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<p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL:</p><p>Dos Sujeitos do Processo:</p><p>De forma geral, partes são os sujeitos ativo e passivo, da pretensão e da lide, o</p><p>autor, como sujeito ativo da ação, e o réu, como sujeito do direito de defesa.</p><p>“ Partes são aquelas que pedem ou contra as quais se pede a prestação</p><p>jurisdicional.” (José Frederico Marques)</p><p>“As partes demandam em nome próprio (ou em cujo nome é demandada) uma</p><p>atuação da lei, e aquele frente ao qual esta é demandada.” (Giuseppe</p><p>Chiovenda).</p><p>Distingue-se a capacidade de direito ( de ser parte) da capacidade</p><p>processual (capacidade de fato, de estar em juízo).</p><p>Consoante o art. 1.º do Código Civil, toda pessoa é capaz de direitos e deveres</p><p>na ordem civil, portanto tem capacidade de ser parte.</p><p>Não só a pessoa humana, mas também as pessoas jurídicas, e inclusive entes</p><p>despersonalizados, como a massa falida.</p><p>CPC/2015 - Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus</p><p>direitos tem capacidade para estar em juízo.</p><p>Nem todas tem capacidade processual, porque não podem exercer</p><p>pessoalmente os atos da vida civil.</p><p>Os, conforme o art. 3.º do Código Civil absolutamente incapazes;</p><p>Os, relativamente incapazes, segundo o art. 4.º, do CC.</p><p>Os absolutamente incapazes são representados, para estarem em juízo;</p><p>CPC/2015 - Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus</p><p>pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.</p><p>Os relativamente incapazes são assistidos.</p><p>Nesses casos, representados ou assistidos, continuam sendo partes.</p><p>Admite-se, como parte, certas pessoas formais, como a massa falida, a herança</p><p>jacente ou vacante e o espólio (art. 75, V, VI e VII), A massa insolvente Art. 766</p><p>CPC/73 e as sociedades sem personalidade jurídica, art. 75 IX do CPC/2015).</p><p>... CPC/2015 - Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:</p><p>I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses</p><p>deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;</p><p>II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou</p><p>com hora certa, enquanto não for constituído advogado.</p><p>Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela</p><p>Defensoria Pública, nos termos da lei.</p><p>Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para</p><p>propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo</p><p>quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.</p><p>§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a</p><p>ação:</p><p>I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados</p><p>sob o regime de separação absoluta de bens;</p><p>II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou</p><p>de ato praticado por eles;</p><p>III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da</p><p>família;</p><p>IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a</p><p>extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.</p><p>§ 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do</p><p>autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de</p><p>composse ou de ato por ambos praticado.</p><p>§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável</p><p>comprovada nos autos.</p><p>Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido</p><p>judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem</p><p>justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.</p><p>Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário</p><p>e não suprido pelo juiz, invalida o processo.</p><p>Capacidade Processual e Representação:</p><p>A representação processual está prevista no art. 75., do CPC,</p><p>necessária, para que certas partes tenham capacidade processual.</p><p>Parte da doutrina prefere o termo “presentação” ( isto é estar</p><p>presente para dar presença à entidade de que é órgão)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art73</p><p>Quanto à representação processual, a matéria encontra-se prevista no</p><p>art. 75, do CPC/2015:</p><p>Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:</p><p>I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão</p><p>vinculado;</p><p>II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;</p><p>III - o Município, por seu prefeito ou procurador;</p><p>IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente</p><p>federado designar;</p><p>V - a massa falida, pelo administrador judicial;</p><p>VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;</p><p>VII - o espólio, pelo inventariante;</p><p>VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos</p><p>designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;</p><p>IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados</p><p>sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração</p><p>de seus bens;</p><p>X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou</p><p>administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no</p><p>Brasil;</p><p>XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.</p><p>§ 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão</p><p>intimados no processo no qual o espólio seja parte.</p><p>§ 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a</p><p>irregularidade de sua constituição quando demandada.</p><p>§ 3o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica</p><p>estrangeira a receber citação para qualquer processo.</p><p>§ 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco</p><p>para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente</p><p>federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.</p><p>No caso de ser verificada a incapacidade processual o juiz deverá determinar o</p><p>seu saneamento, sob pena de extinção do processo, conforme o art. 76, do</p><p>CPC/2015:</p><p>Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da</p><p>representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo</p><p>razoável para que seja sanado o vício.</p><p>§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância</p><p>originária:</p><p>I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;</p><p>II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;</p><p>III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do</p><p>polo em que se encontre.</p><p>§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça,</p><p>tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:</p><p>I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;</p><p>II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência</p><p>couber ao recorrido.</p><p>Em seu art. 77, o CPC/2015, prevê os deveres das partes e de seus</p><p>Procuradores:</p><p>Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes,</p><p>de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma</p><p>participem do processo:</p><p>I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;</p><p>II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de</p><p>que são destituídas de fundamento;</p><p>III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à</p><p>declaração ou à defesa do direito;</p><p>IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza</p><p>provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;</p><p>V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o</p><p>endereço residencial ou profissional onde receberão intimações,</p><p>atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação</p><p>temporária ou definitiva;</p><p>VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito</p><p>litigioso.</p><p>§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas</p><p>mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato</p><p>atentatório à dignidade da justiça.</p><p>§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade</p><p>da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais</p><p>cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de</p><p>acordo com a gravidade da conduta.</p><p>§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será</p><p>inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da</p><p>decisão que a fixou, e sua execução</p><p>observará o procedimento da execução</p><p>fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.</p><p>§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da</p><p>incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art97</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art523§1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art536§1</p><p>§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o</p><p>poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.</p><p>§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e</p><p>do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual</p><p>responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou</p><p>corregedoria, ao qual o juiz oficiará.</p><p>§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o</p><p>restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos</p><p>autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o.</p><p>§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão</p><p>em seu lugar.</p><p>.Capacidade Postulatória:</p><p>A aptidão para exercitar direitos em juízo, chama-se capacidade</p><p>processual.</p><p>Já a capacidade para pleitear algo em juízo, chama-se capacidade</p><p>postulatória. O art. 104., do CPC/2015, estabelece que a parte deve</p><p>estar representada por advogado, para que tenha aptidão para</p><p>pleitear em juízo.</p><p>E sem procuração, o advogado não será admitido a postular em</p><p>juízo, com a ressalva de se praticar atos de urgência, juntando-a</p><p>posteriormente.</p><p>Prerrogativas do Advogado na Defesa do Constituinte:</p><p>A Constituição Federal prevê em seu art. 133. “ o advogado é indispensável à</p><p>administração da justiça.”</p><p>A Lei 8.906/1994, prevê em seu art. 2.º, § 2.º, que “ no processo judicial, o</p><p>advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao</p><p>convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.”</p><p>Exceção no caso da Lei 9.099/95 ( Lei dos Juizados Especiais Cíveis) ., nas</p><p>causas até 20 salários mínimos, conforme o art. 9.º e nas Reclamações</p><p>Trabalhistas, conforme art. 791, da CLT.</p><p>O art. 107,I, do CPC, prevê o direito do advogado de examinar autos de</p><p>qualquer processo, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas</p><p>o advogado constituído terá acesso aos autos.</p><p>Ao violar-se o múnus do advogado estará se violando o direito da parte a um</p><p>processo justo e equitativo.</p><p>Procuração de Intimações:</p><p>A procuração para o foro em geral habilita o advogado para a pratica dos</p><p>atos do processo, com exceção apenas dos casos previstos no art. 105,</p><p>caput, segunda parte. do CPC/2015.</p><p>Devem constar da procuração os dados necessários à intimação do</p><p>advogado. Segundo o art. 106, do CPC/2015.</p><p>Em regra, os advogados são intimados por meio eletrônico, ou publicação</p><p>em órgão oficial, art. 272, do CPC/2015, excepcionalmente por carta art. 273,</p><p>II do CPC/2015.</p><p>Revogação ou Renúncia ao Mandato:</p><p>A revogação pode ser expressa ou tácita, caso em que a parte deve</p><p>constituir novo procurador. (arts. 11 e 112 do CPC/2015)</p><p>Advocacia Pública:</p><p>Prescreve o CPC/2015, art. 182.,que a representação judicial, a</p><p>consultoria e o assessoramento jurídico de União, Estado e Distrito</p><p>Federal e Municípios se dará através da Advocacia Pública.</p><p>No caso da União, pela AGU, art. 131, da CF. PGFN, para a execução</p><p>da Dívida Ativa , art. 131,§ 3.º e os Estado e o DF, pelos Procuradores</p><p>do Estados e DF, conf. Art. 132, da CF.</p><p>Nesse caso, não há necessidade de provar a capacidade postulatória,</p><p>que decorre da nomeação para o cargo.</p><p>O art. 183, do CPC/2015, estabelece que a União, Estados, DF,</p><p>Municípios e suas autarquias e fundações de direito público gozarão</p><p>de prazo em dobro para as manifestações processuais.</p><p>Defensoria Pública:</p><p>A CF estabelece em seu art. 134 a incumbência da Defensoria</p><p>Pública: “ a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a</p><p>defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos</p><p>individuais e coletivos, de forma integral e gratuíta, aos necessitados,</p><p>na forma do inciso LXXIV do art.5.º da CF.”</p><p>O referido inciso do art. 5.º da CF estabelece: o Estado prestará</p><p>assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem</p><p>insuficiência de recursos. Os defensores públicos também tem direito</p><p>a prazo em dobro e intimação pessoal, conf. O art. 186, do</p><p>CPC/2015.</p><p>Correção dos vícios referentes à capacidade processual ou</p><p>postulatória:</p><p>A ausência de capacidade processual ou postulatória deve ser corrigida</p><p>assim que verificada, conf. O art. 76, do CPC/2015.</p><p>A sucessão de partes e procuradores é tratada nos arts. 108 a 112, do</p><p>CPC/2015.</p><p>A sucessão de partes só é admitida nos casos expressos na lei. (art. 108, do</p><p>CPC/2015).</p><p>Pluralidade de partes – litisconsórcio:</p><p>O corre o litisconsórcio quando há pluralidade de partes.</p><p>O litisconsórcio pode ser ativo ou passivo. Havendo litisconsórcio cada uma</p><p>das partes deve ser intimada dos atos processuais, cf. art. 118, do</p><p>CPC/2015.</p><p>Conforme o art. 117, do CPC/2015, os atos ou omissões de um dos</p><p>litisconsortes não prejudicam o outro, diverso são os atos benéficos, que se</p><p>estendem aos demais.</p><p>Litisconsórcio voluntário:</p><p>O litisconsórcio é facultativo ou voluntário porque não pe formado por</p><p>imposição legal, permitido apenas quando presentes uma das circunstâncias</p><p>do art. 113, do CPC/2015.</p><p>O art. 10, §, da Lei 12.016/2009 – Lei do Mandado de Segurança, veja o</p><p>ingresso de litisconsorte após o despacho da inicial pelo juiz.</p><p>O § 1.º, do art. 113, do CPC/2015, limita a formação do litisconsórcio.</p><p>Litisconsórcio unitário:</p><p>Ocorre quando se está diante de uma identidade de objetos litigiosos, ou seja</p><p>quando a causa de pedir e o pedido forem idênticos, o que impõe que a</p><p>decisão seja uniforme.</p><p>Litisconsórcio necessário:</p><p>Casos em que o litisconsórcio deve ser formado obrigatoriamente, por</p><p>disposição legal, diz-se então necessário, em razão da natureza da relação</p><p>jurídica, cf art. 114, do CPC/2015.</p><p>Exemplo. Ação de usucapião cf. art. 259, I e 246, § 3,º, do CPC/2015.</p><p>O art. 115, do CPC/2015, dispõe que é nula a decisão quando não figurarem os</p><p>litisconsortes necessários.</p><p>Intervenção de Terceiros:</p><p>De um modo geral, trata-se da regulação das formas de ingresso no processo</p><p>em que já figuram as partes originais.</p><p>Assistência:</p><p>Na assistência simples, embora exista relação jurídica entre o assistente</p><p>simples e uma das partes, essa relação não é objeto do processo.</p><p>No caso da assistência litisconsorcial, é necessário a demonstração da</p><p>titularidade da relação discutida no processo.</p><p>Assistência litisconsorcial.</p><p>Na assistência litisconsorcial, há relação jurídica entre o assistente e o</p><p>adversário do assistido, nesse caso o objeto litigioso diz respeito também a</p><p>esfera jurídica do terceiro, que, ingressando no processo assume a condição</p><p>de parte.</p><p>O litisconsórcio unitário, é em regra, necessário, podendo, no entanto, haver</p><p>litisconsórcio unitário facultativo.</p><p>Assistência simples.</p><p>Nesse caso, a solução do processo deve repercutir na esfera jurídica</p><p>do terceiro. O interesse deve ser jurídico e não meramente econômico</p><p>ou moral.</p><p>Denunciação da Lide:</p><p>A denunciação da lide está prevista no art. 125, do CPC/2015, em caso de</p><p>exercício de direito decorrente da evicção e de direito regressivo fundado</p><p>em contrato ou em lei.</p><p>Admite-se a denunciação em ação popular.</p><p>O art. 88, da Lei 8.078/90 Código de Defesa do consumidor restringe a</p><p>denunciação, nas hipóteses do art. 13, parágrafo único).</p><p>O direito de regresso decorrente da evicção, independe da denunciação,</p><p>podendo ser buscado em ação autônoma.</p><p>Nesse sentido o art. 125, § 1.º, do CPC/2015.</p><p>O Juiz poderá limitar a denunciação sucessiva ou per saltum, conforme o art</p><p>125, § 2.º, do CPC/2015., de modo a não comprometer a rápida solução do</p><p>litígio.</p><p>A denunciação deverá ser</p><p>requerida na inicial ou no prazo da resposta do réu,</p><p>conf. O art. 126, do CPC/2015.</p><p>A sentença decidirá a um só tempo, os pedidos da inicial e da denunciação.</p><p>Chamamento ao processo:</p><p>Nesse caso, o ré provoca o litisconsórcio ele e o chamado</p><p>O chamamento deverá ser feito no prazo que o réu dispõe para contestar art.</p><p>131, do CPC/2015.</p><p>Sobrevindo sentença condenatória ela servirá de título executivo do credor em</p><p>face de qualquer um dos réus.</p><p>Chamamento ao processo e denunciação à lide:</p><p>Na denunciação à lide, o terceiro não tem vínculo ou vinculação jurídica com</p><p>a parte contrária ao denunciante na ação principal.</p><p>A relação jurídica de regresso é exclusiva entre o denunciante e o terceiro</p><p>denunciado.</p><p>No chamamento ao processo, o réu da ação primitiva convoca para a ação ,</p><p>pessoa que te, juntamente com ele obrigação perante o autor da ação</p><p>principal, no caso do fiador ou do coobrigado solidário.</p><p>Se chama a lide quem, pelo direito material, tenha um nexo obrigacional</p><p>com o autor.</p><p>Na denunciação o terceiro e trazido para o processo para ser condenado na</p><p>ação regressiva, como devedor da parte que denunciou.</p><p>Incidente de desconsideração da personalidade jurídica:</p><p>Trata-se de incidente processual, ainda que o pedido possa ser veiculado na</p><p>petição inicial. Conf. o art. 134, § 2.º, do CPC/2015.</p><p>A decisão que desconsiderar a personalidade jurídica ser, no entanto, de</p><p>mérito, incidindo no caso o art. 503, caput, do CPC/2015.</p><p>Se admite a desconsideração da personalidade jurídica, desde que presentes</p><p>os requisitos do art. 133, § 1.º, do CPC/2015</p><p>O Código Civil prevê: “Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,</p><p>caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o</p><p>juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe</p><p>couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações</p><p>de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou</p><p>sócios da pessoa jurídica.”</p><p>O CPC/2015, admite, cf. o 133, § 2.º, a desconsideração da personalidade</p><p>jurídica inversa, no caso do sócio em relação à empresa.</p><p>Deve ocorrer a citação dos sócios da empresa, para que se manifestem em</p><p>relação à desconsideração.</p><p>No caso de desconsideração inversa, em ação movida contra o sócio, cita-se a</p><p>pessoa jurídica, cf. o art. 135, do CPC/2015.</p><p>A decisão que interlocutória que acolhe ou rejeita o pedido de desconsideração</p><p>é recorrível por agravo de instrumento, cf. art. 1015, IV, do CPC/2015.</p><p>No caso de o pedido ter sido resolvido na sentença, caberá apelação art.</p><p>1.009, § 3.º do CPC/2015.</p><p>Amicus Curiae;</p><p>O amicus curiae não se torna parte, de regra pode intervir em processo</p><p>alheio, em ações de controle concentrado de constitucionalidade , cf art.</p><p>7.º, § 2.ª da Lei 9.868/99.</p><p>Em casos de repercussão social, pela relevância da matéria e a</p><p>especificidade do tema objeto da demanda, o juiz ou o relator, poderá, de</p><p>ofício ou à requerimento solicitar ou permitir a participação de pessoa</p><p>natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, cf. art. 138, do</p><p>CPC/2015.</p><p>O CPC/2015, também permite a participação do amicus curiae por</p><p>ocasião da análise da repercussão geral para o recurso extraordinário c.</p><p>art. 1.035, § 4.º,; do julgamento de recursos repetitivos art. 1038, I e do</p><p>incidente de resolução de demandas repetitivas, art. 983.</p><p>O amicus curiae pode ainda opor embargos de declaração e recorrer da</p><p>decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas cf. §§</p><p>1 e 3.º do art. 138 do CPC/2015.</p><p>Dos deveres dos sujeitos do processo:</p><p>Veda-se aos sujeitos do processo o uso de expressões ofensivas.</p><p>Contempt of Court.</p><p>O não cumprimento do determinado em decisão judicial, nos sistemas</p><p>jurídicos do common low, caracteriza o contempt of Court.</p><p>No nosso sistema o não cumprimento de determinação judicial pode</p><p>caracterizar o crime de desobediência, cf. o art. 536, § 3.º, do CPC/2015.</p><p>BIBLIOGRAFIA:</p><p>BRASIL. Código de Processo Civil/2015. Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015.</p><p>THEODORO JÚNIOR, Humberto, Curso de Direito Processual Civil. 1. Teoria Geral</p><p>do Direito Processual Civil, Processo de Conhecimento e Processo Comum, 57 ed</p><p>ver. atual e ampl. Rio de Janeiro, RJ, Forense 2016;</p><p>MEDINA, José Miguel Garcia – Direito Processual Civil Moderno, 2.ª edição, São</p><p>Paulo – Editora Revista Tribunais,, 2016.</p>