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<p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>www.acolitoscamacha.com</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 2</p><p>ÍNDICE</p><p>1 Introdução Página 3</p><p>2 O Acólito Página 4</p><p>2.1 Oração Página 4</p><p>2.2 O acólito é Ministro do Altar Página 4</p><p>2.3 A veste Litúrgica Página 4</p><p>2.4 Missão Página 5</p><p>3 A Igreja – Lugar de Culto Página 5</p><p>3.1 O Presbitério Página 5</p><p>3.2 A Nave Página 7</p><p>4 Os Acessórios de Culto Página 7</p><p>4.1 Livros Litúrgicos Página 7</p><p>5 Os Objectos Litúrgicos Página 9</p><p>6 Alfaias Litúrgicas Página 12</p><p>7 Vestes Litúrgicas Página 13</p><p>8 Insígnias Episcopais Página 14</p><p>9 Cores Litúrgicas Página 15</p><p>10 Ano Litúrgico Página 15</p><p>11 A Liturgia – Meta e Fonte Página 18</p><p>11.1 Divisão da Missa em Momentos Página 19</p><p>12 Esquema da Eucaristia Página 28</p><p>13 Como utilizar o turíbulo Página 32</p><p>13.1 Imposição do incenso Página 32</p><p>13.2 Como se entrega a quem vai incensar Página 32</p><p>13.3 Como se incensa Página 32</p><p>13.4 Elevações Página 32</p><p>13.5 Quando se incensa Página 33</p><p>14 Missal Romano Página 34</p><p>15 Patrono dos Acólitos em Portugal Página 35</p><p>16 Patrono Internacional dos Acólitos Página 36</p><p>17 Bibliografia Página 37</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 3</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Caros Amigos Acólitos,</p><p>Este manual foi criado com o objectivo de ser um guia de apoio no desempenho do ministério</p><p>de acólito. A partir das indicações do Secretariado Nacional da Liturgia e com base nos vários</p><p>manuais existentes para acólito fizemos este “pequeno” manual.</p><p>O acólito é chamado para ser servidor na Igreja de Jesus Cristo. Mais que servidor é chamado</p><p>a ser testemunha viva do Evangelho.</p><p>O Papa Bento XVI, por ocasião “Coetus Internationalis Ministrantium” (Peregrinação</p><p>Internacional dos Acólitos), afirmou que quando nós, acólitos, quando participamos na Eucaristia</p><p>desempenhando o nosso ministério, oferecemos a todos um testemunho.</p><p>Ser acólito é ter uma vivência extraordinária da Eucaristia. É vivê-la de uma maneira profunda</p><p>e sincera! Por isso devemos ter muita atenção nos nossos gestos e atitudes nas celebrações porque</p><p>tudo isso fará com que a celebração seja mais digna e vivida.</p><p>A nossa veste impele-nos um sentido de respeito, uma dignidade que deve ser vivida e</p><p>transmitida. Pertencer a um grupo de acólitos é, sobretudo, uma experiência de fé.</p><p>Por isso, como responsável pelo grupo, desejo que todos aproveitem este manual e saibam</p><p>tudo o que aqui se encontra. Só com uma boa formação e vivência do nosso serviço é que seremos</p><p>bons acólitos!</p><p>O Responsável pelo G.A.P.C.</p><p>Dinarte Góis</p><p>“Queridos Acólitos, na realidade vós já sois apóstolos de Jesus! Quando participais na Liturgia</p><p>desempenhando o vosso serviço no altar, ofereceis a todos um testemunho.”</p><p>Bento XVI</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 4</p><p>2 - O ACÓLITO</p><p>2.1 Oração</p><p>enhor Jesus Cristo,</p><p>sempre vivo e presente connosco,</p><p>tornai-me digno de Vos servir no Altar da Eucaristia,</p><p>onde se renova o sacrifício da Cruz</p><p>e Vos ofereceis por todos os homens.</p><p>Vós que quereis ser para cada um o amigo e o sustentáculo</p><p>no caminho da vida,</p><p>concedei-me uma fé humilde e forte,</p><p>alegre e generosa, pronta para vos testemunhar e servir.</p><p>E porque me chamaste ao vosso serviço,</p><p>permiti que Vos procure e vos encontre,</p><p>e, pelo sacramento do vosso Corpo e Sangue,</p><p>permaneça unido a Vós para sempre</p><p>Ámen.</p><p>2.2 O Acólito é Ministro do Altar</p><p>Ministro é aquele que exerce um mistério, isto é um serviço. Etimologicamente acólito</p><p>significa “o que segue”, “o acompanhante” dos ministros ordenados.</p><p>A celebração litúrgica exige a presença de diversos ministros. Um deles é o acólito.</p><p>O seu lugar é no presbitério onde tem assento no lugar mais conveniente, donde mais</p><p>facilmente possa desempenhar as funções que lhe estão atribuídas (cf. IG, 310).</p><p>2.3 A veste Litúrgica</p><p>A veste sagrada comum a todos os ministros, seja qual for o seu grau, é a alva que será</p><p>ajustada à cintura por um cíngulo (…) (IG, 336).</p><p>A apresentação geral do Acólito, desde os sapatos ao cabelo, da barba às unhas, deve</p><p>condizer com a veste sagrada que enverga com a dignidade do serviço.</p><p>S</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 5</p><p>2.4 Missão</p><p>O acólito acompanha e serve o presidente da celebração da Eucaristia, que tanto pode ser o</p><p>Bispo como o presbítero. Em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário</p><p>da Comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração.</p><p>O acólito começa a ajudar e servir quando o Bispo ou o presbítero, na sacristia, quando</p><p>tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar vestido e pronto, para poder ajudar. Depois,</p><p>acompanha-os na procissão de entrada, indo à frente.</p><p>Podemos dizer então que o acólito tem a missão de acompanhar e servir o próprio Jesus. Ele</p><p>não O vê com os seus olhos; mas a fé diz-lhe que é assim.</p><p>Cada acólito deve ir descobrindo sempre estas verdades da fé. Se as não descobre, corre o</p><p>risco de se cansar de ser acólito. Mas se as descobre e experimenta, então vai desejar ser escolhido</p><p>muitas vezes para acólito, e que outros o sejam também, para sentirem a mesma alegria que ele</p><p>sente.</p><p>3 - A IGREJA – LUGAR DE CULTO</p><p>Falar da Igreja, lugar de culto, é falar da casa da comunidade cristã. E esta - bem o sabemos</p><p>- não deve separar a vida cultural da sua vida missionária e caritativa. Donde se depreende que,</p><p>além do Templo e da sacristia, a igreja deve ter um cartório, gabinetes de atendimento, salas de</p><p>reunião e convívio, etc.</p><p>Fixemo-nos, contudo, na igreja – local para celebrar a Liturgia. A igreja divide-se basicamente</p><p>em 2 zonas principais. São elas:</p><p>• O Presbitério</p><p>• A Nave</p><p>3.1 O Presbitério</p><p>O Presbitério encontra-se destacado da nave da igreja e é o local onde estão os sacerdotes e</p><p>os acólitos. É o centro da acção comum e onde decorrem os ritos principais.</p><p>No Presbitério podemos encontrar:</p><p>Altar - Onde são colocados o pão e</p><p>o vinho durante a oração eucarística.</p><p>É o local onde se torna presente o</p><p>sacrifício da Cruz e é também a</p><p>mesa do Senhor.</p><p>Para a celebração eucarística deve</p><p>ser sempre coberto com uma toalha</p><p>e um corporal.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 6</p><p>Credência – Pequena mesa que se deve</p><p>encontrar nas imediações do altar e serve</p><p>para a purificação dos vasos sagrados.</p><p>Presidência - Local onde o Presidente da</p><p>assembleia se senta, bem como os outros</p><p>ministros do altar, conforme a construção</p><p>do mesmo.</p><p>Ambão - Suporte que sustenta o</p><p>Leccionário sendo por isso o local onde são</p><p>proclamadas as leituras, o salmo</p><p>responsorial, o Precónio Pascal (na Vigília</p><p>Pascal), a Homilia e a Oração dos Fieis,</p><p>bem como deve ser usado para</p><p>comentários e a regência do coro se for</p><p>necessário.</p><p>Sacrário ou Tabernáculo - Pequena caixa</p><p>de metal ou de madeira fechada com uma</p><p>porta e que serve para guardar a reserva</p><p>da Santíssima Eucaristia. Deve situar-se em</p><p>lugar de honra e apto para a oração</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 7</p><p>3.2 Nave</p><p>Na nave podemos encontrar:</p><p>4 - OS ACESSÓRIOS DE CULTO</p><p>Um acólito deve conhecer os acessórios de culto para que estes possam ser identificados sem</p><p>deixar dúvidas. Para uma melhor familiarização com os mesmos é bom que se dirijam até à sacristia</p><p>e os aprendam a reconhecer.</p><p>Mas não se esqueçam: quem diz sacristia diz “silêncio” e “recolhimento”. É lá que os</p><p>Sacerdotes se paramentam e preparam para as cerimónias.</p><p>4.1 Livros Litúrgicos</p><p>Círio Pascal - Vela</p><p>de grandes dimensões</p><p>que se encontra no Presbitério pela Páscoa.</p><p>Baptistério – É o lugar onde está a fonte</p><p>ou pia baptismal, é reservado à celebração</p><p>do Baptismo. Constitui uma das partes</p><p>principais da Igreja, pois lá renascem os</p><p>cristãos pela água e pelo Espírito Santo.</p><p>Missal Romano - Livro que contém as orações</p><p>próprias da Missa e assinala os ritos que devem</p><p>seguir para a celebrar.</p><p>Leccionários - Livro em que se encontram as</p><p>leituras bíblicas, que se lêem nas celebrações</p><p>litúrgicas.</p><p>- Leccionário ferial (leituras da semana);</p><p>- Leccionário santoral (leitura dos santos);</p><p>- Leccionário dominical (leituras do Domingo).</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 8</p><p>Oração dos Fiéis - Livro, em que se encontram</p><p>os distintos formulários para a oração universal da</p><p>Missa. Com este livro, pedimos por todas as</p><p>pessoas e exercemos, assim, intercessão diante de</p><p>Deus.</p><p>Ritual – Livro em que contém as celebrações dos</p><p>distintos sacramentos (excepto o da Eucaristia).</p><p>Pontifical – Livro em que contém as orações e os</p><p>ritos para as celebrações dos sacramentos e</p><p>sacramentais reservadas aos bispos: confirmação,</p><p>ordem sagrada, bênção dos santos óleos, etc.</p><p>A Liturgia das Horas – Livro de oração de toda a</p><p>Igreja.</p><p>Evangeliário - É o livro, usado na Missa, durante</p><p>a Liturgia da palavra. O livro, contém os</p><p>evangelhos para os domingos e festas do Ano</p><p>Litúrgico, ou seja, contém trechos dos evangelhos</p><p>de Mateus, Marcos, Lucas, e de João.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Missa</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Liturgia_da_palavra</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Mateus</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucas</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 9</p><p>5 - OS OBJECTOS LITÚRGICOS</p><p>Cálice - É a taça ou o copo onde se põe o vinho e</p><p>um pouco de água, e se faz a consagração</p><p>Píxide ou Âmbula - É o recipiente em forma de</p><p>copo no qual se põem as partículas, e no qual se</p><p>guardam no sacrário.</p><p>Caixa Cibório - Espécie de caixa destinada a levar o</p><p>Viático (chamasse viático quando o Sacramento da</p><p>Eucaristia é administrado fora da Igreja), aos</p><p>doentes.</p><p>Custódia - É um objecto de metal, redondo, onde</p><p>se coloca a hóstia grande consagrada, para que os</p><p>fiéis adorem o Corpo de Cristo. A custódia usa-se na</p><p>exposição solene do Santíssimo Sacramento e nas</p><p>procissões eucarísticas.</p><p>Lúmula - Faz parte da Custódia. Trata-se de um</p><p>pequeno círculo, geralmente de metal precioso, que</p><p>serve para segurar a hóstia.</p><p>Patena - É um recipiente em forma de prato</p><p>pequeno, onde se põe o pão que vai ser consagrado.</p><p>Coluna ou suporte para a Custódia – É uma</p><p>pequena coloca onde é colocada a custódia para a</p><p>exposição do Santíssimo Sacramento.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 10</p><p>Galhetas - São os dois pequenos recipientes com o</p><p>vinho e a água que os acólitos levam ao altar no</p><p>momento da preparação dos dons.</p><p>Naveta - É o recipiente onde vai o incenso.</p><p>Turíbulo - É o queimador do incenso usado nas</p><p>solenidades e festas.</p><p>Hissope - Objecto que serve para aspergir com</p><p>água benta.</p><p>Caldeirinha - Pequeno recipiente, mais ou menos</p><p>trabalhado, de metal, que contém a água benta</p><p>usada nas aspersões.</p><p>Lavandas - São as coisas necessárias para que o</p><p>sacerdote possa lavar as mãos antes de dar início à</p><p>Oração Eucarística: a bacia, a jarra com água e a</p><p>toalha.</p><p>Carrilhão de sinos e Sineta – É usado para maior</p><p>atenção no momento mais solene da Missa, a</p><p>Consagração.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 11</p><p>Resplendor e Coroa - Círculo de raios de metal</p><p>sustido por um espigão que se encaixa na cabeça</p><p>das imagens.</p><p>Lanterna – Estas têm função de acompanhar a cruz</p><p>processional.</p><p>Cruz Processional – É a cruz usada na entrada</p><p>solene da Eucaristia bem como nas procissões.</p><p>Umbela – É um Pálio pequeno em forma de chapéu-</p><p>de-sol usado dentro da Igreja.</p><p>Pálio – Espécie de sobrecéu sustido por varas,</p><p>debaixo do qual vai o Santíssimo Sacramento nas</p><p>procissões.</p><p>Vasos dos santos óleos - São os recipientes em</p><p>que se guardam os santos óleos do Crisma, dos</p><p>catecúmenos e dos enfermos.</p><p>Castiçal – Suporte em que se coloca uma vela para</p><p>iluminar.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 12</p><p>6 - ALFAIAS LITÚRGICAS</p><p>Corporal - Pano quadrado sobre o qual são</p><p>colocados directamente a patena e o cálice, e</p><p>também a custódia durante a exposição do</p><p>Santíssimo Sacramento.</p><p>Sanguíneo 1 - É um pequeno pano branco que</p><p>serve para limpar e enxugar o cálice e a patena</p><p>depois da Comunhão.</p><p>Manustérgio 2 - Toalha apresentada pelo acólito ao</p><p>sacerdote no momento do lavabo.</p><p>Pala - É um pequeno rectângulo de pano de linho</p><p>com que se pode cobrir o cálice.</p><p>Purificador – É um pequeno pano rectangular com</p><p>o qual os Ministros Extraordinários da Comunhão</p><p>purificam os dedos, antes e depois da administração</p><p>da Comunhão aos fiéis. Também utilizamos a mesma</p><p>designação para o recipiente que contem a água</p><p>para a purificação dos dedos.</p><p>1</p><p>2</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 13</p><p>7 - VESTES LITÚRGICAS</p><p>Alva - É a veste branca que cobre todo o corpo e é</p><p>comum a todos os ministros da celebração litúrgica.</p><p>Cíngulo - É o cordão branco ou de cores com que</p><p>se aperta a alva quando ela não se ajusta</p><p>completamente ao corpo.</p><p>Casula - É a veste ampla, branca ou de outra</p><p>cor, aberta dos lados e sem mangas. Usam-na</p><p>o bispo e o presbítero na Missa.</p><p>Estola - É uma peça comprida e estreita de pano, da</p><p>cor litúrgica do dia, que se põe sobre a alva. O bispo</p><p>e o presbítero deixam-na cair sobre o peito, ao passo</p><p>que o diácono a usa em diagonal sobre o peito.</p><p>Alva do Cerimoniário Alva do Acólito</p><p>Dalmática - É uma veste solene, com</p><p>meias mangas, que o diácono pode usar.</p><p>Capa de Asperges ou Pluvial 1 - É uma capa</p><p>usada nalgumas celebrações, principalmente, nas</p><p>procissões.</p><p>Véu de ombros 2 - Manto rectangular que o</p><p>sacerdote utiliza sobre os ombros para dar a bênção</p><p>do Santíssimo Sacramento.</p><p>Amito 3 - É um rectângulo de pano branco que se</p><p>pode colocar por debaixo da alva em volta do</p><p>pescoço, para cobrir perfeitamente a gola da camisa.</p><p>1 2</p><p>3</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 14</p><p>8 – INSÍGNIAS EPISCOPAIS</p><p>Sobrepeliz - Veste branca usada sobre a batina,</p><p>para substituir a alva (usada em procissões e na</p><p>celebração de alguns sacramentos, como a</p><p>confissão).</p><p>Batina - É uma veste eclesiástica, própria de</p><p>diáconos, presbíteros, bispos e seminaristas.</p><p>Tradicionalmente, possui 33 botões de alto a baixo,</p><p>representando a idade de Cristo, e cinco botões em</p><p>cada punho, representando as cinco chagas de</p><p>Cristo. Pode ser usada com uma faixa à cintura, cuja</p><p>cor varia segundo o grau na hierarquia católica.</p><p>Anel - Símbolo de aliança e de fidelidade à Igreja.</p><p>Báculo - Bastão alto que recorda que o bispo é o</p><p>pastor da Diocese, imagem do Bom Pastor, Jesus</p><p>Cristo.</p><p>Mitra - Chapéu alto de duas pontas usado sobre o</p><p>solidéu.</p><p>Solidéu - Pequeno “barrete” usado por alguns</p><p>judeus e por eclesiásticos católicos para cobrir a</p><p>tonsura ou o alto da cabeça.</p><p>Cruz Peitoral - É usada pelos</p><p>bispos significando o</p><p>amor e devoção do portador pela Cruz de Cristo.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 15</p><p>9 – CORES LITÚRGICAS</p><p>Branco - Usa-se nos tempos de festa: Tempo de Páscoa, Tempo de Natal, Festas do Senhor</p><p>(excepto as da Paixão), Santos e Anjos (excepto mártires), Virgem Maria (Portugal pode usar o</p><p>azul) e nos Sacramentos do Baptismo, Confirmação, Matrimónio e Ordem e representa alegria</p><p>(festa), pureza e sinceridade.</p><p>Vermelho - Usa-se no Domingo de Ramos, Sexta-Feira Santa, Domingo de Pentecostes,</p><p>Celebrações da Paixão, Exaltação da Santa Cruz, Festas dos Apóstolos e Evangelistas e nas festas</p><p>e memórias dos Santos Mártires e representa o martírio (sangue), sofrimento e perseverança.</p><p>Roxo - Usa-se no tempo do Advento, tempo de Quaresma, missas de defuntos e Sacramentos da</p><p>Penitência e Unção dos Doentes e representa a penitência, humildade, conversão e espera.</p><p>Verde - Usa-se durante o tempo Comum e representa a Esperança Cristã.</p><p>Cor-de-rosa - Pode usar-se ou não no III Domingo do Advento («Gaudete») e no IV da</p><p>Quaresma («Laetare») e representa alegria.</p><p>Azul - Pode usar-se ou não na Solenidade da Imaculada Conceição; é um privilégio concedido</p><p>pela Santa Sé e representa o manto azul de Nossa Senhora, pureza e beleza.</p><p>10 – ANO LITÚRGICO</p><p>Recorde-se que na Igreja existem 3 anos litúrgicos: A, B e C. Terminando o ano A começa o B e</p><p>assim sucessivamente. Terminando o ano C começa novamente no ano A.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 16</p><p>A</p><p>n</p><p>o</p><p>L</p><p>it</p><p>ú</p><p>rg</p><p>ic</p><p>o</p><p>Advento</p><p>Inicio: Quatro domingos antes do Natal (entre 27/11 e 3/12);</p><p>Término: Dia 24 de Dezembro;</p><p>Espiritualidade: Purificação de Vida;</p><p>Ensinamento: Humildade e Autenticidade;</p><p>Atitude: Mudança de vida (preparar o caminho do Senhor);</p><p>Cor dos Paramentos: Roxo, Rosa (3º dom.) e Azul (Imaculada</p><p>Conceição).</p><p>Natal</p><p>Inicio: 24 de Dezembro (com as vésperas);</p><p>Término: Duas semanas depois com a festa do Baptismo do Senhor;</p><p>Espiritualidade: Alegria e Humildade;</p><p>Ensinamento: O Filho de Deus fez-se Homem;</p><p>Atitude: Fé e gratidão ao Salvador;</p><p>Cor dos Paramentos: Branco.</p><p>Outras</p><p>Festas</p><p>Festa da Sagrada Família (Domingo dentro da oitava do Natal ou no</p><p>dia 30/12);</p><p>Festa de Maria, Mãe de Deus (Ano Novo);</p><p>Epifania do Senhor (Domingo próximo ao dia 6 de Janeiro);</p><p>Baptismo do Senhor;</p><p>Cor dos paramentos: Branco.</p><p>Tempo</p><p>Comum</p><p>I - Parte</p><p>Início: Segunda-feira após o Baptismo de Jesus;</p><p>Término: Terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas;</p><p>Espiritualidade: Alegria e esperança;</p><p>Ensinamento: Vida de santidade pregada por Jesus;</p><p>Atitude: Ouvir atentamente a Palavra de Deus;</p><p>Cor dos paramentos: Verde (representa a esperança cristã).</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 17</p><p>A</p><p>n</p><p>o</p><p>L</p><p>it</p><p>ú</p><p>rg</p><p>ic</p><p>o</p><p>Quaresma</p><p>Início: Quarta-feira de Cinzas;</p><p>Término: com a Missa «in coena Domini» (Quinta-Feira Santa);</p><p>Espiritualidade: Penitência e conversão;</p><p>Ensinamento: “O Meu Reino não é deste mundo”, “Arrependei-</p><p>vos e acreditai no Evangelho”;</p><p>Atitude: Renunciar ao mal;</p><p>Cor dos Paramentos: Roxo (representa a penitência e humildade)</p><p>e Rosa (IV dom. - «Laetare»).</p><p>Semana</p><p>Santa</p><p>Domingo de Ramos: Entrada de Jesus em Jerusalém (Vermelho);</p><p>Quarta-feira Santa: Ceia do Senhor (Branco);</p><p>Sexta-feira Santa: Paixão e Morte de Cristo (Vermelho);</p><p>Sábado Santo: Vigília Pascal (Branco);</p><p>Outros dias feriais: Roxo.</p><p>Páscoa</p><p>Início: Vigília Pascal;</p><p>Término: 50 dias depois (Pentecostes) da Ressurreição (Páscoa);</p><p>Espiritualidade: Alegria e esperança;</p><p>Ensinamento: Libertação do pecado e da morte;</p><p>Atitude: Ressuscitar com Cristo;</p><p>Cor dos Paramentos: Branco (representa a alegria e sinceridade).</p><p>Outras</p><p>Festas</p><p>Ascensão: No VII Domingo depois da Páscoa (Branco);</p><p>Pentecostes: 50 dias depois da Páscoa (Vermelho).</p><p>Tempo</p><p>Comum</p><p>II - Parte</p><p>Início: Segunda-feira após Pentecostes;</p><p>Término: Véspera do primeiro Domingo do Advento;</p><p>Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus;</p><p>Ensinamento: A Igreja é o sinal do Reino;</p><p>Atitude: Ressuscitar com Cristo;</p><p>Cor dos Paramentos: Verde (representa a esperança cristã).</p><p>Outras</p><p>Festas</p><p>Santíssima Trindade: X Dom. do Tempo Comum (Branco);</p><p>Domingo após Pentecostes;</p><p>Corpo de Deus: Quinta-feira após a Santíssima Trindade (Branco);</p><p>Cristo Rei: Último Domingo do Tempo Comum;</p><p>Sagrado Coração de Jesus: Sexta-Feira a seguir a duas sextas-</p><p>feiras após Domingo Pentecostes.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 18</p><p>Em resumo:</p><p>Início do ano litúrgico (logo após a festa de Cristo Rei)</p><p>ADVENTO - tempo de esperança e de preparação para a festa do Natal;</p><p>NATAL DO SENHOR - nascimento de Jesus;</p><p>EPIFANIA - festa da manifestação de Cristo;</p><p>BAPTISMO DO SENHOR - fim do ciclo do Natal;</p><p>TEMPO COMUM OU PER ANNUM;</p><p>CINZAS - o povo de Deus reconhece que é pecador e fraco nesta vida terrena;</p><p>QUARESMA - Tempo de preparação para a Páscoa;</p><p>DOMINGO DE RAMOS - Celebra a entrada triunfante de Jesus Cristo em Jerusalém;</p><p>TRÍDUO PASCAL - é composto por:</p><p>o Ceia do Senhor;</p><p>o Paixão do Senhor;</p><p>o Vigília Pascal.</p><p>PÁSCOA - Ressurreição de Cristo - Prolonga-se até ao Pentecostes. Pentecostes significa o</p><p>quinquagésimo dia, durando por isso 50 dias a festa da Páscoa;</p><p>TEMPO COMUM OU PER ANNUM;</p><p>TODOS OS SANTOS;</p><p>FESTA DE CRISTO REI - fim do ano litúrgico.</p><p>11 – A LITURGIA – Meta e Fonte</p><p>Etimologicamente, a palavra «Liturgia» significa «obra pública», «serviço por parte de/e em</p><p>favor do povo». Na tradição cristã, quer dizer que o povo de Deus toma parte na «obra de Deus».</p><p>Pela Liturgia, Cristo, nosso Redentor e Sumo-Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela,</p><p>a obra da nossa redenção. (CIC, 1069)</p><p>No Novo Testamento, a palavra «Liturgia» é empregada para designar, não somente a</p><p>celebração do culto divino, mas também o anúncio do Evangelho e a caridade. (...) (CIC, 1070)</p><p>A Liturgia no desempenho do ministério do Acólito</p><p>O acólito, é o ajudante na paróquia, que deve ter um maior conhecimento, na forma como se</p><p>serve a Deus (a Liturgia), na Eucaristia. Ele é um dos responsáveis, para que toda a celebração,</p><p>decorra com uma beleza e dignidade, que lhe é devida.</p><p>Os acólitos, ao desempenharem, um ministério litúrgico, são em particular chamados a ser,</p><p>“fontes de conhecimento”, para toda a assembleia, desde a sua maneira de estar até aos gestos</p><p>corporais e funções que desempenha.</p><p>A função primordial de um acólito é, em primeiro lugar, servir o sacerdote, mas outra missão</p><p>é destinada, educar a assembleia, dando às celebrações litúrgicas, principalmente à Eucaristia,</p><p>uma participação activa dos fiéis.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 19</p><p>A Liturgia, sendo também, a acção corporal eminente, necessita de treino, por parte dos</p><p>Acólitos, pois ela, é uma maneira de solenizar e sobretudo, uma forma educativa, pois, mais uma</p><p>vez, o acólito anuncia e exprime por uma linguagem não-verbal, o mistério que se celebra, do</p><p>qual devemos ter o maior apreço, respeito e devoção.</p><p>11.1 Divisão da Missa em Momentos</p><p>A Eucaristia é formada por 5 momentos ou períodos distintos:</p><p>1. Ritos Iniciais</p><p>2. Liturgia da Palavra</p><p>3. Liturgia Eucarística</p><p>4. Ritos da Comunhão</p><p>5. Ritos Finais</p><p>1 - Ritos Iniciais:</p><p>a) Saudação</p><p>b) Acto Penitencial</p><p>c) Gloria</p><p>d) Oração Colecta</p><p>2 - Liturgia da Palavra:</p><p>a) 1ª Leitura e Salmo Responsorial</p><p>b) 2ª Leitura (Epistola)</p><p>c) Evangelho</p><p>d) Homilia</p><p>e) Credo</p><p>f) Oração dos fiéis</p><p>3 - Liturgia Eucarística:</p><p>a) Apresentação dos dons</p><p>b) Oração sobre as oblatas</p><p>c) Oração Eucarística</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 20</p><p>A Oração Eucarística é formada por:</p><p>1) Diálogo inicial “ O Senhor esteja</p><p>convosco...”</p><p>2) Acção de graças (Prefácio) - em nome de todo o povo santo, o sacerdote glorifica a</p><p>Deus Pai e dá-lhe graças por toda a obra da salvação por algum dos seus aspectos</p><p>particulares, conforme o dia, a festa ou o tempo litúrgico.</p><p>3) Aclamação (Sanctus)</p><p>4) Epiclese “ Vós Senhor sois verdadeiramente Santo...”</p><p>5) Narração da instituição e consagração</p><p>6) Anamenese “Mistério da fé“</p><p>7) Oblação</p><p>8) Intercessões (pelos defuntos)</p><p>9) Doxologia final “ Por Cristo com Cristo...”</p><p>4 - Ritos da Comunhão:</p><p>a) Pai-nosso</p><p>b) Abraço da paz</p><p>c) Comunhão</p><p>5 - Ritos de Conclusão:</p><p>a) Oração depois da comunhão</p><p>b) Bênção Final</p><p>Vejamos algumas partes da Eucaristia de forma a compreendê-las melhor:</p><p>1. Entrada do celebrante</p><p>Ideias e reflexões</p><p>No início da Missa, todos ficam de pé. O cântico de entrada transforma-se em assembleia</p><p>todos aqueles que participam na celebração; entretanto, o sacerdote, acompanhados pelos seus</p><p>ajudantes, aproxima-se do altar e beija-o. A sede é o lugar do presbitério para o qual o sacerdote</p><p>se dirige no princípio da missa: está voltado para as pessoas e pretende mostrar a missão que</p><p>tem o sacerdote de presidir à assembleia e de conduzir a oração o celebrante é o sinal visível</p><p>de Jesus prensente no meio dos cristãos reunidos em oração: ele toma a palavra em nome de</p><p>todos e dirige-se a Deus como porta-voz das orações de todos aqueles que estão presentes na</p><p>Missa.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 21</p><p>Que dizer</p><p>Ficamos todos de pé, fazemos o sinal da cruz e cantamos um hino, escolhido nesse dia para</p><p>dar inicio à Missa. Muitas vezes há um coro.</p><p>Em certas ocasiões solenes, ou seja, importantes o sacerdote dirige-se para a sede,</p><p>acompanhado pelos acólitos, depois de ter feito uma procissão desde a sacristia ou, por vezes,</p><p>desde o fundo da Igreja.</p><p>É assim que Jesus nos acolhe com alegria em sua casa. Embora sejamos todos diferentes -</p><p>crianças, adolescentes, adultos e idosos - face a Deus formamos uma única e grande família!</p><p>2. Saudação do celebrante</p><p>Ideias e reflexões</p><p>Tal como acontece em qualquer outro encontro ou reunião de pessoas, quando nos reunimos</p><p>na igreja saudamo-nos uns aos outros e também saudamos Jesus.</p><p>A saudação tem lugar depois de o sacerdote ter beijado o altar. Com a saudação, o</p><p>celebrante anuncia a toda a assembleia a presença de Jesus no mio dos fiéis, ao mesmo tempo</p><p>que faz uma breve introdução á missa do dia.</p><p>Esse gesto e a resposta dos fiéis reunidos representam precisamente, a grande maravilha da</p><p>igreja, enquanto o povo de Deus reunido para adorar e louvar o Senhor.</p><p>Que dizer</p><p>O sinal da cruz é anúncio jubiloso da nossa fé e a recordação do nosso Baptismo.</p><p>Depois do sinal da cruz, o sacerdote dá as boas-vindas a todos. Ele pede que a graça (ou seja, a</p><p>amizade) de Jesus desça sobre todos nós com as palavras «O Senhor esteja convosco»</p><p>Nós saudamos o sacerdote, pedindo a bênção de Deus também para ele. Como resposta à</p><p>sua saudação, todos respondemos: «Ele está no meio de nós».</p><p>3. Acto penitencial</p><p>Ideias e reflexões</p><p>Devemos participar na Missa conscientes dos nossos limites e dos nossos pecados: por isso o</p><p>sacerdote convida-nos a reconhecer os nossos pecados e a invocar a misericórdia de</p><p>Deus, para podermos depois receber a Comunhão. É o momento penitencial. Numa breve</p><p>pausa de silêncio, cada um pensa nos pecados que cometeu. Depois todos pedem perdão em voz</p><p>alta e batem três vezes no peito. O acto penitencial ajuda-nos a exprimir o nosso</p><p>arrependimento dos pecados que cometemos, porque sabemos que Deus está connosco e com</p><p>toda a assembleia, disposto a perdoar com imenso amor.</p><p>O sacerdote, invoca para todos o perdão de Deus, e assim termina o acto penitencial.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 22</p><p>Que dizer</p><p>«Somos irmãos, mas não somos bons como Jesus quer»</p><p>Somos chamados a ser bondosos para com o próximo; às vezes descuidamo-nos e</p><p>esquecemo-nos de tratar os outros como deveríamos, ou seja, como irmãos da única grande</p><p>família que foi redimida por Jesus.</p><p>Por isso estamos descontentes e, antes de ouvirmos a Palavra de Deus, queremos dizê-lo a</p><p>Deus e aos nossos irmãos e irmãs.</p><p>Pedimos a bênção, que nos ajuda a cumprir os nossos deveres na sociedade como pessoas</p><p>consagradas e filhos de Deus que honram o Baptismo que receberam. Deus está sempre disposto</p><p>a perdoar-nos. O amor de Deus está sempre pronto para nos vir ajudar e consular.</p><p>4. Senhor, tende piedade…</p><p>Ideias e reflexões</p><p>Trata-se de uma antiga expressão que remonta ao século IV depois de Cristo e provém da</p><p>Palestina, terra onde Jesus viveu. Com ela, além de louvor o Senhor, também imploramos o seu</p><p>perdão.</p><p>Esta expressão também pode ser recitada na sua forma original, em língua grega, ou sejas:</p><p>«kyrie eléison, Christe eléison, kyrie eléison».</p><p>Esta fórmula tríplice também pode ser usada noutras ocasiões como Rito penitencial, fora</p><p>da celebração da Missa.</p><p>Que dizer</p><p>Há muitos anos, o latim e o grego eram línguas habitualmente faladas por toda a gente. Até á</p><p>reforma da Liturgia, a Missa era celebrada em latim.</p><p>Actualmente, as pessoas já não conhecem línguas antigas, por isso a Missa celebra-se na</p><p>língua nacional de cada país.</p><p>Apesar de tudo, e porque também é bom recordar as tradições herdadas pela igreja antiga,</p><p>por vezes a expressão de invocação de perdão ainda recitada em língua grega.</p><p>Por isso, durante a Missa, é interessante prestar atenção à língua utilizada para recitar essa</p><p>fórmula.</p><p>5. Sequência da Liturgia Eucarística</p><p>Ideias e reflexões:</p><p>Chegámos ao princípio da Liturgia Eucarística; o sacerdote dirige-se ao altar e prepara</p><p>tudo: as hóstias, para consagrar, o cálice e as galhetas são levados ao celebrante por algumas</p><p>das pessoas presentes. A estes juntam-se ainda outros dons (habitualmente dinheiro), para</p><p>cobrir as necessidades da igreja e dos pobres.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 23</p><p>A Missa é a renovação (e a recordação) dos gestos realizados por Jesus na última Ceia.</p><p>Por isso, no altar, o sacerdote pronuncia uma oração sobre o pão e sobre o vinho,</p><p>precisamente como fez Jesus. Nessa oração reconhecemos que tudo o que temos é fruto do</p><p>nosso trabalho, mas também é sempre dom do amor de Deus.</p><p>Na Oração Eucarística agradecemos a Deus por nos ter dado Jesus. Na Comunhão, as</p><p>hóstias e o vinho consagrados são distribuídos, tal como Jesus fez com os seus discípulos na</p><p>Última Ceia.</p><p>Que dizer:</p><p>Tal como a Liturgia da Palavra, também a Liturgia Eucarística segue uma ordem</p><p>sequencial. Primeiro preparam-se os dons. Depois esses dons são abençoados.</p><p>Por fim, a comunidade une-se em comunhão para comer e beber o corpo e sangue de</p><p>Cristo.</p><p>Durante a Liturgia Eucarística acontecem muitas coisas. Tal como em casa se preparam os</p><p>alimentos e, quando estão prontos, se partilham, também na Missa o sacerdote prepara as hóstias</p><p>e o vinho, abençoa-os e reparte-os pela comunidade, para que esta se torna mais forte no</p><p>amor de Deus.</p><p>Em casa, depois de termos consumido os alimentos, levantamos a mesa; assim também, na</p><p>igreja, se levanta o altar.</p><p>Finalmente, assim como em casa partilhamos o amor depois de termos comido, quando</p><p>saímos da Igreja partilhamos o amor de Deus.</p><p>6. Apresentação dos Dons e das Oferendas</p><p>Ideias e reflexões:</p><p>Tudo o que é bom é dom de Deus. Apresentamos ao Senhor Deus o pão e o vinho, dando-</p><p>Lhe graças pelos dons recebidos: pela vida, pelos frutos da terra e pelo trabalho dos homens (CIC</p><p>4.2.1 e 4.1, n.º214).</p><p>Na apresentação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho: as mesmas coisa que Jesus</p><p>tomou nas suas mãos durante a Última Ceia. O aspecto prático da recolha de dinheiro durante</p><p>a Missa reside na possibilidade de ajudar a igreja e os pobres da comunidade.</p><p>A oferta é uma prova da nossa generosidade para com aqueles que precisam. É</p><p>importante que as crianças entendam que devemos ajudar os pobres. No início da Liturgia</p><p>Eucarística, a oferta em dinheiro e as hóstias e o vinho a consagrar são levados até ao altar. A</p><p>apresentação dos dons representa para as crianças um bom ponto de referência para saberem</p><p>qual o momento em que começa esta Liturgia.</p><p>Que dizer:</p><p>Quando somos convidados para uma festa, é costume levar um presente: levamos os dons</p><p>porque participamos num acontecimento muito alegre e queremos partilhar a nossa felicidade</p><p>com os outros. Durante a celebração da Missa também levamos dons.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 24</p><p>Há muito tempo, os fiéis recolhiam alimentos e outros objectos úteis para dar aos</p><p>necessitados.</p><p>Hoje, colocamos no cesto uma oferta em dinheiro. Deste modo, todos podemos contribuir</p><p>para as necessidades dos pobres e ajudar a Igreja.</p><p>O nosso dinheiro também distribuído pelas missões espalhadas pelo mundo inteiro.</p><p>Além disso, também é necessário dinheiro para comprar velas, instrumentos para animar a</p><p>Liturgia e livros sagrados. Dêmos graças a Deus por tudo o que Ele nos deu.</p><p>7. Apresentação dos Dons, Prefácio e Oração Eucarística</p><p>Ideias e reflexões:</p><p>O sacerdote apresenta a Deus as hóstias e o vinho que se transformarão no corpo e no</p><p>sangue de Jesus.</p><p>A oração Eucarística é um diálogo.</p><p>Nele há uma introdução, chamada Prefácio (acção de graças). O sacerdote manifesta o</p><p>desejo de que o Senhor esteja connosco, e nós respondemos, «Ele está no meio de nós».</p><p>Ele exorta-nos a elevar os corações ao alto, e nós respondemos que «o nosso coração está</p><p>em Deus». Finalmente, o sacerdote recorda-nos que devemos dar graças a Deus, e nós</p><p>respondemos que isso «É nosso dever é nossa salvação». É tão natural e óbvio pronunciar</p><p>estas palavras, que nem prestamos atenção à sua importância.</p><p>As crianças, chamadas a escutar e a responder, percebem que estão a participar</p><p>activamente na Eucaristia. O diálogo com o sacerdote continua até ao chamado “Grande Ámen”.</p><p>Que dizer:</p><p>Falar é maravilhoso e importante para que haja comunicação entre as pessoas. Falar ajuda-</p><p>nos a partilhar ideias e interesses, projectos e tudo aquilo que possamos fazer. Falar ajuda-nos a</p><p>fazer com que as pessoas entendam como nos sentimos e em que estamos a pensar. Neste</p><p>momento da Missa, o sacerdote fala connosco, e nós respondemos-lhe: entre Ele e nós</p><p>estabelece-se um diálogo.</p><p>Se vocês já puderam observar de que modo um vosso irmão ou irmã mais novos aprendem a</p><p>falar, entenderão que as palavras a aprender têm de ser repetidas muitas vezes.</p><p>8. “SANTO…”</p><p>Ideias e reflexões:</p><p>Com o “Santo…” toda a assembleia aclama e se une ao coro dos anjos (cf. AP 4,8) no</p><p>louvor a Deus, chamando-lhe três vezes Santo, isto é, perfeito.</p><p>A palavra “Hossana”, que significa “salva-nos!”, recorda-nos a entrada de Jesus em</p><p>Jerusalém no Domingo de Ramos (cf. Lc 19,38).</p><p>“Hossana” é, portanto, um grito de aclamação e de adoração.</p><p>Ao mesmo tempo que a Eucaristia nos convida a não esquecer o sacrifício realizado por Jesus</p><p>em nosso favor, o “Hossana” estimula-nos a reafirmar a nossa alergia pela redenção realizada por</p><p>Jesus.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 25</p><p>Nós somos redimidos mediante o seu corpo e o seu sangue. A nossa alegria é evidente.</p><p>Louvamos o poder de Deus, a sua omnipotência e a sua grandeza.</p><p>Que dizer:</p><p>Quando vamos a uma festa e nos divertimos, sentimos o desejo de cantar e de rir. Brincamos</p><p>com bandeirinhas e balõezinhos, cantamos, tocamos algum instrumento ou ouvimos música.</p><p>Ora, precisamente neste momento da Missa, um momento particularmente festivo, todos nós</p><p>louvamos a Deus porque o louvor é necessário à adoração que Lhe devemos.</p><p>Hossana é uma palavra de origem hebraica, que significa “salva-nos!”. Com efeito, sentimo-</p><p>nos tão felizes com a salvação que Jesus realizou na nossa vida, que cantamos ou recitamos</p><p>com alegria a oração do Santo.</p><p>9. Memorial - Consagração</p><p>Ideias e reflexões</p><p>A oração continua com a narração das coisas maravilhosas que Deus fez por nós. Momento</p><p>extraordinariamente importante da Oração Eucarística, mas também o mais difícil de explicar, é</p><p>a inovação (em língua grega “epiclese”) do Espírito Santo, para que Ele santifique os dons e</p><p>os transforme no corpo e sangue de Jesus.</p><p>Devemos aprender a apreciar a solenidade deste momento, e compreender que Jesus nos</p><p>pediu que partilhássemos com Ele este sacrifício (SNEC).</p><p>Nós devemos dar o exemplo às crianças: durante a consagração mantemos o olhar fixo no</p><p>altar, evitando distracções; prestamos atenção às orações e à solenidade da consagração.</p><p>Depois da oração, segue-se o relato da instituição da Eucaristia, que repete as palavras de</p><p>Jesus referidas pelos Envangelhos (Mt 26, 26-29; Mc 14, 22-25; Lc 22, 19-20).</p><p>Que dizer</p><p>O momento em que o sacerdote repete as palavras e as acções realizadas por Jesus durante</p><p>a Última Ceia chama-se consagração. Este é o momento mais importante de toda a Missa.</p><p>Devemos ficar tranquilos e escutar o sacerdote com atenção.</p><p>Durante a Última Ceia, Jesus abençoou e partiu o pão a fim de reparti-lo pelos seus</p><p>discípulos. Depois, tomou o cálice de vinho, abençoou-o e partilhou-o com os seus amigos. Jesus</p><p>disse: «Fazei isto em memória de Mim.» O sacerdote abençoa a hóstia maior e eleva-a para que</p><p>todos possam vê-la; em seguida faz o mesmo com o cálice do vinho. Depois desta elevação,</p><p>ajoelha-se ou inclina-se diante do altar. Quando o sacerdote eleva a hóstia e o cálice, prestamos</p><p>atenção, observando em silêncio e pensando na Última Ceia, em que Jesus disse aos seus</p><p>discípulos que estaria sempre presente no pão e no vinho.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 26</p><p>10. Aclamação da Assembleia</p><p>Ideias e reflexões</p><p>A aclamação comemorativa da assembleia recorda-nos o mistério da nossa fé. A</p><p>anamnese (palavra grega que significa “aclamação comemorativa”) é uma espécie de “pro-</p><p>memória” que nos recorda a morte, a ressurreição e a ascenção ao céu de Jesus. Nós estamos</p><p>reconhecidos por este “sacrifício vivo e santo”.</p><p>A Liturgia permite a recitação (ou o canto) de três tipos diferentes de aclamação, que a</p><p>assembleia pronuncia depois de o sacerdote dizer, no fim da consagração: «Mistério da fé ».</p><p>Que dizer</p><p>Depois da consagração, proclamamos com muita fé que Jesus está verdadeiramente presente</p><p>nas hóstias e no vinho consagrados pelo sacerdote por meio do Espírito Santo, que desce</p><p>sobre o altar para santificar os dons. Por isso, também recitamos uma breve oração que nos ajuda</p><p>a recordar os episódios mais importantes da nossa redenção: a morte, a ressurreição e a</p><p>ascenção ao céu de Jesus. Escolhemos uma de entre estas três orações:</p><p>– «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa Ressurreição, vinde, Senhor</p><p>Jesus»;</p><p>– «De cada vez que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos a vossa morte,</p><p>Senhor, enquanto esperamos a vossa vinda»;</p><p>– «Vós nos redimistes com a vossa cruz e a vossa ressurreição; Salvador do mundo, salvai-nos»;</p><p>11. “O Grande Ámen”</p><p>Ideias e reflexões</p><p>A Oração Eucarística termina com uma grandiosa aclamação de louvor e de adoração a</p><p>Deus Pai por Cristo, à qual toda a assembleia é convidada a unir-se com um “Ámen” unânime e</p><p>jubiloso.</p><p>São Jerónimo recorda que no seu tempo o Ámen ressoava como um trovão. Seja assim</p><p>também as nossas igrejas! De facto, este Ámen corresponde ao nosso assentimento ao convite</p><p>de Jesus a participar na sua vida.</p><p>A participação activa e devota na Missa confirma-se e assume um significado importante na</p><p>vida de cada cristão com esta breve mas significativa aclamação: um “Ámen” que nos recorda que</p><p>o louvor e a adoração pertencem ao Senhor: que a redenção realizada por Jesus,</p><p>que nos</p><p>libertou da escravidão do pecado e da morte, nos é dada graças a Ele, com Ele e n'Ele, em</p><p>união com o Espírito Santo.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 27</p><p>Que dizer</p><p>Tudo aquilo que acontece, e aquilo que dizemos e fazemos durante a Missa, é muito</p><p>importante. De modo particular, depois da consagração das hóstias e do vinho, queremos</p><p>demonstrar que somos felizes e que entendemos aquilo que aconteceu. Sabemos que todos os</p><p>dons provêm de Deus, por isso, de pé, recitamos (ou cantamos) uma única palavra, que,</p><p>embora seja uma só e muito breve, é muito importante. Pronunciamos a palavra hebraica “Ámen”</p><p>que significa: “Sim! Estou de acordo! Certo!”. Trata-se de uma palavra que por vezes recordamos</p><p>com a expressão “Grande Ámen”.</p><p>Acontece o seguinte: depois da consagração, o sacerdote eleva as hóstias (ou a hóstia maior)</p><p>e o cálice do vinho, e diz: «Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-</p><p>poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, pelos séculos dos</p><p>séculos.»</p><p>Todos nós respondemos em voz alta: «Ámen!»</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 28</p><p>12 - ESQUEMA DA EUCARISTIA</p><p>1. Os acólitos acolhem o sacerdote (já com as suas tarefas preparatórias cumpridas) devidamente</p><p>revestidos da sua veste liturgia e ajudam o sacerdote a paramentar-se. Enquanto isso, os</p><p>acólitos destacados acedem os círios e os acólitos do turíbulo e da naveta aproximam-se para o</p><p>sacerdote colocar incenso.</p><p>2. Chegada a hora do inicio da Missa, inicia-se a procissão de entrada por esta ordem:</p><p>1. Acólitos com a naveta e turíbulo;</p><p>2. Acólito com a cruz ladeado por dois ou mais acólitos com os círios;</p><p>3. Restantes Acólitos;</p><p>4. Diácono ou um Acólito com o Evangeliário;</p><p>5. Concelebrantes;</p><p>6. Presidente da Celebração.</p><p>3. 1 Entrada Solene: Chegados à entrada do presbitério, os acólitos que não levam as mãos</p><p>ocupadas, fazem dois a dois, a reverência prevista (vénia ou genuflexão) e ocupam os seus</p><p>lugares. O Evangeliário é colocado sobre o altar.</p><p>2 Entrada Simples: Os acólitos entram em fila indiana, já com os seus lugares definidos,</p><p>genuflectindo juntamente com o sacerdote, e tocando com o joelho direito no chão. Se</p><p>estiverem muitos acólitos para prestar o serviço ao altar deverão entrar aos pares fazendo</p><p>apenas uma pequena vénia com a cabeça; no entanto, os dois (ou três) últimos acólitos</p><p>deverão genuflectir com o(s) sacerdote(s).</p><p>Os restantes acólitos até ao fim da incensação, dispõe-se do seguinte modo:</p><p>1. O acólito com a cruz junto à coluna do altar;</p><p>2. Os acólitos com os círios ficam a ladear a cruz processional.</p><p>4. Depois deste beijar o altar, os acólitos encarregues do turíbulo e da naveta aproximam-se do</p><p>Sacerdote. Imposto o incenso, o acólito do turíbulo entrega-o ao sacerdote (pode entregá-lo ao</p><p>cerimoniário ou ao diácono e este ao sacerdote).</p><p>5. Durante a incensação da Cruz todos os Acólitos fazem uma saudação prevista. O cerimoniário,</p><p>pegando a ponta direita da casula, acompanha o sacerdote durante a incensação. Finda esta o</p><p>acólito aproxima-se para receber o turíbulo.</p><p>6. O sacerdote ocupa a presidência ou a mesa de altar. O turíbulo vai para a sacristia e a naveta é</p><p>colocada sobre a credência. A Cruz é colocada no seu lugar. Os círios podem ser colocados</p><p>sobre o altar dum e doutro lado do Evangeliário, e os restantes podem arrumar-se junto da</p><p>credência. Todos os acólitos ocupam os seus lugares. O acólito ao livro apresenta ao sacerdote</p><p>o Missal para os ritos iniciais para a oração colecta.</p><p>7. Finda a oração colecta, todos os acólitos sentam-se, quando o sacerdote se sentar O acólito</p><p>deve ter sempre a atenção de verificar se os leitores designados àquela celebração podem</p><p>realizar o seu dever, e se não, arranjar um leitor substituto, em último caso, o próprio acólito.</p><p>Se for um acólito a realizar qualquer uma das leituras, deverá levantar-se do seu lugar, fazer</p><p>uma vénia perante o sacerdote e outra perante o altar (dependendo se deslocar-se perante</p><p>qualquer um deles), e só então dirigir-se para o ambão para realizar a leitura.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 29</p><p>8. No final do Salmo Responsorial, o acólito destacado vai à sacristia buscar o turíbulo.</p><p>9. No início do Aleluia (ou outro cântico, conforme o tempo litúrgico determinar) os acólitos com o</p><p>turíbulo e a naveta aproximam-se do sacerdote que impõe e benze o incenso. O que vai</p><p>proclamar o Evangelho recebe o Evangeliário. Dirige-se para o ambão com o turíbulo à frente e</p><p>ladeado pelos círios.</p><p>10. Depois de o sacerdote (ou diácono) saudar o Povo e anunciar o Evangelho (“Leitura do</p><p>Evangelho de NSJC segundo...”), o acólito apresenta o turíbulo permanecendo até ao final do</p><p>Evangelho.</p><p>11. Durante a proclamação do Evangelho, os acólitos com os círios ladeiam o ambão voltados um</p><p>para o outro.</p><p>12. Finda a proclamação do Evangelho, o Evangeliário permanece no ambão ou na mesa do altar e</p><p>os círios são colocados atrás do sacrário. Todos sentam-se enquanto o que presidente faz a</p><p>homilia.</p><p>13. Após a homilia, o acólito ao livro apresenta o Missal para a recitação do “Credo”. Às palavras “E</p><p>encarnou pelo Espírito Santo...e Se fez homem” ou “que foi concebido...nasceu da Virgem</p><p>Maria”, todos fazem a inclinação prevista (genuflectem nas solenidades do Natal e Anunciação</p><p>do Senhor).</p><p>14. O acólito ao livro apresenta ao sacerdote o texto da oração dos fiéis. O acólito responsável pelo</p><p>livro da Oração Universal é o único que sai do seu lugar, afim de que apresente esse mesmo</p><p>livro ao sacerdote. Este acólito leva então o livro para o ambão onde o leitor recita a Oração dos</p><p>Fiéis, e volta a apresentar o livro ao sacerdote que está no altar ou presidência. A Liturgia da</p><p>Palavra termina com a Oração dos Fiéis.</p><p>15. Quando o sacerdote se senta, todos os acólitos que não tenham tarefas a cumprir sentam-se</p><p>também. Entretanto, dois acólitos levam ao altar o Missal, o corporal, o cálice, a patena com a</p><p>hóstia e o sanguíneo. O cerimoniário prepara o altar.</p><p>16. O sacerdote recebe os dons e passa-os aos acólitos. Tudo é colocado conforme o costume. À</p><p>frente do corporal deverá ficar a bandeja com as caixas de cibório abertas (caso existam).</p><p>17. Aquando da procissão do ofertório, o sacerdote celebrante dirige-se para a frente do altar e</p><p>juntamente com ele, também os acólitos que estejam colocados na Presidência (no mínimo 1</p><p>para cada lado). Durante o ofertório, os acólitos ajudam da melhor maneira possível, e discreta,</p><p>a colocar todas as oferendas perante o altar.</p><p>18. Entretanto, o sacerdote já ocupou o seu lugar ao centro do altar. O acólito do livro coloca-se</p><p>do seu lado esquerdo, ligeiramente recuado. Entretanto os acólitos que têm as galhetas</p><p>apresenta-as pelo lado direito do sacerdote.</p><p>19. Nesta altura, o turíbulo já deve estar junto ao ambão juntamente com a naveta. Quando o</p><p>sacerdote pousa o cálice, é-lhe apresentado o turíbulo e a naveta para incensar dos dons. Em</p><p>seguida o cerimoniário incensa o celebrante, os concelebrantes (se os houver), os acólitos e o</p><p>povo.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 30</p><p>20. Um dos acólitos apresenta o lavabo e o jarro (lavabo na mão esquerda, jarro na mão direita), e</p><p>o outro acólito com o manustérgio. Aguardam que o sacerdote se aproxime.</p><p>21. Quando o sacerdote regressa ao centro do altar, o acólito ao livro, apresenta-lhe o Missal.</p><p>Todos os acólitos devem de colocar-se em redor do altar, criando uma espécie de meia-lua.</p><p>22. Cantado o “Sanctus”, o acólito impõe o incenso no turíbulo e desloca-se discretamente para a</p><p>frente do altar, colocando-se de costas para a assembleia e no início da Narração da Instituição</p><p>todos ajoelham. Neste momento um acólito</p><p>já foi buscar o comando dos sinos.</p><p>Nota: “ Um pouco antes da Consagração, se for oportuno, um dos acólitos poderá chamar a</p><p>atenção dos fiéis com um toque de campainha. Esta pode-se também tocar a cada elevação,</p><p>segundo os costumes locais” (IGMR, 109).</p><p>23. A cada elevação, permanecendo de joelhos, o acólito incensa. E quando o sacerdote diz</p><p>“Mistério da fé!”, todos se levantam. O turíbulo vai para a sacristia.</p><p>24. Se o sacerdote (ou o diácono) disser “ Saudai-vos na paz de Cristo”, os acólitos saúdam-se. Os</p><p>acólitos recebem a Paz do celebrante. O presidente: “A Paz esteja contigo” O acólito: “Consigo</p><p>também”. No caso dos acólitos dizem mutuamente “A Paz de Cristo”.</p><p>25. Nos ritos da comunhão o acólito deve, nesta altura, ter em atenção se o número de Ministros</p><p>que vão administrar a comunhão são suficientes e se o número de píxides está certo ao número</p><p>de Ministros. Convém, antes do início da Eucaristia, verificar tudo isto; e durante esta parte da</p><p>Eucaristia, trazer diante do celebrante o número certo de píxides necessárias. Os primeiros a</p><p>comungar são os sacerdotes e diáconos que possam existir na celebração, seguidos pelos</p><p>Ministros Extraordinários da Comunhão, e então os Acólitos. Para os acólitos é preciso ter uma</p><p>certa ordem, sendo que uma metade da “meia-lua” anteriormente formada, vá em primeiro</p><p>lugar, e depois a outra metade.</p><p>26. ATENÇÃO: apesar deste ser um momento de relativa descontracção no total da Eucaristia,</p><p>não deve ser tratado com menos respeito ou solenidade. Os acólitos devem de permanecer nos</p><p>seus lugares, silenciosos e calmos, e nunca, exceptuando casos extraordinários, deverão ir à</p><p>Sacristia para beber água ou ir à casa de banho! Tudo isso tem lugar antes e depois da missa,</p><p>nunca durante!</p><p>27. Finda a Comunhão dos fiéis, o sacerdote ou um dos ministros da Comunhão, no altar ou na</p><p>credência, purifica os vasos. Um dos acólitos, pegando a galheta da água com a mão direita,</p><p>aproxima-se pelo lado direito do ministro que procede à purificação. Terminadas estas, um dos</p><p>acólitos dobra o corporal e o sanguíneo e coloca-os, tal como os vasos sagrados sobre a</p><p>credência.</p><p>28. Se antes ou depois da Comunhão dos fiéis houver necessidade de ir ao sacrário, e este estiver</p><p>no presbitério, os acólitos voltam-se para o local onde ele se situa. Se o sacrário estiver fora do</p><p>presbitério, o cerimoniário e dois acólitos (sem os círios) acompanham o ministro, formando um</p><p>pequeno cortejo.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 31</p><p>29. Após a Comunhão dos fiéis, os acólitos sentam-se se o sacerdote se sentar. Dito o “Ide em</p><p>paz...”, o cortejo forma-se como durante a entrada (sem o turíbulo e a naveta que não devem</p><p>tomar lugar na procissão de saída), dirige-se para a sacristia. Depois da despedida, o celebrante</p><p>beija novamente o altar, ao mesmo tempo, os acólitos fazem uma vénia profunda, enquanto a</p><p>cruz começa a descer do presbitério. Depois desta vénia, os restantes Acólitos descem do</p><p>presbitério (conforme a meia-lua, e vão-se espalhando e criando espaço para os que ainda</p><p>estão a descer), voltam-se para o altar e quando o celebrante fizer a genuflexão, todos</p><p>genuflectem simultaneamente. De seguida, e com a cruz no início da procissão, todos dirigem-</p><p>se para a Sacristia com a mesma solenidade e respeito com que entraram.</p><p>30. Na sacristia, todos fazem reverência à Cruz e respondem à jaculatória dita pelo sacerdote (Ex.,</p><p>V/ “ Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo”; R/ “ Para sempre seja louvado e Sua Mãe Maria</p><p>Santíssima”; “ Demos Graças ao Senhor; R/ Graças a Deus”).</p><p>Em suma as tarefas são as seguintes:</p><p>- Cerimoniário: Coordenar todas as tarefas e distribuir os lugares;</p><p>- Acólito do turíbulo (turiferário) e acólito da naveta (naveteiro): Entrada, ritos iniciais,</p><p>aclamação do Evangelho, ofertório e consagração;</p><p>- Acólitos dos Círios (ceroferários): Entrada, ritos iniciais, aclamação do Evangelho,</p><p>consagração e saída (ritos finais);</p><p>- Acólito do Livro: Ritos iniciais, oração dos fiéis, exortações e avisos paroquiais e ritos finais.</p><p>- Acólito da Cruz (cruciferário): Leva a cruz processional na entrada e saída da Eucaristia.</p><p>Se a Missa é presidida pelo bispo, ter em conta o seguinte:</p><p>a) O bispo, de acordo com o costume, faz uso do báculo durante a procissão de entrada e</p><p>saída, enquanto escuta a proclamação do Evangelho e faz a homilia, na bênção final;</p><p>b) Pode usar mitra: sempre que se senta (naturalmente, enquanto ministra o sacramento</p><p>da Confirmação) e nas circunstâncias em que usa báculo;</p><p>c) O acólito mitreiro entrega e recebe a mitra do diácono ou sacerdote que assiste o</p><p>bispo;</p><p>d) Durante a Missa, o bispo só não usa o solidéu desde o início da Oração Eucarística até</p><p>acabar de distribuir a Comunhão. Nesta altura, quando o bispo se senta, um acólito</p><p>deve levar-lhe o solidéu numa bandeja;</p><p>e) Quando administra o sacramento da Confirmação, antes da celebração prosseguir, o</p><p>bispo lava as mãos. No lavabo devem ir algumas rodelas de limão e pão.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 32</p><p>13 – COMO UTILIZAR O TURÍBULO</p><p>1. Imposição do incenso:</p><p>O turiferário, de frente para o sacerdote, agarra no turíbulo com a mão esquerda</p><p>preso pelo cadeado, faz subir com a mão direita a argola e levanta o opérculo à altura devida.</p><p>Mantém-no imóvel de maneira a que os cadeados não impeçam a imposição do incenso.</p><p>Conservando a mão esquerda por debaixo da capsula, enquanto com a mão direita</p><p>deixa cair o cadeado do opérculo, deixa fechar o opérculo do turíbulo, logo que o sacerdote</p><p>abençoe o incenso.</p><p>2. Como se entrega a quem vai incensar</p><p>Pega-se no turíbulo com a mão direita na cápsula e com a mão esquerda junto ao</p><p>opérculo. Ao mesmo tempo dirige-se a cápsula para o lado direito e a parte inferior do</p><p>turíbulo para a esquerda.</p><p>3. Como se incensa</p><p>Aquele que vai incensar, coloca a extremidade do cadeado (junto à cápsula) entre o</p><p>polegar e o indicador da mão esquerda, e nessa posição, coloca a mão sobre o peito.</p><p>Com a mão direita segura a outra extremidade do cadeado, um pouco por cima do</p><p>opérculo. Sem mover o corpo nem deslocar a mão esquerda, levanta a uma certa</p><p>distância de si, o opérculo à altura dos olhos – esta elevação chama-se ductos - e</p><p>baloiça de frente para cima - este movimento chama-se ictus.</p><p>Antes e depois da incensação, faz inclinação profunda às pessoas ou às coisas que</p><p>incensou.</p><p>4. Elevações</p><p>Incensa-se com 3 ductos de 3 ictus:</p><p>o À elevação do Pão e do Cálice;</p><p>o Durante a bênção do Santíssimo;</p><p>o O que preside, se for o Bispo.</p><p>Incensa-se com 2 ductos e 3 ictus:</p><p>o O que preside à celebração (se não for Bispo)</p><p>Incensa-se com 1 ductos e 3 ictus:</p><p>o Os concelebrantes o diácono e acólitos</p><p>o O povo</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 33</p><p>5. Quando se incensa</p><p>1. Durante a procissão de entrada</p><p>2. No início da Missa, incensa-se o Altar e a Cruz</p><p>3. Na aclamação do Evangelho</p><p>4. Na apresentação dos dons, incensam-se as ofertas, o Altar, a Cruz, o Presidente da</p><p>assembleia, os outros ministros e o povo.</p><p>5. Às elevações do Pão e do Cálice</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 34</p><p>14 – MISSAL ROMANO</p><p>Este pequeno apontamento sobre o Missal Romano destina-se aos cerimoniários. É um</p><p>esquema simples e em caso de dúvida convém consultar sempre o sacerdote que vai presidir</p><p>e preparar segundo o directório litúrgico, com auxílio do índice do Missal Romano.</p><p>Ritos Iniciais – pág. 440</p><p>Antífona de Entrada – Fita Branca (próprio do tempo)</p><p>Acto Penitencial – pág. 442</p><p>Glória – pág. 444</p><p>Oração Colecta – Fita Branca (próprio do tempo)</p><p>Liturgia da Palavra</p><p>I Leitura</p><p>Salmo Responsorial</p><p>II Leitura</p><p>Evangelho</p><p>Homilia</p><p>Profissão de Fé – pág. 448</p><p>Liturgia Eucarística</p><p>Oração sobre as Oblatas – Fita Branca (próprio do tempo)</p><p>Prefácio – Fita Azul (próprio do tempo)</p><p>Oração Eucarística – I - Iª marca verde</p><p>II – 2ª marca verde</p><p>III – 3ª marca verde</p><p>IV – 4ª marca verde</p><p>Ritos da Comunhão</p><p>Pai Nosso, Abraço da Paz e Comunhão – 5ª Marca verde (págs. 544 / 545 / 546)</p><p>Oração depois da Comunhão – Fita Branca (próprio do tempo)</p><p>Ritos de Conclusão</p><p>Bênção - 6ª Marca Castanha (págs. 548 / 549)</p><p>PS: poderá haver bênção própria pelo que estará marcada por uma fita de outra cor. No caso</p><p>de ser memória obrigatória de um santo esta ordem poderá estar alterada pelo que o acólito</p><p>do livro deverá consultar antes da celebração.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 35</p><p>15 – PATRONO DOS ACÓLITOS EM PORTUGAL</p><p>No passado dia 1 de Maio de 2009, na Peregrinação Nacional de Acólitos, foi</p><p>solenemente proclamado como Patrono dos Acólitos Portugueses o Beato Francisco Marto.</p><p>Francisco Marto, que teria hoje 100 anos de vida, morreu cedo, o encontro definitivo</p><p>com Deus que adorava deu-se nos seus primeiros 10 anos de vida. Contudo a sua breve vida</p><p>foi e continua a ser um grande testemunho de fidelidade e de maturidade cristã. Sendo</p><p>criança mostra-nos, na primeira pessoa, as palavras de Jesus: “é dos que são como crianças,</p><p>o Reino dos Céus”.</p><p>Francisco era uma criança e gostava das coisas de criança. Mas a sua fé era adulta por</p><p>isso procurava a oração e a contemplação como ocasiões fundamentais para alimentar a fé.</p><p>Francisco era um contemplativo e tinha na Eucaristia o centro da sua contemplação. Podemos</p><p>mesmo dizer que Francisco Marto, com os seus verdes anos de vida, foi um grande místico da</p><p>Igreja.</p><p>Um acólito deve olhar para o Beato Francisco como um verdadeiro exemplo de</p><p>vivência cristã e de exercício do seu ministério do altar. Não tendo sido acólito, ele é na</p><p>verdade um grande estímulo para quem exerce este ministério.</p><p>Que os acólitos mais novos olhem par o Beato Francisco Marto, criança como eles, e</p><p>como ele sigam com grande devoção e maturidade a fé na simplicidade de uma criança.</p><p>Que os acólitos jovens se voltem para Cristo, que o Beato Francisco Marto</p><p>contemplava, e com a sua juventude saibam crescer na fé e no serviço ao mesmo Cristo.</p><p>Que os acólitos adultos sigam o exemplo do Beato Francisco Marto, que na sua fé</p><p>adulta indicava um verdadeiro sentido de conversão, e como ele sejam adultos na fé, mas</p><p>com a simplicidade de uma criança.</p><p>Que Beato Francisco Marto acompanhe e anteceda junto de Deus todos os acólitos</p><p>portugueses. Sejam verdadeiros servidores de Cristo presente no Altar e O contemplem e</p><p>adorem como fonte e força para a Vida!</p><p>Padre Luís Leal</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 36</p><p>16 – PATRONO INTERNACIONAL DOS ACÓLITOS</p><p>Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do</p><p>imperador Valeriano, em Roma, Itália. A Igreja de Roma contava, então, com cinquenta</p><p>sacerdotes, sete diáconos e mais ou menos cinquenta mil fiéis, no centro da cidade imperial. Ele</p><p>era um dos integrantes desta comunidade cristã romana, quase toda dizimada pela fúria</p><p>sangrenta daquele imperador.</p><p>Tarcísio era acólito do Papa Xisto II, servindo ao altar nos serviços secundários,</p><p>acompanhando o Santo Papa na celebração eucarística.</p><p>Durante o período das perseguições, os cristãos eram presos, processados e condenados à</p><p>morte. Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da Eucaristia. Mas era impossível</p><p>entrar. Numa das tentativas dois diáconos, Felicíssimo e Agapito, foram identificados como</p><p>cristãos e brutalmente sacrificados. O Papa Xisto II então queria levar o Pão Sagrado a mais um</p><p>grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.</p><p>Foi quando Tarcísio pediu ao Papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias a</p><p>nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido o Papa Xisto II abençoou-o e entregou-</p><p>lhe uma caixinha de prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. No</p><p>caminho foi identificado e como se recusou a dizer e entregar o que transportava, foi abatido e</p><p>apedrejado até à morte. Depois de morto, foi revistado e nada acharam. O seu corpo foi</p><p>recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi</p><p>sepultado.</p><p>Estas informações são as únicas existentes sobre o pequeno acólito Tarcísio. Foi o Papa</p><p>Dâmaso quem mandou colocar na sua sepultura uma inscrição com a data de sua morte: 15 de</p><p>Agosto de 257. Tarcísio foi primeiro sepultado junto com o Papa Stefano nas catacumbas de</p><p>Calisto, em Roma. No ano 767 o Papa Paulo I determinou que seu corpo fosse transferido para o</p><p>Vaticano, na basílica de São Silvestre e colocado ao lado dos outros mártires. Mas no ano de</p><p>1596 seu corpo foi transferido e colocado definitivamente em baixo do altar principal daquela</p><p>mesma basílica.</p><p>A basílica de São Silvestre é a mais solene do Vaticano. Nela todos os Papas iniciam e</p><p>terminam seus pontificados. Sem dúvida o lugar mais apropriado para o comovente protector da</p><p>Eucaristia: o mártir e acólito Tarcísio. Ele foi declarado padroeiro dos acólitos, que servem ao</p><p>altar e ajudam na celebração eucarística.</p><p>Grupo de Acólitos da Paróquia da Camacha</p><p>Página n.º 37</p><p>17 - BIBLIOGRAFIA</p><p>O Livro do Acólito – Padre José de Leão Cordeiro – SNL;</p><p>Manual do Acólito – Cónego Armando Duarte – Rei dos Livros;</p><p>Introdução Geral ao Missal Romano (IGMR) – SNL;</p><p>Descobrir a Missa – Maria do Rosário de Castro Pernas – PAULOS;</p><p>CIC – Catecismo da Igreja Católica – Gráfica de Coimbra.</p>

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