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Ergonomia (AVA) - Unidade II - Livro Texto

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Jair Cruz

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51
ERGONOMIA
Unidade II
O ser humano erra, o que é normal, e às vezes as máquinas também erram. Esses dois aspectos 
ligados ao modelo homem-máquina têm naturezas bem distintas e serão abordados mais a seguir.
O trabalho manual exige muito esforço físico, que, em maior ou menor intensidade, combinado 
à frequência de movimentos, pode causar sérios danos à saúde dos indivíduos envolvidos nesse 
tipo de atividade.
A ergonomia, como uma disciplina baseada em diversas ciências, oferece a sua exclusiva contribuição 
nos projetos de reorganização de plantas fabris ou mesmo para novos produtos ou avaliação de produtos 
de mercado. Sob uma ótica voltada ao usuário e ator principal nesses diferentes contextos, o método 
ergonômico deixa sua importante e sensível contribuição nos resultados obtidos e mensurados pela 
satisfação dos usuários desses novos produtos, serviços ou métodos de trabalho organizados.
Com o objetivo de clarear, por meio de um exemplo concreto, a aplicação do método ergonômico, 
destaca-se o desenvolvimento de um novo produto ligado ao ramo de tecnologias assistivas para 
pessoas com mobilidade reduzida. Faz-se um breve relato para contextualizar o cenário da época (e ainda 
presente nos dias atuais) dos cadeirantes. O estudo foca o aspecto das lesões adquiridas especialmente 
nos membros superiores relacionadas aos esforços repetitivos para a impulsão da cadeira. São abordadas 
as principais etapas do método ergonômico aplicado no desenvolvimento de uma nova tecnologia de 
roda com marchas e freio contra o retorno em subidas de rampas. Descrevem-se diversos aspectos 
do uso desse produto, testado por muitos cadeirantes. Sem dúvida, um grande exemplo de como a 
ergonomia aplicada nesse projeto fez toda a diferença.
5 CONFIABILIDADE TÉCNICA E CONFIABILIDADE HUMANA
5.1 Confiabilidade técnica
O conceito de confiabilidade técnica é associado à capacidade de um item desempenhar uma função 
requerida sob condições específicas durante um dado intervalo de tempo. Esse conceito está expresso 
na NBR 5462: Confiabilidade e Mantenabilidade. Em geral, o termo confiabilidade é empregado como 
uma medida de desempenho do equipamento e, por isso, é restrito ao campo técnico.
Confiabilidade técnica é a probabilidade de um determinado item, componente, máquina ou sistema 
desempenhar a sua função à qual é destinada no projeto, de acordo com as condições de operação fixadas, 
em um intervalo específico de tempo. Confiabilidade está ligada ao futuro, é uma projeção probabilística que 
aponta as chances de o equipamento funcionar perfeitamente em um determinado espaço de tempo. Ou seja, 
quando falamos desse tipo de capacidade, sempre devemos associá-la a um período. Por exemplo, se queremos 
falar da confiabilidade de uma bomba centrífuga, devemos fazê-lo da seguinte forma:
52
Unidade II
• Certo: a probabilidade de essa bomba operar, de acordo com a suas especificações de projeto, é de 
99,8% nas próximas 5.000 horas.
• Errado: a confiabilidade dessa bomba é de 99,8%.
A confiabilidade de um equipamento pode ser calculada por meio da expressão:
R(t) = e–λt
Onde:
R(t) é a confiabilidade (do inglês, reliability) no período considerado
λ é taxa de falhas características daquele tipo de equipamento
t é tempo para projeção
5.2 Confiabilidade humana
Devido à necessidade de o homem interagir com equipamentos e sistemas complexos, várias 
abordagens e técnicas foram desenvolvidas para entender um ou mais aspectos desse problema e 
gradualmente construiu-se a área de estudos da confiabilidade humana (human reliability) ou da análise 
de confiabilidade humana (human reliability analysis).
A determinação da confiabilidade humana é uma consequência lógica do estudo da confiabilidade 
dos equipamentos, reconhecendo-se que o homem falha e que essas falhas podem ser classificadas, 
quantificadas e matematicamente analisadas por meio de uma adequada distribuição estatística. 
Segundo Pallerosi (2008), confiabilidade humana é, portanto, a probabilidade de que uma pessoa não 
falhe no cumprimento de uma tarefa (ação) requerida quando ela é exigida:
• em um determinado período;
• em condições ambientais apropriadas;
• com recursos disponíveis para executá-la.
Não existem pessoas à prova de falhas, ou seja, todos nós falhamos (muito ou pouco) no cumprimento 
de uma tarefa. Ao contrário dos equipamentos, que se degradam ao longo do tempo, espera-se que a 
aptidão (inata), o treinamento (aprendizado), a experiência e a idoneidade (correção) das pessoas 
reduzam as falhas humanas ao longo do tempo. Essas condições levam às seguintes premissas básicas:
• Errar é humano.
• As falhas podem ser previstas e quantificadas.
53
ERGONOMIA
• A qualificação humana para as funções é o elemento básico para o desempenho funcional e 
operacional das tarefas a serem cumpridas.
• Os fatores limitantes para o desempenho (pessoais, ambientais, sociais etc.) devem ser considerados.
5.3 Classificação das falhas humanas
Podem ser classificadas em erros e transgressões, que ocorrem durante a execução das tarefas 
(missões). Os erros podem ser classificados em deslizes e enganos, e as transgressões em intencionais e 
não intencionais. Essa ordenação serve para facilitar a codificação dos eventos em um banco de dados, 
por sua simplicidade e aplicação generalizada. Outros tipos de identificações podem ser admitidos, 
conforme os objetivos da análise das falhas.
5.4 Classificação dos erros
Os erros humanos, causados principalmente pela falta de conhecimento, lógica e razão, correspondem 
a deslizes e enganos. Eles constituem a principal parcela das falhas humanas, pois dependem, 
fundamentalmente: da capacidade para executar a missão; do estressamento; das condições ambientais 
e sociais; da motivação na execução da tarefa.
Os deslizes ocorrem mesmo possuindo a capacidade requerida para a execução da missão. A 
capacidade total nunca é atingida pelo ser humano, pela natural complexidade das ações envolvidas, 
mesmo com um excelente preparo (aprendizado básico e continuado). Eles são causados principalmente 
pelas seguintes questões:
• Estressamento, que, mesmo sendo desejado em níveis adequados, deve ser distinguido do cansaço 
devido a ações prolongadas, em ambientes inadequados ou jornadas prolongadas.
• A senilidade (degradação, envelhecimento) mental é outro fator para a indução dos deslizes, pela 
redução da capacidade neural por degradação contínua, progressiva ou doença.
• Inaptidão física ou mental, geradora de grande parte das falhas humanas para tarefas não 
condizentes com suas capacidades inatas, mesmo após sucessivos treinamentos. Pode-se imaginar 
um jogador de vôlei ou basquete de pequena estatura e obeso sendo treinado para um grande 
time: nenhum procedimento seria capaz de torná-lo um campeão.
Por outro lado, os aspectos cognitivos têm grande significado, pois parâmetros fracos induzem a 
falhas, em especial por retardo nas decisões. Por exemplo pessoas com dificuldade para decidir uma 
ultrapassagem de um veículo à frente, por dificuldade de ponderar distâncias, velocidades e potência 
do veículo.
Os enganos correspondem a falhas humanas na execução de uma determinada missão (ou ação) 
conforme padrões e ou normas estabelecidas, sobretudo em atividades complexas, com sequenciamentos 
de ações e procedimentos. É o caso da decolagem de um jato comercial em um aeroporto com grande 
54
Unidade II
movimento e condições adversas do tempo (chuva, neve etc.), ou o simples comando de uma máquina 
com vários botões e alavancas. As principais causas dos enganos correspondem às seguintes condições:
• Falta de aptidão (inata) – que conduz a frequentes erros de procedimentos.
• Falta de treinamento – por aprendizagem inadequada ou insuficiente, que gera enganos nas decisões.
• Falha no diagnóstico (julgamento) – devido a aspectos cognitivos.
5.5 Classificação das transgressões
As transgressões são consequentes de falhas comportamentais, classificadas em intencionais e 
não intencionais. Quandopossível, elas devem ser separadas dos erros para as análises quantitativas, 
pois basicamente dependem de fatores especiais e muitas vezes difíceis de serem identificados, pois 
representam mais as mazelas humanas do que propriamente a capacidade física e mental para a 
execução da missão. Elas existem até mesmo em animais, como cães e gatos, que transgridem regras 
por acreditarem na impunidade da ação ou por desconhecerem as consequências advindas de seus atos.
Transgressões intencionais
Decorrem fundamentalmente da certeza da impunidade do ato praticado ou de uma sanção leve 
pela ação indevidamente realizada. O autor tem plena consciência da ação, e os principais motivos são 
os seguintes:
• Falta de responsabilidade, pois acredita que a consequência da ação pode ser transferida a outra 
pessoa (chefe, pais) ou mesmo a uma organização (sindicato, partido político etc.).
• Esperteza, por julgar que a ação passará despercebida, correspondendo geralmente ao “idiota sabido”.
• Ambição, por acreditar que gerará um ganho pessoal ou financeiro.
• Outros fatores imponderáveis que levam às transgressões.
Transgressões não intencionais
Suas principais ocorrências são em virtude da falta de conhecimento das regras inerentes à missão 
ou ao comportamento esperado no decorrer das ações, geradas por: motivos culturais e sociais, em 
ambientes diferentes de sua vivência anterior. Por exemplo jogar lixo no chão porque anteriormente 
viveu em locais sujos e degradados; não saber julgar as consequências de seus atos, pois os julga 
como normais e aceitáveis.
Com base nessas classificações, são fixados parâmetros quantitativos que permitem a realização de 
cálculos estimativos das confiabilidades humanas, segundo a interação do modelo homem-máquina. 
Essa metodologia utiliza as mesmas distribuições gerais aplicadas para os equipamentos, ou seja, as 
55
ERGONOMIA
distribuições tipo exponencial (como a gama, Weibull, normal, lognormal, logística, log-logística, menor 
valor extremo), cada uma delas correspondente a um dado tipo de tarefa ou missão, de modo a melhor 
representar a ocorrência das falhas humanas, que podem ocorrer no início ou no fim dos períodos de 
atuação, serem aleatórias, concentradas ao redor de um valor médio (simétricas ou não) etc.
Hoje ocorre um grande desenvolvimento das análises da confiabilidade humana, algumas vezes 
baseadas em procedimentos imprecisos ou muito simplificados, que implicam significativos erros de 
avaliação das tarefas.
6 AMBIENTE DE TRABALHO: FATORES AMBIENTAIS
Vamos analisar os fatores ambientais de natureza física e química, tais como ruídos, vibrações, 
iluminação, clima e substâncias químicas, questões que podem afetar a saúde, o conforto e a segurança 
das pessoas. Outros fatores, como poluição microbiológica (bactérias e fungos) e radiações ionizantes, 
não serão tratados neste livro-texto.
Serão abordadas as formas de proteger ou minimizar os efeitos nocivos desses fatores, bem como os 
limites recomendados de exposição a cada um deles. Os meios de atuação para isso são basicamente 
os seguintes: eliminação ou redução da emissão na fonte; isolamento da fonte em relação ao receptor; 
redução do tempo de exposição; uso de equipamento de proteção individual (EPI).
 Lembrete
Considera-se o indivíduo como parte de um sistema interativo com o meio 
ambiente, respondendo aos estímulos captados desse ambiente, na execução 
de suas tarefas produtivas, ou seja, modelo homem-máquina-ambiente.
6.1 Ruídos
A exposição prolongada a ruídos elevados pode provocar surdez. Ambientes altamente ruidosos, 
como forjarias e estamparias, levam a uma degradação crescente da capacidade auditiva, afetando a 
comunicação e a concentração das pessoas em suas atividades. Tais efeitos podem ser reduzidos por 
meio de limites máximos estabelecidos para a intensidade sonora, conforme o tempo de exposição.
Tabela 2 – Níveis de ruído versus tempo máximo de exposição
Nível de ruído dB(A) Tempo máximo de exposição
100 5 min
93 30 min
89 1 h
80 8 h
56
Unidade II
 Observação
O decibel (cuja abreviatura é dB) é uma unidade de medida utilizada 
para exprimir a razão de uma quantidade de potência em relação a uma 
outra de referência sobre uma escala logarítmica.
Em acústica, exprime-se a potência sonora (P) em decibel: 10
0
. log
P
P
, onde P0 é um valor de 
referência. Por exemplo, sabendo-se que oito horas de exposição ao som de potência P8 (referência para 
oito horas de exposição) é aceitável como valor máximo, então, ao considerar um aumento de 9 dB na 
potência medida, seria necessário reduzir o tempo de exposição conforme o seguinte cálculo:
89 80 9 10 100
8
0
8
dB dB dB
P
P
P
P
P
P
x
x�� � � �
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
. log . log ��
   P
P
P Px x
8
0 9
810 8 0
, , .
Ou seja, como o valor calculado é aproximadamente oito vezes a referência aceitável para oito horas, 
o novo tempo máximo de exposição deverá ser oito vezes menor, isto é, igual a uma hora (conforme 
tabela anterior).
Esse cálculo pode ser feito de modo análogo para qualquer outro valor em dB (maior ou menor do 
que 80 dB), de forma a determinar os tempos máximos de exposição do indivíduo ao ruído ambiente 
sem causar prejuízo à audição, respeitando-se, obviamente, um período de recuperação razoável ao 
longo das sucessivas exposições máximas (pelo menos de 16 horas).
A exposição acima de 80 dB(A) por mais de oito horas de trabalho pode causar surdez. Caso seja 
necessária a exposição prolongada, equipamentos de proteção individual (EPI) adequados devem ser 
providenciados para uso contínuo pelo trabalhador. A avaliação do nível de ruído no local específico da 
execução do trabalho deve ser feita por meio de um equipamento chamado decibelímetro.
Por outro lado, para a manutenção do conforto nas atividades mais silenciosas, por exemplo em 
escritórios, o nível de ruído máximo deve ser de 55 dB(A), evitando-se ruídos de alta frequência (agudos), 
que são perturbadores. Ainda é preciso observar um nível de fundo em torno de 30 dB(A), para que a 
concentração nas atividades típicas desse local possa ser mantida. Em ambientes muito silenciosos, 
qualquer ruído de baixa intensidade se sobressai, distraindo a atenção das pessoas.
57
ERGONOMIA
Algumas recomendações para a redução do ruído ambiental na fonte:
• Selecionar processos produtivos silenciosos.
• Uso de máquinas silenciosas, instaladas sobre coxins amortecedores e, quando possível, 
enclausuradas por absorvedores apropriados.
• Manter máquinas reguladas, observando possíveis desgastes causadores de ruído mecânico.
A organização física dos postos de trabalho também pode contribuir para a redução do nível de 
barulho ambiental:
• Separação das atividades mais barulhentas daquelas mais silenciosas, estabelecendo-se inclusive 
horários diferentes para elas. Com isso, pode-se investir mais em equipamentos de proteção 
naquelas pessoas sujeitas ao ruído.
• Manter as fontes de ruído afastadas do local de trabalho. Compressores ou máquinas que possam 
estar fisicamente remotas em relação ao local devem ser preferidas, de forma a manter uma boa 
distância de separação e, assim, conseguir a atenuação do ruído produzido.
• Salas amplas devem possuir absorvedores de ruídos integrados, como divisórias ou tetos acústicos, 
a fim de reduzir o efeito incômodo de reverberação do som por esses elementos estruturais.
• Uso de barreiras acústicas, como paredes de alvenaria, próximas às fontes de ruído, combinando-se 
com outros absorvedores pendentes do teto, para reduzir o nível de ruído no local da atividade.
O uso de equipamento de proteção individual (EPI) para a redução do ruído percebido é recomendável 
quando, apesar das medidas já tomadas, o nível ainda se mantiver acima do limite para o tempo de 
exposição. Mesmo para curtas exposições, o uso do EPI deve ser incentivado. Destaca-se que a variedade 
de abafadores auriculares disponíveis no mercado possui características de atenuação diferentes, emvirtude da frequência sonora. Esses dados são obtidos na especificação técnica do equipamento e devem 
ser consultados para a correta compatibilização com o ruído local de trabalho.
6.2 Vibrações
As vibrações de natureza mecânica afetam o desempenho humano e o grau de proficiência na 
realização de tarefas. Podem ser localizadas, por exemplo, no manuseio de uma ferramenta elétrica ou 
abranger o corpo inteiro, como num automóvel.
As vibrações são caracterizadas por três parâmetros: frequência (em Hz), intensidade (em m/s2) e 
duração (tempo). Cada parte do corpo é sensível a uma determinada faixa de vibrações, pois apresentam 
diferentes faixas de ressonância. Assim como visto com os ruídos sonoros, a exposição a certos limites 
de intensidade de vibração, em razão da frequência, é condicionada ao tempo de exposição. A figura a 
seguir destaca os eixos de vibração do corpo.
58
Unidade II
Plano 
frontal
Plano 
transverso
Plano 
sagital
z
y
x
Figura 22 
Os desconfortos percebidos em virtude das frequências em que se expõe o indivíduo estão resumidos 
no quadro a seguir.
Quadro 1 – Efeitos e sensações da vibração do corpo
Frequência da vibração (Hz) Sensação percebida pelo indivíduo
<1 Enjoo
4 a 8 (1 – 100) Dores no peito, dificuldades respiratórias, dores nas costas e vista embaralhada.
8 a 1.000
Nas mãos e nos braços, alterações de sensibilidade, redução de destreza dos 
dedos, distúrbios osteomusculares. Esta é a faixa de operação da maioria das 
ferramentas manuais.
Fonte: Dul e Weerdmeester (2016, p. 89).
Recomendações sobre vibrações:
• Manter os níveis de exposição em função do tempo da atividade abaixo dos valores 
recomendados por normas internacionais. A vibração de corpo inteiro deve estar abaixo de 
0,5 m/s2 de intensidade média.
• As vibrações em mãos e braços devem ser abaixo de 2,5 m/s2.
• Evitar choques (solavancos) que superem três vezes os níveis recomendados médios citados 
anteriormente.
59
ERGONOMIA
• Ferramentas manuais com sistemas atenuadores de vibração devem ser preferidos em 
novas aquisições.
• A manutenção regular de máquinas vibratórias pode contribuir para a redução dos níveis de 
vibração produzidos.
 Observação
A importância do espectro de vibrações ao qual o motorista de um 
automóvel é exposto, quando o veículo trafega sobre um terreno de superfície 
irregular, foi muito estudada pelo setor militar no passado, tendo em vista 
o desenho de suspensões veiculares eficientes na filtragem e redução dos 
níveis de vibração transmitidos aos ocupantes de uma viatura (RODI, 1991). 
Num cenário de combate, veículos automotores são comparados, entre 
outros aspectos de desempenho, quanto à máxima velocidade de passagem 
num dado terreno físico, de forma a manter a proficiência da tripulação 
nos comandos de suas atividades. O conceito criado de potência absorvida 
pelo homem foi baseado nas curvas parametrizadas no tempo da resposta 
aceleração versus frequência, conforme disposto na Norma ISO-2631.
6.3 Iluminação
A intensidade de luz sobre a superfície de trabalho e o contraste entre a figura e o fundo são fatores 
importantes a serem considerados no projeto de iluminação de postos de trabalho. O humor da pessoa 
é afetado pelo nível de iluminação bem como pela reflexão da superfície onde se atua. Para cada tipo de 
tarefa desenvolvida há recomendações sobre a intensidade luminosa ideal a ser seguida.
Quadro 2 – Níveis recomendados de intensidade luminosa
Intensidade luminosa, lux Tipos de tarefas
20 a 200
Locais onde não há atividades de leitura. Evitam-se 
grandes contrastes entre ambientes anexos, facilitando a 
acomodação ocular.
200 a 750
Tarefas normais envolvendo leitura, montagens, operação 
de máquinas, preferindo-se níveis maiores para tarefas 
de maior concentração de detalhes, para pessoas idosas 
e para contrabalançar diferenças de brilho em ambientes 
iluminados por outras fontes no campo visual.
750 a 5.000
Tarefas de grande exigência visual, como inspeções de 
qualidade ou montagens de pequenas peças, ou para 
aumentar o contraste figura-fundo. Deve ser considerado 
que níveis mais intensos de iluminação sobre a superfície 
de trabalho provocam fadiga visual.
Fonte: Dul e Weerdmeester (2016, p. 91-92).
60
Unidade II
Consegue-se bons resultados em iluminação de ambientes de trabalho providenciando-se intensidade 
suficiente sobre os objetos e evitando-se as diferenças excessivas de brilho (responsáveis por fadiga 
visual) no campo da visão. Assim, a superfície de trabalho deve ser iluminada com uma intensidade 
ligeiramente superior à iluminação ambiente, por exemplo por meio de luminárias direcionadas, ou uma 
luz ambiente deve ser controlada em intensidade ou direcionando-se o seu foco.
Incidência de luz direta deve ser evitada, colando-se anteparos entre a fonte de luz e os olhos. O 
posicionamento de luz artificial deve obedecer à regra de evitar a formação de reflexos ou sombras na 
superfície de trabalho. Deve ser posicionada, idealmente, fora do campo visual, podendo ficar acima da 
cabeça e ao lado ou atrás dos ombros.
Lâmpadas fluorescentes emitem luz de forma intermitente e na mesma frequência da rede de 
alimentação. Por isso podem causar incômodos visuais ou até mesmo algum acidente, por produzir 
uma imagem “parada” de peças em movimento devido ao efeito estroboscópico. Nesses casos, usar uma 
segunda fonte de luz alimentada em outra frequência ou outro tipo de lâmpada não fluorescente pode 
resolver esse problema.
6.4 Clima
O controle dos fatores climáticos – temperatura e velocidade do ar, calor radiante, umidade 
relativa – pode contribuir para o conforto na realização de trabalhos, como também o tipo de vestimenta.
Trabalhos em condições extremas de temperatura (câmaras frigoríficas ou próximos a fornos) 
merecem atenção especial quanto ao tempo de exposição. O trabalho de Rodi (1991) trata das atividades 
em frigoríficos, que possuem setores nos quais os trabalhadores devem executar suas atividades expostos 
a baixas temperaturas (-35 °C a 10 °C).
Recomendações para o controle de conforto térmico:
• Permitir, na medida do possível, o controle individualizado da temperatura, por exemplo por meio 
de separações em salas num escritório.
• Ajustar a temperatura do ar ao nível de esforço físico exigido pela atividade: trabalhos de menor 
intensidade de esforços requerem temperaturas médias (em torno de 21 °C) um pouco mais 
elevadas do que em trabalhos mais pesados (em torno de 16 °C).
• A umidade média do ar deve ser ajustada para 50% para evitar irritações nos olhos e nas mucosas 
(com ar mais seco) ou dificultar a evaporação do suor (desagradável para trabalhos mais pesados).
• Superfícies quentes ou frias próximas ao local de trabalho afetam a troca de calor e trazem algum 
desconforto se a diferença com o ar ambiente for maior do que 4 °C. Nesses casos, usa-se 
algum tipo de barreira refletora, por exemplo cobrir com folha de alumínio.
• A velocidade do ar ambiente não deve ser maior do que 0,1 m/s, para se ter mais conforto.
61
ERGONOMIA
6.5 Substâncias químicas
Substâncias químicas estão presentes nos ambientes em forma de líquidos, sólidos ou aerossóis. 
Podem causar doenças ou até mutações genéticas – caso de certas substâncias cancerígenas, como 
asbestos, benzeno – e muitas têm efeito acumulativo no organismo.
Organizações internacionais fixaram limites de tolerância humana – que é a concentração média 
encontrada no ar durante oito horas – para diversas substâncias conforme sua toxidade. No Brasil, é 
a NR-15 (Atividades e Operações Insalubres) que estabelece tais valores. Algumas substâncias mais 
perigosas, por provocarem intoxicação imediata, possuem um valor especificado máximo que não pode 
ser ultrapassado em nenhum momento.
 Observação
O estudo dos efeitos causados pela mistura de diversas substâncias 
tóxicas ainda não é bem desenvolvido. Por isso, deve-se evitar a exposição 
nesses casos.
Para um projeto de ambiente de trabalho, os limites devem ser 20% donível de tolerância estabelecido 
para cada substância tóxica presente. A sinalização de toxicidade dos produtos armazenados e 
manipulados em locais de trabalho deve seguir os padrões de alerta normatizados.
Há uma hierarquia pré-estabelecida para o controle da poluição na fonte, que procura atuar, em 
primeiro lugar, na remoção da fonte, passando pela sua redução de emissão e, por último, prevendo os 
meios para o seu isolamento.
O uso de ventilação e exaustão são recomendados para reduzir a propagação dos poluentes no 
ambiente, quando não for possível reduzir ou eliminar na fonte. A exaustão deve ser localizada o mais 
próximo possível da fonte, promovendo uma filtração eficiente antes de lançar à atmosfera, permitindo 
a renovação de ar puro no ambiente do trabalho.
7 BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
Muitos produtos e postos de trabalhos inadequados provocam estresses musculares, dores e fadiga, 
que, às vezes, podem ser resolvidas com providências simples, como o aumento ou redução da altura da 
mesa ou da cadeira, melhoria do leiaute ou concessão de pausas no trabalho (IIDA; BUARQUE, 2005).
7.1 BMOcup
Trata-se da biomecânica ocupacional, a área da biomecânica que possui como objeto de estudo 
o universo organizacional, atendo-se especialmente às interações musculoesqueléticas, estáticas ou 
dinâmicas que o trabalhador adota em seu posto de trabalho. Analisa a questão das posturas corporais 
no trabalho, a forma de aplicação de forças e suas consequências.
62
Unidade II
A natureza do trabalho quanto à forma de aplicação de forças pode ser classificada em dois tipos: 
trabalho estático e dinâmico.
No trabalho estático, a demanda de esforço físico normalmente é alta (20% a 50% da capacidade 
máxima muscular), acompanhada por um suprimento sanguíneo baixo, limitando o tempo da contração 
(isomérica) dos músculos envolvidos. É o caso, por exemplo, da manutenção da postura em pé, que exige 
contrações dos músculos dorsais e dos membros inferiores.
No trabalho dinâmico, as contrações e relaxamentos musculares são alternados, gerando demanda 
alta, porém com um bom suprimento sanguíneo, mantendo-se o balanço equilibrado.
Como conclusão, pode-se admitir que o trabalho estático é mais fatigante do que o dinâmico; 
sempre que possível, deve ser evitado ou alternado com outras atividades mais dinâmicas, prevendo-se 
apoios para partes do corpo mais contraídas pela postura e meios de transporte e manuseio de cargas 
que aliviem o nível do esforço humano.
Errado Certo
Figura 23 – O uso de carrinho de transporte auxilia o manuseio de cargas mais pesadas
Com frequência trabalhadores se excedem no nível de esforço realizado e, associados a uma má 
postura, acabam sofrendo um trauma muscular com consequentes dores e inflamações locais. Há 
também os casos de traumas por esforços não tão altos, mas muito repetitivos, conhecidos pelas siglas:
• Dort – distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
• LTC – lesões por traumas cumulativos.
• LER – lesões por esforços repetitivos.
A sigla Dort é mais abrangente e inclui a LTC e a LER. São esses distúrbios os mais registrados como 
causas de afastamento do trabalho.
63
ERGONOMIA
7.2 Posturas corporais
Postura é o posicionamento relativo de partes do corpo, como cabeça, tronco e membros. Para 
evitar estresses musculares desnecessários ou desconforto na realização da atividade de trabalho, é vital 
observar algumas recomendações.
Métodos foram desenvolvidos para registrar e classificar os diferentes gestos posturais de trabalhadores 
(sistema OWAS – Ovako Working Posture Analysing System – figura seguinte) e correlacionar tais 
registros com a duração das posturas e a avaliação quantitativa do grau de desconforto e risco à saúde. 
O resultado é apresentado em forma gráfica, permitindo a rápida identificação de áreas do corpo mais 
sujeitas a algum tipo de lesão.
Do
rs
o
1 Reto 2 Inclinado 3 Reto e torcido 4 Inclinado e retorcido
Br
aç
os
1 Dois braços para 
baixo
2 Um braço para 
cima
3 Dois braços 
para cima
Ex: 2151 RF
Dorso
Inclinado 2 
Braços
Dois para baixo 1 
Pernas
Uma perna ajoelhada 5
Peso
Até 10 kg 1 
Local
Remoção de refugos RF
Pe
rn
as 1 Duas pernas 
retas 2 Uma perna reta
3 Duas pernas 
flexionadas
4 Uma perna 
flexionada
5 Uma perna 
ajoelhada
6 Deslocamento 
com pernas 7 Duas pernas suspensas
Ca
rg
a
1 Carga ou força 
até 10 kg
2 Carga ou força 
entre 10 kg e 20 kg
3 Carga ou força 
acima de 20 kg
xy
Código do local ou seção 
onde foi observado
Figura 24 – Sistema de registro postural OWAS
64
Unidade II
7.3 Aplicação de forças – características dos movimentos
Os movimentos do corpo são efetuados pela contração e relaxamento simultâneo de pares de 
músculos que atuam em sentidos antagônicos. Para um determinado movimento, há uma combinação 
mais eficiente de gasto energético, o que é asimilado por trabalhadores mais experientes, e assim 
adquirem maior resistência à fadiga.
Em geral, grandes grupos musculares (pernas, por exemplo) são utilizados na aplicação de forças 
maiores do que aquelas associadas com pequenos músculos (dedos das mãos), mais adequados aos 
movimentos de precisão.
Acelerações e desacelerações bruscas de movimentos exigem maiores contrações musculares 
e levam à fadiga mais cedo. Isso é claro se entendemos esse fato pelo princípio da segunda lei 
de Newton, força = massa × aceleração. Como um sistema similar a um conjunto de alavancas 
interligadas por juntas rotativas, o movimento esquelético é mais adepto a trajetórias curvas do que 
retas, que são mais difíceis e imprecisas. Os finais de curso dessas trajetórias também demandam 
mais atenção visual e coordenação motora, quando não há um anteparo para esses posicionamentos 
terminais. Por isso, alavancas de comando, como as de câmbio de automóveis, possuem mecanismos 
de posicionamentos discretos.
7.4 Transmissão de forças manuais
Equipamentos mecânicos manuais requerem esforços para o seu funcionamento. Devem exigir um 
nível de esforço máximo compatível com o operador mais fraco e oferecer alguma resistência (mínima), 
para minimizar acionamentos involuntários. A medida da força de acionamento deve ser feita na posição 
exata em que o elemento mecânico (uma alavanca, por exemplo) se encontra, com a postura corporal 
exigida e com o movimento que será efetuado.
A força disponível nos membros superiores para empurrar e puxar objetos situa-se em média em 
torno de 25 kgf para homens, e aproximadamente metade para mulheres. O conhecimento de tais dados 
pode ser útil num primeiro estudo de dimensionamento de forças de arrasto de carrinhos de transporte 
de produtos semiacabados, por exemplo em uma indústria. A resistência imposta ao deslocamento de 
carrinhos sobre rodas é diretamente relacionada ao peso da carga transportada mais o peso próprio 
do carrinho, sendo também afetada pelo tipo de rodas (maciça, pneu inflado) e condições do solo. A 
compatibilização desse valor calculado com os limites anteriormente mencionados deve, então, ser 
julgada e decidida pela implementação ou necessária medida de correção.
65
ERGONOMIA
152 cm
109 cm
68 cm
Figura 25 – Forças (máximas) para empurrar e puxar
Tabela 3 - Valores referentes à figura 25
Força 
(N)
Mulheres Homens
Empurar Puxar Empurar Puxar
Máx. D.P. Máx. D.P. Máx. D.P. Máx. D.P.
Altura da 
pega (cm)
152 150 48 143 34 284 83 174 14
109 176 68 171 33 342 98 258 26
68 158 61 179 73 399 95 376 73
Média 161 58 164 51 342 101 269 95
D.P. = desvio padrão
Adaptado de: LIDA; BUARQUE (2005, p. 94-Z1).
Esforços realizados com o movimento dos braços são limitados em virtude do tempo de permanência 
na posição relativa de sustentação acima do cotovelo. O processo de fadiga dos músculos envolvidos 
dos membros superiores é muito curto e agravado para pessoas de mais idade, em razão de sua menor 
mobilidade nas juntas.
0
5
10
15
20
5 10 Peso (N)
5 cm
30 cm
50 cm
Alcance acima do 
plano horizontal
Te
m
po
 (m
in
)
50 cm
75 cm
50 cm
30 cm5 cm
Figura 26 – Tempo para surgimento de fadiga muscular na sustentação de cargas acima do cotovelo
66
Unidade II
Na movimentação horizontal, o processo compromete também a musculatura do ombro e sua 
articulação, utilizados para contrabalançar o momento da carga içada. Os níveis máximos de força em 
função do tempo de permanência e da distância da carga ao ombro é mostrado na figura a seguir.
Alcance horizontal 
para frente
30 cm
40 cm
50 cm
Te
m
po
 (m
in
)
Peso (N)105
0
5
10
15
20
25
30
50 cm
40 cm
30 cm
105 cm
Figura 27 – Tempo para surgimento de fadiga muscular na sustentação de cargas afastadas do ombro
A força máxima exercida pelas pernas pode variar consideravelmente em função do ângulo de flexão 
do joelho. Com a perna estendida (ângulo zero), a força máxima pode atingir 200 kgf. Com pernas 
flexionadas (ângulo entre zero e noventa graus), a força máxima atinge 90 kgf. No cálculo de forças de 
frenagem de automóveis, por exemplo, é considerado esse valor como carregamento atuante sobre o 
pedal e como base no dimensionamento de peças estruturais da pedaleira.
7.5 Levantamento de cargas
O manuseio de cargas de forma incorreta é uma das causas mais recorrentes nas lesões de coluna 
identificadas em trabalhadores. A coluna vertebral é bastante resistente ao carregamento axial, porém é 
frágil para cargas excêntricas, como mostrado na figura a seguir.
C1C2
C
C = C1
C2 = 0
CertoErrado
Figura 28 – Formas de levantamento de carga: esforço sobre a coluna vertebral
67
ERGONOMIA
Portanto, o levantamento correto deve ser feito mantendo-se a coluna ereta, sob compressão 
axial apenas.
CertoErrado
Figura 29
Figura 30 – Uso das pernas, com a coluna ereta, no levantamento de carga
Em geral, uma vez conhecida a carga isométrica máxima (trabalho estático), a aproximação dada 
pela metade desse valor pode ser usada como limite recomendado para movimentos repetitivos.
7.6 Equação de Niosh para determinação do peso limite recomendável
Movimentos repetitivos de transporte manual são realizados sob níveis normalmente baixos de carga, 
pois o processo de fadiga muscular é o mecanismo determinante desses limites. Nos EUA, o National 
Institute for Occupational Safety and Health (Niosh) estabeleceu uma equação para correlacionar 
diversos parâmetros físicos de uma bancada de operação em que é realizada a tarefa de movimentar 
uma carga de um nível para outro. Baseia-se numa carga de referência de 23 kg, que corresponde à 
capacidade de levantamento no plano sagital, de uma altura de 75 cm do solo, para um deslocamento 
vertical de 25 cm, segurando-se a carga afastada a 25 cm do corpo, a qual não provoca nenhum dano 
físico à maior parte de homens e mulheres em trabalhos repetitivos. Esse valor de referência é, então, 
68
Unidade II
multiplicado por seis fatores de redução, os quais procuram levar em consideração as diversas condições 
reais de trabalho.
São definidas as variáveis:
PLR = peso limite recomendável
H = distância horizontal entre o indivíduo e a carga (posição nas mãos) em cm
V = distância vertical, entre a origem e o destino, em cm
D = deslocamento vertical, entre a origem e o destino, em cm
A = ângulo de assimetria (rotação), medido a partir do plano sagital, em grau
F = frequência média de levantamentos, em levantamentos/min (valor tabelado)
C = qualidade da pega (valor tabelado)
Tabela 4 
Qualidade da pega
Coeficiente da pega (C)
V < 75 cm V > 75 cm
Boa 1,00 1,00
Média 0,95 1,00
Ruim 0,90 0,90
D
V
H
A
C
Figura 31 – Fatores redutores de carga de Niosh
69
ERGONOMIA
A equação Niosh é dada pela fórmula:
PLR
H V D
� ��
�
�
�
�
�� � �
�
�
�
�
�
�� �
�
�
�
�
�
�� �23
25
1
0 003
75
0 82
4 5
1 0 003
,
,
,
, 22�� �� �A F C
Tabela 5 
Frequência 
levantamentos/min
Fator F
Duração do trabalho (h/dia)
≤ 1h ≤ 2h ≤ 8h
V < 75 (cm) V ≥ 75 (cm) V < 75 (cm) V ≥ 75 (cm) V < 75 (cm) V ≥ 75 (cm)
0,2 1,00 1,00 0,95 0,85 0,85 0,85
0,5 0,97 0,97 0,92 0,92 0,81 0,81
1 0,94 0,94 0,88 0,88 0,75 0,75
2 0,91 0,91 0,84 0,84 0,65 0,65
3 0,88 0,88 0,79 0,79 0,55 0,55
4 0,84 0,84 0,72 0,72 0,45 0,45
5 0,80 0,80 0,60 0,60 0,35 0,35
6 0,75 0,75 0,50 0,50 0,27 0,27
7 0,70 0,70 0,42 0,42 0,22 0,22
8 0,60 0,60 0,35 0,35 0,18 0,18
9 0,52 0,52 0,30 0,30 0,00 0,13
10 0,45 0,45 0,26 0,26 0,00 0,00
11 0,41 0,41 0,00 0,21 0,00 0,00
12 0,37 0,37 0,00 0,21 0,00 0,00
13 0,00 0,34 0,00 0,00 0,00 0,00
14 0,00 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00
15 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00
> 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fonte: Iida (2005, p. 98-Z1).
Como exemplo, supondo que uma pessoa levante uma carga situada a 80 cm de altura (V = 80) e a 
40 cm do corpo (H = 40), deslocando-a até 150 cm de altura (D = 150 - 80 = 70), rotacionando o corpo 
em 45° (A = 45), com frequência de repetição de seis vezes por minuto durante 1 h/dia. O fator F será 
(conforme tabela anterior) igual a 0,75. Admitindo-se que a qualidade da pega é ruim, C = 0,90.
Pela equação Niosh:
PLR � ��
�
�
�
�
�� � �
�
�
�
�
�
�� �
�
�
�
�
�
�� �23
25
40
1
0 003
80 75
0 82
4 5
70
1 0
,
,
,
,00032 45 0 75 0 90. , ,� �� �
PLR = 7,3 kgf
70
Unidade II
Portanto, a carga limite para essa atividade, nessas condições enunciadas, é de 7,3 kgf. Esse nível de 
carga assegura que o trabalhador não sofreria danos na estrutura musculoesquelética.
O valor calculado da carga é apenas uma referência, a capacidade de esforço individual, para homens 
e mulheres, normalmente é superior a esses valores. Entretanto, esse valor recomendado para o peso 
de uma embalagem deve ser analisado de maneira que não seja considerado tão leve a ponto de o 
carregador se sentir estimulado a pegar diversas embalagens, simultaneamente, podendo superar o 
máximo permitido.
 Lembrete
Os movimentos repetitivos de transporte manual são realizados sob 
níveis normalmente baixos de carga, pois o processo de fadiga muscular é 
determinante dentro desse limite.
 Saiba mais
A equação Niosh foi elaborada em 1981, revisada em anos seguintes, 
e publicada por meio de um manual de acesso livre. Para mais detalhes, 
consulte:
NELSON, G. S.; WICKES, H.; ENGLISH, J. T. Manual lifting: the Niosh work 
practices guide for manual lifting – determining acceptable weights of lift. 
Effective from March 1981 to July 1994. Fact Sheet, 2008. Disponível em: www.
hazardcontrol.com/factsheets/pdfs/NIOSH-1981.pdf. Acesso em: 11 set. 2019.
Além disso, a carga limite é relacionada à carga realmente transportada pelo operador por meio de 
um índice de carregamento (IC), definido como:
IC
cargareal
PLR
=
Esse índice, idealmente, deve ser menor ou igual a 1, de forma a proteger o carregador contra 
tensões físicas relacionadas às vertebras inferiores da coluna.
Um interessante aplicativo para o cálculo do índice de carregamento, usando a equação revisada 
Niosh, pode ser facilmente obtido para plataformas Android e iOS, trata-se do Niosh Lifting Equation 
Calculator. Por meio desse aplicativo, é possível avaliar rapidamente esse índice, admitindo-se 
levantamento simples (IC) ou composto de múltiplos movimentos (ICC), bem como obter as 
recomendações para melhorar as condições do carregamento analisado.
71
ERGONOMIA
 Saiba mais
No link a seguir, é possível assistir a um vídeo em que esse aplicativo é 
utilizado para um estudo de caso.
https://www.advancedergonomics.com
8 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Empresas organizadas buscam a eficiência em sua produção ou prestação de serviços por meio da 
especialização de seus colaboradores em atividades bem específicas de trabalho. Embora o proprietário 
da empresa tenha o conhecimento orgânico completo, somente os operadores alocados nos diversos 
postos de trabalho detêm o conhecimento prático e técnico necessário para a realização perfeita das 
tarefas competentes naquele setor.
A organização do trabalho empresarial se dá por meio de uma clara separação entre postos de 
comando ou supervisão e postos operacionais. Em cada um desses níveis são alocadas pessoas instituídas 
de poderes e deveres(tarefas) conforme o cargo que exercem. Portanto pode-se dizer que a organização 
do trabalho é a divisão do processo produtivo amplo (razão da existência da empresa) entre setores 
formados por pessoas instituídas por cargos, que interagem em harmonia por meio de tarefas específicas 
para atingir objetivo comum da empresa.
O sentido da organização do trabalho no âmbito profissional também pode ser estendido para outras 
áreas, tais como a organização de trabalhos domésticos, as atividades ligadas ao esporte e lazer e da vida 
cotidiana em geral.
O desenvolvimento contínuo da sociedade obriga as empresas a desenvolver novas formas de produção. 
Elas centram suas atividades nas áreas específicas, seu core business, deixando a terceiros a execução 
de outras tarefas, mas com reflexos no trabalho de seus operadores. As relações cliente-fornecedor 
intensificam a pressão temporal, aumentando a precariedade do trabalho. A terceirização traz ainda o fato 
do desaparecimento de alguns cargos com exigências menores, ligados agora aos prestadores externos, 
para os quais podiam ser designados os assalariados com restrições temporárias ou de aptidões. A política 
chamada just in time cria igualmente formas de pressão em termos do tempo de execução de tarefas.
As formas de gerenciamento também se modernizam, dando-se agora ênfase na gestão individual 
das competências, responsabilizando os indivíduos em relação ao seu próprio desempenho. Os controles 
sobre o trabalho aumentam e as formas de prescrever “o que se faz e fazer tudo o que se escreve” agora 
são assunto de normalização submetida a auditorias frequentes. Isso dá ao trabalhador, de fato, uma 
autonomia maior na condução da sua atividade, mas constitui uma fonte de estresse e constrangimentos 
psíquicos, pois o trabalho pressupõe realizar a missão dada pela alta gerência da empresa, o que reforça 
a parte de responsabilidade do operador.
72
Unidade II
8.1 Tarefas
Tarefas devem ser prescritas de forma neutra, impessoal, sem detalhamento de “como” são executadas, pois 
podem ser alocadas a um ser humano ou a uma máquina, cujos procedimentos são obviamente diferentes.
A alocação de tarefas ao ser humano segue algumas recomendações:
• Humanos são mais criativos para a solução de um problema não rotineiro.
• Humanos possuem um número maior de sensores (sentidos da visão, audição, tato, gestos e fala, 
olfato e paladar) e são capazes de processar com muito mais eficiência essa complexidade de 
estímulos do que uma máquina.
• Em situações de sobrecarga, humanos conseguem racionalizar uma simplificação adequada para 
a execução da tarefa.
• O aprendizado com a experiência acumulada na execução da tarefa permite ao ser humano 
atitudes de previsão de comportamento futuro, com base em raciocínio lógico e cálculo.
• O julgamento de situações geradas por critérios mal definidos pode ser filtrado para a tomada de 
decisão por humanos.
O investimento em máquinas faz sentido quando:
• A tarefa a ser executada é de natureza repetitiva e espera-se um resultado fiel ao procedimento 
previamente prescrito (programa de computador).
• A rapidez na execução é um fator preponderante no fluxo de operações de um dado processo produtivo.
• As condições ambientais de execução da tarefa são insalubres ou a operação deve ser realizada 
em horários inconvenientes para a presença do homem.
8.2 Cargos
Os cargos são organizados pelo agrupamento de tarefas prescritas no processo produtivo, mas 
também envolvendo aquelas preparatórias e de suporte correlatas. Isso traz o benefício de torná-los 
mais atrativos e promove o desenvolvimento de novas (e melhores) formas de realizar a tarefa.
Pontos interessantes a serem observados na elaboração de cargos:
• Conter tarefas de diversas complexidades (evitar a “monotonia do cargo”). Trabalhos muito 
repetitivos não são adequados, aqueles nos quais o tempo de ciclo das operações é inferior a 1,5 
minuto. Em linhas de montagem, por exemplo, procura-se intercalar outras atividades com as de 
curta duração, para aumentar o tempo do ciclo.
73
ERGONOMIA
• Dar oportunidade ao indivíduo para estabelecer seu próprio ritmo de trabalho, método e sequência de 
operações, e de comunicação com outros, especialmente para a solução de problemas não rotineiros.
• Permitir o acesso a todas as informações necessárias para o melhor resultado esperado, dando 
liberdade de decisão ao operador. Informações de feedback dada pela empresa sobre o seu 
desempenho contribuem muito para estimular o indivíduo a melhorar seu procedimento e a 
propor novas contribuições.
8.3 Organização do trabalho
A organização do trabalho realiza a junção de vários cargos traçados para o objetivo principal da 
empresa. As principais formas de organização são as seguintes:
• formas flexíveis;
• grupos autônomos; e
• estilo gerencial baseado na liderança.
O cenário de concorrência obriga as empresas a se reinventarem continuamente. Em termos da 
organização do trabalho, o que antes era adequado ao ritmo das demandas passadas torna-se inviável 
no presente, em virtude das necessidades do mercado em relação a novos produtos, serviços e tempo de 
disponibilização para a compra.
Estruturas organizacionais rígidas, com muitos níveis hierárquicos, não são mais a realidade de 
empresas competitivas. Atualmente todas as que desejam sobreviver no mercado de competição buscam 
“enxugar” os níveis hierárquicos (menor número de cargos), promovendo mais sinergia entre as diversas 
áreas produtivas e de controle da organização.
Figura 32 – Transformação nas organizações de trabalho
A aparente perda de poder dos antigos chefes é substituída por uma atitude de liderança, que 
anima, desafia e organiza as atividades com a participação de seu “time” de trabalho. Naturalmente, 
74
Unidade II
essa mudança de comportamento não foi muito fácil de implementar, mas hoje isso já é notável 
nas empresas.
Essa flexibilidade organizacional também se manifesta no chão de fábrica, onde as operações 
produtivas se desenrolam, e até mesmo nas áreas de escritórios. Os meios produtivos são adaptados 
continuamente, física e localmente, para adequar um novo ritmo produtivo, a fabricação de um novo 
produto etc. Trabalhos intelectuais, como os de gestão e criação de novos designs de produtos, podem 
ser alocados para fora das “quatro paredes” do escritório, dando ao trabalhador mais independência de 
gestão do seu tempo, mais condições de criatividade e mais satisfação pelos resultados alcançados.
Muitas empresas de grande porte perceberam que determinadas áreas do processo produtivo 
poderiam ter uma autonomia ainda maior, sempre com o foco na missão da organização global, que 
é atender o melhor possível seu cliente e obter o lucro necessário para sua perenidade. Surgem daí os 
“grupos autônomos” de trabalho, nos quais um número pequeno de trabalhadores é alocado, indivíduos 
com diversidade de conhecimentos, habilidades e atitudes, para contribuir na redução do tempo de 
produção, aumentar a produtividade e qualidade.
Os grupos autônomos são assim chamados pela sua independência na tomada de decisões internas 
para atingir o objetivo explícito dado pela alta direção, mas dependem das demais áreas da organização, 
como áreas de suprimentos, engenharia, comercial etc., para o seu funcionamento adequado. Nesses 
grupos nota-se que a motivação é grande em razão da autonomia na tomada de decisões para estabelecer 
o melhor método e ritmo de trabalho, escolha do líder e de outros membros da equipe (normalmente 
formada por 7 a 12 pessoas), na solução de problemas e no controle de sua produtividade e de medidas 
de correção necessárias. Portanto, o estilo gerencial do grupo deve ter o caráter de liderança, e não o 
do antigo “chefe”.
8.4 Método ergonômico
O método ergonômico é baseado nos sistemas de desenvolvimento de projetos que são amplamente 
conhecidos e até normatizado dentro do escopo da NBR ISO 9001, que trata da gestão da qualidade. 
Por ter um caráter multidisciplinar,todo projeto ergonômico reúne um diverso time de especialistas 
para propor soluções a um determinado tipo de ação. Os principais casos em que se pode introduzir a 
aplicação do método ergonômico são:
• A análise ergonômica de um produto de mercado.
• A melhoria de um produto existente ou o projeto de um novo produto.
• Adaptação de um posto de trabalho.
• Reformulação de um ambiente de trabalho, por exemplo pela aquisição de novos equipamentos 
ou por mudança de local físico (projeto da fábrica completa).
75
ERGONOMIA
O ergonomista é a pessoa envolvida nos processos anteriormente citados, cujo foco de trabalho está 
em contribuir com as demais equipes trazendo os conhecimentos e as práticas estudadas especificamente 
na ergonomia, interagindo desde o início das atividades até as fases de implementação, validação e 
pós-venda, quando for o caso. Espera-se que o perfil desse profissional seja de alguém acostumado 
com sistemas, conciliador de opiniões diversas e de um evangelizador para introduzir novos conceitos e 
atitudes, às vezes inexistentes para demais membros da equipe.
Todo método necessita de um planejamento adequado e sequenciado de processos. O método 
ergonômico segue as recomendações fixadas por organizações internacionais (como a ISO 13407: 
human-centred design processes for interactive systems) cujo esquema básico envolve as 
seguintes etapas:
• Planejamento do processo global, definições de objetivos com os patrocinadores do projeto e 
análises de cenários (competição, competências locais, regulamentações aplicáveis).
• Especificação do contexto de uso, observando para qual grupo de usuários será aplicado, quais as 
reais necessidades, formas de coleta de informações e dados; decisão sobre a sua viabilidade.
• Estabelecimento dos requisitos do projeto, elaboração de alternativas (brainstorming), construção 
de protótipos de avaliação.
• Testes de validação técnica (atende todos os requisitos propostos?) e subjetiva (avaliação da 
usabilidade), aferindo o nível de satisfação atingido do ponto de vista da empresa e pelo usuário.
• Pós-lançamento do produto ou mudança implementada, por meio de testes de avaliação 
direta com os usuários ou por meios remotos. Realimentação do processo para melhorias ou 
correções necessárias.
 Saiba mais
Para aprofundar o conhecimento no assunto, consulte os métodos 
utilizados em projetos de ergonomia lendo:
USABILITY NET methods for user centred design. DocGo, 28 jul. 
2017. Disponível em: https://docgo.net/detail-doc.html?utm_source= 
usabilitynet-methods-for-user-centred-design. Acesso em: 11 set. 2019.
Toda inovação precisa de uma estratégia para sua introdução. Dependendo do tipo de projeto, há 
uma escolha mais adequada quanto à forma de implementar o novo. Pode-se relacionar as seguintes:
• Sem transição: quando o projeto é completamente novo, sem haver um paradigma anterior que 
possa influenciar os operadores/usuários desse novo produto, serviço ou método produtivo.
76
Unidade II
• Transição direta: segundo um planejamento de retirada do antigo modo (processo) de trabalho e 
ativação do novo, criando as modificações organizacionais e treinamentos necessários, com uma 
provável queda de produtividade que logo após é superada.
• Aplicação paralela: o antigo e o novo convivem simultaneamente, para que os usuários se 
convençam das vantagens da nova utilização e abandonem o velho método.
• Introdução gradual: quando a abrangência na empresa do novo processo é maior, recorre-se 
à implementação setorizada, informando os primeiros usuários convenientemente, a fim de 
diminuir possíveis resistências à mudança e, assim, poderem experimentar e se convencerem das 
vantagens no uso do novo sistema.
Para exemplificar a utilização desse método, segundo as etapas descritas, será destacado a seguir um 
caso real de desenvolvimento de produto voltado ao setor de mobilidade de cadeirantes.
8.5 Estudo de caso: cadeira de rodas com marcha
Uma empresa nacional do setor plástico decidiu investigar a possibilidade de lançar um novo 
produto no mercado, voltado para auxiliar a mobilidade de cadeirantes, especialmente em subidas e 
descidas de rampas mais íngremes, bastante frequentes no cenário urbano. A experiência dessa antiga 
empresa estava centrada no atendimento de clientes do setor automotivo, mas enxergava uma boa 
oportunidade de negócio nesse novo produto, pois alinhava a disponibilidade de seus equipamentos 
de injeção e expertise de conhecimentos técnicos com a necessidade latente desse grupo de usuários 
para esse benefício.
A análise do cenário
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem cerca de 610 
milhões de pessoas com deficiência no mundo, sendo que 386 milhões fazem 
parte da população economicamente ativa. Avalia-se que 80% do total viva 
nos países em desenvolvimento. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística), no Brasil existem 24,5 milhões de brasileiros 
com algum tipo de deficiência, o que significa que 14,5% da população 
brasileira apresenta alguma deficiência física, mental ou dificuldade para 
enxergar, ouvir ou locomover-se. Os dados do censo afirmam ainda que 
22,9% apresentam deficiência motora.
A cadeira de rodas manual (CRM) é um importante instrumento para 
a funcionalidade diária daqueles indivíduos com comprometimento de 
membros inferiores. Na Europa o número de cadeirantes ultrapassa os 
3,3 milhões de pessoas. No Brasil, segundo o Censo Demográfico de 2000 
realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,5 
milhão da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência física, 
e entre essa população cerca de 930 mil são usuários de CRM. No Brasil, 
77
ERGONOMIA
nas últimas décadas, o número dos usuários de CRM tem aumentado em 
consequência dos acidentes automobilísticos, que causam, principalmente, 
lesão medular ou amputação dos membros inferiores.
Sabe-se que, para a propulsão de uma CRM, é necessária a execução de 
repetidas aplicações de forças bimanuais, fora do campo de visão, em um 
fino aro de tração (15-19 mm de diâmetro) e durante um curto período (20% 
a 40% de todo o ciclo de movimento) pelos sujeitos. Fica claro que boa parte 
de todas as forças produzidas é necessária para obter um torque efetivo ao 
longo do eixo, a fim de manter a velocidade e a direção requeridas.
Esse complexo movimento utiliza combinações proprioceptivas, exteroceptivas 
e visuais para a sua boa execução.
Do ponto de vista ergonômico, diminuir o gasto energético, aumentar a 
eficiência mecânica e aprimorar a técnica (aplicação de forças e sincronismos) 
de propulsão são fatores que estão relacionados aos ajustes da CRM e à 
forma e à natureza do aro de tração. Apesar dos esforços em pesquisas, 
ainda existem muitas divergências entre os temas e entre os métodos de 
avaliações adotados, o que impede que boa parte dos resultados encontrados 
seja aplicável à vida cotidiana dos usuários de CRM. Ainda não há consenso 
sobre quais treinamentos poderiam ser prescritos aos indivíduos e quais os 
possíveis ajustes para as CRMs que contribuiriam de fato para a minimização 
das disfunções musculoesqueléticas e para o aumento da qualidade de vida 
de seus usuários.
O alto índice de lesão faz com que as pesquisas para melhorar a CRM e a 
propulsão sejam cruciais para a manutenção da saúde e do bem-estar do 
cadeirante. Contudo, com a utilização da “Roda de Propulsão EasyMob”, 
podemos verificar através dos testes e seus resultados alterações clínicas 
relevantes, como: frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de 
oxigênio, escala de Borg (cansaço), pressão arterial que podem nos levar a 
um melhor direcionamento para a finalização de uma roda adequada que 
minimize ou elimine os dados provocados pelo esforço da propulsão em 
cadeiras de rodas. Além disso, os pacientes puderam expressar suas opiniões e 
ideias através dos questionários de satisfação aplicados ao término dos testes.
Sendo assim, acreditamos que dados de estudospoderão ser utilizados para 
direcionar políticas sociais de mudanças de infraestrutura na comunidade, 
proporcionando uma melhor qualidade de vida aos cadeirantes (VICENTINI; 
BAGNE, 2013, p. 2-3).
Embora o texto anterior tenha sido efetivamente elaborado alguns anos após as primeiras alternativas 
de projeto terem sido criadas, em forma de protótipos funcionais, o cenário não havia sofrido alteração 
78
Unidade II
significativa. Aliás, e infelizmente, a situação do número de cadeirantes, especialmente no Brasil, só se 
agravou nos últimos anos.
Nessa etapa, foram analisadas as competências técnicas e fabris disponíveis para a execução 
de um projeto dessa envergadura, os principais atores (concorrentes e parceiros) desse mercado, as 
regulamentações e normais aplicáveis, e decidiu-se pela continuidade do processo de projeto.
A análise da viabilidade
Planilhas de custos e preços de vendas, fluxos de investimentos e retornos financeiros, com base 
nas informações quantitativas disponíveis na ocasião, mostravam a viabilidade econômica do novo 
projeto. Contudo, quanto à competência especializada em ergonomia – pois o produto trataria com um 
grupo de usuários para o qual a empresa nunca havia trabalhado –, como seria adquirida pela equipe de 
engenheiros e técnicos, todos voltados para as soluções do campo automotivo? A solução foi a inclusão 
de um consultor ergonomista para auxiliar nas fases do desenvolvimento.
Os requisitos de projeto
Sabe-se que a CRM tem sido caracterizada como meio de locomoção de 
baixa eficiência (2% a 10%) quando comparada a outros sistemas, como, por 
exemplo, a cadeira a manivelas (16%) ou a própria marcha (35%).
As CRMs são utilizadas para aumentar a funcionalidade e a independência 
dos indivíduos tanto em casa como na comunidade. Dentre os fatores mais 
limitantes considerados pelos cadeirantes encontra-se a própria CRM. A 
CRM é o instrumento mais importante de deslocamento, porém é também 
o mais associado às barreiras. Os participantes, em uma enquete, relataram: 
“as CRMs são pesadas e difíceis de manobrar”; “suas dimensões não são 
ideais para transpor barreiras ambientais como portas, corredores e escadas”. 
Os participantes veem as CRMs inadequadas e as consideram como principal 
fator que os impede de deslocar-se com maior facilidade e eficácia. Ainda, 
consideram a CRM mais limitante que a sua própria patologia.
Além da baixa eficiência mecânica da CRM, os membros superiores (MMSS) 
são estruturas que naturalmente não foram preparadas para gerarem altas 
taxas de forças e para repetitividades de movimento. Durante a propulsão 
em CRM, os membros superiores dos cadeirantes são constantemente 
exigidos e, para aqueles que não são treinados (indivíduos em fase inicial de 
utilização), essa exigência é ainda maior. Para os cadeirantes, os problemas de 
sobrecarga dos MMSS são tão importantes quanto os riscos cardiovasculares 
oriundos de um estilo de vida sedentário.
Dessa forma, diante da importância de conhecer a relação homem/cadeira 
de rodas/ambiente, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver e 
79
ERGONOMIA
comprovar um mecanismo de propulsão que possa melhorar o desempenho 
e a funcionalidade dos cadeirantes, mediante a redução do índice de 
incidência de acometimentos em membros superiores e gasto energético 
(VICENTINI; BAGNE, 2013, p. 5).
Conforme o excerto apresentado, pode-se deparar com a importância do trabalho do ergonomista. 
Em primeiro lugar, o projeto deveria promover o alívio de dores em membros superiores (figura seguinte) 
e auxiliar a transposição de barreiras por meio de algum auxílio mecânico integrado no sistema de 
transmissão de força manual do cadeirante para as rodas.
Figura 33 – Regiões dos membros superiores mais afetadas no cadeirante
Figura 34 – Transposição de obstáculos urbanos com cadeira de rodas manual
Como especificações básicas do projeto, foi estabelecido que:
• O acionamento das rodas deve ser mantido pelos aros de impulsão já de uso frequente pelo 
cadeirante mais ativo.
80
Unidade II
• Duas marchas de transmissão do torque manual para as rodas são necessárias: 1:1 (como toda 
cadeira já funciona) e 2:1 (multiplicação do torque manual para diminuir o nível de esforço 
muscular e reduzir o índice de lesões por repetição – LER).
 Saiba mais
Para ampliar seu conhecimento nesse assunto, leia o texto sugerido, 
que apresenta um método científico quantitativo para avaliar o grau de dor 
percebida por usuários de cadeiras de roda.
CURTIS, K. A. et al. Reliability and validity of the Wheelchair User’s 
Shoulder Pain Index (WUSPI). Paraplegia, v. 33, n. 10, p. 595-601, Oct. 1995. 
Disponível em: https://www.nature.com/articles/sc1995126. Acesso em: 11 
set. 2019.
Posteriormente, por meio de entrevistas com diversos cadeirantes e observando outros produtos 
similares internacionais, uma nova função foi introduzida: um mecanismo para impedir o retorno 
involuntário da cadeira em situação de subida de rampas longas, seja autonomamente, seja por um 
ajudante, quando há necessidade de paradas momentâneas para troca das mãos sobre o aro de impulsão 
ou para uma pausa de descanso (figura seguinte). Então, essa característica adicional foi muito bem 
recebida por usuários com tetraplegia (sem movimentos de pernas e braços), que tinham muita dificuldade 
para acionar os freios nas rodas através do movimento de inclinação do tronco e por ajudantes de 
cadeirantes mais pesados quando empurrados em rampas longas. Cadeirantes em processo de reabilitação 
(recém-paraplégicos) sentiram também o benefício do sistema contra retorno por dar-lhes a sensação de 
maior segurança na subida de rampas.
Figura 35 – Sistema contra retorno da roda para maior 
conforto e segurança em paradas de rampa
81
ERGONOMIA
Passou-se, então, à fase de concepção mecânica do produto, construção de modelos de transmissão 
com programas de projeto auxiliado por computador (CAD – computer aided design), cálculos estruturais 
dos componentes etc.
O produto – fase de testes
A figura seguinte mostra o produto (em corte parcial) com os seus principais elementos de transmissão 
feitos por processo de injeção plástica.
Figura 36 – A roda com marcha: vista em corte parcial
Polímeros de alto desempenho técnico foram empregados em sua manufatura tendo como premissa 
a minimização do peso total da roda (ergonomicamente mais adequada à capacidade de esforços em 
postura sentada que cadeirantes ativos possuem) e o baixo custo de fabricação.
Os testes de validação com o produto foram realizados em laboratórios especialmente equipados 
para atender aos requisitos da ISO 7176-8, em vigor na época, bem como testes de uso com grupos 
de cadeirantes, para avaliar o seu desempenho em termos do consumo de oxigênio (gasto energético), 
facilidade de manuseio, conforto e segurança.
A estratégia de implantação
Por ser um produto novo, muito pouco conhecido no mercado, (de fato, só havia um similar no 
mercado americano e de alto custo de aquisição), a estratégia de lançamento, no modo sem transição, 
foi buscar parceiros renomados do setor de comercialização de produtos assistivos. Assim, o produto 
EasyMob foi divulgado em estande de vendas de uma grande feira comercial.
Todas as vendas realizadas foram acompanhadas de perto com os cadeirantes durante um bom 
período, por meio de serviços remotos via comunicação eletrônica (e-mail, chats) e com visitas pessoais 
aos usuários mais próximos.
82
Unidade II
Concluiu-se que a experiência obteve sucesso, que o método ergonômico não só possibilitou a 
realização segura de um produto de interação permanente com o usuário, como se tornou vital para o 
êxito alcançado nesse desenvolvimento pela empresa.
 Resumo
Esta unidade trouxe os conceitos de confiabilidade técnica e humana 
para o ambiente do trabalho, mostrando como a interação homem-máquina 
é influenciada por fatores ambientais e como as reações manifestadas 
podem gerar erros de conduta, levando a falhas desse sistema.
As diversascaracterísticas físicas de um ambiente de trabalho foram 
abordadas, tais como nível de ruídos, vibrações, iluminação, clima e toxidade 
ambiental, destacando quais são os limites seguros e recomendados para 
um projeto ergonômico correto.
Em biomecânica aplicada, a biomecânica ocupacional, estudamos 
diversos aspectos sobre movimentos posturais associados ao carregamento 
manual de cargas. A equação desenvolvida por Niosh foi bem detalhada, 
servindo como um bom método de avalição e para projeto de postos de 
trabalho que envolvam movimentações manuais de pacotes pesados.
Destacou-se como as organizações devem ser formadas, considerando 
o estabelecimento das tarefas, seu teor, e o aspecto da liderança nos 
cargos organizacionais como um elemento catalisador para a satisfação 
geral dos trabalhadores.
Ilustrou-se, ainda, um estudo de caso real de projeto de um produto 
voltado para o setor de mobilidade de cadeirantes, no qual a aplicação do 
método ergonômico foi bem exemplificada.
 Exercícios
Questão 1. (Instituto AOCP, 2014) Em relação à biomecânica ocupacional, é possível afirmar que:
A) A contração contínua de determinados músculos, como resultado de manutenção prolongada de 
postura ou movimentos repetitivos, leva à fadiga muscular.
B) A fadiga muscular pode ser reduzida fazendo-se uma única e longa parada durante a jornada de 
trabalho ao invés de paradas curtas e frequentes.
C) Movimentos bruscos são indicados, já que as tensões serão muito grandes, mas terão pouca duração.
83
ERGONOMIA
D) Pessoas com bom preparo físico conseguem manter um esforço muscular máximo por alguns minutos.
E) Posturas prolongadas e movimentos repetitivos auxiliam na prevenção de lesões nos músculos 
e articulações.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta. 
Justificativa: as contrações musculares em excesso (fadiga muscular) liberam ácido lático, gerando a 
princípio dores e tensões musculares, e com as repetições e manutenções prolongadas levam a processos 
inflamatórios e LER (lesões por esforço repetitivo). 
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a fadiga muscular é o esforço físico maior do que o normal, com repetições prolongadas 
sem pausas levando o indivíduo a inflamações musculares ou tendíneas. 
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: movimentos bruscos não são indicados, assim como as posturas incorretas, levando o 
indivíduo a lesões. 
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: pessoas com bom preparo físico reduzem os riscos de lesão por terem músculos mais 
fortalecidos, no entanto, num ambiente de trabalho, o esforço muscular máximo, repetidas vezes, pode 
levar o indivíduo à lesão. 
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: posturas prolongadas e movimentos repetitivos levam o indivíduo a lesões e inflamações 
das articulações. 
Questão 2. (Centro de Seleção UFG 2018, adaptada) Do ponto de vista ergonômico, é sempre 
desejável a adaptação individual da altura de trabalho. Em vez de soluções improvisadas, como estrados 
para os pés ou o aumento das pernas das mesas, uma mesa com altura regulável é mais recomendada. 
Na figura a seguir, são mostradas as alturas de trabalho desejáveis para atividades em pé, em relação à 
altura das pessoas, sendo que a linha de referência corresponde à altura do cotovelo a partir do chão, 
que é em média 1.050 mm para os homens e 980 mm para as mulheres. 
84
Unidade II
1000-1100
 850-1050
900-950
850-900
(A) (B) (C)
mm Homens
mm Mulheres
750-900
700-850
+200 mm
+100 mm
0 linha de referência
-100 mm
-200 mm
-300 mm
Figura 37 
Fonte: Kroemer, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 
5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005 (adaptado).
Considerando o texto e a figura, avalie as afirmações a seguir.
I – Durante o trabalho em pé, se há muita exigência de emprego de força, como em trabalhos 
pesados de montagem, a altura da superfície deve ser mais baixa: entre 150 mm e 300 mm abaixo da 
altura do cotovelo, conforme situação (C) da figura.
II – Para um trabalho delicado, por exemplo, desenho, é desejável um apoio dos cotovelos, sendo a 
altura adequada entre 50 mm e 100 mm acima da altura do cotovelo, conforme situação (A) da figura.
III – Para trabalhos manuais realizados em pé, as alturas recomendadas são de 50 mm a 100 mm 
abaixo da altura do cotovelo, conforme situação (B) da figura.
IV – Em atividades manuais com necessidade de espaço para ferramentas, materiais e recipientes 
variados, a altura de trabalho adequada é a da situação (C) da figura, em torno de 100 mm a 150 mm 
abaixo da altura do cotovelo.
V – Para trabalhos de precisão, como manuseio de componentes eletrônicos, podem ser consideradas 
como adequadas as situações (A) e (B) da figura, que vão desde 50 mm acima da altura do cotovelo a 
50 mm abaixo da altura do cotovelo.
É correto apenas o que se afirma em:
A) I, II e III.
B) I, III e IV.
85
ERGONOMIA
C) I, IV e V.
D) II, III e V.
E) II, IV e V.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta. 
Justificativa: como é possível observar na figura, a altura da superfície para trabalhos pesados deve 
ficar entre 150 mm e 300 mm abaixo da altura do cotovelo.
II – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: para os trabalhos de precisão, a altura da superfície deve estar na linha dos cotovelos.
III – Afirmativa correta. 
Justificativa: para os trabalhos leves, a superfície deve estar entre 50 mm e 100 mm abaixo da linha 
dos cotovelos.
IV – Afirmativa correta. 
Justificativa: como é possível observar na figura, a altura da superfície para trabalhos pesados deve 
ficar entre 150 mm e 300 mm abaixo da altura do cotovelo.
V – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: para trabalhos de precisão, apenas a posição (A) da figura da questão é recomendada.
86
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 2
A) MILEAGE-1384002_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/05/10/15/41/
mileage-1384002_960_720.jpg. Acesso em: 14 out. 2019.
B) SPEEDOMETER-513396_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/
photo/2014/11/02/00/47/speedometer-513396_960_720.jpg. Acesso em: 23 set. 2019.
Figura 5
PANERO, J.; ZELNIK, M. Human dimension & interior space: a source book of design reference 
standards. New York: Whitney library of design, an imprint of Neilsen Business Media, a division of the 
Nielsen Company, 1979. p. 83. Adaptada.
Figura 6
CHAIR-48911_960_720.PNG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2012/05/07/18/24/
chair-48911_960_720.png. Acesso em: 23 set. 2019. Adaptada.
Figura 10
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 71-Z1.
Figura 12
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 99-Z1.
Figura 13
ADULT-3974292_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2019/02/04/09/56/
adult-3974292_960_720.jpg. Acesso em: 23 set. 2019.
Figura 14
RANGEL, C. M. M. Avaliação do desempenho do layout e da sinalização de uma unidade hospitalar. 
Ação Ergonômica – Revista Brasileira de Ergonomia, v. 6, n. 1, p. 1-14, 2011. p. 6.
Figura 16
ELEVATOR-BUTTONS-248639_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2014/01/20/15/ 
24/elevator-buttons-248639_960_720.jpg. Acesso em: 23 set. 2019.
87
Figura 18
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 106-Z1.
Figura 19
A) AIR-4070641_960_720.JP. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2019/03/21/09/42/air-
4070641_960_720.jpg. Acesso em: 23 set. 2019.
B) DRONE-3453361_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/06/04/14/31/
drone-3453361_960_720.jpg. Acesso em: 23 set. 2019.
Figura 20
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 172-Z1.
Figura 21
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 173-Z1.
Figura 23
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia:projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 88-Z1.
Figura 24
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 91-Z1.
Figura 25
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 94-Z1. Adaptada.
Figura 26
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 95-Z1.
Figura 27
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 95-Z1.
Figura 28
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 95-Z1.
88
Figura 29
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 98-Z1.
Figura 30
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 98-Z1.
Figura 31
IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005. p. 98-Z1.
REFERÊNCIAS
Textuais
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91
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Unidade II – Questão 1: INSTITUTO AOCP. Hospitais Universitários Federais (EBSERH) 2014: Técnico 
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Unidade II – Questão 2: CENTRO DE SELEÇÃO UFG. Universidade Federal de Goiás 2018: Engenheiro de 
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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