Prévia do material em texto
<p>RESUMO</p><p>CURSO DE GERENCIAMENTO DE CRISES</p><p>GERENCIAMENTO DE CRISES</p><p>CONCEITOS</p><p>Incidente é “uma ocorrência, natural ou de causas</p><p>humanas que necessita de uma resposta para proteger</p><p>a vida ou propriedade.</p><p>Obs: “Destacam os autores que “toda crise é um</p><p>incidente, mas nem todo incidente é uma crise”</p><p>Crise:</p><p>“Art. 1º ... § 1º Considera-se crise todo incidente ou</p><p>situação crucial não rotineira, que exija uma resposta</p><p>especial dos órgãos operativos de defesa social, em</p><p>razão da possibilidade de agravamento conjuntural,</p><p>com grande risco à vida e ao patrimônio”.(Dec. nº</p><p>33.782/09- PE).</p><p>É um acontecimento/fato que vai exigir de pessoas e/ou</p><p>organizações medidas não ortodoxas para:</p><p>1] mitigar a possibilidade de surgimento,</p><p>2] em ocorrendo, resolver com o mínimo de</p><p>causalidades humanas, materiais ou de reputação da</p><p>imagem dos envolvidos e,</p><p>3] após o seu término, adotar condutas para minimizar</p><p>a possibilidade de retorno do acontecimento/fato em</p><p>circunstâncias similares.</p><p>Gerenciamento de Crises</p><p>“Processo de identificar, obter e aplicar os recursos</p><p>necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma</p><p>crise.” (FBI).</p><p>“Um sistema amplo, que congrega diversos atores,</p><p>funções e etapas e estabelece as diretrizes gerais para o</p><p>atendimento das ocorrências qualificadas como críticas. O</p><p>foco sistemático é conduzir a crise ao encerramento</p><p>adequado por meio de um trabalho conjunto e harmonioso,</p><p>de todos os envolvidos, com a utilização de procedimentos</p><p>técnicos e amparados nos ditames legais vigentes.” (Silva,</p><p>2016).</p><p> § 2º Considera-se gerenciamento de crise o processo</p><p>eficaz de se identificar, obter e aplicar, de conformidade com</p><p>a legislação vigente e com emprego das técnicas</p><p>especializadas, os recursos estratégicos adequados para a</p><p>solução da crise, quer sejam medidas de antecipação,</p><p>prevenção ou resolução, a fim de assegurar o completo</p><p>restabelecimento da ordem pública e da segurança global da</p><p>sociedade.</p><p>Crise Policial</p><p>“Um evento ou situação crucial, que exige uma resposta</p><p>especial da polícia, a fim de assegurar uma solução</p><p>aceitável.” (FBI).</p><p>“Crise policial é uma ocorrência diferenciada, de risco</p><p>extremado e que excede a capacidade de atendimento</p><p>dos grupos policiais regulares, evocando a necessidade</p><p>imperiosa de grupos especialmente treinados para seu</p><p>gerenciamento.” (Monteiro, 2008, apud Silva, 2016).</p><p>GC</p><p>CARACTERÍSTICAS</p><p>Imprevisibilidade:</p><p>• Necessidade de preparação antecipada para as</p><p>ocorrências;</p><p>Risco iminente à vida</p><p>• 1º Refém / Vítima</p><p>• 2º Terceiros</p><p>• 3º Policiais</p><p>• 4º CEC</p><p>Urgência</p><p>• Atendimento emergencial e imediato;</p><p>• Medidas iniciais – 1º Interventor;</p><p>• Acionamento da Equipe Especializada;</p><p>• Compressão de tempo* - Busca da solução mais</p><p>adequada.</p><p>Baixa incidência:</p><p>• Fator que leva a subestimar a preparação para as</p><p>ocorrências.</p><p>Complexidade</p><p>• Cada detalhe do evento deve ser bem analisado.</p><p>GC</p><p>OBJETIVOS</p><p>GC</p><p>CRITÉRIOS DA AÇÃO</p><p>MODALIDADES DE OCORRÊNCIAS</p><p>• Resgate de reféns</p><p>Ordem de prioridades</p><p>1º Reféns</p><p>2º Pessoas inocentes</p><p>3º Policial</p><p>4º Marginal</p><p>• Marginal barricado</p><p>• Pessoa/doente</p><p>barricado</p><p>• Suicida com arma</p><p>branca ou de fogo</p><p>• Presos Rebelados</p><p>• Terrorismo</p><p>• Atirador Ativo</p><p>Obs: 1) Possibilidade de</p><p>migração;</p><p>2) Para cada ocorrência,</p><p>uma estratégia diferente</p><p>Ordem de prioridades</p><p>1º Policial</p><p>2º Pessoas inocentes</p><p>3º CEC</p><p>MARCO HISTÓRICO</p><p>Até alguns anos após a 2ª GM, as Polícias usavam os Manuais das Forças Armadas para lidar com os conflitos</p><p>internos (Commandos)</p><p>Déc. de 1960 – Ocorrências atípicas (insurgência civil após a Guerra do Vietnã, terroristas, indivíduos perturbados</p><p>com armas brancas e/ou automáticas). Levaram a polícia americana a repensar suas táticas, já que estavam agindo de</p><p>forma improvisada e amadora.</p><p>1965 – Motins em Watts (após a prisão de um indivíduo negro em LA, a população se revoltou, tento um saldo de</p><p>34 mortos, mas de 1.000 fidas e mais 4.000 presas.</p><p>1965- 2º Conflito em LA – Individuo barricado, armado de fuzil, em uma residência mata 03 policiais;</p><p> 1966 – Universidade do Texas – Estudante Universitário mata mãe e esposa, no dia seguinte vai para Universidade</p><p>matando em quem encontrava pelo caminho; subiu na torre e passou a disparar de lá; matou 15 pessoas e feriu mais</p><p>de 30; a ocorrência durou cerca de 90 minutos e a polícia local teve que recorrer aos caçadores locais para o</p><p>enfrentamento;</p><p> 1967 - “Special Weapons and Tactics” (SWAT) – Pequenos grupos com Armas e Táticas Especiais, baseados nas</p><p>tropas de Commandos, normalmente por excombatentes;</p><p>1969 – Batismo de Fogo – Panteras Negras;</p><p>1972 – Munique - fracasso da ação da polícia, com a morte de 09 reféns e fuga dos terroristas; criação do GSG-9 e</p><p>demais Grupos no Mundo (GIGN, GEO, ETC);</p><p> 1974 – USA- Criação de uma doutrina de Gerenciamento de Crises através de um Programa de Treinamento em</p><p>Intervenção e Negociação) – TEN. Frank Bolz e o psicólogo Harvey Schlossberg;</p><p>1993 – CERCO DE WACO – durou 51dias, vitimando fatalmente aproximadamente 80 pessoas, entre policiais e</p><p>civis;</p><p>1995 - PDD-39 (Presidential Decision Directive) - Atualização da Doutrina e criação da FEMA (Federal Emergency</p><p>Management Agency), na medida em que é determinada a responsabilidade da referida Agência pela adequação de</p><p>planos de resposta a incidentes terroristas;</p><p>2001 – Atentado Terrorista de 11 de Setembro às Torres Gêmeas;</p><p>2001 – Ato Patriótico – Atribuições ao FBI para centralização de Informações adequações de respostas às situações</p><p>de terrorismo;</p><p>2003 - HSPD-5 -Homeland Security Presidential Directive 5 - estabelecer um único sistema de gerenciamento de</p><p>incidentes de âmbito nacional. Em seu bojo, a norma ampliou as atribuições da Secretary of Homeland Security,</p><p>incumbindo-a de desenvolver, aplicar, certificar e auditar o National Incident Management System (NIMS), que</p><p>passou a normatizar todo o ciclo de gerenciamento de qualquer incidente nos EUA, para os governos federal,</p><p>estadual e municipal, bem como para organizações não governamentais (ONG) e o setor privado</p><p>2017 – 3ª Ed. do NIMS – Trazendo a designação do Termo Incidente, no lugar de Crise: “Uma ocorrência, natural ou</p><p>provocada pelo homem, que requer uma resposta para proteger a vida ou a propriedade. Neste documento, a</p><p>palavra “incidente” inclui eventos planejados, bem como emergências e/ou desastres de todos os tipos e tamanhos”.</p><p>(ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2017, p. 64, RFP, 2019).</p><p>No Brasil?</p><p>1994 - MONTEIRO faz a tradução, em forma de apostila, do Manual do FBI.</p><p>1995 – SOUZA estuda essa doutrina, apresentando sua Monografia de CAO.</p><p>2003/2009 – Norma no Estado de Pernambuco, disciplinando alargando a atuação dos Órgãos Operativos ou não,</p><p>no Gerenciamento de Crises (Art. 1º, § 1º Considera-se crise todo incidente ou situação crucial não rotineira, que exija</p><p>uma resposta especial dos órgãos operativos de defesa social, em razão da possibilidade de agravamento conjuntural,</p><p>com grande risco à vida e ao patrimônio).</p><p> 2013 – Diretriz da SSP-SP, que disciplina a atuação de suas Instituições (IDENTIFICAR, ACIONAR, CONTER, ISOLAR e</p><p>VERBALIZAR)</p><p>2015 – SILVA, Marco. Primeira Intervenção em Crises. Aborda o conceito e a importância do 1º Interventor</p><p>GRAU DE RISCO</p><p>NÍVEIS DE RESPOSTA</p><p>TIPOS DE INCIDENTES CRÍTICOS</p><p>ESTÁTICOS DINÂMICOS</p><p>• A doutrina de incidentes ESTÁTICOS conhecida,</p><p>principalmente, como ocorrências envolvendo reféns,</p><p>artefatos explosivos e suicidas armados.</p><p> Conter, Isolar Verbalizar e Negociar</p><p>• Já os incidentes policiais DINÂMICOS são aqueles</p><p>eventos cujos impactos não se limitam a um espaço</p><p>geográfico determinado em razão da sua natureza.</p><p>Os atores envolvidos encontram-se em movimento,</p><p>tornando difícil a adoção das medidas iniciais de</p><p>contenção e isolamento, exigindo uma ação imediata da</p><p>primeira força policial interventora, a fim de alcançar a</p><p>cessação dos seus efeitos e, posteriormente, o</p><p>acionamento das demais ações do Estado e de outras</p><p>organizações.</p><p> Quanto mais o tempo passsa, mais mortes!</p><p>FASES DO GC</p><p>REFÉM</p><p>• É a pessoa mantida sob ameaça pelo CEC, em local</p><p>aberto ou confinado, para garantir sua vida e sua</p><p>integridade física ou forçar o cumprimento de suas</p><p>exigências.</p><p>• 2 tipos: TOMADO e SEQUESTRADO.</p><p>•Usada como um ESCUDO ou PASSAPORTE PARA</p><p>LIBERDADE.</p><p>•Geralmente não tem vínculo anterior com o CEC;</p><p>•Visto com objeto de troca.</p><p>• Exigências de bens materiais, concretos em troca (ex.:</p><p>carros e valores).</p><p>• Presença de terceiros que garantam sua integridade</p><p>(ex.: advogado, imprensa, etc).</p><p>OU SEJA, O REFÉM É VISTO COMO ALGO “NEGOCIÁVEL”</p><p>OU “TROCÁVEL”</p><p>VÍTIMA</p><p>• Pessoa ameaçada pelo CEC por questões emocionais;</p><p>• Tem vínculo anterior com o CEC (passional, profissional</p><p>e afetiva);</p><p>• Vínculo simbólico, como casos de facções rivais ou</p><p>grupos terroristas por ideologias divergentes;</p><p>• da ocorrência;</p><p>• Não possuem valor e sim desprezo e ódio pelo CEC;</p><p>• De difícil negociação, pois o CEC possui exigências</p><p>substanciais (sofrimento da vítima);</p><p>• Comum sofrer agressões e torturas no transcorrer da</p><p>ocorrência;</p><p>• A decisão de atender qualquer exigência tem que ser</p><p>muito bem pensada, principalmente a presença de</p><p>parentes.</p><p>OU SEJA, HÁ UM PONTENCIAL RISCO DE MORTE.</p><p>2ºFASE</p><p>RESPOSTA IMEDIATA - PRIMEIRA INTERVENÇÃO</p><p>Conjunto de ações técnicas a ser aplicada pelo agente</p><p>de segurança ou por sua equipe que primeiramente se</p><p>deparou com a ocorrência de crise, conhecidas como</p><p>medidas iniciais de controle e condução da crise, tendo</p><p>por objetivo dar os passos iniciais à operacionalização do</p><p>GC.</p><p> O Primeiro Interventor é o Profissional de Segurança</p><p>Pública que se depara com uma Ocorrência Policial ou de</p><p>Defesa Social de Crise.</p><p>DECRETO Nº 33.782, DE 14 DE AGOSTO DE 2009.</p><p>• Art. 10 - As unidades regulares dos órgãos operativos da</p><p>Secretaria de Defesa Social, Situadas na área onde houver</p><p>sido deflagrada a crise, terão a incumbência de isolar e</p><p>conter completamente o local da ocorrência, adotar</p><p>medidas de RESPOSTA IMEDIATA para que a situação não</p><p>3º FASE</p><p>PLANO ESPECÍFICO E RESOLUÇÃO</p><p>1.Gerente</p><p> Autoridade com poder de tomada de decisão sobre as</p><p>ações PRECISA estar presente no local, pois pode receber</p><p>informações através de contato telefônico, devendo</p><p>tomar as decisões conforme as informações recebidas.</p><p>Nesta fase deverá aplicar o plano traçado junto as</p><p>alternativas táticas e todos que o assessoram. Decidir</p><p>qual o método de resolução deverá ser aplicado,</p><p>conforme os critérios de ações, dentro da seleção de força</p><p>proporcional a ação do CEC.</p><p> Dec. nº 33.782, de 14 de agosto de 2009</p><p>§ 2º - O Gerente de Crises de que trata o Inciso IV do caput</p><p>deste artigo deverá ser, obrigatoriamente, Oficial da</p><p>Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar ou</p><p>Delegado de Polícia Civil, com comprovado conhecimento</p><p>em gerenciamento de crises e habilitado por instituições</p><p>estaduais, nacionais e/ou internacionais.</p><p>§ 3º - O Gerente de Crises de que trata o parágrafo</p><p>anterior estabelecerá o seu Posto de Comando no local</p><p>do evento crítico de onde coordenará todas as ações,</p><p>informando diretamente ao GCRISES as ações adotadas e</p><p>conhecidas do evento.</p><p>Designação do Gerente</p><p> Art. 11. - A designação do Gerente de uma crise de</p><p>acordo com o previsto no Art. 3º deste Decreto atenderá,</p><p>preferencialmente, os seguintes critérios:</p><p>Art.11[...]</p><p>I - nos casos de sequestro, em que o cativeiro é em local</p><p>se agrave e comunicar o fato às autoridades superiores,</p><p>conforme fluxo de informações estabelecido pelo</p><p>GCRISES.</p><p>Critérios de Ação</p><p>Referências norteadoras na tomada de decisão</p><p>(Princípio da Proporcionalidade)</p><p>• Necessidade</p><p>• Validade do risco</p><p>• Aceitabilidade: Legal Moral Ética</p><p>POP GC 03 -2018</p><p>4. SEQUÊNCIA DE AÇÕES DO EFETIVO POLICIAL MILITAR</p><p>(11 PASSOS)</p><p>4.1 Identificar, com as medidas de segurança</p><p>necessárias, se o caso diz respeito ao critério definido</p><p>como ocorrência de crise, em sua modalidade “tomada de</p><p>refém”;</p><p>4.2 Localizar o ponto exato da crise, em seu aspecto</p><p>físico, chamado de ponto crítico e verificar se a crise está</p><p>realmente ocorrendo;</p><p>4.3 Informar e solicitar apoio à Central de Operações</p><p>(COPOM), relatando com detalhes a situação encontrada,</p><p>visando subsidiar este no tocante ao acionamento das</p><p>equipes especializadas da PMPE e do CBMPE, além de</p><p>órgãos externos (Autarquias de trânsito, SAMU,</p><p>Concessionária de energia, dentre outros julgados</p><p>necessários), se for o caso; a depender do transcorrer do</p><p>evento crítico, solicitar a presença de um representante</p><p>da assessoria de comunicação social;</p><p>4.4 Tentar conter a crise no local onde ela se</p><p>estabeleceu, para que não se alastre, mude de local ou</p><p>outras pessoas sejam atingidas;</p><p>4.5 Isolar imediatamente o ponto crítico para que o</p><p>Causador do Evento Crítico (CEC) não mantenha contato</p><p>com terceiros e vice-versa. É importante e necessário</p><p>nesse caso, o apoio de outras Guarnições da área;</p><p>4.6 Estabelecer um contato verbal ou telefônico com o</p><p>CEC, sem fazer qualquer concessão, mesmo que ele exija,</p><p>sempre observando as regras de proteção individual e da</p><p>equipe;</p><p>4.7 Coletar, obrigatoriamente, informações sobre o</p><p>ponto crítico, reféns, CEC, armas e motivações;</p><p>4.8 Procurar ficar sempre em local seguro para manter</p><p>o contato verbal e visual (se for o caso), evitando ser</p><p>surpreendido pelo CEC ou ameaças externas;</p><p>4.9 Adotar medidas necessárias à fluidez do trânsito</p><p>tendo em vista o deslocamento das equipes de resposta e</p><p>apoio;</p><p>desconhecido: integrante do Grupo de Operações</p><p>Especiais - GOE - da Polícia Civil;</p><p>II - nas situações de tomada de reféns em local conhecido</p><p>pelo público, como continuação de outros crimes, bem</p><p>como nas ocorrências terroristas, ressalvada as</p><p>atribuições dos órgãos federais, e nas que envolvam</p><p>artefatos explosivos: integrante do 1ª Companhia</p><p>Independente de Operações Especiais - 1ª CIOE - da</p><p>Polícia Militar; (BOPE)</p><p>III - nas ocorrências de rebelião em unidades prisionais,</p><p>graves distúrbios civis e ocupações ilegais com alto risco</p><p>potencial: integrante do Batalhão de Polícia de Choque -</p><p>BPChoque - da Polícia Militar;</p><p>IV - nas ocorrências de desastres naturais, grandes</p><p>incêndios industriais, vazamentos de produtos perigosos,</p><p>desabamentos de grandes edificações, enchentes,</p><p>acidentes massivos envolvendo transportes marítimos,</p><p>aéreos e ferroviários e deslizamentos de grandes</p><p>proporções: um integrante do Corpo de Bombeiros</p><p>Militar.</p><p>As ações táticas principais de intervenção</p><p>Art. 12. - As ações táticas principais de intervenção no</p><p>ponto crítico obedecerão aos seguintes critérios:</p><p>I - nos casos de sequestro, em que o cativeiro é em local</p><p>desconhecido, ficam a cargo da Polícia Civil - GOE - as</p><p>ações de resgate de reféns;</p><p>II - nas situações de tomada de reféns em local conhecido</p><p>pelo público, com continuação de outros crimes, ficam a</p><p>cargo da Polícia Militar as ações de resgate de reféns, por</p><p>intermédio da 1ª CIOE da Polícia Militar; (BOPE)</p><p>III - nas ações de controle de tumulto, desinterdição de</p><p>vias, reintegração de terra, controle de distúrbio civil,</p><p>caberá ao BPChoque da PMPE;</p><p>IV - nas crises envolvendo suicidas em que o causador</p><p>esteja de posse de arma branca ou de fogo, ficam a cargo</p><p>da 1ª CIOE da Polícia Militar as ações de resgate;(BOPE)</p><p>caso esteja desarmado, o Corpo de Bombeiros Militar</p><p>será o responsável pelas ações táticas de resgate;</p><p>V - nos casos de ocorrências típicas de salvamento e</p><p>combate a incêndio, ficarão a cargo do Corpo de</p><p>Bombeiros Militar todas as ações táticas principais;</p><p>VI - nas ocorrências terroristas, ressalvada as atribuições</p><p>dos órgãos federais, e nas que envolvam artefatos</p><p>explosivos, serão de responsabilidades da 1ª CIOE da</p><p>Polícia Militar (BOPE)</p><p>4.10 Manter terceiros (como imprensa, familiares,</p><p>curiosos, dentre outros) afastados do local, para não</p><p>oferecer dificuldades à ação policial e para resguardar a</p><p>integridade física desses;</p><p>4.11 Repassar o máximo de informações possíveis,</p><p>quando da chegada das Unidades Especializadas, para que</p><p>o gerenciamento da mesma seja favorecido.</p><p>MANTER CONTATO “SEM CONCESSÕES” ≠ NEGOCIAÇÃO</p><p>11 OBSERVAÇÕES</p><p>1. O primeiro passo é se apresentar:</p><p>2. Estabilize e contenha a situação</p><p>• O 1º interventor tem um papel decisivo na estabilização</p><p>da crise;</p><p>• Acalmar o ânimo do CEC (não quer dizer atender suas</p><p>exigências);</p><p>• Mostrar as mãos é uma forma de passar confiança;</p><p>• Sensação psicológica de que o CEC tem o controle da</p><p>situação,(evitar violência);</p><p>• Pergunte o que o levou a essa situação e como se sente;</p><p>• Uso de comunicação não agressiva.</p><p>3. Procure ganhar tempo</p><p>• Um dos objetivos da negociação; • Verbalização longa</p><p>melhor decisão;</p><p>• Evita-se soluções precipitadas;</p><p>• Instalação da Síndrome de Estocolmo;</p><p>• Deixe o CEC falar; - Falar reduz o seu estado de</p><p>ansiedade; - Coleta de Informação e dados; - Estado</p><p>emotivo racional; - Tira o foco do perpetrador e evita</p><p>ações indesejadas.</p><p>4. Não ofereça nada ao transgressor e nem pergunte o</p><p>que ele quer</p><p>• Prejudica a negociação pois o coloca numa situação de</p><p>superioridade;</p><p>• Dá impressão de que as autoridades vão ceder tudo para</p><p>que se resolva a crise. 5. Evite dirigir sua atenção as</p><p>vítimas com muita frequência e não as chame de reféns</p><p>• Isso pode dar o entendimento de que ele não é</p><p>importante e que você só se preocupa em salvar os reféns.</p><p>5. Seja tão honesto quanto possível • Confiança e</p><p>credibilidade;</p><p>• Mentira + Agressividade.</p><p>6. Evite dizer “não” e procure evitar linguagem negativa</p><p>• Nunca responda “não” diretamente;</p><p>• Na dúvida, responda que entendeu e que irá levar ao seu</p><p>comandante.</p><p>7. Nunca estabeleça um prazo final e não aceite um</p><p>8. Não absorva a pressão imposta pelo perpetrador</p><p>GABINETE DO GC CRISES</p><p>Decreto Estadual nº 33.782/09</p><p>• Caso contrário você acabará atendendo as exigências; •</p><p>Dê oportunidade a outra pessoa mais controlada, caso</p><p>não se sinta preparado.</p><p>9. Não envolva não policiais no processo de negociação</p><p>• 3º Na verbalização - ?</p><p>10. REGRA ELEMENTAR</p><p>• NUNCA permita troca de reféns</p><p>11. Quando da chegado do Negociador não abandone de</p><p>imediato o local da crise</p><p>Erros que podem vir a ser cometidos ou evitados:</p><p>• Ficar exposto ao dialogar com o causador da crise;</p><p>• Permitir que civis se envolvam na ocorrência;</p><p>• Deixar de anotar dados importantes;</p><p>• Recusar-se ou criar resistência ao ser substituído pelo</p><p>Negociador;</p><p>Permanecer apontando a arma ou a empunhando;</p><p>• “Síndrome” de Hollywood (herói);</p><p>• Colocar interesses pessoais a frente do profissionalismo;</p><p>• Transformar o diálogo em uma disputa;</p><p>• Usar aparelhos eletrônicos que dificultem a</p><p>comunicação</p><p>• (megafone ou alto-falante);</p><p>• Ter cautela na aproximação do local com a vtr</p><p>AÇÕES DO GERENTE</p><p>1. Estabelecer os postos - PC, PCT e PN;</p><p>2. Proporcionar condições para o trabalho das</p><p>Alternativas Táticas;</p><p>3. Dar ciência da ocorrência e relatar sobre o seu</p><p>andamento periodicamente aos Escalões Superiores;</p><p>4. Divulgar a evolução periodicamente a mídia através de</p><p>um assessor de imprensa designado;</p><p>5. Requisitar o acionamento da Equipe de APH (CBMPE ou</p><p>SAMU);</p><p>6. Reunir periodicamente no PC com o Líderes das</p><p>alternativas táticas para definições;</p><p>7. Acionar a Eq. de Intel.;</p><p>8. Requisitar apoio de outros órgãos e ou profissionais de</p><p>outras áreas, caso necessário (CELPE, Advogado,</p><p>Promotor, Psicólogo);</p><p>9. Implementar medidas de comando e controle;</p><p>10. Planejar com calma e cautela o Protocolo de Rendição,</p><p>devendo todas as equipes estarem ciente do como se dará</p><p>(assessoria da Eq. Neg.);</p><p>11. Estabelecer os perímetros de segurança;</p><p>12. Definir um Cmt. do policiamento da área para ficar</p><p>responsável pelo ISOLAMENTO e orientar sobre como</p><p>fazer e o limite (colocar um integrante do Especializada</p><p>como homem de ligação ao Cmt. do Isolamento);</p><p>13. Estabelecer rede de comunicação;</p><p>PERÍMETROS DO TO NO GC</p><p>Perímetro Interno: delimita o Centro Nevrálgico da</p><p>crise, onde normalmente as Alternativas Táticas se</p><p>encontram.</p><p> Perímetro Externo: delimita a Zona Tampão e a área</p><p>do público externo, ficando os policiais que não estão</p><p>ligados diretamente ao GC, imprensa e curiosos.</p><p>-Zona Tampão: área onde se localiza o PC com o</p><p>Gerente seu Staff, os policiais que assessoram e possíveis</p><p>autoridades</p><p>14. Designar responsáveis por demais missões (ex.:</p><p>filmagem, logística);</p><p>15. Provocar a providência de croquis ou plantas baixas no</p><p>ponto crítico;</p><p>16. Cessar comunicação do CEC com meios externos;</p><p>17. Decidir e aplicar as Alternativas Táticas necessárias a</p><p>resolução;</p><p>18. Definir previamente a(s) Gu(s) que irá(ão) conduzir</p><p>o(s) CEC(s), colocando-a no local mais adequado para o</p><p>embarque (atentar para os casos de APH);</p><p>19. Autorizar a entrada de pessoas no perímetro externo;</p><p>20. Providenciar alimentação e alojamento, caso</p><p>necessário;</p><p>21. Providenciar ensaio para determinada ação tática,</p><p>caso possível;</p><p>22. Definir com o Líderes das alternativas táticas quais</p><p>elementos realizarão determinadas missão em ações;</p><p>23. Providenciar os serviço periciais no local, caso</p><p>necessite;</p><p>24. Desmobilizar os esforços de pessoal e logística</p><p>empenhados, devendo fazer o check de abandono;</p><p>25. Providenciar o preenchimento do BO e demais</p><p>documentos necessários.</p><p>4º FASE</p><p>PÓS-CONFRONTAÇÃO</p><p>1. Realizar o Debriefing na Unidade com todo o efetivo</p><p>participante (do mais moderno ao mais antigo);</p><p>2. Confeccionar o Relatório de Ocorrência de Crise e</p><p>Comunicação do fato.</p><p>3. Estudo de Caso ou Situação (se possível ir novamente</p><p>ao local);</p><p>4. Instruir a restante da tropa sobre o estudo realizado;</p><p>5. Encaminhamento de policiais à apoio psicológico, se</p><p>necessário.</p><p>TIPOS DE CEC</p><p>CARACTERÍSTICAS POR TIPOS DE CEC</p><p>1. CRIMINOSO</p><p>Afastamentos</p><p>dos policiamento</p><p>(refém é o</p><p>escudo);</p><p> Demandas</p><p>realísticas ou</p><p>concretas (carro,</p><p>dinheiro, colete</p><p>2. EMOCIONALMENTE</p><p>PERTURBADO</p><p> Trato difícil,</p><p>comportamento instável;</p><p> Em geral são crises</p><p>demoradas;</p><p> Demandas irreais e/ou</p><p>emocionais;</p><p> Mantendo vítima</p><p>3. MENTALMENTE</p><p>PERTURBADO</p><p>Normalment</p><p>e está barricado</p><p>e armado;</p><p> Dialogo e</p><p>exigências</p><p>desconexas;</p><p>4. SUICIDA</p><p> Evita o diálogo;</p><p>Ameaça se</p><p>matar caso a</p><p>polícia não se</p><p>afaste;</p><p> Pede a</p><p>presença do</p><p>causador do</p><p>5. TERRORISTA</p><p>Pode estar com</p><p>artefato explosivo</p><p>ou arma de fogo de</p><p>alto poder de fogo;</p><p> Alto poder</p><p>destrutivo;</p><p> Desejar chamar</p><p>atenção para alguma</p><p>balístico,</p><p>alimento);</p><p> Presença de</p><p>Advogado e/ou</p><p>Imprensa</p><p>(garantia da</p><p>integridade</p><p>física);</p><p> Não retorno a</p><p>prisão;</p><p> Possibilidades</p><p>de instalação da</p><p>Síndrome de</p><p>Estocolmo e de</p><p>Londres (caso</p><p>haja mais de</p><p>1CEC).</p><p> Tipos de</p><p>ocorrência de</p><p>crise: Roubo</p><p>Frustrado vira</p><p>TR; Extorsão</p><p>Mediante</p><p>Sequestro;</p><p>Elemento</p><p>Barricado</p><p>evitando ser</p><p>preso.</p><p> Pessoas com ligação</p><p>afetiva ou emocional;</p><p>Quer trazer dor a quem</p><p>causa a sua dor;</p><p>Pode pedir a presença</p><p>de familiar (MÃE!);</p><p>Quer cumprir um plano</p><p>superior (doente mental);</p><p>Risco de suicídio.</p><p>Ganhar</p><p>tempo para</p><p>cansar o CEC;</p><p>Provável</p><p>Negociação</p><p>Tática;</p><p>Gerente deve</p><p>prepara o uso</p><p>de IMPO (arma</p><p>branca);</p><p> Uso da força</p><p>letal em caso</p><p>de ameaça</p><p>iminente a</p><p>terceiros.</p><p> Mental.</p><p>perturbado</p><p>mantendo</p><p>refém</p><p>Sob efeito de</p><p>drogas e</p><p>encontra-se</p><p>fora da</p><p>realidade.</p><p>sofrimento para</p><p>culpar pelo ato</p><p>(ex.: Esposa);</p><p> Pede a</p><p>presença da MÃE</p><p>ou outro familiar</p><p>(despedida);</p><p> Cuidado com</p><p>ações que</p><p>precipitem o</p><p>suicídio do CEC</p><p>(vencer pelo</p><p>cansaço).</p><p>“Suicide by cop”</p><p>causa ou age contra</p><p>outro grupo rival;</p><p> Pode haver reféns</p><p>ou não;</p><p> Cautela com a</p><p>distância de</p><p>segurança e</p><p>perímetro;</p><p> Exigências</p><p>normalmente</p><p>inviáveis (libertação</p><p>de presos);</p><p>Todas as</p><p>informações sobre o</p><p>grupo ou individuo,</p><p>devem ser</p><p>rapidamente</p><p>repassadas;</p><p>O uso de</p><p>alternativa tática</p><p>com força letal deve</p><p>estar urgentemente</p><p>em condições de</p><p>uso.</p><p>ALTERNATIVAS TÁTICAS DO GC</p><p>1- NEGOCIAÇÃO 2 – TÉCNICAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO</p><p>1.Conceito</p><p>“Um conjunto de técnicas que utiliza a barganha, a</p><p>persuasão, a influência e o poder de convencimento</p><p>como ferramentas para a resolução da crise”. (Silva,</p><p>2016).</p><p>2.Equipe de Negociação</p><p>(líder + N Principal + N secundário + Anotador +</p><p>Prof. Saúde mental)</p><p>Gerente Crise x Negociador</p><p>3.Tipos de NE</p><p>Real / Técnica Tática</p><p>É o processo de</p><p>convencimento de</p><p>rendição dos</p><p>criminosos por meios</p><p>pacíficos, trabalhando a</p><p>equipe de negociação</p><p>É o processo de coleta</p><p>e análise de</p><p>informações para</p><p>suprir as demais</p><p>alternativas táticas,</p><p>caso sejam necessários</p><p>com técnicas de</p><p>psicologia, barganha ou</p><p>atendimento de</p><p>reinvindicações</p><p>razoáveis.</p><p>os seus empregos, ou</p><p>mesmo para preparar o</p><p>ambiente, reféns e</p><p>criminosos para este</p><p>emprego.</p><p>O que é Negociável ?</p><p>3- TIRO DE COMPROMETIMENTO 4- ASSALTO TÁTICO</p><p>Sniper policial</p><p>Recurso especial que é empregado em conjunto com</p><p>os demais integrantes do grupo tático, o atirador de</p><p>precisão é parte integrante do leque de opções</p><p>existentes como alternativas táticas para solucionar</p><p>uma crise. Atuam sempre respeitando o</p><p>ordenamento jurídico vigente e observando os</p><p>princípios da legalidade, proporcionalidade,</p><p>razoabilidade e necessidade. Os seus alvos precisam</p><p>ser identificados positivamente e, caso o disparo</p><p>possa ultrapassar qualquer limite legal, expor a risco</p><p>terceiros ou haja o mínimo de dúvida da identificação</p><p>do alvo, ele não acontecerá</p><p> Atribuições:</p><p>- Levantamento prévio de informações relevantes.</p><p>-Transmissão de inteligência em tempo real para o</p><p>gerente da crise ou comandante da patrulha.</p><p>-Tiro de comprometimento e o disparo de inibição</p><p>reativa do oponente quando identificada uma</p><p>ameaça atentando ou prestes a atentar contra vidas</p><p>humanas</p><p>Todas as suas ações e atribuições são lastreadas</p><p>pelos três pilares que sustentam o seu emprego.</p><p> Observar: capacidade de captar informação no</p><p>ambiente que ocorre a operação policial complexa e</p><p>transmitir a inteligência gerada em tempo real para</p><p>quem é de interesse</p><p> Proteger: oferecer segurança a todos envolvidos</p><p>na operação policial complexa, seus pares,</p><p>moradores, transeuntes e oponentes.</p><p> Neutralizar: quando se fizer necessário, ser capaz</p><p>de neutralizar uma real e iminente ameaça após ser</p><p>absolutamente identificada</p><p>.</p><p>ASPECTOS JURÍDICOS SOBRE OCORRÊNCIAS DE ALTO RISCO</p><p>§ 1º Considera-se crise todo incidente ou situação crucial</p><p>não rotineira, que exija uma resposta especial dos</p><p>órgãos operativos de defesa social, em razão da</p><p>possibilidade de agravamento conjuntural, com grande</p><p>risco à vida e ao patrimônio, tais como:</p><p>I - motins em presídios;</p><p>II - assaltos com reféns;</p><p>III - sequestros;</p><p>IV- atos de terrorismo e/ou ocorrências envolvendo</p><p>bombas e explosivos;</p><p>V - grave distúrbio civil;</p><p>VI - ocupação ilegal de terra;</p><p>VII - bloqueio de estradas;</p><p>VIII - enchentes; IX - desabamentos de grandes</p><p>estruturas; X - graves vazamentos de produtos</p><p>perigosos; XI - grandes deslizamentos de encostas; XII -</p><p>acidentes massivos envolvendo transporte aéreo e</p><p>ferroviário; XIII - grandes incêndios; e XIV - outros</p><p>desastres naturais e tecnológicos.</p><p>Art. 2º O Gabinete de Gerenciamento de Crises -</p><p>GCRISES será composto pelos seguintes membros:</p><p>I - Secretário de Defesa Social, que o presidirá;</p><p>II - Secretário Especial da Casa Militar;</p><p>III - Secretário Executivo de Defesa Social;</p><p>IV - Secretário Executivo de Ressocialização da</p><p>Secretaria de Desenvolvimento Social;</p><p>V - Comandante Geral da Polícia Militar;</p><p>VI - Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar;</p><p>VII - Chefe Geral de Polícia Civil;</p><p>VIII - Secretário Executivo de Gestão Integrada da</p><p>Secretaria de Defesa Social;</p><p>IX - Coordenador do Centro Integrado de Inteligência de</p><p>Defesa Social;</p><p>X - Gerente Geral de Polícia Científica.</p><p>Art. 3º São atribuições do Gabinete de Gerenciamento</p><p>de Crises - GCRISES:</p><p>I - assessorar o Governador do Estado em assuntos</p><p>relacionados a eventos críticos;</p><p>II - aplicar as medidas necessárias para a resolução de</p><p>crise específica;</p><p>III - manter equipes de Assessoramento Especializado -</p><p>jurídica, psicológica, de inteligência, de comunicação</p><p>social e de resposta especializada - para atuarem,</p><p>quando necessário, no evento de acordo com as</p><p>necessidades conjunturais;</p><p>IV - designar, por portaria do seu Presidente, um Gerente</p><p>de Crises para atuar no local da ocorrência,</p><p>transmitindo-lhe as orientações e decisões do GCRISES,</p><p>de forma a subsidiar os trabalhos de resposta ao evento</p><p>crítico;</p><p>V - designar, por portaria do seu Presidente, um porta-</p><p>voz que deverá prestar, aos veículos de comunicação,</p><p>informações sobre a crise e seu gerenciamento,</p><p>conforme as diretrizes traçadas pela Gerência da Crise;</p><p>VI - supervisionar a execução das ações e assegurar ao</p><p>Gerente de Crises todos os recursos necessários para a</p><p>solução da crise;</p><p>VII - propor à Gerência Geral de Articulação e Integração</p><p>Institucional e Comunitária da Secretaria de Defesa</p><p>Social a especialização de policiais civis e militares e</p><p>§ 2º O Gerente de Crises de que trata o inciso IV do</p><p>caput deste artigo deverá ser, obrigatoriamente, Oficial</p><p>da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar ou</p><p>Delegado de Polícia Civil, com comprovado</p><p>conhecimento em gerenciamento de crises e habilitado</p><p>por instituições estaduais, nacionais e/ou</p><p>internacionais.</p><p>§ 3º O Gerente de Crises de que trata o parágrafo</p><p>anterior estabelecerá o seu Posto de Comando no local</p><p>do evento crítico de onde coordenará todas as ações,</p><p>informando diretamente ao GCRISES as ações adotadas</p><p>e conhecidas do evento.</p><p>Art. 4º O Gabinete de Gerenciamento de Crises -</p><p>GCRISES - será ativado:</p><p>I - Ordinariamente, com reunião interna trimestral;</p><p>II - Extraordinariamente, por convocação do seu</p><p>Presidente, no surgimento ou na previsão de situações</p><p>de crises, bem como para promover a criação de</p><p>situações de crises fictícias a título de treinamento e/ou</p><p>avaliação técnica do Sistema.</p><p>militares bombeiros nas áreas afetas ao gerenciamento</p><p>de crises;</p><p>VIII - propor à Secretaria Executiva de Gestão Integrada</p><p>da Secretaria de Defesa Social a aquisição dos</p><p>equipamentos específicos necessários à resolução de</p><p>uma crise;</p><p>IX - exigir, de todos os componentes das equipes</p><p>envolvidas, o fiel cumprimento das normas,</p><p>considerando-se a ordem axiológica de preservação de</p><p>vidas, do patrimônio e de aplicações das leis;</p><p>X - designar, por portaria do seu Presidente, uma equipe,</p><p>com o seu Coordenador respectivo, para realização dos</p><p>feitos administrativos das ações do GCRISES</p><p>Art. 10 As unidades regulares dos órgãos operativos da</p><p>Secretaria de Defesa Social, situadas na área onde</p><p>houver sido deflagrada a crise, terão a incumbência de</p><p>isolar e conter completamente o local da ocorrência,</p><p>adotar medidas de resposta imediata para que a</p><p>situação não se agrave e comunicar o fato às</p><p>autoridades superiores, conforme fluxo de informações</p><p>estabelecido pelo GCRISES.</p><p>Art. 11. A designação do Gerente de uma crise de</p><p>acordo com o previsto no art. 3º deste Decreto</p><p>atenderá, preferencialmente, os seguintes critérios:</p><p>I - nos casos de sequestro, em que o cativeiro é em</p><p>local desconhecido: integrante do Grupo de Operações</p><p>Especiais - GOE - da Polícia Civil;</p><p>II - nas situações de tomada de reféns em local</p><p>conhecido pelo público, como continuação de outros</p><p>crimes, bem como nas ocorrências terroristas,</p><p>ressalvada as atribuições dos órgãos federais, e nas que</p><p>envolvam artefatos explosivos: integrante da 1ª</p><p>Companhia Independente de Operações Especiais - 1ª</p><p>CIOE - da Polícia Militar;</p><p>III - nas ocorrências de rebelião em unidades prisionais,</p><p>graves distúrbios civis e ocupações ilegais com alto risco</p><p>potencial: integrante do Batalhão de Polícia de Choque</p><p>- BPChoque - da Polícia Militar;</p><p>IV - nas ocorrências de desastres naturais, grandes</p><p>incêndios industriais, vazamentos de produtos</p><p>perigosos, desabamentos de grandes edificações,</p><p>enchentes, acidentes massivos envolvendo transportes</p><p>marítimos, aéreos e ferroviários e deslizamentos de</p><p>grandes proporções: um integrante do Corpo de</p><p>Bombeiros Militar.</p><p>Art. 12. As ações táticas principais de intervenção no</p><p>ponto crítico obedecerão aos seguintes critérios:</p><p>I - nos casos de sequestro, em que o cativeiro é em local</p><p>desconhecido, ficam a cargo da Polícia Civil - GOE - as</p><p>ações de resgate de reféns;</p><p>II - nas situações de tomada de reféns em local</p><p>conhecido pelo público, com continuação de outros</p><p>crimes, ficam a cargo da Polícia Militar as ações de</p><p>resgate de reféns, por intermédio da 1ª CIOE da Polícia</p><p>Militar;</p><p>III - nas ações de controle de tumulto, desinterdição de</p><p>vias, reintegração de terra, controle de distúrbio civil,</p><p>caberá ao BPChoque da PMPE;</p><p>IV - nas crises envolvendo suicidas em que o causador</p><p>esteja de posse de arma branca ou de fogo, ficam a cargo</p><p>da 1ª CIOE da Polícia Militar as ações de resgate; caso</p><p>Art. 14. O GCRISES manterá estreita ligação com os</p><p>Centros de Operações dos Órgãos de Defesa Social e</p><p>com outros órgãos e entidades do Governo Federal,</p><p>Municipais, bem como de outros Estados e da iniciativa</p><p>privada, principalmente para efeito de intercâmbio</p><p>técnico.</p><p>esteja desarmado, o Corpo de Bombeiros Militar será o</p><p>responsável pelas ações táticas de resgate;</p><p>V - nos casos de ocorrências típicas de salvamento e</p><p>combate a incêndio, ficarão a cargo do Corpo de</p><p>Bombeiros Militar todas as ações táticas principais;</p><p>VI - nas ocorrências terroristas, ressalvada as atribuições</p><p>dos órgãos federais, e nas que envolvam artefatos</p><p>explosivos, serão de responsabilidade da 1ª CIOE da</p><p>Polícia Militar</p><p>EXCLUDENTE DE ILICITUDE</p><p>Legítima Defesa:</p><p>● Código Penal Brasileiro (Artigo 25): "Entende-se em</p><p>legítima defesa quem, usando moderadamente dos</p><p>meios necessários, repele injusta agressão, atual ou</p><p>iminente, a direito seu ou de outrem."</p><p>2. Requisitos: Para que uma ação seja considerada</p><p>legítima defesa, alguns requisitos devem ser cumpridos:</p><p>● Agressão injusta e atual: Deve existir uma agressão</p><p>injusta e em andamento, ou iminente, que ameace a vida</p><p>ou a integridade física do agente ou de terceiros.</p><p>● Necessidade de defesa: A ação de autodefesa deve ser</p><p>necessária para repelir a ameaça. Se houver alternativas</p><p>razoáveis para evitar o conflito, a legítima defesa pode</p><p>não ser aplicada.</p><p>● Proporcionalidade: A resposta deve ser proporcional à</p><p>ameaça. Isso significa que a reação não deve ser</p><p>excessiva em relação à agressão sofrida.</p><p>3. Meios Moderados e Necessários: A pessoa que age</p><p>em legítima defesa deve usar meios moderados e</p><p>necessários para repelir a agressão. Isso implica que a</p><p>resposta deve ser a mínima exigida para se proteger ou</p><p>proteger os outros.</p><p>4. Subjetividade do Perigo: A avaliação da legítima</p><p>defesa considera o ponto de vista do agente no</p><p>momento da ação, levando em consideração o que ele</p><p>acreditava ser a situação.</p><p>5. Terceiros: A legítima defesa não se limita apenas à</p><p>autodefesa. Ela também pode ser aplicada quando</p><p>alguém age para proteger terceiros em perigo iminente.</p><p>6. Julgamento Posterior: A análise da legítima defesa</p><p>muitas vezes ocorre após o evento. A pessoa que agiu</p><p>em legítima defesa pode ter que provar, perante as</p><p>autoridades judiciais, que sua ação estava dentro dos</p><p>critérios legais estabelecidos.</p><p>COMUNICAÇÃO SOCIAL EM OCORRÊNCIAS DE ALTO</p><p>RISCO NO ÂMBITO DA PMPE.</p><p>10. 2. Aspectos Importantes na Gestão de Crise de</p><p>Comunicação</p><p>I - Fale!! O Silêncio Não é Uma Opção - Um comunicado</p><p>deve ser enviado à imprensa mesmo que a mensagem</p><p>seja “estamos apurando o ocorrido, em breve iremos</p><p>nos manifestar de forma mais pertinente”.</p><p>II - Seja Rápido - Posicionar-se rapidamente evita</p><p>especulações e o aumento da repercussão negativa. O</p><p>posicionamento deve ser criterioso, mas ainda assim</p><p>urgente.</p><p>III - Unificar Discurso / Quem Fala na Crise - É preciso</p><p>nomear o “PORTA VOZ DA CRISE". Assuntos polêmicos</p><p>devem ser conduzidos com discursos coordenados.</p><p>IV - Reconheça a Crise e Jamais Minta - Quem assume a</p><p>responsabilidade pelo ocorrido tende a ser melhor</p><p>percebido pelo público. É na crise que os princípios</p><p>éticos da corporação se sobressaem ou, pelo contrário,</p><p>capitulam ante a pressão do público e da mídia.</p><p>V - Apresente Justificativas e Argumentos - Com o fato</p><p>identificado e analisado, explique o ocorrido sob a</p><p>PERSPECTIVA DA CORPORAÇÃO. Neste posicionamento,</p><p>apresente provas que endossam a preocupação da</p><p>instituição em resolver o PROBLEMA.</p><p>VI -Sempre Pronto para Atender a Imprensa - Em uma</p><p>situação de crise, a mídia se manifesta como o principal</p><p>agente de credibilidade ou destruição da imagem.</p><p>VII - ATENÇÃO! “Decreto Nº 33.782, de 14 DE AGOSTO</p><p>DE 2009 Institui o Gabinete de Gerenciamento de Crises</p><p>– GCRISES, no âmbito da Secretaria de Defesa Social do</p><p>Estado, e dá outras providências.</p><p>Art. 3º - São atribuições do Gabinete de Gerenciamento</p><p>de Crises - GCRISES:</p><p>II – designar, por portaria do seu Presidente, um porta-</p><p>voz que deverá prestar, aos veículos de comunicação,</p><p>informações sobre a crise e seu gerenciamento,</p><p>conforme as diretrizes traçadas pela Gerência da Crise;</p><p>7. Uso de Força Letal: O uso de força letal em legítima</p><p>defesa é permitido apenas em situações extremas em</p><p>que a vida esteja realmente em perigo. O agente deve</p><p>fazer tudo ao seu alcance para evitar a morte,</p><p>recorrendo à força letal somente quando não houver</p><p>outras opções.</p><p>8. Interpretação Judicial: A aplicação da legítima defesa</p><p>muitas vezes depende da interpretação judicial das</p><p>circunstâncias específicas do caso. Os tribunais avaliam</p><p>se os requisitos foram atendidos e se a ação estava de</p><p>acordo com a situação.</p><p>§ 4º - Somente o Porta-voz de que trata o Inciso V do</p><p>caput deste artigo estará autorizado a se manifestar a</p><p>respeito da crise e das atividades de gerenciamento”</p><p>Estado de Necessidade:</p><p>● Código Penal Brasileiro (Artigo 24): "Considera-se em</p><p>estado de necessidade quem pratica o fato para salvar</p><p>de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem</p><p>podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,</p><p>cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável</p><p>exigir-se.</p><p>Estrito Cumprimento do Dever Legal:</p><p>● Código Penal Brasileiro (Artigo 23): "Não há crime</p><p>quando o agente pratica o fato: I - em estado de</p><p>necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito</p><p>cumprimento de dever legal ou no exercício regular de</p><p>direito."</p><p>CRIMES OMISSIVOS</p><p>2. Tipos de Crimes Omissivos: Os crimes omissivos</p><p>podem ser subdivididos em duas categorias principais:</p><p>● Omissão própria: O agente tinha o dever jurídico de</p><p>agir para evitar um resultado proibido por lei. Por</p><p>exemplo, o dever de cuidado de um pai para com seu</p><p>filho.</p><p>● Omissão imprópria ou comissiva por omissão: Nesse</p><p>caso, o agente não apenas</p><p>tinha o dever de agir para</p><p>evitar o resultado, mas também contribuiu, de alguma</p><p>forma, para a situação que exige a ação. Isso pode</p><p>ocorrer quando alguém coloca outra pessoa em perigo e</p><p>depois não age para evitar o dano.</p><p>4. Falta de Socorro e Omissões de Socorro: Um exemplo</p><p>clássico de crime omissivo é a não prestação de socorro</p><p>quando alguém se depara com uma pessoa em perigo. A</p><p>omissão de socorro é um crime em que a pessoa poderia</p><p>ter agido para salvar a vida ou evitar lesões de outra</p><p>pessoa, mas não o fez.</p><p>5. Prova da Omissão: Provar a omissão é mais complexo</p><p>do que provar uma ação, pois é necessário demonstrar</p><p>que o agente tinha o dever de agir e que a omissão foi</p><p>voluntária.</p><p>3. Dever de Garantia:</p><p>Uma pessoa pode ter um dever de garantia devido a</p><p>uma relação especial, como pai e filho, médico e</p><p>paciente, ou guardião e tutelado. Nessas situações, a</p><p>omissão pode ser considerada criminosa se a pessoa não</p><p>cumprir seu dever de proteger a outra parte.</p><p>SUICÍDIO E ART. 122 DO CÓDIGO PENAL</p><p>O artigo 122 do Código Penal prevê pena para quem</p><p>induz, instiga ou ajuda alguém a se suicidar.</p><p>Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a</p><p>automutilação</p><p>6. Exclusão de Causa: A omissão só pode ser considerada</p><p>criminosa se for a causa adequada do resultado. Se</p><p>outras circunstâncias forem a causa predominante, a</p><p>omissão pode não ser atribuída como causa do</p><p>resultado.</p><p>7. Exercício Regular de Direito: O exercício regular de</p><p>direito pode ser uma defesa contra crimes omissivos,</p><p>desde que a omissão esteja dentro dos limites do direito</p><p>e do dever legal. Os crimes omissivos são complexos</p><p>devido à necessidade de avaliar as circunstâncias, o</p><p>dever legal e a relação entre a omissão e o resultado</p><p>REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>A requisição administrativa é um instrumento pelo qual</p><p>o Estado utiliza temporariamente bens privados para</p><p>atender a necessidades públicas urgentes e relevantes,</p><p>sem a necessidade de desapropriá-los</p><p>permanentemente. Trata-se de uma medida de</p><p>intervenção que equilibra o interesse público com os</p><p>direitos dos proprietários privados</p><p> Constituição Federal: A Constituição Federal de 1988,</p><p>em seu artigo 5º, inciso XXV, estabelece o direito à</p><p>indenização por desapropriação ou por requisição</p><p>administrativa. Além disso, o artigo 22 atribui</p><p>competência privativa à União para legislar sobre</p><p>requisitos de bens públicos.</p><p> Código Penal - Artigo 323: O Código Penal Brasileiro</p><p>prevê, em seu artigo 323, que se aplica pena de detenção</p><p>de um a três meses ou multa a quem se negar a cumprir</p><p>requisição de autoridade competente, desde que seja</p><p>motivada e legítima.</p><p>ASPECTOS LEGAIS SOBRE O USO DO TIRO DE PRECISÃO</p><p>1. Legalidade da Atuação: A atuação de snipers em</p><p>ocorrências com reféns geralmente é considerada</p><p>legítima quando se enquadra em princípios legais de uso</p><p>de força proporcional e de proteção à vida. Os snipers</p><p>são usados para neutralizar ameaças iminentes e graves</p><p>que podem resultar em morte ou lesões graves a reféns</p><p>ou a equipes de aplicação da lei.</p><p>5. Proteção dos Reféns: A segurança e a proteção dos</p><p>reféns são prioridades máximas. A atuação dos snipers</p><p>deve ser projetada para minimizar o risco para os reféns</p><p>e para garantir que suas vidas sejam preservadas.</p><p>Lei 13.060/2014 - USO DA FORÇA POLICIAL</p><p>Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão priorizar</p><p>a utilização dos instrumentos de menor potencial</p><p>ofensivo, desde que o seu uso não coloque em risco a</p><p>integridade física ou psíquica dos policiais, e deverão</p><p>obedecer aos seguintes princípios:</p><p>I - legalidade;</p><p>II - necessidade;</p><p>III - razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de fogo:</p><p>I - contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que</p><p>não represente risco imediato de morte ou de lesão aos</p><p>agentes de segurança pública ou a terceiros;</p><p>e II - contra veículo que desrespeite bloqueio policial em</p><p>via pública, exceto quando o ato represente risco de</p><p>morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a</p><p>terceiros.</p>