PARNASIANISMO

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<p>PARNASIANISMO</p><p>CONTEXTO HISTÓRICO:</p><p>Origem: Surge na Europa na segunda metade do século XIX por volta dos anos 1860, enquanto no Brasil ganha força a partir de 1882 com as "Fanfarras" de Teófilo Dias.</p><p>Movimento literário simultâneo ao Realismo, Naturalismo e Simbolismo</p><p>Segunda Revolução Industrial</p><p>Belle Époque, período de ouro cultural na Europa.</p><p>Reação ao subjetivismo romântico e a arte engajada do Realismo, valorizando a objetividade e a perfeição formal das artes greco-romanas.</p><p>CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS</p><p>Objetivismo e Racionalismo: Enfoque na reprodução do mundo concreto com precisão e clareza, rejeitando o subjetivismo romântico.</p><p>Arte Pela Arte: Recusa da responsabilidade social, focando exclusivamente na perfeição formal e estética, desprezando a abordagem social do Realismo e Naturalismo.</p><p>Culto à Forma: Obsessão pela métrica perfeita, rimas ricas equilíbrio e proporção, e estruturas poéticas elaboradas, influenciadas pela métrica greco-latina.</p><p>Temática Greco-Romana: Inspirado na Antiguidade Clássica e na mitologia grega, buscando temas universais e intemporais.</p><p>Preciosismo vocabular: Predomínio de vocabulário erudito, construção sintática elaborada e uso de métricas fixas como o soneto.</p><p>Estilo: Sobriedade na forma e rejeição ao sentimentalismo, com ênfase na precisão e na clareza da expressão.</p><p>TEMÁTICAS ABORDADAS</p><p>Metalinguagem: Reflexão sobre o próprio fazer poético, o papel do poeta e a estética da arte pela arte.</p><p>Mitologia e História: Referências constantes à mitologia grega e romana, bem como à história clássica.</p><p>Beleza e Perfeição: Exaltação da beleza idealizada, comparando a poesia à escultura clássica.</p><p>Parnasianismo no Brasil:</p><p>Elitismo e Indiferença Social: Refletia a elite brasileira que, durante a Belle Époque, valorizava a aparência e a cultura erudita europeia, ignorando as questões sociais do país.</p><p>Recepção e Temas: Teve mais adesão no Brasil do que na Europa, abordando temas como a mitologia greco-romana e assuntos banais do cotidiano.</p><p>Estilo Linguístico: Rigor linguístico e formalismo, com público leitor restrito às camadas mais privilegiadas da sociedade.</p><p>Temas Intimistas: Exploração de temas como o lirismo amoroso, mas de forma mais filosófica e erótica do que emocionalmente profunda.</p><p>OLAVO BILAC:</p><p>Origem e Reconhecimento: Poeta carioca, destacou-se como figura central do Parnasianismo no Brasil.</p><p>Crítica de Mário de Andrade: Considerado "admirável poeta superficial" por sua ênfase na forma em detrimento do conteúdo.</p><p>Principais Temáticas:</p><p>Antiguidade Greco-Romana: Inspirado pela estética clássica, buscava a perfeição formal na poesia.</p><p>Lirismo Amoroso: Abordagem filosófica e erótica do amor, refletindo sobre a natureza do sentimento.</p><p>Reflexão Existencial: Explorava temas mais profundos sobre a existência humana.</p><p>Nacionalismo Ufanista: Enaltecia o Brasil de forma idealizada, negligenciando as realidades sociais do país.</p><p>Obras: Versos marcados pela perfeição formal, como "Via Láctea" e "Sob as Janelas".</p><p>ALBERTO DE OLIVEIRA</p><p>Perfil e Estilo: Também poeta carioca, mais fiel aos padrões estéticos do Parnasianismo.</p><p>Ênfase na Forma: Preocupação extrema com métrica, rima e estrutura poética, o que levava à crítica de falta de conteúdo.</p><p>Poesia Descritiva: Exemplo em "Vaso Grego", onde a forma perfeita é enaltecida enquanto o conteúdo é considerado vazio.</p><p>“Um poeta que não tem nada a dizer” – Mario de Andrade.</p><p>RAIMUNDO CORREIA:</p><p>Natural do Maranhão, contribuiu significativamente para o Parnasianismo brasileiro.</p><p>Descrição da Natureza: Demonstra habilidade na representação detalhada da natureza, explorando-a como metáfora para sentimentos mais profundos.</p><p>Emoção e Melancolia: Embora ligado ao Parnasianismo, introduziu um leve toque de emoção e melancolia em suas obras.</p><p>Pessimismo Existencial: Tinha uma visão dolorida e pessimista da existência humana, refletida em sua poesia.</p>