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<p>MEDICINA E RELIGIÃO Uma das profissões que mais exigem um código de ética é a medicina. O motivo é evidente: cuidado com a vida humana e com a saúde dos Assim, é fundamental que todo médico esteja atento à legislação médica e ao código de ética médica para não cometer erros e agir de forma inadequada e nociva. Acompanhe a história de Layse, uma médica que passou por uma situação complicada, do ponto de vista ético e legal, no hospital em que trabalha. Layse trabalha em um hospital público há 4 anos. Ela é gastrintestinal. Não raramente, se depara com casos de perda de sangue durante cirurgias e com a necessidade de reposição. Para isso, é preciso fazer uma transfusão de sangue no paciente que sofreu a perda. Certo dia, após operar uma criança, Layse informou a família que seria necessária a reposição de sangue com certa urgência, pois a criança tinha um problema específico de hemofilia, que a levou a perder muito sangue. A família da criança em questão recusou veementemente que o procedimento fosse executado. Mesmo Layse explicando que a criança corria risco de morte, a família insistiu que não fosse feito porque a religião deles não permitia. Diante dessa complicada situação, Layse teve de ponderar tudo que acontecia do ponto de vista ético e legal. Ou seja, segundo código de ética de medicina, ela deveria realizar procedimento, pois este não ofereceria risco à vida da criança. Entretanto, para isso, teria de conseguir uma autorização judicial, uma vez que os pais se negavam a fazê-lo. Layse entrou em contato com setor jurídico do hospital que, em 2 dias, conseguiu a autorização. Esse exemplo expõe os desafios éticos da profissão. Nesse caso, Layse teve que considerar direito à vida que a criança tem, além de ponderar valor da vida humana face aos preceitos religiosos de seus pais. Nesse sentido, a sua escolha ética profissional foi priorizar a vida da criança.</p>