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<p>Universidade Federal de Pernambuco</p><p>Curso: Ciências Biológicas</p><p>Disciplina: Biogeografia</p><p>Docente: Profa. Dra. Risoneide Henriques da Silva</p><p>APS- DISPERSÃO, EXTINÇÃO E ESPECIAÇÃO</p><p>Orientações: Para a realização desta atividade utilize como material bibliográfico o capítulo 8 e 9 do livro base da disciplina de biogeografia.</p><p>Responda às questões a seguir:</p><p>1. O que é Dispersão? Cite exemplos.</p><p>Dispersão pode ser vista como o padrão individual da distribuição espacial, das movimentações de indivíduos pertencentes a dada população local, ou simplesmente, o movimento dos organismos para fora de seus pontos de origem, pois foram capazes de ultrapassar determinada barreira e se dispersar para outras áreas. Existem muitos fatores que corroboram para a ocorrência desse tipo de processo como pressões intrapopulacionais, modificações ambientais ou simplesmente o acaso.</p><p>Exemplo disso, são as borboletas Monarcas (Danaus plexippus) e algumas libélulas (Anax), que realizam sua migração para o sul dos EUA e o centro do México, ambas capazes de percorrerem longas distâncias, durante dias.</p><p>2. Quais os diferentes tipos de eventos de dispersão encontrados na natureza? Cite exemplos.</p><p>Para que seja possível a fixação e amplitude das espécies ao longo do globo, é necessário que elas tenham alguns requisitos:</p><p>· capaz de viajar para uma nova área</p><p>· resistir a condições desfavoráveis ao longo do processo de dispersão</p><p>· estabelecer populações viáveis após a sua chegada</p><p>Sabendo disso, os tipos de eventos de dispersão são os seguintes:</p><p>A) Salto de dispersão: neste caso os eventos de dispersão são de longas amplitudes. Desta forma, os organismos são capazes de povoar novas regiões distantes de seus locais de origem, devido a eventos espaçados de dispersão. Não irá ocorrer de forma gradual e contínua, mas sim em saltos, devido à ação de eventos raros ou condições específicas ao qual permite que esses indivíduos saltem de um local para outro.</p><p>Processo capaz de explicar a presença de animais em ilhas como é o caso da Krakatoa ou Galápagos. → um ou poucos indivíduos, dentro de um curto período da sua vida.</p><p>B) Difusão: neste caso a expansão é com amplitude lenta e gradual dos seus locais de origem ou onde já são localizadas, para outro distinto. Por este motivo irá envolver toda uma população e não apenas um indivíduo, ao longo de várias gerações, que se espalham ao longo do tempo para fora do raio de sua amplitude original. Comumente pode ocorrer atrelada ao salto de dispersão, como é o caso da Garça-vaqueira.</p><p>C) Migração Secular: a expansão geográfica é de amplitude lenta, ocorrendo de maneira bem vagarosa, podendo durar centenas de gerações (séculos). Durante a ocorrência desse processo, as espécies vão se diferenciando devido às variações ambientais encontradas nos novos nichos. Tendo como exemplo a invasão de mamíferos na América do Sul durante o Plioceno ou as espécies encontradas nas regiões do velho e novo mundo.</p><p>3. Diferencie os diferentes mecanismos de movimento nos processos de dispersão e cite exemplos.</p><p>A) Dispersão Ativa: esse tipo de dispersão ocorre quando o indivíduo locomove-se por conta própria, sem a ação de agentes físicos, para outras regiões. Não são todos os organismos que são capazes de percorrer longas distâncias, sem a ação de agentes físicos, mas apenas com a sua força própria, contudo temos como exemplo claro disso os grandes voadores (aves, morcegos, grandes insetos), que apresentam a habilidade de moverem-se sazonalmente ou regularmente por centenas de quilômetros.</p><p>B) Dispersão Passiva: já neste caso, para que ocorra a dispersão, os indivíduos precisam da ação de um facilitador ou precursor que são os agentes físicos (vento, ar, água etc). O modo passivo é mais comumente encontrado entre os modos de dispersão dos organismos, exemplos bem evidentes disso é o que ocorre nas plantas e fungos.</p><p>4. Como os processos de dispersão podem ajudar a explicar a distribuição das espécies em nosso planeta?</p><p>A dispersão é basicamente um processo histórico da trajetória de vida dos organismos, capaz de deixar rastros indiretos do ritmo e da natureza das movimentações realizadas ao longo do tempo, vestígios estes como fósseis. Eventos como modificações ambientais e climáticas ou alterações nas interações ecológicas, podem desencadear tais processos. A distribuição dos organismos reflete a história de seus locais de origem, dispersão e da extinção local. Em alguns casos, pode ser tão restrita e limitada que é capaz de espelhar na localização tanto em seus fósseis quanto nos indivíduos ainda viventes, que é o caso do endemismo ou regiões que apresentam algum tipo de barreira física, como ilhas.</p><p>De forma simplificada a dispersão é capaz de demonstrar a distribuição das espécies ao longo do planeta, seguindo uma trajetória da movimentação histórica dos indivíduos, podendo ser do local de origem para regiões mais distantes ou limitadas a localidades específicas, mas de modo geral, capaz de gerar amplos processos derivados, como é o caso de especiação das espécies ou de povoar regiões com grandes barreiras geográficas, como ocorreu na ilha de Madagascar ou Krakatoa.</p><p>5. Como os processos de especiação e extinção podem ajudar a explicar a distribuição atual e passada das espécies em nosso planeta?</p><p>Os processos de extinção e especiação são capazes de interagir de forma complexa e consequentemente moldar a distribuição das espécies ao longo do tempo no planeta. Neste caso, a especiação irá contribuir no aumento da diversidade genética, uma vez que é responsável por criar novas espécies e alterar os seus padrões de distribuição da diversidade, tendo como exemplo a vicariância e o efeito fundador.</p><p>Por outro lado, a extinção assume o papel de modificar a composição das comunidades e delimitar a distribuição das espécies, uma vez que apesar de diminuir a diversidade também dá oportunidade e espaço para o surgimento de espécies novas. Tendo como exemplo direto da ação conjunta de ambos, a extinção em massa dos dinossauros na era Cenozóica, consequentemente dando possibilidade para a especiação de pequenos roedores.</p><p>Por este motivo, a ação conjunta dessas forças ajuda a exemplificar como o padrão de dispersão e distribuição das espécies se estabeleceu ao longo dos anos até para o que é hoje.</p>

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