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<p>Nome: Fabiana Morais Carvalho Matrícula: 20209039550</p><p>Polo: Polo de Apoio Presencial Professor Carlos Carmélio de Carvalho</p><p>Nota 10,0</p><p>ATIVIDADE</p><p>01. Secco (2013), em artigo intitulado A Revolução dos Cravos: a dinâmica militar,</p><p>afirma-nos que, em Portugal, a dinâmica revolucionária do século XX se a partir de</p><p>diferentes conjunturas. A autora divide as revoluções portuguesas em três grupos, os quais</p><p>os chama de ondas. Apontas quais são essas ondas e explique cada uma.</p><p>Secco (2013) três ondas revolucionárias ao longo do século XX, cada uma com</p><p>características distintas:</p><p>Primeira Onda Revolucionária (Comunismo e Socialismo) - A primeira onda revolucionária</p><p>ocorreu durante as duas Guerras Mundiais e teve como principal característica a influência</p><p>do comunismo e do socialismo nas vanguardas revolucionárias. Países como Rússia, China,</p><p>Mongólia, Espanha, Vietnã, Coréia e países do Leste Europeu passaram por processos</p><p>revolucionários baseados em ideias marxistas. Essas revoluções ocorreram em zonas de</p><p>conflito e buscavam promover mudanças sociais radicais.</p><p>Segunda Onda Revolucionária (Diversidade Ideológica e Descolonização) - A segunda onda</p><p>revolucionária foi marcada por uma diversidade de ideologias nas revoluções. Grupos</p><p>étnicos, populares, islâmicos, cristãos e nacionalistas uniram-se para combater o</p><p>colonialismo e a opressão. Esse período coincidiu com a Guerra Fria, com superpotências</p><p>intervindo indiretamente em conflitos periféricos. A descolonização e as guerras de</p><p>libertação nacional foram características proeminentes dessa onda.</p><p>Terceira Onda Revolucionária (Ausência de Simpatia pelo Socialismo) - A terceira onda</p><p>revolucionária foi caracterizada pela diminuição da simpatia pelo socialismo. Movimentos</p><p>revolucionários nessa fase, como a Revolução Islâmica no Irã, focaram em outras ideologias</p><p>e objetivos que não necessariamente tinham vínculos com o socialismo. Houve também um</p><p>aumento de movimentos integristas e extremistas, frequentemente associados à ameaça</p><p>global do terrorismo. Essa onda culminou nas revoluções de 1989 na Europa, que em grande</p><p>parte foram contra o socialismo. Correta</p><p>02. “A Revolução dos Cravos se insere num conjunto de peculiaridades que a torna de</p><p>difícil definição.” (SECCO, 2013, p. 369). Pertencente à segunda onda de revoluções</p><p>portuguesas, tal conflito traz aspectos de ordens cultural, social e principalmente político.</p><p>Com base no texto de Secco (2013), de formar panorâmica e organizada, aponte o contexto</p><p>histórico que desencadeou a Revolução dos Cravos.</p><p>A Revolução dos Cravos, também conhecida como 25 de Abril, foi um evento crucial na</p><p>história de Portugal, marcando o fim do regime autoritário do Estado Novo e o início de um</p><p>período de democratização no país. Ela ocorreu em 25 de abril de 1974, quando um grupo</p><p>de militares portugueses liderou um golpe de Estado bem-sucedido que derrubou o regime</p><p>de ditadura liderado por António de Oliveira Salazar e, posteriormente, Marcelo Caetano.</p><p>O regime do Estado Novo, liderado por Salazar e depois por Caetano, estava no poder desde</p><p>a década de 1930. Este regime era caracterizado por um governo autocrático, censura à</p><p>imprensa, repressão política, falta de liberdades civis e violações dos direitos humanos.</p><p>Portugal estava envolvido em conflitos armados nas suas colônias africanas, nomeadamente</p><p>em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. A guerra colonial estava a causar desgaste nas</p><p>forças armadas portuguesas, levando a uma crescente insatisfação entre os militares devido</p><p>à má gestão do conflito e às condições precárias em que eles atuavam.</p><p>O regime do Estado Novo tinha sido alvo de críticas internacionais devido às suas políticas</p><p>autoritárias e ao tratamento das colônias africanas. Além disso, Portugal estava enfrentando</p><p>dificuldades económicas e isolamento diplomático, tornando-se cada vez mais evidente a</p><p>necessidade de mudanças.</p><p>Durante as décadas de 1950 e 1960, surgiram movimentos de oposição ao regime, incluindo</p><p>partidos políticos clandestinos, sindicatos e grupos de estudantes. Esses movimentos</p><p>trabalharam para minar o poder do Estado Novo e promover reformas democráticas.</p><p>A década de 1970 foi marcada por um clima de mudança política em todo o mundo. A</p><p>Revolução dos Cravos foi influenciada por tendências globais de luta por direitos civis,</p><p>igualdade e democracia, bem como pela descolonização em outras partes do mundo.</p><p>Em resumo, a Revolução dos Cravos foi desencadeada por uma combinação de fatores,</p><p>incluindo a repressão política, a insatisfação militar, a guerra colonial, o isolamento</p><p>internacional e os movimentos de oposição interna. O golpe militar de 25 de abril de 1974</p><p>resultou na queda do regime autoritário do Estado Novo e inaugurou um período de transição</p><p>para a democracia em Portugal. Correta</p><p>03. A Revolução Portuguesa não nasceu em Portugal. O que parece ser, mas não é uma</p><p>incongruência, tem uma justificativa plausível para a denominação da guerrilha. Aponte</p><p>onde nasceu a Revolução Portuguesa, bem como o que levou a sua origem.</p><p>A Revolução Portuguesa de 1974, também conhecida como Revolução dos Cravos, de fato</p><p>não nasceu no território de Portugal continental. Ela teve origem nas colônias africanas de</p><p>Portugal, principalmente em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé</p><p>e Príncipe.</p><p>A justificativa para essa afirmação está relacionada ao contexto histórico e político da época.</p><p>Na década de 1960 e início da década de 1970, Portugal estava sob uma ditadura militar</p><p>conhecida como Estado Novo, liderada por António de Oliveira Salazar e, posteriormente,</p><p>Marcelo Caetano. O regime ditatorial estava em vigor há décadas e mantinha um controle</p><p>rígido sobre as colônias africanas, onde ocorriam conflitos armados devido à resistência das</p><p>populações locais contra o domínio colonial.</p><p>A guerra colonial travada por Portugal nas suas colônias africanas gerou insatisfação e</p><p>descontentamento entre os soldados portugueses enviados para combater nas colônias, bem</p><p>como entre a população civil em Portugal. Além disso, a situação econômica precária, a</p><p>censura à imprensa e a repressão política contribuíram para o acúmulo de tensões.</p><p>A Revolução Portuguesa teve seu ponto de partida no Movimento das Forças Armadas</p><p>(MFA), um grupo de militares descontentes com a guerra colonial e a situação política em</p><p>Portugal. O estopim da revolução foi o golpe militar que ocorreu em 25 de abril de 1974,</p><p>quando um grupo de militares liderado pelo MFA lançou uma operação que ficou conhecida</p><p>como "Revolução dos Cravos". O golpe foi praticamente pacífico, com os militares</p><p>distribuindo cravos vermelhos e branqueando as armas, simbolizando um gesto de paz e</p><p>reconciliação. Correta</p><p>04. Durante o período conflituoso que visava pôr um fim na cultura salazarista nas terras</p><p>portuguesas, qual a visão de democracia se estabelecia entre a sociedade? Qual democracia</p><p>se mostrou mais forte? Como ela conseguiu se fortalecer em meio a revolução.</p><p>Durante o período de conflito que pôs fim à ditadura salazarista em Portugal e culminou na</p><p>Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, houve grandes divergências nas visões</p><p>democráticas dos diferentes segmentos da sociedade portuguesa.</p><p>Existem várias opiniões sobre que tipo de democracia deveria ser estabelecida. Essas visões</p><p>variavam de democracias socialistas a democracias mais liberais e ocidentalizadas. Entre os</p><p>grupos envolvidos na revolução, havia diferentes facções políticas, incluindo militares de</p><p>diferentes orientações ideológicas, grupos de esquerda e partidos políticos, que</p><p>desempenharam papéis diferentes e às vezes conflitantes no processo revolucionário.</p><p>A democracia que eventualmente prevaleceu em Portugal após a Revolução dos Cravos foi</p><p>uma forma de democracia parlamentar caracterizada por eleições livres e justas, separação</p><p>de poderes, liberdade de expressão e outros direitos civis básicos.</p><p>Após a queda do regime</p><p>salazarista e a subsequente transição para a democracia, Portugal elaborou uma nova</p><p>Constituição em 1976, que estabeleceu as bases para o sistema democrático do país.</p><p>Portanto, a democracia que se estabeleceu em Portugal após a Revolução dos Cravos foi</p><p>resultado de um processo complexo de negociação política, mobilização popular e</p><p>construção de instituições estáveis. Embora tenha havido desafios e conflitos ao longo do</p><p>caminho, a visão de uma democracia parlamentar prevaleceu e se fortaleceu ao longo do</p><p>tempo. Correta</p><p>05. Aponte qual a importância da Revolução dos Cravos para a formação de uma nova</p><p>era social, cultural e política portuguesa.</p><p>A Revolução dos Cravos derrubou o regime autoritário de Estado Novo, liderado por</p><p>António de Oliveira Salazar e posteriormente por Marcelo Caetano. Isso permitiu a</p><p>instauração de um sistema democrático em Portugal, onde os cidadãos passaram a ter direitos</p><p>políticos, liberdades civis e a oportunidade de participar ativamente no processo de tomada</p><p>de decisões políticas.</p><p>A revolução também levou à rápida descolonização das antigas colônias portuguesas na</p><p>África, como Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Isso</p><p>teve um impacto significativo nas relações internacionais de Portugal e no seu papel no</p><p>contexto geopolítico global.</p><p>A Revolução dos Cravos promoveu mudanças profundas na sociedade e na economia</p><p>portuguesas. Houve uma expansão dos direitos sociais, com melhorias na educação, saúde e</p><p>segurança social. Além disso, houve uma gradual liberalização econômica, incentivando o</p><p>desenvolvimento de setores industriais e de serviços.</p><p>A revolução trouxe uma explosão de criatividade cultural e artística. A censura foi abolida,</p><p>permitindo a livre expressão de ideias e o florescimento de diferentes formas de expressão</p><p>artística, literária e cultural. Isso contribuiu para uma diversificação e revitalização da cultura</p><p>portuguesa.</p><p>Ela teve um papel crucial no caminho de Portugal em direção à integração europeia. A</p><p>abertura política e econômica facilitou a adesão do país à Comunidade Econômica Europeia</p><p>(CEE), hoje União Europeia (UE), em 1986. A integração europeia teve um impacto</p><p>profundo na modernização das instituições e das políticas portuguesas.</p><p>Outrora, estabeleceu um marco na luta pela liberdade e pelos direitos humanos em Portugal.</p><p>A memória coletiva da revolução continua a ser um lembrete importante da importância de</p><p>defender e preservar esses valores fundamentais.</p><p>Em suma, a Revolução dos Cravos marcou uma virada histórica em Portugal, abrindo</p><p>caminho para uma nova era social, cultural e política, caracterizada pela democracia,</p><p>liberdade de expressão, modernização econômica e integração europeia. Seus impactos</p><p>ainda são sentidos na sociedade portuguesa contemporânea. Correta</p><p>Referência:</p><p>SECCO, Lincoln. A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS:A DINÂMICA MILITAR. Projeto</p><p>História, São Paulo, n. 47, pp. 365-376, Ago. 2013.</p>