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<p>UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR</p><p>Reconhecida pela Portaria – MEC N.º 1580, de 09/11/93 – D.O.U. 10/11/93</p><p>Mantenedora: Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC</p><p>UNIVERSIDADE PARANAENSE</p><p>DIREITO</p><p>2° Semestre</p><p>PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO: As Sociedades</p><p>Professor: Ms. Herbert Correa Barros</p><p>Pesquisa realizada como parte do componente avaliativo da disciplina de Direito Civil – Parte Geral do curso de Direito da Universidade Paranaense.</p><p>CASCAVEL – PR</p><p>2024</p><p>ACADÊMICOS</p><p>CAMILA BEATRIZ KLEIN</p><p>DANIEL ZAMPIERI LOUREIRO</p><p>ESTHER RECHE</p><p>VICTORIA RAFFAELA KLEIN</p><p>LARYSSA MOURO FERREIRA</p><p>JULIANY FIORI SILVA</p><p>JAQUELINE MASCARELLO</p><p>SAMARAH ARAUJO</p><p>PATRÍCIA MIDORY ZILIOTTO</p><p>Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx</p><p>Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx</p><p>Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx</p><p>CASCAVEL - PR</p><p>2024</p><p>PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO: As Sociedades</p><p>RESUMO: O trabalho ora apresentado discorre sobre aspectos que emergem a partir do Art. 44 do Código Civil, versando sobre pessoas jurídicas de direito privado, mais especificamente em relação ao inciso dois, as sociedades. A metodologia de pesquisa assume um modo qualitativo de proceder, utilizando como instrumento investigativo a pesquisa bibliográfica. O exposto transita por ambientes que dizem da: a) forma de criação; b) forma de modificação; c) forma de organização; d) forma de extinção; e) propósito e f) abusos e desvirtuamentos. Neste contexto, nos foi possibilitado, expandir os conhecimentos para além do discutido na sala de aula, nos colocando num papel de investigador, podendo refletir de forma coletiva e individual à luz da norma jurídica.</p><p>PALAVRAS-CHAVE: Código Civil; sociedades; pessoa jurídica de direito privado.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Compreender o conceito de sociedade sob diferentes aspectos é basilar, visto que, estamos inseridos nela. O homem busca iluminar sua compreensão visando significados que digam das relações que são estabelecidas entre os indivíduos que partilham valores, cultura, território e história.</p><p>A sua estruturação contribuiu para o desenvolvimento da sociologia como ciência, revelando uma fluidez, um processo contínuo de formação e transformação social. Este ambiente, a sociedade, é no qual transitam diferentes interesses e distanciamentos que emergem de relações impessoais e coletivos.</p><p>Etimologicamente, a palavra sociedade é originária de dois termos latinos: socius e societa. O primeiro é traduzido como “parceiro” ou “companheiro”; o segundo, por sua vez, significa “associação entre comuns”. Ambas as ideias estão expressas no conceito de sociedade, tanto em sua utilização mais formal e academicista, quanto no uso trivial em que a palavra é empregada. A abertura do termo desvela</p><p>Agrupamento de seres que vivem em estado gregário. Grupos de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas comuns; comunidade. Grupos de pessoas que, submetidas a um regulamento, exercem atividades comuns ou defendem interesses comuns; grêmios; associação; agremiação. Meio humano em que o indivíduo está integrado. Contrato pelo qual pessoas se obrigam a reunir esforços ou recursos para a consecução dum fim comum. (FERREIRA, p. 642, 2001)</p><p>Estes diferentes aspectos nos direcionam a um olhar sob o qual reside nosso interesse, uma compreensão à luz das normas do Código Civil brasileiro. Na construção do conceito de sociedade empresária dois institutos jurídicos servem de alicerce: a pessoa jurídica e a atividade empresarial. Um ponto de partida, assim, para a conceituação de sociedade empresária é o da sua localização no quadro geral das pessoas jurídicas. No direito brasileiro as pessoas jurídicas são divididas em dois grupos: a) pessoas jurídicas de Direito Público e b) as pessoas jurídicas de Direito Privado. Sendo que este último apresenta uma subdivisão: de um dos lados as chamadas estatais, cujo capital é proveniente majoritária ou totalmente do poder público e do outro lado as de direito privado não-estatais, que compreendem as fundações, as associações e as sociedades. As Sociedades por sua vez se distinguem das associações e fundações por seu escopo negocial e se subdividem em Sociedade Simples e Sociedade Empresária.</p><p>Para além disso, buscamos compreender esse arcabouço com vistas à a pessoa jurídica de direito privado, preconizado pelo artigo 44 do Código Civil em seu inciso dois, por meio de uma postura qualitativa de investigação, utilizando da pesquisa bibliográfica para este fim. Assim, os tópicos seguintes buscam apresentar nosso entendimento.</p><p>2. FORMA DE CRIAÇÃO Comment by Daniel Zampieri Loureiro: Texto Camila Klein</p><p>O Código Civil especifica em seu Art. 981. que as sociedades são pactuadas entre indivíduos que mutuamente “se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha entre si dos resultados, podendo restringir-se a realização de um ou mais negócios determinados”. Além disso, como mencionado anteriormente, são subdivididas em Sociedade Simples e Sociedade Empresarial.</p><p>A forma de criação dos tipos de Sociedade é exposta a partir do Art. 983. que diz: “A sociedade empresarial deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias”.</p><p>O Art. 997. aponta que para se criar uma Sociedade é constituído um Contrato Social, especificando o que se faz necessário para a celebração deste contrato:</p><p>A sociedade constitui-se, mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; I - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.</p><p>Ademais, sendo requisito obrigatório ao estabelecimento do Contrato Social que, “nos trinta dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede conforme o Art. 998”. A ampla especificação do Código Civil acerca das Sociedades apresenta ainda entre os Arts. 1.001 a 1.038 os Direitos e Obrigações dos Sócios, da Administração, das Relações com Terceiros, da Resolução da Sociedade em Relação a um Sócio e da Dissolução.</p><p>A Sociedade Empresarial prevista entre os Arts. 1.039 a 1.092 subdivide-se em Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Limitada, Sociedade Anônima e Sociedade em Comandita por Ações, além de outras modalidades apresentadas em artigos subsequentes a esses.</p><p>3. FORMA DE MODIFICAÇÃO</p><p>As modificações nas sociedades podem ocorrer por diversas razões, como adaptação a novas realidades de mercado, reestruturações internas ou mudanças na legislação. Estas modificações são regulamentadas para garantir a continuidade da identidade jurídica da sociedade e a proteção dos interesses dos sócios, acionistas e terceiros. As principais formas de modificação são: Modificação Contratual a qual refere-se à alteração do contrato social em sociedades limitadas.</p><p>Essas mudanças podem incluir mudança no objeto social, alterando atividades que a empresa se propõe a realizar. Além disso, emerge ainda alteração do capital social que incide sobre ajuste no valor do capital social, seja por aumento ou redução. Já no que compete a mudança de sócios, temos inclusão ou exclusão deles.</p><p>No que diz respeito aos procedimentos, tem-se a) a deliberação dos sócios:</p><p>que destaca que deve ser aprovada pelos sócios conforme a proporção definida no contrato social; b) elaboração da alteração: diz da Redação de um aditivo ao contrato social que reflita as mudanças; c) registro de junta comercial: possibilita o efeito legal; d) atualização no CNPJ: Em alguns casos, é necessário atualizar a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.</p><p>Já em relação a modificação estatutária ocorre em sociedades anônimas e envolve alterações no estatuto social. As mudanças podem abranger, alterações no capital social que modificam o número e valor das ações. Modificam também as regras de governança que dizem da alteração dos procedimentos e estruturas de administração e fiscalização. A mudança no objeto social ajuste as atividades econômicas da empresa.</p><p>Dentro deste ambiente – forma de modificação – os procedimentos subdividem-se em assembleia geral que versa diz respeito às mudanças que devem ser deliberadas pelos acionistas; elaboração de novo estatuto que busca refletir as modificações de interesse. Tem-se ainda registro na comissão de valores mobiliários (CVM), registro necessário para as sociedades abertas. Já o registro na junta comercial busca garantir a validade legal.</p><p>Em relação a transformação pode ser entendida com a mudança da forma jurídica da sociedade sem alterar sua identidade jurídica. Por exemplo, uma sociedade limitada pode se transformar em uma sociedade anônima. Os procedimentos a ela atrelados dizem, da deliberação dos sócios/acionistas a elaboração de novo contrato/comercial o qual diz da criação de um novo contrato social ou estatuto conforme a nova forma jurídica. Também se faz necessário registro na junta comercial, ao ponto que a transformação deve ser registrada para ter efeito legal, mantendo a continuidade do CNPJ e a identidade jurídica da sociedade.</p><p>No que compete ao processo de fusão, é o processo pelo qual duas ou mais sociedades se unem para formar uma nova entidade, ou uma absorve as outras. Seus procedimentos se desdobram em deliberação dos sócios/acionistas que busca aprovação da fusão por todas as partes envolvidas. Elaboração de Plano de Fusão é documento que detalha a operação, incluindo a estrutura de capital e a forma de absorção. Além disso, se faz necessário a publicação de editais o qual intenciona a divulgação para credores e terceiros. Por fim, o registro na junta comercial, registro da fusão para garantir a validade jurídica e a nova identidade da sociedade resultante.</p><p>No que tange a incorporação é o processo pelo qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra. A sociedade incorporadora assume todos os ativos e passivos das incorporadas. Seus procedimentos dizem da deliberação dos sócios/acionistas que visa aprovação da incorporação por todos os sócios ou acionistas. Elaboração de Plano de Incorporação que diz do documento detalhando os termos da incorporação e a publicação de editais que intenciona a divulgação da operação para credores e terceiros. O registro na junta comercial busca garantir a validade da incorporação e a continuidade da sociedade incorporadora.</p><p>Por fim, a cisão é a divisão de uma sociedade em duas ou mais novas entidades. Pode ocorrer por cisão total ou parcial. Seus procedimentos, subdividem-se em deliberação dos sócios/acionistas que deve ser aprovado por todos os sócios ou acionistas. Já a elaboração de plano de cisão é o documento que define como os ativos e passivos serão divididos entre as novas entidades. As publicações de editais nada mais é do que a divulgação para credores e terceiros. O registro na junta comercial tem como finalidade garantir a validade das novas entidades.</p><p>Evidencia-se que cada tipo de modificação exige uma série de procedimentos legais e administrativos para garantir a regularidade e a continuidade das operações da sociedade. É fundamental seguir os processos estabelecidos para evitar problemas futuros e garantir que as alterações tenham plena eficácia.</p><p>4. FORMA DE ORGANIZAÇÃO Comment by Daniel Zampieri Loureiro: Texto Laryssa Mouro Ferreira</p><p>As sociedades, no âmbito do direito civil, representam um tipo de associação entre pessoas que se unem para a realização de um objetivo comum, geralmente de natureza econômica. A organização dessas sociedades é regida por um conjunto de normas que buscam equilibrar os interesses dos sócios e proteger terceiros que se relacionam com a sociedade.</p><p>Neste contexto, buscamos clarificar a compreensão a respeito dos diferentes tipos de sociedades. No direito civil brasileiro, as sociedades são classificadas principalmente em sociedades de pessoas e sociedades de capital. As diferenças entre esses tipos de sociedades residem principalmente na importância que se dá à figura dos sócios e ao capital investido como podemos observar.</p><p>Sociedades de Pessoas: Nessas sociedades, o vínculo entre os sócios é preponderante. Exemplos incluem as sociedades simples e as sociedades em nome coletivo. Nestas, a saída de um sócio pode provocar a dissolução da sociedade, e as decisões são geralmente tomadas por unanimidade ou acordo majoritário entre os sócios.</p><p>Sociedades de Capital: Aqui, o que importa é o capital investido pelos sócios, não sua identidade. As sociedades limitadas e as sociedades anônimas são os exemplos mais comuns. Nestas, a transferência de quotas ou ações é mais simples, e a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas participações.</p><p>Além disso, é imprescindível importante compreender como se dá sua estrutura e administração. A organização interna das sociedades no direito civil envolve a definição de órgãos de gestão e deliberação, como a assembleia de sócios, a diretoria e o conselho fiscal, nas sociedades de maior porte. A assembleia de sócios é o órgão máximo e toma decisões sobre questões fundamentais, como alteração do contrato social, fusões e dissolução da sociedade. A diretoria é responsável pela administração cotidiana da sociedade, enquanto o conselho fiscal, quando existente, supervisiona a atuação da diretoria.</p><p>Já no que compete a personalidade jurídica e responsabilidade, ao constituírem-se regularmente, as sociedades adquirem personalidade jurídica própria, distinta da dos seus sócios. Isso significa que a sociedade pode adquirir direitos e contrair obrigações em seu nome. A responsabilidade dos sócios, salvo exceções legais, é limitada ao capital social, o que protege o patrimônio pessoal dos sócios em relação às dívidas da sociedade.</p><p>A dissolução de uma sociedade pode ocorrer por diversas razões, como o cumprimento do objetivo social, acordo entre os sócios, ou decisão judicial. Uma vez dissolvida, a sociedade entra em fase de liquidação, na qual os ativos são convertidos em dinheiro para pagamento de dívidas, e o saldo remanescente é distribuído entre os sócios.</p><p>A organização das sociedades no direito civil é complexa e envolve uma série de normas que buscam garantir a continuidade da atividade econômica, proteger os interesses dos sócios e terceiros, e promover a justiça nas relações contratuais. Esse sistema é essencial para a segurança jurídica e o desenvolvimento econômico.</p><p>5. FORMA DE EXTINÇÃO Comment by Daniel Zampieri Loureiro: Texto: Jaqueline, Juliany, Marcos</p><p>A extinção da pessoa jurídica é o término da sua existência, é o perecimento da organização ditada pela desvinculação dos elementos humanos e materiais que dela faziam parte. Esse processo, geralmente, envolve diversas etapas, de acordo com o Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/02) como a dissolução, a liquidação e o encerramento. O Art. 51 CC menciona que nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.</p><p>É possível observar que no Art. 1.033 do CC busca-se analisar as formas de dissolução da sociedade Pessoa Jurídica, tendo que é o ato que reflete a intenção ou reconhece a obrigação de pôr fim à sua existência, seja por vontade das partes, por cláusula contratual, por imposição legal ou por determinação judicial, ela marca o</p><p>início do processo de encerramento, mas não implica imediatamente na eliminação das obrigações da empresa.</p><p>A dissolução da pessoa jurídica, como nos é apresentado no artigo Art. 51 CC, destaca que existem vários tipos de dissolução, como: a) expulsão de sócio; b) vencimento de prazo de duração; c) comum acordo; d) sociedade inativa, e entre vários outros.</p><p>Vale mencionar que a extinção/dissolução da pessoa jurídica, pode emergir de outras formas. Dentre elas podemos citar, a incorporação e a fusão. A primeira é a operação pela qual uma ou mais sociedades, de tipos iguais ou diferentes, são absorvidas por outra que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo ser deliberada na forma prevista para alteração do respectivo estatuto ou contrato social. Art. 13 CC. Já a segunda, determina a extinção das sociedades que se unem para formar uma nova sociedade que lhe sucederá nos direitos e obrigações. Art. 58 CC.</p><p>Após a dissolução parte-se para a outra etapa, a liquidação. O primeiro passo é a nomeação de um liquidante eleito pelos administradores da sociedade, conforme previsão do art. 1.036 CC, podendo ser um sócio ou uma pessoa estranha à sociedade, desde que averbado o seu nome no registro competente.</p><p>A liquidação de sociedade é um conjunto de procedimentos destinados a encerrar as atividades comerciais da sociedade Pessoa Jurídica. Vemos no Art. 1.103 do CC que, antes de qualquer outra ação, o liquidante deve levantar o ativo (bens e direitos) e o passivo (dívidas e obrigações) da sociedade da empresa para determinar seu valor total. Durante a mesma, a personalidade jurídica da sociedade ainda permanece, permitindo a continuidade da conclusão dos negócios pendentes. A liquidação só se conclui após o término de todas as obrigações e a divisão final do saldo entre os sócios.</p><p>Após a liquidação, a sociedade deve ter suas pendências resolvidas, iniciando a eliminação final da pessoa jurídica. Com o cancelamento de registros, é a fase final que marca o término completo da pessoa jurídica, ou seja, encerrada a fase de Liquidação, a sociedade estará extinta passando então para sua última etapa, a extinção, que é nada mais é do que o término de sua existência. É quando a personalidade jurídica da sociedade não existe mais. Uma vez a sociedade extinta, ela perde a sua capacidade jurídica, impossibilitando que seja reivindicado qualquer direito. Isso é feito por meio da averbação da extinção no registro competente, geralmente a Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. Este certificado confirma que a sociedade foi oficialmente extinta e encerrada com a perda da personalidade jurídica, é concluído o processo que foi iniciado com a dissolução e a liquidação.</p><p>Por fim, vale mencionar que com a despersonalização é feita a baixa dos respectivos registros, inscrições e matrículas no órgão competente, mesmo após a extinção da sociedade, os ex-sócios ainda respondem pelo pagamento de eventuais dívidas da sociedade extinta. Verificado o prejuízo de eventual credor, após a extinção da sociedade, este poderá propor ação de perdas e danos contra o Liquidante.</p><p>6. PROPÓSITO</p><p>De acordo com os Art. 44 e 981, 2.031, 2.034 e 2.037 do CC, o objetivo de uma sociedade jurídica é a celebração de um contrato entre pessoas naturais ou jurídicas que se unem e partilham de resultados do exercício de uma determinada atividade econômica.</p><p>No plano jurídico, a sociedade é um ente que possui personalidade jurídica, patrimônio próprio realiza atividades de negociação com fins lucrativos. A sociedade se manifesta através de ato constitutivo, por contrato ou estatuto social, formalizado entre os sócios que quando direcionados ao registro nas juntas comerciais confere Personalidade Jurídica Própria, distinguindo-se da figura dos sócios.</p><p>Dentre os diferentes propósitos, para a execução de um projeto ou empreendimento, seja com finalidade intelectual ou cooperativista ou até mesmo a troca de bens e serviços com fins lucrativos, uma sociedade organizada economicamente com personalidade jurídica e patrimônio próprio como na sociedade empresarial, os tipos societários podem ser escolhidos pelos sócios: Sociedade em Comum, Sociedade em Conta de Participação, Sociedade Simples, Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Limitada, Sociedade Anônima, Sociedade em Comandita por Ações e Cooperativa.</p><p>7. ABUSOS E DESVIRTUAMENTOS</p><p>Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx</p><p>8. CONCLUSÃO</p><p>Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 23 de ago. de 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. Brasília, DF, 15 dez. 1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm. Acesso em 24 de ago. de 2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 11.795, de 8 de outubro de 2008. Do sistema de consórcios. Brasília, DF, 08 out. 2008. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11795.htm. Acesso em 25 de ago. de 2024.</p><p>COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2023.</p><p>FERREIRA. A. B. H. Dicionário de língua portuguesa. 4. Ed. ver. ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.</p><p>GONÇALVES, C. R. Direito Civil Brasileiro - Vol. 1: Parte Geral. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2022.</p><p>VENOSA, S. S. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações e Responsabilidade Civil. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2021.</p><p>image1.png</p>