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<p>1</p><p>150</p><p>AULA 00: ANTIGUIDADE</p><p>ENEM</p><p>Exasiu</p><p>Exasiu</p><p>EXTENSIVO</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>AULA 16</p><p>estretegiavestibulares.com.br</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>2</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Sumário</p><p>Introdução ...................................................................................................................... 3</p><p>1. Primeira Guerra Mundial ....................................................................................... 5</p><p>1.1 – Antecedentes ........................................................................................................... 6</p><p>1.2 – Início da Grande Guerra, estopim! ......................................................................... 11</p><p>1.3 – O Desenrolar do Conflito ....................................................................................... 14</p><p>1.4 – A Guerra fora das frentes de combate .................................................................. 17</p><p>1.5 – O Desfecho da Grande Guerra .............................................................................. 17</p><p>1.6 – Os Tratados de Paz ................................................................................................ 18</p><p>1.6.1 - Conferência de Paz de Versalhes ................................................................................ 19</p><p>1.6.2 – Outros acordos ................................................................................................... 20</p><p>2. Consequências da 1ª Guerra Mundial .............................................................. 23</p><p>3. A Revolução Russa ................................................................................................ 27</p><p>3.1 – Antecedentes ......................................................................................................... 27</p><p>3.2 – Do fim do czarismo à ascensão dos Bolcheviques ................................................. 28</p><p>4. Lista de Questões .................................................................................................. 36</p><p>5. Gabarito ................................................................................................................... 69</p><p>6. Questões comentadas ......................................................................................... 70</p><p>7. Considerações Finais .......................................................................................... 150</p><p>Profe Ale Lopes</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>3</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Queridas e Queridos Alunos,</p><p>Sejam bem-vindos e bem-vindas a mais uma aula. É sempre um grande prazer compartilhar</p><p>com vocês nosso trabalho e participar dessa batalha dura e constante na luta pela conquista da</p><p>sua vaga na Universidade.</p><p>Esta é a quarta aula que trata sobre um longo processo que transformou a Europa, colocou</p><p>fim ao Absolutismo e ao Mercantilismo e impulsionou a formação do mundo Capitalista. Os</p><p>assuntos são: 1ª Guerra Mundial e Revolução Russa.</p><p>Não me canso de afirmar: para você toda questão de história é imperdível! Você precisa</p><p>estar preparado para TUDO! Não esquece: “o segrego do sucesso é a constância no objetivo”.</p><p>Vamos seguir juntos!</p><p>Se você tiver dúvidas, utilize o Fórum de Dúvidas! Eu vou te responder bem rapidinho. Ah,</p><p>não tem pergunta boba, Ok? Vamos começar? Já sabe: pega seu café e sua ampulheta. Bora!!</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Queridos alunos, chegamos às primeiras décadas do Século XX – aliás, das tensas e</p><p>conturbadas décadas desse novo século.</p><p>Até aqui, estudamos a formação do mundo capitalista como resultante do processo que o</p><p>professor Eric Hobsbawn chamou de “O longo século XIX” formado por 3 Eras: das Revoluções,</p><p>do Capital e dos Impérios. Lembra-se?</p><p>XIX XX</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>4</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Como parte desse “longo século XIX”, as ideias positivistas, as crenças no cientificismo e</p><p>no progresso infinitos conquistados por meio da técnica também marcaram a mentalidade cultural</p><p>daquele tempo. As diferenças entre os povos eram interpretadas por meio das teses racialista e</p><p>evolucionista do darwinismo social, que tinham no modelo europeu o ponto de chegada das raças</p><p>civilizadas.</p><p>Contudo, enquanto se embriagavam dessas</p><p>crenças – em exposições, vernissages, festas, rituais e</p><p>comemorações-, processava-se na vida real uma tensão</p><p>econômica e belicista, a qual era percebida por artistas</p><p>mais sensíveis.</p><p>O pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944)</p><p>criou uma das obras mais significativas e que influenciou</p><p>o movimento artístico chamado expressionismo. Este</p><p>movimento expressava preocupações com as emoções</p><p>e angústias que caracterizavam o homeme médio</p><p>daquele momento histórico.</p><p>Com efeito, diante da tensão, dos conflitos, das</p><p>incertezas políticas e do avanço belicista, um frágil e</p><p>instável equilíbrio europeu contituiu o cenário no qual</p><p>surgiu, entre a chamada Vanguarda Europeia, uma arte</p><p>crítica que questionava o tal sentido da civilização europeia contemporânea.</p><p>Além do expressionismo, o dadaísmo e o surrealismo nos ajudam a perceber outras</p><p>emoções e interpretações que não são mais aquelas entusiasmadas manifestações de rogojizo</p><p>com a razão e a ciência.</p><p>A 1ª Guerra Mundial, por sua vez, expressou as contradições das experiências e das</p><p>conquistas do longo século XIX, iniciadas com a icônica defesa da Liberdade, Igualdade e</p><p>Fraternidade, mas que terminou sob a lógica da guerra imóvel e indecente das trincheiras.</p><p>O</p><p>g</p><p>rit</p><p>o</p><p>(1</p><p>89</p><p>3)</p><p>, E</p><p>dv</p><p>ar</p><p>d</p><p>M</p><p>un</p><p>ch</p><p>. G</p><p>al</p><p>er</p><p>ia</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l,</p><p>O</p><p>slo</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>5</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Soldados ingleses nas trincheiras. 1915. 1a. Guerra Mundial</p><p>1. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL</p><p>A 1ª Guerra Mundial foi conhecida, até 1939, como A Grande Guerra. Quando Hitler invadiu</p><p>a Polônia e deu início a 2ª Guerra Mundial, esta passou a ser maior. Grande porque envolveu as</p><p>principais potencias mundiais da época em diversos territórios, em dois sistemas de alianças a lutar</p><p>em trincheiras diferentes.</p><p>A</p><p>lib</p><p>er</p><p>da</p><p>de</p><p>gu</p><p>ia</p><p>nd</p><p>o</p><p>o</p><p>po</p><p>vo</p><p>(1</p><p>83</p><p>1)</p><p>Eu</p><p>ge</p><p>ne</p><p>D</p><p>el</p><p>ac</p><p>ro</p><p>ix</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>6</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Com certeza, ela foi a resultante do desenrolar dos acontecimentos do século XIX. Como</p><p>saldo, deixou aos sobreviventes: fome, mutilação, crises humanitárias e econômicas e a missão de</p><p>reconstruir as relações internacionais sob outras perspectivas.</p><p>Para entender essa experiência inaugural do século XX vamos dividir o processo em 3</p><p>blocos:</p><p>1.1 – ANTECEDENTES</p><p>A primeira coisa que você deve ter em mente é que o clima do final do Século XIX e início</p><p>do Século XX era belicoso, ou seja, muita tensão com características de enfrentamento militar. Os</p><p>historiadores especialistas nesse período levantam diferentes pontos para explicar esse clima.</p><p>Vejamos os elementos estruturais:</p><p>Antecedentes</p><p>Desenrolar</p><p>Consequências</p><p>ANTECEDENTES</p><p>Estruturais</p><p>Rivalidade</p><p>entre</p><p>potências</p><p>Nacionalismo</p><p>Pan-Eslavismo</p><p>Pan germanismo</p><p>Revanchismo</p><p>francês</p><p>Sistema de</p><p>alianças</p><p>Tríplice Entente</p><p>Tríplice Aliança</p><p>Conjunturais</p><p>Crise do</p><p>Marrocos</p><p>(1915-1911)</p><p>Crise dos</p><p>Balcãs</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>7</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Rivalidade entre as potências.</p><p>Vimos que a chamada Era dos Impérios ou Neocolonialismo foi caracterizada por uma busca</p><p>incessante por novas áreas econômicas – era a corrida imperialista, lembram-se? Essa corrida</p><p>imperialista significou uma corrida</p><p>dos exércitos nacionais.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>Les Demoiselles d’Avignon, pintura de Pablo Picasso, 1907. The Metropolitan Museum of</p><p>Art, Nova York.</p><p>A concepção cubismo enquanto movimento artístico teve elementos tais quais</p><p>a) a fragmentação geométrica e o diálogo com a arte africana.</p><p>b) a harmonia e o equilíbrio entre as formas.</p><p>c) utilização de formas figurativas e descritivas acessíveis à população.</p><p>d) formas sinuosas e exuberantes, além da busca pela representação do movimento.</p><p>e) composições marcadas pela intensidade passional e dramática.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>“A guerra atual é, por parte de ambos os grupos de potências beligerantes, uma guerra (...)</p><p>conduzida pelos capitalistas pela partilha das vantagens que provêm do domínio sobre o</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>38</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>mundo, pelos mercadores do capital financeiro (bancário), pela submissão dos povos fracos</p><p>etc.”.</p><p>“Resolução sobre a Guerra”, publicada no jornal Pravda, abril de 1917.</p><p>A relação entre industrialização e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) está associada</p><p>a) a revolução socialista deflagrada na Rússia, em 1905.</p><p>b) ao surgimento do nazismo na Alemanha e ao chamado “revanchismo alemão”.</p><p>c) à desagregação do Império Turco-Otomano, em consequência da Crise do Marrocos.</p><p>d) à execução do rei Luís XVI, na França, durante a Primavera dos Povos de 1848.</p><p>e) à corrida imperialista e à intensificação do nacionalismo entre os europeus.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>“Para os socialistas da segunda metade do século XIX (...) a Revolução Francesa é portadora</p><p>de uma esperança que tem um nome, mas não possui ainda um rosto. Tudo muda com 1917.</p><p>A partir de então a Revolução Socialista possui um rosto: a Revolução Francesa deixa de ser</p><p>a matriz a partir da qual pode e deve elaborar-se uma outra revolução libertadora”.</p><p>FURET, F. Ensaios sobre a Revolução Francesa, Lisboa: A Regra do Jogo, 1978, p. 138.</p><p>É possível estabelecer uma relação entre revoluções francesa e russa, pois</p><p>a) a primeira delas foi inspiradora da segunda, mas a Francesa teve caráter burguês e a Russa</p><p>aristocrático.</p><p>b) as duas revoluções manifestaram caráter exclusivamente político, sendo ambas portadoras</p><p>de propostas liberais e socialistas.</p><p>c) a primeira delas foi inspiradora da segunda, mas a Francesa foi dirigida pelos sans-cullotes</p><p>e a Russa pelos bolcheviques.</p><p>d) as duas revoluções contiveram, em seu interior, variadas propostas e revelaram, ao final,</p><p>a vitória de projetos socialmente transformadores.</p><p>e) a primeira delas foi inspiradora da segunda, mas a Francesa teve efeitos apenas nacionais</p><p>e a Russa expandiu-se para além de suas fronteiras.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2022/Profe Alê Lopes)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>39</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Prisão de Gavrilo Princip, 1914. Disponível em http://glo.bo/1plyfON</p><p>Tanque de guerra Mark I, 1916. Disponível em https://www.dw.com/pt-br/1916-primeiro-</p><p>tanque-de-guerra-em-a%C3%A7%C3%A3o/a-319497</p><p>As fotos acima foram produzidas para documentar eventos da Primeira Guerra Mundial.</p><p>Referem-se, respectivamente,</p><p>a) à revolta do general Francisco Franco contra o governo republicano da Espanha e à</p><p>ofensiva japonesa à base norte-americana Pearl Harbour.</p><p>b) ao assassinato do arquiduque austríaco Franz Ferdinand, que deu início à Primeira Guerra</p><p>Mundial, e à Batalha de Somme, a mais sangrenta desse conflito.</p><p>c) à prisão de judeus em campos de concentração, na Alemanha nazista, e à vitória britânica</p><p>sobre os alemães, em El Alamein, no Egito.</p><p>d) à invasão alemã da Polônia, que garantiu a vitória da Entente Cordiale, e à saída da Rússia</p><p>da Primeira Guerra Mundial, após sua derrota para os franceses.</p><p>e) às negociações em torno do Tratado de Versalhes, principal acordo de paz que findou a</p><p>Primeira Guerra Mundial, e à Batalha do Marne, última frente de combate naquele momento.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>40</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(Estratégia Vestibulares/profe. Alê Lopes/2022)</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi um conflito de enormes proporções, ocorrido entre 1914 e</p><p>1918, que envolveu quase todo o continente europeu e várias outras regiões do mundo.</p><p>Sobre os desdobramentos deste conflito é correto afirmar que</p><p>a) impulsionou a crise da Revolução Russa.</p><p>b) a França devolveu a região de Alsácia-Lorena para a Alemanha.</p><p>c) surgiu o neoliberalismo como modelo alternativo para salvar as economias europeias.</p><p>d) o poder da Inglaterra chegou ao fim e seu modelo econômico industrial entrou em</p><p>declínio.</p><p>e) desenvolveu-se uma consciência de direitos humanos, após a Declaração Universal dos</p><p>Direitos Humanos.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Alê Lopes)</p><p>Os populistas desejavam construir uma outra modernidade. Não gratuitamente</p><p>aproximaram-se de K. Marx. Os narodniks apreciavam em Marx a crítica devastadora ao</p><p>sistema capitalista. Foi um intelectual populista, Natanson, que traduziu pela primeira vez O</p><p>Capital para a linha pátria. Encontravam no revolucionário alemão argumentos adicionais</p><p>para a propaganda no sentido de evitar no país o capitalismo, considerado um regime</p><p>execrável. Por isso mesmo, procuraram-no, estabelecendo intensa correspondência sobre a</p><p>hipótese de ser possível naquele país efetuar, com base nas comunas rurais e nas tradições</p><p>igualitárias do campo, um salto revolucionário histórico, das estruturas comunitárias</p><p>tradicionais ao socialismo, sem passar pelo capitalismo.</p><p>(Daniel Arão Reis Filho. Coleção Revoluções do Século 20. Editora Unesp. Adaptado)</p><p>Qual é a revolução tratada pelo fragmento do texto?</p><p>a) Revolução Cubana.</p><p>b) Revolução dos Cravos.</p><p>c) Revolução Russa.</p><p>d) Comuna de Paris.</p><p>e) Revolução Mexicana.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes)</p><p>“O mais impressionante (...) fora o fulminante desmoronamento do socialismo na área da</p><p>Europa Central. Depois dos acontecimentos na Polônia e na Hungria, (...), o processo ganhou ritmo</p><p>e força (...). De sorte que, entre 1988 e 1990, em pouco mais de dois anos, e à exceção da Albânia,</p><p>todo o chamado Leste Europeu, considerado por muitos como uma área destinada</p><p>indefinidamente ao domínio soviético, não apenas saíra da órbita de Moscou, como abandonara</p><p>o socialismo como projeto de sociedade. E a URSS nada fizera para detê-lo. (...)</p><p>A Guerra Fria terminara. (...)”</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>41</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>REIS FILHO, Daniel Aarão. As revoluções russas e o socialismo soviético. São Paulo: Editora Unesp,</p><p>2003, pp. 149-150.</p><p>Sobre este contexto histórico e geopolítico internacional, é correto afirmar:</p><p>a) O estado policialesco soviético da URSS e do Leste europeu tinha abafado durante</p><p>décadas antigas disputas étnicas nessa região e o afrouxamento da repressão trouxe à tona</p><p>também o nacionalismo.</p><p>b) Na Hungria e na Bulgária, o fim do regime foi longo, marcado pela repressão estatal, por</p><p>prisões e ameaças. Nos dois países, o socialismo chegou ao fim com o assassinato político dos</p><p>ditadores no poder.</p><p>c) A transição do antigo bloco soviético para a economia de mercado, feita por meio de</p><p>parcerias público-privadas nas empresas estatais, provocou recessão e desemprego.</p><p>d) Nos primeiros anos após o fim da URSS, a Rússia procurou evitar uma transição brusca e</p><p>rápida em direção ao capitalismo: foi o chamado plano quinquenal, aplicado entre 1992 e 1993.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes)</p><p>O realismo socialista de Serguei Eisenstein e o comunismo de Stalin tem em comum</p><p>a) a glorificação da ideologia do socialismo utópico, que pregava a ditadura</p><p>do proletariado</p><p>por meio do uso de imagens abstratas e colagens fotográficas.</p><p>b) compromisso com a educação e a formação dos trabalhadores soviéticos, promovendo a</p><p>construção do socialismo e uma arte acessível à população.</p><p>c) o distanciamento em relação aos princípios do marxismo ortodoxo, rejeitando as propostas</p><p>de Lênin e adotando a diretriz de Trotsky.</p><p>d) a falta de adesão dos regimes comunistas asiáticos, como a China e o Vietnã, a seu projeto</p><p>artístico soviético.</p><p>e) a ausência de referências à ação popular e a importância política da classe trabalhadora,</p><p>haja vista o endurecimento e elitização do regime soviético.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes)</p><p>“Até o fim de seus dias, Gavrilo Princip, o assassino do arquiduque Francisco Fernando, não</p><p>conseguiu acreditar que sua minúscula iniciativa tivesse ateado fogo ao mundo. A crise final</p><p>de 1914 foi tão completamente inesperada, tão traumática e, vista retrospectivamente, tão</p><p>persistente porque foi essencialmente um incidente na política austríaca que exigia, na</p><p>opinião de Viena, que se desse uma lição na Sérvia. A atmosfera internacional parecia calma.</p><p>Nenhum ministério das relações exteriores esperava problemas em junho de 1914, e</p><p>personalidades públicas há décadas eram assassinadas com uma certa frequência. Em</p><p>princípio, ninguém se preocupou com o fato de uma grande nação intervir pesadamente</p><p>num vizinho pequeno e problemático. Desde então cerca de cinco mil livros foram escritos</p><p>para explicar o aparentemente inexplicável: como dentro de pouco mais de cinco semanas</p><p>após Sarajevo, a Europa se encontrava em guerra”.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>42</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>HOBSBAWM, Eric J. A era dos impérios (1875-1914). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p.</p><p>446. Adaptado.</p><p>O contexto precedente à Primeira Guerra Mundial descritos pelo texto contribuiu para a</p><p>eclosão do conflito armado, pois</p><p>a) facilitaram a adesão a ideologias de viés socialista.</p><p>b) criou um clima de paz armada sustentada por um tênue equilíbrio.</p><p>c) representou o fim do imperialismo europeu.</p><p>d) deteriorou a crença no nacionalismo.</p><p>e) abriu oportunidade para uma nova revolução na França.</p><p>(Estratégia Vestibulares/profe. Alê Lopes)</p><p>Entre 1910 e 1915, no México, um processo revolucionário popular alterou a dinâmica</p><p>estrutural da sociedade, já que ele foi conduzido por camponeses, indígenas e uma massa</p><p>da população pobre mexicana. Dentre seus líderes, Emíliano Zapata e Pacho Villa são os mais</p><p>famosos. Apesar da participação no movimento de uma parcela da elite e de conservadores</p><p>que queriam manter o status quo - como era durante a Ditadura de Porfirio Díaz que durou</p><p>até 1911, as transformações saíram do controle da elite nacional. Nesse sentido, em 1917 é</p><p>promulgada uma Constituição que ficou conhecida na história por ser uma das primeiras a</p><p>a) defender a igualdade jurídica para os mais pobres.</p><p>b) consagrar direitos sociais e econômicos para o povo pobre, como a reforma agrária.</p><p>c) instaurar uma República na América.</p><p>d) defender o meio ambiente.</p><p>e) reconhecer os direitos humanos com princípio universal.</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>Come ananás, mastiga perdiz.</p><p>Teu dia está prestes, burguês.</p><p>Vladimir Maiakóvski. Come ananás, 1917.</p><p>Pode-se dizer que o poema russo,</p><p>a) sintetiza o caráter operário e socialista da Revolução de 1917.</p><p>b) expressa a Nova Política Econômica (NEP) liderada por Lenin.</p><p>c) demonstra o sentido da revolução burguesa liderada pelos bolcheviques.</p><p>d) é uma crítica direta ao Partido Bolchevique.</p><p>e) é uma amostra do movimento cultural realismo socialista.</p><p>(UEL 2016)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>43</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Leia o texto e observe a imagem a seguir:</p><p>No contexto da Primeira Guerra Mundial, surgiu o</p><p>dadaísmo, um movimento antiartístico, antiliterário,</p><p>antipoético, contra a beleza eterna, a harmonia, a</p><p>objetividade, a eternidade dos princípios, as leis da</p><p>lógica, a imobilidade do pensamento e a favor da</p><p>liberdade desenfreada do indivíduo, da</p><p>espontaneidade, do aleatório, da anarquia contra a</p><p>ordem, da imperfeição contra a perfeição.</p><p>(Adaptado de: MICHELI, M. As vanguardas artísticas.</p><p>São Paulo: Martins Fontes, 1991. p.131-137.)</p><p>Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos</p><p>sobre o dadaísmo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às</p><p>afirmativas a seguir.</p><p>( ) O dadaísmo tem uma base positivista tanto quanto o surrealismo.</p><p>( ) No processo de criação dadaísta, se é que se trata de criação, o verbo “criar” foi</p><p>substituído pelo verbo “montar”.</p><p>( ) O caráter antiartístico das colagens dadaístas constituía um modelo estético baseado no</p><p>acaso.</p><p>( ) Para o dadaísmo, o gesto provocativo era mais importante do que a obra.</p><p>( ) O movimento dadá, por ser favorável à sociedade burguesa, foi contra a arte que a</p><p>questionava.</p><p>Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.</p><p>a) V, F, V, V, F.</p><p>b) V, F, F, F, V.</p><p>c) F, V, V, F, V.</p><p>d) F, V, F, V, F.</p><p>e) F, F, V, V, V.</p><p>(UEL – 2005)</p><p>“Estamos tão exaustos que dormimos mesmo sob intenso barulho. A melhor coisa que</p><p>poderia acontecer seria os ingleses avançarem e nos fazerem prisioneiros. Ninguém se</p><p>importa conosco. Não somos revezados. Os aviões lançam projéteis sobre nós. Ninguém</p><p>mais consegue pensar. As rações estão esgotadas [...] Não há uma única gota de água. É o</p><p>próprio inferno.”</p><p>(Carta encontrada no bolso de um soldado alemão. In História do século 20.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>44</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 958-960).</p><p>Com base no relato desse soldado morto na I Grande Guerra Mundial e nos conhecimentos</p><p>sobre o tema, é correto afirmar:</p><p>a) Houve grandes conquistas territoriais por parte da Alemanha, em razão dos rígidos</p><p>valores do militarismo prussiano, que exigia obediência quase cega dos indivíduos ao Estado.</p><p>b) Os clubes patrióticos e associações militares, surgidos na Alemanha, criticavam a guerra</p><p>e apoiavam os acordos internacionais, defendendo os soldados alemães rebeldes.</p><p>c) Os países beligerantes, abrindo mão do uso de gases tóxicos, tanques, submarinos e</p><p>aviões, pouparam a vida de grande parte dos combatentes e preservaram importantes</p><p>recursos dos países envolvidos.</p><p>d) Os soldados e trabalhadores dos países da Tríplice Aliança apoiaram a continuidade da</p><p>guerra, com manifestações favoráveis ao serviço militar obrigatório e à luta incondicional nas</p><p>trincheiras.</p><p>e) Uma das características dessa guerra foi a imobilização em trincheiras, submetendo os</p><p>soldados às bombas e balas inimigas, ao frio, à fome e às doenças.</p><p>(UEL 1996)</p><p>Em 1919, Wílson (Estados Unidos), Lloyd George (Inglaterra) e Clemenceau (França)</p><p>definiram a Paz de Versalhes, em que</p><p>a) a Alemanha foi considerada culpada pela Guerra e submetida a indenizações e retaliações</p><p>territoriais, semeando o descontentamento e o revanchismo.</p><p>b) os bolcheviques, liderados por Lenin, tiveram apoio inglês para assumir o governo russo,</p><p>estabelecendo o primeiro Estado socialista.</p><p>c) os russos brancos, estabeleceram uma aliança com a Alemanha e conduziram a Rússia à</p><p>Guerra Civil.</p><p>d) a Itália, sob a liderança de Mussolini pode organizar, financiada pela França, a marcha</p><p>sobre Roma.</p><p>e) estabeleceu a nazificação alemã que se fundamentou no armamentismo e na busca do</p><p>"espaço vital", ou seja, na geopolítica da conquista territorial.</p><p>(IFCE – 2016)</p><p>Apresenta uma causa da Primeira Guerra Mundial</p><p>a) a queda da Bolsa de Nova York e as consequências para o mercado internacional.</p><p>b) a invasão da Polônia.</p><p>c) a forte tensão entre os países industrializados que disputavam os mercados</p><p>consumidores mundiais e as matérias primas.</p><p>d) a assinatura</p><p>do Tratado de Versalhes e suas consequências para a Alemanha.</p><p>e) a propagação das ideias socialistas.</p><p>(UDESC – 2014)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>45</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>O ano de 2014 marca o centenário da Primeira Guerra Mundial, evento que demarcou, para</p><p>o historiador britânico Eric Hobsbawm, o início de fato do breve século XX. Analise as</p><p>proposições em relação a esse evento.</p><p>I. O conflito mundial, iniciado em 1914, teve seu estopim com a invasão alemã da Polônia</p><p>e sua tentativa de anexação da região portuária de Danzig. Sob as ordens do Kaiser, os</p><p>exércitos alemães iniciaram uma guerra de conquista rápida com base nos recentes avanços</p><p>da tecnologia de guerra, especialmente com a inserção de tanques nos campos de batalhas,</p><p>e venceram os exércitos poloneses em poucas semanas. A estratégia, graças à sua velocidade</p><p>de conquista, ficou conhecida como Blitzkrieg (guerra relâmpago).</p><p>II. É durante este conflito que ocorre a Revolução Russa, pela qual os bolcheviques,</p><p>liderados por Lênin, ascendem ao poder. Neste episódio, o czar Nicolau II é derrubado, e</p><p>com ele a dinastia Romanov. Após a vitória dos bolcheviques, os russos acabam por assinar</p><p>o Tratado de Brest-Litovski, que tirava o país da Primeira Guerra Mundial.</p><p>III. Ao final da guerra, com a vitória dos países da Entente, o mapa mundial foi</p><p>profundamente modificado. Além do Império Alemão, outros impérios foram</p><p>desmembrados, muitas vezes cumprindo anseios nacionais antigos dos povos subjugados. É</p><p>o caso do Império Austro- Húngaro, do Império Francês, do Império Turco-otomano e do</p><p>Império Russo. Apenas o Império Britânico saiu ileso do conflito, sendo o único país europeu</p><p>a manter possessões no continente africano depois de 1918.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.</p><p>b) Somente a afirmativa I é verdadeira.</p><p>c) Somente a afirmativa II é verdadeira.</p><p>d) Somente a afirmativa III é verdadeira.</p><p>e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.</p><p>(UEM – 2015)</p><p>Sobre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), assinale a(s) alternativa(s) correta(s).</p><p>01. Pelo acordo firmado na Tríplice Aliança, o Império Alemão contava com o apoio do</p><p>Império Austrohúngaro e do Reino da Itália.</p><p>02. Devido ao capitalismo industrial incipiente e ao atraso tecnológico, os Estados Unidos</p><p>da América não participaram da Primeira Guerra Mundial.</p><p>04. O Brasil e outros países latino-americanos entraram na Guerra em apoio à Tríplice</p><p>Aliança.</p><p>08. Numa tentativa de ampliar seus mercados para a Europa, a China e o Japão foram os</p><p>principais países asiáticos aliados das forças militares da Tríplice Aliança.</p><p>16. A Tríplice Entente foi uma aliança pela cooperação militar formada pelo Império Russo,</p><p>pela França e Inglaterra.</p><p>(UEM – 2012)</p><p>Sobre a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), assinale a(s) alternativa(s) correta(s).</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>46</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>01. Chama-se Paz Armada às décadas anteriores ao conflito, no qual as grandes potências</p><p>europeias se lançaram numa política armamentista, alimentada pela rivalidade na corrida</p><p>imperialista.</p><p>02. Derrotada na guerra, a Alemanha se submeteu às condições do Tratado de Versalhes,</p><p>sendo obrigada a pagar pesadas indenizações aos países vencedores.</p><p>04. O nacionalismo e a exaltação patriótica do projeto da Grande Sérvia, do revanchismo</p><p>francês, do pangermanismo alemão e do pan-eslavismo russo alimentaram um “barril de</p><p>pólvora” que estourou em 1914.</p><p>08. No confronto iniciado em 1914, entre os dois blocos europeus, a Itália, rompendo seu</p><p>acordo na Tríplice Entente, manteve-se inicialmente neutra, vindo, após, a combater ao lado</p><p>da Tríplice Aliança.</p><p>16. Para a Tríplice Entente, a entrada dos Estados Unidos da América na guerra, em 1917,</p><p>compensou a saída da Rússia, imersa em uma revolução socialista.</p><p>(UEM – 2015)</p><p>O Em 1917, o mundo foi sacudido com a notícia da Revolução Russa, que derrubou a</p><p>monarquia absolutista liderada pelo Czar Nicolau II e instaurou a ditadura do proletariado,</p><p>liderada por Lênin. Sobre a tomada do poder pelos bolcheviques, é correto afirmar que:</p><p>01. Lênin assinou um pacto de não agressão mútua com Hitler, em que os dois líderes se</p><p>comprometiam a não atacar outros países da Europa.</p><p>02. A Rússia adotou a política de “paz imediata”, retirando seus combatentes do front da I</p><p>Guerra Mundial e assinando um acordo bilateral de paz com a Alemanha, por meio do</p><p>tratado de Brest-Litovsk.</p><p>04. Milhões de hectares de terras foram confiscados da nobreza russa e da Igreja Ortodoxa</p><p>e distribuídos aos camponeses.</p><p>08. O novo governo passou a intervir na economia, nacionalizando diversas empresas,</p><p>sobretudo fábricas e bancos, e elaborando planejamentos para todos os setores econômicos.</p><p>16. Com o fim da I Guerra Mundial, em 1918, os bolcheviques receberam apoio dos Estados</p><p>Unidos e da Inglaterra e com isso conseguiram derrotar o czarismo e instituir o regime</p><p>soviético democrático.</p><p>(UFSC – 2015)</p><p>O campo de batalha é terrível. Há um cheiro de azedo, pesado e penetrante de cadáveres.</p><p>Homens que foram mortos no último outubro estão meio afundados no pântano e nos</p><p>campos de nabos em crescimento. As pernas de um soldado inglês, ainda envoltas em</p><p>polainas, irrompem de uma trincheira, o corpo está empilhado com outros; um soldado apoia</p><p>o seu rifle sobre eles. Um pequeno veio de água corre através da trincheira, e todo mundo</p><p>usa a água para beber e se lavar; é a única água disponível. Ninguém se importa com o inglês</p><p>pálido que apodrece alguns passos adiante.</p><p>BINDING, Rudolf Georg. Um fatalista na guerra. In: MARQUES, Adhemar et alii.</p><p>História contemporânea através de textos. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 119.</p><p>Sobre a Primeira Guerra Mundial e seu contexto, é CORRETO afirmar que:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>47</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>01. a Primeira Guerra Mundial tem suas motivações vinculadas às disputas nacionalistas e</p><p>imperialistas articuladas à política de alianças das grandes potências da época.</p><p>02. a entrada da Rússia na guerra, logo após a Revolução Bolchevique de 1917, foi decisiva</p><p>para o desfecho favorável aos países vinculados à Tríplice Aliança.</p><p>04. não houve participação brasileira na Primeira Guerra, pois a organização do país como</p><p>República, imprescindível para a formação de tropas militares, ainda era muito recente.</p><p>08. a Revolução Científico-Tecnológica do século XIX influenciou diretamente o conflito,</p><p>tanto pelas disputas imperialistas como pelo uso, nas batalhas, de recursos como granadas,</p><p>tanques, aviões e armas químicas.</p><p>16. a gripe espanhola ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial e foi vista como ameaça</p><p>para as nações em conflito; porém, com o desenvolvimento dos antibióticos no início do</p><p>século XX, a doença foi controlada sem gerar maiores consequências.</p><p>32. com a ida de um número expressivo de homens aos campos de batalha, muitas mulheres</p><p>ficaram responsáveis por tarefas até então consideradas predominantemente masculinas.</p><p>(UFSC – 1998)</p><p>A História tem demonstrado, ao longo do tempo, que as desigualdades sociais têm</p><p>provocado conflitos como o(a):</p><p>01. luta entre patrícios e plebeus, na antigüidade romana, resultando na conquista de um</p><p>Código de Leis.</p><p>02. insubordinação dos servos aos senhores feudais, promovendo a extinção dos feudos.</p><p>04. insatisfação do “terceiro estado”, na França, pleiteando a igualdade de todos perante a</p><p>lei.</p><p>08. reação do proletariado contra o sistema de injustiça, provocada pela Revolução</p><p>Industrial.</p><p>16. Revolução Russa, pela situação de pobreza e exploração em que vivia a população.</p><p>32. movimento dos sem-terra, no Brasil, contra a má distribuição das propriedades rurais.</p><p>(UFMS – 1998)</p><p>Sobre a Primeira Grande Guerra Mundial pode(m) ser mencionado(s)</p><p>o(s) seguinte(s)</p><p>episódio(s):</p><p>01. Uma concorrência acirrada entre as principais potências capitalistas, a partir de fins do</p><p>século XIX e os primeiros anos do século XX, resultou no que os historiadores denominaram</p><p>choque de imperialismos.</p><p>02. Em decorrência do esgotamento da diplomacia nas relações internacionais, as potências</p><p>capitalistas optaram por uma derradeira tentativa de evitar a guerra, reunindo-se num</p><p>Congresso de Nações e criando a ONU (Organização das Nações Unidas).</p><p>04. O estopim da Primeira Grande Guerra foi o assassinato em Sarajevo (capital da Sérvia),</p><p>em 28 de junho de 1914, do Arquiduque Francisco Frederico, herdeiro do trono da Prússia.</p><p>08. Durante a guerra de 1914-1918 foram introduzidas nos campos de batalha novas armas</p><p>e novas táticas de combate, como as armas de grosso calibre, o uso de gás venenoso, as</p><p>metralhadoras automáticas, as trincheiras e as bombas de hidrogênio lançadas sobre</p><p>Hiroshima e Nagasaki.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>48</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>16. Os norte-americanos participaram da Primeira Grande Guerra em seus dois últimos anos,</p><p>quando o então presidente George Bush declarou guerra formal à Alemanha e ao Japão.</p><p>32. O balanço da Primeira Grande Guerra foi bastante negativo: houve aproximadamente</p><p>nove milhões de mortos, sem contar com os sofrimentos causados pela crise na população</p><p>civil, com epidemias, carestias e fome. Além disso, ficaram arrasados os campos, as cidades</p><p>e as indústrias de boa parte da Europa, impondo mais sacrifícios para a recuperação das</p><p>economias dos países beligerantes.</p><p>(UEA – 2017)</p><p>A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças históricas relevantes e, em certa</p><p>medida, duradouras, tais como:</p><p>a) a guerra de movimento e o surgimento de armas nucleares.</p><p>b) a união europeia e a abolição de tarifas alfandegárias no continente.</p><p>c) as mudanças revolucionárias na Rússia e o avanço econômico norte-americano.</p><p>d) a quebra da bolsa de investimentos de Nova York e a Guerra Fria.</p><p>e) a Revolução Industrial e a divisão da África entre as potências capitalistas.</p><p>(UEA - 2002)</p><p>De acordo com a tabela, são corretas duas das afirmativas a seguir, a respeito da</p><p>participação, às vésperas da Primeira Grande Guerra, das potências capitalistas no comércio</p><p>mundial:</p><p>I. a Grã-Bretanha e a França apresentaram um declínio relativo de sua participação no</p><p>comércio mundial;</p><p>II. os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão apresentaram, entre 1896 e 1913, crescimento</p><p>de sua participação no comércio mundial;</p><p>III. ao contrário do declínio relativo britânico, houve um grande aumento da participação</p><p>americana no comércio mundial, de 1870 até as vésperas da Primeira Guerra Mundial;</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>49</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>IV. apesar do declínio relativo de sua participação no comércio mundial, a economia britânica</p><p>manteve uma proporção maior do que o resto do mundo, entre 1870 e 1913.</p><p>São elas:</p><p>(A) I e II</p><p>(B) I e III</p><p>(C) I e IV</p><p>(D) II e III</p><p>(E) II e IV</p><p>(UEA - 2002)</p><p>“Cinco milhões e meio de desempregados em 1933, dois milhões em 1935, menos de um</p><p>em 1937, algumas dezenas de milhares entre 1933 e 1939. A produção mais que dobrou</p><p>entre 1933 e 1939. Política de grandes obras – autoestradas, ferrovias, aeroportos... Tudo</p><p>realizado no âmbito de uma política rigorosa de controle de preços, de crédito... (pelo</p><p>Estado)” (M. Béaud). Assinale a alternativa que corretamente aborda o desenvolvimento</p><p>econômico alemão na década que antecede a 2ª Guerra Mundial.</p><p>(A) O dirigismo econômico, apoiado em poderosos complexos industriais e bancários,</p><p>também obrigou os poderosos grupos estrangeiros, como General Motors, Ford, Shell e</p><p>Unilever, a reinvestir seus lucros no fortalecimento da economia alemã.</p><p>(B) O impulso econômico alemão nazista apoiou-se exclusivamente em poderosos conjuntos</p><p>industriais e financeiros do capitalismo alemão, porque o Estado combatia o capitalismo</p><p>internacional e expulsou as empresas estrangeiras na década de 1930.</p><p>(C) A indústria alemã se tornou espetacularmente poderosa pela política governamental de</p><p>incentivo aos investimentos estrangeiros, cujo ingresso maciço se deu nos anos anteriores à</p><p>guerra.</p><p>(D) Todas as medidas econômicas da Alemanha, no período anterior à Segunda Grande</p><p>Guerra, assemelham-se, pelo nacionalismo, previdência social e organização do trabalho, às</p><p>medidas de implantação de um regime socialista.</p><p>(E) O dirigismo nazista impôs a descartelização do capitalismo alemão, invertendo a</p><p>tendência das décadas anteriores, principalmente na produção de aço e na indústria química.</p><p>(UEA -2004)</p><p>A concentração do capital industrial e sua associação ao capital financeiro dos bancos gerou</p><p>uma acumulação cujo volume era tamanho que apenas pequena parte podia ser investida no</p><p>mercado nacional ou em outros países da Europa.</p><p>Assinale a alternativa que explica corretamente a consequência histórica principal desse</p><p>processo.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>50</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(A) Nos Estados Unidos, a Guerra de Secessão foi a consequência da luta pelo protecionismo</p><p>alfandegário e pelo fim da escravidão como forma de dar vazão aos capitais excedentes.</p><p>(B) A Primeira Guerra Mundial foi travada, sobretudo, para atender aos interesses da indústria</p><p>bélica e como forma de resolver a crise do mercado do aço.</p><p>(C) Os países europeus queriam reconquistar mercados nos continentes subdesenvolvidos ainda</p><p>não protegidos por tarifas elevadas, principalmente, a fim de reativar suas indústrias.</p><p>(D) Os conflitos localizados e a tensão internacional foram formas de dar vazão às rivalidades</p><p>que ameaçavam o equilíbrio mundial.</p><p>(E) O imperialismo e o colonialismo sobre países da América Latina, da Ásia e da África</p><p>buscavam mercados para onde exportar os capitais excedentes para empréstimo ou</p><p>investimento.</p><p>(UEA – 2009 / Segunda Fase)</p><p>Algumas fronteiras das nações europeias foram alteradas nos anos sessenta e setenta do século</p><p>XIX. Uma dessas alterações, que se constituiu num dos fatores da primeira Guerra Mundial, foi</p><p>(A) a perda da Grécia pelo Império Turco otomano.</p><p>(B) a incorporação da Alsácia e da Lorena ao Império Alemão.</p><p>(C) a anexação dos estados Pontifícios pelo Piemonte.</p><p>(D) a perda da Crimeia pelo Império Czarista.</p><p>(E) a incorporação de Veneza pela Áustria.</p><p>(UVA 2011)</p><p>“Os animais lutam, mas não fazem guerra. O homem é o único primata que planeja o</p><p>extermínio dentro de sua própria espécie e o executa entusiasticamente e em grandes</p><p>dimensões. A guerra é uma de suas invenções mais importantes; a capacidade de estabelecer</p><p>acordos de paz é provavelmente uma conquista posterior. As mais antigas tradições da</p><p>humanidade, seus mitos e lendas heroicas falam sobretudo da morte e do ato de matar.”</p><p>(ENZENSBERGUER, Hans Magnus. Guerra Civil. São Paulo, Companhia das Letras – 1995)</p><p>O século XX foi marcado por duas guerras mundiais (primeira 1914/1919 e segunda</p><p>1939/1945) que produziram sofrimentos numa escala jamais vista na História. Foram causas</p><p>da Primeira Guerra Mundial:</p><p>I. Imperialismo econômico, colonialismo, política de Alianças e assassinato do Príncipe</p><p>Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco.</p><p>II. Paz Armada, crises diplomáticas, incidentes nos Bálcãs e no Marrocos.</p><p>III. Inconformismo da Alemanha diante do Tratado de Versalhes e os choques ideológicos.</p><p>IV. A entrada dos Estados Unidos no conflito, diretamente, e a crise econômica dos países</p><p>do Eixo.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>51</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Estão corretos:</p><p>a) Somente os itens 1 e 2.</p><p>b) Somente os itens 2, 3 e 4.</p><p>c) somente os itens 1 e 4.</p><p>d) todos os itens.</p><p>(UVA 2013)</p><p>Muitos fatores contribuíram para a Revolução de 1917, que implementou o socialismo na</p><p>Rússia, entre os quais podemos registrar os relacionados abaixo, como exclusão de uma</p><p>alternativa ERRADA, que deve ser assinalada:</p><p>a) A extrema miséria dos camponeses, servos sem-terra, terrivelmente explorados pelos</p><p>nobres.</p><p>b) A divulgação das ideias de Marx e Engels.</p><p>c) A caótica situação econômica em que se encontrava a Rússia, depois da Primeira Guerra</p><p>Mundial.</p><p>d) O fracasso da reforma agrária empreendida por Rasputim (monge guru do Czar) com o</p><p>apoio da DUMA (Parlamento).</p><p>(FGV 2018)</p><p>Observe os dois mapas.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>52</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>No que diz respeito aos mapas, é correto afirmar que o Mapa 1 representa</p><p>a) a Europa no início do século XIX, no momento da expansão do Império Napoleônico, que</p><p>se estende até a Rússia; o Mapa 2 mostra a Europa pós-Segunda Guerra, isto é, em plena</p><p>Guerra Fria, com o aumento do poder da URSS e de seus satélites.</p><p>b) a Europa no início do século XX, com os impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e</p><p>Otomano e as potências como a França e Reino Unido; o Mapa 2 mostra a divisão política</p><p>após a Primeira Guerra, com surgimento de novos países a partir do fim desses impérios.</p><p>c) todos os países envolvidos na Guerra dos 7 anos, entre 1756 e 1763, na Europa: França e</p><p>Espanha de um lado e, Inglaterra e Portugal, de outro; Mapa 2 mostra os países da OTAN e</p><p>do Pacto de Varsóvia, blocos militares surgidos no contexto da Guerra Fria.</p><p>d) as transformações geopolíticas das decisões do Congresso de Viena em 1814-1815,</p><p>reduzindo os territórios dos perdedores, como a França; o Mapa 2 mostra o resultado político</p><p>da vitória dos Aliados na Segunda Guerra, como a URSS, a Inglaterra, a França e a Polônia.</p><p>e) o momento final do processo de unificação da Alemanha, na segunda metade do século</p><p>XIX, com a formação do Segundo Reich; o Mapa 2 mostra a Europa no final dos anos 1970,</p><p>com a queda do Muro de Berlim e as repercussões do fim do avanço soviético.</p><p>Comentário</p><p>Essa é uma questão gostosinha de fazer. Demanda um estudo de como as relações políticas se expressam</p><p>nos territórios. O Mapa 1 é de antes da Guerra e o 2 é de depois da guerra.</p><p>Mas Ale, como eu iria saber disso?</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>53</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Pois, é, meus caros Bixos, você teria que saber sim! E você memorize isso: uma dos principais</p><p>consequências da 1ª. Guerra Mundial foi a fragmentação dos velhos Impérios e a formação de Novas</p><p>Repúblicas. Bota isso no seu post it!!</p><p>Então, ao analisarmos as alternativas, a única</p><p>que caracteriza corretamente o mapa 1 e 2 é a</p><p>alternativa B. de modo a demonstrar que eles</p><p>apresentam as mudanças ocorridas no território</p><p>europeu devido à ocorrência da Primeira Grande</p><p>Guerra e seus Tratados de Paz.</p><p>As demais todas caracterizam</p><p>incorretamente.</p><p>Gabarito: B</p><p>(FGV 2012)</p><p>A I Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças importantes no mapa político da Europa. Entre</p><p>essas, é correto apontar a</p><p>a) devolução da Alsácia-Lorena, então com a Alemanha, para a França e a concessão de uma saída para</p><p>o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.</p><p>b) perda, pela Itália, da região de Trieste para a Iugoslávia, e a cessão, pela França, da região basca</p><p>para a Espanha.</p><p>c) anexação do norte da Bélgica pela França e o reconhecimento da independência da Grécia.</p><p>d) incorporação de Montenegro ao território grego e a fragmentação do Reino Unido, com a</p><p>independência do País de Gales.</p><p>e) ampliação do Império Austro-Húngaro, com o ajuntamento da Sérvia, e a devolução da Armênia</p><p>para o Império Turco.</p><p>(FGV 2012)</p><p>A I Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças importantes no mapa político da</p><p>Europa. Entre essas, é correto apontar a</p><p>a) devolução da Alsácia-Lorena, então com a Alemanha, para a França e a concessão</p><p>de uma saída para o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.</p><p>b) perda, pela Itália, da região de Trieste para a Iugoslávia, e a cessão, pela França, da</p><p>região basca para a Espanha.</p><p>c) anexação do norte da Bélgica pela França e o reconhecimento da independência da</p><p>Grécia.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>54</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>d) incorporação de Montenegro ao território grego e a fragmentação do Reino</p><p>Unido, com a independência do País de Gales.</p><p>e) ampliação do Império Austro-Húngaro, com o ajuntamento da Sérvia, e a devolução</p><p>da Armênia para o Império Turco.</p><p>(FGV 2001)</p><p>Assinale a alternativa INCORRETA sobre as transformações territoriais ocorridas na Europa,</p><p>após a I Guerra Mundial.</p><p>a) O tratado de Lausanne foi o último a ser assinado ao longo desse processo, e referiu-se à</p><p>reação da Turquia ao Tratado de Sevres.</p><p>b) A Alemanha perdeu a região da Alsácia-Lorena, que conquistara anteriormente.</p><p>c) A Áustria aceitou a independência da Hungria, da Polônia, da Tchecoslováquia e da</p><p>Iugoslávia.</p><p>d) O único território que não sofreu qualquer desmembramento foi a Hungria.</p><p>e) A Palestina passou para o domínio inglês.</p><p>(FGV 2007)</p><p>O contexto europeu do final do século XIX e início do XX relaciona-se à eclosão da Primeira Guerra</p><p>Mundial porque</p><p>a) a Primeira Revolução Industrial desencadeou uma disputa, entre os países europeus, por fontes de</p><p>carvão e ferro e por consumidores dos excedentes europeus.</p><p>b) a unificação da Itália rompeu o equilíbrio europeu, pois fez emergir uma nova potência industrial,</p><p>rival da Grã-Bretanha e do Império Austríaco.</p><p>c) o revanchismo alemão, devido à derrota na Guerra Franco-Prussiana, fez a Alemanha desenvolver</p><p>uma política militarista e expansionista</p><p>d) a difusão do socialismo, principalmente nos Bálcãs, acirrou os movimentos emancipacionistas na</p><p>área, então sob domínio do Império Turco.</p><p>e) a corrida imperialista, com o estabelecimento de colônias e áreas de influência na África e na Ásia,</p><p>aumentou as rivalidades entre os países europeus.</p><p>(FGV 2000)</p><p>Os 14 pontos apresentados pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson, em janeiro de 1918,</p><p>refletem alguns objetivos para a paz na Europa após a Grande Guerra. Entre eles destacou-se a:</p><p>a) determinação da independência da Hungria, da Polônia, da Iugoslávia e da Tchecoslováquia;</p><p>b) autorização para que os franceses passassem a controlar a Síria, e os ingleses, a controlar a</p><p>Mesopotâmia e a Palestina;</p><p>c) correção do episódio que tinha perturbado a paz mundial por muito tempo e determinava a</p><p>devolução do território da Alsácia-Lorena à França;</p><p>d) incorporação da Eslováquia à República Tcheca;</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>55</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>e) determinação de que a Bulgária cedesse para a Romênia, a Iugoslávia e a Grécia, a maior parte dos</p><p>territórios anexados durante as guerras balcânicas.</p><p>(PUCCAMP)</p><p>Então, a era moderna é uma era obtusa de carnificina, guerra e opressão, tipificada pelas</p><p>trincheiras da Primeira Guerra Mundial, pela nuvem de fumaça nuclear sobre Hiroshima e</p><p>pelas manias sangrentas de Hitler ou de Stalin? Ou é uma era de paz, simbolizada pelas</p><p>trincheiras nunca cavadas na América do Sul, as nuvens de cogumelo que nunca apareceram</p><p>sobre Moscou e Nova York e as visões serenas de Mahatma Gandhi e Martin Luther King?</p><p>Para satisfazer otimistas e pessimistas, podemos concluir dizendo que estamos no limiar do</p><p>céu e do inferno, movendo-nos nervosamente dos portões de um para a antessala do outro.</p><p>(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína</p><p>Marcoantonio. 38. ed. Porto Alegre: L&PM,</p><p>2018, p. 385)</p><p>A Primeira Guerra Mundial ocorreu a partir da formação de dois grandes blocos</p><p>a) contrapostos por razões ideológicas entre a defesa de jovens repúblicas e a manutenção</p><p>de tradicionais monarquias imperiais.</p><p>b) motivados por questões imperialistas e compostos inicialmente por três potências de</p><p>cada lado, número que, no entanto, se expandiu consideravelmente ao longo da guerra.</p><p>c) constituídos, de um lado, por países que possuíam colônias na África e, de outro, por</p><p>aqueles que pretendiam adquiri-las.</p><p>d) organizados em função do desenvolvimento tecnológico que detinham e que separava</p><p>os que já haviam passado pela Revolução Industrial e os que eram essencialmente agrários.</p><p>e) polarizados em torno de grandes lideranças carismáticas e personalistas existentes nos</p><p>dois lados do conflito, que se colocavam como líderes mundiais.</p><p>(PUCRJ – 2013)</p><p>O Em 1914, as tensões políticas entre as principais potências europeias levaram a uma guerra</p><p>que se tornou, ao longo dos anos seguintes, um dos mais trágicos momentos da história da</p><p>humanidade.</p><p>Em relação à Primeira Guerra Mundial, é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) a Grande Guerra foi travada em duas frentes de combate e em ambas a perda de vidas</p><p>humanas alcançou a dimensão de verdadeiros massacres.</p><p>b) na guerra de 1914-1918, foram utilizadas novas tecnologias de comunicação e</p><p>transportes, proporcionando um avanço científico acelerado.</p><p>c) por envolver grandes potências coloniais a Grande Guerra atingiu populações não</p><p>europeias o que deu ao conflito uma dimensão mundial.</p><p>d) através de bombardeios aéreos, racionamentos de alimentos e produtos, a guerra</p><p>envolveu, em grande escala, a população civil dos países em conflito.</p><p>e) a Grande Guerra decorreu da tensão política e ideológica entre americanos e soviéticos</p><p>na disputa por áreas de influência no continente europeu.</p><p>(PUCSP – 2000)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>56</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“O povo estava farto da guerra e havia perdido toda a confiança no czar. (...) O próprio czar</p><p>fora para o Quartel General para proteger-se; e quando tentou voltar para Petrogrado os</p><p>trabalhadores ferroviários detiveram seu trem. Todo o mecanismo da monarquia havia</p><p>parado; o czar (...) havia tentado dissolver a Quarta Duma, tal como fizera com as anteriores,</p><p>mas desta vez os parlamentares se recusaram a se dispersar, e formaram um Comitê</p><p>Provisório, que nomeou o Governo Provisório.”</p><p>Wilson, Edmund. Rumo à Estação Finlândia. SP: Companhia das Letras, 1987.</p><p>Sobre as circunstâncias em que se desenvolveram os fatos descritos acima, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) a derrubada da monarquia, em março de 1917, na Rússia, foi conduzida pelos</p><p>bolcheviques – parlamentares que controlaram o poder na Duma, durante todo o Governo</p><p>Provisório.</p><p>b) a precipitação do processo revolucionário russo foi produzida pela manutenção desse</p><p>país na Primeira Guerra Mundial, o que resultou em 4 milhões de baixas, aproximadamente.</p><p>c) os sovietes – comitês locais de trabalhadores – funcionaram, desde sua criação em 1906,</p><p>sob liderança dos bolcheviques, que buscavam espaço de atuação no governo czarista.</p><p>d) as movimentações sociais que resultaram na queda da monarquia russa, em 1905,</p><p>tornaram-se conhecidas como “Ensaio Geral”, já que funcionaram como antecâmara da</p><p>revolução socialista.</p><p>e) o deputado Kerensky representou, no governo provisório, em 1917, as posições</p><p>mencheviques que, com a palavra de ordem “Todo Poder aos Sovietes”, reivindicavam maior</p><p>participação popular.</p><p>(Unesp 2015)</p><p>Entre os fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), podemos citar</p><p>a) a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética.</p><p>b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na região da antiga Iugoslávia.</p><p>c) o confronto entre Áustria e Hungria pelo controle dos Bálcãs.</p><p>d) a disputa comercial e industrial entre Inglaterra e Alemanha.</p><p>e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alemanha.</p><p>(Unesp 2003)</p><p>A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) resultou de uma alteração da ordem institucional vigente em</p><p>longo período do século XIX. Entre os motivos desta alteração, destacam-se</p><p>a) a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente antagônicos e a constituição de países</p><p>industrializados na América.</p><p>b) a desestabilização da sociedade europeia com a emergência do socialismo e a constituição de</p><p>governos fascistas nos países europeus.</p><p>c) o domínio econômico dos mercados do continente europeu pela Inglaterra e o cerco da Rússia pelo</p><p>capitalismo.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>57</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>d) a oposição da França à divisão de seu território após as guerras napoleônicas e a aproximação entre</p><p>a Inglaterra e a Alemanha.</p><p>e) a unificação da Alemanha e os conflitos entre as potências suscitados pela anexação de áreas</p><p>coloniais na Ásia e na África.</p><p>(UNESP 2002)</p><p>As raízes da 1a Guerra Mundial encontram-se, em grande parte, na história do século XIX. Pode-se citar</p><p>como alguns dos fatores que deram origem ao conflito desencadeado em 1914</p><p>a) a concentração da industrialização na Inglaterra e o escasso crescimento econômico das nações do</p><p>continente europeu.</p><p>b) a emergência de ideologias socialistas e revoluções operárias que desajustaram as relações entre os</p><p>países capitalistas.</p><p>c) a derrota militar da França pela Prússia, no processo de unificação alemã, e a incorporação da Alsácia</p><p>e da Lorena à Alemanha.</p><p>d) o confronto secular entre a França e a Inglaterra e a crise da economia inglesa provocada pelo</p><p>bloqueio continental.</p><p>e) a política do "equilíbrio europeu", praticada pelo Congresso de Viena, e o fortalecimento militar da</p><p>Rússia na Península Balcânica.</p><p>(UNCISAL – 2008)</p><p>“A 28 de junho de 1914, durante visita a Sarajevo, capital da Bósnia, Francisco Ferdinando e</p><p>sua esposa Sofia foram assassinados a tiros por militantes da Jovem Bósnia. (...) Era a fagulha</p><p>que faltava para atear fogo ao barril de pólvora. Um mês depois, a guerra começou.”</p><p>(Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise,</p><p>História Moderna e Contemporânea)</p><p>Um dos fatores responsáveis pela referida guerra relaciona-se</p><p>a) à rivalidade entre a Inglaterra, pioneira na industrialização, e a Alemanha, que alcançara</p><p>a unificação política e crescia economicamente.</p><p>b) à disputa, entre os países europeus, por regiões ricas em ouro e prata e por fornecedores</p><p>de produtos manufaturados.</p><p>c) às tensões entre Estados Unidos e União Soviética, que queriam ampliar suas respectivas</p><p>áreas de influência no mundo.</p><p>d) ao acirramento da questão das nacionalidades na África, onde se iniciavam os</p><p>movimentos de emancipação colonial.</p><p>e) ao revanchismo da Prússia devido à derrota na guerra contra a França, o que levou o país</p><p>a organizar a Tríplice Aliança contra a Entente.</p><p>(UFU 2007)</p><p>Interprete as imagens a seguir</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>58</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Essas imagens apresentam um dos recursos utilizados pelo stalinismo para a anulação dos</p><p>“inimigos” do regime soviético. A respeito do stalinismo na União Soviética, marque a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) Stálin empreendeu um governo autoritário, com características totalitárias, espalhando o</p><p>terror, massacrando grupos considerados oposicionistas, cujas práticas foram denunciadas e</p><p>apuradas após sua morte, o que desencadeou uma grande crise do socialismo real e do</p><p>marxismo ocidental.</p><p>b) No plano econômico, foram estabelecidos os chamados Planos Quinqüenais, responsáveis</p><p>pela implementação da reforma agrária com distribuição de pequenas propriedades aos</p><p>camponeses e incentivo ao consumo de bens domésticos que promoveu a melhoria do</p><p>padrão de vida dos trabalhadores em relação ao mundo capitalista.</p><p>c) A segunda fotografia, ao retirar a figura de Trotsky, demonstra a tentativa de eliminar não</p><p>só a presença deste líder dos documentos oficiais, mas a sua própria memória em relação à</p><p>Revolução Russa, quando defendia que a revolução socialista deveria ser limitada ao</p><p>território russo para depois estendê-Ia a outros países, na chamada política do socialismo em</p><p>um só país.</p><p>d) A imagem de Stálin como o grande líder da revolução pode ser atestada pela sua postura</p><p>diante dos trabalhadores na foto e pela técnica de adulteração de fotografias que retirou</p><p>Trotsky da segunda imagem. Estas iniciativas foram também implementadas nos programas</p><p>radiofônicos e na produção de filmes pelo governo de Stálin, a fim de justificar as suas</p><p>medidas impopulares no chamado “comunismo de guerra”.</p><p>(UFU 2001)</p><p>"Como se explica que um período de tanto progresso pudesse levar o Velho Continente,</p><p>berço da civilização ocidental, a experimentar novamente a barbárie, como se viu durante a</p><p>Primeira Guerra Mundial? (...) Em 11 de novembro (1918), terminava a Grande Guerra.</p><p>Morreram 8 milhões de pessoas, 20 milhões ficaram inválidas, sem falar nos prejuízos</p><p>econômicos e financeiros que atingiram os países europeus envolvidos diretamente com a</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>59</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>guerra". (REZENDE, Antônio Paulo; DIDIER, Maria Thereza. "Rumos da História: nossos</p><p>tempos" - O Brasil e o mundo contemporâneo. São Paulo: Atual, 1996. v.3.)</p><p>Tomando como referência a citação acima e os seus conhecimentos sobre os antecedentes</p><p>e a eclosão da 1ª Guerra Mundial, podemos afirmar que</p><p>I - no campo das artes, a velocidade, a máquina, o movimento, a energia foram os grandes</p><p>temas do futurismo no início do século, evocados como símbolos da beleza e da tecnologia</p><p>da sociedade industrial moderna, provocando, entretanto, mais tarde, grande desilusão por</p><p>causa da carnificina da guerra.</p><p>II - o discurso internacionalista do movimento operário, que procurava negar as disputas</p><p>entre os Estados-nações, fez com que os trabalhadores se recusassem a pegar em armas no</p><p>início da guerra, tal como se verificou na negativa de participação da Rússia e nos motins</p><p>liderados pelo Partido Comunista Francês em 1914.</p><p>III - entre os fatores que levaram as nações européias à guerra estavam as disputas</p><p>imperialistas por novos territórios, os ideais expansionistas incentivados por teorias raciais e</p><p>a formação gradual de alianças entre as grandes potências, conhecida como Paz Armada.</p><p>IV - como resultado da derrota alemã, o Tratado de Versalhes, assinado depois da guerra,</p><p>pôs fim ao ódio racial e ao clima de revanchismo na Europa, e a Inglaterra garantiu a sua</p><p>supremacia no capitalismo internacional. Assinale a alternativa correta.</p><p>a) II e IV são corretas.</p><p>b) I e IV são corretas.</p><p>c) II e III são corretas.</p><p>d) I e III são corretas.</p><p>(UECE 2015)</p><p>O dia 24 de abril é feriado na Armênia quando evoca a memória das vítimas do genocídio</p><p>do povo armênio nos territórios do Império Otomano no ano de 1915. Um massacre brutal</p><p>cujas estimativas indicam que entre 500 mil e 1,8 milhão de pessoas foram mortas pelo</p><p>exército Otomano. Sobre o massacre armênio é correto afirmar que</p><p>A) começou em Constantinopla, nas casas dos intelectuais, estudiosos e poetas, e estendeu-</p><p>se para os demais locais da parte oriental do território ocupada por armênios.</p><p>B) contou com a participação da Alemanha, inimiga declarada dos russos, que viu no</p><p>genocídio um modo de enfraquecer o controle da Rússia naquele território.</p><p>C) o governo turco reconhece que antecipou os horrores da Segunda Guerra Mundial ao</p><p>considerar legítimo o extermínio desse povo de maioria cristã.</p><p>D) este episódio foi um caso isolado sem relação com o enfraquecimento do Império</p><p>Otomano no final do século XIX diante do avanço do Império Russo.</p><p>(UECE 2020)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>60</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Epidemias de gripe são documentadas desde a antiguidade. No século XIX, registraram-se</p><p>duas grandes epidemias nos anos 1830 e 1880. No século XX, ocorreu a grande pandemia</p><p>que, entre 1918 e 1920, matou aproximadamente cinquenta milhões de pessoas nas fases</p><p>finais da Primeira Guerra Mundial. Essa pandemia recebeu o nome de “gripe espanhola”,</p><p>porque</p><p>A) os jornais da Espanha foram os primeiros a noticiá-la.</p><p>B) a disseminação maior se deu por meio dos soldados espanhóis.</p><p>C) foi na Espanha que descobriram a vacina para a doença.</p><p>D) os soldados americanos do Kansas foram contaminados no campo de batalha espanhol.</p><p>(UECE 2016)</p><p>O Império Otomano foi um dos mais longos e duradouros da história. Seu apogeu, que</p><p>ocorreu entre os séculos XVI e XVII sob o reinado de Solimão, o Magnífico, era então um</p><p>império multiétnico, multicultural e plurilinguístico, que se estendia dos confins do Império</p><p>Sacro Romano, nas periferias de Viena e da Polônia, ao norte, até o Yemen e a Eritreia, ao</p><p>sul; da Algéria, a oeste, até o Azerbaijão e, a leste, controlando grande parte dos Balcãs, do</p><p>Oriente Próximo e do Norte da África. Constantinopla era a sua capital e mantinha um</p><p>rigoroso controle no Mediterrâneo. Foi o centro das relações entre o Ocidente e o Oriente</p><p>por quase cinco séculos. Durante a Primeira Guerra Mundial, aliou-se à Alemanha, ao Império</p><p>Austro-húngaro e ao Reino da Bulgária, e foi duramente abatido até ser desintegrado por</p><p>vontade dos vencedores. Esse império foi controlado pelos</p><p>a) persas.</p><p>b) romanos.</p><p>c) turcos.</p><p>d) alemães.</p><p>(UECE 2016)</p><p>No que diz respeito à participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é</p><p>correto</p><p>afirmar que</p><p>a) com a eclosão do conflito, em 1914, o governo brasileiro foi obrigado a intervir, logo em</p><p>1915, em virtude dos ataques à costa brasileira.</p><p>b) o Brasil participou do conflito realizando operações de patrulhamento no Atlântico Sul e</p><p>enviando matéria-prima e suprimentos aos aliados.</p><p>c) o Brasil participou ativamente do início ao final do conflito, em virtude das pressões que</p><p>sofreu da Inglaterra, de quem era aliado desde o início do século XIX.</p><p>d) submarinos alemães torpedearam vários navios brasileiros, porém, após o torpedeamento</p><p>do paquete Paraná em 1917, o Brasil entrou definitivamente no conflito.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>61</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(UECE 2014)</p><p>O ano de 2014 será marcado pelos 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial, conflito</p><p>que envolveu, inicialmente, as maiores potências europeias e trouxe, ao final, mais de 9</p><p>milhões de combatentes mortos e outros tantos incapacitados e feridos; ainda hoje é difícil</p><p>precisar o número de mortes em virtude de doenças e da fome que se espalharam por todos</p><p>os países envolvidos no conflito.</p><p>Sobre este conflito armado que pôs fim à época da “Belle époque” europeia, pode-se</p><p>afirmar corretamente que</p><p>a) foi desencadeado pela Anschluss, a anexação da Áustria pela Alemanha, em 1938.</p><p>b) teve como fator causador a tomada do poder na Rússia pelos Bolcheviques, em 1917.</p><p>c) se deu como consequência das disputas imperialistas e da formação de alianças políticas</p><p>na Europa, desde o séc. XIX.</p><p>d) resultou da acirrada disputa por influência política e econômica entre as duas</p><p>superpotências: EUA e URSS.</p><p>(UECE – 2009)</p><p>Estima-se que na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) cerca de 10 milhões de pessoas</p><p>morreram no campo de batalha. Um aumento significativo em comparação com as demais</p><p>guerras no século anterior. Sobre a Primeira Guerra Mundial é correto afirmar que</p><p>a) foi um conflito restrito entre algumas nações européias e que não trouxe nenhuma</p><p>inovação em armas e técnicas de guerra.</p><p>b) esta guerra marcou as ações de bastidores, com batalhas e confrontos ocasionais.</p><p>c) marcou uma nova fase bélica com a introdução das</p><p>trincheiras, técnicas e táticas para</p><p>avançar nas linhas inimigas.</p><p>d) teve curta duração e não representou mudança em relação aos conflitos anteriores.</p><p>(UECE – 2007)</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi uma das mais sangrentas e dispendiosas guerras do mundo</p><p>contemporâneo. Sabe-se que não foram, apenas, dois tiros de pistola, um único ato – o</p><p>assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher Sofia –, o que assinalou o</p><p>conflito. Inúmeros outros fatores contribuíram para essa guerra.</p><p>Como fatores que contribuíram para a Primeira Guerra Mundial foram listados os seguintes:</p><p>I. Desde o século XIX, os povos dominados por outros países desenvolveram sentimentos</p><p>nacionalistas. Alguns se agruparam em alianças militares e disputaram a posse das colônias</p><p>e de outras terras.</p><p>II. A intensa rivalidade entre a Alemanha e a Áustria-Hungria, na disputa por mercados</p><p>consumidores para a venda de seus produtos industriais e a aquisição de matérias-primas,</p><p>acirrou-se, tomando proporções mundiais.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>62</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>III. Uma combinação de interesses geopolíticos e uma dose de anarquia internacional</p><p>resultaram na combinação de competições econômicas, chauvinismos nacionais e rivalidades</p><p>imperialistas.</p><p>Entretanto, é correto afirmar que:</p><p>a) Apenas o I contribuiu.</p><p>b) Apenas o I e o III contribuíram.</p><p>c) Apenas o II e o III contribuíram.</p><p>d) Apenas o I e o II contribuíram.</p><p>(UECE 2017)</p><p>O período que abrange os últimos anos do século XIX até o ano de 1914 apresenta inúmeros</p><p>acontecimentos que contribuíram para criar, na Europa, um clima de tensão e rivalidade entre</p><p>vários países, como a Áustria, a Sérvia, a Alemanha, a Rússia, a França e a Inglaterra. Mas foi</p><p>uma questão territorialmente delimitada o estopim do maior conflito nunca antes visto na</p><p>história da humanidade— a Primeira Guerra Mundial. Assinale a opção que corresponde ao</p><p>evento que marcou o início desse conflito.</p><p>a) Obrigação da França de devolver os territórios da Alsácia e Lorena para a Inglaterra.</p><p>b) Invasão Russa às regiões de população eslava (Bósnia, Croácia e Eslovênia).</p><p>c) Assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, gerando rivalidade entre a</p><p>Áustria e a Sérvia.</p><p>d) Aliança entre a Áustria e a Rússia por expansão territorial mútua.</p><p>(URCA 2020)</p><p>“(...) a Primeira Guerra Mundial foi seguida por um tipo de colapso verdadeiramente mundial,</p><p>sentido pelo menos em todos os lugares em que homens e mulheres se envolviam ou faziam</p><p>uso de transações impessoais de mercado” (Hobsbawm, Eric. Era dos extremos: o breve</p><p>século 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 pag. 91)</p><p>O contexto da Primeira Guerra Mundial também coincidiu com o acirramento dos conflitos</p><p>sociais e ideológicos no mundo todo, e o Brasil não ficou imune. (...) a política brasileira via</p><p>nascer atores influentes e ideologias; o parque industrial crescera; crescera também a classe</p><p>operária e suas organizações sindicais e políticas. (Napolitano, Marcos. História do Brasil</p><p>república: da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. São Paulo: Contexto, 2018. Pag.</p><p>38).</p><p>Os dois fragmentos textuais sinalizam aspectos históricos da Primeira Guerra Mundial numa</p><p>escala mundial e brasileira, assinale respectivamente os enunciados correspondentes.</p><p>A) A Primeira Guerra Mundial não envolveu as grandes potências econômicas do mundo e</p><p>todos os Estados europeus participaram de alguma forma; no Brasil se constituía a</p><p>possibilidade de uma perspectiva democrática no cenário político.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>63</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>B) O conflito entre 1914-1918 tem em seus pretextos de deflagração o interesse dos sérvios</p><p>em separar os eslavos do sul em pequenas comunidades independentes; na dimensão</p><p>nacional despontava um parque industrial instrumentalizado e produtivo.</p><p>C) Os países que se envolveram nos conflitos desenvolveram economias prósperas</p><p>especialmente; no Brasil se defendia incentivo a agricultura para o país sair do atraso.</p><p>D) As nações que estavam no epicentro do conflito saíram economicamente arruinadas,</p><p>sobretudo a Alemanha; no Brasil os militares expressavam as insatisfações da classe média e</p><p>defendiam políticas de industrialização.</p><p>E) O conflito alterou a geopolítica do mundo dividindo em dois mundos; as críticas do</p><p>movimento operário sustentavam as formas de condução do capitalismo.</p><p>(URCA 2020)</p><p>“Em 18 de janeiro de 1919 realizou-se a Conferência de Paris, composta pelos 70 delegados</p><p>dos trinta de dois países vencedores, sob a presidência do primeiro-ministro da França</p><p>Clemenceau, e sem a presença de representantes dos países vencidos. As decisões foram</p><p>tomadas pelos chamados ‘Dez Grandes’ (...), sendo que o poder de decisão ficou em mãos</p><p>dos ‘Quatro Grandes’, ou seja, Wilson, Clemenceau, Orlando e Saieneji” (WERNET, Augustin.</p><p>A Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Contexto, 1991, p. 55)</p><p>O resultado da reunião acima foi a assinatura do Tratado de Versalhes, segundo o qual</p><p>podemos corretamente afirmar:</p><p>A) A Alemanha foi obrigada a assinar o Tratado, o que gerou submissão incondicional e</p><p>cicatrizes no povo alemão que não foram superadas, favorecendo a subida ao poder de Adolf</p><p>Hitler;</p><p>B) A Alemanha recebeu a Alsácia-Lorena da França e teve que entregar parte de seus</p><p>territórios à Holanda e Dinamarca;</p><p>C) Foi criado o “corredor polonês” que dava aos russos acesso ao Oceano Atlântico e o</p><p>controle do porto de Dantzig;</p><p>D) Para compensar as perdas territoriais na Europa, os alemães receberam suas colônias na</p><p>África, desde que as dessem autonomia em 20 anos;</p><p>E) A Alemanha foi totalmente proibida de possuir armamentos e contingentes militares.</p><p>(UNEB 2017)</p><p>As políticas imperialistas e colonialistas do século XIX provocaram desdobramentos nas</p><p>sociedades mundiais, a exemplo</p><p>01) do processo civilizatório imposto às sociedades africanas, que evoluíram do estágio da</p><p>barbárie para o estágio de civilização, sob a influência da cultura branca, ocidental hebraica-</p><p>cristã.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>64</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>02) da universalização dos princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão</p><p>de 1789, ao garantir a aplicação dos princípios básicos da Revolução Francesa nas áreas</p><p>coloniais.</p><p>03) da insatisfação da Alemanha com a partilha da África, tensionando as relações</p><p>internacionais e contribuindo para o crescimento da corrida armamentista, que contribuíram</p><p>para a eclosão da Primeira Guerra Mundial.</p><p>04) das lutas pela libertação nacional, nas colônias afro-asiáticas, com o apoio da Alemanha</p><p>nazista, objetivando o enfraquecimento político e econômico da Inglaterra e da França.</p><p>05) da política de isolamento dos Estados Unidos, que se isentou das disputas por mercado</p><p>e da conquista por áreas de dominação imperialista, voltando-se para seu desenvolvimento</p><p>interno, após a Guerra de Secessão.</p><p>(UESB 2016)</p><p>“A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos</p><p>palestinos em 2005 — embora boa parte das fronteiras e territórios aéreos e marítimos ainda</p><p>seja controlada pelos israelenses. Em 2007, o grupo Hamas — considerado terrorista por</p><p>Israel — venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor</p><p>Fatah. O racha na administração fez com que o Hamas controlasse a Faixa de Gaza, e o Fatah</p><p>ficasse a cargo da Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não dialogam.” (COMO O</p><p>HAMAS..., 2015).</p><p>A origem dos conflitos árabe-israelenses localiza-se ainda no final da Primeira Guerra</p><p>Mundial, quando</p><p>01) ondas migratórias de judeus, influenciados pelo movimento sionista e pela política da</p><p>Inglaterra, ocuparam amplas regiões do território palestino.</p><p>02) o Império</p><p>Turco Otomano liberou as migrações judias para ocuparem territórios na</p><p>Europa Oriental.</p><p>03) os grupos judeus e árabes, perseguidos pelo nazismo, lutaram igualmente contra o</p><p>preconceito e a violência.</p><p>04) a descoberta e o controle da exploração do petróleo na região deram aos judeus o poder</p><p>econômico necessário ao domínio sobre todo o território palestino.</p><p>05) as migrações árabes para o território palestino foram proibidas pela Áustria e pela</p><p>Hungria, países vencedores da Primeira Guerra Mundial.</p><p>(UESB 2020)</p><p>Os anos em que antecederam a Primeira Guerra Mundial, cenário em que foi exibido o filme</p><p>O Grande Ditador, não foram marcados por nenhum conflito entre as nações europeias. No</p><p>entanto, entre o final do século XIX e o início do século XX, as principais nações envolvidas</p><p>nas disputas imperialistas realizaram uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica</p><p>sofreu grandes avanços nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas</p><p>possessões coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano. Na época relacionada</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>65</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>à I Grande Guerra e à II Guerra Mundial, as alianças buscavam satisfazer interesses políticos,</p><p>militares, geográficos, étnicos e econômicos, como se observa</p><p>01) na Santa Aliança, que buscava a proteção da Igreja para os projetos expansionistas da</p><p>União Soviética no Oriente Médio.</p><p>02) na Tríplice Aliança, que, no período anterior à Primeira Grande Guerra, aproximou a</p><p>Alemanha, a Itália e a Áustria/Hungria, em defesa de interesses territoriais na Europa Central.</p><p>03) na formação da OTAN, que reunia todos os aliados que lutavam contra a expansão</p><p>estadunidense no Golfo Pérsico, com a ameaça do uso de armas atômicas.</p><p>04) na extinção do Pacto de Varsóvia, que se opunha à expansão militar da Rússia no leste</p><p>europeu apoiada pelo Estado de Israel e pelo Estado Palestino.</p><p>05) nos compromissos militares e ideológicos firmados pelos BRICS durante a Guerra Fria,</p><p>colocando em risco o equilíbrio do mercado do petróleo internacional.</p><p>(Mackenzie 2009)</p><p>"Em 1916, em meio à guerra, Marcel Duchamp (1887-1968) produzia a obra Roda de</p><p>bicicleta. Nem a roda servia para andar, nem o banco servia para sentar. Algo aparentemente</p><p>irracional, ilógico, diriam muitos (...). Mais do que uma outra forma de produzir arte,</p><p>Duchamp estava propondo uma outra forma de ver a arte, de olhar para o mundo. (...) Depois</p><p>de sua Roda de bicicleta, o mundo das artes não seria mais o mesmo. Depois da Primeira</p><p>Guerra Mundial, o mundo não seria mais o mesmo."</p><p>Flávio de Campos e Renan G. Miranda, "Primeira Guerra Mundial (1914-1918)".</p><p>De acordo com o texto acima, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)</p><p>a) fortaleceu a crença dos homens da época na capacidade de construção de uma sociedade</p><p>melhor, por meio da racionalidade tecnológica.</p><p>b) consolidou a hegemonia cultural europeia perante o mundo ocidental, desprezando as</p><p>demais manifestações artísticas.</p><p>c) possibilitou o surgimento de novas vanguardas artísticas, preocupadas em defender os</p><p>modelos acadêmicos clássicos europeus.</p><p>d) assinalou a crise da cultura europeia, baseada no racionalismo e no fascínio iluminista pela</p><p>tecnologia e pelo progresso.</p><p>e) manifestou a decadência cultural em que se encontrava o mundo ocidental na segunda</p><p>metade do século XIX.</p><p>(Mackenzie 2000)</p><p>Segundo o historiador Eric J. Hobsbawn, a discussão sobre a gênese da Primeira Guerra Mundial tem</p><p>sido ininterrupta desde agosto de 1914.</p><p>A questão permaneceu viva porque o problema das origens das guerras mundiais infelizmente tem se</p><p>recusado a desaparecer desde 1914. De fato, em nenhum outro ponto a vinculação entre as</p><p>preocupações passadas e presentes é mais evidente que na história da Era dos Impérios.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>66</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Assinale a alternativa que apresenta as causas da I Guerra Mundial.</p><p>a) O imperialismo, o rompimento do equilíbrio europeu, o nacionalismo, a política das alianças, as</p><p>questões balcânicas, o incidente de Sarajevo.</p><p>b) A ascensão militar dos EUA, o fascismo, o desemprego, a partilha da África, o neocolonialismo e o</p><p>desmembramento da Tchecoslováquia.</p><p>c) O Anschluss, a Política de apaziguamento, a crise da Etiópia, a formação do Eixo, a Conferência de</p><p>Versalhes.</p><p>d) O fim dos Impérios Otomano e Áustro-Húngaro, a formação da Tríplice Entente, o Plano Schlieffen,</p><p>o assassinato do Arquiduque Ferdinando.</p><p>e) A crise do Marrocos, o Pan-eslavismo russo, a ascensão de Lênin, a partilha da África e da Ásia, e o</p><p>surgimento da Liga das Nações.</p><p>(Mackenzie 2014)</p><p>A respeito da Primeira Guerra Mundial (1914–1918), analise o texto que se segue.</p><p>[Na França] (...) a bandeira tricolor, ou seja, o repúdio da bandeira branca (a monarquia) e da bandeira</p><p>vermelha (o socialismo), e a soma das duas cores ao azul simbolizam emblematicamente um consenso</p><p>que reunia laicos e cristãos. Os padres se revelaram oficiais tão bons quanto os professores. (...). A</p><p>França e a Alemanha, duas nações cristãs, se massacraram durante mais de quatro anos. Hoje é</p><p>possível apontar certa ingenuidade nesse ardor patriótico: no entanto, foi ele que permitiu a vitória à</p><p>França e, para os alemães, evitou que suas forças armadas se desintegrassem em 1918.</p><p>Gerard Vincent. Uma história do segredo</p><p>Pela análise do texto, conclui-se que uma ideologia está por trás da discussão. Essa mesma ideologia</p><p>esteve não somente entre as causas da Grande Guerra, mas também nas insatisfações que levariam à</p><p>Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Trata-se do</p><p>a) internacionalismo.</p><p>b) socialismo.</p><p>c) nacionalismo.</p><p>d) liberalismo econômico.</p><p>e) nazifascismo.</p><p>(ESPM 2014)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>67</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>As imagens apresentadas são emblemáticas de um</p><p>devastador conflito e fizeram o crítico literário, ensaísta,</p><p>tradutor, ficcionista e poeta Walter Benjamin afirmar:</p><p>Em vista de tais armas o ritmo do conflito bélico</p><p>vindouro será ditado pela tentativa não só de defender-</p><p>se, mas também de suplantar os terrores provocados</p><p>pelo inimigo por terrores dez vezes maiores.</p><p>(Walter Benjamin. “As armas do futuro”. In: Ilustríssima/</p><p>Folha de São Paulo, 28/07/2013)</p><p>As imagens e o texto remetem para:</p><p>a) Guerra Civil Norte-Americana.</p><p>b) Guerra dos Boeres.</p><p>c) Guerra Civil Espanhola.</p><p>d) Primeira Guerra Mundial.</p><p>e) Guerra Fria.</p><p>(Espm 2018)</p><p>À noite, arrastando-se pela cratera de projétil e enchendo-a, a lama observa, como um enorme polvo.</p><p>Chega à vítima. Deita-lhe a sua baba venenosa, cega-a, aperta o círculo à volta dela, enterra-a. Mais</p><p>um disparo, mais um que se foi... os homens morrem da lama, como morrem de balas, mas é mais</p><p>horrível. A lama é onde os homens se afundam e – o que é pior – onde afundam suas almas. A lama</p><p>esconde os galões das divisas, há apenas pobres bestas que sofrem. Vejam, ali, manchas vermelhas</p><p>num mar de lama – sangue de um homem ferido. O inferno não é o fogo, isso não seria o máximo do</p><p>sofrimento. O inferno é a lama!</p><p>(Martin Gilbert. A Primeira Guerra Mundial)</p><p>O texto, escrito por soldados franceses, testemunho do que ocorria em 1917, é uma perfeita descrição</p><p>da:</p><p>a) Guerra de movimento;</p><p>b) Blitzkrieg;</p><p>c) Guerra de trincheiras;</p><p>d) Guerra de mentira;</p><p>e) Guerra suja.</p><p>(ESPM 2015)</p><p>“Foi um período caracterizado por rápidas investidas. Os alemães invadiram a Bélgica, cuja resistência</p><p>heroica, notadamente em Liège, possibilitaria a plena mobilização dos franceses e dos russos. Apesar</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>68</p><p>150</p><p>AULA</p><p>16: História Contemporânea IV</p><p>dos esforços franceses, 78 divisões germânicas armadas com artilharia pesada chegaram às vizinhanças</p><p>de Paris. Graças à extrema habilidade do general Joffre, os alemães foram obrigados a recuar até o</p><p>vale do Rio Marne, onde em setembro foi disputada a primeira batalha do Marne com a participação</p><p>de 2 milhões de homens.” (Luiz Cesar Rodrigues. A Primeira Guerra Mundial)</p><p>A primeira batalha do Marne tratada no texto deve ser relacionada com:</p><p>a) a Blitzkrieg, estratégia de guerra alemã que combinava o rápido avanço de tropas de infantaria com</p><p>o apoio aéreo e de blindados;</p><p>b) a guerra de trincheiras, cenário que dominou todo o curso da Primeira Guerra Mundial;</p><p>c) a guerra de movimento, adotada no início da Primeira Guerra Mundial pelos alemães, estratégia que</p><p>fazia parte do chamado Plano Schlieffen;</p><p>d) a primeira batalha em que se registrou o emprego do gás como arma, recurso utilizado pelos</p><p>alemães;</p><p>e) o sucesso do plano escolhido pelos alemães para derrotar rapidamente a França, pois com a vitória</p><p>na Batalha do Marne os alemães conquistaram Paris.</p><p>(ESPM 2005)</p><p>Verdun constituiu-se na mais sangrenta batalha da guerra. A liderança do general Henri Philippe</p><p>Pétain, a tenacidade da infantaria francesa e as fortificações bem construídas de concreto e aço</p><p>permitiram à França resistir com firmeza. A guerra não era mais uma aventura romântica. Um jovem</p><p>soldado francês, pouco antes de morrer, expressou o espírito de desilusão que acometera os</p><p>sobreviventes da guerra de trincheira: "A humanidade é louca para fazer o que está fazendo. Que</p><p>massacre! Que cenas de horror e carnificina. Não consigo encontrar palavras para traduzir minhas</p><p>impressões. O inferno não pode ser tão terrível. Os homens estão loucos!" A França e a Alemanha</p><p>sofreram mais de um milhão de baixas nessa batalha.</p><p>Marvin Perry. "Civilização Ocidental"</p><p>A batalha mencionada no texto ocorreu:</p><p>a) Nas Guerras Napoleônicas.</p><p>b) Na Guerra Franco-Prussiana de 1870.</p><p>c) Na Primeira Guerra Mundial.</p><p>d) Na Guerra da Criméia.</p><p>e) Na Segunda Guerra Mundial.</p><p>(Mackenzie 2018)</p><p>Pierre A. Renoir, artista francês, ao realizar seu trabalho,</p><p>Baile no Moulin de la Galete, em 1876, registrou a</p><p>alegria, otimismo e a intensa movimentação em Paris, no</p><p>final do século XIX: a Belle Époque. Esse período,</p><p>marcado por um intenso progresso científico e</p><p>tecnológico que, de forma acelerada, apontava para um</p><p>período de prosperidade e paz.</p><p>Todavia, sob a aparente tranquilidade e segurança desse</p><p>cenário, desenrolavam-se inúmeros fatores de</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>69</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>insatisfação, que acabaram por levar à Grande Guerra de 1914. A respeito dos precedentes que</p><p>levaram ao conflito mundial, é incorreto afirmar que</p><p>a) a Alemanha, para combater a concorrência comercial, adotou uma política de expansão pelo uso da</p><p>força militar, fechando-se perante qualquer solução diplomática, provocando inúmeros atritos com os</p><p>demais países, que só foram solucionados por meio da guerra.</p><p>b) apesar de persistirem antigas rugas, entre Inglaterra e França, os mesmos se aliaram, junto com a</p><p>Rússia, em 1907, formando a Tríplice Entente, com o objetivo de combater os interesses imperialistas</p><p>alemães, sobre os mercados chineses e africanos.</p><p>c) mesmo apresentando um cenário tranquilo, várias nações europeias se dedicaram em fortalecer o</p><p>exército, marinha, e adotar o serviço militar obrigatório. Esse período, de corrida armamentista e</p><p>ausência de guerras, ficou conhecido como Paz Armada (1870-1914).</p><p>d) os países europeus tinham necessidade de expandirem seus mercados consumidores e, na disputa</p><p>pelos mesmos, fizeram surgir diversas zonas de tensão, além de despertarem o sentimento cívico e</p><p>patriótico, nas regiões sob o domínio estrangeiro.</p><p>e) o atentado de Sarajevo acabou se tornando o estopim para o início da guerra, não tanto pela</p><p>gravidade do fato em si, mas, sobretudo, devido à série de acordos e alianças, que foram estabelecidos</p><p>entre vários países, que se comprometiam a se auxiliarem mutuamente.</p><p>(Mackenzie 1996)</p><p>A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o México, prometendo-lhe ajuda na reconquista</p><p>de territórios perdidos para os E.U.A.</p><p>b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica franco-inglesa e enviaram um grande</p><p>contingente de soldados ao fronte.</p><p>c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria em risco os investimentos norte-americanos</p><p>na Europa.</p><p>d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A. rompeu a neutralidade, declarando guerra às</p><p>forças do Eixo.</p><p>e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta, dando um novo alento à Entente.</p><p>5. GABARITO</p><p>1. D</p><p>2. A</p><p>3. A</p><p>4. D</p><p>5. B</p><p>6. D</p><p>7. C</p><p>8. A</p><p>9. B</p><p>10. B</p><p>11. B</p><p>12. A</p><p>13. D</p><p>14. E</p><p>15. A</p><p>16. C</p><p>17. C</p><p>18. 17</p><p>19. 23</p><p>20. 14</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>70</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>21. 41</p><p>22. 61</p><p>23. 33</p><p>24. C</p><p>25. B</p><p>26. A</p><p>27. E</p><p>28. B</p><p>29. A</p><p>30. D</p><p>31. B</p><p>32. A</p><p>33. A</p><p>34. D</p><p>35. E</p><p>36. C</p><p>37. B</p><p>38. E</p><p>39. B</p><p>40. D</p><p>41. E</p><p>42. C</p><p>43. A</p><p>44. A</p><p>45. D</p><p>46. A</p><p>47. A</p><p>48. C</p><p>49. B</p><p>50. C</p><p>51. C</p><p>52. B</p><p>53. C</p><p>54. D</p><p>55. A</p><p>56. 03</p><p>57. 01</p><p>58. 02</p><p>59. D</p><p>60. A</p><p>61. C</p><p>62. D</p><p>63. C</p><p>64. C</p><p>65. C</p><p>66. A</p><p>67. D</p><p>6. QUESTÕES COMENTADAS</p><p>(ENEM DIGITAL 2020) 4000092003</p><p>“A década que se segue ao fim da guerra constitui praticamente uma continuação desta</p><p>com a acomodação difícil de seus resultados. A ruptura do sistema internacional com a Revolução</p><p>Soviética, a ascensão dos Estados Unidos, o recuo da Europa e o início da contestação anticolonial</p><p>marcam uma década que para muitos foi de pessimismo e para alguns de ilusão, que bruscamente</p><p>se encerra com a quebra da bolsa de Nova Iorque. Com a crise de 1929 terá início a preparação</p><p>de uma nova guerra mundial”.</p><p>VIZENTINI, P. G. F. Primeira Guerra Mundial. Porto Alegre: UFRGS, 2006 (adaptado).</p><p>Os eventos mencionados no texto contribuíram fortemente para a ascensão de regimes</p><p>propensos a um novo conflito armado, pois</p><p>a) perturbaram a dinâmica de equilíbrio demográfico.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>71</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>b) dificultaram a adesão a ideologias de viés socialista.</p><p>c) favoreceram a ascensão de grupos anarquistas ao poder.</p><p>d) corroeram a crença na legitimidade das democracias liberais.</p><p>e) deterioraram a confiança no salvacionismo dos exércitos nacionais.</p><p>Comentários</p><p>Em primeiro lugar, note que a guerra a qual o texto faz referência é a Primeira Guerra Mundial</p><p>(1914-1918), visto que a Crise de 1929 é apontada como um fator que agravou os efeitos da crise</p><p>gerada pelo dito conflito. Aliás, fatores como esses são o grande tema da questão, que enfoca o</p><p>período entreguerras (1919-1939) e a ascensão de regimes propensos a um novo conflito armado.</p><p>Antes de terminar a Primeira Guerra, A Rússia viveu uma revolução, em 1917, a qual teve</p><p>repercussão no mundo todo. Liderada por Lênin, esta seria a primeira experiência socialista na</p><p>história. No entanto, tal situação levou os russos a abandonar a guerra. Com o fim desta, o mundo</p><p>europeu iniciava a sua reconstrução, após as assinaturas dos Tratados de Paz. Contudo, a situação</p><p>crítica da Europa fez surgir movimentos totalitários como o fascismo, na Itália, e o nazismo, na</p><p>Alemanha. Ao chegarem ao poder nesses países, reacenderam os conflitos que levaram à Segunda</p><p>Guerra Mundial. Por outro lado, a nova grande potência econômica e militar no cenário mundial,</p><p>os EUA, enfrentou uma gravíssima crise econômica, conhecida como Grande Depressão, ou Crise</p><p>de 1929. Além disso, muitas potências europeias prejudicas</p><p>de conquista de territórios.</p><p>A questão é que não havia regra ou acordo internacional capaz de estabelecer bases nas</p><p>quais se dariam a ocupação e a legitimação das conquistas de cada uma das potências. Muito pelo</p><p>contrário, predominavam medidas econômicas protecionistas, sobretudo, porque o Capitalismo</p><p>tinha atingido sua fase monopolista e financista. Dessa maneira, grandes empresas, holdings e</p><p>carteis pressionavam os governos de seus países a ampliar áreas de influência e de dominação, a</p><p>qualquer custo.</p><p>Nesse cenário, Inglaterra, França e Alemanha eram grandes concorrentes entre si. A</p><p>Inglaterra possuía mais colônias e, por meio das suas casas bancárias, concentrava metade dos</p><p>capitais investidos no mundo. Em segundo lugar, em número de áreas coloniais vinha a França.</p><p>Mas a Alemanha já era a maior produtora de aço e armas do mundo, constituindo ameaça real ao</p><p>poder britânico.</p><p>Nacionalismo</p><p>Conexo a essas disputas imperialistas estavam os movimentos e sentimentos nacionalistas.</p><p>O nacionalismo foi um sentimento, uma prática e uma política com múltiplos sentidos.</p><p>Nesse contexto histórico ele estava expresso na ideia liberal de soberania popular – que pode ser</p><p>desdobrada em termos de direitos políticos, como escolher seus próprios representantes políticos,</p><p>e direitos civis, como liberdade de expressão e de estabelecer contratos.</p><p>Além disso, o nacionalismo é sentimento de pertencimento, de história comum e é</p><p>identidade étnico-cultural. Existem inúmeros povos-nação, ou seja, nações que, não</p><p>necessariamente, estão representados em fronteiras territoriais e políticas.</p><p>CORRIDA IMPERIALISTA:</p><p>BUSCA POR 3M's</p><p>Mercado</p><p>consumidor</p><p>Mão de obra</p><p>barata</p><p>Matéria-</p><p>prima</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>8</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Portanto, o nacionalismo também pode se expressar em uma política territorial cuja</p><p>pretensão é dar uma dimensão física, territorial e fronteiriça para o estabelecimento de uma</p><p>nacionalidade.</p><p>Vimos que as Unificações de Itália e Alemanha são resultantes da constituição de</p><p>movimentos políticos com muitos interesses econômicos e políticos, muito além de meros</p><p>sentimentos de pertencimento e de identidades de ordem cultural.</p><p>Nesse sentido, foi essa última perspectiva que prevaleceu no final do século XIX e no</p><p>começo do XX e, de certa forma, amplificou as rivalidades entre as potências europeias. Vamos</p><p>lembrar do final da unificação alemã e a derrota que este país impôs à França, com crueldade –</p><p>como impedir os franceses de enterrarem seus mortos, ou ainda ao fazer a coroação de Guilherme</p><p>I em pleno Palácio de Versalhes, que tem um simbolismo agressivo.</p><p>A Alemanha também anexou territórios franceses como Alsácia-Lorena (grandes reservas</p><p>de metal e carvão). Isso gerou um sentimento de vingança nos franceses que os historiadores</p><p>chamam de revanchismo francês.</p><p>Além do revanchismo francês, com impacto imediato nesse contexto de tensão e de</p><p>belicismo, havia políticas nacionalistas de grandes estados que pretendiam agrupar povos</p><p>semelhantes, étnico-culturalmente, sob um mesmo território. Para os casos que veremos logo</p><p>mais, isso significou uma política expansionista. Veja:</p><p>A questão é que eslavos e germânicos viviam misturados nos mesmos territórios,</p><p>sobretudo, na região dos Balcãs. Nesse sentido, é muito importante que você entenda como a</p><p>Europa estava organizada político-territorialmente antes da Guerra.</p><p>• Movimento nacionalista que buscava a união dos povos</p><p>eslavos da Europa oriental. Era orientado e liderado</p><p>pelo governo do czar russo da dinastia dos Romanov.</p><p>Pan-eslavismo:</p><p>• Movimento nacionalista que visava anexar à Alemanha</p><p>territórios da Europa Oriental onde viviam germânicos. Pangermanismo</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>9</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Europa início do Século XX, antes da 1ª Guerra Mundial.</p><p>Observem e anotem o fato de que a divisão territorial não necessariamente estava de</p><p>acordo com os múltiplos grupos étnico nacionais. No caso dos Impérios, sobretudo, o Império</p><p>Austro-Húngaro havia muitos grupos vivendo sob o governo que não escolheram e que não</p><p>representava sua etnia.</p><p>Além disso nos Balcãs (no círculo vermelho) viviam inúmeros povos com culturas, línguas e</p><p>religiões distintas. Nesse começo do século XIX, influenciados pelas ideias de nacionalidade,</p><p>buscaram criar seus próprios países. Mas os interesses das grandes potências constituíam-se como</p><p>um obstáculo a isso porque, na prática, a resultante seria uma fragmentação territorial que</p><p>impactaria a lógica imperialista predominante naquele contexto.</p><p>Além disso, quero que observe bem a região dos Balcãs e a região dominada pelo Império</p><p>turco-Otomano. Ela é uma região estratégica militar e economicamente porque dá acesso ao</p><p>Mediterrâneo e ao Oriente Médio.</p><p>Veja no Mapa, o círculo laranja representa o Estreito de Bósforo e o círculo azul representa</p><p>do Estreito de Dardanelos. Ambos ligam a Europa ao Oriente Médio (Ásia), ou seja, ao PETRÓLEO</p><p>– que, naquele momento, já representava uma importante alternativa energética no processo de</p><p>expansão do capitalismo. Mas os estreitos eram controlados pelos turcos e sobre eles existiam</p><p>garantias internacionais de navegação comercial e restrições na sua utilização militar, desde a</p><p>segunda metade do século XIX.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>10</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Não podemos esquecer da importância comercial do Rio Danúbio, em cujas margens está</p><p>situada Viena, a capital austríaca, e Belgrado, a capital da Sérvia. Esse rio atravessa vastos</p><p>territórios controlados, na época, pelo Império Otomano, para ir desaguar no Mar Negro. Este</p><p>mar interior comunica-se com o Mediterrâneo pelos estreitos do Bósforo e de Dardanelos.</p><p>Bem, Bixo, parece que isso explica algumas coisas sobre a região dos Balcãs ser uma área</p><p>de disputas e interesses até os dias atuais, né?</p><p>Paz Armada e Sistema de Alianças</p><p>Alguns historiadores denominam esse momento de rivalidades belicistas sem guerra, mas</p><p>ameaças de explodirem a qualquer momento de “Paz Armada”.</p><p>Nesse contexto, as potências europeias iniciaram uma corrida armamentista que significava</p><p>entre outros elementos:</p><p>A partir de 1907, a Europa estava dividida em 2 blocos de alianças:</p><p>Aumentar suas indústrias bélicas;</p><p>Aumentar seu efetivo militar;</p><p>Criar Tratados de Alianças entre si.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>11</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Em relação aos momentos críticos da conjuntura que definiram a forma e o momento do</p><p>início da guerra, há dois elementos que nos ajudam a compreender a intensificação da tensão</p><p>existente.</p><p>❖ Crise do Marrocos (1905-1911)</p><p>Foi um conflito entre a França e a Alemanha por territórios no Marrocos. Tentou-se</p><p>estabelecer um acordo, mas a França foi considerada soberana no Marrocos. A</p><p>Alemanha ficou inconformada e continuou reivindicando direitos. Então, em 1911, a</p><p>França cedeu uma parte do Congo para tentar evitar a fúria da Alemanha, que se</p><p>mostrava extremamente belicista.</p><p>❖ Crise dos Balcãs (1908-1914)</p><p>Como vimos acima, os Balcãs constituíram-se em um dos principais focos de atrito</p><p>entre as potências europeias envolvendo interesses nacionalistas e econômicos. Em</p><p>1908, o Império Austro-húngaro invadiu, ocupou e anexou a região da Bósnia-</p><p>Herzegovina que era etnicamente eslava. Assim, a Sérvia e, indiretamente, a Rússia</p><p>não aceitaram essa situação. A Sérvia pretendia unificar-se com a Bósnia para</p><p>conquistar uma saída para o Mar. Era o Projeto da Grande Sérvia. O próprio povo</p><p>Bósnio não queria, pois estava em processo de independência política em relação</p><p>ao Império Otomano. Nesse contexto, formaram-se alguns grupos que passaram a</p><p>usar táticas violentas</p><p>seja pelos prejuízos da guerra, seja</p><p>pelos efeitos da crise de 1929, tiveram sua dominação colonial em outros continentes</p><p>enfraquecida, o que fortaleceu muitos movimentos de independência nessas regiões. O período</p><p>entre 1917 e 1930 reconfigurou os processos políticos e sociais do mundo ocidental. Da revolução</p><p>aos regimes totalitários, as transformações conviviam com os traumas deixados pela Primeira</p><p>Guerra. Com esse contexto em mente, vejamos:</p><p>a) Incorreta. Na verdade, o que causou desequilíbrio demográfico foi a guerra, com as incontáveis</p><p>mortes causadas, não a Revolução Russa ou os movimentos anticoloniais, entre outros processos</p><p>que se desenrolavam no entreguerras.</p><p>b) Incorreta. Como mencionei no comentário, a Revolução Russa teve repercussão em todo</p><p>mundo. Em vários lugares onde já havia movimentos de caráter socialista ganharam mais</p><p>inspiração e ânimo, acreditando que em breve seria possível fazer o mesmo em seus países. Os</p><p>ecos revolucionários tiveram mais repercussão na Ásia e no Leste europeu, mas também inspirou</p><p>muitas lutas anticoloniais nas várias possessões europeias nos demais continentes.</p><p>c) Incorreta. Apesar dos ventos revolucionários que circulavam pelo mundo, os anarquistas não</p><p>ascenderam em lugar algum. Aliás, anarquistas passaram a ser perseguidos tanto por regimes</p><p>capitalistas e de direita quanto pela própria União Soviética que via neles uma fonte de</p><p>contestação às diretrizes adotadas pelo Estado soviético.</p><p>d) Correta! As democracias liberais vinham ganhado cada vez mais espaço desde o século XIX. No</p><p>entanto, com a Primeira Guerra elas sofreram grandes abalos. Em primeiro lugar, a guerra, que</p><p>contou com a participação de várias delas (Inglaterra, França, EUA, entre outras), foi considerada</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>72</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>uma verdadeira crise humanitária devido às mortes e à destruição causadas. Após o conflito, a</p><p>crise econômica e social causada por ele gerou também uma crise política. As democracias</p><p>europeias não tinham recursos suficientes para manter o crescimento econômico e amparar a</p><p>população. Com isso, ideologias alternativas, muitas delas de caráter totalitário, ganha mais</p><p>espaço na opinião pública, como o nazismo e o fascismo, ideologias que pregam Estados nacionais</p><p>fortes, militarizados que exaltavam a guerra.</p><p>e) Incorreta. Na realidade, os exércitos nacionais eram vistos como verdadeiros heróis em seus</p><p>países e como as grandes vítimas do conflito, uma vez que muitos combatentes morreram ou</p><p>sobreviveram com sequelas. Além disso, em ideologias como o fascismo e o nazismo, que</p><p>pregavam uma sociedade militarizada, os exércitos eram exaltados e visto como modelo para</p><p>organizar o Estado e a nação.</p><p>Gabarito: D</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>Les Demoiselles d’Avignon, pintura de Pablo Picasso, 1907. The Metropolitan Museum of</p><p>Art, Nova York.</p><p>A concepção cubismo enquanto movimento artístico teve elementos tais quais</p><p>a) a fragmentação geométrica e o diálogo com a arte africana.</p><p>b) a harmonia e o equilíbrio entre as formas.</p><p>c) utilização de formas figurativas e descritivas acessíveis à população.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>73</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>d) formas sinuosas e exuberantes, além da busca pela representação do movimento.</p><p>e) composições marcadas pela intensidade passional e dramática.</p><p>Comentários</p><p>O cubismo surgiu na França em 1907 e é o primeiro movimento das vanguardas europeias,</p><p>inaugurado com a obra As senhoritas de Avignon, de Pablo Picasso. Ele envolve manifestações</p><p>artísticas na pintura, escultura, música e literatura. Esse movimento apareceu em uma época</p><p>marcada por inovações tecnológicas, novas perspectivas científicas, e pelas muitas tensões</p><p>políticas que antecederam a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). É caracterizado pelo</p><p>geometrismo, pela ruptura com o academicismo e pela fragmentação de objetos e perspectivas.</p><p>a) Correto! O cubismo foi um estilo artístico de vanguarda, fortemente influenciado pela</p><p>arte africana, sobretudo no que diz respeito à escultura e máscaras. Além disso, uma de suas</p><p>características mais notáveis é a apresentação de diversos pontos de vista pelos quais um objeto</p><p>pode ser observado.</p><p>b) Incorreto. O cubismo é marcado por formas não acabadas, fragmentadas e pela distorção</p><p>da realidade. Além disso, o movimento rompe com conceitos de harmonia, proporção, beleza e</p><p>perspectiva, culminando no antitradicionalismo.</p><p>c) Incorreto. Esta alternativa descreve a arte figurativa, ou figurativismo, estilo de cunho</p><p>visual que objetiva representar o mundo da forma fiel e próxima da realidade.</p><p>d) Incorreto. O barroco, e não o cubismo, foi um movimento artístico cujas obras se</p><p>caracterizam pelo esplendor exuberante, pela diversidade temática, além da busca pela</p><p>representação do momento através da sobreposição de formas sinuosas e dinâmicas.</p><p>e) Incorreto. A arte romântica se caracteriza pela dramaticidade das composições, e pelo</p><p>apelo ao sentimentalismo, o subjetivismo e o egocentrismo.</p><p>Gabarito: A</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>“A guerra atual é, por parte de ambos os grupos de potências beligerantes, uma guerra (...)</p><p>conduzida pelos capitalistas pela partilha das vantagens que provêm do domínio sobre o</p><p>mundo, pelos mercadores do capital financeiro (bancário), pela submissão dos povos fracos</p><p>etc.”.</p><p>“Resolução sobre a Guerra”, publicada no jornal Pravda, abril de 1917.</p><p>A relação entre industrialização e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) está associada</p><p>a) a revolução socialista deflagrada na Rússia, em 1905.</p><p>b) ao surgimento do nazismo na Alemanha e ao chamado “revanchismo alemão”.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>74</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>c) à desagregação do Império Turco-Otomano, em consequência da Crise do Marrocos.</p><p>d) à execução do rei Luís XVI, na França, durante a Primavera dos Povos de 1848.</p><p>e) à corrida imperialista e à intensificação do nacionalismo entre os europeus.</p><p>Comentários</p><p>Antes tudo, repare que o tema da questão são as causas que levaram à eclosão da Primeira</p><p>Guerra Mundial, ocorrida entre 1914-1918. Havia dois grandes blocos de alianças que se</p><p>opunham no conflito: a Tríplice Entente (T. E.), composta por Inglaterra, França e Rússia; e a</p><p>Tríplice Aliança (T. A.), formada pela Alemanha, Império Austro-Húngaro, Itália e Império</p><p>Turco-Otomano. Ao decorrer do conflito outras nações foram envolvidas, como os EUA que</p><p>entrou na guerra ao lado da T. E.; algumas trocaram de lado como, como Itália, que deixou</p><p>os aliados para se juntar à T. E. nos últimos momentos; e a Rússia, deixou a guerra em 1917,</p><p>devido a eclosão de uma revolução interna. Agora, prestando mais atenção no texto</p><p>destacado pelo enunciado, note que o autor afirma que a guerra foi “conduzida pelos</p><p>capitalistas pela partilha das vantagens que provêm do domínio sobre o mundo, pelos</p><p>mercadores do capital financeiro (bancário), pela submissão dos povos fracos”. Lembra que</p><p>no século XIX as principais potências europeias em processo de industrialização acelerada</p><p>passaram a disputar o monopólio sobre o comércio internacional e mercados consumidores</p><p>estrangeiros, sobretudo na África e na Ásia? Guarde essa informação e vamos às alternativas:</p><p>a) Incorreta. A revolução socialista só teve lugar na Rússia em 1917, ou seja, após o início da</p><p>guerra.</p><p>b) Incorreta. O nazismo só surgiu na Alemanha no período entreguerras (1919-1938), nutrido</p><p>pelo revanchismo alemão em relação a derrota desse país na Primeira Guerra.</p><p>c) Incorreta. O Império Turco-Otomano só foi desmembrado com o fim da Primeira Guerra.</p><p>Além disso, esse país não esteve envolvido na Crise do Marrocos (1905-1911), a qual se</p><p>tratava de um desentendimento entre França e Alemanha</p><p>sobre direitos comerciais no</p><p>território marroquino. De fato, esta crise foi uma das motivações para eclosão da Primeira</p><p>Guerra mais tarde.</p><p>d) Incorreta. Na verdade, Luís XVI foi executado em 1792, durante o segundo governo</p><p>revolucionário francês (Primeira República Francesa ou Convenção, 1792-1795), muito antes</p><p>da Primeira Guerra e mesmo da Primavera dos Povos de 1848.</p><p>e) Correta! Imperialismo é o nome dado à dominação de um país sobre o outro, que pode</p><p>se dar de várias formas, mas quase sempre envolve pressão militar e imposição de tratados</p><p>comerciais e diplomáticos desiguais entre as partes. Com a perda de grande parte das</p><p>colônias europeias na América, as nações industrializadas da Europa precisavam encontrar</p><p>novos territórios que poderiam fornecer matérias-primas e mercadores consumidores para</p><p>sua produção industrial que crescia aceleradamente. Contudo, paralelamente, o</p><p>nacionalismo ia ganhando os corações e mentes de muitos europeus, o que acabou</p><p>fomentando a competividade entre eles. Além disso, muitos países europeus abrigavam</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>75</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>diferentes grupos étnicos sob um mesmo governo, o que aumentou os conflitos</p><p>nacionalistas, pois cada grupo defendia que fosse criado um Estado próprio para representá-</p><p>los. De forma complexa, imperialismo, industrialização e nacionalismo se combinavam de</p><p>modo que cada nação tentava monopolizar as relações comerciais a nível internacional com</p><p>territórios africanos e asiáticos, além de tentar consolidar seu domínio sobre as etnias</p><p>presentes em seu próprio território. Assim, a Primeira Guerra pode ser entendida como o</p><p>escalonamento dessas tensões e disputas.</p><p>Gabarito: A</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>“Para os socialistas da segunda metade do século XIX (...) a Revolução Francesa é portadora</p><p>de uma esperança que tem um nome, mas não possui ainda um rosto. Tudo muda com 1917.</p><p>A partir de então a Revolução Socialista possui um rosto: a Revolução Francesa deixa de ser</p><p>a matriz a partir da qual pode e deve elaborar-se uma outra revolução libertadora”.</p><p>FURET, F. Ensaios sobre a Revolução Francesa, Lisboa: A Regra do Jogo, 1978, p. 138.</p><p>É possível estabelecer uma relação entre revoluções francesa e russa, pois</p><p>a) a primeira delas foi inspiradora da segunda, mas a Francesa teve caráter burguês e a Russa</p><p>aristocrático.</p><p>b) as duas revoluções manifestaram caráter exclusivamente político, sendo ambas portadoras</p><p>de propostas liberais e socialistas.</p><p>c) a primeira delas foi inspiradora da segunda, mas a Francesa foi dirigida pelos sans-cullotes</p><p>e a Russa pelos bolcheviques.</p><p>d) as duas revoluções contiveram, em seu interior, variadas propostas e revelaram, ao final,</p><p>a vitória de projetos socialmente transformadores.</p><p>e) a primeira delas foi inspiradora da segunda, mas a Francesa teve efeitos apenas nacionais</p><p>e a Russa expandiu-se para além de suas fronteiras.</p><p>Comentários</p><p>O tema da questão é uma comparação entre a Revolução Francesa, de 1789, e a Revolução</p><p>Russa, de 1917. Veja, para responder corretamente, devemos nos lembrar alguns elementos de</p><p>cada contexto. No caso da França, no século XVIII, a revolução foi desencadeada pela crise</p><p>econômica, política e social que o país passava. Enquanto a Corte e a nobreza viviam no luxo, sem</p><p>pagar impostos, a maioria esmagadora da população estava na pobreza e/ou pagando altas</p><p>quantias em tributos para sustentar os primeiros. Paralelamente, o povo queria mais participação</p><p>política na tomada de decisões do Estado, exatamente para mudar essa situação. Porém, o</p><p>monarca, aliado a nobreza e ao clero, resistiram ao máximo a fazer tal concessão, culminando no</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>76</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>fechamento da Assembleia dos Estados Gerais que, por sua vez, foi o estopim da revolução em</p><p>1789.</p><p>No caso russo, nas primeiras décadas do século XX, o país era também uma monarquia aos</p><p>moldes absolutistas. Apesar da servidão ter sido abolida em 1861, a Rússia se mantinha um país</p><p>extremamente desigual, essencialmente agrário e os camponeses permaneciam dependentes dos</p><p>grandes proprietários e da nobreza. A situação de miséria e pobreza de grande parte da</p><p>população e as péssimas condições de trabalho, seja no campo, seja nas poucas indústrias</p><p>existentes no país, motivaram algumas insurreições ainda na primeira década do século XX. Vale</p><p>ressaltar que a censura e a repressão eram implacáveis no Império russo desde o século anterior.</p><p>Contudo, a revolução só se efetivou com o enfraquecimento do Czar, resultado dos custos da</p><p>participação russa na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Com os dois contextos em mente,</p><p>vejamos as alternativas:</p><p>a) Incorreta. Como o texto apontou, a Revolução Francesa realmente inspirou praticamente</p><p>todos os movimentos revolucionários que tiveram lugar na Europa e nas Américas ao longo do</p><p>século XIX e início do XX. Isso porque os revolucionários franceses de 1789 foram um dos primeiros</p><p>movimentos de contestação ao Antigo Regime bem-sucedidos. Além disso, de fato, a burguesia</p><p>teve um papel importantíssimo nesse evento, liderando a revolução ao lado de trabalhadores</p><p>urbanos e camponeses. No entanto, a Revolução Russa, de 1917, não foi liderada pela aristocracia.</p><p>Pelo contrário, foi encabeçada pela burguesia liberal e pelos trabalhadores.</p><p>b) Incorreta. As duas revoluções não se limitavam à promover reformas políticas, mas</p><p>também econômicas e sociais, alterando profundamente a ordem das sociedades em que tiveram</p><p>lugar. Ademais, liberalismo e socialismo foram fontes de inspiração para a Revolução Russa.</p><p>Lembre-se que em fevereiro de 1917, o movimento revolucionário foi liderado pela burguesia e</p><p>profissionais liberais e em outubro, os trabalhadores assumiram a liderança, muito mais alinhados</p><p>ao ideal socialista. No caso francês apenas pensamento liberal teve influência, haja vista que o</p><p>socialismo só foi mais bem elaborado ao longo do século XIX. Na verdade, a Revolução Francesa</p><p>e seus desdobramentos (sobretudo suas falhas) acabaram servindo depois de inspiração para os</p><p>socialistas criticarem os limites do liberalismo.</p><p>c) Incorreta. Os sans-cullotes eram os setores mais miseráveis da sociedade francesa,</p><p>durante o Antigo Regime. Realmente, eles tiveram uma participação importante na revolução,</p><p>como no episódio da Queda da Bastilha. No entanto, não podemos dizer que eles dirigiram o</p><p>movimento, ainda menos no decorrer dos governos revolucionários que se alternaram até 1799.</p><p>A burguesia e os trabalhadores urbanos tiveram mais destaque na liderança do movimento e dos</p><p>governos revolucionários.</p><p>d) Correta! De fato, havia vários setores das duas sociedades descontentes com a ordem</p><p>vigente. Fundamentalmente, tanto franceses quanto russos criticavam o absolutismo monárquico,</p><p>a falta de liberdades individuais, a miséria generalizada e as péssimas condições de trabalho. Em</p><p>ambos os casos, burgueses, profissionais liberais, operários urbanos, camponeses se lançaram ao</p><p>combate às injustiças perpetradas pelo Antigo Regime em cada um desses países. Contudo, nem</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>77</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>sempre havia consenso entre esses diferentes setores da sociedade, os quais tinham interesses</p><p>bem distintos. Por exemplo, os burgueses queriam mais liberdades individuais, mas não desejavam</p><p>uma melhoria substancial das condições de trabalho nas suas empresas e negócios, para manter</p><p>sua margem lucro. Por sua vez, trabalhadores queriam tanto liberdade individuais quanto melhoria</p><p>nas condições de trabalho, assim como a consolidação do voto universal. Essas discordâncias se</p><p>refletiram na alternância entre diferentes governos revolucionários. No caso francês, o primeiro</p><p>governo instalado após</p><p>1789 foi liderado pela alta burguesia e visava a consolidação de uma</p><p>monarquia constitucional; o segundo, instalado em 1792, proclamou uma república e desejava a</p><p>ampliação dos direitos políticos à população; o terceiro, que durou de 1795 a 1799, colocou os</p><p>burgueses de volta no poder e deu início a um governo elitista. No caso russo, em fevereiro de</p><p>1917, o movimento liderado pelos chamados mencheviques (burguesia e profissionais liberais)</p><p>derrubou o Czar, mas ao longo daquele ano ficou evidente para os demais setores que ajudaram</p><p>a concretizar a revolução que o novo governo não lhes atenderia. Assim, em outubro do mesmo</p><p>ano, os bolcheviques (trabalhadores e camponeses) deflagraram mais uma rebelião que resultou</p><p>na queda do novo governo e na fundação da União Soviética. De qualquer forma, tanto na França,</p><p>quanto na Rússia foi causada uma enorme transformação social, comparada com o Antigo Regime</p><p>que vigorava antes.</p><p>e) Incorreta. Na verdade, nenhuma das revoluções acabou transgredindo suas fronteiras</p><p>nacionais objetivamente. Todavia, elas acabaram inspirando levantes e rebeliões em outros países.</p><p>Especialmente no caso russo, anos depois, a nova nação em construção chegou a prestar apoio a</p><p>algumas revoluções socialistas, como a chinesa. Já os revolucionários franceses inspiraram uma</p><p>série de revoltas liberais pela Europa e na América, ao longo do século XIX.</p><p>Gabarito: D</p><p>(Estratégia Vestibulares/2022/Profe Alê Lopes)</p><p>Prisão de Gavrilo Princip, 1914. Disponível em http://glo.bo/1plyfON</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>78</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Tanque de guerra Mark I, 1916. Disponível em https://www.dw.com/pt-br/1916-primeiro-</p><p>tanque-de-guerra-em-a%C3%A7%C3%A3o/a-319497</p><p>As fotos acima foram produzidas para documentar eventos da Primeira Guerra Mundial.</p><p>Referem-se, respectivamente,</p><p>a) à revolta do general Francisco Franco contra o governo republicano da Espanha e à</p><p>ofensiva japonesa à base norte-americana Pearl Harbour.</p><p>b) ao assassinato do arquiduque austríaco Franz Ferdinand, que deu início à Primeira Guerra</p><p>Mundial, e à Batalha de Somme, a mais sangrenta desse conflito.</p><p>c) à prisão de judeus em campos de concentração, na Alemanha nazista, e à vitória britânica</p><p>sobre os alemães, em El Alamein, no Egito.</p><p>d) à invasão alemã da Polônia, que garantiu a vitória da Entente Cordiale, e à saída da Rússia</p><p>da Primeira Guerra Mundial, após sua derrota para os franceses.</p><p>e) às negociações em torno do Tratado de Versalhes, principal acordo de paz que findou a</p><p>Primeira Guerra Mundial, e à Batalha do Marne, última frente de combate naquele momento.</p><p>Comentários</p><p>Aqui temos uma questão de interpretação e contextualização de imagens. Então, primeiro de</p><p>tudo, leia as imagens! Faça uma descrição mental ou em rascunho de tudo que você vê</p><p>representado nas duas fotografias. Na primeira, vemos alguns civis sendo abordados e presos por</p><p>forças militares, em 1914. Na segunda foto, vemos um soldado sobre um tanque de guerra</p><p>avançando no campo de batalha, em 1916. Atentando às datas mencionadas e ao que o próprio</p><p>enunciado informa, sabemos que as duas cenas fazem parte de episódios ocorridos no contexto</p><p>da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nela, as principais potências mundiais do período se</p><p>dividiram em duas alianças rivais: a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria, Itália e Império</p><p>Turco-Otomano); e A Tríplice Entente (Inglaterra, França, Rússia e, mais tarde, EUA). O conflito foi</p><p>mais um dos desdobramentos da corrida imperialista que fomentava uma competição nacionalista</p><p>entre os países industrializados. O conflito chegou ao fim com a vitória da Aliança e a imposição</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>79</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>de acordos de paz extremamente prejudiciais aos países da Entente, sobretudo para a Alemanha.</p><p>Com isso em mente, vejamos ao que se refere cada fotografia, respectivamente:</p><p>a) Incorreta. A revolta do general Franco contra o governo republicano da Espanha ocorreu em</p><p>1936, ou seja, cerca de duas décadas depois de quando a primeira fotografia foi tirada. Inclusive,</p><p>a Primeira Guerra já havia acabado faz tempo. Por sua vez, a ofensiva japonesa a Pear Harbour,</p><p>nos EUA, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foi o que motivou a entrada</p><p>dos norte-americanos nessa guerra, ao lado das forças aliadas.</p><p>b) Correta! No período que antecedeu a Primeira Guerra, a rivalidade entre as potências industriais</p><p>da Europa já estava bem acirrada. Por isso, o sistema de alianças já estava em formação antes</p><p>mesmo do conflito começar, como se todos estivessem prevendo que uma hora isso ocorreria.</p><p>Ironicamente, foi justamente o sistema de alianças que favoreceu a eclosão do conflito, porque</p><p>tornava qualquer pequeno conflito local em um potencial gatilho para a guerra mundial. Foi</p><p>exatamente isso que se deu quando o arquiduque austríaco foi assassinado por um nacionalista</p><p>sérvio, em meio a tensões regionais. A partir daí, os alemães declararam apoio à Áustria, enquanto</p><p>ingleses, franceses e russos saíram em auxílio dos sérvios temendo a expansão alemã na região.</p><p>Por outro lado, a Batalha de Somme, na frente de batalha ocidental, foi uma ofensiva das tropas</p><p>britânicas e francesas sobre o exército alemão. Tratou-se de uma das batalhas mais violentas da</p><p>Primeira Guerra, somando milhões de mortos. Também foi a primeira ocasião na qual um tanque</p><p>de guerra foi utilizado. No caso, a façanha coube aos ingleses.</p><p>c) Incorreta. Esses são eventos do contexto da Segunda Guerra Mundial.</p><p>d) Incorreta. Na verdade, a invasão alemã da Polônia, em 1939 marca o início da Segunda Guerra</p><p>Mundial. Por seu turno, a Rússia se retirou da Primeira Guerra em 1917, não por causa de derrotas</p><p>no campo de batalha, mas devido às revoluções de fevereiro e outubro de 1917, que derrubaram</p><p>o czarismo. No entanto, isso gerou grande instabilidade do país, forçando-o a se retirar do conflito.</p><p>e) Incorreta. O Tratado de Versalhes só foi acordado em 1919, um ano após ao cessar fogo. Por</p><p>sua vez, a Batalha de Marne ocorreu em 1914, sendo um dos primeiros combates da Primeira</p><p>Guerra.</p><p>Gabarito: B</p><p>(Estratégia Vestibulares/profe. Alê Lopes/2022)</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi um conflito de enormes proporções, ocorrido entre 1914 e</p><p>1918, que envolveu quase todo o continente europeu e várias outras regiões do mundo.</p><p>Sobre os desdobramentos deste conflito é correto afirmar que</p><p>a) impulsionou a crise da Revolução Russa.</p><p>b) a França devolveu a região de Alsácia-Lorena para a Alemanha.</p><p>c) surgiu o neoliberalismo como modelo alternativo para salvar as economias europeias.</p><p>d) o poder da Inglaterra chegou ao fim e seu modelo econômico industrial entrou em</p><p>declínio.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>80</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>e) desenvolveu-se uma consciência de direitos humanos, após a Declaração Universal dos</p><p>Direitos Humanos.</p><p>Comentários</p><p>Logo após a 1ª Guerra Mundial, inicia-se a crise do liberalismo, das políticas economias</p><p>liberais, mais especificamente. O término dessa crise foi em 1929, com a “grande depressão”. A</p><p>Europa estava destruída pela guerra, a Inglaterra já não ocupava a posição hegemônica, os EUA</p><p>surgiam como o novo “player” na dinâmica internacional a partir do Estado de Bem-Estar Social e</p><p>a URSS – comunista- não indicava que o liberalismo triunfaria por ali. Ou seja, a situação indicava</p><p>a presença do Estado nas economias e o surgimento de modelos econômicas alternativos.</p><p>Nesse contexto, está correto afirmar que a Inglaterra – a qual vinha aplicando políticas</p><p>liberais desde o século XIX - deixou de ser potência. Ademais, o país estava em situação</p><p>econômica desfavorável em função dos gastos militares. Dessa forma, a dinâmica da economia</p><p>liberal oriunda das duas</p><p>revoluções industriais já não respondia ao mercado da época. Por isso, as</p><p>economias nacionais teriam que se reinventar. Na Inglaterra, tal como nos EUA, começa a surgir</p><p>um tipo de Estado de Bem-Estar social.</p><p>a) falso, pois os Estados socialistas estavam no início de sua formação. Sobre isso, vale</p><p>lembrar que a próxima grande nação que passou por uma Revolução Socialista foi a China. Por</p><p>fim, a crise do socialismo real ocorre no final da década de 1980.</p><p>b) falso, pois ocorreu o contrário, já que a Alemanha foi derrotada na guerra.</p><p>c) falso, pois o neoliberalismo é uma resposta à crise das economias nacionais na virada da</p><p>década de 1970 para 1980, após o declínio dos Estados de Bem-Estar Social.</p><p>d)correto, conforme comentário acima.</p><p>e) errado, pois este foi um fenômeno após a 2ª Guerra Mundial, sem contar que a</p><p>Declaração mencionada é de 1949.</p><p>Gabarito: D</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Alê Lopes)</p><p>Os populistas desejavam construir uma outra modernidade. Não gratuitamente</p><p>aproximaram-se de K. Marx. Os narodniks apreciavam em Marx a crítica devastadora ao</p><p>sistema capitalista. Foi um intelectual populista, Natanson, que traduziu pela primeira vez O</p><p>Capital para a linha pátria. Encontravam no revolucionário alemão argumentos adicionais</p><p>para a propaganda no sentido de evitar no país o capitalismo, considerado um regime</p><p>execrável. Por isso mesmo, procuraram-no, estabelecendo intensa correspondência sobre a</p><p>hipótese de ser possível naquele país efetuar, com base nas comunas rurais e nas tradições</p><p>igualitárias do campo, um salto revolucionário histórico, das estruturas comunitárias</p><p>tradicionais ao socialismo, sem passar pelo capitalismo.</p><p>(Daniel Arão Reis Filho. Coleção Revoluções do Século 20. Editora Unesp. Adaptado)</p><p>Qual é a revolução tratada pelo fragmento do texto?</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>81</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>a) Revolução Cubana.</p><p>b) Revolução dos Cravos.</p><p>c) Revolução Russa.</p><p>d) Comuna de Paris.</p><p>e) Revolução Mexicana.</p><p>Comentários</p><p>Para responder esta questão você precisa saber em qual país o processo revolucionário</p><p>contou com o debate sobre a possibilidade, ou não, de se fazer uma revolução socialista onde o</p><p>capitalismo industrial ainda não havia se desenvolvido tal como na Europa Ocidental e EUA. Pois</p><p>bem, este foi um dos grandes debates que os revolucionários russos travaram para dosar suas</p><p>ações revolucionárias entre 1905 e 1917, até a conquista do poder pelos bolcheviques.</p><p>Além disso, repare que o texto faz referência a um país em que o capitalismo ainda não</p><p>havia se desenvolvido. Então, salvo uma condição muito peculiar de subdesenvolvimento</p><p>capitalista do México do início do século XX, os demais países já tinham uma estrutura econômica</p><p>capitalista consolidada. Ah, e veja, Comuna de Paris foi no século XIX. Então, por pistas no texto</p><p>e lembrando dos processos revolucionários mencionados, seria possível chegar ao gabarito,</p><p>mesmo sem saber o debate sobre a tese “do socialismo em países em que o capitalismo ainda</p><p>não se desenvolvera”.</p><p>a) errado, pois, no início a Revolução Cubana não assumiu um projeto socialista de</p><p>superação do capitalismo. Esse programa passou a ser adotado após a tomada do poder. Então,</p><p>antes da Revolução, Fidel Castro, por exemplo, não tinha um projeto socialista de negação do</p><p>capitalismo, tal como os revolucionários russos debatiam. Ademais, em Cuba a tomada do poder</p><p>foi feita por uma guerrilha que obteve apoio popular. Já na Rússia, a tomado do poder foi feita</p><p>por um movimento revolucionário de massas, com operários e camponeses.</p><p>b) errado, não foi uma revolução socialista, mas sim uma revolução democrática, além de</p><p>as colocações da introdução do comentário valerem aqui também.</p><p>d) falso, este movimento revolucionário ocorreu no século XIX.</p><p>e) errado, pois a Revolução Mexicana, por mais que tenha levantado diversas questões</p><p>sociais, não foi socialista.</p><p>Gabarito: C</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes)</p><p>“O mais impressionante (...) fora o fulminante desmoronamento do socialismo na área da</p><p>Europa Central. Depois dos acontecimentos na Polônia e na Hungria, (...), o processo ganhou ritmo</p><p>e força (...). De sorte que, entre 1988 e 1990, em pouco mais de dois anos, e à exceção da Albânia,</p><p>todo o chamado Leste Europeu, considerado por muitos como uma área destinada</p><p>indefinidamente ao domínio soviético, não apenas saíra da órbita de Moscou, como abandonara</p><p>o socialismo como projeto de sociedade. E a URSS nada fizera para detê-lo. (...)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>82</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A Guerra Fria terminara. (...)”</p><p>REIS FILHO, Daniel Aarão. As revoluções russas e o socialismo soviético. São Paulo: Editora Unesp,</p><p>2003, pp. 149-150.</p><p>Sobre este contexto histórico e geopolítico internacional, é correto afirmar:</p><p>a) O estado policialesco soviético da URSS e do Leste europeu tinha abafado durante</p><p>décadas antigas disputas étnicas nessa região e o afrouxamento da repressão trouxe à tona</p><p>também o nacionalismo.</p><p>b) Na Hungria e na Bulgária, o fim do regime foi longo, marcado pela repressão estatal, por</p><p>prisões e ameaças. Nos dois países, o socialismo chegou ao fim com o assassinato político dos</p><p>ditadores no poder.</p><p>c) A transição do antigo bloco soviético para a economia de mercado, feita por meio de</p><p>parcerias público-privadas nas empresas estatais, provocou recessão e desemprego.</p><p>d) Nos primeiros anos após o fim da URSS, a Rússia procurou evitar uma transição brusca e</p><p>rápida em direção ao capitalismo: foi o chamado plano quinquenal, aplicado entre 1992 e 1993.</p><p>Comentários</p><p>O tema da questão é o processo de desagregação do bloco socialista, nas décadas de 1980</p><p>e 1990. É importante lembrar que esse bloco se sustentava em torno da União Soviética, cuja zona</p><p>de influência maior eram os países do Leste europeu. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial</p><p>(1939-1945), o mundo se dividiu em dois grandes blocos econômicos rivais: o capitalista, liderado</p><p>pelos EUA; e o socialista encabeçado pela URSS. Essas duas potências competiam em</p><p>praticamente tudo: desenvolvimento econômico, progresso científico, corrida espacial, esportes,</p><p>indústria cultural, etc. Contudo, a partir dos anos 1970, crises econômicas e políticas atingiram as</p><p>duas nações de maneiras distintas. O bloco capitalista acabou se recuperando, operando algumas</p><p>reformas institucionais e adotando o neoliberalismo como ideologia. Por seu turno, os socialistas</p><p>não tiveram a mesma sorte. Entre o fim da década de 1970 e o início da de 1980, os regimes deste</p><p>bloco eram dirigidos por líderes envelhecidos e conservadores, quase todos nascidos antes da</p><p>Primeira Guerra Mundial. Esses dirigentes, que chegaram ao poder ascendendo na hierarquia</p><p>partidária ou nos quadros do exército, tendiam a ser inflexíveis e avessos a mudanças, além de</p><p>intolerantes com a oposição, que era duramente reprimida. A rigidez do sistema político não</p><p>ajudava a resolver os graves problemas causados pela crise econômica do bloco soviético. Os</p><p>baixos salários, a inflação e a escassez de itens básicos, como alimentos e bens de consumo,</p><p>rebaixavam cada vez mais o padrão de vida da população. A perestroika de Gorbachev mudou</p><p>esse cenário político. A nova política externa da URSS concedia mais liberdade aos regimes</p><p>satélites da Europa Oriental para escolherem seu próprio caminho sem ter de temer uma</p><p>intervenção soviética. O princípio da nova política adotada por Moscou era a não interferência nos</p><p>assuntos internos dos “países irmãos”, que ficavam livres para decidir se continuariam adotando</p><p>o socialismo ou não. Estando por dentro desse contexto, vejamos o que é correto afirmar sobre</p><p>este contexto histórico e geopolítico internacional:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>83</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>a) Correta! Alguns dos regimes socialistas do Leste europeu tinham raízes em movimentos</p><p>sociais e contavam com certo apoio popular. Era o caso da Hungria, da Alemanha Oriental e da</p><p>Tchecoslováquia, que possuíam um forte movimento comunista desde a década de 1920. Porém,</p><p>nos outros casos o socialismo foi imposto à força pelos soviéticos após a Segunda Guerra Mundial.</p><p>Neles, a legitimidade de um regime, que muitas vezes era impopular, só podia ser mantida com a</p><p>ameaça constante de uma invasão soviética, caso houvesse tentativas de reforma. Para reprimir</p><p>movimentos de oposição e tentativas de reforma dos regimes, os tanques soviéticos já haviam</p><p>invadido até mesmo os países com mais tradição comunista, como as já citadas Alemanha Oriental,</p><p>em 1953, a Hungria, em 1956, e a Tchecoslováquia, em 1968. Esse quadro ficava ainda mais tenso</p><p>quando essas diferenças de classe e orientação política se mesclavam com rivalidades étnicas. A</p><p>maioria desses países eram lar de grandes diversidades étnicas, com habitantes de origem eslava,</p><p>árabe, judaica, russa, germânica, entre outras. Isso tudo veio à tona quando a URSS diminuiu a</p><p>repressão com a perestroika. Entre os ex-países socialistas, a Iugoslávia enfrentou a maior crise. O</p><p>país que reunia sob seu regime povos de origens étnicas e religiosas diferentes, ao ver</p><p>desaparecer o regime comunista entrou em guerra civil logo depois. A Eslovênia e a Croácia</p><p>tornaram-se independentes em 1991; Bósnia-Herzegovina, Sérvia e Montenegro e a província de</p><p>Kosovo foram palco do maior conflito dentro do território europeu desde a Segunda Guerra</p><p>Mundial. Com isso, sentimentos nacionalistas e rivalidades internas desintegraram a antiga</p><p>Iugoslávia.</p><p>b) Incorreta. Na verdade, na Hungria, a perestroika alimentou a pressão por reformas,</p><p>provocando, então, o afastamento do ditador Janos Kádár, em 1988, pela direção do próprio</p><p>Partido Comunista húngaro. Assim, a transição foi rápida e pacífica. De forma semelhante, na</p><p>Bulgária foi o próprio Partido Comunista nacional que afastou o ditador Todor Jivkov, então</p><p>dirigente mais antigo de todo o bloco socialista e contrário à proposta de Gorbachev. Dessa</p><p>forma, foi possível encaminhar reformas no país e operar uma transição pacífica.</p><p>c) Incorreta. Na realidade, a transição para a economia de mercado foi feita por meio da</p><p>privatização de empresas estatais e da retirada de subsídio estatal sobre os preços, o que de fato</p><p>provocou recessão e desemprego. O processo de privatizações não possuía regras claras,</p><p>permitindo que ex-membros da burocracia estatal e poderosos grupos econômicos estrangeiros</p><p>saíssem ganhando, enquanto a população era abandonada à própria sorte. Os grupos econômicos</p><p>ocidentais que se interessaram em comprar empresas no antigo bloco soviético, por outro lado,</p><p>só se dispuseram a investir capital nos setores mais rentáveis de países com maior grau de</p><p>desenvolvimento econômico e qualificação de mão-de-obra, como a Hungria, a Polônia e a</p><p>República Tcheca. Para os demais países e para grande parte da população de todo ao antigo</p><p>bloco soviético, a transição foi difícil.</p><p>d) Incorreta. Os anos 1990 na Rússia eram dominados pela perspectiva de reformar em</p><p>profundidade o sistema socialista. Esse período pode ser compreendido em dois tempos.</p><p>Primeiramente, prevaleceu a proposta de uma transição rápida em direção ao capitalismo, a</p><p>chamada terapia de choque, aplicada basicamente entre 1992 e 1993. Neste momento,</p><p>contradições crescentes entre o presidente Boris Yeltsin e o parlamento russo levariam a um</p><p>choque frontal e a um desfecho violento, com o parlamento dissolvido e a aprovação de uma nova</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>84</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Constituição. Posteriormente, sem abandonar a meta de instaurar uma economia de mercado,</p><p>foram adotadas políticas pragmáticas, mais ajustadas às tradições históricas russas, nas quais o</p><p>papel do Estado sempre foi preponderante.</p><p>Gabarito: A</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes)</p><p>O realismo socialista de Serguei Eisenstein e o comunismo de Stalin tem em comum</p><p>a) a glorificação da ideologia do socialismo utópico, que pregava a ditadura do proletariado</p><p>por meio do uso de imagens abstratas e colagens fotográficas.</p><p>b) compromisso com a educação e a formação dos trabalhadores soviéticos, promovendo a</p><p>construção do socialismo e uma arte acessível à população.</p><p>c) o distanciamento em relação aos princípios do marxismo ortodoxo, rejeitando as propostas</p><p>de Lênin e adotando a diretriz de Trotsky.</p><p>d) a falta de adesão dos regimes comunistas asiáticos, como a China e o Vietnã, a seu projeto</p><p>artístico soviético.</p><p>e) a ausência de referências à ação popular e a importância política da classe trabalhadora,</p><p>haja vista o endurecimento e elitização do regime soviético.</p><p>Comentários</p><p>O tema aqui são as similaridades entre um movimento artístico e uma filosofia política, no</p><p>caso o realismo socialista e o comunismo stalinista, respectivamente. Josef Stalin (1878-1953)</p><p>foi governante da União Soviética entre 1927 e 1953. Ele assumiu o poder após a morte de</p><p>Lênin e depois de vencer seu principal rival da disputa pela sucessão, Leon Trotsky. Seu</p><p>governo é considerado por muitos estudiosos como totalitário, semelhante ao nazifascismo</p><p>e à ideologia macarthista, apesar das diferenças mais óbvias no papel do Estado e na</p><p>organização da economia. Mesmo assim, foi nesse período que a URSS se industrializou e</p><p>diminuiu significativamente as desigualdades sociais do país. Por sua vez, Serguei Eisenstein</p><p>(1898-1948) foi um dos mais famosos cineastas soviéticos. Seu filme mais conhecido é o</p><p>Encouraçado Potemkin, de 1925, que retrata uma insurreição de marinheiros russos que dá</p><p>início às revoltas populares de 1905 na Rússia, ainda sob o governo do czar. O filme é</p><p>claramente uma homenagem à Revolução Russa que implantou o regime comunista no país.</p><p>Eisenstein continuou tendo lugar de destaque entre os cineastas soviéticos mesmo após a</p><p>ascensão de Stalin, a qual acarretou uma nova orientação na política cultural do governo.</p><p>Durante a década de 1930, à medida que se consolidava a ditadura stalinista, a arte de</p><p>vanguarda foi perdendo espaço para imagens mais simples, de acordo com as orientações</p><p>do regime. Em 1934, durante o Primeiro Congresso dos Escritores Soviéticos, foi aprovada</p><p>a designação realismo socialista para definir as diretrizes oficiais para as artes sob o regime</p><p>soviético. Estando por dentro desse contexto, vejamos o que o cineasta e o ditador tinham</p><p>em comum:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>85</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>a) Incorreta. O socialismo utópico era aquele que acreditava que era possível conciliar os</p><p>interesses da classe trabalhadora e os patrões, por meio da humanização das condições de</p><p>trabalho e de vida e da diminuição (não eliminação completa) das desigualdades sociais. Essa</p><p>vertente era fortemente criticada pelos adeptos do socialismo científico, como Karl Marx e</p><p>Friedrich Engels, que deram origem ao marxismo e formularam o comunismo, os quais</p><p>influenciaram os idealizadores da Revolução Russa e o regime soviético que se seguiu. Vale</p><p>dizer que a ditadura do proletariado era promovida pelos marxistas e comunistas, não pelos</p><p>socialistas utópicos. Além disso, o realismo socialista despreza figuras muito abstratas na sua</p><p>concepção. O objetivo era produzir uma arte simples, realista, objetiva, voltada para a</p><p>educação e formação dos trabalhadores, assim como para o fortalecimento do socialismo.</p><p>b) Correta! É o que acabei de dizer acima. Segundo o realismo socialista, todas as</p><p>manifestações culturais deveriam ter compromisso com o engrandecimento moral e</p><p>intelectual da classe trabalhadora, promovendo a construção do socialismo por meio de uma</p><p>arte acessível a todos. Por intermédio de pôsteres,</p><p>cartazes, livros e filmes, os artistas</p><p>deveriam utilizar formas figurativas e descritivas para divulgar temas nacionais e propagandas</p><p>do governo. A arte deveria ser realista na forma e socialista no conteúdo. É justamente esse</p><p>projeto que encontramos materializado nas obras de Eisenstein. Ademais, foi durante o</p><p>governo do próprio Stalin que esse projeto artístico foi idealizado. Note que há duas grandes</p><p>preocupações nessa política cultural: resistir à sedução ideológica das artes de países</p><p>capitalistas; educar a classe trabalhadora. Isto porque a URSS sempre teve que ligar com a</p><p>pressão estrangeira das nações capitalistas, que mesmo brigando entre si, quase sempre</p><p>concordavam que o comunismo era um mal maior. A URSS, desde sua origem, teve que</p><p>conviver com embargos econômicos e movimentos contrarrevolucionários das antigas elites</p><p>aliadas a potências capitalistas. Além disso, a eliminação de grande parte da elite dirigente</p><p>do país durante e após o processo revolucionário causou sérios problemas econômicos e</p><p>técnicos para o próprio regime. Na ausência de quadros qualificados, funcionários</p><p>semianalfabetos tornavam-se encarregados das fábricas, da agricultura ou dos órgãos do</p><p>governo local. Em 1937, por exemplo, apenas 17,7% dos secretários regionais do partido</p><p>tinham ensino superior e 70,4% haviam interrompido os estudos no primário. Assim, Stalin</p><p>investiu pesadamente na alfabetização em massa, alcançando resultados impressionantes em</p><p>poucos anos. Evidentemente, as artes também seriam valioso instrumento nessa empreitada</p><p>educacional.</p><p>c) Incorreta. Na verdade, Stalin levou a ortodoxia a um outro nível, pois promoveu a</p><p>perseguição política à outras vertentes do socialismo e ao anarquismo. Por outro lado, ele se</p><p>considerava um herdeiro do pensamento de Lênin e disputou com Trotsky, que tinha uma</p><p>interpretação diferente do marxismo, a sucessão do comando da URSS, quando Lênin</p><p>morreu.</p><p>d) Incorreta. Além da União Soviética, o realismo socialista também foi adotado e aplicado</p><p>em outros países sob regimes de inspiração stalinista, como a República Popular da China, a</p><p>Coreia do Norte, o Vietnã, o Laos, o Camboja, a Alemanha Orienta, além de diversos países</p><p>do Leste Europeu que compuseram o bloco socialista ao longo do século XX.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>86</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>e) Incorreta. Por mais que, com o passar do tempo, tenha havido a formação de uma elite</p><p>burocrata na URSS e tenha se praticado a perseguição política aos opositores e críticos do</p><p>governo, mesmo quando eram socialistas, a classe trabalhadora continuou tentou uma</p><p>importância simbólica na arte soviética e na propaganda stalinista. Como dito acima, o</p><p>objetivo do realismo socialista era justamente educar os trabalhadores e promover o</p><p>socialismo entre eles. Muitos pôsteres, cartazes e filmes se destacavam pela representação</p><p>de vários trabalhadores, muitos casos em situações de luta popular contra o capitalismo e o</p><p>imperialismo. Por sua vez, Stalin se esforçou para construir sua própria imagem como um</p><p>espetáculo para as massas e, para isso, fez do culto ao líder o elemento central de sua</p><p>propaganda política. Ele inventou seu nome, data de nascimento, nacionalidade, educação</p><p>e até mesmo seu passado, para criar um mito e um culto em torno de si. Tanto é que nessa</p><p>época ele era chamado de “pai dos pobres”, reforçando seu papel no rápido</p><p>desenvolvimento soviético e na melhora dos indicadores sociais.</p><p>Gabarito: B</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes)</p><p>“Até o fim de seus dias, Gavrilo Princip, o assassino do arquiduque Francisco Fernando, não</p><p>conseguiu acreditar que sua minúscula iniciativa tivesse ateado fogo ao mundo. A crise final</p><p>de 1914 foi tão completamente inesperada, tão traumática e, vista retrospectivamente, tão</p><p>persistente porque foi essencialmente um incidente na política austríaca que exigia, na</p><p>opinião de Viena, que se desse uma lição na Sérvia. A atmosfera internacional parecia calma.</p><p>Nenhum ministério das relações exteriores esperava problemas em junho de 1914, e</p><p>personalidades públicas há décadas eram assassinadas com uma certa frequência. Em</p><p>princípio, ninguém se preocupou com o fato de uma grande nação intervir pesadamente</p><p>num vizinho pequeno e problemático. Desde então cerca de cinco mil livros foram escritos</p><p>para explicar o aparentemente inexplicável: como dentro de pouco mais de cinco semanas</p><p>após Sarajevo, a Europa se encontrava em guerra”.</p><p>HOBSBAWM, Eric J. A era dos impérios (1875-1914). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p.</p><p>446. Adaptado.</p><p>O contexto precedente à Primeira Guerra Mundial descritos pelo texto contribuiu para a</p><p>eclosão do conflito armado, pois</p><p>a) facilitaram a adesão a ideologias de viés socialista.</p><p>b) criou um clima de paz armada sustentada por um tênue equilíbrio.</p><p>c) representou o fim do imperialismo europeu.</p><p>d) deteriorou a crença no nacionalismo.</p><p>e) abriu oportunidade para uma nova revolução na França.</p><p>Comentários</p><p>As causas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) são extremamente complexas e envolvem uma</p><p>série de acontecimentos que vinham diretamente do século XIX, como o imperialismo, rivalidades</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>87</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>econômicas, tensões nacionalistas e alianças militares. O estopim se deu com o assassinato do</p><p>arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco por grupos nacionalistas, na Bósnia.</p><p>A consequência direta do ato foi uma crise política gravíssima que não encontrou saída</p><p>diplomática, resultando em declarações de guerra sucessivas.</p><p>a) Incorreto. O movimento político socialista parte de um conjunto de filosofias políticas que se</p><p>originaram nos movimentos revolucionários de meados ao final do século XVIII. Além disso, foi</p><p>influenciado por problemas sociais associados ao capitalismo. Contudo, ele não contribuiu</p><p>diretamente para que a Primeira Guerra ocorresse. Na verdade, ele está no cerne da revolução</p><p>Russa de 1917, que eclodiu durante a Grande Guerra.</p><p>b) Correto! A paz armada foi um período da história, anterior ao início da Primeira Guerra Mundial,</p><p>onde os principais países europeus se lançaram numa intensa corrida armamentista. Esse período</p><p>se caracteriza pelo forte desenvolvimento da indústria bélica das grandes potências e a crescente</p><p>tensão nas relações internacionais.</p><p>c) Incorreto. O imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento de</p><p>domínio, conquista e exploração política e econômica das nações industrializadas europeias</p><p>(Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes africano e asiático. Com o</p><p>final da Primeira Guerra Mundial, quatro impérios que eram considerados sólidos antes de 1914</p><p>se desintegraram: o Alemão, Austro-Húngaro, Russo e Otomano. Com o Tratado de Versalhes, a</p><p>partir desses impérios surgiram novos países, e as colônias foram divididas entre as nações</p><p>vitoriosas.</p><p>d) Incorreto. O discurso nacionalista foi utilizado politicamente como estímulo à participação</p><p>popular na I Guerra Mundial. Inclusive, o discurso nacionalista serviu para fomentar a expansão</p><p>territorial de alguns estados, situação que era apresentada como necessária para unificação dos</p><p>povos. Foi nesse contexto que surgiram alguns dos movimentos nacionalistas que iriam influenciar</p><p>na eclosão na Primeira Guerra Mundial.</p><p>e) Incorreto. Na verdade, o país que foi acometido por uma revolução foi a Rússia, que abandonou</p><p>uma monarquia absolutista para se tornar a primeira nação socialista do mundo, em 1917. Já a</p><p>França, saiu como uma das nações vitoriosas da Guerra.</p><p>Gabarito: B</p><p>(Estratégia Vestibulares/profe. Alê Lopes)</p><p>Entre 1910 e 1915, no México, um processo revolucionário popular alterou a dinâmica</p><p>estrutural da sociedade, já que ele foi conduzido por camponeses, indígenas e uma massa</p><p>da população pobre mexicana.</p><p>Dentre seus líderes, Emíliano Zapata e Pacho Villa são os mais</p><p>famosos. Apesar da participação no movimento de uma parcela da elite e de conservadores</p><p>que queriam manter o status quo - como era durante a Ditadura de Porfirio Díaz que durou</p><p>até 1911, as transformações saíram do controle da elite nacional. Nesse sentido, em 1917 é</p><p>promulgada uma Constituição que ficou conhecida na história por ser uma das primeiras a</p><p>a) defender a igualdade jurídica para os mais pobres.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>88</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>b) consagrar direitos sociais e econômicos para o povo pobre, como a reforma agrária.</p><p>c) instaurar uma República na América.</p><p>d) defender o meio ambiente.</p><p>e) reconhecer os direitos humanos com princípio universal.</p><p>Comentários</p><p>A Constituição mexicana foi influenciada pela ideologia e pelo programa a doutrina anarco-</p><p>sindicalista. A Carta Política mexicana foi a primeira a atribuir aos direitos trabalhistas a</p><p>qualidade de direitos fundamentais, juntamente com as liberdades individuais e os direitos</p><p>políticos. O documento ainda contava com a limitação da jornada de trabalho, proteção à</p><p>maternidade, idade mínima de admissão nos trabalhos industriais e limites ao trabalho noturno</p><p>dos menores na indústria. No que diz respeito à reforma agrária, essa Constituição definiu a</p><p>base jurídica para que ela fosse feita. Veja, então, que a Constituição Mexicana foi pioneira no</p><p>estabelecimento dos assim chamados direitos fundamentais de 2ª geração, os direitos sociais e</p><p>econômicos. Gabarito letra b). Vale lembrar que em 1919, a Constituição de Weimer, na</p><p>Alemanha, muito se assemelhou à mexicana neste quesito.</p><p>a) falso, pois a igualdade jurídica já vinha sendo transformada em norma desde a Revolução</p><p>Francesa, isto é, a igualdade de todos perante a lei.</p><p>c) falso, a República no Brasil é de 1889.</p><p>d) errado. Aqui é importante resgatar que o direito ao meio ambiente saudável e sustentável</p><p>passou a compor o rol dos direitos humanos a partir da década de 1970, quando surgem os</p><p>assim denominados direitos de 3ª geração (ou dimensão): direito à paz, direito à democracia,</p><p>direito ao meio ambiente. São direitos que valem objetivam beneficiar a todos.</p><p>e) errado, pois só é possível falar em Direitos Humanos, na definição desse conceito, após a 2ª</p><p>Guerra Mundial, quando os debates para se estabelecerem os direitos humanos passam a ser</p><p>feitos e culminam na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, de 1948. É claro que,</p><p>a perspectiva histórica que leva à formação dos Direitos Humanos, reconhece todos os</p><p>processos anteriores como parte da formação e evolução até se chegar no entendimento do</p><p>que passou a ser chamado de Direitos Humanos no pós-II GM.</p><p>Gabarito: B</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/Profe. Alê Lopes)</p><p>Come ananás, mastiga perdiz.</p><p>Teu dia está prestes, burguês.</p><p>Vladimir Maiakóvski. Come ananás, 1917.</p><p>Pode-se dizer que o poema russo,</p><p>a) sintetiza o caráter operário e socialista da Revolução de 1917.</p><p>b) expressa a Nova Política Econômica (NEP) liderada por Lenin.</p><p>c) demonstra o sentido da revolução burguesa liderada pelos bolcheviques.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>89</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>d) é uma crítica direta ao Partido Bolchevique.</p><p>e) é uma amostra do movimento cultural realismo socialista.</p><p>Comentários</p><p>a) é o nosso gabarito. Veja que a data do poema é 1917 e que o eu lírico faz uma ameaça a</p><p>burguesia, ou seja, a revolução estava prestes a acontecer. Além disso, há um “corte de classe”</p><p>no poema, já que Maiakóvski faz uma crítica aos hábitos alimentares da burguesia. E qual era uma</p><p>das bandeiras que estimulou a Revolução de 1917? Pão, pois o povo queria Paz, Pão e Terra.</p><p>b) errado, pois a NEP ocorreu após 1917, com os bolcheviques no poder.</p><p>c) errado, pois os bolcheviques lideraram a revolução proletária, mais especificamente uma aliança</p><p>entre operários e camponês.</p><p>d) falso, a crítica é à burguesia russa.</p><p>e) errado, pois o realismo socialista foi um movimento estimulado por Stalin para construir a</p><p>imagem de seu governo nos anos 1930, um estilo artístico oficial. Vale dizer que a geração de</p><p>Maiakóviski primava por ampla liberdade cultural.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UEL 2016)</p><p>Leia o texto e observe a imagem a seguir:</p><p>No contexto da Primeira Guerra Mundial, surgiu o</p><p>dadaísmo, um movimento antiartístico, antiliterário,</p><p>antipoético, contra a beleza eterna, a harmonia, a</p><p>objetividade, a eternidade dos princípios, as leis da</p><p>lógica, a imobilidade do pensamento e a favor da</p><p>liberdade desenfreada do indivíduo, da</p><p>espontaneidade, do aleatório, da anarquia contra a</p><p>ordem, da imperfeição contra a perfeição.</p><p>(Adaptado de: MICHELI, M. As vanguardas artísticas.</p><p>São Paulo: Martins Fontes, 1991. p.131-137.)</p><p>Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos</p><p>sobre o dadaísmo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às</p><p>afirmativas a seguir.</p><p>( ) O dadaísmo tem uma base positivista tanto quanto o surrealismo.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>90</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>( ) No processo de criação dadaísta, se é que se trata de criação, o verbo “criar” foi</p><p>substituído pelo verbo “montar”.</p><p>( ) O caráter antiartístico das colagens dadaístas constituía um modelo estético baseado no</p><p>acaso.</p><p>( ) Para o dadaísmo, o gesto provocativo era mais importante do que a obra.</p><p>( ) O movimento dadá, por ser favorável à sociedade burguesa, foi contra a arte que a</p><p>questionava.</p><p>Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.</p><p>a) V, F, V, V, F.</p><p>b) V, F, F, F, V.</p><p>c) F, V, V, F, V.</p><p>d) F, V, F, V, F.</p><p>e) F, F, V, V, V.</p><p>Comentários</p><p>I. Falsa. O dadaísmo não tem uma base positivista, pois foi um movimento que se opôs ao</p><p>projeto civilizatório da modernidade como um todo, algo muito valorizado pelo pensamento</p><p>positivista. Com efeito, o surrealismo nasceu como desdobramento do dadaísmo, ou seja, é</p><p>ao contrário do que afirmado no item. Além disso, embora tenha abandonado a negatividade</p><p>do dadaísmo, manteve a crítica ao positivismo e ao projeto civilizatório da modernidade.</p><p>II. Verdadeira. Item difícil de ser avaliado, pois é um assunto bem específico. O movimento</p><p>dadaísta colocou em crise a ideia de criação, uma vez que seus representantes de diziam</p><p>“montadores” e não criadores e, por isso, suas manifestações plásticas bem ao estilo da</p><p>imagem do enunciado.</p><p>III. Falsa. Os dadaístas, em função da característica anárquica da proposta artística,</p><p>repudiavam qualquer modelo estético e não pretendiam instituir nenhum, mesmo baseado</p><p>no acaso, até porque, se o acaso se torna regra deixa de sê-lo.</p><p>IV. Esse item é verdadeiro e pode ser depreendido do texto do enunciado.</p><p>V. Falsa. O movimento foi eminentemente contra a arte e a sociedade burguesa, pois a arte</p><p>era tida como expressão dos valores burgueses</p><p>Gabarito: D</p><p>(UEL – 2005)</p><p>“Estamos tão exaustos que dormimos mesmo sob intenso barulho. A melhor coisa que</p><p>poderia acontecer seria os ingleses avançarem e nos fazerem prisioneiros. Ninguém se</p><p>importa conosco. Não somos revezados. Os aviões lançam projéteis sobre nós. Ninguém</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>91</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>mais consegue pensar. As rações estão esgotadas [...] Não há uma única gota de água. É o</p><p>próprio inferno.”</p><p>(Carta encontrada no bolso de um soldado alemão. In História do século 20.</p><p>São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 958-960).</p><p>Com base no relato desse soldado morto na I Grande Guerra Mundial e nos conhecimentos</p><p>sobre o tema, é correto afirmar:</p><p>a) Houve grandes conquistas territoriais por parte da Alemanha, em razão dos rígidos</p><p>valores do militarismo prussiano, que exigia obediência quase cega dos indivíduos</p><p>ao Estado.</p><p>b) Os clubes patrióticos e associações militares, surgidos na Alemanha, criticavam a guerra</p><p>e apoiavam os acordos internacionais, defendendo os soldados alemães rebeldes.</p><p>c) Os países beligerantes, abrindo mão do uso de gases tóxicos, tanques, submarinos e</p><p>aviões, pouparam a vida de grande parte dos combatentes e preservaram importantes</p><p>recursos dos países envolvidos.</p><p>d) Os soldados e trabalhadores dos países da Tríplice Aliança apoiaram a continuidade da</p><p>guerra, com manifestações favoráveis ao serviço militar obrigatório e à luta incondicional nas</p><p>trincheiras.</p><p>e) Uma das características dessa guerra foi a imobilização em trincheiras, submetendo os</p><p>soldados às bombas e balas inimigas, ao frio, à fome e às doenças.</p><p>Comentários:</p><p>A questão tem como tema a Primeira Guerra Mundial. O texto nos mostra o horror da guerra</p><p>nos fronts de combate. Seguindo o tema das batalhas, estudamos na aula que esse conflito</p><p>costuma ser dividido em 3 fases, a depender das táticas de guerra e da relação entre as potências</p><p>beligerantes. Vamos relembrar quais são elas:</p><p>• Intensa movimentação das</p><p>tropas beligerantes</p><p>• Rapida ofensiva da Alemanha</p><p>- Plano Schlieffen</p><p>• rapida defensiva da França</p><p>• Saldo Zero</p><p>1a. Fase</p><p>(1914-15)</p><p>• Fase da Guerra de</p><p>Trincheiras</p><p>• Tempo duro, desgastante,</p><p>marcado por</p><p>imobilismo,guerra química,</p><p>doenças, fome, crise</p><p>econômica.</p><p>2a. Fase</p><p>(1915-17) • EUA entram na Guerra</p><p>• Surgimento de</p><p>manisfestações contrárias à</p><p>Guerra.</p><p>• Revolução Russa</p><p>• Início do Pacifismo</p><p>Ano de 1917</p><p>• A guerra entra em nova fase</p><p>de mobilização, sobretudo</p><p>com o uso de tanques e</p><p>aviões.</p><p>• Crise humanitária</p><p>3a. Fase</p><p>(1918)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>92</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Assim, por meio da descrição feita, supomos que o texto se refere à Fase de Trincheiras.</p><p>Vejamos as alternativas:</p><p>a) Incorreta. A Alemanha saiu derrotada da Guerra e, por isso, perdeu parte do seu território</p><p>para os países vencedores.</p><p>b) Incorreta. Eles apoiavam a guerra.</p><p>c) Incorreta. Todos esses recursos foram utilizados para derrotar seus respectivos inimigos.</p><p>d) Incorreta. Nem todos os países receberam apoio da população e do exército na</p><p>continuidade da guerra.</p><p>e) Correta, conforme discutimos anteriormente.</p><p>Gabarito: E</p><p>(UEL 1996)</p><p>Em 1919, Wílson (Estados Unidos), Lloyd George (Inglaterra) e Clemenceau (França)</p><p>definiram a Paz de Versalhes, em que</p><p>f) a Alemanha foi considerada culpada pela Guerra e submetida a indenizações e retaliações</p><p>territoriais, semeando o descontentamento e o revanchismo.</p><p>g) os bolcheviques, liderados por Lenin, tiveram apoio inglês para assumir o governo russo,</p><p>estabelecendo o primeiro Estado socialista.</p><p>h) os russos brancos, estabeleceram uma aliança com a Alemanha e conduziram a Rússia à</p><p>Guerra Civil.</p><p>i) a Itália, sob a liderança de Mussolini pode organizar, financiada pela França, a marcha</p><p>sobre Roma.</p><p>j) estabeleceu a nazificação alemã que se fundamentou no armamentismo e na busca do</p><p>"espaço vital", ou seja, na geopolítica da conquista territorial.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A já é o nosso gabarito, pois a Alemanha foi considerada responsável pela guerra</p><p>e sofreu sanções a partir dos acordos do pós guerra, principalmente a partir das cláusulas do</p><p>Tratado de Versalhes.</p><p>A B está errada, pois os bolcheviques não receberam apoio da Inglaterra. Pelo contrário, os</p><p>ingleses, enquanto polo capitalista, repudiaram a Revolução dos bolcheviques.</p><p>Sobre a afirmação da alternativa C, de fato, os russos brancos, contrários à revolução,</p><p>encabeçaram uma luta contra os bolcheviques. Esse fato acirrou a guerra civil na Rússia. Porém,</p><p>não houve apoio dos alemães, os quais estavam sob as condições do Tratado de Versalhes.</p><p>A letra D está em descompasso com os acontecimentos do desfecho da 1ª GM, em particular,</p><p>com o Tratado de Versalhes. A ascensão de Mussolini foi um fenômeno da década de 1930.</p><p>Por fim, a letra E afirma o oposto das definições do Tratado de Versalhes, pois o acordo</p><p>estabeleceu a desmilitarização da Alemanha.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>93</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Gabarito: A</p><p>(IFCE – 2016)</p><p>Apresenta uma causa da Primeira Guerra Mundial</p><p>a) a queda da Bolsa de Nova York e as consequências para o mercado internacional.</p><p>b) a invasão da Polônia.</p><p>c) a forte tensão entre os países industrializados que disputavam os mercados</p><p>consumidores mundiais e as matérias primas.</p><p>d) a assinatura do Tratado de Versalhes e suas consequências para a Alemanha.</p><p>e) a propagação das ideias socialistas.</p><p>Comentários:</p><p>Para responder à questão, vamos relembrar os eventos que antecedem a Primeira Guerra</p><p>Mundial:</p><p>• Rivalidade entre as potências - Vimos que a chamada Era dos Impérios ou Neocolonialismo foi</p><p>caracterizada por uma busca incessante por novas áreas econômicas – era a corrida imperialista,</p><p>lembram-se? Essa corrida imperialista significou uma corrida de conquista de territórios. Nesse</p><p>cenário, Inglaterra, França e Alemanha eram grandes concorrentes entre si. A Inglaterra possuía</p><p>mais colônias e, por meio das suas casas bancárias, concentrava metade dos capitais investidos</p><p>no mundo. Em segundo lugar, em número de áreas coloniais vinha a França. Mas a Alemanha já</p><p>era a maior produtora de aço e armas do mundo, constituindo ameaça real ao poder britânico.</p><p>• Nacionalismo - Conexo a essas disputas imperialistas estavam os movimentos e sentimentos</p><p>nacionalistas. Entre eles, destacam-se o pan-eslavismo e o pangermanismo. Presta atenção no</p><p>esquema:</p><p>A questão é que eslavos e germânicos viviam misturados nos mesmos territórios, sobretudo, na</p><p>região dos Balcãs.</p><p>• Paz Armada e Sistema de Alianças - Alguns historiadores denominam esse momento de</p><p>rivalidades belicistas sem guerra, mas ameaças de explodirem a qualquer momento de “Paz</p><p>Armada”. Nesse contexto, as potências europeias iniciaram uma corrida armamentista que</p><p>significava, entre outros elementos, aumentar suas indústrias bélicas e seu efetivo militar e criar</p><p>Tratados de Aliança entre si. Assim, A partir de 1907, a Europa estava dividida em 2 blocos de</p><p>alianças:</p><p>•Movimento nacionalista que buscava a</p><p>união dos povos eslavos da Europa oriental.</p><p>Era orientado e liderado pelo governo do</p><p>czar russo da dinastia dos Romanov.</p><p>Pan-eslavismo:</p><p>•Movimento nacionalista que visava anexar</p><p>à Alemanha territórios da Europa Oriental</p><p>onde viviam germânicos.</p><p>Pangermanismo</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>94</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Com isso, vamos para as alternativas:</p><p>a) Incorreta. A quebra da Bolsa de Nova York ocorreu em 1929, mais de uma década após o</p><p>fim da guerra.</p><p>b) Incorreta. A invasão da Polônia por tropas alemãs está relacionada à Segunda Guerra</p><p>Mundial.</p><p>c) Correta, conforme discutimos anteriormente.</p><p>d) Incorreta. O Tratado de Versalhes foi assinado após o fim da Primeira Guerra. Suas</p><p>consequências para a Alemanha também se relacionam com a Segunda Guerra Mundial.</p><p>e) Incorreta. A propagação das ideias socialistas poderia estar inserida no contexto da Guerra</p><p>Fria, não da Primeira Guerra.</p><p>Gabarito: C</p><p>(UDESC – 2014)</p><p>O ano de 2014 marca o centenário da Primeira Guerra Mundial, evento que demarcou, para</p><p>o historiador britânico Eric Hobsbawm, o início de fato do breve século XX. Analise as</p><p>proposições em relação a esse evento.</p><p>I. O conflito mundial, iniciado em 1914, teve seu estopim com a invasão alemã da Polônia</p><p>e sua tentativa de anexação da região portuária de Danzig. Sob as ordens do Kaiser, os</p><p>exércitos alemães iniciaram uma guerra de conquista rápida com base nos recentes avanços</p><p>da tecnologia de guerra, especialmente com a inserção de tanques nos campos de batalhas,</p><p>e venceram os exércitos poloneses em poucas semanas. A estratégia, graças à sua velocidade</p><p>de conquista,</p><p>ficou conhecida como Blitzkrieg (guerra relâmpago).</p><p>II. É durante este conflito que ocorre a Revolução Russa, pela qual os bolcheviques,</p><p>liderados por Lênin, ascendem ao poder. Neste episódio, o czar Nicolau II é derrubado, e</p><p>com ele a dinastia Romanov. Após a vitória dos bolcheviques, os russos acabam por assinar</p><p>o Tratado de Brest-Litovski, que tirava o país da Primeira Guerra Mundial.</p><p>III. Ao final da guerra, com a vitória dos países da Entente, o mapa mundial foi</p><p>profundamente modificado. Além do Império Alemão, outros impérios foram</p><p>desmembrados, muitas vezes cumprindo anseios nacionais antigos dos povos subjugados. É</p><p>o caso do Império Austro- Húngaro, do Império Francês, do Império Turco-otomano e do</p><p>Sistema de</p><p>Alianças</p><p>TRÍPLICA ENTENTE</p><p>Inglaterra</p><p>França</p><p>Rússia</p><p>TRÍPLICE ALIANÇA</p><p>Alemanha</p><p>Imp. Austro Húngaro</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>95</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Império Russo. Apenas o Império Britânico saiu ileso do conflito, sendo o único país europeu</p><p>a manter possessões no continente africano depois de 1918.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.</p><p>b) Somente a afirmativa I é verdadeira.</p><p>c) Somente a afirmativa II é verdadeira.</p><p>d) Somente a afirmativa III é verdadeira.</p><p>e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.</p><p>Comentários:</p><p>Essa questão é bem legal porque mistura os dois conteúdos que vimos hoje: Primeira Guerra</p><p>Mundial e Revolução Russa. Esses dois grandes eventos estão relacionados e ocorreram na</p><p>segunda década do século XX. Vejamos as proposições:</p><p>I. Incorreta. A invasão alemã na Polônia ocorreu em 1939 e foi o estopim da Segunda Guerra</p><p>Mundial. No caso da Primeira, o estopim se deu com a morte de Francisco Ferdinando,</p><p>herdeiro do Império Austro-Húngaro, em Saravejo, Capital da Bósnia. O atentado ocorreu</p><p>em 28 de junho de 1914, foi idealizado pelo grupo nacionalista chamado Unidade e Morte,</p><p>mais conhecido como Mãos Negras. Foi executado pelo estudante Gavrilo Princip. O</p><p>assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando desencadeou uma reação militar contra a</p><p>Sérvia.</p><p>II. Correta. Para participar da 1ª. Guerra, o Governo russo mobilizou cerca de 13 milhões de soldados,</p><p>mas as condições da participação eram péssimas. Em dois anos de combate, os resultados eram os</p><p>piores possíveis: 3 milhões de mortos, 2 milhões de feridos e mutilados. A fome nas cidades era</p><p>crescente e absurda. Então, a opinião pública e o povo acreditavam que a culpa pelos problemas sociais</p><p>era do Czar (imperador) chamado de “czar-fome”. Assim, greves, manifestações contra a guerra e um</p><p>amplo movimento de deserção tornou insustentável a participação da Rússia na Guerra e a</p><p>continuidade da monarquia absolutista dos Romanov. No ápice da insatisfação popular, por meio dos</p><p>sovietes (órgãos coletivos de participação popular) e do Partido Social Democrata Russo, em 15 de</p><p>Março de 1917, toda a oposição (socialistas, liberais, democratas, republicanos) organizou e participou</p><p>de uma grande manifestação que invadiu o Palácio do Governo, prendeu toda a Família do czar Nicolau</p><p>II e instalou um Governo Provisório. No entanto, a principal medida continuava em aberto: tirar a</p><p>Rússia da Guerra. Além disso, não houve uma resposta rápida do governo para o problema da fome e</p><p>das terras. Nesse contexto, o grupo dos socialistas radicais, ou comunistas, chamados de bolcheviques,</p><p>começou uma crítica mais contundente ao sistema político e a necessidade de uma revolução</p><p>socialista. Eles foram ganhando força, entre outros motivos, pela capacidade de diálogo com a</p><p>população e o apoio de ampla parcela das forças amadas. Assim, em 07 de Novembro de 1917,</p><p>liderados por Vladmir Lênin e Leon Trotsky, os bolcheviques ocuparam posições estratégicas da cidade</p><p>de Petrogrado, sede do Governo Provisório e o depuseram. Uma das primeiras medidas tomadas pelo</p><p>novo governo foi a assinatura do Tratado de Brest-Litovski, que tirava o país da Primeira Guerra</p><p>Mundial.</p><p>III. Incorreta. Os países da Tríplice Entente saíram ilesos do conflito. Ademais, Alemanha foi obrigada</p><p>a renunciar todas as colônias em favor dos vencedores.</p><p>Gabarito: C</p><p>(UEM – 2015)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>96</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Sobre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), assinale a(s) alternativa(s) correta(s).</p><p>01. Pelo acordo firmado na Tríplice Aliança, o Império Alemão contava com o apoio do</p><p>Império Austrohúngaro e do Reino da Itália.</p><p>02. Devido ao capitalismo industrial incipiente e ao atraso tecnológico, os Estados Unidos</p><p>da América não participaram da Primeira Guerra Mundial.</p><p>04. O Brasil e outros países latino-americanos entraram na Guerra em apoio à Tríplice</p><p>Aliança.</p><p>08. Numa tentativa de ampliar seus mercados para a Europa, a China e o Japão foram os</p><p>principais países asiáticos aliados das forças militares da Tríplice Aliança.</p><p>16. A Tríplice Entente foi uma aliança pela cooperação militar formada pelo Império Russo,</p><p>pela França e Inglaterra.</p><p>Comentários:</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi um enorme conflito que envolveu as principais potências</p><p>mundiais entre 1914 e 1918. Ela foi a resultante do desenrolar dos acontecimentos do século</p><p>XIX. Como saldo, deixou aos sobreviventes: fome, mutilação, crises humanitárias e</p><p>econômicas e a missão de reconstruir as relações internacionais sob outras perspectivas.</p><p>Vejamos as proposições:</p><p>1. Correta. A Tríplice Aliança foi um acordo militar entre o Império Alemão, o Império Austro-</p><p>Húngaro e o Reino da Itália firmado formalmente em 1882.</p><p>2. Incorreta. Em um primeiro momento, os EUA se mantiveram neutros. No entanto, em</p><p>1917, mesmo ano que a Rússia saiu da guerra, eles entraram ao lado da Tríplice Entente.</p><p>4. Incorreta. O Brasil entrou na Guerra em apoio à Tríplice Entente.</p><p>8. Incorreta. A China não teve uma participação ativa na Primeira Guerra Mundial, embora</p><p>tenha ficado ao lado da Tríplice Entente em 1917.</p><p>16. Correta. A Tríplice Entente foi uma coalizão militar constituída na primeira década do</p><p>século XX, onde os Impérios Britânico, Russo e República Francesa se uniram para fazer frente</p><p>à política expansionista de outro bloco, a Tríplice Aliança.</p><p>Gabarito: 17</p><p>(UEM – 2012)</p><p>Sobre a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), assinale a(s) alternativa(s) correta(s).</p><p>01. Chama-se Paz Armada às décadas anteriores ao conflito, no qual as grandes potências</p><p>europeias se lançaram numa política armamentista, alimentada pela rivalidade na corrida</p><p>imperialista.</p><p>02. Derrotada na guerra, a Alemanha se submeteu às condições do Tratado de Versalhes,</p><p>sendo obrigada a pagar pesadas indenizações aos países vencedores.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>97</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>04. O nacionalismo e a exaltação patriótica do projeto da Grande Sérvia, do revanchismo</p><p>francês, do pangermanismo alemão e do pan-eslavismo russo alimentaram um “barril de</p><p>pólvora” que estourou em 1914.</p><p>08. No confronto iniciado em 1914, entre os dois blocos europeus, a Itália, rompendo seu</p><p>acordo na Tríplice Entente, manteve-se inicialmente neutra, vindo, após, a combater ao lado</p><p>da Tríplice Aliança.</p><p>16. Para a Tríplice Entente, a entrada dos Estados Unidos da América na guerra, em 1917,</p><p>compensou a saída da Rússia, imersa em uma revolução socialista.</p><p>Comentários:</p><p>A questão aborda diversos aspectos da Primeira Guerra Mundial, tais como antecedentes,</p><p>motivações, desenrolar e desfecho. Dessa maneira, vamos olhar atentamente para cada uma</p><p>das proposições e relembrar o conteúdo que se pede:</p><p>1. Correta. A Paz Armada faz referência ao momento que antecede a Primeira Guerra</p><p>Mundial (1914-1918), um período cheio de tensões, disputas e rivalidades. Junto a isso, as</p><p>principais potências europeias viviam uma corrida armamentista sem, supostamente, a</p><p>intenção de dar início</p><p>a um conflito.</p><p>2. Correta. Em razão de sua derrota, a Alemanha foi obrigada a assinar o Tratado de</p><p>Versalhes em 1919. Nele, ela assumia que era a era a única culpada e responsável pelo</p><p>conflito, se comprometia com uma forte desmilitarização, renunciava de todas as colônias</p><p>em favor dos vencedores, devolvia Alsácia-Lorena para a França, entre outras questões territoriais.</p><p>Além disso, foi obrigada a pagar indenizações bilionárias aos países vencedores e uma taxa sobre suas</p><p>exportações anuais.</p><p>4. Correta. Relembro um esquema que vimos logo no comecinho da aula que toca nesse ponto:</p><p>8. Incorreta. A Itália havia firmado um acordo com Alemanha e Império Austro-Húngaro em</p><p>1882, a chamada Tríplice Aliança. Em um primeiro momento, ela se manteve neutra na</p><p>ANTECEDENTES</p><p>Estruturais</p><p>Rivalidade</p><p>entre</p><p>potências</p><p>Nacionalismo</p><p>Pan-Eslavismo</p><p>Pan germanismo</p><p>Revanchismo</p><p>francês</p><p>Sistema de</p><p>alianças</p><p>Tríplice Entente</p><p>Tríplice Aliança</p><p>Conjunturais</p><p>Crise do</p><p>Marrocos</p><p>(1915-1911)</p><p>Crise dos</p><p>Balcãs</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>98</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>guerra. No entanto, durante seu desenrolar, ela passou a combater ao lado da Tríplice</p><p>Entente.</p><p>16. Correta. Em 1917, em razão da Revolução Russa, a Rússia – membro da Tríplice Entente</p><p>– precisou deixar a Guerra. Isso geraria um forte enfraquecimento militar dessa aliança. No</p><p>entanto, no mesmo ano, os EUA entraram na guerra também ao lado da Entente, trazendo</p><p>um reforço inovador.</p><p>Gabarito: 23</p><p>(UEM – 2015)</p><p>O Em 1917, o mundo foi sacudido com a notícia da Revolução Russa, que derrubou a</p><p>monarquia absolutista liderada pelo Czar Nicolau II e instaurou a ditadura do proletariado,</p><p>liderada por Lênin. Sobre a tomada do poder pelos bolcheviques, é correto afirmar que:</p><p>01. Lênin assinou um pacto de não agressão mútua com Hitler, em que os dois líderes se</p><p>comprometiam a não atacar outros países da Europa.</p><p>02. A Rússia adotou a política de “paz imediata”, retirando seus combatentes do front da I</p><p>Guerra Mundial e assinando um acordo bilateral de paz com a Alemanha, por meio do</p><p>tratado de Brest-Litovsk.</p><p>04. Milhões de hectares de terras foram confiscados da nobreza russa e da Igreja Ortodoxa</p><p>e distribuídos aos camponeses.</p><p>08. O novo governo passou a intervir na economia, nacionalizando diversas empresas,</p><p>sobretudo fábricas e bancos, e elaborando planejamentos para todos os setores econômicos.</p><p>16. Com o fim da I Guerra Mundial, em 1918, os bolcheviques receberam apoio dos Estados</p><p>Unidos e da Inglaterra e com isso conseguiram derrotar o czarismo e instituir o regime</p><p>soviético democrático.</p><p>Comentários:</p><p>O tema da questão é a Revolução Russa de 1917. Como estudamos, após uma série de</p><p>manifestações e greves em decorrência das péssimas condições dos soldados russos na</p><p>Primeira Guerra Mundial e a crescente fome em território russo, o czar Nicolau II foi</p><p>derrubado pela oposição, que instalou um Governo Provisório. Apesar do novo governo</p><p>tomar algumas medidas, principal questão continuava em aberto: tirar a Rússia da Guerra.</p><p>Além disso, não houve uma resposta rápida do governo para o problema da fome e das</p><p>terras. Nesse contexto, o grupo dos socialistas radicais, ou comunistas, chamados de</p><p>bolcheviques, começou uma crítica mais contundente ao sistema político e a necessidade de uma</p><p>revolução socialista. Com a palavra de ordem “Pão, Paz e Terra” o Partido Bolchevique traduzia para a</p><p>população sua proposta de coletivização das terras, fim da propriedade privada e dos privilégios de</p><p>classe social (elementos que eram muito profundos na sociedade semi-feudal da Rússia). Eles se</p><p>tornaram maioria na Rússia em meados de 1917. Assim, em 07 de Novembro de 1917, liderados por</p><p>Vladmir Lênin e Leon Trotsky, os bolcheviques ocuparam posições estratégicas da cidade de</p><p>Petrogrado, sede do Governo Provisório e depuseram o Governo Provisório. Naquele momento, os</p><p>representantes de todos os sovietes da Rússia se reuniram, no Palácio do Governo e instalaram o</p><p>chamado “Conselho dos Comissariados do Povo” e começaram o processo de socialização da política</p><p>e da economia russas. Relembro, a seguir, as primeiras medidas tomadas por esse Conselho:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>99</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Tendo isso mente, sabemos que 2, 4 e 8 estão corretas. Vejamos as outras proposições:</p><p>1. Incorreta. O acordo de não agressão entre Alemanha e União Soviética é de 1939 e foi assinado por</p><p>Hitler e Stalin.</p><p>16. Incorreta. O czar foi derrubado em 1917, mesmo ano em que um regime socialista foi instalado na</p><p>Rússia. Além disso, Estados Unidos e França não apoiaram a Revolução.</p><p>Gabarito: 14</p><p>(UFSC – 2015)</p><p>O campo de batalha é terrível. Há um cheiro de azedo, pesado e penetrante de cadáveres.</p><p>Homens que foram mortos no último outubro estão meio afundados no pântano e nos</p><p>campos de nabos em crescimento. As pernas de um soldado inglês, ainda envoltas em</p><p>polainas, irrompem de uma trincheira, o corpo está empilhado com outros; um soldado apoia</p><p>o seu rifle sobre eles. Um pequeno veio de água corre através da trincheira, e todo mundo</p><p>usa a água para beber e se lavar; é a única água disponível. Ninguém se importa com o inglês</p><p>pálido que apodrece alguns passos adiante.</p><p>BINDING, Rudolf Georg. Um fatalista na guerra. In: MARQUES, Adhemar et alii.</p><p>História contemporânea através de textos. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 119.</p><p>Sobre a Primeira Guerra Mundial e seu contexto, é CORRETO afirmar que:</p><p>01. a Primeira Guerra Mundial tem suas motivações vinculadas às disputas nacionalistas e</p><p>imperialistas articuladas à política de alianças das grandes potências da época.</p><p>02. a entrada da Rússia na guerra, logo após a Revolução Bolchevique de 1917, foi decisiva</p><p>para o desfecho favorável aos países vinculados à Tríplice Aliança.</p><p>04. não houve participação brasileira na Primeira Guerra, pois a organização do país como</p><p>República, imprescindível para a formação de tropas militares, ainda era muito recente.</p><p>08. a Revolução Científico-Tecnológica do século XIX influenciou diretamente o conflito,</p><p>tanto pelas disputas imperialistas como pelo uso, nas batalhas, de recursos como granadas,</p><p>tanques, aviões e armas químicas.</p><p>16. a gripe espanhola ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial e foi vista como ameaça</p><p>para as nações em conflito; porém, com o desenvolvimento dos antibióticos no início do</p><p>século XX, a doença foi controlada sem gerar maiores consequências.</p><p>Pedido de Paz Imediata: Tratado de Paz de Brest-Litovsky</p><p>Confisco da terra e distribuição entre os camponeses</p><p>Nacionalização e estatização da economia</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>100</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>32. com a ida de um número expressivo de homens aos campos de batalha, muitas mulheres</p><p>ficaram responsáveis por tarefas até então consideradas predominantemente masculinas.</p><p>Comentários:</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi um enorme conflito que envolveu as principais potências</p><p>mundiais entre 1914 e 1918. Ela foi a resultante do desenrolar dos acontecimentos do século</p><p>XIX. Como saldo, deixou aos sobreviventes: fome, mutilação, crises humanitárias e</p><p>econômicas e a missão de reconstruir as relações internacionais sob outras perspectivas.</p><p>Vejamos as proposições:</p><p>1.Correta. Conforme estudamos na aula, as disputas imperialistas e o nacionalismo típico do</p><p>século XIX levaram as potências europeias à formarem alianças e desencadearam o conflito.</p><p>2.Incorreta. A Rússia saiu da guerra em razão da Revolução Bolchevique.</p><p>4.Incorreta. O Brasil participou da guerra, mesmo que de forma modesta, através do envio</p><p>de equipes médicas e do patrulhamento do Atlântico.</p><p>8.Correta. O período que antecede a Primeira Guerra é denominado Paz Armada. Isso</p><p>porque havia uma rivalidade belicistas sem guerra, mas com ameaça de explodir</p><p>para tentar expulsar a ocupação austríaca. Esses grupos vinham</p><p>da Sérvia ou da Bósnia mesmo – um deles era o chamado Mãos Negras.</p><p>1.2 – INÍCIO DA GRANDE GUERRA, ESTOPIM!</p><p>Em meio a tantos conflitos estruturais e elementos conjunturais, os historiadores definiram</p><p>um acontecimento específico como o estopim para o início da Primeira Guerra Mundial.</p><p>É interessante observar que esse é um dos acontecimentos mais presentes na memória</p><p>histórica da maioria das pessoas. E qual é mesmo, querido e querida?</p><p>Sistema de</p><p>Alianças</p><p>TRÍPLICA ENTENTE</p><p>Inglaterra</p><p>França</p><p>Rússia</p><p>TRÍPLICE ALIANÇA</p><p>Alemanha</p><p>Imp. Austro Húngaro</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>12</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Acertou!! A morte de Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, em</p><p>Saravejo, Capital da Bósnia. O atentado ocorreu em 28 de junho de 1914, foi idealizado pelo</p><p>grupo nacionalista chamado Unidade e Morte, mais conhecido como Mãos Negras. Foi executado</p><p>pelo estudante Gavrilo Princip. O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando desencadeou</p><p>uma reação militar contra a Sérvia.</p><p>Agora atenção: a reação do Império Austro Húngaro iniciou outra, em</p><p>série, uma vez que as potências estavam unidas por meio do Sistema de Alianças.</p><p>Era o famoso “o fulano é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!”</p><p>O sistema de alianças funcionou como uma engrenagem que determinou a entrada de</p><p>muitos países em guerra, uns contra os outros.</p><p>(UECE 2017)</p><p>O período que abrange os últimos anos do século XIX até o ano de 1914 apresenta inúmeros</p><p>acontecimentos que contribuíram para criar, na Europa, um clima de tensão e rivalidade entre</p><p>vários países, como a Áustria, a Sérvia, a Alemanha, a Rússia, a França e a Inglaterra. Mas foi</p><p>uma questão territorialmente delimitada o estopim do maior conflito nunca antes visto na</p><p>história da humanidade— a Primeira Guerra Mundial. Assinale a opção que corresponde ao</p><p>evento que marcou o início desse conflito.</p><p>a) Obrigação da França de devolver os territórios da Alsácia e Lorena para a Inglaterra.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>13</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>b) Invasão Russa às regiões de população eslava (Bósnia, Croácia e Eslovênia).</p><p>c) Assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, gerando rivalidade entre a</p><p>Áustria e a Sérvia.</p><p>d) Aliança entre a Áustria e a Rússia por expansão territorial mútua.</p><p>Comentário</p><p>Apesar da tensão e das rivalidades territoriais que existiam na Europa, pode-se dizer que um</p><p>acontecimento específico deu início à guerra propriamente dita. Em meio a tantos conflitos</p><p>estruturais e elementos conjunturais, os historiadores definiram um acontecimento específico</p><p>como o estopim para o início da Primeira Guerra Mundial. A morte de Francisco Ferdinando,</p><p>herdeiro do Império Austro-Húngaro, em Saravejo, Capital da Bósnia. O atentado ocorreu</p><p>em 28 de junho de 1914, foi idealizado pelo grupo nacionalista chamado Unidade e Morte,</p><p>mais conhecido como Mãos Negras. Foi executado pelo estudante Gavrilo Princip. O</p><p>assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando desencadeou uma reação militar contra a</p><p>Sérvia.</p><p>Gabarito: C</p><p>(Mackenzie 1996)</p><p>Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a questão balcânica, que pode ser</p><p>associada:</p><p>a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.</p><p>b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra.</p><p>c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, o nacionalismo eslavo e</p><p>ao temor austríaco quanto à formação da Grande Sérvia.</p><p>d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da Bósnia-</p><p>Herzegovina.</p><p>e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões pendentes</p><p>relacionadas ao Tratado de Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.</p><p>Comentário</p><p>A partir do conhecimento sobre a região geográfica dos Balcãs, já podemos eliminar a</p><p>alternativa B. Isso porque, tanto a referência a disputas na Ásia e África, quanto aos países</p><p>imperialistas envolvidos, França e Inglaterra, não possuíam interesse direto nos Balcãs.</p><p>Agora, lembre-se de que a disputa pelos 3Ms estão dentre as causas da 1ª Guerra Mundial.</p><p>Sobre a relação dos Balcãs e as causas da 1ª Guerra Mundial, temos que lembrar que eslavos</p><p>e germânicos viviam em territórios comuns (Sérvia, Montenegro, Albânia, Bulgária). A região</p><p>dos Balcãs e a região dominada pelo Império turco-Otomano (norte dos Balcãs) são</p><p>estratégicas do ponto de vista militar e econômico, porque dão acesso ao Mediterrâneo e</p><p>ao Oriente Médio. Nos Balcãs viviam inúmeros povos com culturas, línguas e religiões</p><p>distintas. No século XIX, influenciados pelas ideias de nacionalidade, esses povos buscaram</p><p>criar seus próprios países. Mas os interesses das grandes potências constituíam-se como um</p><p>obstáculo a isso porque, na prática, a resultante seria uma fragmentação territorial que</p><p>impactaria a lógica imperialista predominante naquele contexto. E qual era a potencial com</p><p>maior interesse na região? A Rússia, principalmente, por conta do Estreito de Bósforo e do</p><p>Estreito de Daranelos. Diante dessas considerações, a alternativa mais adequada é a C.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>14</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Agora, repare que a A, por exemplo, faz referência ao nacionalismo. De fato, a identidade</p><p>nacional era um elemento presente nos conflitos daquele momento, mas não nos termos</p><p>colocados pela alternativa. Já a E, afirma que havia pendências em torno do Tratado de Brest-</p><p>Litowsky enquanto causa da guerra, mas, na verdade, esse Tratado foi para a Rússia sair da</p><p>Guerra. Por isso, não pode ser um elemento causal.</p><p>Gabarito: C</p><p>1.3 – O DESENROLAR DO CONFLITO</p><p>Quem imagina que o mundo se chocou com essas múltiplas declarações de guerra está</p><p>equivocado. Nos meses de agosto de 1914, era possível assistir a verdadeiras manifestações de</p><p>entusiasmo, com bandeiras tremulando em praças públicas, nos terminais de trens que levavam</p><p>jovens para os campos de batalhas. A euforia e confiança estavam inscritos em romances, poesias,</p><p>canções, fotografias, entre outros. Um entusiasmo coletivo, uma embriaguez social capaz de</p><p>demonstrar que os Europeus não tinham a menor ideia do que viveriam nos anos subsequentes.</p><p>De fato, governos e poderosos grupos econômicos tinham conseguido fazer campanha e</p><p>mobilizado suficientemente o sentimento nacionalista, a ponto de ganhar adesão social e popular</p><p>ao projeto militar de conduzir uma guerra. Mas parecia que ninguém tinha a menor noção do que</p><p>era capaz de fazer uma metralhadora com um ser humano – ou um grupo deles.</p><p>Aqueles que se levantaram para criticar foram chamados e acusados de traidores da pátria.</p><p>Em geral, os historiadores costumam dividir o desenrolar da Guerra em 3 fases, a depender</p><p>das táticas de guerra e da relação entre as potências beligerantes. Eu gosto muito de destacar o</p><p>ano de 1917 porque ele nele aconteceram eventos muito significativos não apenas para o</p><p>desfecho da guerra, como também para o Século XX todo.</p><p>28 de julho: O Império Austro-Húngaro declara guerra</p><p>à Sérvia;</p><p>29 de julho: Em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza seus</p><p>exércitos contra o Império Austro-Húngaro;</p><p>1º de agosto: A Alemanha declara guerra à Rússia;</p><p>3 de agosto: A Alemanha declara guerra à França. Para atingí-la,</p><p>mobiliza seus exércitos e invade a Bélgica, que era um país neutro;</p><p>4 de Agosto: A Inglaterra exige que a Alemanha respeite a</p><p>neutralidade da Bélgica. Como isso não ocorre, ela declara</p><p>guerra à Alemanha.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>15</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A 1ª fase da guerra ocorreu com o avanço rápido da Alemanha por meio do Plano</p><p>a qualquer</p><p>momento.</p><p>Nesse contexto, as potências europeias iniciaram uma corrida armamentista que significava</p><p>entre outros elementos:</p><p>Os avanços científicos desse período e de todo o século XIX influenciaram muito como a</p><p>guerra se deu.</p><p>16.Incorreta. A gripe espanhola resultou em milhares de mortes por todo o mundo.</p><p>32.Correta. Com a presença dos homens na guerra as mulheres exerceram as tarefas até</p><p>então efetuadas pelos homens.</p><p>Gabarito: 41</p><p>(UFSC – 1998)</p><p>Aumentar suas indústrias bélicas;</p><p>Aumentar seu efetivo militar;</p><p>Criar Tratados de Alianças entre si.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>101</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A História tem demonstrado, ao longo do tempo, que as desigualdades sociais têm</p><p>provocado conflitos como o(a):</p><p>01. luta entre patrícios e plebeus, na antigüidade romana, resultando na conquista de um</p><p>Código de Leis.</p><p>02. insubordinação dos servos aos senhores feudais, promovendo a extinção dos feudos.</p><p>04. insatisfação do “terceiro estado”, na França, pleiteando a igualdade de todos perante a</p><p>lei.</p><p>08. reação do proletariado contra o sistema de injustiça, provocada pela Revolução</p><p>Industrial.</p><p>16. Revolução Russa, pela situação de pobreza e exploração em que vivia a população.</p><p>32. movimento dos sem-terra, no Brasil, contra a má distribuição das propriedades rurais.</p><p>Comentários:</p><p>A questão nos pede para identificar quais conflitos citados foram provocados por</p><p>desigualdades sociais. É um bom exercício de revisão. Dessa forma, vamos relembrar cada</p><p>um desses conflitos:</p><p>1. Correta. Os plebeus eram um grupo social composto por artesãos, comerciantes e</p><p>camponeses, que constituíam, assim, a imensa maioria da população romana. Os patrícios</p><p>eram os cidadãos que constituíam a aristocracia da Roma Antiga, equivalendo a uma forma</p><p>de nobreza hereditária. Após uma série de revoltas plebeias e conflitos entre esses grupos,</p><p>em 450 a.C., os patrícios decidiram instituir a Lei das Doze Tábuas. Tal medida visava</p><p>transformar em leis escritas as leis que anteriormente eram transmitidas e conhecidas apenas</p><p>oralmente. Era o primeiro código de leis escritas em Roma e foi redigido por dez juristas. A</p><p>lei escrita dificultava que os patrícios interpretassem as leis de acordo com suas</p><p>conveniências, constituindo-se, assim, como uma vitória para os plebeus.</p><p>2. Incorreta. Apesar de algumas revoltas camponesas terem ocorrido no período feudal, elas</p><p>não tiveram força suficiente para acabar com os feudos.</p><p>4. Correta. A Revolução Francesa foi a expressão mais forte do descontentamento do</p><p>Terceiro Estado com o sistema de privilégios do Antigo Regime.</p><p>8. Correta. O proletariado é a classe social formada pelos proletários. O termo foi difundido</p><p>pela teoria marxista e indica uma oposição à burguesia. Essa classe surgiu com a Revolução</p><p>Industrial e organizou diversas mobilizações contra os proprietários dos meios de produção.</p><p>Isso porque eles lucravam em cima da mão de obra dos operários, que viviam péssimas</p><p>condições de trabalho e jornadas exaustivas.</p><p>16. Correta. Chegamos no conteúdo da aula, vamos aproveitar pra estudar de novo a</p><p>Revolução Bolchevique de 1917:</p><p>Para participar da 1ª. Guerra, o Governo russo mobilizou cerca de 13 milhões de soldados,</p><p>mas as condições da participação eram péssimas. Em dois anos de combate, os resultados</p><p>eram os piores possíveis: 3 milhões de mortos, 2 milhões de feridos e mutilados. A fome nas</p><p>cidades era crescente e absurda. Então, a opinião pública e o povo acreditavam que a culpa</p><p>pelos problemas sociais era do Czar (imperador) chamado de “czar-fome”. Assim, greves,</p><p>manifestações contra a guerra e um amplo movimento de deserção tornou insustentável a</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>102</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>participação da Rússia na Guerra e a continuidade da monarquia absolutista dos Romanov.</p><p>No ápice da insatisfação popular, por meio dos sovietes (órgãos coletivos de participação</p><p>popular) e do Partido Social Democrata Russo, em 15 de Março de 1917, toda a oposição</p><p>(socialistas, liberais, democratas, republicanos) organizou e participou de uma grande</p><p>manifestação que invadiu o Palácio do Governo, prendeu toda a Família do czar Nicolau II e</p><p>instalou um Governo Provisório. No entanto, a principal medida continuava em aberto: tirar</p><p>a Rússia da Guerra. Além disso, não houve uma resposta rápida do governo para o problema</p><p>da fome e das terras. Nesse contexto, o grupo dos socialistas radicais, ou comunistas,</p><p>chamados de bolcheviques, começou uma crítica mais contundente ao sistema político e a</p><p>necessidade de uma revolução socialista. Eles foram ganhando força, entre outros motivos,</p><p>pela capacidade de diálogo com a população e o apoio de ampla parcela das forças amadas.</p><p>Assim, em 07 de Novembro de 1917, liderados por Vladmir Lênin e Leon Trotsky, os</p><p>bolcheviques ocuparam posições estratégicas da cidade de Petrogrado, sede do Governo</p><p>Provisório e o depuseram. Uma das primeiras medidas tomadas pelo novo governo foi a</p><p>assinatura do Tratado de Brest-Litovski, que tirava o país da Primeira Guerra Mundial.</p><p>32. Correta. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos mais importantes</p><p>movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo,</p><p>principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira. Como se sabe, no Brasil</p><p>prevaleceu historicamente uma desigualdade do acesso à terra, consequência direta de uma</p><p>organização social patrimonialista e patriarcal ao longo de séculos, predominando o grande</p><p>latifúndio como sinônimo de poder. Desta forma, dada a concentração fundiária, as camadas</p><p>menos favorecidas como escravos, ex-escravos ou homens livres de classes menos abastadas</p><p>teriam maiores dificuldades à posse da terra.</p><p>Gabarito: 61</p><p>(UFMS – 1998)</p><p>Sobre a Primeira Grande Guerra Mundial pode(m) ser mencionado(s) o(s) seguinte(s)</p><p>episódio(s):</p><p>01. Uma concorrência acirrada entre as principais potências capitalistas, a partir de fins do</p><p>século XIX e os primeiros anos do século XX, resultou no que os historiadores denominaram</p><p>choque de imperialismos.</p><p>02. Em decorrência do esgotamento da diplomacia nas relações internacionais, as potências</p><p>capitalistas optaram por uma derradeira tentativa de evitar a guerra, reunindo-se num</p><p>Congresso de Nações e criando a ONU (Organização das Nações Unidas).</p><p>04. O estopim da Primeira Grande Guerra foi o assassinato em Sarajevo (capital da Sérvia),</p><p>em 28 de junho de 1914, do Arquiduque Francisco Frederico, herdeiro do trono da Prússia.</p><p>08. Durante a guerra de 1914-1918 foram introduzidas nos campos de batalha novas armas</p><p>e novas táticas de combate, como as armas de grosso calibre, o uso de gás venenoso, as</p><p>metralhadoras automáticas, as trincheiras e as bombas de hidrogênio lançadas sobre</p><p>Hiroshima e Nagasaki.</p><p>16. Os norte-americanos participaram da Primeira Grande Guerra em seus dois últimos anos,</p><p>quando o então presidente George Bush declarou guerra formal à Alemanha e ao Japão.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>103</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>32. O balanço da Primeira Grande Guerra foi bastante negativo: houve aproximadamente</p><p>nove milhões de mortos, sem contar com os sofrimentos causados pela crise na população</p><p>civil, com epidemias, carestias e fome. Além disso, ficaram arrasados os campos, as cidades</p><p>e as indústrias de boa parte da Europa, impondo mais sacrifícios para a recuperação das</p><p>economias dos países beligerantes.</p><p>Comentários:</p><p>A questão tem como tema a Primeira Guerra Mundial. Conforme estudamos na aula, foi um</p><p>enorme conflito que envolveu as principais potências mundiais entre 1914 e 1918. Ela foi a</p><p>resultante do desenrolar dos acontecimentos do século XIX. Como saldo, deixou aos</p><p>sobreviventes: fome, mutilação, crises humanitárias e econômicas e a missão de reconstruir</p><p>as relações internacionais sob outras perspectivas. Vejamos as proposições:</p><p>1. Correta. Vimos que a chamada Era dos Impérios ou Neocolonialismo foi caracterizada por</p><p>uma busca incessante por novas áreas econômicas – era a corrida imperialista. Essa corrida</p><p>imperialista significou uma corrida de conquista de territórios. Nesse cenário, Inglaterra,</p><p>França e Alemanha eram grandes concorrentes entre si. A Inglaterra possuía mais colônias e,</p><p>por meio das suas casas bancárias, concentrava metade dos capitais investidos no mundo.</p><p>Em segundo lugar, em número de áreas coloniais vinha a França. Mas a Alemanha já era a</p><p>maior produtora de aço e armas do mundo, constituindo ameaça real ao poder britânico.</p><p>Esse choque de imperialismos, ocorrido, sobretudo, entre meados do século XIX e início do</p><p>XX, acabou deflagrando a Primeira Grande Guerra.</p><p>2. Incorreta. A ONU foi criada apenas em 1945, após a Segunda Guerra Mundial.</p><p>4. Incorreta. De fato, o assassinato de Francisco Ferdinando em Saravejo foi o estopim da</p><p>Guerra. Contudo, ele era herdeiro do Império Austro-Húngaro.</p><p>8. Incorreta. Dessas, apenas as trincheiras são características da Primeira Guerra.</p><p>16. Incorreta. O presidente dos EUA na época da guerra era Woodrow Wilson.</p><p>32. Correta, conforme discutimos anteriormente.</p><p>Gabarito: 33</p><p>(UEA – 2017)</p><p>A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças históricas relevantes e, em certa</p><p>medida, duradouras, tais como:</p><p>a) a guerra de movimento e o surgimento de armas nucleares.</p><p>b) a união europeia e a abolição de tarifas alfandegárias no continente.</p><p>c) as mudanças revolucionárias na Rússia e o avanço econômico norte-americano.</p><p>d) a quebra da bolsa de investimentos de Nova York e a Guerra Fria.</p><p>e) a Revolução Industrial e a divisão da África entre as potências capitalistas.</p><p>Comentários:</p><p>A questão nos pede para identificar mudanças históricas duradouras provocadas pela</p><p>Primeira Guerra Mundial. Para tanto, vamos olhar cada uma das alternativas, relembrar os</p><p>eventos citados e ver se eles foram uma consequência desse conflito:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>104</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>a) Incorreta. De fato, o surgimento de armar nucleares ocorreu na Primeira Guerra. Contudo,</p><p>guerra de movimento é como ficou conhecida a primeira fase do conflito, não sendo,</p><p>portanto, uma mudança causada por ele.</p><p>b) Incorreta. A União Europeia foi criada, oficialmente, em 1992. A semente desse bloco</p><p>econômico é o Benelux, bloco criado durante a Segunda Guerra Mundial que recebeu esse</p><p>nome por conta das iniciais dos países integrantes: Bélgica (Be), Holanda (Ne), do Inglês</p><p>“Netherland”, e Luxemburgo (Lux). Assim, ele não é uma consequência da Primeira Guerra.</p><p>c) Correta. Vamos por partes:</p><p>• Revolução Russa de 1917: para participar da 1ª. Guerra, o Governo russo mobilizou</p><p>cerca de 13 milhões de soldados, mas as condições da participação eram péssimas.</p><p>Em dois anos de combate, os resultados eram os piores possíveis: 3 milhões de</p><p>mortos, 2 milhões de feridos e mutilados. A fome nas cidades era crescente e absurda.</p><p>Então, a opinião pública e o povo acreditavam que a culpa pelos problemas sociais</p><p>era do Czar (imperador) chamado de “czar-fome”. Assim, greves, manifestações</p><p>contra a guerra e um amplo movimento de deserção tornou insustentável a</p><p>participação da Rússia na Guerra e a continuidade da monarquia absolutista dos</p><p>Romanov. No ápice da insatisfação popular, por meio dos sovietes (órgãos coletivos</p><p>de participação popular) e do Partido Social Democrata Russo, em 15 de Março de</p><p>1917, toda a oposição (socialistas, liberais, democratas, republicanos) organizou e</p><p>participou de uma grande manifestação que invadiu o Palácio do Governo, prendeu</p><p>toda a Família do czar Nicolau II e instalou um Governo Provisório. No entanto, a</p><p>principal medida continuava em aberto: tirar a Rússia da Guerra. Além disso, não</p><p>houve uma resposta rápida do governo para o problema da fome e das terras. Nesse</p><p>contexto, o grupo dos socialistas radicais, ou comunistas, chamados de bolcheviques,</p><p>começou uma crítica mais contundente ao sistema político e a necessidade de uma</p><p>revolução socialista. Eles foram ganhando força, entre outros motivos, pela</p><p>capacidade de diálogo com a população e o apoio de ampla parcela das forças</p><p>amadas. Assim, em 07 de Novembro de 1917, liderados por Vladmir Lênin e Leon</p><p>Trotsky, os bolcheviques ocuparam posições estratégicas da cidade de Petrogrado,</p><p>sede do Governo Provisório e o depuseram. Uma das primeiras medidas tomadas pelo</p><p>novo governo foi a assinatura do Tratado de Brest-Litovski, que tirava o país da</p><p>Primeira Guerra Mundial. Assim, podemos afirmar que as mudanças revolucionárias</p><p>na Rússia foram provocadas pela Primeira Guerra.</p><p>• Avanço econômico dos Estados Unidos: A Primeira Guerra fez com que os EUA</p><p>emergissem como a principal economia do planeta. As transações de produtos</p><p>industriais e agrícolas se ampliaram com a abertura de créditos aos países aliados,</p><p>seguidas pela concessão de empréstimos à Inglaterra, França e, posteriormente,</p><p>Alemanha. A produção norte-americana deu um salto gigantesco em vários setores,</p><p>destacando-se a indústria bélica, de material de campanha e alimentos. Os EUA se</p><p>tornaram o maior credor do mundo e no final dos anos 1920, o país respondia por</p><p>mais de 42% da produção industrial global. Enquanto isso, França, Inglaterra e</p><p>Alemanha juntas detinham 28%.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>105</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>d) Incorreta. A quebra da Bolsa está relacionada com o avanço econômico dos EUA após a</p><p>Primeira Guerra. No entanto, a Guerra Fria teve início após a Segunda Guerra Mundial.</p><p>e) Incorreta. A Revolução Industrial teve início no século XVIII. Além disso, a divisão da África</p><p>foi justamente um dos motivos que levaram à Primeira Guerra.</p><p>Gabarito: C</p><p>(UEA - 2002)</p><p>De acordo com a tabela, são corretas duas das afirmativas a seguir, a respeito da</p><p>participação, às vésperas da Primeira Grande Guerra, das potências capitalistas no comércio</p><p>mundial:</p><p>I. a Grã-Bretanha e a França apresentaram um declínio relativo de sua participação no</p><p>comércio mundial;</p><p>II. os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão apresentaram, entre 1896 e 1913, crescimento</p><p>de sua participação no comércio mundial;</p><p>III. ao contrário do declínio relativo britânico, houve um grande aumento da participação</p><p>americana no comércio mundial, de 1870 até as vésperas da Primeira Guerra Mundial;</p><p>IV. apesar do declínio relativo de sua participação no comércio mundial, a economia britânica</p><p>manteve uma proporção maior do que o resto do mundo, entre 1870 e 1913.</p><p>São elas:</p><p>(A) I e II</p><p>(B) I e III</p><p>(C) I e IV</p><p>(D) II e III</p><p>(E) II e IV</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>106</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Comentários:</p><p>Durante o período, o mundo passava por um momento de expansão do capitalismo</p><p>industrial, impulsionado pela segunda revolução industrial, e pelo fortalecimento do capitalismo e</p><p>das doutrinas imperiais e liberalistas. Com isso, o país que mais se destacou foi os Estados Unidos,</p><p>que aumentou o seu nível de produção industrial, após Guerra de Secessão, de maneira</p><p>significativa. Em contrapartida, países como Inglaterra e França perderam força na produção</p><p>industrial. Portanto, analisando os dados da tabela e os tópicos elencados, pode-se concluir:</p><p>I. Correta, conforme a tabela.</p><p>II. Incorreta, mediante ao declínio da Alemanha em 1 % no período posterior.</p><p>III. Correta, conforme a tabela.</p><p>IV. Incorreta, uma vez que desde 1896-1900, a produção industrial do resto do mundo já era</p><p>equivalente ao da Inglaterra.</p><p>Portanto a resposta é alternativa (B), I e III estão corretas.</p><p>Gabarito: B</p><p>(UEA - 2002)</p><p>“Cinco milhões e meio de desempregados em 1933, dois milhões em 1935, menos de um</p><p>em</p><p>1937, algumas dezenas de milhares entre 1933 e 1939. A produção mais que dobrou</p><p>entre 1933 e 1939. Política de grandes obras – autoestradas, ferrovias, aeroportos... Tudo</p><p>realizado no âmbito de uma política rigorosa de controle de preços, de crédito... (pelo</p><p>Estado)” (M. Béaud). Assinale a alternativa que corretamente aborda o desenvolvimento</p><p>econômico alemão na década que antecede a 2ª Guerra Mundial.</p><p>(A) O dirigismo econômico, apoiado em poderosos complexos industriais e bancários,</p><p>também obrigou os poderosos grupos estrangeiros, como General Motors, Ford, Shell e</p><p>Unilever, a reinvestir seus lucros no fortalecimento da economia alemã.</p><p>(B) O impulso econômico alemão nazista apoiou-se exclusivamente em poderosos conjuntos</p><p>industriais e financeiros do capitalismo alemão, porque o Estado combatia o capitalismo</p><p>internacional e expulsou as empresas estrangeiras na década de 1930.</p><p>(C) A indústria alemã se tornou espetacularmente poderosa pela política governamental de</p><p>incentivo aos investimentos estrangeiros, cujo ingresso maciço se deu nos anos anteriores à</p><p>guerra.</p><p>(D) Todas as medidas econômicas da Alemanha, no período anterior à Segunda Grande</p><p>Guerra, assemelham-se, pelo nacionalismo, previdência social e organização do trabalho, às</p><p>medidas de implantação de um regime socialista.</p><p>(E) O dirigismo nazista impôs a descartelização do capitalismo alemão, invertendo a</p><p>tendência das décadas anteriores, principalmente na produção de aço e na indústria química.</p><p>Comentários:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>107</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A Alemanha, que após a Primeira Guerra Mundial passou por uma grave crise financeira e social,</p><p>encontrou no movimento nazista uma forma de se recuperar tanto financeira quanto</p><p>politicamente. A política econômica durante a República de Weimar, não foi o suficiente para</p><p>suprir os problemas internos que a Alemanha enfrentava. Ao longo de toda a década de 20,</p><p>discursos antissemitas, anticomunistas, antiliberais e antirrepublicanos foram ganhando força</p><p>dentro de território nacional abalado. Além disso, um relativo apoio de empresas privadas</p><p>nacionais, a alta militarização de caráter ultra nacionalista, promovida pela ascensão do Partido</p><p>Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães ao poder causaram profundas mudanças, que</p><p>fizeram o país se tornar no que conhecemos hoje, por Totalitarismo Nazista.</p><p>Com a ascensão da Partido Nazista ao poder foi implementada uma política econômica</p><p>conhecida como “dirigismo alemão”. Nada mais é que uma política econômica ultra nacionalista</p><p>com fortíssima intervenção do PARTIDO na economia: planificou, estatizou, proibiu remessa de</p><p>lucro, fortaleceu e subsidiou as empresas alemãs. Para vocês terem uma ideia, membros do</p><p>partido nazista tinham acento nas diretorias dessas grandes empresas com o objetivo de garantir</p><p>decisões voltadas para o projeto mais geral de expansão territorial e militar do partido nazista,</p><p>algo como uma intervenção do partido direto em cada empresa opinando e definindo as</p><p>estratégias comerciais. Atenção: os lucros não iam para o Estado ou Partido (por isso, não se trata</p><p>de uma economia socialista). Resultado Cartelização e formação de gigantescos monopólios.</p><p>Exemplo: Volkswagen.</p><p>Visto isso, vamos analisar as alternativas.</p><p>A) Correto. As empresas estrangeiras não podiam enviar seus lucros às matrizes e eram</p><p>convencidos a reinvestir nos projetos propostos pelo Partido.</p><p>B) Incorreta. As empresas estrangeiras não foram expulsas do território alemão e não é verdade</p><p>que o nazismo combateu o capitalismo. O nazismo é um tipo específico de capitalismo baseado</p><p>em um estado central, autoritário, militarista e expansionista.</p><p>C) Incorreta. Os investimentos não eram estrangeiros, mas nacionais ou de empresas estrangeiras</p><p>instaladas na Alemanha.</p><p>D) Errada. Uma alternativa que trabalha uma ideia de senso comum. Uma economia com forte</p><p>intervenção do Estado não quer dizer socialista. Para ser socialista PRECISA ter economia estatal</p><p>e sem propriedades privadas.</p><p>E) Errada, como vimos no comentário geral, a cartelização foi uma consequência do dirigismo</p><p>econômico nazista.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UEA -2004)</p><p>A concentração do capital industrial e sua associação ao capital financeiro dos bancos gerou</p><p>uma acumulação cujo volume era tamanho que apenas pequena parte podia ser investida no</p><p>mercado nacional ou em outros países da Europa.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>108</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Assinale a alternativa que explica corretamente a consequência histórica principal desse</p><p>processo.</p><p>(A) Nos Estados Unidos, a Guerra de Secessão foi a consequência da luta pelo protecionismo</p><p>alfandegário e pelo fim da escravidão como forma de dar vazão aos capitais excedentes.</p><p>(B) A Primeira Guerra Mundial foi travada, sobretudo, para atender aos interesses da indústria</p><p>bélica e como forma de resolver a crise do mercado do aço.</p><p>(C) Os países europeus queriam reconquistar mercados nos continentes subdesenvolvidos ainda</p><p>não protegidos por tarifas elevadas, principalmente, a fim de reativar suas indústrias.</p><p>(D) Os conflitos localizados e a tensão internacional foram formas de dar vazão às rivalidades</p><p>que ameaçavam o equilíbrio mundial.</p><p>(E) O imperialismo e o colonialismo sobre países da América Latina, da Ásia e da África</p><p>buscavam mercados para onde exportar os capitais excedentes para empréstimo ou</p><p>investimento.</p><p>Comentários:</p><p>A questão traz informações de diversos aspectos ligadas as relações internacionais entre</p><p>os países ao longo do século XIX e começo do século XX.</p><p>Com base no texto, portanto, analisemos as alternativas:</p><p>A) Incorreto. Os Estados Unidos, pelo contrário, queriam extinguir o protecionismo</p><p>alfandegário.</p><p>B) Incorreto. A Primeira Guerra Mundial, sobretudo, foi motivada por uma disputa de poder,</p><p>mercados, mão de obra e matérias primas, dos potenciais imperialistas europeias, em seus</p><p>domínios na África, Ásia e América Latina.</p><p>C) Os países europeus não queriam reativar suas indústrias. Elas já estavam ativadas desde as</p><p>Revoluções liberais ocorridas na Europa durante a primeira metade do século XIX. Eles queriam</p><p>é expandir suas influências e mercados pelo mundo, dentre os países subdesenvolvidos e as</p><p>colônias.</p><p>D) Incorreto. Esses conflitos deixaram mais acentuadas as disputas entre os países europeus,</p><p>ao contrário do que a alternativa sugere.</p><p>E) Correto. O colonialismo e o Imperialismo tinham como plano de fundo buscar novos</p><p>mercados para onde exportar os produtos excedentes, frutos da revolução industrial que</p><p>ocorria na Europa.</p><p>Gabarito: E</p><p>(UEA – 2009 / Segunda Fase)</p><p>Algumas fronteiras das nações europeias foram alteradas nos anos sessenta e setenta do século</p><p>XIX. Uma dessas alterações, que se constituiu num dos fatores da primeira Guerra Mundial, foi</p><p>(A) a perda da Grécia pelo Império Turco otomano.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>109</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(B) a incorporação da Alsácia e da Lorena ao Império Alemão.</p><p>(C) a anexação dos estados Pontifícios pelo Piemonte.</p><p>(D) a perda da Crimeia pelo Império Czarista.</p><p>(E) a incorporação de Veneza pela Áustria.</p><p>Comentários:</p><p>Essa foi uma época de expansão do capitalismo e da Revolução Industrial por toda a</p><p>Europa. As políticas liberais ganharam forças nas principais nações europeias, e alguns estados</p><p>se unificaram, como os italianos, germânicos e gregos. Porém, este último no início do século</p><p>XIX, e os dois primeiros ao final. A partir então da unificação da Itália e da Alemanha, portanto,</p><p>o continente passou pelo momento auge do Imperialismo Europeu. Detentores de poder,</p><p>riqueza e territórios espalhados em todo o mundo, esse foi um tempo de enormes avanços</p><p>bélicos, militar e econômico. No contexto da unificação</p><p>germânica, para aumentar sua</p><p>produção de aço, um dos materiais mais importantes empregados na indústria, o Estado alemão</p><p>empregou uma luta contra os Francos por um território já muito disputado durante toda a</p><p>história pelas duas potencias. Era uma terra de enormes quantidades de ferro e carvão, e que</p><p>maior parte da população falava a língua alemã, era a região de Alsácia e Lorena.</p><p>Porém, os franceses não queriam perder esse território, ainda mais após o trono da</p><p>Espanha ficar vago, e o único herdeiro ser um nobre de origem germânica. Portanto essas duas</p><p>nações entraram em Guerra, e os alemães foram vitoriosos. Todavia o sentimento francês de</p><p>revanchismo nunca sumiu, e isso foi um dos pivôs que gerou um conflito maior entre os dois</p><p>povos as vésperas da Primeira Grande Guerra.</p><p>Diante disso, verifiquemos as alternativas:</p><p>A) Incorreto. A Independência Grega ocorreu na segunda década do século XIX, e não no</p><p>período retratado pela questão.</p><p>B) Correto. Com a guerra Franco-Prussiana, os alemães conseguiram anexar esse território ao</p><p>Império, se tornando um espaço estratégico para o desenvolvimento econômico do país.</p><p>C) Incorreto. Esse acontecimento não gerou um conflito que se estendeu até culminar na</p><p>Primeira Guerra Mundial.</p><p>D) Incorreto. A perca da Criméia pelo Estado russo, ocorreu aproximadamente uma década</p><p>antes desse acontecimento citado na pergunta.</p><p>E) Incorreto. Foi a região de Trentino que foi incorporado ao território austríaco, e esse não foi</p><p>um espaço de enormes conflitos que impulsionaram a Grande Guerra.</p><p>Gabarito: B</p><p>(UVA 2011)</p><p>“Os animais lutam, mas não fazem guerra. O homem é o único primata que planeja o</p><p>extermínio dentro de sua própria espécie e o executa entusiasticamente e em grandes</p><p>dimensões. A guerra é uma de suas invenções mais importantes; a capacidade de estabelecer</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>110</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>acordos de paz é provavelmente uma conquista posterior. As mais antigas tradições da</p><p>humanidade, seus mitos e lendas heroicas falam sobretudo da morte e do ato de matar.”</p><p>(ENZENSBERGUER, Hans Magnus. Guerra Civil. São Paulo, Companhia das Letras – 1995)</p><p>O século XX foi marcado por duas guerras mundiais (primeira 1914/1919 e segunda</p><p>1939/1945) que produziram sofrimentos numa escala jamais vista na História. Foram causas</p><p>da Primeira Guerra Mundial:</p><p>I. Imperialismo econômico, colonialismo, política de Alianças e assassinato do Príncipe</p><p>Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco.</p><p>II. Paz Armada, crises diplomáticas, incidentes nos Bálcãs e no Marrocos.</p><p>III. Inconformismo da Alemanha diante do Tratado de Versalhes e os choques ideológicos.</p><p>IV. A entrada dos Estados Unidos no conflito, diretamente, e a crise econômica dos países</p><p>do Eixo.</p><p>Estão corretos:</p><p>a) Somente os itens 1 e 2.</p><p>b) Somente os itens 2, 3 e 4.</p><p>c) somente os itens 1 e 4.</p><p>d) todos os itens.</p><p>Comentários:</p><p>A Primeira Guerra Mundial também é conhecida como a “Grande Guerra”. Isso porque foi</p><p>o primeiro conflito armado que envolveu inúmeros países diferentes, em mais de um continente.</p><p>Os reflexos dessa guerra foram sentidos na população e nas milhões de vidas perdidas. Sobre as</p><p>causas da 1ª Guerra Mundial:</p><p>I. Correto. O mundo vivia a “Era de Impérios” (1875-1914) nas palavras do historiador Eric</p><p>Hobsbawm. Existiam vários, o britânico, o americano, russo, alemão, francês, austríaco, entre</p><p>outros. Todos eles possuíam em comum colônias para além de seus territórios, com o intuito de</p><p>desenvolverem seus mercados e negócios capitalista. Nessa época muitas alianças foram</p><p>formadas como a Tríplice Aliança (formado por Inglaterra, França e Rússia) e a Tríplice Entente</p><p>(formada pela Alemanha, Império Austro-húngaro e o Reino de Itália). Porém, as rivalidades e as</p><p>disputados de poder geraram a morte mencionado na afirmação, ocorrida na região dos Balcãs,</p><p>desencadeando o maior conflito bélica da história da humanidade até a Segunda Guerra</p><p>Mundial.</p><p>II. Enquanto os países iam se solidificando em suas economias capitalistas, esse período foi um</p><p>momento de desenvolvimento bélico, por isso paz armada. A busca por mercados e a expansão</p><p>territorial causou crises em duas regiões muito disputadas, o Marrocos e os Balcãs. Os conflitos</p><p>gerados entre alemães, franceses, austríacos e russos nessas áreas acirraram mais ainda a</p><p>rivalidade desses países, que culminou na Grande Guerra.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>111</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>III. O Tratado de Versalhes foi um marco do fim da Primeira Guerra Mundial, não uma de suas</p><p>causas.</p><p>IV. Os Estados Unidos entraram ao final do conflito e não foram os principais agentes para a</p><p>ocorrência do conflito mundial. Além disso, “Países do Eixo” é uma nomenclatura utilizada na</p><p>Segunda Guerra Mundial e não na Primeira.</p><p>Assim, a resposta correta é a letra A.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UVA 2013)</p><p>Muitos fatores contribuíram para a Revolução de 1917, que implementou o socialismo na</p><p>Rússia, entre os quais podemos registrar os relacionados abaixo, como exclusão de uma</p><p>alternativa ERRADA, que deve ser assinalada:</p><p>a) A extrema miséria dos camponeses, servos sem-terra, terrivelmente explorados pelos</p><p>nobres.</p><p>b) A divulgação das ideias de Marx e Engels.</p><p>c) A caótica situação econômica em que se encontrava a Rússia, depois da Primeira Guerra</p><p>Mundial.</p><p>d) O fracasso da reforma agrária empreendida por Rasputim (monge guru do Czar) com o</p><p>apoio da DUMA (Parlamento).</p><p>Comentários:</p><p>A Revolução Russa foi um levante popular dos russos contra a monarquia czarista do país</p><p>eslavo. A realeza degradada pela péssima situação social da Rússia, enquanto a nobreza vivia</p><p>no luxo, resolve colocar o país na Grande Guerra. Como os russos não possuíam uma</p><p>estrutura militar adequada para isso, muitos foram mortos e a fome no país aumentou. Para</p><p>reagir a tudo isso, lideranças populares inspiradas nos ideais comunistas escritos por Karl</p><p>Marx, no século XIX decidem fazer uma Revolução contra o rei. Era exigido paz, pão e terra</p><p>para os russos. A destituição do monarca foi bem-sucedida e a Revolução teve dois</p><p>momentos: o primeiro liberal, liderado pelos mencheviques, representantes da burguesia; e</p><p>o segundo, conhecido como Revolução de Outubro, liderado pelos bolcheviques</p><p>(comunistas). O segundo aconteceu após os comunistas irem contra as diretrizes do governo</p><p>provisório, que não havia saído da Primeira Guerra Mundial. Assim, a Revolução Russa de</p><p>1917 tem como final uma guerra civil que causou ao final dela a implementação de um</p><p>governo socialista no país. Era o nascimento da União Soviética.</p><p>Sobre a Revolução Russa, vejamos a resposta INCORRETA:</p><p>a) Correto. A extrema miséria do povo camponês, como mencionado inflou as massas</p><p>populares.</p><p>b) Correto. Como mencionado, os escritos de Marx inspiraram o movimento.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>112</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>c) Correto. O país era extremamente atrasado industrialmente até a Grande Guerra e suas</p><p>economia era praticamente feudal. Por isso, ao sair do conflito, a Rússia estava em uma</p><p>situação caótica economicamente, arrasada pelo conflito mundial.</p><p>d) Incorreto. O Czar não propôs nenhuma reforma agrária no país.</p><p>Gabarito: D</p><p>(FGV 2018)</p><p>Observe os dois mapas.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>113</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>No que diz respeito aos mapas, é correto afirmar que o Mapa 1 representa</p><p>a) a Europa no início do século XIX, no momento da expansão do Império Napoleônico, que se estende</p><p>até a Rússia; o Mapa 2 mostra a Europa pós-Segunda Guerra, isto é, em plena Guerra Fria, com o</p><p>aumento do poder da URSS e de seus satélites.</p><p>b) a Europa no início</p><p>do século XX, com os impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano e as</p><p>potências como a França e Reino Unido; o Mapa 2 mostra a divisão política após a Primeira Guerra,</p><p>com surgimento de novos países a partir do fim desses impérios.</p><p>c) todos os países envolvidos na Guerra dos 7 anos, entre 1756 e 1763, na Europa: França e Espanha</p><p>de um lado e, Inglaterra e Portugal, de outro; Mapa 2 mostra os países da OTAN e do Pacto de Varsóvia,</p><p>blocos militares surgidos no contexto da Guerra Fria.</p><p>d) as transformações geopolíticas das decisões do Congresso de Viena em 1814-1815, reduzindo os</p><p>territórios dos perdedores, como a França; o Mapa 2 mostra o resultado político da vitória dos Aliados</p><p>na Segunda Guerra, como a URSS, a Inglaterra, a França e a Polônia.</p><p>e) o momento final do processo de unificação da Alemanha, na segunda metade do século XIX, com a</p><p>formação do Segundo Reich; o Mapa 2 mostra a Europa no final dos anos 1970, com a queda do Muro</p><p>de Berlim e as repercussões do fim do avanço soviético.</p><p>Comentário</p><p>Essa é uma questão gostosinha de fazer. Demanda um estudo de como as relações políticas se expressam</p><p>nos territórios. O Mapa 1 é de antes da Guerra e o 2 é de depois da guerra.</p><p>Mas Ale, como eu iria saber disso?</p><p>Pois, é, meus caros Bixos, você teria que saber sim! E você memorize isso: uma dos principais</p><p>consequências da 1ª. Guerra Mundial foi a fragmentação dos velhos Impérios e a formação de Novas</p><p>Repúblicas. Bota isso no seu post it!!</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>114</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Então, ao analisarmos as alternativas, a única</p><p>que caracteriza corretamente o mapa 1 e 2 é a</p><p>alternativa B. de modo a demonstrar que eles</p><p>apresentam as mudanças ocorridas no território</p><p>europeu devido à ocorrência da Primeira Grande</p><p>Guerra e seus Tratados de Paz.</p><p>As demais todas caracterizam</p><p>incorretamente.</p><p>Gabarito: B</p><p>(FGV 2012)</p><p>A I Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças importantes no mapa político da Europa. Entre</p><p>essas, é correto apontar a</p><p>a) devolução da Alsácia-Lorena, então com a Alemanha, para a França e a concessão de uma saída para</p><p>o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.</p><p>b) perda, pela Itália, da região de Trieste para a Iugoslávia, e a cessão, pela França, da região basca</p><p>para a Espanha.</p><p>c) anexação do norte da Bélgica pela França e o reconhecimento da independência da Grécia.</p><p>d) incorporação de Montenegro ao território grego e a fragmentação do Reino Unido, com a</p><p>independência do País de Gales.</p><p>e) ampliação do Império Austro-Húngaro, com o ajuntamento da Sérvia, e a devolução da Armênia</p><p>para o Império Turco.</p><p>Comentário</p><p>Questão clássica: consequências da Guerra. É do tipo questão no alvo. Lembre-se: Uma dos principais</p><p>consequências da 1ª. Guerra Mundial foi a fragmentação dos velhos impérios e a formação de novas</p><p>repúblicas. Além disso, vários territórios da Alemanha acabaram passando para outros países. Relembre</p><p>também:</p><p>Questões Territoriais:</p><p>✓ Renúncia de todas as colônias em favor dos vencedores</p><p>✓ Alsácia-Lorena deveria ser devolvida à França</p><p>✓ Formação da Polônia com territórios cedidos pela Alemanha</p><p>✓ As cidades alemãs de Eupen e Malmedy foram cedidas para a Bélgica.</p><p>✓ Parte setentrional da Prússia Ocidental, Klaipėda, sob o controle francês, depois transferida</p><p>para a Lituânia</p><p>✓ A província alemã do Sarre passaria para o comando da Liga das Nações durante 15 anos e a</p><p>França teria o direito de explorar as minas de carvão dessa região</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>115</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>✓ A cidade de Danzig (hoje Gdańsk, Polônia, naquela época era alemã, berço do nascimento da</p><p>Prússia) foi transformada na “Cidade Livre de Danzig” e ficou sobre o controle da Liga das</p><p>Nações</p><p>Tendo em vista essas informações, a alternativa que melhor expressa mudanças importantes no mapa</p><p>político da Europa é a A.</p><p>Vejamos os erros das demais alternativas:</p><p>a- Gabarito!</p><p>b- Não foi perda, mas ganho. Triste é uma região que passou do antigo ex-império Austro-Húngaro para</p><p>a Itália.</p><p>c- Completamente equivocada. Nada disso aconteceu!</p><p>d- A alternativa está errada porque não houve fragmentação do Reino Unido. Ao contrário, o País de</p><p>Gales foi unido oficialmente ao Reino Unido em 1801. Até hoje mantém soberania, inclusive com um</p><p>parlamento local.</p><p>e- Erradíssima porque vai contra o que de fato ocorreu: fragmentação do território.</p><p>Gabarito: A</p><p>(FGV 2012)</p><p>A I Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças importantes no mapa político da</p><p>Europa. Entre essas, é correto apontar a</p><p>a) devolução da Alsácia-Lorena, então com a Alemanha, para a França e a concessão</p><p>de uma saída para o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.</p><p>b) perda, pela Itália, da região de Trieste para a Iugoslávia, e a cessão, pela França, da</p><p>região basca para a Espanha.</p><p>c) anexação do norte da Bélgica pela França e o reconhecimento da independência da</p><p>Grécia.</p><p>d) incorporação de Montenegro ao território grego e a fragmentação do Reino</p><p>Unido, com a independência do País de Gales.</p><p>e) ampliação do Império Austro-Húngaro, com o ajuntamento da Sérvia, e a devolução</p><p>da Armênia para o Império Turco.</p><p>Comentários</p><p>Para resolver a questão precisamos lembrar do desfecho da guerra e de alguns acordos</p><p>firmados ao término do conflito. A primeira observação é que a Alemanha saiu como a</p><p>principal responsável pelo desencadeamento da 1ª GM, ou seja, consequências políticas e</p><p>territoriais recaíram sobre os alemães. Territorialmente, a Alemanha foi obrigada a devolver</p><p>para a França a região da Alsácia-Lorena, rica em minérios. Da mesma forma, a Alemanha foi</p><p>obrigada a ceder uma saída para o mar à Polônia. Dessa forma, o gabarito é a alternativa A.</p><p>Quanto as demais,</p><p>A letra E fala em expansão do Império Austro-Hungaro, na verdade, houve a fragmentação.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>116</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A letra D afirma uma consequência</p><p>territorial que não ocorreu no Reino</p><p>Unido, não houve a fragmentação</p><p>britânica.</p><p>A letra C está errada porque a</p><p>independência grega foi conquistada</p><p>entre 1821 e 1829, contra o Império</p><p>Otomano.</p><p>Por fim, sobre a letra B, perceba que,</p><p>conforme mapa abaixo, a Itália não</p><p>perdeu territórios, mas ganhou.</p><p>Gabarito: A</p><p>(FGV 2001)</p><p>Assinale a alternativa INCORRETA sobre as transformações territoriais ocorridas na Europa,</p><p>após a I Guerra Mundial.</p><p>a) O tratado de Lausanne foi o último a ser assinado ao longo desse processo, e referiu-se à</p><p>reação da Turquia ao Tratado de Sevres.</p><p>b) A Alemanha perdeu a região da Alsácia-Lorena, que conquistara anteriormente.</p><p>c) A Áustria aceitou a independência da Hungria, da Polônia, da Tchecoslováquia e da</p><p>Iugoslávia.</p><p>d) O único território que não sofreu qualquer desmembramento foi a Hungria.</p><p>e) A Palestina passou para o domínio inglês.</p><p>Comentários</p><p>A – está correta. O Tratados de Sèvres, de 10 de agosto de 1920 resultou no desmembramento do</p><p>Império Otomano. Durante a aula, explique que: “Assim, por meio desse Tratado, considerado uma</p><p>humilhação pelos turcos, à Turquia caberia o controle dos Estreitos de Bósforo e Dardanelos, mas as</p><p>regiões da Palestina e Mesopotâmia (onde ficam Iraque, Irã e algumas adjacências) ficaram sob controle</p><p>da Inglaterra....” Com isso, também podemos considerar correta a alternativa E.</p><p>B – Correta. Lembre-se de que a Alemanha foi considerada culpada pela guerra e sofreu diversas perdas</p><p>territoriais, a mais importante, dada a disponibilidade de minérios, foi a Alsácia-Lorena.</p><p>C – também está certa, pois isso foi reflexo do acordo de Saint-Germain, de 10 de setembro de 1919.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea</p><p>IV</p><p>117</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Gabarito: D</p><p>(FGV 2007)</p><p>O contexto europeu do final do século XIX e início do XX relaciona-se à eclosão da Primeira Guerra</p><p>Mundial porque</p><p>a) a Primeira Revolução Industrial desencadeou uma disputa, entre os países europeus, por fontes de</p><p>carvão e ferro e por consumidores dos excedentes europeus.</p><p>b) a unificação da Itália rompeu o equilíbrio europeu, pois fez emergir uma nova potência industrial,</p><p>rival da Grã-Bretanha e do Império Austríaco.</p><p>c) o revanchismo alemão, devido à derrota na Guerra Franco-Prussiana, fez a Alemanha desenvolver</p><p>uma política militarista e expansionista</p><p>d) a difusão do socialismo, principalmente nos Bálcãs, acirrou os movimentos emancipacionistas na</p><p>área, então sob domínio do Império Turco.</p><p>e) a corrida imperialista, com o estabelecimento de colônias e áreas de influência na África e na Ásia,</p><p>aumentou as rivalidades entre os países europeus.</p><p>Comentário</p><p>Queridos esse “porque” no final do comando da questão nos indica que precisamos encontrar as causas da</p><p>Guerra. Questão no alvo, então, vamos analisar cada alternativa:</p><p>a- O erro aqui é associar a disputa entre as potências com o fenômeno da 1ª. Revolução Industrial quando,</p><p>na verdade, o correto é fazer essa relação com a 2ª. Revolução Industrial.</p><p>b- Aqui o correto seria a Alemanha e não a Itália.</p><p>c- A Alemanha ganhou a guerra Franco-Prussiana e não o contrário, como sugere a alternativa.</p><p>d- A difusão do socialismo é um fenômeno do pós I Guerra de vido à Revolução Russa ocorrida entre</p><p>fevereiro e novembro de 1917.</p><p>e- Corretíssima! Trata-se das causas da 1ª. Guerra Mundial.</p><p>Gabarito: E</p><p>(FGV 2000)</p><p>Os 14 pontos apresentados pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson, em janeiro de 1918,</p><p>refletem alguns objetivos para a paz na Europa após a Grande Guerra. Entre eles destacou-se a:</p><p>a) determinação da independência da Hungria, da Polônia, da Iugoslávia e da Tchecoslováquia;</p><p>b) autorização para que os franceses passassem a controlar a Síria, e os ingleses, a controlar a</p><p>Mesopotâmia e a Palestina;</p><p>c) correção do episódio que tinha perturbado a paz mundial por muito tempo e determinava a</p><p>devolução do território da Alsácia-Lorena à França;</p><p>d) incorporação da Eslováquia à República Tcheca;</p><p>e) determinação de que a Bulgária cedesse para a Romênia, a Iugoslávia e a Grécia, a maior parte dos</p><p>territórios anexados durante as guerras balcânicas.</p><p>Comentário</p><p>Ainda antes de acabar a Guerra, o Presidente dos EUA lançou as bases de um possível futuro acordo que</p><p>ficou conhecido como “Os 14 pontos da Paz de Wilson”. Tratava-se de uma tentativa de abrir um diálogo</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>118</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>diplomático com os países em guerra, tentar vencer a guerra não apenas quando o último homem</p><p>morresse, percebem? Inclusive, o discurso era estabelecer o fim da guerra sem vencidos e nem vencedores</p><p>e, assim, conquistar uma paz justa e duradoura. Portanto, pretendia-se trabalhar com a ideia de que uma</p><p>guerra é sempre ruim para todos os envolvidos.</p><p>De acordo a proposta desse Tratado, alguns pontos seriam:</p><p>- as nações não deveriam mais firmar acordos diplomáticos que não fossem reconhecidos publicamente;</p><p>- a livre navegação e o comércio deliberado entre as nações deveriam reforçar o elo e a cooperação</p><p>internacional;</p><p>- as nações colonizadas deveriam ter acesso a algum meio representativo que expusesse os seus interesses.</p><p>- as nações invadidas ou vitimadas por alguma perda territorial deveriam ser desocupadas ou terem as suas</p><p>terras devolvidas. Dessa forma, se buscava apagar todas as rivalidades que, durante o século XIX,</p><p>alimentaram a deflagração da Primeira Guerra Mundial;</p><p>- formação de uma “associação geral” (ou seja, internacional) que tivesse a missão de resguardar a</p><p>autonomia política e territorial das grandes e pequenas nações.</p><p>Repare que todas as alternativas fazem referência a territórios, de modo que, 4 das alternativas estabelecem</p><p>imposições de um país sobre o outro. Porém, a essência da proposta de Wilson era uma paz sem</p><p>vencedores, ou seja, a divisão das perdas para se garantir a maior estabilidade possível. Combinando essa</p><p>essência com o 4º ponto que listei acima, chegamos ao gabarito da questão.</p><p>Gabarito: C</p><p>(PUCCAMP)</p><p>Então, a era moderna é uma era obtusa de carnificina, guerra e opressão, tipificada pelas</p><p>trincheiras da Primeira Guerra Mundial, pela nuvem de fumaça nuclear sobre Hiroshima e</p><p>pelas manias sangrentas de Hitler ou de Stalin? Ou é uma era de paz, simbolizada pelas</p><p>trincheiras nunca cavadas na América do Sul, as nuvens de cogumelo que nunca apareceram</p><p>sobre Moscou e Nova York e as visões serenas de Mahatma Gandhi e Martin Luther King?</p><p>Para satisfazer otimistas e pessimistas, podemos concluir dizendo que estamos no limiar do</p><p>céu e do inferno, movendo-nos nervosamente dos portões de um para a antessala do outro.</p><p>(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína</p><p>Marcoantonio. 38. ed. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 385)</p><p>A Primeira Guerra Mundial ocorreu a partir da formação de dois grandes blocos</p><p>a) contrapostos por razões ideológicas entre a defesa de jovens repúblicas e a manutenção</p><p>de tradicionais monarquias imperiais.</p><p>b) motivados por questões imperialistas e compostos inicialmente por três potências de</p><p>cada lado, número que, no entanto, se expandiu consideravelmente ao longo da guerra.</p><p>c) constituídos, de um lado, por países que possuíam colônias na África e, de outro, por</p><p>aqueles que pretendiam adquiri-las.</p><p>d) organizados em função do desenvolvimento tecnológico que detinham e que separava</p><p>os que já haviam passado pela Revolução Industrial e os que eram essencialmente agrários.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>119</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>e) polarizados em torno de grandes lideranças carismáticas e personalistas existentes nos</p><p>dois lados do conflito, que se colocavam como líderes mundiais.</p><p>Comentários:</p><p>O período anterior à Primeira Guerra Mundial foi marcado por tensões, rivalidades e disputas</p><p>motivados, principalmente, por questões imperialistas. Esse período ficou conhecido como</p><p>“Paz Armada” pois, apesar de supostamente não haver um conflito iminente, as potências</p><p>europeias iniciaram uma corrida armamentista que significava, entre outros elementos,</p><p>aumentar suas indústrias bélicas e seu efetivo militar e criar Tratados de Aliança entre si.</p><p>Diante desse contexto, a Europa se dividiu em dois blocos de alianças:</p><p>Tendo isso mente, sabemos que a alternativa correta é letra b).</p><p>Gabarito: B</p><p>(PUCRJ – 2013)</p><p>O Em 1914, as tensões políticas entre as principais potências europeias levaram a uma guerra</p><p>que se tornou, ao longo dos anos seguintes, um dos mais trágicos momentos da história da</p><p>humanidade.</p><p>Em relação à Primeira Guerra Mundial, é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) a Grande Guerra foi travada em duas frentes de combate e em ambas a perda de vidas</p><p>humanas alcançou a dimensão de verdadeiros massacres.</p><p>b) na guerra de 1914-1918, foram utilizadas novas tecnologias de comunicação e</p><p>transportes, proporcionando um avanço científico acelerado.</p><p>c) por envolver grandes potências coloniais a Grande Guerra atingiu populações não</p><p>europeias o que deu ao conflito uma dimensão mundial.</p><p>d) através de bombardeios aéreos, racionamentos de alimentos e produtos, a guerra</p><p>envolveu, em grande escala, a população civil dos países em conflito.</p><p>e) a Grande Guerra decorreu da tensão política e ideológica entre americanos e soviéticos</p><p>na disputa por áreas de influência no continente europeu.</p><p>Sistema de</p><p>Alianças</p><p>TRÍPLICA ENTENTE</p><p>Inglaterra</p><p>França</p><p>Rússia</p><p>TRÍPLICE ALIANÇA</p><p>Alemanha</p><p>Imp. Austro Húngaro</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>120</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Comentários:</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi um enorme conflito que envolveu as principais potências</p><p>mundiais entre 1914 e 1918. Ela foi a resultante do desenrolar dos acontecimentos do século</p><p>XIX. Em geral, os historiadores costumam dividir o desenrolar da Guerra em 3 fases, a</p><p>depender das táticas de guerra e da relação entre as potências beligerantes. Relembro a</p><p>seguir um esquema que vimos na aula sobre elas:</p><p>A questão nos pede a alternativa incorreta, cuidado com isso. Vamos dar uma olhada nelas:</p><p>a) Correta. As batalhas foram travadas nas frentes Oriental e Ocidental e tiveram um saldo</p><p>de milhares de mortos.</p><p>b) Correta. Foram utilizadas inovações tecnológicas em diversos campos na Primeira Guerra</p><p>Mundial.</p><p>c) Correta. A guerra mobilizou nações em todo o mundo.</p><p>d) Correta. As péssimas condições, a violência e a miséria não ficaram restritas aos campos</p><p>de batalha e acabaram por atingir toda a população civil dos países envolvidos.</p><p>e) Incorreta. Americanos e soviéticos não estiveram em combate disputando áreas de</p><p>influência na Europa durante a Grande Guerra. Isso ocorreu apenas na Guerra Fria.</p><p>Gabarito: E</p><p>(PUCSP – 2000)</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“O povo estava farto da guerra e havia perdido toda a confiança no czar. (...) O próprio czar</p><p>fora para o Quartel General para proteger-se; e quando tentou voltar para Petrogrado os</p><p>trabalhadores ferroviários detiveram seu trem. Todo o mecanismo da monarquia havia</p><p>parado; o czar (...) havia tentado dissolver a Quarta Duma, tal como fizera com as anteriores,</p><p>• Intensa movimentação das</p><p>tropas beligerantes</p><p>• Rapida ofensiva da Alemanha</p><p>- Plano Schlieffen</p><p>• rapida defensiva da França</p><p>• Saldo Zero</p><p>1a. Fase</p><p>(1914-15)</p><p>• Fase da Guerra de</p><p>Trincheiras</p><p>• Tempo duro, desgastante,</p><p>marcado por</p><p>imobilismo,guerra química,</p><p>doenças, fome, crise</p><p>econômica.</p><p>2a. Fase</p><p>(1915-17) • EUA entram na Guerra</p><p>• Surgimento de</p><p>manisfestações contrárias à</p><p>Guerra.</p><p>• Revolução Russa</p><p>• Início do Pacifismo</p><p>Ano de 1917</p><p>• A guerra entra em nova fase</p><p>de mobilização, sobretudo</p><p>com o uso de tanques e</p><p>aviões.</p><p>• Crise humanitária</p><p>3a. Fase</p><p>(1918)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>121</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>mas desta vez os parlamentares se recusaram a se dispersar, e formaram um Comitê</p><p>Provisório, que nomeou o Governo Provisório.”</p><p>Wilson, Edmund. Rumo à Estação Finlândia. SP: Companhia das Letras, 1987.</p><p>Sobre as circunstâncias em que se desenvolveram os fatos descritos acima, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) a derrubada da monarquia, em março de 1917, na Rússia, foi conduzida pelos</p><p>bolcheviques – parlamentares que controlaram o poder na Duma, durante todo o Governo</p><p>Provisório.</p><p>b) a precipitação do processo revolucionário russo foi produzida pela manutenção desse</p><p>país na Primeira Guerra Mundial, o que resultou em 4 milhões de baixas, aproximadamente.</p><p>c) os sovietes – comitês locais de trabalhadores – funcionaram, desde sua criação em 1906,</p><p>sob liderança dos bolcheviques, que buscavam espaço de atuação no governo czarista.</p><p>d) as movimentações sociais que resultaram na queda da monarquia russa, em 1905,</p><p>tornaram-se conhecidas como “Ensaio Geral”, já que funcionaram como antecâmara da</p><p>revolução socialista.</p><p>e) o deputado Kerensky representou, no governo provisório, em 1917, as posições</p><p>mencheviques que, com a palavra de ordem “Todo Poder aos Sovietes”, reivindicavam maior</p><p>participação popular.</p><p>Comentários:</p><p>O tema da questão é a Revolução Russa de 1917. Como estudamos, após uma série de</p><p>manifestações e greves em decorrência das péssimas condições dos soldados russos na</p><p>Primeira Guerra Mundial, a quantidade de mortos nos combates e a crescente fome em</p><p>território russo, o czar Nicolau II foi derrubado pela oposição, que instalou um Governo</p><p>Provisório. Apesar do novo governo tomar algumas medidas, principal questão continuava</p><p>em aberto: tirar a Rússia da Guerra. Além disso, não houve uma resposta rápida do governo</p><p>para o problema da fome e das terras. Nesse contexto, o grupo dos socialistas radicais, ou</p><p>comunistas, chamados de bolcheviques, começou uma crítica mais contundente ao sistema</p><p>político e a necessidade de uma revolução socialista. Com a palavra de ordem “Pão, Paz e Terra” o</p><p>Partido Bolchevique traduzia para a população sua proposta de coletivização das terras, fim da</p><p>propriedade privada e dos privilégios de classe social (elementos que eram muito profundos na</p><p>sociedade semi-feudal da Rússia). Eles se tornaram maioria na Rússia em meados de 1917. Assim, em</p><p>07 de Novembro de 1917, liderados por Vladmir Lênin e Leon Trotsky, os bolcheviques ocuparam</p><p>posições estratégicas da cidade de Petrogrado, sede do Governo Provisório e depuseram o Governo</p><p>Provisório. Naquele momento, os representantes de todos os sovietes da Rússia se reuniram, no</p><p>Palácio do Governo e instalaram o chamado “Conselho dos Comissariados do Povo” e começaram o</p><p>processo de socialização da política e da economia russas. Com isso, vamos para as alternativas:</p><p>a) Incorreta. A derrubada da monarquia não foi conduzida pelos bolcheviques.</p><p>b) Correta, conforme discutimos anteriormente.</p><p>c) Incorreta. Os bolcheviques não lideraram sempre os sovietes.</p><p>d) Incorreta. A queda da monarquia russa ocorreu em 1917, não em 1905.</p><p>e) Incorreta. As palavras de ordem mencionadas não são de Kerensky, mas de Lênin.</p><p>Gabarito: B</p><p>(Unesp 2015)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>122</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Entre os fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), podemos citar</p><p>a) a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética.</p><p>b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na região da antiga Iugoslávia.</p><p>c) o confronto entre Áustria e Hungria pelo controle dos Bálcãs.</p><p>d) a disputa comercial e industrial entre Inglaterra e Alemanha.</p><p>e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alemanha.</p><p>Comentário</p><p>Veja queridos, questão clássica: as causas da 1ª. guerra Mundial! Lembre-se do nosso quadrinho de</p><p>antecedentes e causas</p><p>De todas as alternativas a única que contém motivos da 1ª. Guerra é a D. Vejamos os erros das demais:</p><p>a- Característica da Guerra Fria.</p><p>b- Crise nos Balcãs, nos anos 1990, quando a Sérvia atacou a Croácia que queria a independência.</p><p>c- Isso não ocorreu. O Império Austro-Húngaro invadiu a Bósnia.</p><p>d- Gabarito!</p><p>e- Estopim da 2ª. Guerra Mundial.</p><p>Gabarito: D</p><p>ANTECEDENTE</p><p>S</p><p>Estruturais</p><p>Rivalidades</p><p>entre</p><p>potências</p><p>Nacionalism</p><p>o</p><p>Pan-Eslavismo</p><p>Pan germanismo</p><p>Revanchismo</p><p>francês</p><p>Sistema de</p><p>alianças</p><p>Tríplice Entente</p><p>Tríplice Aliança</p><p>Conjunturai</p><p>s</p><p>Crise do</p><p>Marrocos</p><p>(1915-1911)</p><p>Crise dos</p><p>Balcãs</p><p>CORRIDA IMPERIALISTA:</p><p>BUSCA POR 3M's</p><p>Mercado</p><p>consumidor</p><p>Mão de obra</p><p>barata Matéria-prima</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>123</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(Unesp 2003)</p><p>A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) resultou de uma alteração da ordem institucional vigente em</p><p>longo período do século XIX. Entre os motivos desta alteração, destacam-se</p><p>a) a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente antagônicos e a constituição de países</p><p>industrializados na América.</p><p>b) a desestabilização da sociedade europeia com a emergência do socialismo e a constituição de</p><p>governos fascistas nos países europeus.</p><p>c) o domínio econômico dos mercados do continente europeu pela Inglaterra e o cerco da Rússia pelo</p><p>capitalismo.</p><p>d) a oposição da França à divisão de seu território após as guerras napoleônicas e a aproximação entre</p><p>a Inglaterra e a Alemanha.</p><p>e) a unificação da Alemanha e os conflitos entre as potências suscitados pela anexação de áreas</p><p>coloniais na Ásia e na África.</p><p>Comentário</p><p>A letra A faz referência a uma divisão que caracterizou o mundo após</p><p>a 2ª GM e não a 1ª, muito menos o</p><p>contexto do século XIX (comando da questão). Foi após 1945 que a Guerra Fria estabeleceu um conflito</p><p>entre mundo capitalista e mundo socialista. A B também está errada porque os governos fascistas não</p><p>surgiram e ascenderam logo após 1918, muito menos no século XIX, mas após a crise econômica de 1929.</p><p>A C também está errada porque a Rússia não ficou cercada pelo capitalismo, na verdade, o socialismo</p><p>russo se expandiu a ponto de ser formada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Além disso, o</p><p>comunismo russo não está dentre as causas da 1ª GM. O território da França não foi dividido, embora,</p><p>como vimos, a França perdeu parte dele na região da Alsácia-Lorena. Por fim, a letra E reflete uma situação</p><p>do século XIX e início do XX.</p><p>Gabarito: E</p><p>(UNESP 2002)</p><p>As raízes da 1a Guerra Mundial encontram-se, em grande parte, na história do século XIX. Pode-se citar</p><p>como alguns dos fatores que deram origem ao conflito desencadeado em 1914</p><p>a) a concentração da industrialização na Inglaterra e o escasso crescimento econômico das nações do</p><p>continente europeu.</p><p>b) a emergência de ideologias socialistas e revoluções operárias que desajustaram as relações entre os</p><p>países capitalistas.</p><p>c) a derrota militar da França pela Prússia, no processo de unificação alemã, e a incorporação da Alsácia</p><p>e da Lorena à Alemanha.</p><p>d) o confronto secular entre a França e a Inglaterra e a crise da economia inglesa provocada pelo</p><p>bloqueio continental.</p><p>e) a política do "equilíbrio europeu", praticada pelo Congresso de Viena, e o fortalecimento militar da</p><p>Rússia na Península Balcânica.</p><p>Comentário</p><p>As Unificações de Itália e Alemanha são resultantes da constituição de movimentos políticos com muitos</p><p>interesses econômicos e políticos, muito além de meros sentimentos de pertencimento e de identidades</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>124</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>de ordem cultural, expressos nos movimentos nacionalistas do período entre séculos. Isso porque, após a</p><p>coroação de Guilherme I (Rei da Prússia) em pleno Palácio de Versalhes e a perda dos territórios franceses</p><p>da Alsácia-Lorena, a rivalidade entre as nações europeias aumentou. A França, por exemplo, foi tomada</p><p>pelo que os historiadores chamam de “revanchismo francês”. Assim, a letra C é o nosso gabarito.</p><p>Sobre as demais alternativas, a A erra ao afirmar que a industrialização estava concentrada apenas na</p><p>Inglaterra. No começo do século XX, mesmo no capitalismo atrasado da Rússia, já havia centros urbanos</p><p>industriais. As revoluções operárias não deram causa à Primeira GM, a Revolução Russa, por exemplo,</p><p>ocorreu durante o conflito, em 1917. Por isso, a B está errada. A D também está errada porque o atrito</p><p>não foi entre França e Inglaterra. Lembre-se de que o a política de alianças formada colocou esses dois</p><p>países do mesmo lado:</p><p>Por fim, sobre a E, a primeira parte até está correta, mas a segunda parte, a rigor, antecipa muito o poder</p><p>da Rússia nos Balcãs em meio ao conflito ali estabelecido entre diversas nações. Havia uma disputa para</p><p>o acesso ao mar, dentre outros, mas não que – primeiro – houve o fortalecimento militar da Rússia como</p><p>uma das causas da Primeira GM. Percebe?</p><p>Gabarito: C</p><p>(UNCISAL – 2008)</p><p>“A 28 de junho de 1914, durante visita a Sarajevo, capital da Bósnia, Francisco Ferdinando e</p><p>sua esposa Sofia foram assassinados a tiros por militantes da Jovem Bósnia. (...) Era a fagulha</p><p>que faltava para atear fogo ao barril de pólvora. Um mês depois, a guerra começou.”</p><p>(Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise,</p><p>História Moderna e Contemporânea)</p><p>Um dos fatores responsáveis pela referida guerra relaciona-se</p><p>a) à rivalidade entre a Inglaterra, pioneira na industrialização, e a Alemanha, que alcançara</p><p>a unificação política e crescia economicamente.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>125</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>b) à disputa, entre os países europeus, por regiões ricas em ouro e prata e por fornecedores</p><p>de produtos manufaturados.</p><p>c) às tensões entre Estados Unidos e União Soviética, que queriam ampliar suas respectivas</p><p>áreas de influência no mundo.</p><p>d) ao acirramento da questão das nacionalidades na África, onde se iniciavam os</p><p>movimentos de emancipação colonial.</p><p>e) ao revanchismo da Prússia devido à derrota na guerra contra a França, o que levou o país</p><p>a organizar a Tríplice Aliança contra a Entente.</p><p>Comentários:</p><p>A questão nos pede para identificar um dos fatores que levaram à Primeira Guerra Mundial.</p><p>Para tanto, vamos relembrar o que estudamos na aula sobre os antecedentes desse conflito:</p><p>A primeira coisa que você deve ter em mente é que o clima do final do Século XIX e início</p><p>do Século XX era belicoso, ou seja, muita tensão com características de enfrentamento militar.</p><p>Os historiadores especialistas nesse período levantam diferentes pontos para explicar esse</p><p>clima. Vejamos os elementos estruturais:</p><p>Rivalidade entre as potências.</p><p>Vimos que a chamada Era dos Impérios ou Neocolonialismo foi caracterizada por uma busca</p><p>incessante por novas áreas econômicas – era a corrida imperialista lembram-se? Essa corrida</p><p>imperialista significou uma corrida de conquista de territórios. Nesse cenário, Inglaterra, França</p><p>e Alemanha eram grandes concorrentes entre si. A Inglaterra possuía mais colônias e, por meio das</p><p>suas casas bancárias, concentrava metade dos capitais investidos no mundo. Em segundo lugar, em</p><p>número de áreas coloniais vinha a França. Mas a Alemanha já era a maior produtora de aço e armas</p><p>do mundo, constituindo ameaça real ao poder britânico.</p><p>Nacionalismo</p><p>Conexo a essas disputas imperialistas estavam os movimentos e sentimentos nacionalistas. O</p><p>nacionalismo foi um sentimento, uma prática e uma política com múltiplos sentidos. Nesse contexto</p><p>histórico ele estava expresso na ideia liberal de soberania popular – que pode ser desdobrada em termos</p><p>de direitos políticos, como escolher seus próprios representantes políticos, e direitos civis, como</p><p>liberdade de expressão e de estabelecer contratos.</p><p>Vimos que as Unificações de Itália e Alemanha são resultantes da constituição de movimentos políticos</p><p>com muitos interesses econômicos e políticos, muito além de meros sentimentos de pertencimento e de</p><p>identidades de ordem cultural.</p><p>Nesse sentido, foi essa última perspectiva que prevaleceu no final do século XIX e no começo do XX</p><p>e, de certa forma, amplificou as rivalidades entre as potências europeias. Vamos lembrar do final da</p><p>unificação alemã e a derrota que este país impôs à França, com crueldade – como impedir os franceses</p><p>de enterrarem seus mortos, ou ainda ao fazer a coroação de Guilherme I em pleno Palácio de Versalhes,</p><p>que tem um simbolismo agressivo.</p><p>A Alemanha também anexou territórios franceses como Alsácia-Lorena (grandes reservas de metal e</p><p>carvão). Isso gerou um sentimento de vingança nos franceses que os historiadores chamam de</p><p>revanchismo francês.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>126</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Além do revanchismo francês, com impacto imediato nesse contexto de tensão e de belicismo, havia</p><p>políticas nacionalistas de grandes estados que pretendiam agrupar povos semelhantes, étnico-</p><p>culturalmente, sob um mesmo território. Para os casos que veremos logo mais, isso significou uma</p><p>política expansionista. Veja:</p><p>Paz Armada e Sistema de Alianças</p><p>Alguns historiadores denominam esse momento de rivalidades belicistas sem guerra, mas ameaças</p><p>de explodirem a qualquer momento de “Paz Armada”.</p><p>Nesse contexto, as potências europeias iniciaram uma corrida armamentista que significava entre</p><p>outros elementos:</p><p>Com isso, sabemos que a alternativa correta é letra a).</p><p>Gabarito: A</p><p>(UFU 2007)</p><p>Interprete as imagens a seguir</p><p>•Movimento</p><p>nacionalista que buscava a</p><p>união dos povos eslavos da Europa</p><p>oriental. Era orientado e liderado pelo</p><p>governo do czar russo da dinastia dos</p><p>Romanov.</p><p>Pan-eslavismo:</p><p>•Movimento nacionalista que visava</p><p>anexar à Alemanha territórios da Europa</p><p>Oriental onde viviam germânicos.</p><p>Pangermanismo</p><p>Aumentar suas indústrias bélicas;</p><p>Aumentar seu efetivo militar;</p><p>Criar Tratados de Alianças entre si.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>127</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Essas imagens apresentam um dos recursos utilizados pelo stalinismo para a anulação dos</p><p>“inimigos” do regime soviético. A respeito do stalinismo na União Soviética, marque a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) Stálin empreendeu um governo autoritário, com características totalitárias, espalhando o</p><p>terror, massacrando grupos considerados oposicionistas, cujas práticas foram denunciadas e</p><p>apuradas após sua morte, o que desencadeou uma grande crise do socialismo real e do</p><p>marxismo ocidental.</p><p>b) No plano econômico, foram estabelecidos os chamados Planos Quinqüenais, responsáveis</p><p>pela implementação da reforma agrária com distribuição de pequenas propriedades aos</p><p>camponeses e incentivo ao consumo de bens domésticos que promoveu a melhoria do</p><p>padrão de vida dos trabalhadores em relação ao mundo capitalista.</p><p>c) A segunda fotografia, ao retirar a figura de Trotsky, demonstra a tentativa de eliminar não</p><p>só a presença deste líder dos documentos oficiais, mas a sua própria memória em relação à</p><p>Revolução Russa, quando defendia que a revolução socialista deveria ser limitada ao</p><p>território russo para depois estendê-Ia a outros países, na chamada política do socialismo em</p><p>um só país.</p><p>d) A imagem de Stálin como o grande líder da revolução pode ser atestada pela sua postura</p><p>diante dos trabalhadores na foto e pela técnica de adulteração de fotografias que retirou</p><p>Trotsky da segunda imagem. Estas iniciativas foram também implementadas nos programas</p><p>radiofônicos e na produção de filmes pelo governo de Stálin, a fim de justificar as suas</p><p>medidas impopulares no chamado “comunismo de guerra”.</p><p>Comentários</p><p>Para responder à questão, temos que nos ater ao comando – enunciado. Note que a questão</p><p>cobra a forma de relacionamento entre Stalin e seus inimigos, portanto, é um conteúdo mais</p><p>ligado à história política. Vamos começar de baixo para cima:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>128</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>E – a alternativa erra ao sugerir que o líder que aparece na foto é Stalin, quando, na verdade, a</p><p>foto faz o destaque de Lenin durante um discurso. Vamos comparar a imagem dos três principais</p><p>nomes dos primeiros anos da URSS:</p><p>C – essa alternativa começa certa, na parte em que analisa a presença de Trotsky em uma foto e,</p><p>depois, a ausência, porém, ela erra no final. A proposta de defesa do socialismo em um só país</p><p>era de Stalin. Trotsky e Lênin, ao contrário, entendiam que o sistema socialista, para derrotar o</p><p>sistema mundial do capitalismo, também deveria se expandir para outros países, caso contrário, o</p><p>socialismo em um só país já estaria fadado ao fracasso na origem, pois a lógica das engrenagens</p><p>econômicas do capitalismo acabariam vencendo um país que se “fecha”.</p><p>B – está errada porque a política econômica dos primeiros anos do Estado soviético foi a NEP,</p><p>Nova Política Econômica, a qual vigorou até 1928, quando Stalin passou a utilizar os planos quinquenais</p><p>que visavam a industrialização rápida da União Soviética.</p><p>Por fim, a A é nosso gabarito.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UFU 2001)</p><p>"Como se explica que um período de tanto progresso pudesse levar o Velho Continente,</p><p>berço da civilização ocidental, a experimentar novamente a barbárie, como se viu durante a</p><p>Primeira Guerra Mundial? (...) Em 11 de novembro (1918), terminava a Grande Guerra.</p><p>Morreram 8 milhões de pessoas, 20 milhões ficaram inválidas, sem falar nos prejuízos</p><p>econômicos e financeiros que atingiram os países europeus envolvidos diretamente com a</p><p>guerra". (REZENDE, Antônio Paulo; DIDIER, Maria Thereza. "Rumos da História: nossos</p><p>tempos" - O Brasil e o mundo contemporâneo. São Paulo: Atual, 1996. v.3.)</p><p>Tomando como referência a citação acima e os seus conhecimentos sobre os antecedentes</p><p>e a eclosão da 1ª Guerra Mundial, podemos afirmar que</p><p>I - no campo das artes, a velocidade, a máquina, o movimento, a energia foram os grandes</p><p>temas do futurismo no início do século, evocados como símbolos da beleza e da tecnologia</p><p>da sociedade industrial moderna, provocando, entretanto, mais tarde, grande desilusão por</p><p>causa da carnificina da guerra.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>129</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>II - o discurso internacionalista do movimento operário, que procurava negar as disputas</p><p>entre os Estados-nações, fez com que os trabalhadores se recusassem a pegar em armas no</p><p>início da guerra, tal como se verificou na negativa de participação da Rússia e nos motins</p><p>liderados pelo Partido Comunista Francês em 1914.</p><p>III - entre os fatores que levaram as nações européias à guerra estavam as disputas</p><p>imperialistas por novos territórios, os ideais expansionistas incentivados por teorias raciais e</p><p>a formação gradual de alianças entre as grandes potências, conhecida como Paz Armada.</p><p>IV - como resultado da derrota alemã, o Tratado de Versalhes, assinado depois da guerra,</p><p>pôs fim ao ódio racial e ao clima de revanchismo na Europa, e a Inglaterra garantiu a sua</p><p>supremacia no capitalismo internacional. Assinale a alternativa correta.</p><p>a) II e IV são corretas.</p><p>b) I e IV são corretas.</p><p>c) II e III são corretas.</p><p>d) I e III são corretas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa I está correta e ela condiz com a explicação que dei logo no início da aula, ou seja,</p><p>como parte do “longo século XIX”, as ideias positivistas, as crenças no cientificismo e no</p><p>progresso infinitos conquistados por meio da técnica marcaram a mentalidade cultural daquele</p><p>tempo. Esse entusiasmo com a modernidade foi logo frustrado pelas mutilações das pessoas</p><p>ao longo da guerra.</p><p>A alternativa II está errada. Vimos que no início da guerra havia um certo entusiasmo e otimismo</p><p>com o conflito, principalmente nos países do Ocidente. Além disso, os russos só saíram da</p><p>guerra após a Revolução Russa de 1917.</p><p>A alternativa III está certa. A IV já não, pois o revanchismo continuou após a guerra,</p><p>principalmente, por conta das imposições aos alemães. Inclusive os desdobramentos da derrota</p><p>da Alemanha contribuíram para a deflagração da 2ª GM.</p><p>Gabarito: D</p><p>(UECE 2015)</p><p>O dia 24 de abril é feriado na Armênia quando evoca a memória das vítimas do genocídio</p><p>do povo armênio nos territórios do Império Otomano no ano de 1915. Um massacre brutal</p><p>cujas estimativas indicam que entre 500 mil e 1,8 milhão de pessoas foram mortas pelo</p><p>exército Otomano. Sobre o massacre armênio é correto afirmar que</p><p>A) começou em Constantinopla, nas casas dos intelectuais, estudiosos e poetas, e estendeu-</p><p>se para os demais locais da parte oriental do território ocupada por armênios.</p><p>B) contou com a participação da Alemanha, inimiga declarada dos russos, que viu no</p><p>genocídio um modo de enfraquecer o controle da Rússia naquele território.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>130</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>C) o governo turco reconhece que antecipou os horrores da Segunda Guerra Mundial ao</p><p>considerar legítimo o extermínio desse povo de maioria cristã.</p><p>D) este episódio foi um caso isolado sem relação com o enfraquecimento do Império</p><p>Otomano no final do século XIX diante do avanço do Império Russo.</p><p>Comentários:</p><p>O Genocídio Armênio é considerado um dos primeiros massacres em massa vividos pela</p><p>humanidade. Ele ocorreu no começo do século XX e representava como o historiador Eric</p><p>Hobsbawm</p><p>afirmava, representava uma “Era dos Extremos”. Nesse período, milhões de pessoas</p><p>perderam a vida por ações intencionais do homem em outras sociedades. Em um contexto de</p><p>guerra e disputas por poder, grupos minoritários foram perseguidos e exterminados, como o caso</p><p>da Armênia. O território armênio pertencia ao Império Turco Otomano desde o final da Idade</p><p>Média. Porém, no início do século XX esse povo desejava sua própria autonomia. Assim, quando</p><p>iniciou a Primeira Guerra Mundial, muitos armênios se recusaram a lutar a favor das tropas</p><p>otomanas na Guerra. Além disso, alguns se aliaram aos russos (inimigo histórico dos otomanos) no</p><p>conflito bélico. Como resultado, o governo Otomano culpou os armênios na derrota contra os</p><p>russos. A partir disso, então, começou uma perseguição e um extermínio da população local. As</p><p>atrocidades na Armênia inspiraram Hitler a promover o Holocausto alguns anos depois. Ademais,</p><p>o termo genocídio foi definido a primeira vez inspirado nos crimes otomanos contra esse povo. O</p><p>governo Turco, principal descendente do Império Otomano, não reconhece esse termo</p><p>empregado pelas mortes armênias na Primeira Grande Guerra.</p><p>Sobre esse evento, vejamos a resposta correta:</p><p>a) Correto. Intelectuais armênios contrários a participação na Primeira Guerra faziam forte</p><p>oposição ao Império Otomano. Além disso, defendiam a autonomia política. Visto isso, a</p><p>retaliação veio de forma severa com punições e mortes.</p><p>b) Incorreto. Mesmo que a Alemanha e os Otomanos fossem aliados na Grande Guerra, não houve</p><p>participação de outros países nesse genocídio.</p><p>c) Incorreto. O governo turco não reconhece essa nomenclatura, alegando que muitos</p><p>muçulmanos também foram barbaramente mortos nessa época pelo governo Imperial.</p><p>d) Incorreto. Não foi um caso isolado, pois está inserido no contexto da guerra feita pelos países</p><p>que se enfrentaram na Primeira Guerra Mundial.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UECE 2020)</p><p>Epidemias de gripe são documentadas desde a antiguidade. No século XIX, registraram-se</p><p>duas grandes epidemias nos anos 1830 e 1880. No século XX, ocorreu a grande pandemia</p><p>que, entre 1918 e 1920, matou aproximadamente cinquenta milhões de pessoas nas fases</p><p>finais da Primeira Guerra Mundial. Essa pandemia recebeu o nome de “gripe espanhola”,</p><p>porque</p><p>A) os jornais da Espanha foram os primeiros a noticiá-la.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>131</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>B) a disseminação maior se deu por meio dos soldados espanhóis.</p><p>C) foi na Espanha que descobriram a vacina para a doença.</p><p>D) os soldados americanos do Kansas foram contaminados no campo de batalha espanhol.</p><p>Comentários:</p><p>As epidemias são assuntos frequentes na história da humanidade. Atualmente estamos passando</p><p>pela pandemia da COVID-19 e nas duas últimas décadas vivemos a H1N1 e o Ebola. Na Idade</p><p>Média, a peste bubônica, apelidada de “Peste Negra”, dizimou parcela significativa da população</p><p>europeia. A partir do período industrial, a vida mudou e as formas das epidemias evoluíram. No</p><p>caso da mencionada do início e final do século XIX, era a tuberculose. Muitas pessoas morreram</p><p>por causa dela, porém uma das mais letais das pandemias foi a gripe espanhola. Sobre o seu</p><p>nome, ela se deu devido os meios de comunicação espanhóis serem os primeiros a noticiarem. A</p><p>posição neutra da Espanha com relação a Primeira Guerra Mundial fez com que a gripe fosse</p><p>amplamente divulgado nos jornais locais. Com isso, a resposta correta é a letra A.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UECE 2016)</p><p>O Império Otomano foi um dos mais longos e duradouros da história. Seu apogeu, que</p><p>ocorreu entre os séculos XVI e XVII sob o reinado de Solimão, o Magnífico, era então um</p><p>império multiétnico, multicultural e plurilinguístico, que se estendia dos confins do Império</p><p>Sacro Romano, nas periferias de Viena e da Polônia, ao norte, até o Yemen e a Eritreia, ao</p><p>sul; da Algéria, a oeste, até o Azerbaijão e, a leste, controlando grande parte dos Balcãs, do</p><p>Oriente Próximo e do Norte da África. Constantinopla era a sua capital e mantinha um</p><p>rigoroso controle no Mediterrâneo. Foi o centro das relações entre o Ocidente e o Oriente</p><p>por quase cinco séculos. Durante a Primeira Guerra Mundial, aliou-se à Alemanha, ao Império</p><p>Austro-húngaro e ao Reino da Bulgária, e foi duramente abatido até ser desintegrado por</p><p>vontade dos vencedores. Esse império foi controlado pelos</p><p>a) persas.</p><p>b) romanos.</p><p>c) turcos.</p><p>d) alemães.</p><p>Comentários</p><p>Para responder a essa questão, a última frase é muito importante, pois ela indica que se trata</p><p>de uma nação derrotada na 1ª GM, certo? Assim, ficamos entre as alemãs e os turcos. Turcos</p><p>profe? Sim!!! Lembre-se de que por meido do Tratados de Sèvres, de 10 de agosto de 1920, houve</p><p>o desmembramento do Império Otomano. Por meio desse Tratado, considerado uma humilhação pelos</p><p>turcos, à Turquia caberia o controle dos Estreitos de Bósforo e Dardanelos, mas as regiões da Palestina</p><p>e Mesopotâmia (onde ficam Iraque, Irã e algumas adjacências) ficaram sob controle da Inglaterra,</p><p>enquanto Síria e Líbano ficam para a França. Nesse sentido, também é preciso saber que, após a</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>132</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>desintegração do Império Otomano, foi criada a República da Turquia a partir de um território menor</p><p>que passou a caber aos turcos, derrotados. Ou seja, nosso gabarito é a letra C.</p><p>Gabarito: C</p><p>(UECE 2016)</p><p>No que diz respeito à participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é</p><p>correto</p><p>afirmar que</p><p>a) com a eclosão do conflito, em 1914, o governo brasileiro foi obrigado a intervir, logo em</p><p>1915, em virtude dos ataques à costa brasileira.</p><p>b) o Brasil participou do conflito realizando operações de patrulhamento no Atlântico Sul e</p><p>enviando matéria-prima e suprimentos aos aliados.</p><p>c) o Brasil participou ativamente do início ao final do conflito, em virtude das pressões que</p><p>sofreu da Inglaterra, de quem era aliado desde o início do século XIX.</p><p>d) submarinos alemães torpedearam vários navios brasileiros, porém, após o torpedeamento</p><p>do paquete Paraná em 1917, o Brasil entrou definitivamente no conflito.</p><p>Comentários</p><p>A letra A está errada porque o Brasil não sofreu ataques diretos em seu território. As zonas de conflito</p><p>estavam muito longes das terras brasileiras. Além disso, a participação do Brasil foi muito</p><p>“tímida”, com isso, também podemos descartar a letra C.</p><p>Cabe lembrar que o Brasil participou com algumas iniciativas na 1ª GM, com apoio médico e algum</p><p>tipo de patrulhamento. Dessa forma, a alternativa B está correta.</p><p>Por fim, a letra D está errada, pois não foram “vários navios brasileiros” abatidos antes do Paraná.</p><p>Gabarito: B</p><p>(UECE 2014)</p><p>O ano de 2014 será marcado pelos 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial, conflito</p><p>que envolveu, inicialmente, as maiores potências europeias e trouxe, ao final, mais de 9</p><p>milhões de combatentes mortos e outros tantos incapacitados e feridos; ainda hoje é difícil</p><p>precisar o número de mortes em virtude de doenças e da fome que se espalharam por todos</p><p>os países envolvidos no conflito.</p><p>Sobre este conflito armado que pôs fim à época da “Belle époque” europeia, pode-se</p><p>afirmar corretamente que</p><p>a) foi desencadeado pela Anschluss, a anexação da Áustria pela Alemanha, em 1938.</p><p>b) teve como fator causador a tomada do poder na Rússia pelos Bolcheviques, em 1917.</p><p>c) se deu como consequência das disputas imperialistas e da formação de alianças políticas</p><p>na Europa, desde o séc. XIX.</p><p>d) resultou da acirrada disputa por influência política e econômica entre as duas</p><p>superpotências: EUA e URSS.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>133</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Comentários</p><p>Com uma boa localização no tempo histórico já dá para sair na frente do examinador</p><p>Schlieffen. Mas a França respondeu rapidamente e conseguiu impor derrotas à Alemanha na</p><p>Batalha do Marne.</p><p>A partir desse momento, os dois lados passaram a utilizar uma tática de guerra de posições,</p><p>ou Guerra de Trincheiras. Tratava-se de avançar ocupando o território do inimigo e fazendo-o</p><p>recuar. Dá um bizu na imagem:</p><p>Com isso, diante do</p><p>equilíbrio de tecnologias e de</p><p>quantidade de homens, a guerra</p><p>se tornou imobilista. Por</p><p>exemplo, em 1916, durante 9</p><p>meses, na conhecida Batalha de</p><p>Verdun, as tropas francesas e</p><p>inglesas com mais ou menos 2</p><p>milhões de soldados deram 23</p><p>milhões de tiros de artilharia,</p><p>quase 1 milhão de soldados</p><p>morreu e não houve nenhum</p><p>recuo ou avanço. Ninguém</p><p>ganhava e ninguém perdia. Ou melhor, todos perdiam porque as condições de vida dos soldados</p><p>pioravam muito.</p><p>Muitos efeitos da guerra assustaram soldados e a sociedade, como por exemplo, o</p><p>fenômeno da mutilação. Menos um braço, uma perna, um olho: as minas terrestres instaladas no</p><p>espaço chamado “terra de ninguém” (identifique na imagem) fez milhões de vítimas naqueles anos</p><p>– e continuou fazendo por muitas décadas depois do fim da guerra.</p><p>➔ Leia um trecho de testemunho de um soldado alemão.</p><p>•Intensa movimentação</p><p>das tropas beligerantes</p><p>•Rapida ofensiva da</p><p>Alemanha - Plano</p><p>Schlieffen</p><p>•rapida defensiva da</p><p>França</p><p>•Saldo Zero</p><p>1a. Fase</p><p>(1914-15)</p><p>•Fase da Guerra de</p><p>Trincheiras</p><p>•Tempo duro,</p><p>desgastante, marcado</p><p>por imobilismo,guerra</p><p>química, doenças,</p><p>fome, crise econômica.</p><p>2a. Fase</p><p>(1915-17)</p><p>•EUA entram na</p><p>Guerra</p><p>•Surgimento de</p><p>manisfestações</p><p>contrárias à</p><p>Guerra.</p><p>•Revolução Russa</p><p>•Início do Pacifismo</p><p>Ano de 1917</p><p>•A guerra entra em</p><p>nova fase de</p><p>mobilização,</p><p>sobretudo com o</p><p>uso de tanques e</p><p>aviões.</p><p>• Crise humanitária</p><p>3a. Fase</p><p>(1918)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>16</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>“Estamos tão exaustos que</p><p>dormimos, mesmo sob</p><p>intenso barulho. A melhor</p><p>coisa que poderia acontecer</p><p>seria os ingleses avançarem e</p><p>nos fazerem prisioneiros.</p><p>Ninguém se importa</p><p>conosco. Não somos</p><p>revezados. Os aviões lançam</p><p>projeteis sobre nós. Ninguém</p><p>mais consegue pensar. As</p><p>rações estão esgotadas –</p><p>pão, conservas, biscoitos,</p><p>tudo terminou! Não há uma</p><p>única gota de água. É o próprio inferno!”</p><p>Guerra Química</p><p>O cientista alemão Fritz Harber</p><p>(ganhador do Prêmio Nobel de</p><p>Química devido às suas</p><p>descobertas acerca da síntese da</p><p>amônia), propôs, em 1915, o uso</p><p>de gás cloro contra os franceses.</p><p>A intenção era impedir o</p><p>imobilismo da guerra de</p><p>Trincheiras. Sua ideia foi posta em</p><p>prática na Batalha de Ypres, na</p><p>Bélgica. Despreparados, mais de</p><p>5 mil soldados franceses</p><p>morreram nesse ataque. 10 mil ficaram feridos.</p><p>Além disso, o gás mostarda foi usado pelos alemães contra os inimigos e os ingleses e franceses</p><p>utilizaram gases do sangue. Calcula-se que na 1ª. Guerra mais de 100 mil pessoas foram mortas</p><p>por causa dos ataques químicos.</p><p>Em 1925, durante uma reunião internacional chamada de Conferência de Genebra, um número</p><p>expressivo de países assinou um compromisso de nunca mais usar armas químicas em situação de</p><p>guerra.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>17</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>1.4 – A GUERRA FORA DAS FRENTES DE COMBATE</p><p>A guerra não atingiu só os soldados nos campos de batalha. Ela trouxe inúmeras</p><p>consequências para as vidas das pessoas. Durante a Guerra, que durou muito mais tempo do que</p><p>imaginaram os governos beligerantes, constituiu-se o que eles chamaram de “economia de</p><p>guerra”.</p><p>Por meio dessa lógica toda a economia dos países em guerra acabou direcionada para</p><p>aumentar a produção de artigos bélicos. Além disso, muitas estruturas produtivas foram</p><p>destruídas, a começar pelos campos que deixaram de produzir alimentos. Estradas, portos e até</p><p>fábricas tornaram-se inutilizados.</p><p>Em muitos países, o governo impôs racionamento alimentar. A fome espalhou-se e se</p><p>tornou a marca da 1ª Guerra Mundial fora dos campos de batalha. Nas cidades, a luta pela vida</p><p>ocorria cotidianamente. Segundo o historiador Richard Leonel, na Alemanha cada adulto podeia</p><p>comprar um ovo, 190 gramas de carne, 20 gramas de manteiga, 2,5kg de batatas. Portanto, a</p><p>sociedade entrou em uma fase de desnutrição e, nesse cenário, doenças como gripes, tifo, cólera,</p><p>tuberculose mataram alguns milhares de pessoas, sobretudo, crianças.</p><p>Por tudo isso, em diversos países atingidos mais ferozmente, começou uma intensa</p><p>contestação à Guerra e uma crescente reivindicação por comida e paz. Aquele entusiasmo de</p><p>1914 sumia e as luzes da Belle Époque eram ofuscadas pelo brilho intenso das rajadas de</p><p>metralhadora. O nacionalismo sedia lugar, pouco a pouco, para uma radical postura contra a</p><p>guerra: o pacifismo. Em alguns países, como na Rússia e na Alemanha, essas manifestações</p><p>voltaram-se contra seus governos.</p><p>Em 1917, o povo russo levantou-se contra o Czar e promoveu uma revolução inicialmente</p><p>de caráter democrático e depois de caráter socialista. A Rússia saiu da guerra por pressão da</p><p>população que pedia “Pão, Paz e Terra”. Mais abaixo, há uma seção específica sobre a Revolução</p><p>Russa.</p><p>Em 1918, o povo alemão não queria mais a guerra. De maneira muito semelhante ao que</p><p>ocorreu na Rússia, pediu-se o fim do conflito. Iniciou-se a Revolução Popular Alemã. O governo</p><p>do Kaiser Guilherme II caiu, ele fugiu e, em novembro de 1918, proclamou-se a República de</p><p>Weimar. Esse foi o passo essencial para a Alemanha assinar um armistício e acabar com a guerra.</p><p>1.5 – O DESFECHO DA GRANDE GUERRA</p><p>O ano de 1917 foi decisivo para o desfecho da guerra, especialmente, porque os Estados</p><p>Unidos da América (EUA) entraram no conflito. Na prática, meus caros, isso significou um reforço</p><p>renovado. Em 1917 a guerra se arrastava nas trincheiras e na crise humanitária e, então, chegaram</p><p>os soldados americanos, com sua vitalidade toda, suas armas e sua “falta de estresse”.</p><p>Brincadeiras à parte, isso é muito verdadeiro quando pensamos que os EUA não tinham a</p><p>preocupação da destruição do seu território, da sua capacidade produtiva e da fome de seu povo.</p><p>Nesse sentido, a participação dos EUA a partir de 1918, quando efetivamente chegaram as tropas</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>18</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>dos EUA na Europa, impulsionou novo ânimo e mais armas. Isso desequilibrou a guerra a favor da</p><p>Tríplice Entente.</p><p>Em alguns meses, os países que compunham a Tríplice Aliança começaram a se entregar e</p><p>a assinar armistícios (suspensão da guerra para estabelecer acordos iniciais). A Alemanha ficou</p><p>isolada! O governo do Kaiser não queria se entregar. Mas a Revolução Popular derruba Guilherme</p><p>II e, então, a Alemanha assina o armistício em 11 de novembro de 1918.</p><p>1.6 – OS TRATADOS DE PAZ</p><p>Saiba, queridos alunos, que o fim de uma guerra leva muito tempo para ser concretizado.</p><p>Pelo menos, na história tem sido assim. Do armistício até a assinatura de um Tratado de Paz há</p><p>• Chegada das</p><p>primeiras tropas</p><p>norte-americanas à</p><p>França.</p><p>Fevereiro</p><p>• Os alemães iniciam</p><p>uma última ofensiva</p><p>na frente ocidental,</p><p>mas mais uma vez não</p><p>conseguem tomar</p><p>Paris.</p><p>Março</p><p>• Contraofensiva aliada</p><p>na França. Os alemães</p><p>começam a bater em</p><p>retirada.</p><p>Julho</p><p>• Rendição</p><p>da</p><p>Bulgária</p><p>Setembro</p><p>• Rendição</p><p>da Turquia</p><p>Outubro</p><p>• 03: Áustria se rende</p><p>• 06: Queda do Reich</p><p>• 11: Gov. Provisório Republicano</p><p>assina o armísticio</p><p>Novembro</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>19</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>um longo percurso de negociações que define como ficam as responsabilidades sobre perdas e</p><p>ganhos, sobre responsabilidades a serem assumidas, enfim, define como será o mundo do “pós-</p><p>guerra”.</p><p>Esse processo desfecho da 1ª Guerra é marcado por uma série de acordos impostos pelos</p><p>que fez</p><p>essa questão. A letra A está errada porque apresenta uma data própria da 2ª GM, e não da</p><p>primeira. Por sinal, lembre-se de que a 1ª GM foi de 1914 a 1918. Nesse sentido, a B também</p><p>não está certa pois afiram que ela teria começado em 1917, com um acontecimento na Rússia.</p><p>Sobre a letra C, temos que lembrar de que a Grande Guerra, tal como ficou conhecido o conflito</p><p>até a 2ª GM, foi produto de diversos fatores: a corrida imperialista em buscar dos 3Ms; a política</p><p>de alianças; os nacionalismos; a questão marroquina; a questão balcã; etc. Dessa forma, a</p><p>alternativa condiz com o processo histórico.</p><p>Por fim, a letra D remete ao mundo bipolarizado pós-2ª GM, momento da Guerra Fria.</p><p>Afirmação errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>(UECE – 2009)</p><p>Estima-se que na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) cerca de 10 milhões de pessoas</p><p>morreram no campo de batalha. Um aumento significativo em comparação com as demais</p><p>guerras no século anterior. Sobre a Primeira Guerra Mundial é correto afirmar que</p><p>a) foi um conflito restrito entre algumas nações européias e que não trouxe nenhuma</p><p>inovação em armas e técnicas de guerra.</p><p>b) esta guerra marcou as ações de bastidores, com batalhas e confrontos ocasionais.</p><p>c) marcou uma nova fase bélica com a introdução das trincheiras, técnicas e táticas para</p><p>avançar nas linhas inimigas.</p><p>d) teve curta duração e não representou mudança em relação aos conflitos anteriores.</p><p>Comentários:</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi um enorme conflito que envolveu as principais potências</p><p>mundiais entre 1914 e 1918. Ela foi a resultante do desenrolar dos acontecimentos do século</p><p>XIX. Como saldo, deixou aos sobreviventes: fome, mutilação, crises humanitárias e</p><p>econômicas e a missão de reconstruir as relações internacionais sob outras perspectivas.</p><p>Vejamos as alternativas:</p><p>a) Incorreta. Ela envolveu nações não europeias. Além disso, trouxe inovações em armas e</p><p>técnicas de guerra tendo em vista que foram utilizadas pela primeira vez armas químicas,</p><p>tanques de guerra e trincheiras.</p><p>b) Incorreta. Ocorreram longas batalhas que envolviam dezenas de milhares de soldados.</p><p>c) Correta. Conforme discutimos no item a), a Primeira Grande Guerra foi responsável por</p><p>diversas inovações bélicas.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>134</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>d) Incorreta. A guerra durou 4 anos e representou uma grande mudança em relação aos</p><p>conflitos anteriores em razão das inovações.</p><p>Gabarito: C</p><p>(UECE – 2007)</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi uma das mais sangrentas e dispendiosas guerras do mundo</p><p>contemporâneo. Sabe-se que não foram, apenas, dois tiros de pistola, um único ato – o</p><p>assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher Sofia –, o que assinalou o</p><p>conflito. Inúmeros outros fatores contribuíram para essa guerra.</p><p>Como fatores que contribuíram para a Primeira Guerra Mundial foram listados os seguintes:</p><p>I. Desde o século XIX, os povos dominados por outros países desenvolveram sentimentos</p><p>nacionalistas. Alguns se agruparam em alianças militares e disputaram a posse das colônias</p><p>e de outras terras.</p><p>II. A intensa rivalidade entre a Alemanha e a Áustria-Hungria, na disputa por mercados</p><p>consumidores para a venda de seus produtos industriais e a aquisição de matérias-primas,</p><p>acirrou-se, tomando proporções mundiais.</p><p>III. Uma combinação de interesses geopolíticos e uma dose de anarquia internacional</p><p>resultaram na combinação de competições econômicas, chauvinismos nacionais e rivalidades</p><p>imperialistas.</p><p>Entretanto, é correto afirmar que:</p><p>a) Apenas o I contribuiu.</p><p>b) Apenas o I e o III contribuíram.</p><p>c) Apenas o II e o III contribuíram.</p><p>d) Apenas o I e o II contribuíram.</p><p>Comentários:</p><p>A questão aborda os antecedentes da guerra, estudamos bastante sobre isso na aula. Vamos</p><p>relembrar alguns pontos importantes:</p><p>• Rivalidade entre as potências - Vimos que a chamada Era dos Impérios ou Neocolonialismo foi</p><p>caracterizada por uma busca incessante por novas áreas econômicas – era a corrida imperialista,</p><p>lembram-se? Essa corrida imperialista significou uma corrida de conquista de territórios. Nesse</p><p>cenário, Inglaterra, França e Alemanha eram grandes concorrentes entre si. A Inglaterra possuía</p><p>mais colônias e, por meio das suas casas bancárias, concentrava metade dos capitais investidos</p><p>no mundo. Em segundo lugar, em número de áreas coloniais vinha a França. Mas a Alemanha já</p><p>era a maior produtora de aço e armas do mundo, constituindo ameaça real ao poder britânico.</p><p>• Nacionalismo - Conexo a essas disputas imperialistas estavam os movimentos e sentimentos</p><p>nacionalistas. Entre eles, destacam-se o pan-eslavismo e o pangermanismo. Presta atenção no</p><p>esquema:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>135</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A questão é que eslavos e germânicos viviam misturados nos mesmos territórios, sobretudo, na</p><p>região dos Balcãs.</p><p>• Paz Armada e Sistema de Alianças - Alguns historiadores denominam esse momento de</p><p>rivalidades belicistas sem guerra, mas ameaças de explodirem a qualquer momento de “Paz</p><p>Armada”. Nesse contexto, as potências europeias iniciaram uma corrida armamentista que</p><p>significava, entre outros elementos, aumentar suas indústrias bélicas e seu efetivo militar e criar</p><p>Tratados de Aliança entre si. Assim, A partir de 1907, a Europa estava dividida em 2 blocos de</p><p>alianças:</p><p>Tendo isso em mente, vejamos as proposições:</p><p>I. Correta, como é ocaso do pan-eslavismo.</p><p>II. Incorreta. A principal disputa era entre Alemanha e Inglaterra e França. Tanto que o</p><p>Império Austro Húngaro e Alemanha formaram uma aliança.</p><p>III. Correta, conforme apresentado no comentário.</p><p>Gabarito: B</p><p>(UECE 2017)</p><p>O período que abrange os últimos anos do século XIX até o ano de 1914 apresenta inúmeros</p><p>acontecimentos que contribuíram para criar, na Europa, um clima de tensão e rivalidade entre</p><p>vários países, como a Áustria, a Sérvia, a Alemanha, a Rússia, a França e a Inglaterra. Mas foi</p><p>uma questão territorialmente delimitada o estopim do maior conflito nunca antes visto na</p><p>•Movimento nacionalista que buscava a</p><p>união dos povos eslavos da Europa oriental.</p><p>Era orientado e liderado pelo governo do</p><p>czar russo da dinastia dos Romanov.</p><p>Pan-eslavismo:</p><p>•Movimento nacionalista que visava anexar</p><p>à Alemanha territórios da Europa Oriental</p><p>onde viviam germânicos.</p><p>Pangermanismo</p><p>Sistema de</p><p>Alianças</p><p>TRÍPLICA ENTENTE</p><p>Inglaterra</p><p>França</p><p>Rússia</p><p>TRÍPLICE ALIANÇA</p><p>Alemanha</p><p>Imp. Austro Húngaro</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>136</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>história da humanidade— a Primeira Guerra Mundial. Assinale a opção que corresponde ao</p><p>evento que marcou o início desse conflito.</p><p>a) Obrigação da França de devolver os territórios da Alsácia e Lorena para a Inglaterra.</p><p>b) Invasão Russa às regiões de população eslava (Bósnia, Croácia e Eslovênia).</p><p>c) Assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, gerando rivalidade entre a</p><p>Áustria e a Sérvia.</p><p>d) Aliança entre a Áustria e a Rússia por expansão territorial mútua.</p><p>Comentário</p><p>Apesar da tensão e das rivalidades territoriais que existiam na Europa, pode-se dizer que</p><p>um acontecimento específico deu início à guerra propriamente dita. Em meio a tantos</p><p>conflitos estruturais e elementos conjunturais, os historiadores definiram um acontecimento</p><p>específico como o estopim para o início da Primeira Guerra Mundial. A morte de Francisco</p><p>Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, em Saravejo, Capital da Bósnia. O</p><p>atentado ocorreu em 28 de junho de 1914, foi idealizado pelo grupo nacionalista chamado</p><p>Unidade e Morte, mais conhecido como Mãos Negras. Foi executado pelo estudante</p><p>Gavrilo Princip. O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando desencadeou uma</p><p>reação militar contra a Sérvia.</p><p>Gabarito: C</p><p>(URCA 2020)</p><p>“(...)</p><p>a Primeira Guerra Mundial foi seguida por um tipo de colapso verdadeiramente mundial,</p><p>sentido pelo menos em todos os lugares em que homens e mulheres se envolviam ou faziam</p><p>uso de transações impessoais de mercado” (Hobsbawm, Eric. Era dos extremos: o breve</p><p>século 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 pag. 91)</p><p>O contexto da Primeira Guerra Mundial também coincidiu com o acirramento dos conflitos</p><p>sociais e ideológicos no mundo todo, e o Brasil não ficou imune. (...) a política brasileira via</p><p>nascer atores influentes e ideologias; o parque industrial crescera; crescera também a classe</p><p>operária e suas organizações sindicais e políticas. (Napolitano, Marcos. História do Brasil</p><p>república: da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. São Paulo: Contexto, 2018. Pag.</p><p>38).</p><p>Os dois fragmentos textuais sinalizam aspectos históricos da Primeira Guerra Mundial numa</p><p>escala mundial e brasileira, assinale respectivamente os enunciados correspondentes.</p><p>A) A Primeira Guerra Mundial não envolveu as grandes potências econômicas do mundo e</p><p>todos os Estados europeus participaram de alguma forma; no Brasil se constituía a</p><p>possibilidade de uma perspectiva democrática no cenário político.</p><p>B) O conflito entre 1914-1918 tem em seus pretextos de deflagração o interesse dos sérvios</p><p>em separar os eslavos do sul em pequenas comunidades independentes; na dimensão</p><p>nacional despontava um parque industrial instrumentalizado e produtivo.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>137</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>C) Os países que se envolveram nos conflitos desenvolveram economias prósperas</p><p>especialmente; no Brasil se defendia incentivo a agricultura para o país sair do atraso.</p><p>D) As nações que estavam no epicentro do conflito saíram economicamente arruinadas,</p><p>sobretudo a Alemanha; no Brasil os militares expressavam as insatisfações da classe média e</p><p>defendiam políticas de industrialização.</p><p>E) O conflito alterou a geopolítica do mundo dividindo em dois mundos; as críticas do</p><p>movimento operário sustentavam as formas de condução do capitalismo.</p><p>Comentários:</p><p>A Primeira Guerra Mundial (1914-1919) impactou de maneira direta boa parte dos países</p><p>ocidentais. Um conflito entre as principais potências econômicas europeias, fez com que os</p><p>reflexos da guerra fossem sentidos tanto em seus territórios quanto nos países aliados, como no</p><p>caso do Brasil. Sobre os reflexos da Grande Guerra na Europa e no Brasil:</p><p>a) Incorreto. A primeira afirmação é contraditória, porque as principais potências econômicas</p><p>participaram da guerra, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Império Austro-</p><p>húngaro, entre outros.</p><p>b) Incorreto. Os sérvios queriam se unificar com os eslavos do sul para formar a Grande Sérvia e</p><p>terem uma saída para o mar. Sobre o Brasil, ele não possuía uma parque industrial</p><p>instrumentalizado e produtivo.</p><p>c) Incorreto. Após a Grande Guerra, as principais potências europeias viram seu protagonismo</p><p>decair e entraram uma crise sem procedente, que causou a mudança do eixo econômico da</p><p>Europa para a América. Além disso, no Brasil surge um movimento forte de incentivo a</p><p>industrialização, promovida pelo militares de baixa patente.</p><p>d) Correto. A maior parte dos países europeus envolvidos na 1ª Guerra Mundial tiveram sua</p><p>economias arruinadas, mas principalmente a Alemanha, que foi a grande culpabilizada do conflito,</p><p>sofrendo sanções duras no Tratado de Versalhes. Além disso, como mencionado na alternativa</p><p>acima, no Brasil surge um movimento de forte tendencia industrializante. O Tenentismo como era</p><p>chamado foi promovido pelos militares e representavam boa parte da classe média brasileira.</p><p>e) Incorreto. A primeira afirmação ocorreu após o final da 2ª Guerra Mundial, na Guerra Fria.</p><p>Gabarito: D</p><p>(URCA 2020)</p><p>“Em 18 de janeiro de 1919 realizou-se a Conferência de Paris, composta pelos 70 delegados</p><p>dos trinta de dois países vencedores, sob a presidência do primeiro-ministro da França</p><p>Clemenceau, e sem a presença de representantes dos países vencidos. As decisões foram</p><p>tomadas pelos chamados ‘Dez Grandes’ (...), sendo que o poder de decisão ficou em mãos</p><p>dos ‘Quatro Grandes’, ou seja, Wilson, Clemenceau, Orlando e Saieneji” (WERNET, Augustin.</p><p>A Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Contexto, 1991, p. 55)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>138</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>O resultado da reunião acima foi a assinatura do Tratado de Versalhes, segundo o qual</p><p>podemos corretamente afirmar:</p><p>A) A Alemanha foi obrigada a assinar o Tratado, o que gerou submissão incondicional e</p><p>cicatrizes no povo alemão que não foram superadas, favorecendo a subida ao poder de Adolf</p><p>Hitler;</p><p>B) A Alemanha recebeu a Alsácia-Lorena da França e teve que entregar parte de seus</p><p>territórios à Holanda e Dinamarca;</p><p>C) Foi criado o “corredor polonês” que dava aos russos acesso ao Oceano Atlântico e o</p><p>controle do porto de Dantzig;</p><p>D) Para compensar as perdas territoriais na Europa, os alemães receberam suas colônias na</p><p>África, desde que as dessem autonomia em 20 anos;</p><p>E) A Alemanha foi totalmente proibida de possuir armamentos e contingentes militares.</p><p>Comentários:</p><p>O desfecho da 1ª Guerra Mundial é marcado por uma série de acordos impostos pelos</p><p>países vencedores aos países derrotados. Ao longo das negociações cada país que</p><p>compunha a Tríplice Aliança assinou um acordo diferente. O Tratado de Versalhes foi o</p><p>escolhido pelos países “vencedores do conflito”. Entre janeiro de 1919 e janeiro de 1920</p><p>ocorreu uma série de conferências e durante elas, as outras propostas de acordo de paz,</p><p>como os 14 pontos da Paz de Wilson, presidente dos Estados Unidos, foram rechaçado pelas</p><p>principais potências europeias. A noção de rivalidade e revanche era muito maior do que a</p><p>de uma paz justa e duradoura. Por isso, Inglaterra e França trabalharam para impor um</p><p>pesado, oneroso e humilhante Tratado de derrota para a Alemanha: O Tratado de Versalhes,</p><p>em 28 de junho de 1919.</p><p>Isso ocasionou no futuro:</p><p>a) Correto. O tratado de paz foi duro e severo aos alemães, que foram muito prejudicados</p><p>pela “culpa” que levaram pela guerra. Isso gerou um sentimento de revanchismo e injustiça</p><p>na Alemanha que ajudou Adolf Hitler ascender ao poder.</p><p>b) Incorreto. Os territórios de Alsácia-Lorena, que estavam sob posse alemã voltaram para a</p><p>França.</p><p>c) Incorreto. O “corredor polonês” foi utilizado durante o Período Nazista, não na época em</p><p>que o Tratado de Versalhes foi assinado.</p><p>d) Incorreto. Eles perdem seus territórios africanos.</p><p>e) Incorreto. O exército alemão foi desmilitarizado de modo a ter, no máximo 100 mil</p><p>homens, então, não ocorreu a proibição de contingentes militares de fato, mesmo que seus</p><p>números tenho sido diminuídos drasticamente.</p><p>Gabarito: A</p><p>(UNEB 2017)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>139</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>As políticas imperialistas e colonialistas do século XIX provocaram desdobramentos nas</p><p>sociedades mundiais, a exemplo</p><p>01) do processo civilizatório imposto às sociedades africanas, que evoluíram do estágio da</p><p>barbárie para o estágio de civilização, sob a influência da cultura branca, ocidental hebraica-</p><p>cristã.</p><p>02) da universalização dos princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão</p><p>de 1789, ao garantir a aplicação dos princípios básicos da Revolução Francesa nas áreas</p><p>coloniais.</p><p>03) da insatisfação da Alemanha com a partilha da África, tensionando as relações</p><p>internacionais e contribuindo para o crescimento da corrida armamentista, que contribuíram</p><p>para a eclosão da Primeira Guerra Mundial.</p><p>04) das lutas pela libertação nacional, nas colônias afro-asiáticas, com o apoio da Alemanha</p><p>nazista, objetivando o enfraquecimento político e econômico da Inglaterra e da França.</p><p>05) da política</p><p>de isolamento dos Estados Unidos, que se isentou das disputas por mercado</p><p>e da conquista por áreas de dominação imperialista, voltando-se para seu desenvolvimento</p><p>interno, após a Guerra de Secessão.</p><p>Comentários:</p><p>A Era dos Impérios, anterior as duas Guerras Mundiais, fez com o que o mundo</p><p>experimentasse uma forma de dominação, exploração e desenvolvimento da sociedade humana</p><p>jamais vista em sua história. Nessa época surgiu a noção de Nação e nacionalismo, assim como</p><p>a ideia de evolução racial. Também passávamos pela Segunda Revolução Industrial e com ela o</p><p>as principais potenciais econômicas puderem investir maciçamente em poder bélico. Isso tudo</p><p>gerou desdobramentos como:</p><p>01) Incorreto. A utilização da evolução racial na afirmação está errada, pois esse é um conceito</p><p>errôneo. Ele era defendido por uma parcela significativa da população europeia até a segunda</p><p>metade do século XX.</p><p>02) Incorreto. As áreas coloniais voltaram a ser colônias, não aplicando os princípios da</p><p>Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.</p><p>03) Correto. A Partilha da África, ocorrido na Conferência de Berlim (1884-1885) não satisfez o</p><p>Império Alemão. Eles após a unificação queriam alcançar o nível de industrialização que outras</p><p>potenciais econômicas europeias já possuíam naquele momento. Isso causou uma tensão</p><p>diplomática que fez todas as nações da região a aumentarem os investimentos bélicos, causando</p><p>anos depois a Grande Guerra (1914-1919).</p><p>04) Incorreto. A maioria das lutas por libertação das colônias afro-asiáticas só ocorreram após a</p><p>Segunda Guerra Mundial.</p><p>05) Incorreto. Após a Guerra de Secessão, com o país unificado, os Estados Unidos entraram</p><p>forte na disputa por mercados e pelas dominações coloniais na Ásia.</p><p>Gabarito: 03</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>140</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(UESB 2016)</p><p>“A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos</p><p>palestinos em 2005 — embora boa parte das fronteiras e territórios aéreos e marítimos ainda</p><p>seja controlada pelos israelenses. Em 2007, o grupo Hamas — considerado terrorista por</p><p>Israel — venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor</p><p>Fatah. O racha na administração fez com que o Hamas controlasse a Faixa de Gaza, e o Fatah</p><p>ficasse a cargo da Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não dialogam.” (COMO O</p><p>HAMAS..., 2015).</p><p>A origem dos conflitos árabe-israelenses localiza-se ainda no final da Primeira Guerra</p><p>Mundial, quando</p><p>01) ondas migratórias de judeus, influenciados pelo movimento sionista e pela política da</p><p>Inglaterra, ocuparam amplas regiões do território palestino.</p><p>02) o Império Turco Otomano liberou as migrações judias para ocuparem territórios na</p><p>Europa Oriental.</p><p>03) os grupos judeus e árabes, perseguidos pelo nazismo, lutaram igualmente contra o</p><p>preconceito e a violência.</p><p>04) a descoberta e o controle da exploração do petróleo na região deram aos judeus o poder</p><p>econômico necessário ao domínio sobre todo o território palestino.</p><p>05) as migrações árabes para o território palestino foram proibidas pela Áustria e pela</p><p>Hungria, países vencedores da Primeira Guerra Mundial.</p><p>Comentários:</p><p>Ao final do século XIX, o judeu húngaro Theodor Herzl deu início ao sionismo, movimento</p><p>que reivindicava a criação de um Estado judeu na Palestina, região onde os hebreus haviam vivido</p><p>na Antiguidade antes de suas diásporas. Após a Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações</p><p>(órgão criado para garantir a paz mundial) concedeu a tutela da Palestina para a Grã-Bretanha, e</p><p>os britânicos apoiaram o movimento sionista. Isso fomentou as imigrações de judeus da Europa</p><p>para a Palestina, onde passaram a adquirir terras e formar colônias. Naquele momento, os judeus</p><p>da Palestina correspondiam a mais ou menos 15% da população da época, enquanto a maioria</p><p>era composta por árabes. Os conflitos entre judeus e árabes passaram a ser cada vez mais</p><p>frequentes, sobretudo porque alguns anos antes, os britânicos também haviam prometido aos</p><p>últimos o apoio para a formação de um Reino Árabe Independente. Enquanto judeus obtiveram</p><p>territórios, grupos árabes pegaram em armas contra a presença deles e a dominação britânica.</p><p>Sobre o momento pós Primeira Guerra:</p><p>01) Correto. Como exposto acima, o movimento judeu iniciou no final do século XIX e obteve</p><p>apoio da Inglaterra ao final da Primeira Guerra Mundial. Os ingleses impulsionaram os conflitos</p><p>entre árabes e judeus na região da Palestina.</p><p>02) Incorreto. O Império Turco Otomano liberou a entrada de migrações judiais para ocuparem</p><p>territórios na região da Palestina, situada no Oriente Médio e não na Europa Oriental.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>141</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>03) Incorreto. Os nazistas ainda não haviam se constituídos como uma força política ao final da</p><p>Primeira Guerra Mundial. Só alguns anos depois eles foram surgir.</p><p>04) Incorreto. Foram as políticas de apoio dos britânicos e da Liga das Nações que concedeu</p><p>poder econômico para os judeus dominarem os territórios palestinos.</p><p>05) Incorreto. Os árabes já viviam na Palestina desde o século VII, bem antes do final da Primeira</p><p>Guerra Mundial. Além disso, o Império Austro-húngaro saiu perdedor desse conflito.</p><p>Gabarito: 01</p><p>(UESB 2020)</p><p>Os anos em que antecederam a Primeira Guerra Mundial, cenário em que foi exibido o filme</p><p>O Grande Ditador, não foram marcados por nenhum conflito entre as nações europeias. No</p><p>entanto, entre o final do século XIX e o início do século XX, as principais nações envolvidas</p><p>nas disputas imperialistas realizaram uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica</p><p>sofreu grandes avanços nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas</p><p>possessões coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano. Na época relacionada</p><p>à I Grande Guerra e à II Guerra Mundial, as alianças buscavam satisfazer interesses políticos,</p><p>militares, geográficos, étnicos e econômicos, como se observa</p><p>01) na Santa Aliança, que buscava a proteção da Igreja para os projetos expansionistas da</p><p>União Soviética no Oriente Médio.</p><p>02) na Tríplice Aliança, que, no período anterior à Primeira Grande Guerra, aproximou a</p><p>Alemanha, a Itália e a Áustria/Hungria, em defesa de interesses territoriais na Europa Central.</p><p>03) na formação da OTAN, que reunia todos os aliados que lutavam contra a expansão</p><p>estadunidense no Golfo Pérsico, com a ameaça do uso de armas atômicas.</p><p>04) na extinção do Pacto de Varsóvia, que se opunha à expansão militar da Rússia no leste</p><p>europeu apoiada pelo Estado de Israel e pelo Estado Palestino.</p><p>05) nos compromissos militares e ideológicos firmados pelos BRICS durante a Guerra Fria,</p><p>colocando em risco o equilíbrio do mercado do petróleo internacional.</p><p>Comentários:</p><p>Alguns historiadores denominam esse momento de rivalidades belicistas sem guerra, mas</p><p>ameaças de explodirem a qualquer momento de “Paz Armada”. Nesse contexto, as potências</p><p>europeias iniciaram uma corrida armamentista que significava, entre outros elementos, aumentar</p><p>suas indústrias bélicas e seu efetivo militar e criar Tratados de Aliança entre si. Assim, A partir de</p><p>1907, a Europa estava dividida em 2 blocos de alianças: a Tríplice Aliança (formada por</p><p>Alemanha, Império Austro-húngaro e o Reino da Itália) e a Tríplice Entente (formada por</p><p>Inglaterra, França e Rússia). Isso gerou um conjuntura que desencadeou a Primeira Guerra</p><p>Mundial.</p><p>Com base nisso, vejamos a resposta correta:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>142</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>01) Incorreto. A Santa Aliança foi uma série de acordos estabelecidos pelas principais monarquias</p><p>europeias após a queda de Napoleão Bonaparte, no início do século XIX. O intuito era</p><p>estabelecer a ordem vigente anterior</p><p>a Revolução Francesa.</p><p>02) Correto. As políticas expansionistas e nacionalistas desses países resultou em uma aliança</p><p>contra Russos, franceses, entre outros e que seria levada até a Grande Guerra.</p><p>03) Incorreto. A criação da OTAN ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. Além disso, a</p><p>primeira arma atômica só foi desenvolvida aproximadamente duas décadas depois da Primeira</p><p>Guerra Mundial.</p><p>04) Incorreto. Ele foi criado e extinto na Guerra Fria e não antes da Grande Guerra.</p><p>05) Incorreto. A nomenclatura BRICS não existia nessa época e a Guerra Fria só ocorreria décadas</p><p>mais tarde.</p><p>Gabarito: 02</p><p>(Mackenzie 2009)</p><p>"Em 1916, em meio à guerra, Marcel Duchamp (1887-1968) produzia a obra Roda de</p><p>bicicleta. Nem a roda servia para andar, nem o banco servia para sentar. Algo aparentemente</p><p>irracional, ilógico, diriam muitos (...). Mais do que uma outra forma de produzir arte,</p><p>Duchamp estava propondo uma outra forma de ver a arte, de olhar para o mundo. (...) Depois</p><p>de sua Roda de bicicleta, o mundo das artes não seria mais o mesmo. Depois da Primeira</p><p>Guerra Mundial, o mundo não seria mais o mesmo."</p><p>Flávio de Campos e Renan G. Miranda, "Primeira Guerra Mundial (1914-1918)".</p><p>De acordo com o texto acima, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)</p><p>a) fortaleceu a crença dos homens da época na capacidade de construção de uma sociedade</p><p>melhor, por meio da racionalidade tecnológica.</p><p>b) consolidou a hegemonia cultural europeia perante o mundo ocidental, desprezando as</p><p>demais manifestações artísticas.</p><p>c) possibilitou o surgimento de novas vanguardas artísticas, preocupadas em defender os</p><p>modelos acadêmicos clássicos europeus.</p><p>d) assinalou a crise da cultura europeia, baseada no racionalismo e no fascínio iluminista pela</p><p>tecnologia e pelo progresso.</p><p>e) manifestou a decadência cultural em que se encontrava o mundo ocidental na segunda</p><p>metade do século XIX.</p><p>Comentário</p><p>A questão faz referência a um importante movimento artístico surgido no contexto da 1ª. Guerra Mundial:</p><p>o dadaísmo. Embora seus representantes nunca pretenderam ser incluídos em nenhum escola artística, para</p><p>fins de entender o significado simbólico da 1ª. Guerra Mundial em relação à cultura europeia, o dadaímos é</p><p>muito representativo. Para artistas como Duchamps, ao mudar o sentido funcional dos objetos, pode-se</p><p>estabelecer uma crítica ao positivismo científico que criou valores às coisas e às pessoas a partir de sua</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>143</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>função na sociedade. E qual foi o resultado disso tudo? A Guerra – uma guerra que levou os homens a um</p><p>buraco (as trincheiras), à fome e à morte por causas banais como febre. Portanto, o dadaísmo revelava a</p><p>irracionalidade do mundo.</p><p>Tendo isso em mente, vamos às alternativas:</p><p>a- Era exatamente o contrário: a descrença e a desesperança na evolução técnica, afinal, ela estava</p><p>gerando a morte e não a vida.</p><p>b- Errado também porque a Guerra coloca sob suspeita os valores consagrados na Europa. Veremos que</p><p>a cultura dos EUA vai começar a expandir-se por meio do chamado “estilo de vida americano”.</p><p>c- Essas novas vanguardas surgidas no contexto da 1ª. Guerra Mundial, como o dadaísmo e o</p><p>surrealismo, pretendiam romper com qualquer academicismo e classicismo.</p><p>d- Gabarito, eba! Exatamente o sentido da crítica dadaísta!</p><p>e- O erro dessa alternativa é o contexto histórico. Na segunda metade do século XIX a Belle Époque</p><p>reinava linda e reluzente. A Torre Eiffel e as exposições científicas eram marcas de um mundo que</p><p>parecia ter chegado ao seu auge. A crise da cultura europeia só vem com a 1ª. Guerra.</p><p>Gabarito: D</p><p>(Mackenzie 2000)</p><p>Segundo o historiador Eric J. Hobsbawn, a discussão sobre a gênese da Primeira Guerra Mundial tem</p><p>sido ininterrupta desde agosto de 1914.</p><p>A questão permaneceu viva porque o problema das origens das guerras mundiais infelizmente tem se</p><p>recusado a desaparecer desde 1914. De fato, em nenhum outro ponto a vinculação entre as</p><p>preocupações passadas e presentes é mais evidente que na história da Era dos Impérios.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta as causas da I Guerra Mundial.</p><p>a) O imperialismo, o rompimento do equilíbrio europeu, o nacionalismo, a política das alianças, as</p><p>questões balcânicas, o incidente de Sarajevo.</p><p>b) A ascensão militar dos EUA, o fascismo, o desemprego, a partilha da África, o neocolonialismo e o</p><p>desmembramento da Tchecoslováquia.</p><p>c) O Anschluss, a Política de apaziguamento, a crise da Etiópia, a formação do Eixo, a Conferência de</p><p>Versalhes.</p><p>d) O fim dos Impérios Otomano e Áustro-Húngaro, a formação da Tríplice Entente, o Plano Schlieffen,</p><p>o assassinato do Arquiduque Ferdinando.</p><p>e) A crise do Marrocos, o Pan-eslavismo russo, a ascensão de Lênin, a partilha da África e da Ásia, e o</p><p>surgimento da Liga das Nações.</p><p>Comentário</p><p>Perceba que em cada alternativa há uma lista de possíveis causas da 1ª GM, ou seja, é preciso achar a relação</p><p>em que todas estão corretas. De forma sistemática, no item 1.1. da aula – os antecedentes da guerra –</p><p>assim podemos pontuar:</p><p># Disputa imperialista, ou entre potencias;</p><p># rompimento do equilíbrio europeu</p><p># nacionalismo</p><p># paz armada e sistema de alianças (tríplice entente x tríplice aliança)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>144</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p># conflito nos Balcãs (atentado Sarajevo, o estopim)</p><p>Diante disso, a alternativa A nos parece bem completinha, mas vamos ver se as demais contém erros.</p><p>B – está errado relacionar o fascismo como causa da 1ª GM, isso vale para a 2ª GM.</p><p>C – a formação do Eixo também é um evento da 2ª GM, quando Alemanha, Itália e Japão se juntam.</p><p>D - o fim do Império Austro-húngaro foi uma consequência da guerra e não causa.</p><p>E – a alternativa contém eventos desconexos com causas da 1ª GM, como a ascensão de Lenin e o surgimento</p><p>da Liga das Nações.</p><p>Gabarito: A</p><p>(Mackenzie 2014)</p><p>A respeito da Primeira Guerra Mundial (1914–1918), analise o texto que se segue.</p><p>[Na França] (...) a bandeira tricolor, ou seja, o repúdio da bandeira branca (a monarquia) e da bandeira</p><p>vermelha (o socialismo), e a soma das duas cores ao azul simbolizam emblematicamente um consenso</p><p>que reunia laicos e cristãos. Os padres se revelaram oficiais tão bons quanto os professores. (...). A</p><p>França e a Alemanha, duas nações cristãs, se massacraram durante mais de quatro anos. Hoje é</p><p>possível apontar certa ingenuidade nesse ardor patriótico: no entanto, foi ele que permitiu a vitória à</p><p>França e, para os alemães, evitou que suas forças armadas se desintegrassem em 1918.</p><p>Gerard Vincent. Uma história do segredo</p><p>Pela análise do texto, conclui-se que uma ideologia está por trás da discussão. Essa mesma ideologia</p><p>esteve não somente entre as causas da Grande Guerra, mas também nas insatisfações que levariam à</p><p>Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Trata-se do</p><p>a) internacionalismo.</p><p>b) socialismo.</p><p>c) nacionalismo.</p><p>d) liberalismo econômico.</p><p>e) nazifascismo.</p><p>Comentário</p><p>Queridos, essa é uma questão interpretativa para a qual deve-se usar os conceitos do século XIX e início do</p><p>XX. Nesse sentido, como falamos na aula, uma das ideias que moveram povos e governos foi o Nacionalismo.</p><p>Essa ideologia foi utilizada para lutarem contra monarcas absolutistas (caso da França), para unificar</p><p>territórios (caso da Alemanha e Itália), para expandir a economia e conquistar colônias (caso das potências</p><p>europeias em relação aos continentes da África e Ásia) e depois para intensificar a rivalidade e disputas entre</p><p>essas potências, o que culminou na 1ª. Guerra Mundial.</p><p>Nesse sentido, entre todas as ideias que estão listadas em cada alternativa, a que realmente condiz com o</p><p>texto é a C, o nacionalismo.</p><p>Gabarito: C</p><p>(ESPM 2014)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16</p><p>– História Contemporânea IV</p><p>145</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>As imagens apresentadas são emblemáticas de um</p><p>devastador conflito e fizeram o crítico literário, ensaísta,</p><p>tradutor, ficcionista e poeta Walter Benjamin afirmar:</p><p>Em vista de tais armas o ritmo do conflito bélico</p><p>vindouro será ditado pela tentativa não só de defender-</p><p>se, mas também de suplantar os terrores provocados</p><p>pelo inimigo por terrores dez vezes maiores.</p><p>(Walter Benjamin. “As armas do futuro”. In: Ilustríssima/</p><p>Folha de São Paulo, 28/07/2013)</p><p>As imagens e o texto remetem para:</p><p>a) Guerra Civil Norte-Americana.</p><p>b) Guerra dos Boeres.</p><p>c) Guerra Civil Espanhola.</p><p>d) Primeira Guerra Mundial.</p><p>e) Guerra Fria.</p><p>Comentário</p><p>Essa é uma questão de contextualização. O texto é bastante aberto. O autor poderia estar tratando da 2ª.</p><p>Guerra Mundial, por exemplo. Mas as imagens fazem o enquadramento do contexto: trata-se de trincheiras,</p><p>máscaras antigás e taques. Assim, essas armas de destruição em massa passaram a ser usadas na Primeira</p><p>Guerra Mundial. Nesse sentido, a alternativa que indica o contexto correto é a D.</p><p>Gabarito: D</p><p>(Espm 2018)</p><p>À noite, arrastando-se pela cratera de projétil e enchendo-a, a lama observa, como um enorme polvo.</p><p>Chega à vítima. Deita-lhe a sua baba venenosa, cega-a, aperta o círculo à volta dela, enterra-a. Mais</p><p>um disparo, mais um que se foi... os homens morrem da lama, como morrem de balas, mas é mais</p><p>horrível. A lama é onde os homens se afundam e – o que é pior – onde afundam suas almas. A lama</p><p>esconde os galões das divisas, há apenas pobres bestas que sofrem. Vejam, ali, manchas vermelhas</p><p>num mar de lama – sangue de um homem ferido. O inferno não é o fogo, isso não seria o máximo do</p><p>sofrimento. O inferno é a lama!</p><p>(Martin Gilbert. A Primeira Guerra Mundial)</p><p>O texto, escrito por soldados franceses, testemunho do que ocorria em 1917, é uma perfeita descrição</p><p>da:</p><p>a) Guerra de movimento;</p><p>b) Blitzkrieg;</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>146</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>c) Guerra de trincheiras;</p><p>d) Guerra de mentira;</p><p>e) Guerra suja.</p><p>Comentário</p><p>Queridos, essa é uma boa questão e bastante fácil se lembrar de uma das mais marcantes características do</p><p>desenrolar da Guerra: A guerra de Trincheiras.</p><p>Mas Alê, como diferenciar das demais alternativas? Vejamos:</p><p>a- Guerra de movimento, outra fase da guerra, não trouxe a devastação da dignidade humana descrita</p><p>no texto.</p><p>b- Blitzkrieg foi a tática de guerra total e rápida utilizada pelos alemães na 2ª. Guerra Mundial.</p><p>c- Gabarito!</p><p>D e E simplesmente não existiram.</p><p>Gabarito: C</p><p>(ESPM 2015)</p><p>“Foi um período caracterizado por rápidas investidas. Os alemães invadiram a Bélgica, cuja resistência</p><p>heroica, notadamente em Liège, possibilitaria a plena mobilização dos franceses e dos russos. Apesar</p><p>dos esforços franceses, 78 divisões germânicas armadas com artilharia pesada chegaram às vizinhanças</p><p>de Paris. Graças à extrema habilidade do general Joffre, os alemães foram obrigados a recuar até o</p><p>vale do Rio Marne, onde em setembro foi disputada a primeira batalha do Marne com a participação</p><p>de 2 milhões de homens.” (Luiz Cesar Rodrigues. A Primeira Guerra Mundial)</p><p>A primeira batalha do Marne tratada no texto deve ser relacionada com:</p><p>a) a Blitzkrieg, estratégia de guerra alemã que combinava o rápido avanço de tropas de infantaria com</p><p>o apoio aéreo e de blindados;</p><p>b) a guerra de trincheiras, cenário que dominou todo o curso da Primeira Guerra Mundial;</p><p>c) a guerra de movimento, adotada no início da Primeira Guerra Mundial pelos alemães, estratégia que</p><p>fazia parte do chamado Plano Schlieffen;</p><p>d) a primeira batalha em que se registrou o emprego do gás como arma, recurso utilizado pelos</p><p>alemães;</p><p>e) o sucesso do plano escolhido pelos alemães para derrotar rapidamente a França, pois com a vitória</p><p>na Batalha do Marne os alemães conquistaram Paris.</p><p>Comentário</p><p>A questão remete especificamente ao Plano Schlieffen (guerra rápida) e a Batalha de Marne no contexto da</p><p>Primeira Guerra Mundial. O Plano Schlieffen foi uma estratégia alemã que concentrava todo o esforço bélico</p><p>no Ocidente. A França salvou-se do forte ataque alemão na Batalha de Marne e com o fracasso do Plano</p><p>Schlieffen terminava a guerra de movimento e começava a terrível tática da Guerra de trincheiras. Assim,</p><p>você não pode esquecer das 3 fases da 1ª. Guerra Mundial:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>147</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Nesse sentido, vejamos as alternativas:</p><p>a- Errado porque não há apoio aéreo no começo da 1ª. Guerra Mundial.</p><p>b- A guerra de trincheiras ocorreu entre 1915 e 1917, e não em toda a guerra como sugere a alternativa.</p><p>c- Gabarito!!</p><p>d- A primeira Batalha em que ocorreu o uso de arma química pelos alemães foi na Batalha de Ypres, na</p><p>Bélgica.</p><p>e- Na Batalha do Marne a Alemanha foi derrotada.</p><p>Gabarito: C</p><p>(ESPM 2005)</p><p>Verdun constituiu-se na mais sangrenta batalha da guerra. A liderança do general Henri Philippe</p><p>Pétain, a tenacidade da infantaria francesa e as fortificações bem construídas de concreto e aço</p><p>permitiram à França resistir com firmeza. A guerra não era mais uma aventura romântica. Um jovem</p><p>soldado francês, pouco antes de morrer, expressou o espírito de desilusão que acometera os</p><p>sobreviventes da guerra de trincheira: "A humanidade é louca para fazer o que está fazendo. Que</p><p>massacre! Que cenas de horror e carnificina. Não consigo encontrar palavras para traduzir minhas</p><p>impressões. O inferno não pode ser tão terrível. Os homens estão loucos!" A França e a Alemanha</p><p>sofreram mais de um milhão de baixas nessa batalha.</p><p>Marvin Perry. "Civilização Ocidental"</p><p>A batalha mencionada no texto ocorreu:</p><p>a) Nas Guerras Napoleônicas.</p><p>b) Na Guerra Franco-Prussiana de 1870.</p><p>c) Na Primeira Guerra Mundial.</p><p>d) Na Guerra da Criméia.</p><p>e) Na Segunda Guerra Mundial.</p><p>Comentário</p><p>A chave para resolvermos essa questão é a expressão “os sobreviventes da guerra de trincheira”, pois as</p><p>trincheiras marcaram as estratégias de combate na Primeira GM. Claro, se você souber da batalha de</p><p>Verdun, tal como mencionei na aula, aí é só correr para o abraço. Reforço o que escrevi na aula:</p><p>• Intensa movimentação das</p><p>tropas beligerantes</p><p>•Rapida ofensiva da</p><p>Alemanha - Plano Schlieffen</p><p>•rapida defensiva da França</p><p>•Saldo Zero</p><p>1a. Fase</p><p>(1914-15)</p><p>•Fase da Guerra de</p><p>Trincheiras</p><p>•Tempo duro, desgastante,</p><p>marcado por</p><p>imobilismo,guerra química,</p><p>doenças, fome, crise</p><p>econômica.</p><p>2a. Fase</p><p>(1915-17) •A guerra entra em nova fase</p><p>de mobilização, sobretudo</p><p>com o uso de tanques e</p><p>aviões.</p><p>• Crise humanitária</p><p>3a. Fase</p><p>(1918)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>148</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Com isso, diante do equilíbrio de tecnologias e de quantidade de homens, a guerra se tornou</p><p>imobilista. Por exemplo, em 1916, durante 9 meses, na conhecida Batalha de Verdun, as tropas</p><p>francesas e inglesas com mais ou menos 2 milhões de soldados deram 23 milhões de tiros de</p><p>artilharia, quase 1 milhão de soldados morreu e não houve nenhum recuo ou avanço. Ninguém</p><p>ganhava e ninguém perdia. Ou melhor, todos perdiam porque as condições de vida dos</p><p>soldados pioravam muito.</p><p>Gabarito: C</p><p>(Mackenzie 2018)</p><p>Pierre A. Renoir, artista francês, ao realizar seu trabalho,</p><p>Baile no Moulin de la Galete, em 1876, registrou a</p><p>alegria, otimismo e a intensa movimentação em Paris, no</p><p>final do século XIX: a Belle Époque. Esse período,</p><p>marcado por um intenso progresso científico e</p><p>tecnológico que, de forma acelerada, apontava para um</p><p>período de prosperidade e paz.</p><p>Todavia, sob a aparente tranquilidade e segurança desse</p><p>cenário, desenrolavam-se inúmeros fatores de</p><p>insatisfação,</p><p>que acabaram por levar à Grande Guerra de 1914. A respeito dos precedentes que</p><p>levaram ao conflito mundial, é incorreto afirmar que</p><p>a) a Alemanha, para combater a concorrência comercial, adotou uma política de expansão pelo uso da</p><p>força militar, fechando-se perante qualquer solução diplomática, provocando inúmeros atritos com os</p><p>demais países, que só foram solucionados por meio da guerra.</p><p>b) apesar de persistirem antigas rugas, entre Inglaterra e França, os mesmos se aliaram, junto com a</p><p>Rússia, em 1907, formando a Tríplice Entente, com o objetivo de combater os interesses imperialistas</p><p>alemães, sobre os mercados chineses e africanos.</p><p>c) mesmo apresentando um cenário tranquilo, várias nações europeias se dedicaram em fortalecer o</p><p>exército, marinha, e adotar o serviço militar obrigatório. Esse período, de corrida armamentista e</p><p>ausência de guerras, ficou conhecido como Paz Armada (1870-1914).</p><p>d) os países europeus tinham necessidade de expandirem seus mercados consumidores e, na disputa</p><p>pelos mesmos, fizeram surgir diversas zonas de tensão, além de despertarem o sentimento cívico e</p><p>patriótico, nas regiões sob o domínio estrangeiro.</p><p>e) o atentado de Sarajevo acabou se tornando o estopim para o início da guerra, não tanto pela</p><p>gravidade do fato em si, mas, sobretudo, devido à série de acordos e alianças, que foram estabelecidos</p><p>entre vários países, que se comprometiam a se auxiliarem mutuamente.</p><p>Comentário</p><p>Questão de contextualização. Muito boa para fazermos uma boa revisão. O texto trata sobre o contexto de</p><p>cultura da Belle Époque e aponta de maneira correta que, apesar do sentimento de entusiasmo refletido na</p><p>arte, cultura e ciência, politicamente a Europa vivia a instabilidade marcada pela rivalidade entre as</p><p>potências europeias. Tendo isso em mente, vejamos cada uma das alternativas:</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>149</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>a- Incorreta. A Alemanha tinha sim uma política expansionista, mas não se fechou para qualquer acordo</p><p>diplomático.</p><p>b- Perfeita a alternativa já que demonstra uma das causas da 1ª. GM, o sistema de alianças.</p><p>c- O cenário era aparentemente tranquilo, mas as rivalidades eram imensas e, por isso, a Paz Armada</p><p>foi uma característica desse momento.</p><p>d- Alternativa correta, pois trata sobre os conflitos na disputa por novos mercados e o uso do</p><p>nacionalismo nesse processo de rivalidades.</p><p>e- Exatamente. Vimos que o estopim da Guerra, a morte de Francisco Ferdinando, na verdade foi uma</p><p>peça no xadrez das relações internacionais e o sistema de alianças que colocava países em situação</p><p>de agressão mútua.</p><p>Gabarito: A</p><p>(Mackenzie 1996)</p><p>A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o México, prometendo-lhe ajuda na reconquista</p><p>de territórios perdidos para os E.U.A.</p><p>b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica franco-inglesa e enviaram um grande</p><p>contingente de soldados ao fronte.</p><p>c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria em risco os investimentos norte-americanos</p><p>na Europa.</p><p>d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A. rompeu a neutralidade, declarando guerra às</p><p>forças do Eixo.</p><p>e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta, dando um novo alento à Entente.</p><p>Comentário</p><p>Os detalhes sistematizados nesta questão não estão explícitos na aula, muito embora, a alternativa E, seja</p><p>muito semelhante à seguinte passagem: “(...) a participação dos EUA a partir de 1918, quando efetivamente</p><p>chegaram as tropas dos EUA na Europa, impulsionou novo ânimo e mais armas. Isso desequilibrou a guerra</p><p>a favor da Tríplice Entente”. Assim, a alternativa E está correta. As alternativas B e C, que remetem aos</p><p>interesses dos EUA na guerra e ao grau de envolvimento no conflito, também estão certas. Lembre-se do</p><p>contexto da disputa entre potencias imperialista.</p><p>Quanto a alternativa A, ela está correta, pois os grandes países buscavam apoios internacionais, cada um</p><p>para seu lado. Por sinal, na 2ª GM, esse tipo de situação ocorrerá com o Brasil: de um lado a Alemanha</p><p>nazista disputará a posição do Brasil; do outro, os EUA farão todo o assédio para o Brasil entra na 2ª GM ao</p><p>seu lado.</p><p>Por fim, a letra, D, caso você não soubesse da informação, exige um certo bom senso político-histórico: O</p><p>quê? Como assim, profe? Veja, para um país democrático declarar guerra a outro país, em geral, a decisão</p><p>exige uma deliberação conjunta de, pelo menos, os Poderes Executivo (Presidente) e Legislativo (Congresso</p><p>Nacional). Isso porque, a participação em guerras envolve riscos de segurança nacional e dinheiro, muito</p><p>dinheiro. Dessa forma, seria estranho e digno de deposição do Presidente a declaração, em uma democracia</p><p>como a norte-americana, de guerra sem o aval do Congresso. Diante disso, a alternativa errada é mesmo a</p><p>D.</p><p>Gabarito: D</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>150</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>7. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Queridos, minha mãe me falava umas coisas que eu carrego para minha vida. As vezes</p><p>compartilho. Uma delas era: Ninguém pode atrasar quem veio para vencer!!! Nem sei de onde ela</p><p>tirou isso, mas eu carreguei comigo como amuleto. Compartilho com vocês, pois tenho certeza</p><p>que nesse momento vocês estão dando seu melhor!</p><p>E não esquece: cada dia, cada hora, cada minuto que você se envolve com a tarefa de</p><p>adquirir mais conhecimento, gravar mais uma informação, colar mais um post it é uma riqueza</p><p>infinita. Ninguém tira de você aquilo que está acumulado: o seu capital cultural. S2</p><p>Não esqueça do mantra: Não existe solução mágica, mas existem estratégias que, se utilizadas</p><p>com afinco e dedicação, podem realizar sonhos. Nós estamos JUNTOS nesse caminho!!! Contem</p><p>comigo!!!</p><p>Utilize o Fórum de Dúvidas. Eu responderei suas perguntas com esmero.</p><p>E não se esqueça de que não existe dúvida boba. Quanto mais você pergunta,</p><p>mais conversamos e mais você sintetiza o conteúdo, certo!</p><p>Também me procure nas redes sociais. Lá tem dicas preciosas para te</p><p>ajudar na sua preparação.</p><p>Um grande abraço estratégico,</p><p>Alê Lopes</p><p>países vencedores aos países derrotados. Ao longo das negociações cada país que compunha a</p><p>Tríplice Aliança assinou um acordo diferente. Isso quer dizer que o Tratado de Versalhes é o mais</p><p>famoso deles. Mas não é o único.</p><p>Ainda antes de acabar a Guerra, o Presidente dos EUA lançou as bases de um possível</p><p>futuro acordo que ficou conhecido como “Os 14 pontos da Paz de Wilson”. Tratava-se de uma</p><p>tentativa de abrir um diálogo diplomático com os países em guerra, tentar vencer a guerra não</p><p>apenas quando o último homem morresse, percebem? Inclusive, o discurso era estabelecer o fim</p><p>da guerra sem vencidos e nem vencedores e, assim, conquistar uma paz justa e duradoura.</p><p>Portanto, pretendia-se trabalhar com a ideia de que uma guerra é sempre ruim para todos os</p><p>envolvidos.</p><p>Podemos dizer que essa proposta estava centrada em 2 grandes blocos:</p><p>Mas as coisas não saíram bem do modo como o Presidente dos EUA planejou. Naquele</p><p>momento, esse país não tinha a influência que tem hoje. A Inglaterra, apesar da destruição causada</p><p>pelo conflito seguia sendo a potência mais relevante.</p><p>1.6.1 - Conferência de Paz de Versalhes</p><p>Entre janeiro de 1919 e janeiro de 1920 ocorreu uma série de conferências com a</p><p>participação de 27 nações “vencedoras da 1ª Guerra”.</p><p>Mas Alê, não eram apenas França, Inglaterra, Itália e EUA?</p><p>Então, Bixo, ao longo da Guerra muitos países foram entrando na guerra. Até o Brasil se</p><p>colocou ao lado da Tríplice Entente e mandou uma missão médica para a Europa e chegou a</p><p>P</p><p>az</p><p>d</p><p>e</p><p>W</p><p>il</p><p>so</p><p>n</p><p>Questões Territoriais na</p><p>Europa</p><p>ideia de auto-determinação</p><p>nacional para grandes</p><p>grupos étnicos</p><p>Criação de novos países</p><p>Relações internacionais</p><p>Prevenção de futuras</p><p>guerras</p><p>Liga das nações, organismo</p><p>para resolver diplomatica e</p><p>publicamente as disputas</p><p>internacionais</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>20</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>realizar operações de patrulhamento no oceano Atlântico. O mesmo ocorreu com os Aliados, que</p><p>foram recebendo ajuda de outros países, como Bulgária e Império Turco- Otomano.</p><p>O fato é que durante essas conferências, o sentido geral dos 14 pontos da Paz de Wilson</p><p>foi rechaçado pelas principais potências europeias. A noção de rivalidade e revanche era muito</p><p>maior do que a de uma paz justa e duradoura. Por isso, Inglaterra e França trabalharam para impor</p><p>um pesado, oneroso e humilhante Tratado de derrota para a Alemanha: O Tratado de Versalhes,</p><p>em 28 de junho de 1919.</p><p>Vejamos alguns pontos:</p><p>Cláusula de Culpa:</p><p>✓ O artigo 232 determinava que a Alemanha era a única culpada e responsável pelo conflito!</p><p>Questões Territoriais:</p><p>✓ Renúncia de todas as colônias em favor dos vencedores</p><p>✓ Alsácia-Lorena deveria ser devolvida à França</p><p>✓ Formação da Polônia com territórios cedidos pela Alemanha</p><p>✓ As cidades alemãs de Eupen e Malmedy foram cedidas para a Bélgica.</p><p>✓ Parte setentrional da Prússia Ocidental, Klaipėda, sob o controle francês, depois</p><p>transferida para a Lituânia</p><p>✓ A província alemã do Sarre passaria para o comando da Liga das Nações durante 15</p><p>anos e a França teria o direito de explorar as minas de carvão dessa região</p><p>✓ A cidade de Danzig (hoje Gdańsk, Polônia, naquela época era alemã, berço do</p><p>nascimento da Prússia) foi transformada na “Cidade Livre de Danzig” e ficou sobre</p><p>o controle da Liga das Nações</p><p>Desmilitarização:</p><p>✓ A Alemanha teve que entregar quase todos os navios mercantes à Inglaterra, França</p><p>e Bélgica</p><p>✓ O exército alemão foi desmilitarizado de modo a ter, no máximo 100 mil homens.</p><p>✓ Proibição de fabricação de tanques, aviões, carros e qualquer outro instrumento que</p><p>servisse à guerra.</p><p>✓ Abolição do serviço militar obrigatório</p><p>Reparações:</p><p>✓ 269 bilhões de marcos, dos quais 226 bilhões como principal</p><p>✓ 12% do valor das exportações anuais alemãs</p><p>1.6.2 – Outros acordos</p><p>❖ Saint-Germain, de 10 de setembro de 1919. Seu principal tema foi o</p><p>desmembramento do Império Austro-Húngaro, que deu origem a uma série de</p><p>novos países. O princípio era a autodeterminação dos povos. Mas é fundamental</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>21</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>vocês entenderem como é difícil conseguir concretizar esse princípio em uma região</p><p>cujas etnias viveram e conviveram, muitas vezes, no mesmo espaço geográfico.</p><p>Assim, por exemplo, na recém-criada Tchecoslováquia constituída por tchecos e</p><p>eslovacos, também estavam as minorias importantes como a alemã e a húngara.</p><p>Do antigo Império Austro-Húngaro restaram uma pequena Áustria e uma pequena</p><p>Hungria.</p><p>❖ Tratados de Sèvres, de 10 de agosto de 1920. Seu principal ponto é o</p><p>desmembramento do Império Otomano. Esse tratado tem uma importância</p><p>fundamental porque tratou sobre regiões de fundamental importância para a</p><p>continuidade do capitalismo sob a influência das potências europeias, já que o</p><p>Império Otomano controlava o Oriente Médio.</p><p>Assim, por meio desse Tratado, considerado uma humilhação pelos turcos, à Turquia</p><p>caberia o controle dos Estreitos de Bósforo e Dardanelos, mas as regiões da Palestina</p><p>e Mesopotâmia (onde ficam Iraque, Irã e algumas adjacências) ficaram sob controle</p><p>da Inglaterra, enquanto Síria e Líbano ficam para a França. Veja que as potências</p><p>europeias continuaram a lógica do imperialismo, ou seja, manter colônias na Ásia e</p><p>África.</p><p>(FGV 2018)</p><p>Observe os dois mapas.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>22</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>No que diz respeito aos mapas, é correto afirmar que o Mapa 1 representa</p><p>a) a Europa no início do século XIX, no momento da expansão do Império Napoleônico, que</p><p>se estende até a Rússia; o Mapa 2 mostra a Europa pós-Segunda Guerra, isto é, em plena</p><p>Guerra Fria, com o aumento do poder da URSS e de seus satélites.</p><p>b) a Europa no início do século XX, com os impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e</p><p>Otomano e as potências como a França e Reino Unido; o Mapa 2 mostra a divisão política</p><p>após a Primeira Guerra, com surgimento de novos países a partir do fim desses impérios.</p><p>c) todos os países envolvidos na Guerra dos 7 anos, entre 1756 e 1763, na Europa: França e</p><p>Espanha de um lado e, Inglaterra e Portugal, de outro; Mapa 2 mostra os países da OTAN e</p><p>do Pacto de Varsóvia, blocos militares surgidos no contexto da Guerra Fria.</p><p>d) as transformações geopolíticas das decisões do Congresso de Viena em 1814-1815,</p><p>reduzindo os territórios dos perdedores, como a França; o Mapa 2 mostra o resultado político</p><p>da vitória dos Aliados na Segunda Guerra, como a URSS, a Inglaterra, a França e a Polônia.</p><p>e) o momento final do processo de unificação da Alemanha, na segunda metade do século</p><p>XIX, com a formação do Segundo Reich; o Mapa 2 mostra a Europa no final dos anos 1970,</p><p>com a queda do Muro de Berlim e as repercussões do fim do avanço soviético.</p><p>Comentário</p><p>Essa é uma questão gostosinha de fazer. Demanda um estudo de como as relações políticas se</p><p>expressam nos territórios. O Mapa 1 é de antes da Guerra e o 2 é de depois da guerra.</p><p>Mas Ale, como eu iria saber disso?</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>23</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Pois, é, meus caros Bixos, você teria que saber sim! E você memorize isso: uma dos principais</p><p>consequências da 1ª. Guerra Mundial foi a fragmentação dos velhos Impérios e a formação de Novas</p><p>Repúblicas. Bota isso no seu post it!!</p><p>Então, ao analisarmos as alternativas, a única que</p><p>caracteriza corretamente o mapa 1 e 2 é a alternativa B.</p><p>de modo a demonstrar que eles apresentam as</p><p>mudanças ocorridas no território europeu devido à</p><p>ocorrência da Primeira Grande Guerra e seus Tratados</p><p>de Paz.</p><p>As demais todas caracterizam incorretamente.</p><p>Gabarito: B</p><p>2. CONSEQUÊNCIAS</p><p>DA 1ª GUERRA MUNDIAL</p><p>O mundo pós 1ª Guerra Mundial tornou-se muito diferente do que era. Contudo, muitos</p><p>assuntos que causaram a guerra continuaram pendentes, como por exemplo, o desequilíbrio de</p><p>poder entre os países europeus, com uns se sobrepondo a outros, seguido de uma grande</p><p>rivalidade entre eles. Aliás, a paz imposta pelo Tratado de Versalhes intensificou esse quadro de</p><p>nacionalismos e rivalidades. Portanto, e infelizmente, essa não foi a “guerra para acabar com todas</p><p>as Guerras” como imaginou o presidente dos EUA, Woodrow Wilson.</p><p>As consequências econômicas foram terríveis. Nos locais onde as batalhas foram travadas,</p><p>o cenário era de destruição e desolação. De fato, a Europa continental perdeu uma parte</p><p>importante da sua estrutura produtiva, como portos, pontes, estradas, plantações, fábricas e</p><p>edifícios. Os gastos de guerra somavam dívidas imensas.</p><p>O desânimo, a desolação e a desesperança eram a marca emocional daqueles anos. Afinal,</p><p>para que tinha servido toda tecnologia e invenção do século XIX? Qual era o progresso e qual o</p><p>sentido da palavra vitória quando, na prática, estavam todos muito perdidos?</p><p>Do ponto de vista político, o pós 1ª Guerra foi um momento de avanço do republicanismo</p><p>no mundo. As fronteiras nacionais, na Europa, foram reorganizadas e surgiram novos países –</p><p>todos republicanos. Observe o mapa e compare com o mapa do início da aula.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>24</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Europa após a 1a. Guerra Mundial</p><p>- Novos países</p><p>Ainda sobre as</p><p>consequências políticas,</p><p>queridos e queridas, quero que</p><p>vocês guardem que a proposta</p><p>de criação de uma organização</p><p>supranacional com o objetivo de</p><p>resolver diplomaticamente as</p><p>disputas internacionais, a fim de</p><p>atingir a segurança e a paz</p><p>mundiais, foi concretizada. Isso</p><p>deu origem a chamada Liga das</p><p>Nações, em 28 de abril de 1919</p><p>– há 100 anos. No entanto,</p><p>alguns obstáculos foram</p><p>colocados nesse caminho.</p><p>Um deles foi o fato de os</p><p>EUA nunca terem ratificado sua</p><p>participação nessa organização.</p><p>Com isso, a Liga das Nações não reuniu forças políticas suficientes e necessárias para cumprir com</p><p>seus objetivos. Isso ficará claro para você quando estivermos estudando os momentos que</p><p>antecederam a 2ª Guerra Mundial, lembre-se disso, ok!</p><p>Outra organização de fundamental importância que surgiu nesse contexto – e que continua</p><p>atuando firmemente até hoje – foi a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Hoje a OIT é</p><p>uma agência especializada da ONU. Veja as palavras da própria organização:</p><p>“Fundada em 1919 para promover a justiça social, a Organização Internacional do</p><p>Trabalho (OIT) é a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual</p><p>representantes de governos, de organizações de empregadores e de trabalhadores de</p><p>187 Estados-membros participam em situação de igualdade das diversas instâncias da</p><p>Organização.</p><p>A missão da OIT é promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter</p><p>acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade,</p><p>segurança e dignidade. Para a OIT, o trabalho decente é condição fundamental para a</p><p>superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da</p><p>governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável.”1</p><p>1 Disponível em:https://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/lang--pt/index.htm.Acesso em 16-09-2019.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>25</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Por fim, e não menos importante, é a mudança cultural que uma guerra é capaz de gerar,</p><p>porque elas quebram imaginários e colocam à prova as mentalidades. A realidade entra em</p><p>choque com as velhas certezas. A cultura muda!</p><p>No caso da 1ª Guerra Mundial, podemos falar dos papeis sociais do homem e da mulher.</p><p>Aquele era tido como um herói e essa era tida como frágil. A ele o papel externo à casa, a ela o</p><p>papel de cuidadora e organizadora do lar.</p><p>Mas a 1ª. Guerra Mundial, e</p><p>mesmo a 2ª. Guerra mundial, colocou</p><p>em conflito essas imagens. Primeiro, as</p><p>mulheres tomaram parte em diversas</p><p>atividades no chamado “esforço de</p><p>guerra” nas tarefas que já realizavam,</p><p>como enfermagem, telefonistas,</p><p>cozinheiras. Segundo elas passaram a</p><p>ocupar funções que originalmente</p><p>eram realizadas pelos homens,</p><p>sobretudo, nas fábricas. Assim, a</p><p>guerra favorece a emancipação feminina,</p><p>ainda que indiretamente, porque a coloca</p><p>no espaço público, fora da sua casa, com novas e maiores preocupações, como: como acabar com</p><p>a guerra?</p><p>Efetivamente, foram as mulheres a vanguarda dos movimentos de contestação da guerra.</p><p>Veja o que disse um delegado da política russa:</p><p>As mães de família, esgotadas por permanecerem horas intermináveis nas portas das</p><p>loas, acabrunhadas com a visão dos filhos esfomeados e doentes, talvez esteja agora</p><p>muito mais perto da revolução [...].</p><p>Assim, mudança cultural é fruto de uma série de novas situações geradas pela guerra:</p><p>✓ mulheres mais ativas economicamente;</p><p>✓ politicamente mais participativas;</p><p>✓ Transformação no mundo do trabalho, que absorve essa mão de obra feminina por</p><p>meio de intensificação de atividades que já realizava, por substituição temporária à</p><p>mão de obra masculina e a criação de novos espaços e novas funções.</p><p>Nesse sentido, o movimento sufragista feminino, ganha novos contornos e mais adesão</p><p>tanto de mulheres quanto de alguns aliados masculinos importantes.</p><p>Mulheres trabalhando em uma fábrica de armas, 1915.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>26</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>➔ Dica de filme:</p><p>As Sufragistas (Reino Unido, 2015; Sarah Gavron): No início do século XX, após</p><p>décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de</p><p>voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação,</p><p>quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos</p><p>políticos locais à causa.</p><p>Cavalo de Guerra (EUA, 2012; Steven Spielberg): Ted Narracot (Peter Mullan) é um</p><p>camponês destemido e ex-herói de guerra. Com problemas de saúde e bebedeiras,</p><p>batalha junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho Albert (Jeremy Irvine) para</p><p>sobreviver numa fazenda alugada, propriedade de um milionário sem escrúpulos</p><p>(David Tewlis). Cansado da arrogância do senhorio, decide enfrentá-lo em um leilão</p><p>e acaba comprando um cavalo inadequado para os serviços de aragem nas suas</p><p>terras. O que ele não sabia era que seu filho estabeleceria com o animal uma conexão</p><p>jamais imaginada. Batizado de Joey pelo jovem, os dois começam seus treinamentos</p><p>e desenvolvem aptidões, mas a 1ª Guerra Mundial chegou e a cavalaria britânica o</p><p>leva embora, sem que Albert possa se alistar por não ter idade suficiente. Já nos</p><p>campos de batalha e durante anos, Joey mostra toda a sua força e determinação,</p><p>passando por diversas situações de perigo e donos diferentes, mas o destino</p><p>reservava para ele um final surpreendente.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>27</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>3. A REVOLUÇÃO RUSSA</p><p>A Revolução Russa não é um assunto muito cobrado nas provas de Vestibular, quando</p><p>aparece, é abordado de maneira clássica: causas, consequências, influências e comparação com</p><p>outras revoluções – como a puritana, na Inglaterra do século XVII, e a francesa, no século XVIII.</p><p>Guarde alguns pontos relevantes os quais você precisa estabelecer correlações:</p><p>1. O século XX, sobretudo, após a 2ª Guerra Mundial foi marcado por disputas entre a</p><p>Rússia, transformada em União das repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), e os EUA,</p><p>ou seja, entre capitalismo e socialismo, dentro do contexto da Guerra Fria.</p><p>2. A Revolução Russa tem caráter socialista,</p><p>diferentemente da Francesa que tem</p><p>caráter liberal.</p><p>3. Ela inspirou muitos movimentos socialistas no século XX.</p><p>4. O fim da URSS se dá em 1991 com a fragmentação dessa organização político-</p><p>territorial.</p><p>3.1 – ANTECEDENTES</p><p>Alguns pontos explicam o desencadeamento dos conflitos sociais que levaram à Revolução</p><p>Russa. Vejamos um quadro sintético do desenrolar dos fatos.</p><p>Para participar da 1ª. Guerra, o Governo russo mobilizou cerca de 13 milhões de soldados.</p><p>Mas as condições da participação eram péssimas. Não havia condições materiais e econômicas</p><p>ara essa participação. Diferentemente do restante dos países da Europa, nos quais houve certa</p><p>atraso econômico:</p><p>"gigante de pés de</p><p>barro"</p><p>Péssimas condições</p><p>de vida: FOME NO</p><p>CAMPO</p><p>Tensão de classes</p><p>entre camponeses e</p><p>aristocracia/nobreza</p><p>Industrialização</p><p>tardia com capital</p><p>estrangeiro(S.</p><p>Petersburgo, Kiev,</p><p>Moscou, Odessa)</p><p>Muita exploração +</p><p>maior organização</p><p>sindical</p><p>Criação dos</p><p>Soviéts</p><p>Derrota na Guerra</p><p>contra o Japão por</p><p>controles de áreas</p><p>na China</p><p>Agravamento das</p><p>condições de vida e</p><p>aumento da</p><p>insatisfação</p><p>popular</p><p>Revolta de</p><p>1905: o ensaio</p><p>da revolução</p><p>Revolta do</p><p>encouraçado</p><p>Potemkin -</p><p>instisfação no setor</p><p>militar</p><p>Promessa de</p><p>Reformas liberiais</p><p>(que nunca</p><p>vieram)</p><p>Entrada da Rússia</p><p>na 1a. Guerra</p><p>Mundial</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>28</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>alegria e entusiasmo com o início da guerra, na Rússia a população sempre foi desconfiada e a</p><p>maioria foi obrigada a ir para a guerra.</p><p>Em dois anos de combate, os resultados eram os piores possíveis: 3 milhões de mortos, 2</p><p>milhões de feridos e mutilados. A fome nas cidades era crescente e absurda. Então, a opinião</p><p>pública e o povo acreditavam que a culpa pelos problemas sociais erado Czar (imperador)</p><p>chamado de “czar-fome”.</p><p>Assim, greves, manifestações contra a guerra e um amplo movimento de deserção tornou</p><p>insustentável a participação da Rússia na Guerra e a continuidade da monarquia absolutista dos</p><p>Romanov. As manifestações cresciam a cada dia e eram apoiadas por amplos setores da</p><p>sociedade, inclusive pelo Exército – que desobedecia a ordens de reprimir a população.</p><p>3.2 – DO FIM DO CZARISMO À ASCENSÃO DOS BOLCHEVIQUES</p><p>Historiadores especialistas em história da revolução Russa costumam dividir o processo</p><p>revolucionário em 3 fases:</p><p>No ápice da insatisfação popular, por meio dos sovietes (órgãos coletivos de participação</p><p>popular) e do Partido Social Democrata Russo, em 15 de Março de 1917, toda a oposição</p><p>(socialistas, liberais, democratas, republicanos) organizou e participou de uma grande</p><p>manifestação que invadiu o Palácio do Governo, prendeu toda a Família do czar. Em seguida:</p><p>✓ Instalou um Governo Provisório – liderado pela ala moderada do Partido Social</p><p>Democrata (os mencheviques);</p><p>✓ Proclamou a República;</p><p>✓ Convocou eleições para a Assembleia Constituinte.</p><p>Algumas medidas foram tomadas pelo Governo Provisório:</p><p>• Revolução</p><p>Liberal</p><p>Fevereiro de</p><p>1917</p><p>• Revolução</p><p>Socialista</p><p>Novembro de</p><p>1917</p><p>• Guerra civil:</p><p>exercito</p><p>vermelho</p><p>versus exército</p><p>branco</p><p>1918-1920</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>29</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>No entanto, a principal medida continuava em aberto: tirar a Rússia da Guerra. Além disso,</p><p>não houve uma resposta rápida do governo para o problema da fome e das terras. A população</p><p>queria o fim da servidão no campo, bem como, a distribuição de terras em pequenas propriedades</p><p>para que cada família produzisse e, assim, amenizasse a fome.</p><p>Nesse contexto, o grupo dos socialistas radicais, ou comunistas, chamados de</p><p>bolcheviques, começou uma crítica mais contundente ao sistema político e a necessidade de uma</p><p>revolução socialista. Os bolcheviques passaram a apontar a ideia de que o problema da fome e</p><p>da Guerra era sistêmico e, por isso, a solução seria ampliar a Revolução no sentido de derrubar</p><p>não apenas o Governo, mas as estruturas do Sistema vigente na Rússia (uma mescla de relações</p><p>feudais no campo, com relações capitalistas em centros urbanos; em outras palavras, um</p><p>capitalismo atrasado).</p><p>Foi isso que ocorreu. Com a palavra de ordem “Pão, Paz e Terra” o Partido Bolchevique</p><p>traduzia para a população sua proposta de coletivização das terras, fim da propriedade privada e</p><p>dos privilégios de classe social (elementos que eram muito profundos na sociedade semi-feudal</p><p>da Rússia). Com isso, o partido bolchevique, que era uma minoria em meados de 1917, tornou-se</p><p>maioria de fato na sociedade. Além disso, os bolcheviques passaram a receber apoio de ampla</p><p>parcela das forças armadas.</p><p>O partido Bolchevique também tinha uma proposta diferente para governar a Rússia:</p><p>seriam substituídos o governo provisório e o Parlamento por uma Nova estrutura: Um Conselho</p><p>de Sovietes composto por representantes dos operários (trabalhadores urbanos) e de</p><p>camponeses.</p><p>Para que você entenda, querido e querida, soviete era uma espécie de conselho popular. Cada</p><p>bairro, fábrica, escola, região camponesa, batalhão do exército e da marinha, entre outros, instalou</p><p>um soviete que tinha por objetivo organizar localmente sua luta política. Então, era como se fosse</p><p>um governo local, mas formado pelos próprios trabalhadores, soldados e camponeses. Eles</p><p>escolhiam representantes que deveriam fazer apenas o que o soviete determinasse coletivamente.</p><p>E se o representante não fizesse, poderia perder sua função de representante - a isso, eles deram</p><p>o nome de “representante com mandato revogável a qualquer momento”, eram os comissários</p><p>do povo!</p><p>Reduçao da Jornada de Trabalho para 8 horas</p><p>Anistia aos presos políticos (isso permitiu a volta de</p><p>vários líderes que tinham sido expulsos ou fugido do país)</p><p>Direitos civis, como: iberdade de expressão,de imprensa</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>30</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Percebe como essa estrutura de poder é diferente da estrutura liberal que conhecemos com</p><p>eleições de deputados e governos escolhidos periodicamente sob os quais a sociedade não tem</p><p>controle direto?</p><p>Então, no meio da crise política, econômica e social marcada em especial pela fome, foram os</p><p>sovietes que resolveram grande parte desses problemas em nível local e/ou específico. Por isso,</p><p>naquele contexto, a população reconhecia mais o poder, a eficiência do soviete do que do</p><p>governo.</p><p>Então, a proposta do Partido Bolchevique era substituir a velha forma de governar, por uma outra,</p><p>de democracia mais direta porque pressupunha um controle direto da população sobre as</p><p>decisões tomadas coletivamente e, consequentemente, sobre os comissários do povo.</p><p>Assim, em 07 de Novembro de 1917, liderados por Vladmir Lênin e Leon Trotsky, os</p><p>bolcheviques ocuparam posições estratégicas da cidade de Petrogrado, sede do Governo</p><p>Provisório e depuseram o Governo Provisório. Naquele momento, os representantes de todos os</p><p>sovietes da Rússia se reuniram, no Palácio do Governo e instalaram o chamado “Conselho dos</p><p>Comissariados do Povo” e começaram o processo de socialização da política e da economia</p><p>russas.</p><p>Veja as primeiras medidas tomadas pelo Conselho:</p><p>No plano econômico, Lênin idealizou a chamada Nova Política Econômica, cuja sigla NEP</p><p>deriva do original em russo. Tratava-se de uma série de medidas que mesclaram práticas</p><p>capitalistas com práticas socialistas. Os princípios da NEP baseavam-se em estabelecer liberdade</p><p>de comércio interno, liberdade de salário aos trabalhadores, autorização para o funcionamento</p><p>de empresas particulares e permissão de entrada de capitais estrangeiros para a reconstrução do</p><p>país. Com tais medidas, a iniciativa privada voltou a explorar pequenos núcleos agrícolas,</p><p>industriais e comerciais.</p><p>A Nova Política Econômica vigorou até 1928, quando Stalin passou a utilizar os planos</p><p>quinquenais</p><p>que visavam a industrialização rápida da União Soviética.</p><p>Pedido de Paz Imediata: Tratado de Paz de Brest-Litovsky</p><p>Confisco da terra e distribuição entre os camponeses</p><p>Nacionalização e estatização da economia</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>31</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>A Revolução Russa provocou o isolamento da Rússia e o apoio dos setores estrangeiros à</p><p>oposição interna à Revolução. Com isso, entre 1917 e 1918 ocorreu uma guerra civil. Contudo,</p><p>nesse momento, a ampla maioria da população concordava plenamente com a Revolução e, por</p><p>isso, empenharam-se em derrotar o chamado exército branco. De fato, isso promoveu a formação</p><p>do mais numeroso e radical exército que a Europa havia conhecido desde a Era Napoleônica.</p><p>É fato que a notícia e o exemplo da revolução se espalharam pela Europa e, logo depois</p><p>do fim da 1ª. Guerra, muitas repúblicas novas que surgiram no leste europeu acabaram aderindo</p><p>ao modelo de governo dos sovietes. Outras que estavam nas fronteiras da Rússia também</p><p>seguiram caminho parecido.</p><p>Assim, em Dezembro de 1922, ocorreu um Congresso de várias repúblicas soviéticas que</p><p>resolveram se juntar e formar a conhecida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).</p><p>Nesse momento, a URSS era formada por:</p><p>✓ Rússia</p><p>✓ Ucrânia</p><p>✓ Uzbequistão</p><p>✓ Turcomenistão</p><p>✓ Tadjiquistão</p><p>A história do desenvolvimento da revolução é longa e muito contraditória, já que o modelo</p><p>dos sovietes acabou sendo substituído por um regime de partido único e com muitas restrições</p><p>de liberdade, sobretudo, a partir do momento em que Josef Stalin assume o controle do partido</p><p>bolchevique e da Rússia, após a morte de Lenin e a expulsão de Trotsky da URSS. Para vocês</p><p>terem uma ideia, grande parte dos líderes da revolução russa foram perseguidos, presos ou</p><p>mortos a mando de Stalin. O exemplo mais contundente é o da perseguição e do assassinato de</p><p>Leon Trotsky. Bem, essa história toda veremos em outro momento! Para efeitos de prova, o que</p><p>vimos aqui é mais que suficiente. Deixo uma dica de um bom livro que nos apresenta uma boa</p><p>noção do que foi a URSS sob o comando de Stalin e quais as polêmicas entre ele e Trotsky.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>32</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>(Estratégia Vestibulares/profe. Alê Lopes/2022)</p><p>Vista popularmente como guerra contra todos os privilégios, a ideologia prática da</p><p>Revolução Russa devia menos a Marx – cujas obras mal eram conhecidas pelas massas</p><p>semianalfabetas – e mais aos costumes igualitários e anseios utópicos do campesinato. Muito</p><p>antes de ser escrita por Marx, o povo russo vivera segundo a ideia de que o excesso de</p><p>riqueza era imoral, que toda propriedade era roubo e que o trabalho manual era a única</p><p>fonte verdadeira de valor.</p><p>(FIGES, Orlando. Uma história cultural da Rússia. Rio de Janeiro: Record, 2017, p.528)</p><p>O impulso popular presente no processo revolucionário russo foi sintetizado em uma palavra</p><p>de ordem específica cuja tradução é</p><p>a) paz, pão e terra.</p><p>b) todo poder aos sovietes.</p><p>c) proletariado do mundo, uni-vos.</p><p>d) ditadura do proletariado.</p><p>e) se não tem pão, que comam brioches.</p><p>Comentários</p><p>a) correto, pois, diante da participação da Rússia na 1ª Guerra Mundial, da fome e da</p><p>concentração latifundiária, os bolcheviques elaboraram uma palavra de ordem (um slogan)</p><p>que desse conta de sintetizar os sentimentos e as necessidades que os russos precisavam</p><p>naquele momento. A palavra de ordem “paz, pão e terra” atendia aos anseios populares e</p><p>passou a ser usada para mobilizar em direção à revolução comunista.</p><p>b) errado, pois esta foi uma palavra de ordem de “vanguarda”, utilizada durante o governo</p><p>provisório de Kerensky, o qual queria suprimir o poder popular e a mobilização dos</p><p>trabalhadores em curso. Para evitar um “contragolpe” no processo revolucionário, os</p><p>bolcheviques passaram a defender que o governo deveria ser liderado pelos sovietes, isto é,</p><p>os conselhos populares formado por trabalhadores.</p><p>c) falso, pois esta foi a bandeira da Internacional Comunista a partir do que Marx e Engels</p><p>escreveram no Manifesto do Partido Comunista.</p><p>d) errado, pois “ditadura do proletariado” não é uma palavra de ordem de mobilização das</p><p>massas russa. Trata-se de forma de regime político que os bolcheviques queriam construir</p><p>assim que tomaram o poder, isto é, um governo conduzido por proletários, sem</p><p>representantes burgueses.</p><p>e) falso, pois esta foi uma frase supostamente atribuída à Maria Antonieta, às vésperas da</p><p>Revolução Francesa.</p><p>Gabarito: A</p><p>(Estratégia Vestibulares/2021/profe. Alê Lopes)</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>33</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>O primeiro ano do governo proletário, Aleksander Apsit, 1918. Disponível em Hoover</p><p>Institution Archives, Stanford.</p><p>O cartaz O primeiro ano do governo proletário foi confeccionado pelo artista russo</p><p>Aleksander Apsit (1880-1943). Ele faz referência ao primeiro aniversário da Revolução Russa</p><p>de 1917 e tem como figuras centrais vários trabalhadores segurando bandeiras e lenços</p><p>vermelhos. A partir da leitura do cartaz e do seu contexto histórico, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>a) A Revolução Russa foi deflagrada graças a uma aliança entre proletários e nobreza feudal</p><p>que se viam prejudicados pelo absolutismo do czar. De forma celebrativa, o cartaz retrata o</p><p>momento em que a revolução destruiu as fábricas de propriedade da monarquia russa.</p><p>b) Em outubro 1917, os bolcheviques tomaram o poder na Rússia e instalaram a ditadura do</p><p>proletariado. O cartaz comemora este evento e exibe os elementos chave da propaganda</p><p>revolucionária, como as bandeiras vermelhas, a foice e o martelo.</p><p>c) Devido aos desdobramentos da Revolução de 1917, a Rússia teve de se retirar dos conflitos</p><p>da Segunda Guerra Mundial. O cartaz representa o retorno das tropas russas que se uniram</p><p>a revolução em um momento que os proletários estavam prestes a ser massacrados.</p><p>d) Em fevereiro de 1917, a monarquia foi derrubada por um movimento composto por</p><p>diferentes grupos sociais: bolcheviques, mencheviques, socialistas revolucionários,</p><p>anarquistas e populistas. O cartaz é uma homenagem aos heróis desse evento que inaugurou</p><p>o primeiro governo revolucionário.</p><p>Comentários</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>34</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>Está claro que o tema da questão é Revolução Russa, ocorrida em 1917, portanto também</p><p>já sabemos espaço e tempo. Para refrescar sua memória, vamos lembrar algumas coisas. O</p><p>cartaz feito por Apsit foi feito a pedido do primeiro governo liderado pelos bolcheviques</p><p>após outubro daquele ano. É interessante reparar que as figuras centrais na imagem são</p><p>trabalhadores que foram protagonistas na revolução. O novo governo era de orientação</p><p>marxista, sob a liderança de Vladmir Lênin, e tinha como objetivo instalar a ditatura do</p><p>proletariado e dar início ao processo de desestruturação do capitalismo e implantação do</p><p>comunismo. Não à toa, os trabalhadores representados no cartaz comemorativo carregam</p><p>bandeiras vermelhas e instrumentos que representam a classe operária, como martelo, a</p><p>foice e seus trajes de trabalho. Ainda, é possível observar que as duas figuras principais estão</p><p>pisando em alguns objetos que eram considerados símbolos da monarquia e do capitalismo</p><p>como a coroa e outros itens da casa imperial russa.</p><p>A revolução que ocorreu em 1917 fazia parte um processo revolucionário mais amplo que</p><p>vinham ocorrendo no país desde os primeiros anos do século XX. Até então, a Rússia era</p><p>uma monarquia absolutista governada por um Czar (rei) aliado a uma aristocracia agrária.</p><p>Tratava-se de um país fundamentalmente rural dedicado a exportação de grãos</p><p>para outras</p><p>nações. As relações de trabalho eram definidas pela servidão, aquela mesma que estudamos</p><p>no período feudal, durante a Idade Média. O trabalhador, ou melhor, servo estava fixado à</p><p>terra por meio de laços pessoais com o proprietário que deveria garantir sua alimentação e</p><p>proteção em troca de trabalho. A servidão acabou em 1861, contudo não representou uma</p><p>mudança social significativa, pois a maioria do povo continuou vivendo na pobreza e tendo</p><p>que recorrer à aristocracia agrária para conseguir trabalho. Por outro lado, o Império Rússia</p><p>havia perdido um importante conflito com o Japão. Entre o fim do século XIX e início do XX,</p><p>partidos operários e social democratas foram fundados defendo reformas sociais. Nos dois</p><p>anos que precederam 1917, houve uma efervescência cultural na arte, na música e,</p><p>especialmente, na literatura que atendia aos interesses nacionalistas, mas ao mesmo tempo</p><p>incomodava o governo que impedia a livre manifestação de grupos mais ousados. Também</p><p>as minorias étnicas que manifestavam seu descontentamento eram duramente reprimidas</p><p>pelo governo russo. Os movimentos nacionalistas se ressentiam dos obstáculos impostos</p><p>pelo governo às minorias, para terem acesso a habitação e trabalho. Alguns grupos, como</p><p>os judeus, foram vítimas de campanhas coletivas de violência, com ataques a suas residências</p><p>e atividades econômicas.</p><p>Em 1905, os movimentos que exigiam reformas políticas cresceram. Apesar da forte</p><p>repressão do exército fiel ao czar, a situação tornava-se cada dia mais incontornável. Em</p><p>janeiro daquele ano, cerca de 200 mil pessoas realizaram uma manifestação e pretendiam</p><p>apenas entregar ao czar as suas reivindicações. No entanto, foram recebidas com extrema</p><p>violenta pelas forças de Nicolau II, que atiraram nos manifestantes causando um massacre</p><p>que ficou conhecido como Domingo Sangrento. Isso despertou uma série de protestos,</p><p>inclusive entre os oficiais do exército. No campo, os camponeses queimavam casas das</p><p>fazendas em represália à suas condições de vida e trabalho. Diante da pressão popular, o</p><p>czar implementou mudanças que tornavam o regime mais brando, como a adoção de um</p><p>parlamento, a Duma. Porém, não teve o efeito desejado. As Dumas eleitas entre 1905 e 1912</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>35</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>não tinham a autonomia que se imaginava e não ofereceram respostas às crises política e</p><p>econômica que atingiam o Império Russo. Os descontentamentos sociais cresceram e a</p><p>entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial, que de início alimentara o fervor patriótico,</p><p>começou a ruir o país, com a grave crise que já estava em andamento. Esse processo</p><p>culminou com as revoluções de fevereiro e de outubro de 1917. Agora que você está por</p><p>dentro do contexto, vejamos qual das alternativas é a correta:</p><p>Incorreta. Como disse no comentário, a nobreza não estava aliada aos trabalhadores</p><p>revolucionários. Pelo contrário, a aristocracia russa estava associada ao czar e buscou</p><p>combater os movimentos que reivindicavam reformas sociais e políticas. Além disso, as</p><p>fábricas não eram de propriedade da monarquia, mas sim de uma burguesia minoritária e de</p><p>parte da nobreza.</p><p>Correta! O Partido Social Democrata Russo, fundado em 1902, era dividido em suas facções:</p><p>os bolcheviques (trabalhadores), de tendência radical, e os mencheviques (pequeno-</p><p>burgueses e profissionais liberais), com feições moderadas. Ao lado dos membros do Partido</p><p>Operário Social-Revolucionário Russo, de anarquistas, populistas e parte do exército, esses</p><p>grupos participaram de um primeiro momento revolucionário em fevereiro de 1917, que</p><p>derrubou o czar e instalou um governo provisório liderado pelos mencheviques. Contudo, os</p><p>rumos catastróficos da guerra, a consolidação e a radicalização das reivindicações dos soviets</p><p>(conselhos de trabalhadores que coordenavam o movimento) e a miséria do país levaram o</p><p>novo governo a perder cada vez mais popularidade. Paralelamente, os bolcheviques iam se</p><p>tornando mais populares e numerosos. Eles exigiam a retirada da Rússia da guerra, a</p><p>realização da reforma agrária e o fortalecimento dos soviets. Em outubro, os bolcheviques</p><p>tomaram pontos estratégicos e partiram para atacar o Palácio de Inverno, onde estava</p><p>sediado o governo menchevique. Uma grande parte das tropas militares, assim como os</p><p>marinheiros da frota do Báltico, juntaram-se aos “guardas vermelhos”, uma milícia</p><p>revolucionária formada por operários e organizada a partir das fábricas. Com apoio dessas</p><p>forças, Lênin foi escolhido para presidir o governo bolchevique da Rússia. Logo uma série de</p><p>medidas foi tomada: as terras da aristocracia e da Igreja foram confiscadas; a propriedade</p><p>privada dos meios de produção (terras, minas e fábricas) foi abolida e transferida para o</p><p>controle do Estado, assim como o comércio exterior e o sistema financeiro; o governo</p><p>revolucionário decretou a liberdade de expressão, de imprensa e de greve; os juízes</p><p>passaram a ser eleitos pelo povo, assim como as empresas geridas pelos trabalhadores por</p><p>meio de eleições. Em 1918, Aleksander Apsit foi contratado pelo governo para produzir o</p><p>cartaz acima para celebrar esses acontecimentos.</p><p>Incorreta. De fato, em 1918, a Rússia acabou se retirando da Primeira Guerra em decorrência</p><p>da Revolução de 1917, contudo isso foi uma decisão do novo governo bolchevique liderado</p><p>por Lênin. Portanto, não tinha como as tropas que retornavam ajudar na revolução, pois ela</p><p>já havia ocorrido. De qualquer forma, como disse acima, muitos setores do exército</p><p>participaram do movimento em momentos anteriores.</p><p>Incorreta. Realmente, esses grupos participaram da revolução de fevereiro de 1917 para</p><p>derrubar a monarquia russa. Todavia, o cartaz não comemora esse evento, mas sim a</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>36</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>revolução de outubro do mesmo ano e a instalação do governo soviético, liderado pelos</p><p>bolcheviques.</p><p>Gabarito: B</p><p>Bem, queridas e queridos alunos chegamos ao final da nossa aula sobre a 1ª Guerra Mundial</p><p>e a Revolução Russa, entendida como consequência imediata daquele contexto!</p><p>É isso, fico por aqui. Você segue até a última questão. Aproveita TODAS as QUESTÕES,</p><p>pois fizemos observando cada detalhe para fazer você mentalizar, aprender a responder à questão</p><p>sem escorregar nas artimanhas do examinador. E não deixe de fazer o seu controle de</p><p>temporalidade.</p><p>Gabaritar história não é só saber o conteúdo é ser safo para adotar as melhores</p><p>ESTRATEGIAS para responder cada questão!</p><p>Espero por você no Fórum de Dúvidas, se elas aparecerem!</p><p>Um beijo, um abraço apertado e um suspiro dobrado de amor sem fim!</p><p>Alê</p><p>4. LISTA DE QUESTÕES</p><p>(ENEM DIGITAL 2020) 4000092003</p><p>“A década que se segue ao fim da guerra constitui praticamente uma continuação desta</p><p>com a acomodação difícil de seus resultados. A ruptura do sistema internacional com a Revolução</p><p>Soviética, a ascensão dos Estados Unidos, o recuo da Europa e o início da contestação anticolonial</p><p>marcam uma década que para muitos foi de pessimismo e para alguns de ilusão, que bruscamente</p><p>se encerra com a quebra da bolsa de Nova Iorque. Com a crise de 1929 terá início a preparação</p><p>de uma nova guerra mundial”.</p><p>VIZENTINI, P. G. F. Primeira Guerra Mundial. Porto Alegre: UFRGS, 2006 (adaptado).</p><p>Os eventos mencionados no texto contribuíram fortemente para a ascensão de regimes</p><p>propensos a um novo conflito armado, pois</p><p>a) perturbaram a dinâmica de equilíbrio demográfico.</p><p>Profe Alê Lopes</p><p>Estratégia Vestibulares – Aula 16 – História Contemporânea IV</p><p>37</p><p>150</p><p>AULA 16: História Contemporânea IV</p><p>b) dificultaram a adesão a ideologias de viés socialista.</p><p>c) favoreceram a ascensão de grupos anarquistas ao poder.</p><p>d) corroeram a crença na legitimidade das democracias liberais.</p><p>e) deterioraram a confiança no salvacionismo</p>