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<p>Índice</p><p>Indice de figuras ......................................................................................................................... 2</p><p>1. Introdução ............................................................................................................................... 3</p><p>1.1.Objetivos ........................................................................................................................... 4</p><p>1.1.1.Objetivo geral ............................................................................................................. 4</p><p>1.1.2.Objetivos específicos.................................................................................................. 4</p><p>1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 5</p><p>2. Precipitação ............................................................................................................................ 6</p><p>2.1. Conceito ........................................................................................................................... 6</p><p>2.2. Tipos de Precipitação ....................................................................................................... 6</p><p>2.2.1. Precipitações Ciclónicas ............................................................................................ 7</p><p>2.2.2. Precipitações Convectivas ......................................................................................... 7</p><p>2.3. Medições das Precipitações ............................................................................................. 8</p><p>2.4. Análise de Dados Pluviométricos .................................................................................... 9</p><p>2.4.1. Método Aritmético .................................................................................................... 9</p><p>2.4.2. Método de Thiessen ................................................................................................ 10</p><p>2.5. Precipitação Média sobre uma Bacia ............................................................................. 10</p><p>2.5.1. Análise das Chuvas Intensas ................................................................................... 11</p><p>2.6. Vantagens ....................................................................................................................... 12</p><p>2.6.1. Alta Eficiência de Separação ................................................................................... 12</p><p>2.6.2. Simplicidade e Custo Benefício .............................................................................. 12</p><p>2.6.3. Aplicação em Tratamento de Água ......................................................................... 13</p><p>2.6.4. Versatilidade em Diversas Indústrias ...................................................................... 13</p><p>2.7. Desvantagens ................................................................................................................. 13</p><p>2.7.1. Problemas de Pureza ............................................................................................... 13</p><p>2.7.2. Necessidade de Condições Ótimas .......................................................................... 13</p><p>2.7.3. Dificuldade em Manejar Precipitados Coloidais ..................................................... 14</p><p>2.7.4. Geração de Resíduos Sólidos .................................................................................. 14</p><p>2.7.5. Baixa Eficiência em Soluções Dilutas .................................................................... 14</p><p>3. Conclusão ............................................................................................................................. 15</p><p>Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 16</p><p>Indice de figuras</p><p>Figura 1: Precipitação ciclónica. ................................................................................................ 7</p><p>Figura 2: Precipitações convectivas. .......................................................................................... 8</p><p>Figura 3: Pluviômetros ou Pluviógrafos. .................................................................................... 9</p><p>Figura 4: Método Aritmético. ..................................................................................................... 9</p><p>Figura 5: Método de Thiessen. ................................................................................................. 10</p><p>3</p><p>1. Introdução</p><p>O presente trabalho de pesquisa surge na disciplina de Hidrografia e tem como tema</p><p>"Precipitação", que é um dos componentes mais importantes do ciclo hidrológico e desempenha</p><p>um papel central na hidrografia.</p><p>A precipitação é o principal mecanismo de recarga dos sistemas hídricos, como rios, lagos e</p><p>aquíferos, sendo fundamental para a manutenção da vida, o abastecimento humano, a</p><p>agricultura e os ecossistemas.</p><p>Na hidrografia, o estudo da precipitação é essencial para a compreensão dos processos de</p><p>escoamento superficial, infiltração e recarga dos lençóis freáticos. Ela determina a quantidade</p><p>de água que entra nas bacias hidrográficas, influenciando diretamente o comportamento dos</p><p>rios e outros corpos de água. A distribuição espacial e temporal da precipitação também é um</p><p>fator chave, pois sua variabilidade afeta a disponibilidade de recursos hídricos e o risco de</p><p>eventos extremos, como secas e inundações.</p><p>4</p><p>1.1.Objetivos</p><p>1.1.1.Objetivo geral</p><p>• Estudar acerca da Precipitação.</p><p>1.1.2.Objetivos específicos</p><p>• Conceituar a Precipitação;</p><p>• Descrever os tipos de Precipitação;</p><p>• Identificar as vantagens e desvantagens da Precipitação.</p><p>5</p><p>1.2. Metodologia</p><p>Para a elaboração deste trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica, que de acordo com Gil (2002,</p><p>p. 44) “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído</p><p>principalmente de livros e artigos científicos”. Embora em quase todos os estudos seja exigido</p><p>algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de</p><p>fontes bibliográficas.</p><p>6</p><p>2. Precipitação</p><p>2.1. Conceito</p><p>Segundo Oliveira (2010), entende-se por "Precipitação" a água proveniente do vapor de água</p><p>da atmosfera depositada na superfície terrestre sob qualquer forma: (chuva, granizo, neblina,</p><p>neve e orvalho). Representa o elo de ligação entre os demais fenômenos hidrológicos e o</p><p>fenômeno do escoamento superficial.</p><p>A precipitação é toda água que cai dos seus para atmosferas, ou seja, pode ser definida como</p><p>ponto de entrada da água em uma bacia hidrográfica.</p><p>Para que haja condensação na atmosfera, há necessidade da presença de núcleos de</p><p>condensação, em torno dos quais se formam os elementos de nuvem (pequenas gotículas de</p><p>água que permanecem em suspensão no ar). O principal núcleo de condensação é o NaCl.</p><p>Oliveira (2010), também faz menção que, precipitação pode ocorrer sob diversas formas:</p><p>• Chuva - precipitação em forma líquida, com diâmetros variando entre 200 milésimos de</p><p>milímetros e alguns milímetros; A chuva formada por gotículas cujos diâmetros são</p><p>inferiores a 0,5 milímetros é conhecida como garoa ou chuvisco;</p><p>• Neve - quando a condensação do vapor daágua ocorre em temperaturas muito baixas</p><p>(sublimação), formam-se cristais de gelo que coagulam e se precipitam em forma de</p><p>flocos;</p><p>• Granizo - precipitação em forma de pedras de gelo. Tal precipitação pode ocorrer pelo</p><p>congelamento da gota de água ao atravessar camadas atmosféricas mais frias ou pela</p><p>recirculação de cristais de gelo no interior das nuvens;</p><p>• Nevoeiro - o nevoeiro é uma nuvem ao nível do solo, com gotículas de diâmetro médio</p><p>em torno de 0,02 milímetros, conhecido também como cerração;</p><p>• Orvalho - deposição de água sobre superfícies frias, à noite, como resultado do</p><p>esfriamento do solo e do ar atmosférico</p><p>adjacente, por efeito de irradiação de calor.</p><p>2.2. Tipos de Precipitação</p><p>Segundo Carvalho (2010), faz referência que, o processo de condensação por si só não é capaz</p><p>de promover a ocorrência de precipitação, pois nesse processo são formadas gotículas muito</p><p>pequenas, denominadas de elementos de nuvem, que permanecem em suspensão na atmosfera,</p><p>não tendo massa suficiente para vencer a força de flutuação térmica.</p><p>Para que haja a precipitação deve haver a formação de gotas maiores, denominadas de</p><p>elementos de precipitação, resultantes da coalescência das gotas menores, que ocorre devido a</p><p>7</p><p>diferenças de temperatura, tamanho, cargas elétricas e também devido ao próprio movimento</p><p>turbulento.</p><p>Carvalho (2010), separou os tipos de precipitação em:</p><p>• Precipitações Ciclónicas;</p><p>• Precipitações Convectivas;</p><p>• Precipitações Orográficas.</p><p>2.2.1. Precipitações Ciclónicas</p><p>É a precipitação do tipo mais comum e resulta da ascensão do ar quente sobre o ar frio na zona</p><p>de contato entre duas massas de ar de características diferentes. Se a massa de ar se move de tal</p><p>forma que o ar frio é substituído por ar mais quente, a frente é conhecida como frente quente, e</p><p>se por outro lado, o ar quente é substituído por ar frio, a frente é fria (Carvalho, 2010).</p><p>Estão associadas com o movimento de massas de ar de regiões de alta pressão para regiões de</p><p>baixa pressão, figura a seguir ilustra uma precipitação ciclónica.</p><p>Figura 1: Precipitação ciclónica.</p><p>Fonte: UFPEL, 2009.</p><p>As precipitações ciclônicas são de longa duração e apresentam intensidades de baixa a</p><p>moderada, espalhando-se por grandes áreas. Por isso são importantes, principalmente no</p><p>desenvolvimento e manejo de projetos em grandes bacias hidrográficas.</p><p>2.2.2. Precipitações Convectivas</p><p>Segundo Carvalho (2010), são precipitações típicas das regiões tropicais. O aquecimento</p><p>desigual da superfície terrestre provoca o aparecimento de camadas de ar com densidades</p><p>diferentes, o que gera uma estratificação térmica da atmosfera em equilíbrio instável.</p><p>8</p><p>Se esse equilíbrio, por qualquer motivo (vento, superaquecimento), for quebrado, provoca uma</p><p>ascensão brusca e violenta do ar menos denso, capaz de atingir grandes altitudes.</p><p>Essas precipitações são de grande intensidade e curta duração, concentradas em pequenas áreas</p><p>(chuvas de verão). São importantes para projetos em pequenas bacias.</p><p>Resultam da ascensão mecânica de correntes de ar húmido horizontal sobre barreiras naturais,</p><p>tais como montanhas. As precipitações da Serra do Mar são exemplos típicos.</p><p>Figura 2: Precipitações convectivas.</p><p>Fonte: UFPEL, 2009.</p><p>2.3. Medições das Precipitações</p><p>Expressa-se a quantidade de chuva (h) pela altura de água caída e acumulada sobre uma</p><p>superfície plana e impermeável. Ela é avaliada por meio de medidas executadas em pontos</p><p>previamente escolhidos, utilizando-se aparelhos denominados pluviômetros ou pluviógrafos,</p><p>conforme sejam simples receptáculos da água precipitada ou registrem essas alturas no decorrer</p><p>do tempo (Carvalho, 2010).</p><p>As medidas realizadas nos pluviômetros são periódicas, geralmente em intervalos de 24 horas</p><p>(sempre às 7 da manhã).</p><p>As grandezas características são:</p><p>• Altura pluviométrica: lâmina da água precipitada sobre uma área. As medidas</p><p>• realizadas nos pluviômetros são expressas em mm;</p><p>• Intensidade de precipitação: é a relação entre a altura pluviométrica e a duração da</p><p>precipitação expressa, geralmente em mm/h ou mm/min;</p><p>• Duração: período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação (h ou min).</p><p>9</p><p>Figura 3: Pluviômetros ou Pluviógrafos.</p><p>Fonte: SondaTerra, 2009.</p><p>Segundo Carvalho (2010), os mais comuns são o Ville de Paris, com uma superfície receptora</p><p>de 400 cm</p><p>2</p><p>, e o Ville de Paris modificado, com uma área recetora de 500 cm</p><p>2</p><p>. Uma lâmina de</p><p>1,0 mm corresponde a: 400 x 0,1 = 40 cm</p><p>3 = 40 mL.</p><p>2.4. Análise de Dados Pluviométricos</p><p>Existem três métodos para essa determinação: o método Aritmético, o método de Thiessen e o</p><p>método das Isoietas.</p><p>2.4.1. Método Aritmético</p><p>Segundo Pedrazzi (2004), consiste na soma das precipitações observadas nos postos que estão</p><p>dentro da bacia e dividir o resultado pelo número deles. É o mais simples e consiste em se</p><p>determinar a média aritmética entre as quantidades medidas na área.</p><p>Esse método só apresenta boa estimativa se os aparelhos forem distribuídos uniformemente e a</p><p>área for plana ou de relevo muito suave. É necessário também que a média efetuada em cada</p><p>aparelho individualmente varie pouco em relação à média. A seguir, é mostrado um exemplo.</p><p>Figura 4: Método Aritmético.</p><p>Fonte: Pedrazzi, 2004.</p><p>10</p><p>A figura acima da bacia hidrográfica para o cálculo da precipitação média usando média</p><p>aritmética.</p><p>𝑃𝑚 =</p><p>(66 + 50 + 44 + 40)</p><p>4</p><p>= 50𝑚𝑚</p><p>2.4.2. Método de Thiessen</p><p>Segundo Pedrazzi (2004), esse método subdivide a área da bacia em áreas delimitadas por retas</p><p>unindo os pontos das estações, dando origem a vários triângulos. Traçando perpendiculares</p><p>aos lados de cada triângulo, obtêm-se vários polígonos que encerram, cada um, apenas um posto</p><p>de observação. Admite-se que cada posto seja representativo daquela área onde a altura</p><p>precipitada é tida como constante.</p><p>Cada estação recebe um peso pela área que representa em relação à área total da bacia. Se os</p><p>polígonos abrangem áreas externas à bacia, essas porções devem ser eliminadas no cálculo.</p><p>Se a área total é A e as áreas parciais A1, A2, A3, etc., com respectivamente as alturas</p><p>precipitadas P1, P2, P3, etc., a precipitação média é:</p><p>𝑃𝑚 =</p><p>A1P1 + A2P2 + A3P3 + ⋯ AnPn</p><p>A</p><p>A figura seguinte representa os polígonos do método de Thiessen na área e os dados da tabela</p><p>abaixo representam um exemplo de cálculo com as precipitações observadas e as áreas de</p><p>influência de cada posto de observação:</p><p>Figura 5: Método de Thiessen.</p><p>Fonte: Pedrazzi, 2004.</p><p>2.5. Precipitação Média sobre uma Bacia</p><p>Segundo Brandão (1995), altura média de precipitação em uma área específica é necessária em</p><p>muitos tipos de problemas hidrológicos, notadamente na determinação do balanço hídrico de</p><p>11</p><p>uma bacia hidrográfica, cujo estudo pode ser feito com base em um temporal isolado, com base</p><p>em totais anuais, etc.</p><p>2.5.1. Análise das Chuvas Intensas</p><p>Segundo Brandão (1995), precipitações intensas devem ser entendidas as chuvas de grande</p><p>intensidade, com duração desde dias a poucos minutos (10 a 5 min), cujo cálculo é fundamental</p><p>ao dimensionamento de obras hidráulicas (sistemas de drenagem, diques de proteção contra</p><p>cheias, descarregadores de barragem, etc.), na medida em que condicionam diretamente o valor</p><p>do caudal máximo de uma cheia (caudal de ponta).</p><p>2.5.1.1. Parâmetros de Caracterização das Chuvadas Intensas</p><p>As chuvadas intensas são caracterizadas por três parâmetros:</p><p>• Duração - análise da precipitação segundo a sua duração, é fundamental para o</p><p>dimensionamento das obras hidráulicas onde a determinação dos caudais de cheia é</p><p>requerida. O período de tempo a considerar pode variar desde poucos minutos (coletores</p><p>de águas pluviais) a algumas horas (obras em rios com pequenas bacias hidrográficas)</p><p>ou, até mesmo, alguns dias (obras em rios com grandes bacias hidrográficas).</p><p>• Intensidade - já se referiu que a intensidade traduz o quociente entre a altura de chuva e</p><p>o tempo de duração do evento.</p><p>• Frequência - representa a probabilidade de ocorrência de uma chuvada, conhecida a sua</p><p>duração e intensidade, normalmente expressa em termos de período de retorno (T).</p><p>As equações de chuva intensa podem ser expressas matematicamente por equações da seguinte</p><p>forma:</p><p>𝐼 =</p><p>X</p><p>(t + b)𝑐</p><p>em que: i é a intensidade máxima média para a duração t, b; e X e c são parâmetros a determinar.</p><p>Alguns autores procuram relacionar X com o período de retorno T, por meio de uma equação</p><p>do tipo C = KTa , que substituída na equação anterior.</p><p>2.5.1.2. Frequência de Totais</p><p>Precipitados</p><p>O conhecimento das características das precipitações apresenta grande interesse de ordem</p><p>técnica por sua frequente aplicação nos projetos hidráulicos. É necessário, então, se conhecer</p><p>este risco.</p><p>Para isso analisam-se estatisticamente as observações realizadas nos postos hidrométricos,</p><p>verificando-se com que frequência elas assumiram cada magnitude (Brandão, 1995).</p><p>12</p><p>Em seguida, pode-se avaliar as probabilidades teóricas.</p><p>O objetivo deste estudo é, portanto, associar a magnitude do evento com a sua frequência de</p><p>ocorrência. Isto é básico para o dimensionamento de estruturas hidráulicas em função da</p><p>segurança que as mesmas devam ter. A frequência pode ser definida por:</p><p>Número de ocorrências</p><p>Número de observações</p><p>Como exemplo: a probabilidade de jogarmos uma moeda e sair cara ou coroa é de 50%.</p><p>Entretanto, se a moeda foi lançada 10 vezes e saiu 4 caras e 6 coroas, as frequências são de 40%</p><p>e 60%, respectivamente. A frequência é uma estimativa da probabilidade e, de um modo geral,</p><p>será mais utilizada quanto maior for o número de ocorrência.</p><p>Para se estimar a frequência para os valores máximos, os dados observados devem ser</p><p>classificados em ordem decrescente e a cada um atribui-se o seu número de ordem. Para valores</p><p>mínimos, fazer o inverso. A frequência com que foi igualado ou superado um evento de ordem</p><p>m é:</p><p>𝑇 =</p><p>1</p><p>𝐹</p><p>ou 𝑇 =</p><p>1</p><p>𝑃</p><p>ou 𝑇 =</p><p>𝑛+1</p><p>𝑚</p><p>Para períodos de recorrência bem menores que o número de anos de observação, o valor</p><p>encontrado para F pode dar um boa idéia do valor real de P, mas para grandes períodos de</p><p>recorrência, a repartição de frequências deve ser ajustada a uma lei de probabilidade teórica de</p><p>modo a permitir um cálculo mais correto da probabilidade.</p><p>2.6. Vantagens</p><p>A precipitação é um processo químico amplamente utilizado na purificação e separação de</p><p>substâncias em diferentes campos, como a química, a mineração e o tratamento de águas.</p><p>2.6.1. Alta Eficiência de Separação</p><p>Uma das principais vantagens da precipitação é a sua alta eficiência na separação de compostos.</p><p>De acordo com G. P. Agarwal (2007), "a precipitação é amplamente utilizada pela sua</p><p>habilidade de remover efetivamente substâncias mesmo em baixas concentrações" (Agarwal,</p><p>2007). Esse processo permite separar com eficiência metais pesados, substâncias orgânicas e</p><p>íons indesejados de soluções, o que é crucial em processos industriais.</p><p>2.6.2. Simplicidade e Custo Benefício</p><p>O processo de precipitação é relativamente simples e não requer equipamentos sofisticados. Tal</p><p>simplicidade torna o processo mais econômico em comparação com outras técnicas de</p><p>13</p><p>separação, como a destilação ou a extração por solvente. Connelly et al. (2005) destacam que</p><p>"os custos de capital e operacionais são consideravelmente mais baixos, tornando a precipitação</p><p>uma escolha ideal para indústrias de grande escala" (Connelly et al., 2005).</p><p>2.6.3. Aplicação em Tratamento de Água</p><p>A precipitação também é largamente utilizada em tratamentos de água para remover impurezas</p><p>como íons metálicos e fosfatos. De acordo com Zhao e Stanforth (2000), "a precipitação</p><p>química é uma abordagem eficaz para a remoção de metais pesados, como cádmio, chumbo e</p><p>mercúrio, de águas residuais" (Zhao & Stanforth, 2000). Esse processo é amplamente</p><p>empregado em estações de tratamento de água devido à sua eficiência e custo acessível.</p><p>2.6.4. Versatilidade em Diversas Indústrias</p><p>Outro ponto forte da precipitação é a sua versatilidade, sendo utilizada em indústrias que variam</p><p>da mineração à produção farmacêutica. László (2012) explica que "o processo é aplicável para</p><p>a purificação de sais metálicos, recuperação de subprodutos e eliminação de contaminantes,</p><p>atendendo às demandas de múltiplas indústrias" (László, 2012).</p><p>2.7. Desvantagens</p><p>Embora o processo de precipitação apresente várias vantagens, ele também possui algumas</p><p>desvantagens que podem limitar sua aplicação em certos contextos.</p><p>2.7.1. Problemas de Pureza</p><p>Uma das principais desvantagens da precipitação é a dificuldade em obter produtos de alta</p><p>pureza, principalmente devido à co-precipitação. Este fenômeno ocorre quando substâncias</p><p>indesejadas são incorporadas ao precipitado, resultando em impurezas. Segundo Dean (2009),</p><p>"a co-precipitação pode causar a contaminação do produto final, especialmente em sistemas</p><p>complexos, o que requer processos adicionais de purificação" (Dean, 2009).</p><p>2.7.2. Necessidade de Condições Ótimas</p><p>O sucesso da precipitação depende da precisão nas condições de operação, como o pH, a</p><p>temperatura e a concentração dos reagentes. Variáveis inadequadamente controladas podem</p><p>levar a resultados ineficientes ou incompletos. Garside e Davey (2000) afirmam que "o controle</p><p>inadequado das condições de precipitação frequentemente resulta em precipitados mal</p><p>formados, o que compromete a eficiência do processo" (Garside & Davey, 2000).</p><p>14</p><p>2.7.3. Dificuldade em Manejar Precipitados Coloidais</p><p>Em alguns casos, o precipitado formado pode ser coloidal, o que torna difícil a sua separação e</p><p>remoção por técnicas tradicionais, como filtração ou centrifugação. Segundo Matijević (1994),</p><p>"precipitados coloidais são particularmente desafiadores, uma vez que suas pequenas</p><p>dimensões tornam a separação extremamente complicada e cara" (Matijević, 1994). Isso pode</p><p>aumentar significativamente os custos operacionais.</p><p>2.7.4. Geração de Resíduos Sólidos</p><p>O processo de precipitação frequentemente gera grandes volumes de resíduos sólidos, que</p><p>podem exigir descarte ou tratamento adicional, resultando em impacto ambiental. Como</p><p>apontado por Sheikholeslami (2003), "um dos maiores inconvenientes da precipitação é a</p><p>geração de resíduos que precisam ser tratados ou descartados de maneira adequada, o que</p><p>aumenta os custos de tratamento" (Sheikholeslami, 2003).</p><p>2.7.5. Baixa Eficiência em Soluções Dilutas</p><p>Em soluções muito diluídas, o processo de precipitação pode ser ineficiente devido à baixa</p><p>concentração de solutos. Nessas condições, a quantidade de precipitado formado pode ser muito</p><p>pequena, e técnicas alternativas como adsorção ou troca iônica podem ser mais eficazes. Em</p><p>um estudo de Rubin (2001), é relatado que "a precipitação pode falhar na remoção de</p><p>contaminantes de soluções com concentrações muito baixas, exigindo a combinação com outros</p><p>métodos" (Rubin, 2001).</p><p>15</p><p>3. Conclusão</p><p>A precipitação desempenha um papel fundamental na hidrografia, sendo o principal mecanismo</p><p>de entrada de água nas bacias hidrográficas e influenciando diretamente processos essenciais</p><p>como o escoamento superficial, a infiltração no solo e a recarga de aquíferos. Esses processos</p><p>são a base do ciclo hidrológico e determinam a disponibilidade de água para os sistemas naturais</p><p>e humanos.</p><p>A distribuição espacial e temporal da precipitação é um fator decisivo na variação dos recursos</p><p>hídricos, afetando diretamente a quantidade de água acessível para abastecimento, agricultura,</p><p>geração de energia e manutenção dos ecossistemas.</p><p>Além disso, o comportamento irregular da precipitação é um fator determinante na ocorrência</p><p>de eventos climáticos extremos, como secas severas e enchentes, que podem resultar em sérios</p><p>impactos sociais e econômicos.</p><p>Com as mudanças climáticas globais, a variabilidade da precipitação tem se intensificado, o</p><p>que torna o estudo, a previsão e o monitoramento das chuvas cada vez mais críticos para a</p><p>gestão sustentável dos recursos hídricos.</p><p>O entendimento da precipitação é crucial para o planeamento de infraestruturas resilientes,</p><p>como barragens e sistemas de drenagem, que minimizam os impactos dos desastres naturais.</p><p>Assim, a compreensão detalhada da precipitação no contexto hidrológico é imprescindível para</p><p>garantir o uso eficiente e equilibrado dos recursos hídricos, promovendo a preservação</p><p>ambiental e o desenvolvimento sustentável das sociedades.</p><p>16</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>Brandão,</p><p>C. (1995). Análise de precipitações intensas, IST/UTL. Dissertação para a obtenção</p><p>do grau de mestre em Hidráulica e Recursos Hídricos, Lisboa.</p><p>Carvalho, D.F. (2010). Distribuição, probabilidade de ocorrência e período de retorno dos</p><p>índices de erosividade EI30 e KE>25 em Seropédica - RJ. Engenharia Agrícola. v. 30, p. 245-</p><p>252.</p><p>Dean, J. A. (2009). Analytical Chemistry Handbook. McGraw-Hill.</p><p>Garside, J., & Davey, R. J. (2000). From Molecules to Crystallizers: An Introduction to</p><p>Crystallization. Oxford University Press.</p><p>Matijević, E. (1994). Colloid precipitation phenomena: mechanisms and structures. Colloids</p><p>and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects, 88(2), 1-12.</p><p>Oliveira, J.R. (2010). Erosão hídrica em um Argissolo Vermelho-Amarelo, sob diferentes</p><p>padrões de chuva simulada. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 14, p.</p><p>140-147.</p><p>Pedrazzi, N. (2004). A química dos precipitados: Fundamentos e aplicações industriais. Editora</p><p>Científica.</p><p>Rubin, A. J. (2001). Physicochemical Treatment Processes. CRC Press.</p><p>Sheikholeslami, R. (2003). Scaling and Precipitation in Water Systems. Desalination, 156(1-3),</p><p>30-40.</p>