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Geografia Política: Território e Soberania

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Kelly Santos

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<p>Questão 1/10 - Geografia política</p><p>“No imaginário político contemporâneo, território é o outro lado da moeda da soberania. Um</p><p>Estado soberano é aquele cujo poder é supremo e incontestável. Toda organização política</p><p>que exerce algum tipo de poder lhe é subordinada. No entanto, em um mundo divido em</p><p>Estados, cada uma dessas organizações políticas exerce seu próprio poder. Nenhuma</p><p>delas é suprema em relação às demais ou subordinada a outra. Como, então, esses</p><p>Estados podem ser soberanos? Eles estão soberanos porque seu poder é supremo dentro</p><p>do espaço geográfico sobre o qual reivindicam autoridade” (Adaptado).</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021 (Capítulo 1: Território).</p><p>Partindo da contextualização acima, examine quais dos enunciados abaixo abordam o</p><p>conceito de território, tal como vimos na disciplina Geografia Política.</p><p>I. O território é esse espaço geográfico cuja delimitação, ou fronteiras, marca uma</p><p>descontinuidade na relação entre o Estado e as pessoas.</p><p>II Podemos afirmar que pessoas localizadas dentro do território têm uma relação diferente</p><p>com o Estado do que aquelas localizadas fora dele.</p><p>III. Na condição de conceitos da teoria política, soberania e território articulam uma relação</p><p>particular e historicamente delimitada entre poder e espaço.</p><p>IV. Por muito tempo, soberania e território foram artifícios retóricos que grupos políticos</p><p>mobilizavam para reivindicar uma autoridade cujo poder subjacente eles ainda não detinham.</p><p>Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.</p><p>C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>As afirmativas I, II, III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “O</p><p>território é esse espaço geográfico cuja delimitação, ou fronteiras, marca um</p><p>na relação entre o Estado e as pessoas: aquelas localizadas dentro do território têm uma</p><p>relação diferente com o Estado do que aquelas localizadas fora dele. O Estado exerce</p><p>poder sobre ambas, mas de maneira diferente. Enquanto seu poder sobre as primeiras se</p><p>manifesta, por exemplo, na exigência de que sigam as leis nacionais, aquele sobre as</p><p>demais se manifesta, a título de ilustração, em sua capacidade de impedir que ingressem</p><p>no território. Na condição de conceitos da teoria política, soberania e território articulam</p><p>uma relação particular e historicamente delimitada entre poder e espaço. A história política</p><p>da humanidade não é exclusivamente uma história de Estados exercendo poder e</p><p>reivindicando autoridade sobre territórios. Por muito tempo, soberania e território foram</p><p>artifícios retóricos que grupos políticos mobilizavam para reivindicar uma autoridade cujo</p><p>poder subjacente eles ainda não detinham. Ainda hoje, a autoridade de Estados sobre seus</p><p>territórios é constantemente contestada por competidores, como grupos separatistas e</p><p>guerrilhas, inspirados por ideologias extremistas, nacionalismos ou fundamentalismos</p><p>religiosos, entre outros”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder e espaço).</p><p>Questão 2/10 - Geografia política</p><p>“Quando Gaetano Mosca publicou o seu Elementi di Scienza Politica, em 1896, lançou com</p><p>ele um programa de pesquisa novo e promissor. O sociólogo italiano determinou que as</p><p>"minorias politicamente ativas" deveriam ser, para os cientistas políticos, o objeto de análise</p><p>mais importante. Dado o caráter oligárquico de todos os governos, um estudo científico da</p><p>política teria de estar atento não ao número de governantes (conforme a classificação</p><p>aristotélica tradicional: um, poucos, muitos), mas aos mecanismos sociais e políticos</p><p>responsáveis pela formação, pelo recrutamento, pela socialização e pela conduta dessas</p><p>minorias. A Ciência Política, principalmente anglo-saxã, levou a sério esse decreto. Talvez</p><p>não seja exagerado afirmar que as "elites políticas" foram um dos assuntos mais estudados</p><p>ao longo do século XX. Em especial depois das traduções para o inglês das obras de Vilfredo</p><p>Pareto (Mind and Society, editado em 1935) e de Mosca (The Ruling Class, em 1939), uma</p><p>série de trabalhos empíricos sobre as minorias dominantes nas sociedades democráticas veio</p><p>à luz”.</p><p>Fonte: PERISSINOTTO, Renato M.; CODATO, Adriano. Apresentação: por um retorno à Sociologia das Elites. Revista de Sociologia e Política,</p><p>Curitiba, v. 16, n. 30, p. 7-15, Jun de 2008. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0104-44782008000100002. Acesso em 17 de maio de 2021.</p><p>Leia a contextualização acima e avalie quais dos enunciados abaixo correspondem à</p><p>tese elitista sobre a distribuição do poder político.</p><p>I. De acordo com a tese elitista, diferentes grupos políticos, com diversas preferências,</p><p>prevaleciam em várias decisões, sem que nenhum prevalecesse em todas por todo o tempo.</p><p>II. Os elitistas entendiam que a distribuição do poder na sociedade dos Estados Unidos era</p><p>dispersa entre grupos formadores, de modo que as decisões não fossem tomadas</p><p>unilateralmente.</p><p>III. A tese elitista afirmava que o poder político era concentrado nas mãos de um grupo restrito</p><p>de pessoas, e o restante da população tinha pouco ou nenhum poder sobre questões que lhe</p><p>diziam respeito.</p><p>IV. Os elitistas perguntavam aos moradores de uma cidade quem eram as pessoas reputadas</p><p>poderosas naquele lugar. Diante da constatação de que estas tendiam a ser poucas e as</p><p>mesmas, apontava-se esse grupo como a elite governante da cidade</p><p>Assinale a alternativa que faz uma análise correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “A</p><p>análise de Dahl é, em parte, motivada por sua discordância substantiva com uma tese sobre</p><p>a distribuição do poder político na sociedade dos Estados Unidos, popular à época. Essa</p><p>tese, chamada de elitista, afirmava que o poder político era concentrado nas mãos de um</p><p>grupo restrito de pessoas – uma elite – e o restante da população tinha pouco ou nenhum</p><p>poder sobre questões que lhe diziam respeito. Entre as evidências empíricas que seus</p><p>defensores apresentavam, havia resultados de pesquisas de opinião sobre reputação de</p><p>poder. Essencialmente, os pesquisadores perguntavam aos moradores de uma cidade, por</p><p>exemplo, quem eram as pessoas reputadas poderosas naquele lugar. Diante da</p><p>constatação de que estas tendiam a ser poucas e as mesmas, apontava-se esse grupo</p><p>como a elite governante da cidade. Dahl (2005; 2007) discordava da imagem que os elitistas</p><p>pintavam da distribuição do poder na sociedade dos Estados Unidos, entendendo que ela</p><p>era muito mais dispersa do que eles afirmavam”.</p><p>As alternativas I (De acordo com a tese elitista, diferentes grupos políticos, com diversas</p><p>preferências, prevaleciam em várias decisões, sem que nenhum prevalecesse em todas</p><p>por todo o tempo) e II (Os elitistas entendiam que distribuição do poder na sociedade dos</p><p>Estados Unidos era dispersa entre grupos formadores, de modo que as decisões não</p><p>fossem tomadas unilateralmente) estão, portanto, incorretas.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder decisório).</p><p>C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>Questão 3/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Todo contrato é uma transferência mútua, uma troca de direitos;</p><p>eventualmente, sucumbiram, como na Itália. Entre esses extremos, encontramos Estados</p><p>onde príncipes e reis contavam tanto com uma nobreza fundiária quanto com acesso a</p><p>centros comerciais e financeiros, como na Inglaterra e na França.</p><p>Referência: Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de;</p><p>SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política.</p><p>Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>C Padrões culturais, distribuição regular.</p><p>D Padrão de formação de constituições nacionais.</p><p>E Padrão de conquista a partir do emprego da democracia e do voto.</p><p>Questão 10/10 - Geografia política</p><p>“A noção de poder ideológico ou dominação ideológica ocupa lugar central em algumas</p><p>interpretações das elaborações do pensador marxista Antonio Gramsci, a respeito do</p><p>conceito de hegemonia (Lukes, 1974). De acordo com essas interpretações, nas sociedades</p><p>contemporâneas, a dominação da classe trabalhadora pela burguesia não é mantida por meio</p><p>da força ou da coerção, senão do consentimento daquela à exploração praticada por esta.</p><p>Esse consentimento, por sua vez, é produto do monopólio da burguesia sobre os meios de</p><p>produção culturais, como o sistema educacional e os meios de comunicação”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).</p><p>Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política”, observe nos</p><p>enunciados abaixo aqueles que tratam de características do poder ideológico.</p><p>I. Tal como ocorre com “poder decisório” e “poder de agenda”, a expressão “poder ideológico”</p><p>se refere a uma relação entre agentes que é, ao mesmo tempo, unidirecional e assimétrica.</p><p>II. Poder ideológico se refere ao poder de fazer os demais adotarem como suas as</p><p>preferências dos poderosos, o poder de convencer os demais a agir contra seus próprios</p><p>interesses.</p><p>III. Podemos afirmar que quem exerce o poder ideológico faz prevalecer suas preferências</p><p>sobre os demais. Por consequência, fazendo os demais adotarem preferências contrárias aos</p><p>seus próprios interesses.</p><p>IV. A verificação empírica do exercício do poder ideológico depende da existência de</p><p>preferências conflitantes. Na ausência desse conflito, não é possível estabelecer se um</p><p>agente está agindo conforme a preferência de outro ou conforme a sua própria.</p><p>Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.</p><p>C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. Conforme o livro base da disciplina, “De</p><p>acordo com essa abordagem, o maior poder seria justamente o de fazer agentes adotarem</p><p>como suas as preferências dos poderosos. Embora tenha uma longa história na tradição</p><p>marxista, a concepção de poder ideológico não é restrita a ela ou à noção de exploração</p><p>da classe trabalhadora que lhe é central. Em uma discussão clássica, Steven Lukes (1974)</p><p>formula essa concepção em termos gerais: o poder de fazer os demais adotarem como</p><p>suas as preferências dos poderosos, contra seus próprios interesses, o poder de convencer</p><p>os demais a agir contra si mesmos. Assim como o poder decisório e o de agenda, o poder</p><p>ideológico é uma relação unidirecional e assimétrica entre agentes. Entretanto, aquele que</p><p>exerce essa “terceira dimensão do poder” não faz prevalecer suas preferências impondo</p><p>suas decisões aos demais, nem impedindo que decisões contrárias às suas preferências</p><p>venham a ser tomadas, mas fazendo os demais adotarem preferências contrárias aos seus</p><p>próprios interesses. Por isso, essa noção não necessita de preferências conflitantes entre</p><p>poderosos e não poderosos.</p><p>Em seu lugar, ela introduz dois elementos. Primeiro, os não poderosos adotam</p><p>sinceramente as preferências dos poderosos como suas. E, segundo, essas preferências</p><p>são contrárias aos seus próprios interesses” (Adaptado).</p><p>A alternativa IV (A verificação empírica do exercício do poder ideológico depende da</p><p>existência de preferências conflitantes. Na ausência desse conflito, não é possível</p><p>estabelecer se um agente está agindo conforme a preferência de outro ou conforme a sua</p><p>própria) está, portanto, incorreta.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).</p><p>E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>Questão 3/10 - Geografia política</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“As interpretações sobre a escalada imperial europeia de 1870 até as duas grandes guerras</p><p>mundiais marcaram o debate clássico sobre imperialismo da primeira metade do século XX.</p><p>Neste contexto, marxistas, sociais-democratas e liberais ofereceram diferentes interpretações</p><p>sobre suas causas e dinâmicas de funcionamento. O imperialismo como produto do</p><p>capitalismo e o colonialismo como produto do imperialismo foram elaborados em diferentes</p><p>direções; tratava-se não somente de definir o conceito de imperialismo, mas também de</p><p>dispor teoricamente sobre sua vinculação como crise, sobrevivência e estágio do capitalismo.</p><p>A noção de “imperialismo capitalista” marcaria a especificidade do imperialismo no</p><p>capitalismo (Lenin, 2012; Wood, 2014), ainda que todas as fases do capitalismo possam ser</p><p>consideradas como imperialistas (Mascaro, 2013)” (BALLESTRIN, 2017, p. 506).</p><p>Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O Elo Perdido do Giro</p><p>Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2, 2017, pp. 505 a 540. Disponível em:</p><p>http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialidade.pdf</p><p>Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e a</p><p>importância das contribuições de Lênin para a discussão sobre o imperialismo, analise</p><p>as afirmações abaixo, que abordam o pensamento deste autor:</p><p>I. O trabalho de Lenin sobre o imperialismo é fundamental para a compreensão da discussão</p><p>sobre o conceito. Muito embora, o autor seja frequentemente criticado pelo excessivo</p><p>academicismo do seu texto, resultando na sua baixa circulação entre os trabalhadores.</p><p>II. De acordo com Lenin, a partir do início do século XX os cartéis, que eram fenômenos</p><p>transitórios, converteram-se na base da vida econômica. Como consequência desse</p><p>processo o capitalismo tornou-se imperialista.</p><p>III. Lenin defende que o imperialismo se consolida a partir de três passos, que envolvem a</p><p>formação de monopólios, a militarização da economia e, por fim, a dominação formal dos</p><p>países periféricos por países centrais.</p><p>IV. Em essência, Lenin defende que o imperialismo não está restrito a um processo de</p><p>expansão do Estado-Nação, mas envolve fundamentalmente a expansão do capitalismo em</p><p>seu maior estágio - a fase monopolista.</p><p>Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.</p><p>C Apenas as afirmativas II e III estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.</p><p>E Apenas as afirmações II e IV estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>A afirmação I está incorreta, uma vez que o trabalho de Lenin sobre o imperialismo é o mais</p><p>conhecido no campo. Diferentemente dos demais autores, Lenin editou um panfleto sobre</p><p>o imperialismo, cujo intuito era de ter grande alcance, para o público em geral. Para Lenin,</p><p>o capitalismo monopolista era a resposta que o sistema econômico teria encontrado para</p><p>sair da grande depressão do final do século XIX (McDonough, 1995). A afirmação II está</p><p>correta porque, para Lenin, cartéis seriam</p><p>fenômenos transitórios, até o início do século</p><p>XX, a partir do qual passam a ser a fundação de toda a vida econômica. E seria nesse</p><p>estágio, precisamente, que o capitalismo teria se tornado imperialista (Lenin, 1917, p. 181).</p><p>A afirmação III está incorreta porque, para Lenin, o imperialismo surge no início do século</p><p>XX, sendo caracterizado por cinco passos: a concentração da produção e do capital cria</p><p>monopólios, surge o capital financeiro, a exportação do capital adquire importância</p><p>pronunciada de forma que se formam associações capitalistas (trustes) que dividem o</p><p>mundo entre si e há a divisão de todos os territórios do globo entre as maiores forças</p><p>capitalistas estão completadas (Lenin, 1917, p. 232). A afirmação IV está correta porque</p><p>tanto para Lenin, como para Bukharin, mais do que apenas uma forma de expansão do</p><p>Estado-Nação, o imperialismo seria a expansão do capitalismo em seu maior estágio (a</p><p>fase monopolista.</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 2 “Teorias Marxistas Clássicas sobre o Imperialismo”.</p><p>Questão 4/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Diferentes formas de financiar a guerra levavam monarcas a envolverem-se em conflitos com</p><p>diferentes grupos e instituições políticas. Esses conflitos e suas resoluções configuraram o</p><p>caráter dos Estados incidentalmente construídos no processo. Monarcas que puderam</p><p>contar, inicialmente, com recursos de outras fontes que não a tributação, evitaram os embates</p><p>que, necessariamente, teriam de enfrentar se tentassem tributar seus súditos. Também</p><p>deixaram de adquirir a capacidade de tributar quando recursos de outras fontes não fossem</p><p>mais suficientes para pagar pela guerra. Já os monarcas que não tinham essa alternativa</p><p>tiveram de quebrar a resistência de seus súditos à tributação, com o efeito colateral de reduzir</p><p>o poder de instituições concorrentes com o Estado e, eventualmente, eliminá-las por</p><p>completo” (SILOTTO et al, 2021).</p><p>Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma</p><p>abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como se</p><p>consolidou o poder político dos príncipes:</p><p>Nota: 0.0</p><p>A Cobrando impostos e descentralizando a burocracia leal.</p><p>B Obtendo consentimento da Igreja Católica, dos nobres e do povo.</p><p>C Compartilhando o poder com as diversas organizações e descentralizando a</p><p>organização.</p><p>D Vencendo as guerras e dividindo o poder entre as diversas cidades europeias,</p><p>fazendo com que a nobreza perdesse poder.</p><p>E Vencendo a resistência das várias organizações políticas existentes, as</p><p>esvaziando e construindo a sua capacidade administrativa.</p><p>Para adquirir a capacidade de tributar seus súditos, príncipes precisavam vencer a</p><p>resistência da miríade de organizações políticas com que tinham de conviver. Aqueles que</p><p>tinham sucesso nisso, foram também, como efeito colateral, esvaziando essas</p><p>organizações. Ao longo do tempo, isso levou à consolidação do poder político em um</p><p>conjunto de organizações centralizado, isto é, o Estado nacional. Isso não significa que</p><p>esses príncipes, no fim das contas, gozaram de poder absoluto. A expressão absolutismo</p><p>monárquico, embora seja de uso consagrado, pode dar lugar a mal-entendidos. Em</p><p>nenhum lugar, príncipes governavam sozinhos. Em todo lugar eles dependiam do apoio da</p><p>nobreza. Frequentemente, o príncipe tinha poder absoluto em teoria, mas dependia da</p><p>nobreza na prática. Mas a expressão reflete o fato de que os príncipes absolutistas</p><p>governavam organizações políticas muito mais centralizadas que seus predecessores.</p><p>Mesmo onde a expressão não se aplica, como na Inglaterra, o poder foi ao longo do tempo</p><p>sendo consolidado em um pequeno número de organizações centralizadas, com autoridade</p><p>sobre todos os súditos e sobre todo o território.</p><p>A consolidação do poder não é um fenômeno puramente formal. Não diz respeito apenas</p><p>a quem é formalmente titular da autoridade. Para tributar seus súditos, não basta que o</p><p>príncipe tenha a autoridade formal para tanto. Ele também precisa da capacidade</p><p>administrativa para fazê-lo: ele precisa de pessoas que coletem os impostos e os depositem</p><p>nos cofres da coroa. Em outras palavras, ele precisa de uma burocracia leal. A dependência</p><p>do príncipe no consentimento dos nobres, nas assembleias dos Estados, não era uma</p><p>questão formal, apenas. O príncipe dependia do consentimento dos nobres porque</p><p>dependia deles para coletar os impostos na prática. Os nobres coletavam impostos para o</p><p>príncipe como parte das diversas prerrogativas de origem feudal de que gozavam. Para</p><p>poder tributar seus súditos, o príncipe, portanto, precisava contar com o apoio da nobreza</p><p>ou estar em condições de dispensá-la. Em alguns lugares, o príncipe foi adquirindo</p><p>autonomia em relação à nobreza por meio da criação de uma burocracia própria, paralela</p><p>às organizações políticas comandadas pela nobreza, que foi gradualmente absorvendo os</p><p>poderes dessas.</p><p>Referência: Rota de aprendizagem da aula 1, tema 5, “Consolidando o poder”.</p><p>Questão 7/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“A luta constante, em forma pacífica e bélica, entre Estados nacionais concorrentes pelo</p><p>poder criou as maiores oportunidades para o moderno capitalismo ocidental. Cada Estado</p><p>particular tinha que concorrer pelo capital, que estava livre de estabelecer-se em qualquer</p><p>lugar e lhe ditava as condições sob as quais o ajudaria a tornar-se poderoso. Da aliança</p><p>forçada entre o Estado nacional e o capital nasceu a classe burguesa nacional - a burguesia</p><p>no sentido moderno da palavra. É, portanto, o Estado nacional fechado que garante ao</p><p>capitalismo as possibilidades de sua subsistência e, enquanto não cede lugar a um império</p><p>universal, subsistirá também o capitalismo” (WEBER, 2009).</p><p>Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de</p><p>Brasília, 2009, pp. 517.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de</p><p>Estado de Max Weber:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A O Estado é a sua burocracia.</p><p>B Um grupo de pessoas que transfere e destitui o seu poder de força.</p><p>C Um grupo de pessoas que desenvolve a iniciativa de construir a burocracia de</p><p>Estado.</p><p>D Um conglomerado de grupos que se alternam na disputa pelo poder e</p><p>oligopolizam o direito do uso da violência, com sucesso.</p><p>E Um grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso</p><p>legítimo da violência dentro de um determinado território.</p><p>Você acertou!</p><p>A mais famosa definição de Estado foi oferecida pelo sociólogo Max Weber (2011): um</p><p>grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da violência</p><p>dentro de um território determinado.</p><p>Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA,</p><p>Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba:</p><p>Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Questão 8/10 - Geografia política</p><p>“A noção de poder ideológico ou dominação ideológica ocupa lugar central em algumas</p><p>interpretações das elaborações do pensador marxista Antonio Gramsci, a respeito do</p><p>conceito de hegemonia (Lukes, 1974). De acordo com essas interpretações, nas sociedades</p><p>contemporâneas, a dominação da classe trabalhadora pela burguesia não é mantida por meio</p><p>da força ou da coerção, senão do consentimento daquela à exploração praticada por esta.</p><p>Esse consentimento, por sua vez, é produto do monopólio da burguesia sobre os meios de</p><p>produção culturais, como o sistema educacional e os meios de comunicação”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).</p><p>Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política”, observe nos</p><p>enunciados abaixo aqueles que tratam de características do poder ideológico.</p><p>I. Tal como ocorre com “poder decisório” e “poder de agenda”, a expressão “poder ideológico”</p><p>se refere a uma relação entre agentes que é, ao mesmo tempo, unidirecional e assimétrica.</p><p>II. Poder ideológico se refere ao poder de fazer os demais adotarem como suas as</p><p>preferências dos poderosos, o poder de convencer os demais a agir contra seus próprios</p><p>interesses.</p><p>III. Podemos afirmar que quem exerce o poder ideológico faz prevalecer suas preferências</p><p>sobre os demais. Por consequência, fazendo os demais adotarem preferências contrárias aos</p><p>seus próprios interesses.</p><p>IV. A verificação empírica do exercício do poder ideológico depende da existência de</p><p>preferências conflitantes. Na ausência desse conflito, não é possível estabelecer se um</p><p>agente está agindo conforme a preferência de outro ou conforme a sua própria.</p><p>Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.</p><p>C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. Conforme o livro base da disciplina, “De</p><p>acordo com essa abordagem, o maior poder seria justamente o de fazer agentes adotarem</p><p>como suas as preferências dos poderosos. Embora tenha uma longa história na tradição</p><p>marxista, a concepção de poder ideológico não é restrita a ela ou à noção de exploração</p><p>da classe trabalhadora que lhe é central. Em uma discussão clássica, Steven Lukes (1974)</p><p>formula essa concepção em termos gerais: o poder de fazer os demais adotarem como</p><p>suas as preferências dos poderosos, contra seus próprios interesses, o poder de convencer</p><p>os demais a agir contra si mesmos. Assim como o poder decisório e o de agenda, o poder</p><p>ideológico é uma relação unidirecional e assimétrica entre agentes. Entretanto, aquele que</p><p>exerce essa “terceira dimensão do poder” não faz prevalecer suas preferências impondo</p><p>suas decisões aos demais, nem impedindo que decisões contrárias às suas preferências</p><p>venham a ser tomadas, mas fazendo os demais adotarem preferências contrárias aos seus</p><p>próprios interesses. Por isso, essa noção não necessita de preferências conflitantes entre</p><p>poderosos e não poderosos.</p><p>Em seu lugar, ela introduz dois elementos. Primeiro, os não poderosos adotam</p><p>sinceramente as preferências dos poderosos como suas. E, segundo, essas preferências</p><p>são contrárias aos seus próprios interesses” (Adaptado).</p><p>A alternativa IV (A verificação empírica do exercício do poder ideológico depende da</p><p>existência de preferências conflitantes. Na ausência desse conflito, não é possível</p><p>estabelecer se um agente está agindo conforme a preferência de outro ou conforme a sua</p><p>própria) está, portanto, incorreta.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).</p><p>E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>Questão 10/10 - Geografia política</p><p>“Assim como acontece com o poder decisório, estabelecer empiricamente o exercício do</p><p>poder de agenda depende de que possamos afirmar que há preferências conflitantes a</p><p>respeito de determinada questão. Com a diferença de que, no caso deste, trata-se de uma</p><p>questão que não foi objeto de uma decisão”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).</p><p>Tendo em conta os ensinamentos apreendidos em “Geografia Política, assinale a</p><p>alternativa que descreve, corretamente, a principal dificuldade metodológica ao se</p><p>estudar poder de agenda.</p><p>Nota: 10.0</p><p>A A grande dificuldade do poder de agenda é que ele só considera parlamentares.</p><p>B A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja, decisões que</p><p>não aconteceram.</p><p>Você acertou!</p><p>A alternativa correta é: (A principal dificuldade é como analisar não decisões, ou seja,</p><p>decisões que não aconteceram). De acordo com o livro base da disciplina, “Em termos</p><p>metodológicos, a discussão de Bachrach e Baratz (1963) sugere que, se quisermos</p><p>entender a distribuição do poder em uma sociedade, precisamos ir além da análise de</p><p>decisões específicas e de quem faz suas preferências prevalecerem nelas, investigando</p><p>quais questões são deixadas de fora dos processos políticos decisórios e a quais grupos</p><p>pertencem as preferências que são protegidas e as que são comprometidas por essas “não</p><p>decisões”. É isso que os autores buscam fazer em sua análise da política local em</p><p>Baltimore, ou seja, tentam mostrar como as queixas e as demandas da população negra e</p><p>pobre da cidade eram sistematicamente excluídas do processo político decisório por uma</p><p>série de expedientes de baixa visibilidade. O estudo foi criticado por ainda se concentrar</p><p>em decisões específicas de líderes políticos, apesar de toda a discussão dos autores sobre</p><p>as “não decisões” (Bachrach; Baratz, 1963). Essa crítica aponta para uma dificuldade</p><p>fundamental do estudo do poder de agenda: Como analisar “não decisões”, decisões que</p><p>não aconteceram? Essa dificuldade,</p><p>porém, não deve levar-nos a menosprezar a importância dessa forma de poder na dinâmica</p><p>política”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder de agenda).</p><p>C A principal dificuldade é estabelecer uma relação não probabilística entre os</p><p>agentes que detém o poder.</p><p>D O estudo do poder de agenda sugere que intelectuais passam a ter acesso</p><p>privilegiado aos interesses de grupos oprimidos.</p><p>E A principal dificuldade do poder de agenda é que ele só observa aquilo que se</p><p>manifesta nos meios de comunicação de massa.</p><p>e essa é a razão pela qual</p><p>aquele que apenas fornece a promessa deve, pelo fato de que ele já recebeu a vantagem</p><p>que motiva sua promessa, ser compreendido como se tivesse a intenção de que seu direito</p><p>passe a outrem: com efeito, se ele não tivesse consentido a que suas palavras fossem</p><p>compreendidas desse modo, o outro não teria se executado primeiro (HOBBES, 1988).”</p><p>Fonte: HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Coleção Os Pensadores. (1º volume).</p><p>4ª Edição, Nova Cultural, 1988.</p><p>Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia</p><p>Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, a motivação do surgimento</p><p>dos Estados nacionais:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Surgiram em resposta aos governados, após a conquista de direitos sociais.</p><p>B Surgiram em resposta às demandas das corporações de ofício, da Igreja Católica</p><p>e as assembleias locais.</p><p>C Surgiram em resposta aos interesses da Igreja Católica que, para fortalecer o seu</p><p>poder, eliminou a possibilidade de outras organizações políticas.</p><p>D Surgiram em resposta às demandas da população que, empobrecida, almejava a</p><p>conquista de direitos sociais e políticos.</p><p>E Surgiram em resposta aos interesses dos governantes em eliminar as</p><p>organizações políticas que competiam consigo dentro do mesmo território,</p><p>como a nobreza, as corporações de ofício, a Igreja Católica e as assembleias</p><p>locais.</p><p>Você acertou!</p><p>Os Estados nacionais surgiram em resposta aos interesses dos governantes, não dos</p><p>governados. Era do interesse dos governantes eliminar as organizações políticas que</p><p>competiam consigo dentro do mesmo território, como a nobreza, as corporações de ofício,</p><p>a Igreja Católica e as assembleias locais.</p><p>Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA,</p><p>Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba:</p><p>Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Questão 4/10 - Geografia política</p><p>Leio o texto a seguir:</p><p>“Seguindo o estilo de Marx, Rosa Luxemburgo escreveu: a acumulação de capital mediante</p><p>a recomposição e análise crítica das grandes polêmicas em torno do problema da reprodução</p><p>do capital (seções I e II), para depois (seção III) articular os temas explicitando as condições</p><p>históricas da acumulação. Neste processo, o seu raciocínio é apresentado. Portanto, apenas</p><p>tendo em vista os seus objetivos e o conjunto da argumentação, isto é, somente após a sua</p><p>tentativa de reformular radicalmente o problema da reprodução do capital tal como ele era</p><p>tratado na virada do século XIX para XX, é que a sua interpretação do imperialismo ganha</p><p>sentido” (MARIUTTI, 2015, p. 57).</p><p>Fonte: MARIUTTI, Eduardo Barros. Rosa Luxemburgo: imperialismo, sobreacumulação e crise do capitalismo. • Crítica Marxista,</p><p>n.40, p.49-61, 2015. Disponível em:</p><p>https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo2016_08_03_12_32_38.pdf</p><p>Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como Rosa</p><p>Luxemburgo define o fenômeno do imperialismo:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A O imperialismo é a expressão da política de acumulação capitalista, uma</p><p>vez que a acumulação dentro do capitalismo só é possível por estar</p><p>baseada na venda e exploração de estratos não capitalistas.</p><p>Você acertou!</p><p>Uma noção ainda persistente (por exemplo, em Harvey, 2003) sobre o imperialismo é a</p><p>caracterização do capitalista como aquele que domina um “outro” não capitalista. Essa</p><p>noção é central no trabalho de Rosa Luxemburgo (Luxemburgo, 2003), para quem essa</p><p>seria a base do processo de acumulação do capital: faz parte do processo de acumulação</p><p>de capital a dominância de um sobre o outro. Nesse contexto, o imperialismo é – como em</p><p>Hobson – uma consequência necessária do desenvolvimento capitalista, uma força</p><p>empregada como arma de expansão do sistema econômico. O imperialismo, nesse</p><p>contexto, é a expressão clara da política de acumulação da forma competitiva de</p><p>capitalismo. A acumulação, para Luxemburgo, só era possível num sistema não</p><p>plenamente capitalista, porque se baseia na venda e exploração de estratos não</p><p>capitalistas. Essa exploração acontecia de forma violenta, em que um capitalista domina “o</p><p>outro”, não capitalista.</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 1 “O Campo de Estudos sobre o Imperialismo”.</p><p>B O imperialismo é o resultado da fraqueza política e econômica das populações</p><p>ameríndias, que não tiveram êxito em seu esforço de derrotar os europeus e</p><p>expandir os seus valores culturais e sociais para outras partes do mundo.</p><p>C O imperialismo é sinônimo de colonialismo e os seus efeitos para o continente</p><p>europeu envolvem a miscigenação das populações e o enfraquecimento do</p><p>nacionalismo frente a posição do império.</p><p>D O imperialismo é o resultado natural da competição por recursos e territórios</p><p>entre os Estados, de modo que aqueles que possuem instituições mais fracas</p><p>terminaram por sucumbir às investidas dos Estados mais poderosos.</p><p>E O imperialismo é o resultado da política cosmopolita dos Estados europeus no</p><p>Congresso de Viena, uma vez que esta objetivava a criação de uma instituição</p><p>supranacional e de normas coletivas.</p><p>Questão 5/10 - Geografia política</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>Norman Angell explicava em ‘A grande ilusão’ (1910) que a “globalização” em curso desde</p><p>as últimas décadas do século XIX tornara os indivíduos e as nações cada vez mais</p><p>interdependentes e, portanto, inclinados a atitudes progressistas, cosmopolitas e</p><p>democráticas: Todo progresso no sentido da civilização se verifica às custas do espírito</p><p>militar, e à medida que declina a tendência à luta, desenvolve-se a inclinação para o trabalho.</p><p>“A nação progride mediante a cooperação das pessoas, que trabalham umas com as outras</p><p>em vez de digladiarem-se” (ANGELL, 2002, p. 192). Os conflitos modernos já não eram entre</p><p>as nações, e sim “entre a democracia e a autocracia, ou entre o socialismo e o individualismo,</p><p>a reação e o progresso” (ANGELL, 2002, p. 164-165)” (LYNCH, 2021, p. 11).</p><p>Fonte: Lynch, Christian Edward CyrilIdealismo e realismo na teoria política e no pensamento brasileiro: três modelos de história</p><p>intelectual. Revista Brasileira de Ciência Política [online]. 2021, n. 34, e237103. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-</p><p>3352.2021.34.237103>.</p><p>Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale</p><p>a alternativa que apresenta, corretamente, qual é a relação entre o capitalismo e a paz</p><p>para Gartzke e Rohner:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A A partir da consolidação de regras e regimes internacionais, que separam países</p><p>capitalistas de países socialistas, houve uma ampla diminuição nas guerras entre</p><p>Estados.</p><p>B Em decorrência da ampliação das redes de proteção humanitária nos últimos</p><p>anos e da diminuição da desigualdade capitalista podemos observar diminuição</p><p>nos índices de violência.</p><p>C A partir do desenvolvimento tecnológico e cientifico, os países capitalistas</p><p>aprenderam a produzir todos os recursos naturais necessários à produção e não</p><p>precisam mais recorrer à guerra.</p><p>D Em decorrência da expansão dos valores capitalistas e cristãos ao redor do</p><p>globo, observou-se uma sensível diminuição de conflitos, uma vez que não</p><p>existem mais Estados subdesenvolvidos.</p><p>E A partir dos avanços na produtividade, o capitalismo acabou por subtrair a</p><p>ênfase econômica dada à terra e aos recursos minerais, diminuindo assim o</p><p>uso da força entre os Estados na disputa por esses recursos.</p><p>Você acertou!</p><p>Gartzke (2007) testa sua teoria econômica de que o capitalismo - entendido aqui como livre</p><p>mercado, desenvolvimento econômico e coordenação na política monetária - é o</p><p>responsável pela paz e encontra evidências positivas. Segundo Garztke e Rohner, o</p><p>capitalismo,</p><p>segundo o autor, ao tirar a ênfase econômica sobre a terra e recursos minerais,</p><p>é quem reduz o uso da força entre os Estados. Seu poder viria da condição de avanços na</p><p>produtividade, e não da posse de matérias primas (Gartzke; Rohner, 2011). Além, é claro,</p><p>de diminuir o peso da ação do Estado na economia (McDonald, 2010). Gartzke (2007)</p><p>aponta que não seria necessariamente o arranjo democrático, nem mesmo sua filosofia</p><p>liberal por si só, mas o livre mercado e o desenvolvimento econômico possibilitado por ele</p><p>que trazem paz.</p><p>Referências: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 5 “Democracia, Capitalismo e Paz”.</p><p>SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres</p><p>da. Poder e Território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Intersaberes.</p><p>2021, p. 133.</p><p>Questão 6/10 - Geografia política</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“Para Schumpeter, o Imperialismo só encontra "razão prática" na antiguidade. O mesmo</p><p>existiu em sociedades imperiais como o Egito, a Assíria e a Pérsia. Em nações guerreiras, a</p><p>guerra não era um acontecimento anormal que modificava a vida privada, antes era a própria</p><p>vocação e o cotidiano social das pessoas. Existia excesso de energia que só encontrava</p><p>escoadouro na guerra. Assim, ‘o Imperialismo de uma nação guerreira, o Imperialismo</p><p>popular, surge na História quando o povo adquire uma disposição bélica e uma organização</p><p>social correspondente antes que tenha oportunidade de ser absorvido pela exploração</p><p>pacífica da área em que se instalou definitivamente’ (Schumpeter 1961, 48)” (Gomes barbosa,</p><p>2009, p. 152).</p><p>Fonte: GOMES BARBOSA, Glaudionor. Imperialismo, Capitalismo e Burguesia: revisitando as contribuições teóricas de Joseph</p><p>Schumpeter e Hannah Arendt. Colomb.int. 2009, n.70, pp.145-165. Disponível em:</p><p>http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0121-56122009000200007&lng=en&nrm=iso&tlng=pt</p><p>Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale</p><p>a alternativa que apresenta, corretamente, três fenômenos que são associados ao fim</p><p>das guerras imperialistas:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Capitalismo, democracia e paz.</p><p>Você acertou!</p><p>Analisando casos típicos, como a Alemanha do século XX e o Reino Unido da era vitoriana,</p><p>Snyder mostra que não foi um aprendizado histórico que mudou os rumos da expansão</p><p>imperialista, mas crenças sobre essas estratégias foram construídas como forma de</p><p>racionalizar interesses domésticos. A ambição internacional foi perdendo apoio (por falta</p><p>de endosso legislativo), mas só foi anulada por completo na medida em que a retórica</p><p>política se tornou consciente e sensível à ameaça que políticas expansionistas</p><p>representavam aos interesses domésticos (economia, política, entre outros, por exemplo,</p><p>por conta do alto custo das guerras imperialistas). A questão do fim das guerras</p><p>imperialistas como uma resposta à ameaça a interesses domésticos, sobretudo os</p><p>econômicos, foi alvo de um extenso campo de estudo que vincula a paz à presença de</p><p>outros dois fenômenos: democracia e capitalismo. A democracia e métodos democráticos</p><p>de negociação transformaram a forma pela qual países passaram a trocar e enriquecer.</p><p>Gartzke e Rohner (2011), testando uma série de hipóteses, apontam que o ímpeto</p><p>imperialista cessa na medida países percebem ser mais vantajoso adotar o livre mercado</p><p>ao invés da guerra.</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 4 “Alternativas Pós-Imperialistas”.</p><p>B Positivismo, liberalismo e ateísmo.</p><p>C Multilateralismo, segurança e Estado.</p><p>D Comércio, hegemonia e equilíbrio de poder</p><p>E Desenvolvimento, cristianismo e modernidade.</p><p>Questão 7/10 - Geografia política</p><p>Leio o texto a seguir:</p><p>“Os termos “colonialismo” e “imperialismo” foram cunhados na transição do século XIX para</p><p>o XX e tornaram-se indispensáveis para o entendimento das diferentes dinâmicas de</p><p>expansão do capitalismo moderno no interior do sistema interestatal. Ao longo do século XX,</p><p>uma vasta literatura sobre imperialismo foi desenvolvida por diferentes correntes,</p><p>destacadamente no domínio do marxismo. Desde aí, as palavras império e imperialismo</p><p>foram negativadas tanto pela crítica teórica marxista, quanto pela luta concreta de</p><p>movimentos sociais e políticos, vinculando-as às formas de exploração, dominação e</p><p>violência econômica internacional” (BALLESTRIN, 2017, p. 505).</p><p>Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O Elo Perdido do Giro</p><p>Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2, 2017, pp. 505 a 540. Disponível em:</p><p>http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialidade.pdf</p><p>Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale</p><p>a alternativa que apresenta, corretamente, a definição do termo “imperialismo”</p><p>elaborada por Rudolf Hilferding:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A O imperialismo consiste na fase intermediária do capitalismo, na qual os Estados</p><p>ainda possuem a responsabilidade de usar o seu aparato militar para garantir o</p><p>progresso e o desenvolvimento da sua população.</p><p>B O imperialismo consiste na etapa social do capitalismo, na qual ocorre a</p><p>exportação dos valores e das normas sociais das sociedades desenvolvidas para</p><p>as populações periféricas e subdesenvolvidas.</p><p>C O imperialismo consiste na fase final do capitalismo, na qual há a formação</p><p>dos monopólios e a utilização do aparato do Estado, pelo capital financeiro,</p><p>para garantir a expansão de mercados.</p><p>Você acertou!</p><p>Hilferding acreditava que era preciso dar continuidade à obra teórica de K. Marx e incluir</p><p>em sua teoria o surgimento e a presença de monopólios no argumento. A principal</p><p>contribuição do autor, assim, foi a de caracterizar o imperialismo como a fase final do</p><p>estágio do desenvolvimento capitalista (Hilferding, 1910), distanciando-o do seu</p><p>predecessor, o colonialismo. A essa fase é comum a presença de monopólios, segundo</p><p>Hilferding, e seriam eles que viabilizariam a empreitada imperialista. Esses monopólios</p><p>seriam o resultado da junção do capital bancário e industrial, e seu objetivo não é o livre-</p><p>mercado, mas dominar mercados. O Estado, nessa explicação, deveria ser forte para</p><p>garantir o sucesso da expansão de mercados e o processo de acumulação de capital. O</p><p>capital financeiro teria a ânsia de conquistar novos mercados internacionais para o</p><p>interesse dos monopólios garantindo apoio militar, econômico, e/ou ainda político, lançando</p><p>mão de tarifas protecionistas e estratégias imperialistas. Portanto, o capital financeiro,</p><p>interessado na expansão de mercados, usaria o Estado para tal.</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 2 “Teorias Marxistas Clássicas sobre o Imperialismo”.</p><p>D O imperialismo consiste na etapa inicial do capitalismo, na qual a elite burguesa</p><p>manipula as instituições do Estado para conquistar formalmente novos territórios</p><p>e mão de obra de escrava.</p><p>E O imperialismo consiste no período intermediário do capitalismo, no qual a</p><p>consolidação dos grandes monopólios impede o funcionamento do livre mercado.</p><p>Questão 8/10 - Geografia política</p><p>Leio o texto abaixo:</p><p>“Ainda que uma teoria do imperialismo não possa ser encontrada em Marx e Engels, a</p><p>colonização a partir da “América” foi posta como marco importante para a acumulação</p><p>primitiva do capital (Marx, 2013:821), e a polêmica interpretação sobre o colonialismo</p><p>britânico na Índia revelou a impossibilidade de emancipação humana fora dos limites do</p><p>progresso, evolucionismo e eurocentrismo no pensamento marxiano (Marx e Engels, s/d).</p><p>Apesar da antiguidade das manifestações imperiais e coloniais ao longo da história do mundo,</p><p>a hegemonia da força explicativa pelo marxismo do fenômeno imperial</p><p>provém em parte da</p><p>sua associação diferencial, constitutiva e vinculante com o desenvolvimento do sistema</p><p>capitalista na modernidade. Seu início, metaforicamente sugerido no ano de 1492 por Dussel</p><p>(1993), constituiu pela primeira vez um sistema econômico globalmente interconectado, o</p><p>sistema mundo moderno/colonial (Quijano e Wallerstein, 1992)” (BALLESTRIN, 2017, p. 506-</p><p>507).</p><p>Fonte: BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O Elo Perdido do Giro</p><p>Decolonial. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 60, no 2, 2017, pp. 505 a 540. Disponível em:</p><p>http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/7378/1/Modernidade_Colonialidade_sem_Imperialidade.pdf</p><p>Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das</p><p>principais críticas, feita pelas abordagens contemporâneas do imperialismo às</p><p>interpretações sobre o fenômeno dos marxistas clássicos:</p><p>Nota: 0.0</p><p>A O pensamento marxista sobre o imperialismo encoraja a centralização da religião</p><p>como instrumento de dominação e marginaliza a consideração das variáveis</p><p>militares e econômicas relacionadas com o fenômeno.</p><p>B A abordagem marxista a respeito do imperialismo favorece uma redução do</p><p>fenômeno ao seu caráter cultural e social, negligenciando a influência das</p><p>capacidades econômicas e militares para a consolidação do fenômeno.</p><p>C A interpretação marxista do imperialismo tende a esvaziar o caráter político</p><p>desse fenômeno, uma vez que prioriza as variáveis sistêmicas e estruturais</p><p>em detrimento da observação das decisões políticas dos atores envolvidos.</p><p>O argumento marxista sobre o fenômeno do imperialismo é essencialmente tautológico. O</p><p>imperialismo seria fruto do avanço do capital financeiro monopolista, e caracterizaria uma</p><p>fase do capitalismo: o imperialismo seria o capitalismo avançado. E, nesse sentido, o</p><p>contrário também é verdadeiro: capitalismo avançado é sinônimo de imperialismo. Não há</p><p>qualquer forma de fugir disso, senão a completa substituição do sistema econômico, o que</p><p>mais uma vez conta no argumento da militância política. Mais uma vez, somos conduzidos</p><p>a confirmar esses argumentos – e por vezes até acreditar em suas propostas de solução –</p><p>porque nos baseamos (ou somos levados a fazê-lo) no caráter violento das investidas</p><p>imperialistas. A prescrição da teoria marxista sobre o fim do capitalismo (e, portanto, do</p><p>imperialismo) esvazia toda e</p><p>qualquer agência política ao redor do fenômeno, como se um sistema fosse responsável</p><p>pelos horrores, e não os políticos. Da mesma forma, esvazia-se a agência do outro, a quem</p><p>só cabe o papel de dominado. Países figuram nessas teorias como campos de batalha</p><p>passivos, sob nenhum aspecto como participantes ativos (Brewer, 2002). Só há a</p><p>dominância dos fortes, do capital financeiro monopolista do estágio mais alto, ou final, do</p><p>capitalismo.</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 3 “O Imperialismo acabou, o Capitalismo não”.</p><p>D A leitura marxista a respeito do imperialismo fomenta uma interpretação</p><p>economicista do fenômeno, excluindo as variáveis vinculadas à capacidade militar</p><p>de um Estado e à necessidade de expansão territorial da observação.</p><p>E O enquadramento marxista sobre o imperialismo acaba por adicionar excessiva</p><p>importância ao componente político do fenômeno, compreendendo que a</p><p>dominação imperialista permanece em decorrência da passividade dos atores</p><p>dominados.</p><p>Questão 9/10 - Geografia política</p><p>“A verificação empírica do exercício tanto do poder decisório quanto do poder de agenda,</p><p>como vimos, depende da existência de preferências conflitantes. Na ausência desse conflito,</p><p>não é possível estabelecer se um agente está agindo conforme a preferência de outro ou</p><p>conforme a sua própria. Também não é possível estabelecer se a ausência de decisões sobre</p><p>uma questão é um produto da “mobilização do viés” por agentes em posição de fazê-lo ou é</p><p>genuína, refletindo uma unanimidade favorável ao status quo. É contra esse elemento das</p><p>duas concepções de poder analisadas que se coloca a noção de poder ideológico, segundo</p><p>a qual, o compartilhamento das mesmas preferências não exclui o exercício do poder. Pelo</p><p>contrário, pode ser um produto dele”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).</p><p>A contextualização acima nos apresenta algumas dificuldades relacionadas com a</p><p>operacionalização do conceito de poder. Partindo desta discussão, determine se os</p><p>enunciados abaixo, que tratam das concepções de poder são verdadeiros (V) ou falsos</p><p>(F).</p><p>( ) I. A verificação empírica do poder ideológico depende da identificação das posições</p><p>políticas ocupadas por uma elite.</p><p>( ) II. A verificação empírica do poder decisório depende de decisões específicas a respeito</p><p>das quais há preferências conflitantes.</p><p>( ) III. A verificação empírica do poder ideológico depende de aceitação genuína por parte de</p><p>B acerca das justificações apresentadas por A.</p><p>( ) IV. A verificação empírica do poder de agenda depende de preferências conflitantes a</p><p>respeito de questões que não foram objeto de decisões políticas expressas.</p><p>Selecione a alternativa que contém a sequência correta.</p><p>Nota: 10.0</p><p>A F – V – V – F</p><p>B F – V – F – F</p><p>C F – V – V – V</p><p>Você acertou!</p><p>A sequência correta é: (F – V – V – V). De acordo com o livro base da disciplina, “Os</p><p>elementos centrais das três concepções de poder apresentadas, bem como três conceitos</p><p>relacionados, são sintetizados no Quadro 1.1. Quadro 1.1 – Concepções e casos centrais</p><p>do conceito de poder. Poder decisório: 1. Relação entre agentes. 2. Unidirecional e</p><p>assimétrica: A manda e B obedece. 3. Verificação empírica depende de decisões</p><p>específicas a respeito das quais há preferências conflitantes. Poder de agenda: 1. Relação</p><p>entre agentes. 2. Unidirecional e assimétrica: A mantém o status quo e B segue-o. 3.</p><p>Verificação empírica depende de preferências conflitantes a respeito de questões que não</p><p>foram objeto de decisões políticas expressas. Poder ideológico: 1. Relação entre agentes.</p><p>2. Unidirecional e assimétrica: A justifica sua posição em relação à B e B aceita essa</p><p>justificação. 3. Verificação empírica depende de: 3.1. aceitação genuína por B das</p><p>justificações apresentadas por A; 3.2. justificação apresentada por A contrária aos</p><p>interesses de B”.</p><p>A alternativa I (A verificação empírica do poder ideológico depende da identificação das</p><p>posições políticas ocupadas por uma elite) é, portanto, falsa.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Poder ideológico).</p><p>D V – F – F – V</p><p>E F – F – V – V</p><p>Questão 10/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Ao longo da história da formação dos Estados nacionais, os governantes tinham</p><p>essencialmente três fontes das quais extrair os recursos necessários para pagar pela guerra:</p><p>tributos, empréstimos e minérios. Os tributos eram a fonte a que todos os governantes podiam</p><p>recorrer, ainda que não sem seus desafios. Pelo contrário, os desafios colocados pelo</p><p>estabelecimento e pela coleta de impostos e a maneira como diferentes príncipes e reis</p><p>enfrentaram-nos deram o caráter da formação dos Estados nacionais cujos governantes não</p><p>podiam recorrer a outras alternativas” (SILOTTO et al, 2021).</p><p>Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma</p><p>abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa</p><p>que expõe o que os Estados Nacionais</p><p>necessitavam para começar a cobrar tributos permanentemente:</p><p>Nota: 0.0</p><p>A Apoio da nobreza.</p><p>B Apoio da Igreja Católica.</p><p>C Convencimento da população.</p><p>D Desenvolvimento de propaganda.</p><p>E Burocracia diretamente submetida ao Estado.</p><p>Poder tributar os governados também significava subjugar ou contornar instituições não</p><p>subordinadas ao Estado. Como assinalamos, inicialmente, os tributos eram temporários e</p><p>autorizados pelas assembleias de representantes dos estados. Essa autorização não era</p><p>mera formalidade, pois os governantes frequentemente dependiam dos grupos</p><p>representados nessas instituições para serem capazes de coletar os impostos. Muitas</p><p>vezes eram os nobres, o clero e as autoridades municipais que coletavam os tributos</p><p>devidos por aqueles sujeitos à sua autoridade e repassavam o valor aos cofres da Coroa.</p><p>Libertar-se da necessidade de pedir</p><p>autorização a essas instituições dependia da criação de uma burocracia diretamente</p><p>submetida ao Estado que coletaria os impostos diretamente da população e, por vezes, à</p><p>força. Nas regiões em que essa estratégia foi perseguida com sucesso, isso resultou na</p><p>irrelevância e, eventualmente, na dissolução das assembleias dos estados.</p><p>Referência: Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de;</p><p>SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política.</p><p>Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Questão 1/10 - Geografia política</p><p>“Pode parecer surpreendente que não haja um consenso sobre o conceito de poder entre</p><p>cientistas políticos ou cientistas sociais em geral. Suas análises costumam envolver questões</p><p>do tipo: Quão bem-sucedido é um presidente em aprovar medidas legislativas de sua</p><p>iniciativa no congresso? Quão intenso é o controle de lideranças partidárias sobre o</p><p>comportamento legislativo dos parlamentares do partido? Cortes constitucionais tendem a</p><p>contrariar ou referendar as decisões de órgãos eleitos? A existência de uma câmara</p><p>congressual alta, como o Senado, dificulta a aprovação de medidas legislativas? Em que</p><p>circunstâncias o resultado de uma eleição é respeitado e em que circunstâncias é vetado por</p><p>grupos com recursos para fazê-lo, como o governo derrotado nas urnas ou o exército? Todas</p><p>essas questões claramente envolvem o conceito de poder”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021. (Capítulo 1: O que é poder?).</p><p>A contextualização acima abre o leque de questões que envolvem o tema do poder, tal</p><p>como ele é discutido na disciplina “Geografia Política”. Examine nos enunciados</p><p>abaixo quais são as características do conceito de poder decisório.</p><p>I. Essa noção de poder pressupõe um cenário contrafactual que significa, questionar o que B</p><p>faria se A não tivesse nenhuma preferência a respeito de suas ações.</p><p>II. O agente que detém essa espécie de poder pode impor suas decisões àqueles sobre os</p><p>quais tem poder, pode decidir em seu lugar e ter suas decisões obedecidas.</p><p>III. Podemos afirmar que poder decisório é a capacidade de um agente de impedir que uma</p><p>questão que envolve conflito entre preferências venha a ser objeto de uma deliberação.</p><p>IV. A noção intuitiva de poder decisório pode ser expressa da seguinte forma: A tem pode</p><p>sobre B na medida em que A pode fazer B agir de maneira como B não agiria em outras</p><p>circunstâncias.</p><p>Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas II e IV estão corretas</p><p>C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina,</p><p>“Uma discussão clássica sobre essa espécie de poder (poder decisório) é a de Robert Dahl</p><p>(2005; 2007). A noção intuitiva de poder da qual parte o autor (Dahl, 2005; 2007) pode ser</p><p>expressa da seguinte forma: A tem pode sobre B na medida em que A pode fazer B agir de</p><p>maneira como B não agiria em outras circunstâncias. A definição também pode ser</p><p>expressa em termos probabilísticos: Se a probabilidade de que B faça X quando A não tem</p><p>qualquer preferência a respeito da ação de B é p e a probabilidade de que B faça X quando</p><p>A prefere que B faça X é p’, então o poder de A sobre B é igual à diferença p’ – p. Seja</p><p>como for, ambas as formulações evidenciam os elementos centrais dessa noção de poder.</p><p>Primeiro, trata-se de uma relação entre agentes, no caso, entre A e B. Segundo, essa</p><p>relação é unidirecional, assimétrica, de A para B: uma vez que A decide por X, B faz X (ou</p><p>a probabilidade de que faça X aumenta). E, terceiro, essa noção de poder pressupõe um</p><p>cenário contrafactual: o que B faria se A não tivesse nenhuma preferência a respeito de</p><p>suas ações. Os dois primeiros elementos apontam para a relação entre poder, coerção e</p><p>dominação, casos centrais do conceito de poder. Tanto a coerção quanto a dominação são</p><p>relações unidirecionais, assimétricas entre agentes, nas quais um comanda e o outro</p><p>obedece. Esses elementos também esclarecem a razão de ser útil caracterizar essa</p><p>concepção como poder decisório: o agente que detém essa espécie de poder pode impor</p><p>suas decisões àqueles sobre os quais tem poder, pode decidir em seu lugar e ter suas</p><p>decisões obedecidas” (Adaptado).</p><p>A alternativa III (Podemos afirmar que poder decisório é a capacidade de um agente de</p><p>impedir que uma questão que envolve conflito entre preferências venha a ser objeto de uma</p><p>deliberação) está, portanto, incorreta. A noção de poder decisório concentra nossa atenção</p><p>em quem prevalece em uma decisão controversa. Essa noção, contudo, deixa de lado o</p><p>que acontece antes de essa questão se tornar objeto de uma decisão.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021. (Capítulo 1: Poder decisório).</p><p>E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>Questão 3/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Nos oito ou dez milênios depois que surgiu o primeiro casal, as cidades e os estados</p><p>oscilaram entre o amor e o ódio. Conquistadores armados muitas vezes arrasaram cidades e</p><p>chacinaram os seus habitantes apenas para erguer novas capitais em seu lugar. O povo da</p><p>cidade resguardou a sua independência e reclamou da interferência do rei nas questões</p><p>urbanas, mas solicitou a proteção de seu rei contra os bandidos, os piratas e os grupos rivais</p><p>de mercadores. A longo prazo e a certa distância, as cidades e os estados revelaram-se</p><p>indispensáveis um ao outro.</p><p>Durante a maior parte da história, os estados nacionais - aqueles que governam múltiplas</p><p>regiões adjacentes e as suas cidades por intermédio de estruturas centralizadas,</p><p>diferenciadas e autônomas — surgiram muito raramente. A maioria deles eram não-nacionais:</p><p>impérios, cidades-estado, ou algo semelhante. Para nosso pesar, o termo "estado nacional"</p><p>não significa necessariamente estado-nação, um estado cujo povo compartilha uma forte</p><p>identidade linguística, religiosa e simbólica. Embora alguns estados, como a Suécia e a</p><p>Irlanda, se aproximem hoje desse ideal, pouquíssimos estados nacionais da Europa se</p><p>qualificaram algum dia como estados-nação (TILLY, 1996).”</p><p>Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia</p><p>Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como se deu a formação dos</p><p>Estados nacionais europeus:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Ela se deu de forma regular e linear ao longo dos séculos e ao mesmo tempo.</p><p>B Ela se deu como um efeito colateral da atividade de guerrear dos</p><p>governantes europeus.</p><p>Você acertou!</p><p>A história europeia é de guerras praticamente incessantes, que não apenas foram</p><p>constantes ao longo</p><p>da história do continente, mas também, quando ocorriam,</p><p>frequentemente envolviam quase todos os Estados da região. Príncipes e reis europeus</p><p>estavam todos emaranhados em uma rede de alianças por parentesco, casamento ou</p><p>conveniência. Todos tinham algo a ganhar ou a perder em uma guerra. Se não fossem</p><p>ganhos territoriais diretos, seriam ganhos indiretos por meio do fortalecimento de um aliado</p><p>ou enfraquecimento de uma ameaça. Sucessões incertas, com a morte de um monarca que</p><p>não deixa um herdeiro direto, por exemplo, eram um convite para que outros intervissem,</p><p>apoiando candidatos ao trono alinhados consigo e escalonando a crise, que,</p><p>eventualmente, resultava em guerra civil e internacional. Nesses casos, a primeira</p><p>raramente acontecia sem a segunda. A guerra era o jogo em que se desenrolavam as</p><p>ambições da nobreza real europeia. Esse ponto é central para o surgimento dos Estados</p><p>nacionais. Como explica Tilly (1985; 1993), os Estados nacionais surgiram como um efeito</p><p>colateral da atividade de guerrear dos governantes europeus. Para fazer e vencer guerras,</p><p>estes precisaram tomar uma série de decisões e resolver inúmeros de problemas. A cada</p><p>momento, tomaram um curso de ação quando havia outros disponíveis. Essas escolhas</p><p>influenciavam quais cursos estariam disponíveis dali em diante. Algumas trajetórias</p><p>tomadas dessa forma se mostraram bem-sucedidas no longo prazo; outras, não. Houve,</p><p>ainda, aquelas que pareceram bem-sucedidas por muito tempo, até que deixaram de ser.</p><p>Tudo isso, contudo, aconteceu em um prazo muito mais longo do que aqueles que os</p><p>governantes que adotaram esses cursos de ação tinham em mente. Eles estavam apenas</p><p>tomando as melhores decisões para que pudessem ganhar as guerras em que estavam</p><p>envolvidos ou as próximas e, dessa forma, sobreviverem.</p><p>Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA,</p><p>Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba:</p><p>Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>C Ela se deu como resultado da ampliação do leste europeu, em acordos de paz</p><p>com o sul.</p><p>D Para vencer as guerras, os governantes desejavam organizar a sua estrutura e</p><p>com isso criaram as cidades-estados.</p><p>E Ela se deu como um resultado da conquista e autonomia da Prússia e do Império</p><p>Romano-Germânico, sendo esses os únicos do continente.</p><p>Questão 4/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“A luta constante, em forma pacífica e bélica, entre Estados nacionais concorrentes pelo</p><p>poder criou as maiores oportunidades para o moderno capitalismo ocidental. Cada Estado</p><p>particular tinha que concorrer pelo capital, que estava livre de estabelecer-se em qualquer</p><p>lugar e lhe ditava as condições sob as quais o ajudaria a tornar-se poderoso. Da aliança</p><p>forçada entre o Estado nacional e o capital nasceu a classe burguesa nacional - a burguesia</p><p>no sentido moderno da palavra. É, portanto, o Estado nacional fechado que garante ao</p><p>capitalismo as possibilidades de sua subsistência e, enquanto não cede lugar a um império</p><p>universal, subsistirá também o capitalismo” (WEBER, 2009).</p><p>Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de</p><p>Brasília, 2009, pp. 517.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de</p><p>Estado de Max Weber:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A O Estado é a sua burocracia.</p><p>B Um grupo de pessoas que transfere e destitui o seu poder de força.</p><p>C Um grupo de pessoas que desenvolve a iniciativa de construir a burocracia de</p><p>Estado.</p><p>D Um conglomerado de grupos que se alternam na disputa pelo poder e</p><p>oligopolizam o direito do uso da violência, com sucesso.</p><p>E Um grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso</p><p>legítimo da violência dentro de um determinado território.</p><p>Você acertou!</p><p>A mais famosa definição de Estado foi oferecida pelo sociólogo Max Weber (2011): um</p><p>grupo de pessoas que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da violência</p><p>dentro de um território determinado.</p><p>Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA,</p><p>Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba:</p><p>Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Questão 7/10 - Geografia política</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“O primeiro momento desse desenvolvimento devastador do imperialismo foi organizado em</p><p>torno da conquista das Américas, no quadro do sistema mercantilista da Europa atlântica da</p><p>época. As devastações desse primeiro capítulo da expansão capitalista mundial (genocídio</p><p>dos índios, tráfico de escravos africanos) produziram – com atraso – as forças de libertação</p><p>que questionaram as lógicas que as comandavam. A primeira revolução do continente foi a</p><p>dos escravos de São Domingos (atualmente Haiti), no fim do século XVIII, seguida mais de</p><p>um século depois pela revolução mexicana dos anos 1910, e cinquenta anos mais tarde pela</p><p>de Cuba. E, se não enumero aqui a famosa "revolução americana", nem a das colônias</p><p>espanholas que rapidamente se seguiu, é porque, nesses casos, tratou-se apenas de uma</p><p>transferência de poder de decisão das metrópoles para os colonos para fazer a mesma coisa,</p><p>ou seja, dar continuidade ao mesmo projeto com ainda mais brutalidade – sem ter que dividir</p><p>os lucros com as "mães pátrias" de origem” (AMIN, 2005, p. 84).</p><p>Fonte: AMIN, Samir. O imperialismo, passado e presente. Tempo, Niterói, v. 9, n. 18, p. 77-123, 2005. Disponível em:</p><p><http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042005000100005&lng=en&nrm=iso>. access on 19 May</p><p>2021. https://doi.org/10.1590/S1413-77042005000100005.</p><p>Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política e o texto</p><p>citado acima, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual era a solução</p><p>apontada pelos autores marxistas clássicos para a superação do imperialismo:</p><p>Nota: 0.0</p><p>A Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado por meio da</p><p>criação de uma organização internacional de caráter supranacional.</p><p>B Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado a partir da</p><p>realização de uma revolução burguesa e nacionalista.</p><p>C Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado por meio da</p><p>defesa internacional dos direitos humanos.</p><p>D Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado a partir da</p><p>independência dos territórios coloniais.</p><p>E Para os marxistas clássicos, o imperialismo só poderia ser superado por</p><p>meio da revolução socialista.</p><p>No decorrer da aula 3, observamos que para Lenin e Bukharin o imperialismo consistia na</p><p>expansão do capitalismo em seu maior estágio (a fase monopolista), não constituindo</p><p>apenas uma forma de expansão territorial do Estado-Nação. Ambos os autores, assim</p><p>como Rosa Luxemburgo, entendiam que a revolução socialista era a única saída para o</p><p>capitalismo e, portanto, para o imperialismo. Assim, à exceção de Hobson, todos os autores</p><p>prescreviam como única solução para os horrores do imperialismo a saída revolucionária</p><p>socialista. Esse tipo de leitura era frequente porque, como ressaltou Callinicos (2009), essa</p><p>literatura ocupou, sobretudo, autores ativistas. A literatura sobre imperialismo é</p><p>essencialmente não acadêmica. Isso era visto como um problema para alguns, como</p><p>Hilferding, que se indagava sobre a exclusão destes autores das universidades, restando a</p><p>eles o tempo de lazer para a produção teórica sobre o fenômeno.</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 2 “Teorias Clássicas sobre o Imperialismo”; Tema 3 “O Imperialismo</p><p>acabou, o Capitalismo não”.</p><p>Questão 8/10 - Geografia política</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>“Ao contrário, somente se pode, afinal, definir</p><p>sociologicamente o Estado moderno por um</p><p>meio específico que lhe é próprio, como também a toda associação política: o da coação</p><p>física. "Todo Estado fundamenta-se na coação", disse em seu tempo Trotski, em Brest-</p><p>Litovsk. Isto é de fato correto. Se existissem apenas complexos sociais que</p><p>desconhecessem o meio da coação, teria sido dispensado o conceito de "Estado"; ter-se-ia</p><p>produzido aquilo a que caberia o nome de "anarquia", neste sentido específico do termo.</p><p>Evidentemente, a coação não é o meio normal ou o único do Estado - não se cogita disso -,</p><p>mas é seu meio específico. No passado, as associações mais diversas - começando pelo</p><p>clã - conheciam a coação física como meio perfeitamente normal. Hoje, o Estado é aquela</p><p>comunidade humana que, dentro de determinado território - este, o "território", faz parte da</p><p>qualidade característica -, reclama para si (com êxito) o monopólio da coação física</p><p>legítima, pois o específico da atualidade é que a todas as demais associações ou pessoas</p><p>individuais somente se atribui o direito de exercer coação física na medida em que o Estado</p><p>o permita. Este é considerado a única fonte do "direito" de exercer coação” (WEBER, 2009).</p><p>Fonte: WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de</p><p>Brasília, 2009, pp. 525-526.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Geografia</p><p>Política, examine as afirmativas acerca das diferenças entre o Estado Moderno e do</p><p>período medieval:</p><p>I. A principal diferença entre os Estados está no grau de exclusão de outros grupos políticos</p><p>no exercício da coerção e da autoridade e a restrição do poder.</p><p>II. No mundo antigo, nos impérios, havia o compartilhamento de poder com outros grupos e</p><p>organizações políticas que eram tolerados pela autoridade do império, diferente do Estado</p><p>moderno.</p><p>III. Na Europa medieval, o poder político era concentrado em uma organização forte e que</p><p>monopolizava o uso da violência com as pessoas que viviam no território, por conseguinte,</p><p>a ampliação de poder se dava na luta entre Estados.</p><p>IV. Na Europa medieval, o poder político era disperso entre várias organizações, como, por</p><p>exemplo, no interior havia uma figura predominante, o senhor feudal, que exercia o poder</p><p>absoluto sobre aqueles ligados ao território e, esse senhor, por sua vez, devia lealdade a</p><p>outro, em virtude de relações de suserania e vassalagens, que era subordinado a outra</p><p>figura, como o rei ou imperador, já no Estado moderno, o poder está nessa instituição.</p><p>Assinale a alternativa que contém características corretas acerca das diferenças</p><p>entre o Estado Moderno e do período medieval:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas a afirmação I está correta</p><p>B Apenas a afirmação II está correta.</p><p>C Apenas a afirmação III está correta.</p><p>D Apenas as afirmações I, II e III estão corretas</p><p>E Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>A conjunção desses três fatores - poder coercitivo, autoridade e monopólio desses dois</p><p>dentro de um território - em um mesmo grupo de pessoas não é a regra ao longo da história.</p><p>A definição de Weber pode ser apropriada para descrever os Estados ditos modernos, isto</p><p>é, a forma de Estado que se tornou gradualmente predominante desde o fim da Idade</p><p>Média, também chamados de nacionais. Contudo, historicamente Estados assumiram as</p><p>mais diversas formas. Em comum, há o fato de todos exercerem o poder coercitivo e</p><p>tenderem a apresentar esse exercício como legítimo, justo ou bom de acordo com alguma</p><p>ideologia. A variação está no terceiro componente da definição de Weber: o monopólio da</p><p>coerção e da autoridade dentro de um território. O grau de exclusão de outros grupos</p><p>políticos do exercício da coerção e da autoridade e a restrição do poder, da autoridade e</p><p>da reivindicação de exclusividade dos Estados a um espaço geográfico bem delimitado</p><p>variaram ao longo da história. Os impérios do mundo antigo, como o romano,</p><p>frequentemente compartilhavam o poder com as organizações políticas próprias dos povos</p><p>conquistados. O representante do Império Romano era tipicamente a autoridade máxima</p><p>na localidade que administrava. O funcionamento de outras organizações políticas,</p><p>anteriores à conquista, era frequentemente tolerado, contudo, desde que suas ordens e</p><p>seus comandos para aqueles sujeitos a seu poder não conflitassem com os interesses</p><p>romanos. A autoridade dessas organizações não advinha dos romanos, tendo base própria,</p><p>ainda que dependessem da tolerância destes para continuar a funcionar. Os romanos</p><p>também não buscavam exercer um controle estrito do território, mantendo fronteiras bem</p><p>demarcadas e uma presença militar permanente no interior, sendo mais importante para</p><p>eles a manutenção do controle das cidades. Na Europa medieval, o poder político era</p><p>disperso entre uma miríade de organizações. No interior, uma figura predominante era a do</p><p>senhor feudal, que exercia poder quase absoluto sobre aqueles ligados ao território por ele</p><p>controlado. Esse senhor, por sua vez, tipicamente devia lealdade a outro, em virtude de</p><p>relações de suserania e vassalagem, as quais eram, todavia, contratuais, envolvendo</p><p>direitos e obrigações para ambas as partes.</p><p>Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA,</p><p>Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba:</p><p>Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Questão 9/10 - Geografia política</p><p>“Assim como ocorre com o poder, o conceito de soberania é contestado, tal que diferentes</p><p>autores discordam a respeito de seus aspectos fundamentais, de acordo com os projetos</p><p>políticos com os quais se comprometem. Uma dessas divergências, por exemplo, está</p><p>atrelada ao seu caráter necessariamente popular ou não, ou seja, trata-se de questionar se</p><p>apenas “o povo”, seja lá como essa entidade for caracterizada, pode deter a titularidade da</p><p>soberania ou não. Respostas negativas e positivas a essa questão frequentemente são</p><p>associadas a diferentes atitudes em relação às instituições políticas estabelecidas,</p><p>respectivamente, sua defesa e consolidação ou sua contestação, reforma ou, até mesmo,</p><p>derrubada”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021 (Capítulo 1: Soberania).</p><p>Considerando o conteúdo discutido na disciplina “Geografia Política”, sobre o</p><p>conceito de soberania desenvolvido por Hobbes em O Leviatã, classifique as</p><p>afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F):</p><p>( ) I. Para Hobbes, a soberania é mais bem vista como uma articulação das pretensões de</p><p>grupos políticos que integram ou passaram, posteriormente, a integrar um Estado.</p><p>( ) II. O Leviatã é frequentemente interpretado como um trabalho de investigação intelectual,</p><p>sem qualquer relação com a prática política, que visava defender um projeto constitucional</p><p>específico.</p><p>( ) III. Soberania foi o artifício retórico que grupos políticos mobilizaram para reivindicar uma</p><p>autoridade cujo poder subjacente eles ainda não detinham, para uma vez conquistado,</p><p>apresentá-lo como justo, bom ou vantajoso.</p><p>( ) IV. Trata-se de um método de decisão política. Para Hobbes, a soberania é o instrumento</p><p>institucional para se chegar a decisões políticas. Segundo esse método, cada indivíduo</p><p>adquire o poder de decidir, ante uma concorrência, cujo objeto é o voto popular.</p><p>Selecionar a alternativa que dispõe a sequência correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A V – V – V – F</p><p>Você acertou!</p><p>A sequência correta é: (V – V – V – F). De acordo com o livro base da disciplina, “Desde os</p><p>tempos de Hobbes, o conceito de soberania ocupa um lugar central na teoria e na retórica</p><p>política. Políticos e teóricos justapuseram o adjetivo popular para dar apoio retórico a ações</p><p>políticas que visavam à reforma ou à derrubada das instituições políticas estabelecidas.</p><p>Também o aplicaram às relações</p><p>entre países, a fim de dar similar suporte a ações que</p><p>visavam retirá-los da esfera de influência política de organizações que competiam</p><p>localmente com o poder estatal, como a Igreja Católica. Essas jogadas foram tão bem-</p><p>sucedidas que, atualmente, parece natural que o grupo que ocupa posições na organização</p><p>política que chamamos de Estado exerça poder e reivindique autoridade sobre um território</p><p>contra todos os demais grupos políticos que ali atuam. Em outras palavras, parece natural</p><p>que a soberania seja um elemento constitutivo do Estado e descreva sua realidade. Na</p><p>verdade, a soberania é mais bem vista como uma articulação das pretensões de grupos</p><p>políticos que integram ou passaram, posteriormente, a integrar um Estado. O Leviatã, uma</p><p>fonte clássica para discussões sobre soberania, é frequentemente interpretado como um</p><p>trabalho de investigação intelectual, sem qualquer relação com a prática política, quando</p><p>se trata de uma obra retórica, que visava defender um projeto constitucional específico.</p><p>Longe de excepcional, esse caráter retórico e politicamente engajado é a regra do uso do</p><p>conceito de soberania. Partidários do parlamento justapuseram-na ao adjetivo popular para</p><p>reivindicar a supremacia desse órgão sobre o rei na Inglaterra do século XVII, no que foram</p><p>seguidos por revolucionários nos atuais Estados Unidos, reivindicando seu direito de se</p><p>autogovernar, e na França, pleiteando a possibilidade de derrubar e refazer do zero as</p><p>instituições políticas estabelecidas. Já sua variante hobbesiana, autoritária, foi mobilizada</p><p>para criticar a lentidão e os impasses do processo decisório parlamentar e defender a</p><p>usurpação de competências constitucionais por chefes do Executivo. Em todas essas</p><p>instâncias, soberania foi o artifício retórico que grupos políticos mobilizaram para reivindicar</p><p>uma autoridade cujo poder subjacente eles ainda não detinham e, para uma vez</p><p>conquistado, apresentá-lo como justo, bom ou vantajoso” (Adaptado).</p><p>A alternativa IV (Trata-se de um método de decisão política. Para Hobbes, a soberania é o</p><p>instrumento institucional para se chegar a decisões políticas. Segundo esse método, cada</p><p>indivíduo adquire o poder de decidir, ante uma concorrência cujo objeto é o voto popular)</p><p>é, portanto, falsa.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021 (Capítulo 1: Soberania)</p><p>B F – V – F – F</p><p>C V – F – V – V</p><p>D V – V – F – F</p><p>E F – F – V – V</p><p>Questão 3/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Chega-se, portanto, ao ponto central da "construção" schumpeteriana: o Imperialismo é</p><p>resultante de um caráter atávico. São características que acompanham a evolução de alguns</p><p>povos desde épocas distantes. Nas palavras do autor: ‘É um elemento que provém de</p><p>condições vivas, não do presente, mas do passado – ou, em termos de interpretação</p><p>econômica da História, que provém antes das relações de produção predominantes no</p><p>passado do que hoje existem [...] O Imperialismo tende a desaparecer como elemento</p><p>estrutural porque a estrutura que o colocou em destaque está em declínio, dando lugar, no</p><p>curso da evolução social, a outras estruturas onde não há lugar para ele, e que eliminam os</p><p>fatores do poderio que eram seu fundamento” (Gomes barbosa, 2009, p. 154).</p><p>Fonte: GOMES BARBOSA, Glaudionor. Imperialismo, Capitalismo e Burguesia: revisitando as contribuições teóricas de Joseph</p><p>Schumpeter e Hannah Arendt. Colomb.int. 2009, n.70, pp.145-165. Disponível em:</p><p>http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0121-56122009000200007&lng=en&nrm=iso&tlng=pt</p><p>Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Geografia Política, assinale</p><p>a alternativa que apresenta, corretamente, como Schumpeter compreendia o fenômeno</p><p>do imperialismo:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Para Schumpeter, o imperialismo representava o avanço da modernidade para os</p><p>países atrasados, de modo que só poderia acabar com o fim do</p><p>subdesenvolvimento.</p><p>B Para Schumpeter o imperialismo utilizava de práticas contrárias aos direitos</p><p>humanos e às liberdades individuais, de modo que a criação da ONU impediu a</p><p>sua continuidade.</p><p>C Para Schumpeter, o imperialismo era fruto das disputas coloniais europeias, de</p><p>modo que o fenômeno se encerrou com a vitória norte-americana na Segunda</p><p>Guerra Mundial.</p><p>D Para Schumpeter, o imperialismo consistia em uma empreitada de alto</p><p>custo, de modo que acabou sendo substituída por uma alternativa mais</p><p>lucrativa e pacífica, o livre mercado.</p><p>Você acertou!</p><p>As teorias marxistas do imperialismo indicam que o fenômeno seria uma fase do</p><p>capitalismo. Mas qual? A mais alta, ou a final? A história nos mostra como essas</p><p>interpretações continham equívocos. O capitalismo floresceu após o fim do imperialismo,</p><p>como também já apontara Schumpeter (1919), para quem o imperialismo não era uma fase</p><p>necessária – dado que a história não é um motor de eventos lineares – do desenvolvimento</p><p>econômico capitalista, mas uma escolha política. A interpretação sobre as proposições de</p><p>Schumpeter era que o imperialismo funcionou como um período de transição do</p><p>capitalismo, uma resposta temporária da fusão entre Estados em expansão e o livre</p><p>mercado. O imperialismo era uma empreitada de altos custos, e fora substituído por uma</p><p>alternativa mais barata, pacífica e eficaz: o capitalismo de livre mercado (Michaelides;</p><p>Milios, 2015).</p><p>Referência: Rota de Aprendizagem de Geografia Política. Aula 3 – Material para a</p><p>Impressão. Tema 3 “O Imperialismo acabou, o Capitalismo não”; Tema 4 “Alternativas Pós-</p><p>Imperialistas”.</p><p>E Para Schumpeter, o imperialismo foi um fenômeno de expansão dos valores</p><p>cristãos da Europa para o mundo, de modo que o seu fim de deve à conversão ao</p><p>cristianismo de todos os povos infiéis.</p><p>Questão 4/10 - Geografia política</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“Na Idade Média, o formato militar mais eficaz era a cavalaria armada: um cavaleiro armado</p><p>com uma lança e seu cavalo, ambos cobertos por armaduras. O peso destas tornava</p><p>necessária a ajuda de um ou dois escudeiros para que o cavaleiro conseguisse montar e</p><p>desmontar do cavalo. Isso tudo era pago pelo próprio cavaleiro e custava caro. Como aponta</p><p>Finer (1975), somente a malha de aço utilizada por baixo da armadura custava o equivalente</p><p>a uma pequena fazenda. Um cavaleiro levar seu próprio cavalo, armadura e escudeiros,</p><p>naquela época, equivale a um soldado, na atualidade, levar seu próprio tanque de guerra</p><p>para a batalha. Por consequência, a guerra era uma atividade reservada para os ricos, que,</p><p>naturalmente, esperavam ser recompensados por ela. Em uma economia desmonetizada (em</p><p>que há pouco ou nenhum dinheiro em circulação) como a medieval, essa recompensa tomava</p><p>a forma principalmente da concessão da posse de propriedades rurais para os combatentes.</p><p>Na Europa, esse arranjo deu origem ao sistema social, político e econômico conhecido como</p><p>feudalismo” (SILOTTO et al, 2021).</p><p>Fonte: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de; SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma</p><p>abordagem a partir da Ciência Política. Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Geografia</p><p>Política, assinale a alternativa que expressa, corretamente, que tipo de classe deu</p><p>origem à nobreza europeia no contexto de formação dos Estados nacionais:</p><p>Nota: 0.0</p><p>A Religiosa.</p><p>B Uma classe militar.</p><p>A nobreza europeia, portanto, era, em sua origem, uma classe militar. Guerrear era a</p><p>atividade principal não só de príncipes, reis e duques, mas também de condes e barões.</p><p>Levou séculos para que essa atividade fosse "desprivatizada" e monopolizada pelo Estado.</p><p>Desenvolvimentos na tecnologia e nos formatos militares foram cruciais para isso. O fim da</p><p>cavalaria armada medieval foi trazido pelo desenvolvimento das picas e das albardas,</p><p>que</p><p>permitiam que soldados de infantaria derrubassem os cavaleiros de cima de seus cavalos,</p><p>eliminando sua vantagem no campo de batalha. Isso democratizou a guerra, que passou a</p><p>ser travada por tropas de infantaria compostas por pessoas sem origem nobre. Elas só</p><p>precisavam ser arregimentadas e equipadas por alguém, o que abriu o caminho para os</p><p>mercenários. Não por acaso, a arma característica dos mercenários suíços era a pica.</p><p>Referência: Referência: SILOTTO, Graziele; GELAPE, Lucas; CASTRO, Pedro Vicente de;</p><p>SILVA, Glauco Peres da. Poder e território: uma abordagem a partir da Ciência Política.</p><p>Curitiba: Editora InterSaberes, 2021, Capítulo 2.</p><p>C Uma classe política.</p><p>D Uma classe parlamentar.</p><p>E Uma classe desenvolvimentista.</p><p>Questão 5/10 - Geografia política</p><p>“Pode parecer surpreendente que não haja um consenso sobre o conceito de poder entre</p><p>cientistas políticos ou cientistas sociais em geral. Suas análises costumam envolver questões</p><p>do tipo: Quão bem-sucedido é um presidente em aprovar medidas legislativas de sua</p><p>iniciativa no congresso? Quão intenso é o controle de lideranças partidárias sobre o</p><p>comportamento legislativo dos parlamentares do partido? Cortes constitucionais tendem a</p><p>contrariar ou referendar as decisões de órgãos eleitos? A existência de uma câmara</p><p>congressual alta, como o Senado, dificulta a aprovação de medidas legislativas? Em que</p><p>circunstâncias o resultado de uma eleição é respeitado e em que circunstâncias é vetado por</p><p>grupos com recursos para fazê-lo, como o governo derrotado nas urnas ou o exército? Todas</p><p>essas questões claramente envolvem o conceito de poder”.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da ciência política. Curitiba: InterSaberes,</p><p>2021. (Capítulo 1: O que é poder?).</p><p>A contextualização acima abre o leque de questões que envolvem o tema do poder, tal</p><p>como ele é discutido na disciplina “Geografia Política”. Examine nos enunciados</p><p>abaixo quais são as características do conceito de poder decisório.</p><p>I. Essa noção de poder pressupõe um cenário contrafactual que significa, questionar o que B</p><p>faria se A não tivesse nenhuma preferência a respeito de suas ações.</p><p>II. O agente que detém essa espécie de poder pode impor suas decisões àqueles sobre os</p><p>quais tem poder, pode decidir em seu lugar e ter suas decisões obedecidas.</p><p>III. Podemos afirmar que poder decisório é a capacidade de um agente de impedir que uma</p><p>questão que envolve conflito entre preferências venha a ser objeto de uma deliberação.</p><p>IV. A noção intuitiva de poder decisório pode ser expressa da seguinte forma: A tem pode</p><p>sobre B na medida em que A pode fazer B agir de maneira como B não agiria em outras</p><p>circunstâncias.</p><p>Agora assinale a alternativa que faz uma análise correta:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>B Apenas as afirmativas II e IV estão corretas</p><p>C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.</p><p>D Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina,</p><p>“Uma discussão clássica sobre essa espécie de poder (poder decisório) é a de Robert Dahl</p><p>(2005; 2007). A noção intuitiva de poder da qual parte o autor (Dahl, 2005; 2007) pode ser</p><p>expressa da seguinte forma: A tem pode sobre B na medida em que A pode fazer B agir de</p><p>maneira como B não agiria em outras circunstâncias. A definição também pode ser</p><p>expressa em termos probabilísticos: Se a probabilidade de que B faça X quando A não tem</p><p>qualquer preferência a respeito da ação de B é p e a probabilidade de que B faça X quando</p><p>A prefere que B faça X é p’, então o poder de A sobre B é igual à diferença p’ – p. Seja</p><p>como for, ambas as formulações evidenciam os elementos centrais dessa noção de poder.</p><p>Primeiro, trata-se de uma relação entre agentes, no caso, entre A e B. Segundo, essa</p><p>relação é unidirecional, assimétrica, de A para B: uma vez que A decide por X, B faz X (ou</p><p>a probabilidade de que faça X aumenta). E, terceiro, essa noção de poder pressupõe um</p><p>cenário contrafactual: o que B faria se A não tivesse nenhuma preferência a respeito de</p><p>suas ações. Os dois primeiros elementos apontam para a relação entre poder, coerção e</p><p>dominação, casos centrais do conceito de poder. Tanto a coerção quanto a dominação são</p><p>relações unidirecionais, assimétricas entre agentes, nas quais um comanda e o outro</p><p>obedece. Esses elementos também esclarecem a razão de ser útil caracterizar essa</p><p>concepção como poder decisório: o agente que detém essa espécie de poder pode impor</p><p>suas decisões àqueles sobre os quais tem poder, pode decidir em seu lugar e ter suas</p><p>decisões obedecidas” (Adaptado).</p><p>A alternativa III (Podemos afirmar que poder decisório é a capacidade de um agente de</p><p>impedir que uma questão que envolve conflito entre preferências venha a ser objeto de uma</p><p>deliberação) está, portanto, incorreta. A noção de poder decisório concentra nossa atenção</p><p>em quem prevalece em uma decisão controversa. Essa noção, contudo, deixa de lado o</p><p>que acontece antes de essa questão se tornar objeto de uma decisão.</p><p>Fonte: SILOTTO, G; GELAPE, L; [et al.]. Poder e território: uma abordagem a partir da</p><p>ciência política. Curitiba: InterSaberes, 2021. (Capítulo 1: Poder decisório).</p><p>E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>Questão 6/10 - Geografia política</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Apesar de Maquiavel e Clausewitz, nem toda política envolve confronto. Algumas vezes as</p><p>pessoas trabalham consensualmente, outras vezes reúnem-se para celebrar memórias</p><p>compartilhadas e frequentemente institucionalizam suas atividades políticas. O confronto</p><p>político tem início quando, de forma coletiva, as pessoas fazem reivindicações a outras</p><p>pessoas cujos interesses seriam afetados se elas fossem atendidas. As reivindicações vão</p><p>desde súplicas humildes até ataques brutais, passando por petições, reivindicações através</p><p>de palavras de ordem e manifestos revolucionários. O confronto, portanto, depende da</p><p>mobilização, da criação de meios e de capacidades para a interação coletiva.”</p><p>Fonte: MCADAM, Doug; TARROW, Sidney and TILLY, Charles. Para mapear o confronto político. Lua Nova [online]. 2009, n.76,</p><p>pp.11-48. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-</p><p>64452009000100002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-6445. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-64452009000100002</p><p>Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de</p><p>Geografia Política, assinale a alternativa que expõe, corretamente, padrões,</p><p>semelhanças, que existem na formação dos Estados nacionais na Europa:</p><p>Nota: 0.0</p><p>A Padrões linguísticos.</p><p>B Padrões geográficos.</p><p>O processo de formação dos Estados nacionais na Europa apresentou padrões</p><p>geográficos. A distribuição irregular, ao longo do território europeu, dos fatores que</p><p>influenciaram as diferentes trajetórias de formação dos Estados nacionais fez com que</p><p>estes assumissem configurações variadas em diversas regiões do continente. Tais fatores</p><p>podem ser reduzidos à presença de cidades e de grandes proprietários rurais ou, na</p><p>terminologia de Tilly (1993), de capital e coerção. Onde havia escassez de capital e</p><p>concentração de coerção, o processo de formação do Estado nacional foi marcado pela</p><p>ênfase na coerção. Monarquias fortes e centralizadas formaram-se onde príncipes e reis</p><p>foram capazes de aglutinar a nobreza fundiária, como na Suécia e na Rússia, e colapsaram</p><p>onde os governantes não exibiram essa capacidade, como na Polônia-Lituânia. No outro</p><p>ponto do espectro, onde havia escassez de coerção e concentração de capital, outras</p><p>formas de Estado predominaram, como as cidades-Estados do norte da Itália, a república</p><p>dos Países Baixos ou a federação de cantões suíços. Essas formas sobreviveram enquanto</p><p>foram capazes de resistir ao insistente assédio de ambições dinásticas, a que algumas,</p>

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