde humano, com agravamento de</p><p>problemas respiratórios e oculares;</p><p>• corroem metais, pedras, rochas calcárias, madeira</p><p>(ação desidratante);</p><p>• desgastam construções.</p><p>1.3 POLUIÇÃO (AR, ÁGUA, SOLO) / LIXO.</p><p>Devemos atentar para o conceito de poluição que</p><p>nada mais é do que alterações (química, física ou</p><p>biológica) que ocorrem por fatores humanos e naturais</p><p>e que prejudicam o meio ambiente, afetando a qualidade</p><p>do ar, da água e do solo.</p><p>Ou seja, ela provoca um efeito negativo no ecossistema</p><p>e podem ocorrer de maneiras naturais, por exemplo, a</p><p>poluição gerada por um terremoto ou um ‘tsunami’.</p><p>No entanto, a poluição gerada pelo homem pode</p><p>prejudicar o solo, a água e o ar e ainda, afetar a espécie</p><p>com a proliferação de doenças, diminuição dos recursos</p><p>naturais e da biodiversidade do planeta.</p><p>POLUIÇÃO DO SOLO</p><p>A poluição do solo é um dos tipos de poluição mais</p><p>recorrentes no mundo, os quais interferem diretamente</p><p>na biodiversidade do planeta, afetando assim, as</p><p>espécies animais bem como a espécie humana.</p><p>Esse tipo de poluição é produzida pelo contato do solo</p><p>com produtos químicos, resíduos sólidos e resíduos</p><p>líquidos, por exemplo, fertilizantes químicos, pesticidas</p><p>e herbicidas.</p><p>Além deles, outros agentes de poluição do solo são os</p><p>resíduos domésticos e urbanos, como os solventes,</p><p>detergentes, lâmpadas fluorescentes, componentes</p><p>eletrônicos, tintas, gasolina, diesel, óleos automotivos,</p><p>fluídos hidráulicos, hidrocarbonetos, chumbo, etc.</p><p>Em resumo, resíduos industriais ou domésticos alteram</p><p>os solos degradando sua superfície e gerando gases</p><p>tóxicos. Esse tipo de poluição resulta na deterioração do</p><p>solo, inviabilizando assim, o cultivo de espécies</p><p>vegetais.</p><p>POLUIÇÃO DA ÁGUA</p><p>A poluição da água, também chamada de poluição</p><p>hídrica, interfere na qualidade dos cursos de água sejam</p><p>rios, mares, oceanos e lagos.</p><p>Ela é gerada sobretudo pelo descarte de produtos e</p><p>dejetos nas águas. Os principais elementos de</p><p>contaminação das águas são gerados pelas atividades</p><p>domésticas, agrícola e industrial como o lançamento de</p><p>esgoto, produtos químicos diversos, óleo, celulose,</p><p>tintas, plástico, dentre outros.</p><p>Além de afetar e desequilibrar o ecossistema terrestre e</p><p>subterrâneo (por exemplo, o lençol freático), colocando</p><p>em risco as espécies que ali habitam, ela prejudica os</p><p>seres humanos, que deixam de usar esse recurso tão</p><p>importante por causa da contaminação das águas,</p><p>tornado assim, imprópria para o consumo.</p><p>POLUIÇÃO DO AR</p><p>A poluição do ar ou poluição atmosférica é gerada pelo</p><p>lançamento de poluentes tóxicos na atmosfera, por</p><p>exemplo, poeiras industriais, aerossóis, fumaças</p><p>negras, solventes, ácidos, hidrocarbonetos.</p><p>Dentre os principais poluentes do ar estão: monóxido de</p><p>carbono, dióxido de carbono, chumbo, dióxido de</p><p>enxofre e óxidos de azoto.</p><p>Esse tipo de poluição implica diversos fatores de risco</p><p>para a saúde humana, bem como aumenta problemas</p><p>ambientais como o efeito estufa, aquecimento global,</p><p>chuva ácida, dentre outros.</p><p>As indústrias são os principais responsáveis pela</p><p>poluição do ar, no entanto, os carros também emitem</p><p>gás carbônico. Numa grande cidade, por exemplo, onde</p><p>existem milhares de veículos, a qualidade do ar fica</p><p>afetada, o que leva a diversas doenças respiratórias e</p><p>nos piores casos, mortes por intoxicação.</p><p>Esse dado pode ser relevante quando pensamos em</p><p>cidades grandes com níveis altos de poluição</p><p>atmosférica como, por exemplo, Pequim (China) e a</p><p>cidade do México. Nesses locais, muitas pessoas usam</p><p>máscaras para evitar a contaminação.</p><p>1.4 AQUECIMENTO GLOBAL</p><p>O aquecimento global é um termo que designa um</p><p>amplo processo de aquecimento do planeta, gerado,</p><p>conforme estudos científicos diversos, pela ação</p><p>antrópica no meio. Esse processo está diretamente</p><p>ligado ao aumento geral da temperatura terrestre</p><p>registrado ao longo dos últimos anos.</p><p>O aquecimento global é comumente ligado ao efeito</p><p>estufa, que é o processo natural de retenção do calor da</p><p>esfera terrestre, mas que pode ser potencializado pelas</p><p>ações humanas, como por meio da poluição</p><p>atmosférica.</p><p>QUAIS SÃO AS CAUSAS DO AQUECIMENTO</p><p>GLOBAL?</p><p>O aquecimento global envolve um conjunto de</p><p>fenômenos que, no geral, causam o aumento da</p><p>temperatura no planeta Terra. Nessa lógica, esse</p><p>aumento exacerbado da temperatura global</p><p>está atrelado aos impactos ambientais gerados</p><p>especificamente pela ação humana, que transforma</p><p>cada vez mais o ambiente natural.</p><p>Assim, o aquecimento global envolve causas antrópicas,</p><p>ou seja, que são causadas pela ação do ser humano.</p><p>São exemplos de ações humanas que contribuem para</p><p>o aumento das temperaturas terrestres:</p><p>• registro de queimadas;</p><p>• aumento do desmatamento;</p><p>• emissão de poluentes.</p><p>QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DO</p><p>AQUECIMENTO GLOBAL?</p><p>O aquecimento global tem diversas consequências</p><p>fortemente ligadas às modificações causadas pelas</p><p>ações humanas no mundo, que, por meio do aumento</p><p>médio das temperaturas, provocam graves impactos</p><p>ambientais e grande desequilíbrio ecológico.</p><p>São exemplos de consequências do aquecimento</p><p>global:</p><p>• O aumento das médias térmicas registradas na</p><p>superfície terrestre.</p><p>• O desequilíbrio ambiental e a perda da biodiversidade</p><p>causados pelo aquecimento.</p><p>https://www.todamateria.com.br/poluicao/</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/acao-antropica.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/acao-antropica.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/efeito-estufa.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/efeito-estufa.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/poluicao-ar.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/poluicao-ar.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/queimadas.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/desmatamento.htm</p><p>89</p><p>• O descongelamento das reservas de água congelada</p><p>nas regiões frias do globo.</p><p>• A elevação gradual do nível dos mares e oceanos do</p><p>planeta.</p><p>• A mudança climática causada pela intervenção do ser</p><p>humano na natureza.</p><p>• A diminuição da oferta de recursos naturais diversos</p><p>devido às mudanças climáticas.</p><p>O AQUECIMENTO GLOBAL E O EFEITO ESTUFA</p><p>O efeito estufa é um fenômeno natural responsável pela</p><p>manutenção das temperaturas médias da superfície</p><p>terrestre. Essa espécie de camada protetora, que</p><p>envolve toda a esfera terrestre, impede que parte</p><p>importante do calor da atmosfera se dissipe, gerando</p><p>assim condições ideais para o registro e a ocorrência de</p><p>vida no planeta.</p><p>Porém, conforme a lógica do aquecimento global, esse</p><p>processo vem sofrendo grande desequilíbrio, em</p><p>especial pela intervenção humana, que, por meio de</p><p>ações como desmatamentos, queimadas e poluições,</p><p>vem aumentando a quantidade de calor retido na</p><p>atmosfera em razão do chamado efeito estufa e,</p><p>por</p><p>conseguinte, da temperatura global.</p><p>Os chamados gases estufa estão envolvidos em uma</p><p>série de ações humanas, como as citadas, que são</p><p>contribuintes de forma ativa para o aquecimento do</p><p>planeta. Esses gases ficam retidos na atmosfera</p><p>mundial justamente por meio do fenômeno do efeito</p><p>estufa, aumentando assim as temperaturas globais. São</p><p>exemplos de gases estufa: gás metano, dióxido de</p><p>carbono, hexafluoreto de enxofre e óxido nitroso.</p><p>POSSÍVEIS MEDIDAS PARA COMBATER O</p><p>AQUECIMENTO GLOBAL</p><p>O aquecimento global é um processo essencialmente</p><p>antrópico, ou seja, causado pelas ações humanas no</p><p>ambiente natural. Assim, tornam-se fundamentais ações</p><p>que atenuem a intervenção do ser humano no planeta,</p><p>especialmente por meio da diminuição de fenômenos</p><p>que causam grande interferência nas médias termais</p><p>globais e no efeito estufa terrestre, como os</p><p>desmatamentos, as queimadas e as poluições.</p><p>Assim, são possíveis medidas para combater o</p><p>aquecimento global:</p><p>• A substituição de fontes fósseis de energia por fontes</p><p>renováveis de energia.</p><p>• O aumento da fiscalização ambiental e a aplicação de</p><p>multas ambientais.</p><p>• A diminuição do lançamento de poluentes atmosféricos</p><p>pela sociedade.</p><p>• A retração dos índices de desmatamento e queimadas</p><p>registrados no globo.</p><p>• A promoção de projetos de reflorestamento e a</p><p>conservação de áreas vegetadas.</p><p>• A conscientização da população sobre o papel da</p><p>intervenção antrópica no meio.</p><p>• A adoção de políticas sustentáveis, como</p><p>a reciclagem de materiais diversos.</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>Questão 1. (UEMG 2019) O relatório divulgado pelo</p><p>IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças</p><p>Climáticas), em 2007, apontou que, até ao final do</p><p>século, a temperatura do planeta pode subir 4 graus e</p><p>serão mais frequentes os fenômenos climáticos</p><p>extremos. Em relação às fontes energéticas para</p><p>conterem o aumento da temperatura global, tornou-se</p><p>urgente</p><p>A) aplicar vultosas multas aos países que mais poluem.</p><p>B) investir em fontes limpas e em tecnologias</p><p>alternativas.</p><p>C) pesquisar novas reservas de petróleo e de gás</p><p>natural.</p><p>D) transferir as indústrias poluidoras para os países</p><p>pobres.</p><p>E) intensificar a produção de veículos a combustão para</p><p>facilitar o deslocamento para cidades com menor</p><p>poluição.</p><p>Questão 2. Muitos impactos ambientais trazem</p><p>consequências graves e algumas vezes irreversíveis</p><p>para o meio ambiente. Alguns deles são causados pelo</p><p>homem e surgem, sobretudo, pela falta de consciência</p><p>ambiental, como o uso indiscriminado dos recursos</p><p>naturais.Todas as alternativas abaixo trazem exemplos</p><p>de ações positivas relacionadas com a consciência</p><p>ambiental, exceto:</p><p>A) a economia de água e de energia.</p><p>B) o uso de automóveis.</p><p>C) o descarte correto do lixo.</p><p>D) a redução do consumo.</p><p>E) o uso de sacolas biodegradáveis.</p><p>Questão 3. (Enem) A atmosfera terrestre é composta</p><p>pelos gases nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam</p><p>cerca de 99%, e por gases traços, entre eles o gás</p><p>carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4),</p><p>ozônio (O3) e o óxido nitroso (N2O), que compõem o</p><p>restante 1% do ar que respiramos. Os gases traços, por</p><p>serem constituídos por pelo menos três átomos,</p><p>conseguem absorver o calor irradiado pela Terra,</p><p>aquecendo o planeta. Esse fenômeno, que acontece há</p><p>bilhões de anos, é chamado de efeito estufa. A partir da</p><p>Revolução Industrial (século XIX), a concentração de</p><p>gases traços na atmosfera, em particular o CO2, tem</p><p>aumentado significativamente, o que resultou no</p><p>aumento da temperatura em escala global. Mais</p><p>recentemente, outro fator tornou-se diretamente</p><p>envolvido no aumento da concentração de CO2 na</p><p>atmosfera: o desmatamento.</p><p>BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima, carbono,</p><p>florestas e comunidades. A.G. Moreira & S. Schwartzman. As mudanças</p><p>climáticas globais e os ecossistemas brasileiros. Brasília: Instituto de Pesquisa</p><p>Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).</p><p>Considerando o texto, uma alternativa viável para</p><p>combater o efeito estufa é</p><p>A) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a</p><p>substituição da produção primária pela industrialização</p><p>refrigerada.</p><p>B) promover a queima da biomassa vegetal,</p><p>responsável pelo aumento do efeito estufa devido à</p><p>produção de CH4.</p><p>C) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o</p><p>potencial da vegetação em absorver o CO2 da</p><p>atmosfera.</p><p>D) aumentar a concentração atmosférica de H2O,</p><p>molécula capaz de absorver grande quantidade de calor.</p><p>E) remover moléculas orgânicas polares da atmosfera,</p><p>diminuindo a capacidade delas de reter calor.”</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/oceanos.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/mudancas-climaticas.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/combustiveis-fosseis.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/reciclagem.htm</p><p>90</p><p>Questão 4.</p><p>(Enem) Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo</p><p>“chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em</p><p>Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do</p><p>acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre na</p><p>atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa</p><p>camada, formam gotículas de chuva ácida e partículas</p><p>de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente</p><p>ocorre no local poluidor, pois tais poluentes, ao serem</p><p>lançados na atmosfera, são levados pelos ventos,</p><p>podendo provocar a reação em regiões distantes. A</p><p>água de forma pura apresenta pH 7 e, ao contatar</p><p>agentes poluidores, reage modificando seu pH para 5,6</p><p>e até menos que isso, o que provoca reações, deixando</p><p>consequências.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado).</p><p>O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador</p><p>de graves problemas ao meio ambiente: a chuva ácida</p><p>(pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como</p><p>consequência</p><p>A) a corrosão de metais, pinturas, monumentos</p><p>históricos, destruição da cobertura vegetal e acidificação</p><p>de lagos.</p><p>B) a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo</p><p>de chuva retira poluentes da atmosfera.</p><p>C) a destruição da fauna e da flora e redução dos</p><p>recursos hídricos, com o assoreamento dos rios.</p><p>D) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão</p><p>urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e fios de</p><p>cobre da rede elétrica.</p><p>E) a degradação da terra nas regiões semiáridas,</p><p>localizadas, em sua maioria, no Nordeste do nosso</p><p>país.</p><p>Questão 5.</p><p>(Enem) Para diminuir o acúmulo de lixo e o desperdício</p><p>de materiais de valor econômico e, assim, reduzir a</p><p>exploração de recursos naturais, adotou-se, em escala</p><p>internacional, a política dos três erres: Redução,</p><p>Reutilização e Reciclagem. Um exemplo de reciclagem</p><p>é a utilização de:</p><p>A) garrafas de vidro retornáveis para cerveja ou</p><p>refrigerante.</p><p>B) latas de alumínio como material para fabricação de</p><p>lingotes.</p><p>C) sacos plásticos de supermercado como</p><p>acondicionantes de lixo caseiro.</p><p>D) embalagens plásticas vazias e limpas para</p><p>acondicionar outros alimentos.</p><p>E) garrafas PET recortadas em tiras para fabricação de</p><p>cerdas de vassouras.</p><p>SEPARAÇÃO DE MISTURAS</p><p>A natureza, os produtos que adquirimos, os materiais</p><p>confeccionados pelo ser humano, ou seja, de uma forma</p><p>geral nós e tudo que nos cerca é formado por misturas</p><p>(associação de substâncias). Para utilizarmos uma</p><p>substância qualquer é fundamental realizar a separação</p><p>de misturas.</p><p>Separação de misturas significa isolar um ou mais</p><p>componentes (substâncias) que formam a mistura, seja</p><p>ela homogênea (que apresenta apenas um aspecto</p><p>visual, fase) ou heterogênea (que apresenta pelo menos</p><p>dois aspectos visuais, fases).</p><p>Para realizar a separação dos componentes de uma</p><p>mistura é necessária a utilização de um ou mais</p><p>métodos. Abaixo, temos uma relação de diversos</p><p>métodos de separação de misturas, porém alguns mais</p><p>utilizados em misturas homogêneas, já outros em</p><p>misturas heterogêneas:</p><p>OBS.: De uma forma geral a separação dos</p><p>componentes de uma mistura quase sempre necessita</p><p>da utilização de mais de um</p><p>método.</p><p>2.1 PARA MISTURAS HETEROGÊNEAS</p><p>Catação: método de separação utilizado para separar os</p><p>componentes de uma mistura formada por sólidos de</p><p>tamanhos diferentes, ou de um sólido não dissolvido no</p><p>líquido, utilizando recursos como as mãos, uma pinça,</p><p>um pegador, etc., para fazer a retirada de um sólido.</p><p>Exemplo: separar pedras dos grãos de feijão.</p><p>Levigação: método que utiliza a força da água para</p><p>arrastar o componente menos denso de uma mistura</p><p>formada por sólidos de diferentes densidades. Exemplo:</p><p>separar o cascalho do ouro.</p><p>Ventilação: método que utiliza a força do vento para</p><p>arrastar o componente menos denso de uma mistura</p><p>formada por sólidos de diferentes densidades. Exemplo:</p><p>separar a casca do grão de amendoim.</p><p>Flotação: método no qual um líquido é adicionado a uma</p><p>mistura formada por dois sólidos, os quais não se</p><p>dissolvem e um deles é mais denso, enquanto o outro é</p><p>mais denso que o líquido. Em seguida uma decantação</p><p>é realizada. Exemplo: adicionar água em uma mistura</p><p>formada por areia e isopor.</p><p>Sifonação: Método no qual utilizamos mangueira, pipeta,</p><p>canudo, seringa e etc, para retirar o líquido mais denso</p><p>ou o menos denso de uma mistura formada por apenas</p><p>líquidos. Exemplo: Separar os componentes da mistura</p><p>formada por água e óleo.</p><p>Filtração: método no qual um filtro de papel retém o</p><p>componente sólido de uma mistura formada por um</p><p>sólido e um gás, ou um sólido não dissolvido em um</p><p>líquido. Exemplo: separar a areia da água.</p><p>Decantação: Método no qual o componente menos</p><p>denso da mistura (formada por um sólido não dissolvido</p><p>em um líquido, ou entre dois líquidos que não se</p><p>dissolvem) é posicionado em cima do componente mais</p><p>denso, devido a ação da gravidade. Exemplo: separar</p><p>barro da água.</p><p>Separação com funil de bromo: é um equipamento</p><p>específico com o qual é possível separar o líquido mais</p><p>denso do líquido menos denso de uma mistura formada</p><p>por líquidos imiscíveis, após a realização de uma</p><p>decantação dos mesmos. Exemplo: separar água e</p><p>óleo.</p><p>Centrifugação: é um método que acelera o fenômeno da</p><p>decantação, quando a mistura é submetida a</p><p>movimentos de translação em um equipamento</p><p>denominado centrífuga</p><p>Separação magnética: método no qual um ímã é</p><p>utilizado para retirar o componente metálico presente</p><p>em uma mistura formada por sólidos. Exemplo: separar</p><p>a limalha de ferro da areia.</p><p>Dissolução fracionada: método no qual um líquido é</p><p>adicionado a uma mistura formada por dois sólidos com</p><p>o objetivo de dissolver apenas um deles. Exemplo:</p><p>adicionar água em uma mistura formada por sal e areia.</p><p>Floculação: é um método que complementa a</p><p>coagulação, já que nele a mistura é agitada para</p><p>favorecer a ação do coagulante.</p><p>91</p><p>Tamisação: método no qual utiliza-se um peneira para</p><p>separar grãos sólidos de tamanho maior presentes em</p><p>uma mistura. Peneirar a farinha de trigo.</p><p>2.2 PARA MISTURAS HOMOGÊNEAS</p><p>Fusão fracionada: método utilizado para separar os</p><p>componentes de uma mistura homogênea formada</p><p>apenas por sólidos que apresentam diferentes pontos de</p><p>fusão. A mistura é aquecida até atingir o menor ponto de</p><p>fusão. Assim, em seguida, por filtração ou peneiração, o</p><p>sólido restante é separado do líquido. Exemplo:</p><p>separação dos componentes do ouro 18 quilates.</p><p>Solidificação fracionada: método utilizado para separar</p><p>os componentes de uma mistura formada por líquidos</p><p>miscíveis que apresentem diferentes pontos de fusão</p><p>através do resfriamento da mistura. A temperatura é</p><p>diminuída até o menor ponto de fusão para que apenas</p><p>um dos componentes seja transformado em sólido.</p><p>Exemplo: separar a parafina dos resíduos do petróleo.</p><p>Evaporação: método utilizado quando não temos o</p><p>objetivo de reutilizar o líquido presente na mistura.</p><p>Assim, ao evaporar o sólido é separado. Exemplo:</p><p>separação da água do sal em uma salina.</p><p>Destilação simples: método utilizado para separar os</p><p>componentes de uma mistura formada por um sólido</p><p>dissolvido em um líquido. Nele o líquido é vaporizado e</p><p>em seguida condensado, sendo recolhido em um outro</p><p>recipiente. Exemplo: separar a mistura água e sal.</p><p>Destilação fracionada: método utilizado para separar os</p><p>componentes de uma mistura formada por dois ou mais</p><p>líquidos miscíveis (que estão dissolvidos entre si). A</p><p>mistura é aquecida fazendo com que os líquidos sejam</p><p>vaporizado, porém antes de serem condensados, os</p><p>vapores são separados em uma coluna de</p><p>fracionamento. Exemplo: separar a mistura formada por</p><p>água e acetona.</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>Questão 6. (ENEM) As centrífugas são equipamentos</p><p>utilizados em laboratórios, clínicas e indústrias. Seu</p><p>funcionamento faz uso da aceleração centrífuga obtida</p><p>pela rotação de um recipiente e que serve para a</p><p>separação de sólidos em suspensão em líquidos ou de</p><p>líquidos misturados entre si.</p><p>Nesse aparelho, a separação das substâncias ocorre em</p><p>função</p><p>A) das diferentes densidades.</p><p>B) dos diferentes raios de rotação.</p><p>C) das diferentes velocidades angulares.</p><p>D) das diferentes quantidades de cada substância.</p><p>E) da diferente coesão molecular de cada substância.</p><p>Questão 7. (ENEM) A água bruta coletada de</p><p>mananciais apresenta alto índice de sólidos suspensos,</p><p>o que a deixa com um aspecto turvo. Para se obter uma</p><p>água límpida e potável, ela deve passar por um processo</p><p>de purificação numa estação de tratamento de água.</p><p>Nesse processo, as principais etapas são, nesta ordem:</p><p>coagulação, decantação, filtração, desinfecção e</p><p>fluoretação.</p><p>Qual é a etapa de retirada de grande parte desses</p><p>sólidos?</p><p>A) Coagulação.</p><p>B) Decantação.</p><p>C) Filtração.</p><p>D) Desinfecção.</p><p>E) Fluoretação.</p><p>Questão 8. (FMP) "Infelizmente, a poluição por mercúrio</p><p>na Amazônia é ignorada apesar das crescentes</p><p>evidências dos perigos que representa para as pessoas</p><p>e a vida selvagem ao longo do sistema fluvial. (...)</p><p>Além disso, as vítimas mais vulneráveis são os povos</p><p>indígenas e as comunidades locais, além de milhares de</p><p>espécies únicas desse bioma."</p><p>Disponível em: Acesso em: 1 out. 2020. Adaptado.</p><p>A principal fonte de contaminação por mercúrio na</p><p>Amazônia é a mineração de ouro artesanal de pequena</p><p>escala extraído na região. Nessa atividade, o mercúrio é</p><p>usado na purificação do ouro por meio do processo físico</p><p>de separação denominado:</p><p>(A) peneiração.</p><p>(B) centrifugação.</p><p>(C) decantação.</p><p>(D) levigação.</p><p>(E) destilação.</p><p>Questão 9. (ENEM) Para demonstrar os processos</p><p>físicos de separação de componentes em misturas</p><p>complexas, um professor de química apresentou para</p><p>seus alunos uma mistura de limalha de ferro, areia,</p><p>cloreto de sódio, bolinhas de isopor e grãos de feijão.</p><p>Os componentes foram separados em etapas, na</p><p>seguinte ordem</p><p>Em qual etapa foi necessário adicionar água para dar</p><p>sequência às separações</p><p>(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.</p><p>Questão 10.. Estima-se que cerca de um bilhão de</p><p>pessoas sofram com a falta de água potável no mundo.</p><p>Para tentar combater esse tipo de problema, uma</p><p>empresa desenvolveu um purificador de água distribuído</p><p>na forma de um sachê que é capaz de transformar dez</p><p>litros de água contaminada em dez litros de água</p><p>potável. Os principais componentes do sachê são</p><p>sulfato de ferro (III) e hipoclorito de cálcio. Para purificar</p><p>a água, o conteúdo do sachê deve ser despejado em um</p><p>recipiente com dez litros de água não potável. Depois é</p><p>preciso mexer a mistura por cinco minutos, para ocorrer</p><p>a união dos íons cálcio (Ca2+) e dos íons sulfato (SO4</p><p>2–),</p><p>produzindo sulfato de cálcio, que vai ao fundo do</p><p>recipiente juntamente com a sujeira. Em seguida, a água</p><p>deve ser passada por um filtro, que pode ser até mesmo</p><p>uma camiseta de algodão limpa. Para finalizar, deve-se</p><p>esperar por 20 minutos para que ocorra a ação</p><p>bactericida dos íons hipoclorito, ClO1–. Assim, em pouco</p><p>tempo, uma água barrenta ou contaminada se</p><p>transforma em água limpa para o consumo.</p><p>Dois processos de separação de misturas descritos no</p><p>texto são:</p><p>A) destilação e filtração.</p><p>B) decantação</p><p>e filtração.</p><p>C) decantação e levigação.</p><p>D) centrifugação e filtração.</p><p>E) centrifugação e destilação.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. (UNITAU-SP) Sobre o Aquecimento</p><p>Global, é CORRETO afirmar:</p><p>92</p><p>A) Não afeta áreas litorâneas, por serem áreas</p><p>pouco habitadas e, por isso, estarem menos</p><p>suscetíveis aos impactos do Aquecimento Global.</p><p>B) Atinge apenas países em desenvolvimento, uma</p><p>vez que, nesses países, não há investimento</p><p>adequado em energias renováveis e em</p><p>tecnologias alternativas.</p><p>C) É irreversível e constante, aumentando</p><p>ininterruptamente, ou seja, uma vez tendo sido</p><p>iniciado o processo de Aquecimento Global, não há</p><p>como reverter o quadro.</p><p>D) A Dinamarca foi escolhida como sede do</p><p>Encontro COP/15, por ser, historicamente, o país</p><p>com taxas mais elevadas de emissão de Gases do</p><p>Efeito Estufa (GEE’s).</p><p>E) De acordo com a maior parte dos cientistas, é</p><p>majoritariamente causado pela emissão dos</p><p>chamados Gases do Efeito Estufa (GEE’s), obtidos</p><p>a partir da queima de combustíveis fósseis.</p><p>Questão 2. (ENEM) O potencial brasileiro para</p><p>transformar lixo em energia permanece</p><p>subutilizado — apenas pequena parte dos resíduos</p><p>brasileiros é utilizada para gerar energia. Contudo,</p><p>bons exemplos são os aterros sanitários, que</p><p>utilizam a principal fonte de energia ali produzida.</p><p>Alguns aterros vendem créditos de carbono com</p><p>base no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo</p><p>(MDL), do Protocolo de Kyoto. Essa fonte de</p><p>energia subutilizada, citada no texto, é o</p><p>A) etanol, obtido a partir da decomposição da</p><p>matéria orgânica por bactérias.</p><p>B) gás natural, formado pela ação de fungos</p><p>decompositores da matéria orgânica.</p><p>C) óleo de xisto, obtido pela decomposição da</p><p>matéria orgânica pelas bactérias anaeróbias.</p><p>D) gás metano, obtido pela atividade de bactérias</p><p>anaeróbias na decomposição da matéria orgânica.</p><p>E) gás liquefeito de petróleo, obtido pela</p><p>decomposição de vegetais presentes nos restos de</p><p>comida.</p><p>Questão 3. (Enem 2014) Em 1872, Robert Angus</p><p>Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo</p><p>precipitações ácidas em Manchester após a</p><p>Revolução Industrial. Trata-se do acúmulo</p><p>demasiado de dióxido de carbono e enxofre na</p><p>atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa</p><p>camada, formam gotículas de chuva ácida e</p><p>partículas de aerossóis. A chuva ácida não</p><p>necessariamente ocorre no local poluidor, pois tais</p><p>poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são</p><p>levados pelos ventos, podendo provocar a reação</p><p>em regiões distantes. A água de forma pura</p><p>apresenta pH 7 e, ao contatar agentes poluidores,</p><p>reage, modificando seu pH para 5,6 e até menos</p><p>que isso, o que provoca reações que deixam</p><p>consequências.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br. Acesso em: 18 maio</p><p>2010 (adaptado).</p><p>O texto aponta para um fenômeno atmosférico</p><p>causador de graves problemas ao meio ambiente:</p><p>a chuva ácida (pluviosidade com pH baixo). Esse</p><p>fenômeno tem como consequência</p><p>A) a corrosão de metais, pinturas, monumentos</p><p>históricos, destruição da cobertura vegetal e</p><p>acidificação dos lagos.</p><p>B) a diminuição do aquecimento global, já que esse</p><p>tipo de chuva retira poluentes da atmosfera.</p><p>(C) a destruição da fauna e da flora, e redução dos</p><p>ecursos hídricos, com o assoreamento dos rios.</p><p>D) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão</p><p>urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e</p><p>fios de cobre da rede elétrica.</p><p>E) a degradação da terra nas regiões semiáridas,</p><p>localizadas, em sua maioria, no Nordeste do nosso</p><p>país.</p><p>Questão 4. (UDESC) A preocupação com as</p><p>questões ambientais tem aumentado</p><p>significativamente nas últimas décadas. A</p><p>degradação da camada de ozônio, por exemplo, foi</p><p>foco de discussões atuais, uma vez que tal camada</p><p>tem importante função de proteger o planeta Terra,</p><p>absorvendo grande parte da radiação UV</p><p>(ultravioleta) dos raios solares.</p><p>Sobre a informação, assinale a alternativa</p><p>incorreta.</p><p>A) O ozônio (O3) é um alótropo do gás oxigênio</p><p>(O2).</p><p>B) A camada de ozônio pode sofrer decomposição</p><p>em função dos óxidos de nitrogênio emitidos por</p><p>automóveis.</p><p>C) Os átomos de cloro, provenientes dos CFCs</p><p>(clorofluorcarbonos), atuam como catalisadores na</p><p>reação em que o O3(g) é convertido em O2(g).</p><p>D) A molécula de ozônio possui apenas ligações</p><p>covalentes simples.</p><p>E) O ozônio (O3) é um gás e pode ser classificado</p><p>como uma substância simples.</p><p>Questão 5. (Enem) Cerca de 1% do lixo urbano é</p><p>constituído por resíduos sólidos contendo</p><p>elementos tóxicos. Entre esses elementos estão</p><p>metais pesados como o cádmio, o chumbo e o</p><p>mercúrio, componentes de pilhas e baterias, que</p><p>são perigosos à saúde humana e ao meio</p><p>ambiente. Quando descartadas em lixos comuns,</p><p>pilhas e baterias vão para aterros sanitários ou</p><p>lixões a céu aberto, e o vazamento de seus</p><p>componentes contamina o solo, os rios e o lençol</p><p>freático, atingindo a flora e a fauna. Por serem</p><p>bioacumulativos e não biodegradáveis, esses</p><p>metais chegam de forma acumulada aos seres</p><p>humanos, por meio da cadeia alimentar. A</p><p>legislação vigente (Resolução CONAMA no</p><p>257/1999) regulamenta o destino de pilhas e</p><p>baterias após seu esgotamento energético e</p><p>determina aos fabricantes e/ou importadores a</p><p>quantidade máxima permitida desses metais em</p><p>93</p><p>cada tipo de pilha/bateria, porém o problema ainda</p><p>persiste. Uma medida que poderia contribuir para</p><p>acabar definitivamente com o problema da poluição</p><p>ambiental por metais pesados relatado no texto</p><p>seria</p><p>A) deixar de consumir aparelhos elétricos que</p><p>utilizem pilha ou bateria como fonte de energia.</p><p>B) usar apenas pilhas ou baterias recarregáveis e</p><p>de vida útil longa e evitar ingerir alimentos</p><p>contaminados, especialmente peixes.</p><p>C) devolver pilhas e baterias, após o esgotamento</p><p>da energia armazenada, à rede de assistência</p><p>técnica especializada para repasse a fabricantes</p><p>e/ou importadores.</p><p>D) criar nas cidades, especialmente naquelas com</p><p>mais de 100 mil habitantes, pontos estratégicos de</p><p>coleta de baterias e pilhas, para posterior repasse</p><p>a fabricantes e/ou importadores.</p><p>E) exigir que fabricantes invistam em pesquisa para</p><p>a substituição desses metais tóxicos por</p><p>substâncias menos nocivas ao homem e ao</p><p>ambiente, e que não sejam bioacumulativas</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>E D A D E</p><p>SOCIOLOGIA</p><p>O MUNDO DO TRABALHO</p><p>O trabalho é a atividade por meio da qual o ser</p><p>humano produz sua própria existência. A ideia não</p><p>é que o ser humano exista em função do trabalho,</p><p>mas é por meio dele que produz os meios para</p><p>manter-se vivo. Dito isso, o impacto do trabalho e</p><p>do seu contexto exercem grande influência na</p><p>construção do sujeito. Assim, existem áreas do</p><p>conhecimento dedicadas apenas a estudar as</p><p>diferentes formas em que se constituem as</p><p>relações de trabalho e seus desdobramentos na</p><p>vida de cada um de nós.</p><p>Tomemos como exemplo o rápido processo de</p><p>mudança que atingiu os países europeus no início</p><p>do século XVIII, o qual hoje chamamos de Primeira</p><p>Revolução Industrial. As relações de trabalho,</p><p>anteriormente, eram fortemente agrárias,</p><p>constituídas dentro do âmbito familiar. O ofício dos</p><p>pais era geralmente passado aos filhos, o que</p><p>garantia a construção de uma forte identidade</p><p>ligada ao labor a que o sujeito se dedicava. O</p><p>indivíduo estava ligado à terra, de onde tirava seu</p><p>sustento e o de sua família. A economia baseava-</p><p>se na troca de serviços ou de produtos concretos,</p><p>e não no valor fictício agregado a uma moeda.</p><p>As mudanças trazidas pelo surgimento da indústria</p><p>alteraram profundamente o sentido estabelecido</p><p>para o trabalho e para a relação do sujeito com ele.</p><p>A impessoalidade nas linhas de montagem que a</p><p>adoção do Fordismo trouxe, em que milhares de</p><p>pessoas amontoavam-se diante de uma atividade</p><p>repetitiva em uma linha de montagem, sem muitas</p><p>vezes nem ver o resultado final de seu esforço,</p><p>passou a ser a principal característica do trabalho</p><p>industrial.</p><p>Sendo assim, podemos considerar o trabalho como</p><p>umas das estruturas fundamentais da existência</p><p>social, assim como o fundamento real da produção</p><p>panorama deu origem a uma nova</p><p>mentalidade, que buscou romper com padrões</p><p>preestabelecidos e valorizar a ação do inconsciente</p><p>no processo criativo, entre outras linhas de</p><p>pensamento menos ortodoxas. Logo, a arte</p><p>contemporânea despontou explorando novas</p><p>linguagens, técnicas e experimentações.</p><p>Em outras palavras, esse estilo prestigia a atitude</p><p>do artista. Logo, prioriza a sua liberdade criativa e</p><p>não o objeto artístico final. Esse processo acontece</p><p>de forma profunda. Afinal, além de focar na</p><p>experimentação da produção artística, também</p><p>promove a reflexão e o rompimento de paradigmas.</p><p>Nesse contexto, é fundamental destacar a</p><p>liberdade do artista da arte contemporânea. Isso</p><p>porque, durante séculos, a arte foi atrelada às</p><p>vontades da Igreja, da sociedade ou do governo.</p><p>Ou seja, o artista não exercia seu papel com</p><p>autonomia.</p><p>Nesse cenário, a arte contemporânea surgiu como</p><p>uma espécie de libertação. Afinal, esse estilo</p><p>promove a liberdade de criação de modo intenso,</p><p>sem amarras ou censura.</p><p>Essa manifestação artística não apresenta um</p><p>estilo único, mas vários, como o minimalismo, a</p><p>Arte Conceitual, a Pop Art, e a Arte Efêmera, a arte</p><p>de rua e a performance artística.</p><p>ARTE CONTEMPORÂNEA: CARACTERÍSTICAS</p><p>- Subjetividade e a abstração;</p><p>- União de várias correntes artísticas;</p><p>- Desvinculo com padrões preestabelecidos;</p><p>- Interação da obra com o espectador;</p><p>- Forte reflexão e questionamento;</p><p>- Utilização de diferentes materiais;</p><p>- Liberdade artística;</p><p>- Uso de tecnologia e novas mídias;</p><p>- Caráter efêmero da arte.</p><p>- Abandono dos padrões habituais;</p><p>- Fusão de arte e vida;</p><p>- Uso de novas tecnologias e mídias;</p><p>- Junção de estilos artísticos;</p><p>- Interatividade das obras;</p><p>- Questionamentos da definição de arte;</p><p>- Aproximação da cultura popular;</p><p>- Uso de materiais diferentes para a produções</p><p>artísticas;</p><p>- Liberdade e efemeridade artística.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1.[...] Os trabalhos de Bispo do Rosário</p><p>diversificam-se entre justaposições de objetos e</p><p>bordados. Nos primeiros, utiliza geralmente</p><p>utensílios do cotidiano da Colônia, como canecas</p><p>de alumínio, botões, colheres, madeira de caixas</p><p>de fruta, garrafas de plástico, calçados; e materiais</p><p>comprados por ele ou pessoas amigas. Para os</p><p>bordados usa os tecidos disponíveis, como lençóis</p><p>ou roupas, e consegue os fios desfiando o uniforme</p><p>azul de interno. Prepara, com seus trabalhos, uma</p><p>espécie de inventário do mundo para o dia do Juízo</p><p>Final. Nesse dia se apresentaria a Deus, com um</p><p>manto especial, como representante dos homens e</p><p>das coisas existentes. O manto bordado traz o</p><p>nome das pessoas conhecidas, para não se</p><p>esquecer de interceder junto a Deus por elas. Bispo</p><p>faz também estandartes, fardões, faixas de miss,</p><p>fichários, entre outros, nos quais borda desenhos,</p><p>nomes de pessoas e lugares, frases com respeito</p><p>a notícias de jornal ou episódios bíblicos, reunindo-</p><p>os em uma espécie de cartografia. A criação das</p><p>peças, para ele, é uma tarefa imposta por vozes</p><p>que dizia ouvir.</p><p>museubispodorosario.com/acervo/</p><p>12</p><p>“Manto da Apresentação”, e “Eu Preciso dessas</p><p>Palavras Escritas”, ambas de Arthur Bispo do</p><p>Rosário (foto).</p><p>Artur Bispo do Rosário (1909-1989), artista</p><p>diagnosticado com esquizofrenia-paranoide,</p><p>construiu uma obra extensa, utilizando materiais</p><p>dos mais prosaicos e variados, dentro da instituição</p><p>psiquiátrica em que viveu por décadas. A partir do</p><p>texto de referência, é correto afirmar que o trabalho</p><p>desse artista</p><p>A) Dificilmente pode ser elencado no rol de práticas</p><p>artísticas válidas, uma vez que faz uso de materiais</p><p>precários e prosaicos.</p><p>B) Impõe uma revisão dos preceitos com que</p><p>geralmente pensamos e apreciamos a arte,</p><p>fazendo mesmo questionar os limites de sua</p><p>definição.</p><p>C) Demonstra que, para realizar obra inovadora na</p><p>contemporaneidade, é preciso o artista provocar</p><p>atividades e estados mentais delirantes.</p><p>D)Exemplifica de forma expressiva a continuidade</p><p>entre a arte contemporânea e o consumismo, dado</p><p>que se utiliza de objetos como garrafas usadas.</p><p>E) Não pode ser considerado artístico, embora</p><p>apresente elementos tradicionais das práticas</p><p>artísticas, porque é fruto de uma mente em</p><p>sofrimento psíquico.</p><p>Questão 2. Na exposição “A Artista Está Presente”,</p><p>no MoMa, em Nova Iorque, a performer Marina</p><p>Abramovic fez uma retrospectiva de sua carreira.</p><p>No meio desta, protagonizou uma performance</p><p>marcante. Em 2010, de 14 de março a 31 de maio,</p><p>seis dias por semana, num total de 736 horas, ela</p><p>repetia a mesma postura. Sentada numa sala,</p><p>recebia os visitantes, um a um, e trocava com cada</p><p>um deles um longo olhar sem palavras. Ao redor, o</p><p>público assistia a essas cenas recorrentes. “A</p><p>Artista Está Presente”, de Marina Abramovich e</p><p>Ulay, no MA</p><p>Disponível em: http://blogs.estadao.com.br. Acesso em: 4 nov. 2013.</p><p>O texto apresenta uma obra da artista Marina</p><p>Abramovic, cuja performance se alinha a</p><p>tendências contemporâneas e se caracteriza pela:</p><p>A) Inovação de uma proposta de arte relacional que</p><p>adentra um museu.</p><p>B) Abordagem educacional estabelecida na</p><p>relação da artista com o público.</p><p>C) Redistribuição do espaço do museu, que integra</p><p>diversas linguagens artísticas.</p><p>D) Negociação colaborativa de sentidos entre a</p><p>artista e a pessoa com quem interage.</p><p>E) Aproximação entre artista e público, o que</p><p>rompe com a elitização dessa forma de arte.</p><p>Questão 3. A obra de Joseph Kosuth data de 1965</p><p>e se constitui por uma fotografia de cadeira, uma</p><p>cadeira exposta e um quadro com o verbete</p><p>“Cadeira”. Trata-se de um exemplo de arte</p><p>conceitual que revela o paradoxo entre verdade e</p><p>imitação, já que a arte “Cadeira”, de Joseph</p><p>Kosuth.</p><p>moveisdevalor.com.br/portal/homenagem-a-uma-e-tres-cadeiras-de-joseph-kosuth</p><p>A) Não é a realidade, mas uma representação dela.</p><p>B) Fundamenta-se na repetição, construindo</p><p>variações.</p><p>C) Não se define, pois depende da interpretação do</p><p>fruidor.</p><p>D) Resiste ao tempo, beneficiada por múltiplas</p><p>formas de registro.</p><p>E) Redesenha a verdade, aproximando-se das</p><p>definições lexicais.</p><p>Questão 4. A obra, da década de 1960, pertence</p><p>ao movimento artístico Pop Art, explora a beleza e</p><p>a sensualidade do corpo feminino em uma situação</p><p>de divertimento. Historicamente, a sociedade</p><p>inventou e continua reinventando o corpo como</p><p>objeto de intervenções sociais, buscando atender</p><p>aos valores e costumes decada época. MGarota</p><p>com Bola, Roy Lichtenstein. Óleo sobre tela, 153</p><p>cm x 91,9 cm. Museu de Arte Moderna de nova</p><p>York, 1961. Na produção desses preceitos, a</p><p>erotização do corpo feminino tem sido constituída</p><p>pela:</p><p>A) Realização de exercícios físicos sistemáticos e</p><p>excessivos.</p><p>B) Utilização de medicamentos e produtos</p><p>estéticos.</p><p>C) Educação do gesto, da vontade e do</p><p>comportamento.</p><p>D) Construção de espaços para vivência de</p><p>práticas corporais.</p><p>E) Promoção de novas experiências de movimento</p><p>humano no lazer.</p><p>Questão 5. Na obra Campo relampejante (1977), o</p><p>artista Walter de Maria coloca hastes de ferro em</p><p>espaços regulares, em um campo de 1600 metros</p><p>quadrados no Novo México. O trabalho faz arte do</p><p>movimento artístico Land Art, que trata da:</p><p>“Campo Relampejante”, de Walter de Maria 1977.</p><p>Fonte: www.ballardian.com.</p><p>A) Constituição da cena artística marcada pela</p><p>paisagem natural, modificada pela multimídia.</p><p>13</p><p>B) Ocupação de um local vazio sem função</p><p>específica, passando a existir como arte.</p><p>C) Utilização de equipamentos tradicionais como</p><p>suporte para a atividade artística.</p><p>D) Divulgação de fenômenos científicos que</p><p>dialogam com a estética da arte.</p><p>E) Exposição da obra em locais naturais e</p><p>institucionais abertos ao público.</p><p>Linguagem nas Artes Visuais:</p><p>A linguagem visual leva a algum entendimento</p><p>usando símbolos gráficos para gerar um</p><p>sentimento ou uma ideia na cabeça de</p><p>quem visualiza a imagem em questão. Ao compor</p><p>uma peça de comunicação visual, o designer ou</p><p>artista estrutura o sentir e o pensar. Na tarefa,</p><p>estão</p><p>material em cada sociedade, independente do</p><p>sistema de produção adotado.</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>Questão 1. (ENEM) O impulso para o ganho, a</p><p>perseguição do lucro, do dinheiro, da maior</p><p>quantidade possível de dinheiro não tem, em si</p><p>mesma, nada que ver com o capitalismo. Tal</p><p>impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que</p><p>tem sido comum a toda sorte e condição humanas</p><p>em todos os tempos e em todos os países, sempre</p><p>que se tenha apresentada a possibilidade objetiva</p><p>para tanto. O capitalismo, porém, identifica-se com</p><p>a busca do lucro, do lucro sempre renovado por</p><p>meio da empresa permanente, capitalista e</p><p>racional. Pois assim deve ser: numa ordem</p><p>completamente capitalista da sociedade, uma</p><p>empresa individual que não tirasse vantagem das</p><p>oportunidades de obter lucros estaria condenada à</p><p>extinção.</p><p>WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São</p><p>Paulo: Martin Claret, 2001 (adaptado).</p><p>O capitalismo moderno, segundo Max Weber,</p><p>apresenta como característica fundamental a</p><p>A) competitividade decorrente da acumulação de</p><p>capital.</p><p>B) implementação da flexibilidade produtiva e</p><p>comercial.</p><p>C) ação calculada e planejada para obter</p><p>rentabilidade.</p><p>D) socialização das condições de produção.</p><p>E) mercantilização da força de trabalho.</p><p>Questão 2. (UEL) Leia o texto a seguir e responda</p><p>à questão.</p><p>Ao separar completamente o patrão e o</p><p>empregado, a grande indústria modificou as</p><p>relações de trabalho e apartou os membros das</p><p>famílias, antes que os interesses em conflito</p><p>conseguissem estabelecer um novo equilíbrio. Se</p><p>a função da divisão do trabalho falha, a anomia e o</p><p>perigo da desintegração ameaçam todo o corpo</p><p>social e quando o indivíduo, absorvido por sua</p><p>tarefa se isola em sua atividade especial, já não</p><p>percebe os colaboradores que trabalham ao seu</p><p>lado e na mesma obra, nem sequer tem ideia dessa</p><p>obra comum.</p><p>(DURKHEIM, E. A Divisão Social do Trabalho. Apud QUINTEIRO, T.;</p><p>BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Toque de Clássicos. vol 1.</p><p>Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.p.91.)</p><p>De acordo com Karl Marx, uma situação</p><p>semelhante à descrita no texto, em que</p><p>94</p><p>trabalhadores isolados em suas tarefas no</p><p>processo produtivo “não percebem seus</p><p>colaboradores na mesma obra, nem tem ideia</p><p>dessa obra comum”, é explicada pelo conceito de:</p><p>A) Alienação.</p><p>B) Ideologia.</p><p>C) Estratificação.</p><p>D) Anomia social.</p><p>E) Identidade social.</p><p>Questão 3. (UEG) Para Marx, diante da tentativa</p><p>humana de explicar a realidade e dar regras de</p><p>ação, é preciso considerar as formas de</p><p>conhecimento ilusório que mascaram os conflitos</p><p>sociais. Nesse sentido, a ideologia adquire um</p><p>caráter negativo, torna-se um instrumento de</p><p>dominação na medida em que naturaliza o que</p><p>deveria ser explicado como resultado da ação</p><p>histórico-social dos homens, e universaliza os</p><p>interesses de uma classe como interesse de todos.</p><p>A partir de tal concepção de ideologia, constata-se</p><p>que</p><p>A) A sociedade capitalista transforma todas as</p><p>formas de consciência em representações ilusórias</p><p>da realidade conforme os interesses da classe</p><p>dominante.</p><p>B) Ao mesmo tempo que Marx critica a ideologia</p><p>ele a considera um elemento fundamental no</p><p>processo de emancipação da classe trabalhadora.</p><p>C) A superação da cegueira coletiva imposta pela</p><p>ideologia é um produto do esforço individual</p><p>principalmente dos indivíduos da classe</p><p>dominante.</p><p>D) A frase “o trabalho dignifica o homem” parte de</p><p>uma noção genérica e abstrata de trabalho,</p><p>mascarando as reais condições do trabalho</p><p>alienado no modo de produção capitalista.</p><p>E) O trabalho sempre foi percebido por uma visão</p><p>positiva desde as grandes civilizações da</p><p>Antiguidade ocidental que utilizam a mão de obra</p><p>escrava.</p><p>Questão 4. (ENEM PPL) Num país que conviveu</p><p>com o trabalho escravo durante quatro séculos, o</p><p>trabalho doméstico é ainda considerado um</p><p>subemprego. E os indivíduos que atuam nessa</p><p>área são, muitas vezes, vistos pelos patrões como</p><p>um mal necessário: é preciso ter em casa alguém</p><p>que limpe o banheiro, lave a roupa, tire o pó e</p><p>arrume a gaveta. Existe uma inegável</p><p>desvalorização das atividades domésticas em</p><p>relação a outros tipos de trabalho. (RANGEL, C.</p><p>Domésticas: nascer, deixar, permanecer ou</p><p>simplesmente estar. Negritude, cinema e</p><p>educação. Belo Horizonte: Mazza, 2011)</p><p>Objeto de legislação recente, o enfrentamento do</p><p>problema mencionado resultou na:</p><p>A) Criação de novos ofícios.</p><p>B) Ampliação de direitos sociais.</p><p>C) Redução da desigualdade de gênero.</p><p>D) Fragilização da representação sindical.</p><p>E) Erradicação da atividade informal.</p><p>Questão 5. (ENEM) Na produção social que os</p><p>homens realizam, eles entram em determinadas</p><p>relações indispensáveis e independentes de sua</p><p>vontade; tais relações de produção correspondem</p><p>a um estágio definido de desenvolvimento das suas</p><p>forças materiais de produção. A totalidade dessas</p><p>relações constitui a estrutura econômica da</p><p>sociedade – fundamento real, sobre o qual se</p><p>erguem as superestruturas política e jurídica, e ao</p><p>qual correspondem determinadas formas de</p><p>consciência social.</p><p>Para o autor, a relação entre economia e política</p><p>estabelecida no sistema capitalista faz com que:</p><p>A) O proletariado seja contemplado pelo processo</p><p>de mais-valia</p><p>B) O trabalho se constitua como o fundamento real</p><p>da produção material.</p><p>C) A consolidação das forças produtivas seja</p><p>compatível com o progresso humano.</p><p>D) A autonomia da sociedade civil seja proporcional</p><p>ao desenvolvimento econômico.</p><p>E) A burguesia revolucione o processo social de</p><p>formação da consciência de classe.</p><p>CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL</p><p>O conceito de cultura é um termo extremamente</p><p>complexo. Embora pareça simples, uma mesma</p><p>palavra pode assumir diferentes significados.</p><p>Essencialmente, para as Ciências Sociais, cultura</p><p>significa o conjunto de tradições e invenções, de</p><p>produções simbólicas e materiais que caracterizam</p><p>determinado grupo social.</p><p>A antropóloga Ruth Benedict (1887-1948), afirma</p><p>que a cultura é como uma lente através da qual o</p><p>homem vê o mundo. Nesse sentido, cultura seria a</p><p>ideia de significado, ou seja, a forma como</p><p>estabelecemos significações para as coisas que</p><p>nos rodeiam. Essas significações são diferentes</p><p>para cada grupo social, o que manifesta a</p><p>diversidade cultural existente.</p><p>Indústria Cultural é um conceito de interpretação</p><p>sociológica desenvolvido por Theodor Adorno e</p><p>Max Horkheimer no livro “Dialética do</p><p>Esclarecimento” de 1944. Este conceito se refere a</p><p>produção e utilização da cultura como um bem de</p><p>consumo industrial, destituindo a arte e a cultura de</p><p>suas principais características de interpretação e</p><p>crítica da realidade.</p><p>A ideia central da Industria Cultural não é somente</p><p>o lucro. Seria a capacidade de dominar a visão de</p><p>consumo dos indivíduos. É a criação de</p><p>necessidades. As elites dominantes buscariam</p><p>incutir seus interesses e modos de pensamentos,</p><p>difundindo-os pelos meios de comunicação, sobre</p><p>as massas.</p><p>A diversão é mais relevante do que a reflexão. Os</p><p>cidadãos são bombardeados de informações que</p><p>95</p><p>os induzem a tomar decisões não refletidas.</p><p>Tomando-as como se fossem naturais, como se</p><p>fosse o padrão de comportamento esperado.</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>Questão 6. (UNICENTRO-PR) Com o</p><p>desenvolvimento do capitalismo, também a arte</p><p>passa a ser cada vez mais regida por princípios de</p><p>mercado. Em um sentido bem preciso: o formato</p><p>mercadoria passa a determinar a própria forma de</p><p>produção da arte. A ideia fundamental é a de que</p><p>há padrões, standards de produção da arte que têm</p><p>de ser respeitados se quem produz arte quiser ter</p><p>sucesso. NOBRE, Marcos. Folha de São Paulo,</p><p>Opinião, 16 dez. 2008.</p><p>Nos anos 40 do século passado, dois filósofos e</p><p>sociólogos alemães, da Escola de Frankfurt, Max</p><p>Horkheimer e Theodor Adorno, pensando a</p><p>questão da arte e da cultura no mundo capitalista,</p><p>cunharam uma expressão que, desde então,</p><p>passou a ser sistematicamente utilizada para</p><p>designar a forma de produzir e consumir cultura</p><p>nas sociedades industrializadas.</p><p>presentes o conhecimento dos elementos</p><p>visuais como representação de ideias e a</p><p>organização e a ordenação de tais elementos em</p><p>uma composição compreensível e, antes de mais</p><p>nada, legível.</p><p>Quanto mais abstrata a linguagem, mais</p><p>dificilmente será compreendida com o mesmo</p><p>significado para um número grande de</p><p>espectadores, porque cada um tem o seu</p><p>repertório mental de signos e significados.</p><p>A linguagem visual é vista, por estudiosos, como</p><p>necessária para a formação das pessoas e sua</p><p>socialização.</p><p>Já o conceito de arte visual está relacionado ao</p><p>ato de visualizar - “ver” - por isso, integra as artes</p><p>em que a fruição, ou seja, a apreciação, acontece</p><p>por meio da visão.</p><p>Por sua importância e dimensão, atualmente existe</p><p>o curso superior em “Artes Visuais”. Nele, o</p><p>estudante sai com o título de artista visual, que o</p><p>permite criar, avaliar e participar do mercado</p><p>cultural e artístico.</p><p>As Artes Visuais na Contemporaneidade</p><p>Importante destacar que o conceito de arte foi se</p><p>ampliando com o passar do tempo.</p><p>No entanto, é certo que a arte é uma manifestação</p><p>humana essencial que esteve sempre presente</p><p>desde a antiguidade, como a Arte Rupestre.</p><p>Assim, além do conceito, as temáticas, técnicas e</p><p>materiais foram se ampliando e hoje é difícil</p><p>identificar como ela surge.</p><p>Com o desenvolvimento da tecnologia e dos</p><p>computadores, a arte visual também pode ser</p><p>produzida por ferramentas tecnológicas. Podemos</p><p>citar as artes gráficas, criadas por meio de</p><p>programas de computador (softwares) denominada</p><p>de web art.</p><p>A obra Cidade Espelhada, de Giselle</p><p>Beiguelman é um exemplo de web art que, por sua</p><p>vez, faz parte das artes visuais.</p><p>As artes modernas e contemporâneas foram</p><p>responsáveis por ampliar ainda mais o conceito de</p><p>arte. Pois com elas a ideia torna-se mais importante</p><p>do que o caráter estético e visual do objeto artístico.</p><p>Refletindo a partir de outro tipo de linguagem, “a</p><p>linguagem visual”, que agrega valor à linguagem</p><p>escrita.</p><p>Décadas atrás, a disciplina sobre arte era</p><p>chamada de "educação artística" e envolvia</p><p>conceitos sobre a história da arte e basicamente, a</p><p>criação de desenhos e pinturas.</p><p>No entanto, o conceito de arte nas escolas se</p><p>expandiu e, atualmente, podemos encontrar</p><p>colégios em que disciplinas de arte visuais são</p><p>mais abrangentes. Elas incluem, por exemplo, a</p><p>dança, o teatro, a fotografia e o cinema.</p><p>Atualmente, podemos encontrar diversas variações</p><p>das artes visuais: desenho, pintura, arquitetura,</p><p>escultura, ilustrações, gravuras, vídeo-arte,</p><p>animações, colagens,arte urbana, instalações</p><p>artísticas, performances, body art, apresentações</p><p>de rua, histórias em quadrinhos, artes decorativas,</p><p>arte multimídia,design gráfico, de produtor e de</p><p>moda, entre outras.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 6. A origem da obra de arte (2002) é uma</p><p>instalação seminal na obra de Marilá Dardot.</p><p>Apresentada originalmente em sua primeira</p><p>exposição individual, no Museu de Arte da</p><p>Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um</p><p>convite para a interação do espectador, instigado a</p><p>compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo</p><p>campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de</p><p>cerâmica (ou será o contrário?) e, à disposição do</p><p>14</p><p>espectador, encontram-se utensílios de plantio,</p><p>terra e sementes. Para abrigar a obra e servir de</p><p>ponto de partida para a criação dos textos, foi</p><p>construído um pequeno galpão, evocando uma</p><p>estufa ou um ateliê de jardinagem. As 1500 letras-</p><p>vaso foram produzidas pela cerâmica que funciona</p><p>no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, num</p><p>processo que durou vários meses e contou com a</p><p>participação de dezenas de mulheres das</p><p>comunidades do entorno. Plantar palavras, semear</p><p>ideias é o que nos propõe o trabalho. No contexto</p><p>de Inhotim, onde natureza e arte dialogam de</p><p>maneira privilegiada, esta proposição se torna, de</p><p>certa maneira, mais perto da possibilidade.</p><p>“Fonte: indagacao.com.b</p><p>A Origem da Obra de Arte”, de Marilá Dardot.</p><p>A função da obra de arte como possibilidade de</p><p>experimentação e de construção pode ser</p><p>constatada no trabalho de Marilá Dardot porque:</p><p>A) O projeto artístico acontece ao ar livre.</p><p>B) O observador da obra atua como seu criador.</p><p>C) A obra integra-se ao espaço artístico e botânico.</p><p>D) As letras-vaso são utilizadas para o plantio de</p><p>mudas.</p><p>E) As mulheres da comunidade participam na</p><p>confecção das peças.</p><p>Questão 7. TEXTO I.</p><p>Disponível em: http://ladyscomicis,com.br</p><p>Acesso em: 08 de dez. 2018 (adaptado)</p><p>A Promessa da Felicidade The Promisse of</p><p>Happines, de Ju Loyola</p><p>TEXTO II.</p><p>Quadrinista surda faz sucesso na CCXP com</p><p>narrativas silenciosas. A área de artistas</p><p>independentes da Comic Con Experience (CCXP)</p><p>deste ano é a maior da história do evento geek, são</p><p>mais de 450 quadrinistas e ilustradores no Artistsꞌ</p><p>Alley. E a diversidade vai além do estilo das HQ. Em</p><p>uma das mesas na fila F, senta a quadrinista com</p><p>deficiência auditiva Ju Loyola, com suas histórias</p><p>que classifica como “narrativas silenciosas”. São</p><p>histórias que podem ser compreendidas por</p><p>crianças e adultos, e pessoas de qualquer</p><p>nacionalidade, pelo simples motivo de não terem</p><p>uma única palavra. A artista não escreve roteiros</p><p>convencionais para suas obras. Sua experiência de</p><p>ter que entender a comunicação pelo que vê faz</p><p>com que ela se identifique muito mais com o que</p><p>observa do que com o que as pessoas dizem.</p><p>E basta folhear suas obras que fica claro que elas</p><p>não são histórias em quadrinhos que perderam as</p><p>palavras, mas sim que ganharam uma nova</p><p>perspectiva. O Texto I exemplifica a obra de uma</p><p>artista surda, que promove uma experiência de</p><p>leitura inovadora, divulgada no Texto II.</p><p>Independentemente de seus objetivos, ambos os</p><p>textos:</p><p>À) Incentivam a produção de roteiros compostos</p><p>por imagens.</p><p>B) Colaboram para a valorização de enredos</p><p>românticos.</p><p>C) Revelam o sucesso de um evento de</p><p>cartunistas.</p><p>D) Contribuem com o processo de acessibilidade.</p><p>E) Questionam o padrão tradicional das HQ.</p><p>Questão 8. TEXTO I</p><p>GOELDI, O. Sem título. Bico de pena, 29,4 x 24 cm. Coleção Ary</p><p>Ferreira Macedo, circa 1940.</p><p>Fonte: https://revistacontemporartes.blogspot.com.br. Acesso em: 10</p><p>dez. 2012.</p><p>TEXTO II</p><p>Na sua produção, Goeldi buscou refletir seu</p><p>caminho pessoal e político, sua melancolia e</p><p>paixão sobre os intensos aspectos mais latentes</p><p>em sua obra, como: cidades, peixes, urubus,</p><p>caveiras, abandono, solidão, drama e medo.</p><p>O gravador Oswaldo Goeldi recebeu influências de</p><p>um movimento artístico europeu do início do século</p><p>XX, que apresenta as características reveladas nos</p><p>traços da obra de</p><p>15</p><p>ZULIETTI, L. F. Goeldi: da melancolia ao inevitável. Revista de Arte,</p><p>Mídia e Política. Acesso em: 24 abr. 2017 (adaptado).</p><p>A) Alfredo Kubin, representante do</p><p>Expressionismo. Sonho e desarranjo. Alfred Kubin.</p><p>B) Henri Matisse, representante do Fauvismo.</p><p>Bailarina deitada, Henri Matisse</p><p>C) Diego Rivera, representante do Muralismo.</p><p>Mineiro, Diego Rivera.</p><p>D) Pablo Picasso, representante do Cubismo.</p><p>Retrato de Igor Stravinsky, Pablo Picasso.</p><p>E) René Magritte, representante do Surrealismo.</p><p>Os amantes, René Magritte</p><p>Questão 9. Texto I.</p><p>Também chamados impressões ou imagens</p><p>fotogramáticas […], os fotogramas são, numa</p><p>definição genérica, imagens realizadas sem a</p><p>utilização da câmera fotográfica, por contato direto</p><p>de um objeto ou material com uma superfície</p><p>fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa</p><p>técnica, que nasceu junto com a fotografia e serviu</p><p>de modelo a muitas discussões sobre a ontologia</p><p>da imagem fotográfica, foi profundamente</p><p>transformada pelos artistas da vanguarda, nas</p><p>primeiras décadas do século XX. Representou</p><p>mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e</p><p>outros procedimentos técnicos, a incorporação</p><p>definitiva da fotografa à arte moderna e seu</p><p>distanciamento da representação figurativa.</p><p>Fonte: wikiart.org/pt/man-ray/radiografia</p><p>No fotograma de Man Ray,</p><p>o “distanciamento da</p><p>representação figurativa” a que se refere o Texto I</p><p>manifesta-se na:</p><p>A) Ressignificação do jogo de luz e sombra, nos</p><p>moldes surrealistas.</p><p>B) Imposição do acaso sobre a técnica, como</p><p>crítica à arte realista.</p><p>C) Composição experimental, fragmentada e de</p><p>contornos difusos.</p><p>D) Abstração radical, voltada para a própria</p><p>linguagem fotográfica.</p><p>E) Imitação de formas humanas, com base em</p><p>diferentes objetos.</p><p>Questão 10.</p><p>“Urbanoidades”, de Rubem Grilo. Xilo</p><p>gravura, e “O Grito”, de Munch. Litogravura. Museu Munch, Oslo,</p><p>Noruega.</p><p>Fonte: www. enciclopeida.itaucultural.org.br /</p><p>www.educacao.globo.com</p><p>“Alguns trabalhos meus se aproximam do</p><p>expressionismo. Quando se diz expressionismo, a</p><p>referencia é o expressionismo alemão, a grande</p><p>sala onde essa linguagem se tornou</p><p>universalmente conhecida.”</p><p>Rubem Grilo em Gravura – Arte brasileira do século</p><p>XX. Textos de Leon Kossovitch, Mayara Laudanna,</p><p>Ricardo Resende; Apresentação Ricardo</p><p>Ribenboim. São Paulo: Cosac & Naify/ Itaú</p><p>Cultural, 2000, p 84.</p><p>A afirmação do artista e a comparação das</p><p>gravuras acima, nos permitem perceber</p><p>A) A mesma estética, as duas obras são gravuras,</p><p>onde a figura humana aparece em primeiro plano e</p><p>o fundo é uma composição caótica e abstrata.</p><p>B) Que a semelhança entre elas está em uma</p><p>poética individual onde o artista se desgarra do</p><p>coletivo e cria imagens densas que prendem o</p><p>olhar do observador.</p><p>C) A relação entre elas está na composição caótica</p><p>e na técnica, mas uma trata da expressão dos</p><p>sentimentos do artista e a outra é uma</p><p>representação do cotidiano.</p><p>D) A ausência das cores, para destacar as linhas</p><p>fortemente marcadas nas composições, dessa</p><p>forma são construídas obras de grande impacto</p><p>emocional.</p><p>E) Que a figura humana não apresenta linhas reais,</p><p>mas demonstra a emoção dos artistas. As linhas</p><p>próprias e a ausência de cores são características</p><p>do expressionismo.</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 01. Bispo do Rosário criou 1000 peças</p><p>com objetos do cotidiano, como roupas, lençóis e</p><p>bordados e segundo seus conceitos definem que a</p><p>Arte é uma manifestação humana, e pode ser</p><p>produzida por todos. A partir das imagens podemos</p><p>dizer as imagens anteriores tratam-se também de:</p><p>16</p><p>I.“Manto da Apresentação”.</p><p>II.“Grande Velero</p><p>III.“Talheres”.</p><p>Todas as obras são de Bispo do Rosário.</p><p>Fonte: museubispodorosario.com/acervo/</p><p>A) Instalações.</p><p>B) Performances.</p><p>C) Pop Arte.</p><p>D) Minimalismo.</p><p>E) Arte Naif.</p><p>Questão 02. (Enem 2019) TEXTO I.</p><p>Fotografia de Jackson Pollock pintando em seu atelier, por Hans</p><p>Namuth, em 1951.</p><p>CHIPP H. Teoria da Arte Moderna. São Paulo. Martins Fontes. 1988</p><p>TEXTO II.</p><p>Utilizando chocolate derretido como matéria-prima,</p><p>essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre</p><p>fotografia do processo de criação de Jackson</p><p>Pollock. A originalidade dessa releitura reside na:</p><p>A) Apropriação parodística das técnicas e materiais</p><p>utilizados.</p><p>B) Reflexão acerca dos sistemas de circulação da</p><p>arte.</p><p>C) Simplificação dos traços da composição</p><p>pictórica.</p><p>D) Contraposição de linguagens artísticas distintas.</p><p>E) Crítica ao advento do abstracionismo.</p><p>Questão 03.</p><p>“Inserções em circuitos ideológicos”, de Cildo Meireles. Projeto</p><p>Cédula. Selo de goma sobre nota de 1 cruzeiro. (1975)</p><p>Fonte: https://www.todamateria.com.br/arte-conceitual/</p><p>Durante a ditadura militar no Brasil, a partir do golpe</p><p>de 1964, muitos artistas foram perseguidos e</p><p>impedidos de mostrar suas obras. Toda a produção</p><p>artística deveria antes ser avaliada pela censura,</p><p>que liberava o que considerava adequado para ser</p><p>mostrado ao público. Manifestações contrárias ao</p><p>governo militar só passavam pela censura se</p><p>conseguissem enganar os censores, ou se</p><p>encontrassem outros caminhos de divulgação.</p><p>Considerando a obra “Inserções em circuitos</p><p>ideológicos: projeto cédula”, de Cildo Meireles</p><p>(cédula de dinheiro, em diversas galerias e museus</p><p>do mundo todo, propondo a difusão das ideias e</p><p>objetos de alta circulação na sociedade), julgue</p><p>qual o item considerado como correto:</p><p>A) O artista carimbou notas de dinheiro com</p><p>questionamentos políticos e com caráter de</p><p>denúncia (informações e reflexões), a respeito da</p><p>ditadura militar.</p><p>B) A obra anterior faz parte do movimento Pop Art,</p><p>do inglês “arte popular”, que começou em 1960 nos</p><p>Estados Unidos.</p><p>C) Obra de comunicação em massa apropriando-</p><p>se de objetos e produtos de gosto ora popular, ora</p><p>elitizado.</p><p>D) O interesse do artista são os temas complexos,</p><p>que falem sobre o cotidiano, usando obras de</p><p>outros artistas do mesmo período.</p><p>E) O valor artístico está na imagem e não na ação</p><p>proposta pelo artista, que impede a reprodução da</p><p>sua obra por qualquer pessoa.</p><p>Questão 04. (Enem 2017) A série de obras</p><p>produzida por Lygia Clark, com o nome de Os</p><p>bichos, evidencia uma possibilidade de expressão</p><p>da arte contemporânea, a qual:</p><p>“Bichos”, da série de Lygia Clark</p><p>Fonte: https://www.culturagenial.com/lygia-clark/</p><p>A) Solicita a interação do público com a obra.</p><p>B) Enfatiza a visão sobre os demais sentidos</p><p>corporais.</p><p>C) Privilegia a representação de elementos da</p><p>natureza.</p><p>D) Provoca o resgate de técnicas tradicionais da</p><p>escultura.</p><p>E) Requer do observador o reconhecimento do</p><p>objeto representado.</p><p>Questão 05. (ENEM/2011) Nessa estranha</p><p>dignidade e nesse abandono, o objeto foi exaltado</p><p>de maneira ilimitada e ganhou um significado que</p><p>se pode considerar mágico. Daí sua “vida</p><p>inquietante e absurda”. Tornou-se ídolo e, ao</p><p>17</p><p>mesmo tempo, objeto de zombaria. Sua realidade</p><p>intrínseca foi anulada.</p><p>(JAFFÉ, A. O simbolismo nas artes plásticas. In : JUNG, C. G. (org.).</p><p>O homem e os seus símbolos . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008)</p><p>Cadeira com tronco, de Nelson Lernier</p><p>Fonte: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/nelson-leirner/obras/</p><p>A relação observada entre a imagem e o texto</p><p>apresentados permite o entendimento da intenção</p><p>de um artista contemporâneo. Neste caso, a obra</p><p>apresenta características</p><p>A) Funcionais e de sofisticação decorativa.</p><p>B) Futuristas e do Abstrato geométrico.</p><p>C) Construtivistas e de Estruturas Modulares.</p><p>D) Abstratas e de Releitura do Objeto.</p><p>E) Figurativas e de Representação do Cotidiano.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05</p><p>A A A A D</p><p>BIOLOGIA</p><p>ECOLOGIA</p><p>A Ecologia é a ciência que estuda as interações</p><p>entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.</p><p>Ela busca entender como os organismos interagem</p><p>entre si e com seu ambiente, como os</p><p>ecossistemas funcionam e como as atividades</p><p>humanas afetam os ecossistemas.</p><p>NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO EM ECOLOGIA</p><p>A vida como é estudada e conhecida, precisa</p><p>ser analisada em seus diversos aspectos. Desde a</p><p>visão micro até a visão mais abrangente. Em cada</p><p>nível temos atuação da biologia em suas diversas</p><p>subáreas. Destacamos abaixo, dentre os níveis de</p><p>organização biológica, aqueles que são objetos de</p><p>estudo da Ecologia.</p><p>CÉLULAS → TECIDOS → ÓRGÃOS →SISTEMAS</p><p>→ ORGANISMOS → POPULAÇÕES →</p><p>COMUNIDADES →ECOSSISTEMA → BIOSFERA</p><p>[ATUAÇÃO DA ECOLOGIA]</p><p>CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES</p><p>A energia flui, em um ecossistema, em forma de</p><p>cadeias alimentares, que mostram a transferência</p><p>de energia de um nível trófico (produtor,</p><p>consumidor primário, consumidor secundário, etc.)</p><p>para outro. Trata-se de uma sequência de seres</p><p>vivos em que um serve de alimento para outro.</p><p>Nessa rota, a energia e a matéria dos alimentos são</p><p>transferidas de um nível para outro.</p><p>OBS: Essas cadeias alimentares estão</p><p>interligadas, formando uma teia alimentar, que é</p><p>uma representação mais realista das relações</p><p>tróficas em um ecossistema.</p><p>BIOMAGNIFICAÇÃO ou BIOACUMULAÇÃO</p><p>Acúmulos progressivos de substâncias não</p><p>Biodegradáveis de um nível trófico para outro, ao</p><p>longo de uma cadeia alimentar</p><p>Fonte: blogdoenem.com.br</p><p>PIRÂMIDES ECOLÓGICAS</p><p>São representações gráficas dos níveis tróficos</p><p>de um Ecossistema.</p><p>CICLOS BIOGEOQUÍMICOS</p><p>São os processos pelos quais os elementos</p><p>químicos,</p><p>como carbono, nitrogênio, fósforo e</p><p>água, são cíclicos e continuamente reciclados na</p><p>natureza. Esses ciclos envolvem os componentes</p><p>bióticos (seres vivos) e abióticos (meio ambiente)</p><p>de um ecossistema. Alguns exemplos de ciclos</p><p>biogeoquímicos são:</p><p>CICLO DA ÁGUA: O ciclo da água é um ciclo</p><p>biogeoquímico, que garante a circulação da água</p><p>pelo meio físico e pelos seres vivos, garantindo o</p><p>movimento contínuo dessa substância.</p><p>Fonte: blogdosaled.blogspot.com</p><p>CICLO DO CARBONO:</p><p>18</p><p>Fonte: blogdoenem.com.br</p><p>PIRÂMIDES ECOLÓGICAS</p><p>São representações gráficas dos níveis tróficos de</p><p>um Ecossistema.</p><p>CICLOS BIOGEOQUÍMICOS</p><p>São os processos pelos quais os elementos</p><p>químicos, como carbono, nitrogênio, fósforo e</p><p>água, são cíclica e continuamente reciclados na</p><p>natureza. Esses ciclos envolvem os componentes</p><p>bióticos (seres vivos) e abióticos (meio ambiente)</p><p>de um ecossistema. Alguns exemplos de ciclos</p><p>biogeoquímicos são:</p><p>CICLO DA ÁGUA: O ciclo da água é um ciclo</p><p>biogeoquímico, que garante a circulação da água</p><p>pelo meio físico e pelos seres vivos, garantindo o</p><p>movimento contínuo dessa substância.</p><p>Fonte: blogdosaled.blogspot.com</p><p>CICLO DO CARBONO:</p><p>O ciclo biológico do Carbono é relativamente</p><p>rápido: estima-se que a renovação do carbono</p><p>atmosférico ocorra a cada 20 anos.</p><p>Fonte: claudioauer.blogspot.com</p><p>CICLO DO NITROGÊNIO: O ciclo do nitrogênio é</p><p>um ciclo biogeoquímico que garante a circulação</p><p>do nitrogênio no ambiente físico e nos seres vivos.</p><p>O nitrogênio é um nutriente utilizado por vários</p><p>organismos, sendo essencial para formar</p><p>proteínas, ácidos nucleicos e outros componentes</p><p>das células.</p><p>Fonte: estudoazul.blogspot.com</p><p>RELAÇÕES ECOLÓGICAS</p><p>Interações que ocorrem entre os seres vivos.</p><p>Essas relações podem ocorrer entre indivíduos de</p><p>uma mesma espécie ou de espécies diferentes e</p><p>podem ser classificadas como harmônicas e</p><p>desarmônicas, dependendo das consequências</p><p>que elas trazem aos envolvidos.</p><p>Relações Intraespecíficas:</p><p>Sociedade (++) - indivíduos de uma mesma</p><p>espécie vivem juntos, sem união física, e</p><p>apresentam uma divisão de trabalhos entre eles.</p><p>Ex: Formigas, Cupins e Abelhas.</p><p>Colônia (++) - Os indivíduos de uma mesma</p><p>espécie vivem juntos, no entanto, podem</p><p>apresentar ou não divisão de trabalho. Ex:</p><p>Caravela portuguesa, Colônias de Bactérias etc</p><p>Canibalismo (+-) - Um indivíduo alimenta-se de</p><p>outro da mesma espécie Ex: Tubarões que comem</p><p>seus filhotes.</p><p>Relações Interespecíficas:</p><p>Mutualismo (++): Indivíduos de espécies diferentes</p><p>vivem associados, sendo dependentes ou não</p><p>dessa associação. Ex: Líquens (Mutualismo</p><p>Obrigatório); Pássaros que comem pulgas de</p><p>búfalos (Mutualismo não Obrigatório –</p><p>Protocooperação).</p><p>Comensalismo (+0): Apenas uma das espécies é</p><p>beneficiada Ex: Rêmoras e Tubarões; Epifitismo</p><p>(Um tipo de inquilinismo entre plantas)</p><p>Amensalismo (+-): Um indivíduo secreta</p><p>substâncias que inibem ou impedem o</p><p>desenvolvimento de outro Ex: fungos que secretam</p><p>substâncias que causam a morte de bactérias.</p><p>Parasitismo (+-): Um dos indivíduos (parasita)</p><p>retira do organismo de outro (hospedeiro)</p><p>nutrientes para sua sobrevivência Ex: Lombrigas e</p><p>Tênias.</p><p>Predação (+-): Um indivíduo mata o de outra</p><p>espécie para alimentar-se.</p><p>SUCESSÃO ECOLÓGICA</p><p>É o processo gradual de mudanças da estrutura e</p><p>composição de uma comunidade.</p><p>Sucessão Primária – Ocorre num Ambiente nunca</p><p>habitado</p><p>https://www.biologianet.com/biodiversidade/o-que-sao-seres-vivos.htm</p><p>https://www.biologianet.com/biodiversidade/reino-ou-dominio-bacteria.htm</p><p>19</p><p>Fonte: permaculturanameruoca.files.wordpress.com</p><p>Sucessão Secundária: É a recolonização de um</p><p>ambiente que teve a sua biota devastada.</p><p>QUESTÕES PARA SALA DE AULA</p><p>Questão 1. No Pantanal, plantas aquáticas são</p><p>consumidas por lambaris, pacus e capivaras.</p><p>Nesse ambiente, lambaris e pacus servem de</p><p>alimento para piranhas, enquanto pacus e piranhas</p><p>são presos das ariranhas. Os organismos que</p><p>ocupam dois níveis tróficos na teia alimentar</p><p>descrita acima são:</p><p>A) Pacus.</p><p>B) Ariranhas.</p><p>C) Piranhas.</p><p>D) Lambaris.</p><p>E) Capivaras.</p><p>Questão 2. (UEPB) Considerando a poluição de</p><p>um ecossistema aquático por produtos clorados, a</p><p>exemplo de DDT, o componente biótico da cadeia</p><p>que deverá apresentar maior concentração do</p><p>produto será</p><p>A) o fitoplâncton</p><p>B) o zooplâncton</p><p>C) os peixes planctófagos</p><p>D) os peixes carnívoros</p><p>E) as aves piscívoras</p><p>Questão 3. Qual dos seguintes elementos é</p><p>considerado um nutriente essencial para os ciclos</p><p>biogeoquímicos, desempenhando um papel</p><p>fundamental na ciclagem de nutrientes entre os</p><p>componentes biológicos, geológicos e químicos da</p><p>Terra?</p><p>A) Nitrogênio, um elemento essencial para a</p><p>síntese de proteínas e ácidos nucleicos, que é</p><p>fixado por bactérias no solo e na água, sendo</p><p>liberado na atmosfera através da desnitrificação.</p><p>B) Oxigênio, um gás essencial para a respiração</p><p>aeróbica de organismos, mas que não está</p><p>diretamente envolvido na ciclagem de nutrientes</p><p>biogeoquímicos.</p><p>C) Cálcio, um mineral importante para a formação</p><p>de ossos e dentes em animais, mas que não está</p><p>diretamente envolvido nos ciclos biogeoquímicos.</p><p>D) Zinco, um micronutriente necessário para o</p><p>crescimento e desenvolvimento de plantas, mas</p><p>que não é considerado essencial para a ciclagem</p><p>de nutrientes biogeoquímicos.</p><p>E) Alumínio, um elemento presente em solos</p><p>ácidos que pode afetar a disponibilidade de outros</p><p>nutrientes, mas que não é considerado um</p><p>nutriente essencial para os ciclos biogeoquímicos.</p><p>Questão 4. Em uma floresta de pinheiros, os</p><p>esquilos se alimentam dos pinhões, que são as</p><p>sementes dos pinheiros. Durante a sua busca por</p><p>alimento, os esquilos acabam enterrando algumas</p><p>sementes no solo para consumo posterior. No</p><p>entanto, nem todos os pinhões enterrados são</p><p>consumidos pelos esquilos. Algumas sementes</p><p>acabam germinando e se tornando novas plantas</p><p>de pinheiro. Com base na descrição acima, qual é</p><p>o tipo de relação ecológica estabelecida entre os</p><p>esquilos e os pinheiros?</p><p>A) Competição.</p><p>B) Mutualismo.</p><p>C) Predação.</p><p>D) Parasitismo.</p><p>E) Comensalismo.</p><p>Questão 5. Em uma área degradada, por atividade</p><p>mineradora, onde o solo foi removido e houve</p><p>perda total da vegetação, a empresa responsável</p><p>realizou um processo de recuperação ambiental.</p><p>Após alguns anos, observou-se o retorno gradual</p><p>de espécies vegetais na área. Com base no</p><p>contexto apresentado, assinale a opção correta:</p><p>A) O processo observado na área é uma sucessão</p><p>ecológica do tipo primária, pois a atividade</p><p>mineradora impediu a recolonização por espécies</p><p>pioneiras ou clímax, e o processo se inicia a partir</p><p>do zero, com a colonização por espécies pioneiras.</p><p>B) O processo observado na área é uma sucessão</p><p>ecológica do tipo primária, pois houve perda total</p><p>da vegetação e do solo, e o processo se inicia do</p><p>zero, com a colonização por espécies pioneiras.</p><p>C) O processo observado na área é uma sucessão</p><p>ecológica do tipo secundária, uma vez que houve</p><p>perda total da vegetação e do solo, e o processo se</p><p>inicia com a recolonização por espécies clímax.</p><p>D) O processo observado na área é uma sucessão</p><p>ecológica do tipo secundária, uma vez que houve</p><p>perda total da vegetação e do solo, mas o ambiente</p><p>já tinha sido previamente habitado.</p><p>E) O processo observado na área é uma sucessão</p><p>ecológica do tipo secundária, pois a área já tinha</p><p>passado por um processo de sucessão ecológica</p><p>anteriormente, antes da atividade mineradora</p><p>ocorrer.</p><p>INTRODUÇÃO À BIOLOGIA</p><p>MOLECULAR</p><p>A Biologia Molecular é uma disciplina da Biologia</p><p>que estuda os processos moleculares que ocorrem</p><p>nas células, incluindo o estudo da estrutura, função</p><p>e interações das moléculas biológicas, como DNA,</p><p>RNA e proteínas. É uma área de pesquisa que tem</p><p>revolucionado a compreensão da vida e tem</p><p>aplicações em várias áreas, como medicina,</p><p>agricultura, biotecnologia e genética.</p><p>DNA e RNA</p><p>20</p><p>O DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido</p><p>ribonucleico) são moléculas nucleicas</p><p>essenciais</p><p>para a vida. O DNA é o material genético que</p><p>contém as informações necessárias para a</p><p>formação e funcionamento dos organismos,</p><p>enquanto o RNA é responsável pela síntese de</p><p>proteínas, que são as moléculas que</p><p>desempenham funções vitais nas células.</p><p>A estrutura do DNA é uma dupla hélice, composta</p><p>por duas cadeias de nucleotídeos que se ligam por</p><p>meio de pontes de hidrogênio entre suas bases</p><p>nitrogenadas. As quatro bases nitrogenadas</p><p>presentes no DNA são adenina (A), timina (T),</p><p>citosina (C) e guanina (G). A sequência de bases</p><p>no DNA determina a informação genética contida</p><p>na molécula.</p><p>Fonte: https://www.diferenca.com/dna-e-rna/</p><p>O RNA, por sua vez, é uma única cadeia de</p><p>nucleotídeos que pode ter várias formas e funções.</p><p>Existem três principais tipos de RNA: RNA</p><p>mensageiro (mRNA), RNA transportador (tRNA) e</p><p>RNA ribossômico (rRNA). O mRNA é copiado do</p><p>DNA durante um processo chamado transcrição e</p><p>serve como molde para a síntese de proteínas. O</p><p>tRNA e o rRNA estão envolvidos na tradução do</p><p>código genético do mRNA em sequências de</p><p>aminoácidos para a síntese de proteínas.</p><p>Fonte: www.timetoast.com</p><p>Replicação do DNA</p><p>A replicação do DNA é o processo pelo qual uma</p><p>célula cópia seu DNA antes de se dividir. Esse</p><p>processo é essencial para a hereditariedade e</p><p>permite que as informações genéticas sejam</p><p>transmitidas de uma geração de células para a</p><p>próxima. A replicação do DNA ocorre durante a</p><p>fase S do ciclo celular e envolve a separação das</p><p>duas cadeias de DNA e a síntese de novas cadeias</p><p>complementares a cada uma das cadeias originais.</p><p>Transcrição e Tradução</p><p>A transcrição é o processo pelo qual uma</p><p>sequência de DNA é copiada para formar uma</p><p>molécula de RNA. A enzima RNA polimerase é</p><p>responsável por sintetizar o RNA complementar à</p><p>sequência de DNA em uma das fitas de DNA. Esse</p><p>RNA recém-sintetizado, chamado de mRNA, é</p><p>então processado e transportado para fora do</p><p>núcleo para ser traduzido em proteínas no</p><p>citoplasma.</p><p>A tradução é o processo pelo qual o código</p><p>genético do mRNA é lido pelos ribossomos e usado</p><p>para sintetizar uma sequência de aminoácidos, que</p><p>se combinam para formar uma proteína. O código</p><p>genético é composto por sequências de três bases</p><p>nitrogenadas chamadas de códons, e cada códon</p><p>especifica um aminoácido específico. A sequência</p><p>de códons no mRNA é lida pelos ribossomos, que</p><p>"traduzem" o código em uma sequência de</p><p>aminoácidos, que se ligam em uma cadeia para</p><p>formar a proteína.</p><p>Fonte: AMABIS, 2006.</p><p>Questão 6. O DNA é uma molécula formada por</p><p>uma dupla fita, enrolada uma sobre a outra, que</p><p>forma uma estrutura helicoidal. Essa molécula se</p><p>caracteriza pela sua capacidade de</p><p>autoduplicação, um processo conhecido como:</p><p>A) tradução.</p><p>B) replicação.</p><p>C) transdução.</p><p>D) transcrição.</p><p>E) retificação.</p><p>Questão 7. Durante um processo de duplicação do</p><p>DNA, nucleotídeos livres encontrados no núcleo da</p><p>célula vão se emparelhando sobre a fita molde. O</p><p>emparelhamento obedece a algumas regras, a</p><p>base adenina, por exemplo, só se emparelha com:</p><p>A) citosina.</p><p>B) uracila.</p><p>C) guanina.</p><p>D) timina.</p><p>E) adenina.</p><p>Questão 8. Dada a sequência de bases</p><p>nitrogenadas do DNA:</p><p>ATG CTA GAC TCC GGA TTA</p><p>Qual é a sequência de bases nitrogenadas do RNA</p><p>transcrito a partir desta fita molde?</p><p>A) UAC GAU CUG AGG CCU AAU</p><p>B) AUG CUA GAC UCC GGA UUA</p><p>C) UAG CAU GAC UCC GGA UUU</p><p>D) AUG CUA GAC UCC GGA UUA</p><p>E) UAC GAU CUG AGG CCU AAU</p><p>Questão 9. (UFG – 2018/adaptação) O dogma</p><p>central da biologia molecular trata-se do trânsito de</p><p>informação genética do local de armazenamento</p><p>desta informação para o ponto final de expressão</p><p>https://www.diferenca.com/dna-e-rna/</p><p>http://www.timetoast.com/</p><p>21</p><p>fenotípica. Dessa forma, os eventos moleculares,</p><p>tradução, replicação e transcrição, envolvidos</p><p>neste dogma, são responsáveis pela síntese,</p><p>respectivamente, de:</p><p>A) RNA, DNA e proteína</p><p>B) Proteína, DNA e RNA</p><p>C) DNA, RNA e Proteína</p><p>D) Proteína, RNA e DNA</p><p>E) DNA, Proteína e RNA</p><p>Questão 10. (ACAFE Medicina 2019/1) O</p><p>esquema, a seguir, representa o Dogma Central da</p><p>Biologia Molecular, indicando o fluxo de</p><p>informações do código genético.</p><p>De acordo com o esquema e dos conhecimentos</p><p>relacionados ao tema, analise as afirmações a</p><p>seguir.</p><p>I. O processo indicado em I ocorre na subfase S e</p><p>é denominado replicação semiconservativa. Nesse</p><p>processo, a incorporação de um novo nucleotídeo</p><p>à cadeia de DNA requer energia, que é fornecida</p><p>pelo próprio nucleotídeo através da quebra das</p><p>ligações entre os fosfatos.</p><p>II. Em II, está representada a transcrição, processo</p><p>de formação de uma molécula de RNA a partir de</p><p>uma molécula molde de DNA. Nesse processo, as</p><p>fitas do DNA se separam e uma serve de molde</p><p>para o RNA enquanto a outra fica inativa. Ao fim da</p><p>transcrição as fitas de DNA que foram separadas</p><p>voltam a se unir.</p><p>III. Tradução é o nome que se dá ao processo</p><p>indicado por III. Nesse processo, os ribossomos</p><p>irão percorrer e ler os códons presentes em uma</p><p>molécula de RNAm, sintetizando uma proteína.</p><p>Dessa forma, toda alteração na sequência de</p><p>bases dos códons leva à alteração na estrutura da</p><p>proteína formada.</p><p>IV. Durante o ciclo celular o processo I ocorre no</p><p>núcleo e os processos II e III ocorrem no</p><p>citoplasma.</p><p>V. O produto obtido em IV é uma molécula de DNA</p><p>complementar (cDNA) sintetizada a partir de uma</p><p>molécula de RNA mensageiro. Essa síntese é</p><p>catalisada pela enzima transcriptase reversa.</p><p>Todas as afirmações corretas estão em:</p><p>A) I - II - IV</p><p>B) I - II - V</p><p>C) II - III – IV</p><p>D) I - III – V</p><p>E) II – IV – III</p><p>QUESTÕES PROPOSTAS</p><p>Questão 1. (Enem 2012) Medidas de saneamento</p><p>básico são fundamentais no processo de promoção</p><p>de saúde e qualidade de vida da população. Muitas</p><p>vezes, a falta de saneamento está relacionada com</p><p>o aparecimento de várias doenças. Nesse</p><p>contexto, um paciente dá entrada em um pronto</p><p>atendimento relatando que há 30 dias teve contato</p><p>com águas de enchente. Ainda informa que nesta</p><p>localidade não há rede de esgoto e drenagem de</p><p>águas pluviais e que a coleta de lixo é inadequada.</p><p>Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de</p><p>cabeça e dores musculares.</p><p>Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012</p><p>(adaptado).</p><p>Relacionando os sintomas apresentados com as</p><p>condições sanitárias da localidade, há indicações</p><p>de que o paciente apresenta um caso de</p><p>A) Difteria.</p><p>B) Botulismo.</p><p>C) Tuberculose.</p><p>D) Leptospirose.</p><p>E) Meningite meningocócica.</p><p>Questão 2. (Enem 2011) Os sintomas mais sérios</p><p>da Gripe A, causada pelo vírus H1N1, foram</p><p>apresentados por pessoas mais idosas e por</p><p>gestantes. O motivo aparente é a menor imunidade</p><p>desses grupos contra o vírus. Para aumentar a</p><p>imunidade populacional relativa ao vírus da gripe A,</p><p>o governo brasileiro distribuiu vacinas para os</p><p>grupos mais suscetíveis. A vacina contra o H1N1,</p><p>assim como qualquer outra vacina contra agentes</p><p>causadores de doenças infectocontagiosas,</p><p>aumenta a imunidade das pessoas porque</p><p>A) Possui anticorpos contra o agente causador da</p><p>doença.</p><p>B) Possui proteínas que eliminam o agente</p><p>causador da doença.</p><p>C) Estimula a produção de glóbulos vermelhos pela</p><p>medula óssea.</p><p>D) Possui linfócitos B e T que neutralizam o agente</p><p>causador da doença.</p><p>E) Estimula a produção de anticorpos contra o</p><p>agente causador da doença.</p><p>Questão 3. (Enem 2021) Entre 2014 e 2016, as</p><p>regiões central e oeste da África sofreram um grave</p><p>epidemia de febre hemorrágica causada pelo vírus</p><p>ebola, que se manifesta em até 21 dias após a</p><p>infecção e cuja taxa de letalidade (enfermos que</p><p>vão a óbito) pode chegar a 90%. Em regiões de</p><p>clima tropical e subtropical, um outro vírus também</p><p>pode causar febre hemorrágica: o vírus da dengue,</p><p>que, embora tenha período de incubação menor</p><p>(até 10 dias), apresenta taxa de letalidade abaixo</p><p>de 1%.</p><p>Disponível em: www.who.int. Acesso em: 1 fev. 2017</p><p>(adaptado).</p><p>Segundo as informações do texto e aplicando</p><p>princípios de evolução biológica às relações do tipo</p><p>22</p>

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