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<p>DIREITOS REAIS</p><p>CONCEITO DE DIREITO DAS COISAS</p><p>CONCEITO: “O complexo das normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem.”(Clóvis Beviláqua).</p><p>Tudo que satisfaz uma necessidade humana é um bem.</p><p>O Código Civil divide a matéria em 3 partes: posse, propriedade e direitos reais sobre coisas alheias.</p><p>CONCEITO DE DIREITO REAL</p><p>É o poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos.</p><p>Sujeito ativo é o titular do direito real.</p><p>Sujeito passivo é indeterminado - somente será determinado quando alguém lesar uma propriedade.</p><p>OBJETIVO</p><p>Visa regulamentar as relações entre os homens e as coisas, traçando normas tanto para a aquisição, exercício, conservação e perda de poder dos homens sobre esses bens como para os meios de sua utilização econômica.</p><p>ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!</p><p>Nem todos os bens interessam ao direito das coisas, pois o homem só se apropria de bens úteis à satisfação de suas necessidades; de maneira que se o que ele procura for uma coisa inesgotável ou extremamente abundante, destinada ao uso da comunidade (ex.: luz solar, ar atmosférico, água do mar etc.), não há motivo para que esse tipo de bem seja regulado por norma de direito, porque não há nenhum interesse econômico em controlá-lo.</p><p>DIREITOS REAIS E PESSOAIS</p><p>A determinação do conceito do direito real traz consigo uma série de problemas concernentes às suas relações com o direito pessoal, no sentido de se verificar se constituem dois institutos idênticos ou de natureza diversa.</p><p>O direito moderno passou a consagrar essa distinção, que tem sofrido críticas de concepções monistas ou unitárias, que pretendem identificar os direitos reais com os pessoais.</p><p>Direito real caracteriza-se como uma relação entre o homem e a coisa.</p><p>O direito real traduz apropriação de riquezas, tendo por objeto um bem material ou imaterial (erga omnes); isto é, o direito real é o vínculo existente entre o seu titular e a coisa.</p><p>Direito pessoal caracteriza-se como uma relação entre Pessoas. Tem por objeto uma prestação (um ato ou uma abstenção), vinculando o sujeito ativo ao sujeito passivo (credor e devedor).</p><p>TEORIAS UNITÁRIAS</p><p>a) Teoria Personalista</p><p>Teoria defendida por Ferrara, Ortolan, Ripert, Planiol e Windscheid.</p><p>Argumentam que o direito é uma "proportio hominis ad hominem" e não uma relação jurídica entre a pessoa e a coisa.</p><p>Tem por idéia basilar o ensinamento de Kant de que não se pode aceitar a instituição de uma relação jurídica diretamente entre a pessoa do sujeito e a própria coisa, já que todo direito é necessariamente uma relação entre pessoas.</p><p>b) Teoria Monista-objetivista ou Impersonalista</p><p>Defendida por Gaudemet e Saleilles.</p><p>Procura despersonalizar o direito, patrimonializando-o. O direito real extrai seu valor patrimonial dos bens materiais e o pessoal, da subordinação de uma vontade que se obriga a fazer ou não fazer</p><p>TEORIA CLÁSSICA OU REALISTA</p><p>As teorias monistas não encontraram acolhida em nosso direito positivo, que consagra a já tradicional distinção entre direito real e direito pessoal feita pela teoria clássica ou realista.</p><p>O direito real é uma relação entre o homem e a coisa, que se estabelece diretamente e sem intermediário, contendo, portanto, três elementos: o sujeito ativo, a coisa, a inflexão imediata do sujeito ativo sobre a coisa</p><p>CONCEITO DE DIREITO REAL E COISAS CORPÓREAS</p><p>O direito das coisas é o conjunto de normas reguladoras das relações entre os homens, tendo em vista os bens corpóreos e incorpóreas.</p><p>Não se justifica restringir o objeto dos direitos reais a bens corpóreos (móveis ou imóveis), uma vez que há coisas imateriais de caráter patrimonial que são suscetíveis de constituir um objeto jurídico, como as produções do espírito no domínio das letras, artes, ciências e indústria, e que são uma forma especial de propriedade.</p><p>A denominação do Livro III “Direito das Coisas”, sofreu severas críticas da doutrina contemporânea, pois o Livro III cuida da Posse – Título I (considerada como um fato sócio-econômico potestativo e não como um direito real), assim como regula todos os Direitos Reais – Título II.</p><p>FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS</p><p>A propriedade privada é tratada como princípio da ordem econômica, significando que o Brasil obrigatoriamente é um Estado capitalista.</p><p>Além de arrolar, genericamente, a propriedade privada e sua função social como princípios da ordem econômica, a CF detalha, em dois capítulos separados, a disciplina da propriedade privada no âmbito da política urbana e no âmbito da política agrícola e fundiária, incluindo disposições acerca da reforma agrária</p><p>DIREITO REAL X DIREITO OBRIGACIONAL</p><p>O direito real é exercido e recai diretamente sobre a coisa. É um direito real absoluto, exclusivo e exercitável.</p><p>O direito obrigacional é relativo. A prestação é o objeto de direito pessoal, somente podendo ser exigida do devedor.</p><p>CARACTERÍSTICAS DO DIREITO REAL</p><p>ESPECIALIDADE</p><p>O objeto da relação jurídica de direito real é sempre um bem certo e determinado.</p><p>Estabelece um vínculo ou relação entre o sujeito e a coisa, não dependendo da colaboração de nenhum sujeito passivo para existir.</p><p>ABSOLUTISMO</p><p>• Os direitos reais são oponíveis “erga omnes”, isto é, em face de toda a coletividade, que devem abster-se de molestar o titular.</p><p>Surge, dai, o direito de sequela, isto é, de perseguir a coisa e de reivindicá-la em poder de quem quer que esteja (ação real).</p><p>PUBLICIDADE</p><p>A publicidade é uma decorrência do absolutismo destas relações.</p><p>Os direitos reais só podem ser exercidos em face de todos se forem ostentados publicamente.</p><p>A publicidade se dá pela via do registro (bens imóveis) e pela tradição (bens móveis).</p><p>TAXATIVIDADE</p><p>• Os direitos reais são ditos “numerus clausus” (de enumeração legal taxativa), estando citados sobretudo no rol do art. 1.225 do CC.</p><p>SEQUELA</p><p>Os direitos reais aderem à coisa, sujeitando-a ao poder do seu titular.</p><p>Por esse motivo o titular pode persegui-lo em poder de terceiros, onde quer que se encontre o seu objeto.</p><p>O titular pode seguir a coisa em poder de todo e qualquer detentor ou possuidor, porque, na intensidade do ditado latino, “o direito real adere à coisa como a lepra ao corpo (uti lepra cuti)".</p><p>PREFERÊNCIA</p><p>É característica presente nos direitos reais de garantia.</p><p>É o privilégio que tem o titular do direito real de obter o pagamento de um débito com o valor do bem que é objeto do direito real de garantia.</p><p>O bem que é objeto da garantia é afastado da execução coletiva e destinado exclusivamente à satisfação do crédito do titular do direito real de garantia.</p><p>TIPICIDADE</p><p>Direitos legais são definidos pelos modelos legais</p><p>PERPETUIDADE</p><p>DR são perpétuos. DP são transitórios</p><p>EXCLUSIVIDADE</p><p>Não há dois direitos reais iguais e coexistentes sobre a mesma coisa. Direito sobre frações ideais. Usufrutuário e nu-proprietário</p><p>DESMEMBRAMENTO</p><p>DR sobre coisas alheiam-se (usufruto) desmembram-se temporariamente da propriedade. Morte do usufrutuário. (Princípio da consolidação)</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS REAIS</p><p>Em razão do desdobramento da titulariedade</p><p>a) Direitos reais sobre a própria coisa</p><p>b) Direitos Reais sobre coisa alheia.</p><p>O direito real sobre coisa própria é o direito de propriedade, sendo todos os demais direitos, sobre coisa alheia (usufruto, uso, habitação, servidão, superfície, entre outros)</p><p>Em virtude das limitações das faculdades inerentes ao domínio</p><p>a) Direitos de gozo e fruição</p><p>b) Direitos de garantia.</p><p>São de gozo ou fruição os que conferem ao beneficiário o exercício do jus utendide, do jus fruendi, em menor ou maior escala. Nessa categoria, estão o usufruto, o uso, a habitação, as servidões positivas e o direito de superfície</p><p>Direitos reais principais e acessórios</p><p>São frutos da lógica da teoria geral.</p><p>São principais os direitos reais autônomos, que não dependem de qualquer outro, destacando-se os direitos reais sobre coisa própria e coisa alheia já citados.</p><p>A hipoteca, o penhor e a anticrese, bem como as servidões, são</p><p>acessórios, pressupondo a existência de outro direito real</p><p>POSSE</p><p>HISTÓRICO</p><p>Em Roma a posse começou a receber defesa jurídica desde que o Pretor começou a intervir em favor daqueles que se haviam fixado em bens públicos, por concessão da República, e sofriam turbação arbitrária no gozo da mesma.</p><p>A posse já encontrava defesa em Roma e, portanto, o novo legislador não poderia mesmo modificar profundamente o instituto.</p><p>CONCEITO</p><p>O conceito de posse exige a análise de duas concepções fundamentais: a concepção subjetiva (SAVIGNY) e a concepção objetiva (VON JHERING)</p><p>TEORIA SUBJETIVA</p><p>A posse é integrada por dois elementos essenciais, o elemento material (corpus), que consiste no exercício de exercício de poderes materiais sobre a coisa, e o elemento psicológico (animus), consistente na intenção de ter a coisa para si e de defendê-la da ingerência de terceiros.</p><p>O elemento material (corpus) encontra-se no simples exercício do poder fático sobre a coisa, enquanto o elemento psicológico encontra-se na interioridade anímica, é a intenção de ter a coisa como sua.</p><p>Savigny acentua o elemento subjetivo, já que, sem a vontade de se ter à coisa como sua (animus domini).</p><p>TEORIA OBJETIVA</p><p>Para Von Jhering, para configuração da posse não se faz necessário a incidência do elemento subjetivo.</p><p>O elemento objetivo (corpus) seria o elemento essencial, o único elemento visível e passível de comprovação.</p><p>O Código acolheu essa teoria.</p><p>TEORIA OBJETIVA NO CC</p><p>O conceito de posse, indiretamente é dado pelo art. 1.196 do Código Civil.</p><p>O legislador, no art. 1.198 e 1.208, dizem os casos em que o exercício configura detenção e não posse. Portanto, o conceito de posse resulta da conjugação dos três dispositivos legais mencionados</p><p>NATUREZA DA POSSE</p><p>FATO OU DIREITO?</p><p>Discute-se em doutrina pátria e alienígena se a posse seria fato ou direito. Defendem que é mera relação de fato: Windscheid, Trabucchi, VanWetter, Voet, De Filipis, Donellus, Cujacius.</p><p>Savigny, Merlin, Lafayette, Wodon, Namur, Domat, Ribas, Laurent, Pothier, entendem que a posse é um fato e um direito. Considerada em si mesma ela seria um fato e quanto aos efeitos por ela produzidos (usucapião e os interditos) seria um direito</p><p>DIREITO REAL OU DIREITO PESSOAL?</p><p>Também é controvertido se a posse é direito real ou obrigacional. A posse possui várias características dos direitos reais: oponibilidade erga omnes, indeterminação do sujeito passivo, vínculo entre sujeito e coisa.</p><p>a) Direito Pessoal</p><p>Não é por ser oponível erga omnes e de sujeitos passivos indeterminados que a posse é direito real, pois existem direitos pessoais com as mesmas características, como tais, os direitos da personalidade, o direito à integridade física.</p><p>b) Direito Real</p><p>A grande maioria da doutrina pátria (Maria Helena Diniz, Serpa Lopes, Carvalho Santos, Tito Fulgêncio, Astolfo Rezende, Washington de Barros Monteiro), com base na oponibilidade erga omnes e a indeterminação do sujeito passivo, vê na posse um direito real.</p><p>CONCEITO</p><p>Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade</p><p>PODERES INERENTES AO DOMÍNIO</p><p>Usar - usar a coisa para seu fim precípuo, para o qual ela foi concebida.</p><p>Gozar - colher os frutos que esta coisa produz (sejam eles naturais, industriais ou civis)</p><p>Dispor- é o poder do proprietário em dar o destino que quiser à coisa</p><p>Reaver - não é sempre que o proprietário pode reaver a coisa, somente quando não houver razão jurídica para um terceiro possuir o bem.</p><p>ATENÇÃO!!!!!!!!!</p><p>Posse não é direito, mas sim um FATO.</p><p>A posse é a exteriorização da propriedade, que é o principal direito real.</p><p>Como a posse não é direito, a propriedade é mais forte do que a posse.</p><p>Assim, a propriedade prevalece sobre a posse (súmula 487 do STF: será deferida a posse a quem tiver a propriedade)</p><p>Dizemos que a posse é uma relação de fato transitória, enquanto a propriedade é uma relação de direito permanente.</p><p>Existe uma presunção de que o possuidor é o proprietário da coisa.</p><p>CONCEITO SOCIOLÓGICO DA POSSE</p><p>O que a teoria preconiza é que não há hierarquia entre posse e propriedade, desde que seja cumprida a sua função social.</p><p>Então, na verdade, posse e propriedade seriam institutos distintos, não havendo relação de hierarquia entre eles. Fundamentos constitucionais da teoria sociológica Art. 6º, CRFB – direito social à moradia; Art. 1º, III, CRFB – dignidade da pessoa humana; Art. 5º, XXIII – fala em função social da propriedade.</p><p>POSSE X PROPRIEDADE X DETENÇÃO</p><p>Posse: exercício do poder de fato em nome próprio, exteriorizando a propriedade e fazendo uso econômico da coisa (animus tenendi intenção de usar a coisa tal qual o proprietário).</p><p>Detenção (posse natural possessio naturalis): exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio. O detentor é servo da posse, pois mantém uma relação de dependência com o verdadeiro possuidor, obedecendo às suas ordens e orientações.</p><p>A detenção é também chamada de posse degradada pela lei. O art. 1.198, CC, define o detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com o outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.</p><p>Aquele que adquire a posse de modo contrário ao direito também é considerado detentor Enunciado n 301, Jornada de Direito Civil, STJ: É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios.</p><p>São havidos como detentores ou possuidores precários:</p><p>a) os que exercem o poder de fato sem intenção de agir como beneficiários do direito;</p><p>b) os que simplesmente se aproveitam da tolerância do titular do direito;</p><p>c) os representantes ou mandatários do possuidor e, de um modo geral, todos os que possuem</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE POSSE</p><p>a) Quanto ao desdobramento da relação possessória</p><p>Posse direta (imediata): exercício direto e imediato do poder sobre a coisa (corpus), decorrente de contrato. O possuidor direto pode defender sua posse contra o possuidor indireto.</p><p>Posse indireta (mediata): apenas o animus (entendido esse como a vontade de utilizar a coisa como faria o proprietário).</p><p>O possuidor indireto pode defender sua posse perante terceiros.</p><p>Art. 1.197, CC/2002. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o possuidor indireto. Os desdobramentos da posse podem ser sucessivos</p><p>b) Quanto aos vícios</p><p>Posse justa: posse desprovida dos vícios específicos do art. 1.200, CC . A posse justa é mansa, pacífica, pública e adquirida sem violência.</p><p>Posse injusta: posse maculada por pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou precariedade).</p><p>Posse violenta: adquirida através do emprego de violência contra a pessoa.</p><p>Posse clandestina: adquirida às escondidas.</p><p>Posse precária: decorrente da violação de uma obrigação de restituir (abuso de confiança).</p><p>A posse injusta não deve ser considerada posse jurídica, não produzindo efeitos contra o legítimo possuidor (para quem esta situação jurídica não passa de detenção), muito embora o possuidor injusto possa fazer manejo dos interditos possessórios contra atos de terceiros</p><p>Inversão do título da posse: Violência e clandestinidade são vícios relativos, enquanto que a precariedade é vício absoluto. Isso implica que a interversão do caráter da posse pode ocorrer quando a posse for violenta ou clandestina.</p><p>Nestes casos, cessada a violência ou a clandestinidade a posse deixa de ser injusta e passa a ser justa.</p><p>Quanto ao convalescimento da posse precária, a doutrina moderna, superando o entendimento do que antes era majoritário, aceita. Nelson Rosenvald, por exemplo, fala em mudança do ânimo da posse; Flávio Tartuce admite o convalescimento da precariedade em casos, por exemplo, de novação.</p><p>c) Quanto a subjetividade</p><p>Posse de boa-fé: Aliada a outros relevantes elementos,</p><p>cria o domínio; Confere ao possuidor, não-proprietário, os frutos provenientes da coisa possuída;</p><p>Exime-o de indenizar a perda ou deterioração do bem em sua posse; Regulamenta a hipótese de quem, com material próprio, edifica ou planta em terreno alheio; E, ainda, outorga direito de ressarcimento ao possuidor pelos melhoramentos realizados.</p><p>O CC conceitua posse de boa-fé em seu art. 1.201: é de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Decorre da consciência de ter adquirido a coisa por meios legítimos.</p><p>O seu conceito, portanto, fundase em dados psicológicos, em critério subjetivo. Contudo, não se pode considerar de boa-fé a posse de quem, por erro inescusável ou ignorância grosseira, desconhece o vício que macula a sua posse</p><p>A boa-fé é relevante, em tema de posse, para a usucapião, a disputa dos frutos e benfeitorias da coisa possuída ou para a definição da responsabilidade pela sua perda ou deterioração.</p><p>O CC estabelece presunção de boa-fé em favor de quem tem justo título, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção (art. 1.201, parágrafo único).</p><p>Justo título seria todo ato formalmente adequado a transferir o domínio ou o direito real de que trata, mas que deixa de produzir tal efeito em virtude de não ser o transmitente senhor da coisa ou do direito, ou de faltar-lhe o poder de alienar (Lenine Nequete).</p><p>A posse de boa-fé pode se transfigurar em posse de má-fé. Nos termos do art. 1.202 do CC, a posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.</p><p>Posse de má-fé: O possuidor tem conhecimento do vício que macula a posse. Assim como na posse injusta, a posse de má-fé não pode ser considerada posse jurídica e não goza de proteção contra o legítimo possuidor, para quem o possuidor de má-fé não passa de detentor.</p><p>d) Quanto à origem</p><p>Posse originária: A posse é tida como originária quando não há vínculo entre o sucessor e o antecessor da posse, de modo que a causa da posse não é negocial.</p><p>Posse derivada: A posse é derivada quando há um ato de transferência (da posse, e não necessariamente da propriedade) entre o antecessor e o sucessor. Na posse derivada haverá sempre tradição</p><p>e) Quanto aos efeitos jurídicos</p><p>Ad interdicta: posse que pode ser protegida através dos interditos possessórios.</p><p>Ad usucapionem: posse que pode ser pressuposto de usucapião</p><p>NATUREZA JURÍDICA DA POSSE</p><p>Clóvis Beviláqua: a posse é um estado de fato.</p><p>Caio Mário da Silva Pereira: a posse é um direito real.</p><p>Luiz Guilherme Loureiro: a posse é um direito pessoal (princípio da tipicidade)</p><p>COMPOSSE</p><p>Composse é a situação pela qual duas ou mais pessoas exercem, simultaneamente, poderes possessórios sobre a coisa.</p><p>Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.</p><p>Configurada a composse, a situação que se apresenta é, na realidade, a de que cada compossuidor possui apenas a sua parte in abstracto, e não a dos outros.</p><p>Contudo, cada possuidor pode exercer seu direito sobre a coisa como um todo, valendo-se das ações possessórias, desde que não excluía a posse dos outros compossuidores. Inclusive pode valer-se do interdito possessório ou da legítima defesa para impedir que outro compossuidor exerça uma posse exclusiva sobre qualquer fração da comunhão.</p><p>A composse pode ser:</p><p>pro diviso: composse de direito.</p><p>pro indiviso: composse de direito e fato</p><p>QUESTÃO</p><p>Mariana emprestou a título gratuito o seu apartamento para Sandra, sem fixar prazo para devolução. Durante o tempo em que esteve no imóvel, Sandra fez todos os reparos necessários, além de ter construído um cômodo a mais para um de seus filhos morar com ela. Após 10 anos, Mariana solicitou de volta a casa, mas Sandra recusou-se a devolver, alegando que não teria outro lugar para ir e que, após 10 anos de utilização mansa, pacífica e sem oposição, já teria tempo suficiente para usucapir o bem. Considerando as informações acima, responda</p><p>JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:</p><p>Qual a classificação da posse de Sandra, antes de Mariana pedir o imóvel de volta? (justa/injusta; boa-fé/má-fé; originária/derivada; direta/indireta)</p><p>No que diz respeito à posse é correto afirmar:</p><p>(a) Para que haja composse é necessário que todos os compossuidores tenham ciência da posse dos demais;</p><p>(b) O possuidor direto pode exercitar a repulsa legítima à invasão de sua esfera possessória por parte do possuidor indireto, ainda que não mais vigente o título jurígeno autorizador do desdobramento da posse;</p><p>(c) Não se caracteriza a posse violenta quando alguém se apossa de propriedade onde não encontrou ninguém e depois tão-somente impede o dono de nela reentrar;</p><p>(d) A companheira tem justo título na posse de bens comuns do casal, quando do falecimento do companheiro.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p>

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