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<p>BIOGEOGRAFIA DE ILHAS</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A biogeografia de ilha ainda é um tema de grande debate entre os biogeógrafos e ecólogos. Acredita-se, que uma ilha por apresentar porções de terra pouco extensas e ser cercada pelo mar (condição de isolamento) há poucas as trocas genéticas e o acontecimento de colonização são potencialmente reduzidas. O isolamento das espécies pode favorecer o processo de especiação. Além disso, teoricamente, a riqueza de espécies aumenta com a extensão (tamanho) da ilha.</p><p>Os insetos galhadores são invertebrados, como os Diptera, Coleoptera, Hemiptera e entre outros, que são capazes de induzir o crescimento de galhas, no caule ou folhas, de uma determinada planta, a partir do deposito de seus ovos nestes órgãos vegetais. As larvas dos insetos poderão se desenvolver, no caso de algumas espécies até a fase adulta, utilizando os nutrientes disponibilizados pela planta.</p><p>O objetivo desse trabalho foi avaliar se a diversidade de galhas (riqueza e abundância) é diferente na Copaifera lansgdorffii de pequeno porte e de grande porte.</p><p>MATERIAS E METÓDOS</p><p>Este estudo foi realizado no bioma cerrado no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil, no início do mês de julho de 2018.</p><p>Foram selecionadas 10 indivíduos de Copaifera lansgdorffii, afastados um do outro, 5 plantas de pequeno porte e 5 plantas de grande porte. De cada planta foram retiradas 5 ramos foliares, nas maiores com o auxilio de um podão manual e nas menores com o auxilio de uma tesoura de poda. Os ramos foram colocados em sacos plásticos identificado com repetição aleatória.</p><p>Os ramos foliares passaram por uma triagem para identificação e contagem dos morfotipos de galhas, que se dar pelo crescimento anormal dos tecidos vegetais, induzido pelos insetos galhador.</p><p>RESULTADOS</p><p>Um total de 11 morfotipos de galhas (tabela 1) foram identificados nos ramos de C. lansgdorffii. As plantas de porte menor apresentou 8 morfotipos (riqueza) e a de porte maior a 7 morfotipos, diferença de um. Contudo a abundância da planta maior foi cerca de 70,49%, enquanto da planta menor foi cerca de 29,51%, da abundância total . Além disso, um único morfotipo encontrado nos dois tamanhos, foi capaz de apresentar cerca de 75,38% da abundância total.</p><p>Planta grande</p><p>Planta pequena</p><p>M2</p><p>2</p><p>21</p><p>M3</p><p>324</p><p>77</p><p>M4</p><p>0</p><p>1</p><p>M6</p><p>41</p><p>33</p><p>M7</p><p>0</p><p>1</p><p>M8</p><p>1</p><p>0</p><p>M9</p><p>1</p><p>0</p><p>M11</p><p>0</p><p>3</p><p>M12</p><p>1</p><p>1</p><p>M20</p><p>0</p><p>1</p><p>M21</p><p>5</p><p>19</p><p>Tabela 1. Morfotipos de galhas identificados e contabilizado em ramos foliares de C. lansgdorffii.</p><p>DISCURSÃO</p><p>As plantas de grande porte representam as ilhas maiores, pois apresenta maior área de superfície, sendo assim, maior número de ramos foliares. Logo, as plantas de pequeno porte irão representar as pequenas ilhas, devido sua menor área de superfície.</p><p>A abundância da planta extensa foi maior que a da planta menor (tabela 2, gráfico 1), devido estas plantas maiores apresentarem mais recursos. Deste modo, o experimento corroborou com a hipótese de biogeografia de ilha. Sendo assim, pode ser dizer que os insetos galhadores são capazes de diferenciar as plantas adultas (grande porte) das plantas jovens (pequeno porte).</p><p>Planta Grande</p><p>Planta pequena</p><p>Média</p><p>34,09090909</p><p>14,27272727</p><p>Tabela 2. Média da abundância (calculado a partir dos dados da tabela 1) dos Morfotipos de galhas identificados em ramos foliares de C. lansgdorffi.</p><p>Gráfico 1. Representação gráfica da média de abundância (tabela 2) de plantas grande e pequenas de C. lansgdorffi. Além disso, o gráfico apresenta barras de erro com desvio padrão.</p><p>Média Planta grande Planta pequena 34.090909090909093 14.272727272727273 Valor médio</p>