ABNT NBR ISO 10012

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<p>© ABNT 2004</p><p>Sistemas de gestão de medição –</p><p>Requisitos para os processos de medição e</p><p>equipamento de medição</p><p>Measurement management systems – Requirements for measurement</p><p>processes and measuring equipment</p><p>Palavras-chave: Sistemas de gestão. Medição. Requisitos. Processos de</p><p>medição. Equipamento de medição</p><p>Descriptors Management systems. Measurement. Requirements.</p><p>Measurement processes. Measuring equipment</p><p>ICS 03.120.10; 17.020</p><p>Número de referência</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>20 páginas</p><p>NORMA</p><p>BRASILEIRA</p><p>ABNT NBR</p><p>ISO</p><p>10012</p><p>Primeira edição</p><p>30.04.2004</p><p>Válida a partir de</p><p>31.05.2004</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>ii © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>© ABNT 2004</p><p>Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser</p><p>reproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e</p><p>microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT.</p><p>Sede da ABNT</p><p>Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar</p><p>20003-900 – Rio de Janeiro – RJ</p><p>Tel.: + 55 21 3974-2300</p><p>Fax: + 55 21 2220-1762</p><p>abnt@abnt.org.br</p><p>www.abnt.org.br</p><p>Impresso no Brasil</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados iii</p><p>Sumário Página</p><p>Prefácio............................................................................................................................................................... iv</p><p>Introdução ...........................................................................................................................................................v</p><p>1 Objetivo e campo de aplicação............................................................................................................1</p><p>2 Referências normativas........................................................................................................................1</p><p>3 Termos e definições..............................................................................................................................1</p><p>4 Requisitos gerais...................................................................................................................................2</p><p>5 Responsabilidade da direção...............................................................................................................3</p><p>5.1 Função metrológica ..............................................................................................................................3</p><p>5.2 Foco no cliente ......................................................................................................................................3</p><p>5.3 Objetivos da qualidade .........................................................................................................................3</p><p>5.4 Análise crítica pela direção ..................................................................................................................3</p><p>6 Gestão de recursos...............................................................................................................................4</p><p>6.1 Recursos humanos ...............................................................................................................................4</p><p>6.2 Recursos de informação ......................................................................................................................4</p><p>6.3 Recursos materiais ...............................................................................................................................5</p><p>6.4 Fornecedores externos.........................................................................................................................6</p><p>7 Comprovação metrológica e realização do processo de medição ..................................................7</p><p>7.1 Comprovação metrológica ...................................................................................................................7</p><p>7.2 Processo de medição..........................................................................................................................10</p><p>7.3 Incerteza de medição e rastreabilidade ............................................................................................12</p><p>8 Análise e melhoria do sistema de gestão de medição....................................................................13</p><p>8.1 Generalidades......................................................................................................................................13</p><p>8.2 Auditoria e monitoramento ................................................................................................................13</p><p>8.3 Controle de não-conformidades ........................................................................................................14</p><p>8.4 Melhoria................................................................................................................................................16</p><p>Anexo (informativo) Visão geral do processo de comprovação metrológica .............................................18</p><p>Bibliografia........................................................................................................................................................20</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>iv © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Prefácio</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.</p><p>As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos</p><p>Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias</p><p>(ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores</p><p>envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros)</p><p>A ABNT NBR ISO 10012 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB–25), pela Comissão de</p><p>Estudo de Tecnologia de Suporte (CE–25:000.03). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital</p><p>nº 08 de 28.10.2003, com o número Projeto 25:000.03-001.</p><p>Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR ISO 10012-1:1993 e ABNT NBR ISO 10012-2:1999.</p><p>Esta Norma é equivalente à ISO 10012:2003.</p><p>Esta Norma contém o anexo A, de caráter informativo.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados v</p><p>Introdução</p><p>Um sistema de gestão de medição eficaz assegura que o equipamento de medição e os processos de</p><p>medição são adequados para seu uso pretendido e é importante para atingir os objetivos da qualidade do</p><p>produto e gerenciar o risco de resultado de medição incorreta. O objetivo de um sistema de gestão de</p><p>medição é gerenciar o risco de que o equipamento de medição e os processos de medição possam produzir</p><p>resultados incorretos afetando a qualidade dos produtos de uma organização. Os métodos usados para o</p><p>sistema de gestão de medição variam da verificação básica do equipamento à aplicação de técnicas</p><p>estatísticas no controle do processo de medição.</p><p>Nesta Norma, o termo “processo de medição” aplica-se às atividades físicas de medição (por exemplo, em</p><p>projeto,</p><p>teste, produção, inspeção).</p><p>Referências a esta Norma podem ser feitas:</p><p>— por um cliente ao especificar os produtos requeridos,</p><p>— por um fornecedor ao especificar produtos ofertados,</p><p>— por organismos legisladores ou regulamentadores, e</p><p>— em avaliação e auditoria de sistemas de gestão de medição.</p><p>Um dos princípios de gestão estabelecidos na ABNT NBR ISO 9000 trata da abordagem orientada ao</p><p>processo. Recomenda-se que os processos de medição sejam considerados como processos específicos que</p><p>objetivem dar suporte à qualidade dos produtos produzidos pela organização. O modelo de sistema de gestão</p><p>de medição aplicável, utilizado nesta Norma é apresentado na figura 1.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>vi © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Figura 1 — Modelo de sistema de gestão de medição</p><p>Esta Norma inclui tanto requisitos como orientação para implementação de sistemas de gestão de medição e</p><p>pode ser útil na melhoria de atividades de medição e da qualidade de produtos. Os requisitos aparecem no</p><p>texto em caracteres normais. A orientação aparece em caracteres itálicos dentro de uma caixa de texto, após</p><p>o parágrafo apropriado de requisitos. A orientação é somente para informação e não constitui adição,</p><p>limitação ou modificação de qualquer requisito.</p><p>Organizações têm a responsabilidade de determinar o nível dos controles necessários e especificar os</p><p>requisitos do sistema de gestão de medição a ser aplicado como parte do seu sistema de gestão global.</p><p>Exceto por acordo, esta Norma não tem a intenção de adicionar, subtrair nem substituir qualquer requisito de</p><p>outras normas.</p><p>Seguir os requisitos estabelecidos nesta Norma facilitará o cumprimento dos requisitos para medições e</p><p>controle do processo de medição especificado em outras normas, por exemplo, as</p><p>ABNT NBR ISO 9001:2000, subseção 7.6, e ABNT NBR ISO 14001:1996, subseção 4.5.1.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>NORMA BRASILEIRA ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 1</p><p>Sistemas de gestão de medição – Requisitos para os processos</p><p>de medição e equipamento de medição</p><p>1 Objetivo e campo de aplicação</p><p>Esta Norma especifica requisitos genéricos e fornece orientação para a gestão de processos de medição e</p><p>comprovação metrológica de equipamento de medição usado para dar suporte e demonstrar conformidade</p><p>com requisitos metrológicos. Ela especifica requisitos de gestão da qualidade de um sistema de gestão de</p><p>medição que pode ser usado por uma organização que executa medições como parte de um sistema de</p><p>gestão global, e para assegurar que os requisitos metrológicos são atendidos.</p><p>Esta Norma não tem a intenção de ser usada como um requisito para demonstrar a conformidade com a</p><p>ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 14001 ou qualquer outra norma. Partes interessadas podem concordar</p><p>em usar esta Norma como uma entrada para satisfazer os requisitos do sistema de gestão de medição nas</p><p>atividades de certificação.</p><p>Esta Norma não pretende ser um substituto ou uma adição aos requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17025.</p><p>NOTA Existem outras normas e guias para elementos particulares que afetam os resultados de medição, por</p><p>exemplo, detalhes de métodos de medição, competência de pessoal e comparações interlaboratoriais.</p><p>2 Referências normativas</p><p>Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis para a aplicação desta Norma. Para as referências</p><p>datadas, somente a edição citada se aplica. Para referencias não datadas, a última edição do documento</p><p>referenciado (incluindo qualquer aditamento) se aplica. A ABNT mantém registros das normas atualizadas.</p><p>ABNT NBR ISO 9000:2000 - Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário</p><p>VIM:19931) - Vocabulário Internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia. BIPM, IEC, IFCC, ISO,</p><p>IUPAC, IUPAP, OIML</p><p>3 Termos e definições</p><p>Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR ISO 9000 e VIM e os</p><p>seguintes:</p><p>3.1</p><p>sistema de gestão de medição</p><p>conjunto de elementos inter-relacionados e interativos, necessários para obter a comprovação metrológica e o</p><p>controle contínuo dos processos de medição</p><p>3.2</p><p>processo de medição</p><p>conjunto de operações para determinar o valor de uma grandeza</p><p>1) Nota da tradução: Adotado no Brasil através da portaria n° 29/1995 do INMETRO</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>2 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>3.3</p><p>equipamento de medição</p><p>instrumento de medição, programa de computador, padrão de medição, material de referência ou dispositivos</p><p>auxiliares, ou uma combinação deles, necessários para executar um processo de medição</p><p>3.4</p><p>característica metrológica</p><p>propriedade distinta que pode influenciar os resultados de medição</p><p>NOTA 1 Equipamentos de medição normalmente têm várias características metrológicas.</p><p>NOTA 2 Características metrológicas podem estar sujeitas à calibração.</p><p>3.5</p><p>comprovação metrológica</p><p>conjunto de operações necessárias para assegurar que um equipamento de medição atende aos requisitos do</p><p>seu uso pretendido.</p><p>NOTA 1 Comprovação metrológica normalmente inclui calibração ou verificação, qualquer ajuste ou reparo necessário,</p><p>e subseqüente recalibração, comparação com os requisitos metrológicos para o uso pretendido do equipamento, assim</p><p>como qualquer etiqueta ou lacre necessários.</p><p>NOTA 2 Comprovação metrológica não é alcançada, até que, e a menos que, a adequação do equipamento de</p><p>medição para o seu uso pretendido tenha sido demonstrada e documentada.</p><p>NOTA 3 Os requisitos para o uso pretendido incluem considerações tais como amplitude, resolução, erro máximo/erro</p><p>permitido.</p><p>NOTA 4 Os requisitos de comprovação metrológica são normalmente distintos dos requisitos do produto, e não estão</p><p>especificados nestes requisitos.</p><p>NOTA 5 Um diagrama dos processos envolvidos na comprovação metrológica é apresentado na figura 2.</p><p>3.6</p><p>função metrológica</p><p>função com responsabilidade técnica e administrativa para definir e implementar o sistema de gestão de</p><p>medição</p><p>4 Requisitos gerais</p><p>O sistema de gestão de medição deve assegurar que requisitos metrológicos especificados são satisfeitos.</p><p>Orientação</p><p>Requisitos metrológicos especificados são derivados de requisitos para o produto. Estes requisitos são</p><p>necessários tanto para o equipamento de medição quanto para os processos de medição. Requisitos podem</p><p>ser expressos como erro máximo permissível, incerteza permissível, faixa, estabilidade, resolução,</p><p>condições ambientais ou habilidades do operador.</p><p>A organização deve especificar os processos de medição e o equipamento de medição que estão sujeitos às</p><p>provisões desta Norma. Ao decidir o escopo e a extensão do sistema de gestão de medição, devem ser</p><p>levados em consideração os riscos e as conseqüências de falhas no cumprimento dos requisitos metrológicos.</p><p>O sistema de gestão de medição consiste no controle de processos de medição indicados e em comprovação</p><p>metrológica de equipamento de medição (ver figura 2), e dos processos de suporte necessários.</p><p>Os processos de medição contidos no sistema de gestão de medição devem ser controlados (ver 7.2). Todo</p><p>equipamento de medição que faz parte do sistema de gestão de medição deve ser comprovado (ver 7.1).</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 3</p><p>Mudanças no sistema de gestão de medição devem estar em concordância com os procedimentos da</p><p>organização.</p><p>5 Responsabilidade da direção</p><p>5.1 Função metrológica</p><p>A função metrológica deve ser definida pela organização. A Alta Direção da organização deve assegurar a</p><p>disponibilidade dos recursos necessários para estabelecer e manter a função metrológica.</p><p>Orientação</p><p>A função metrológica pode ser um departamento único ou estar distribuída em toda a organização.</p><p>A gestão da função metrológica deve estabelecer, documentar e manter o sistema de gestão de medição e</p><p>continuamente melhorar a sua eficácia.</p><p>5.2 Foco no cliente</p><p>A gestão da função metrológica deve assegurar que:</p><p>a) os requisitos de medição do cliente estão definidos e convertidos em requisitos metrológicos,</p><p>b) o sistema de gestão de medição atende aos requisitos metrológicos do cliente, e</p><p>c) a conformidade aos requisitos especificados pelo cliente pode ser demonstrada.</p><p>5.3 Objetivos da qualidade</p><p>A gestão da função metrológica deve definir e estabelecer objetivos mensuráveis da qualidade para o sistema</p><p>de gestão de medição. Critérios de objetivos de desempenho e procedimentos para os processos de medição</p><p>e seu controle devem ser definidos.</p><p>Orientação</p><p>Exemplos de tais objetivos da qualidade em diferentes níveis da organização:</p><p>— nenhum produto não-conforme, nem produto conforme rejeitado devido a medições incorretas, deve</p><p>ser aceito;</p><p>— nenhum processo de medição pode estar fora de controle por mais de um dia sem ser detectado;</p><p>— todas as comprovações metrológicas devem ser completadas dentro dos prazos acordados;</p><p>— não pode haver registro algum ilegível de comprovações metrológicas;</p><p>— todos os programas de treinamento dos técnicos devem ser completados dentro do cronograma</p><p>estabelecido;</p><p>— o tempo em que o equipamento de medição ficar fora de operação deve ser reduzido por uma</p><p>percentagem definida.</p><p>5.4 Análise critica pela direção</p><p>A Alta Direção da organização deve assegurar a análise crítica sistemática do sistema de gestão de medição</p><p>em intervalos planejados, para assegurar sua contínua pertinência, adequação e eficácia. A Alta Direção deve</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>4 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>assegurar que os recursos necessários estejam disponíveis para analisar criticamente o sistema de gestão de</p><p>medição.</p><p>Os resultados da análise crítica pela direção devem ser usados pela gestão da função metrológica para</p><p>modificar o sistema quando necessário, incluindo melhorias nos processos de medição (ver seção 8) e</p><p>analisando criticamente os objetivos da qualidade. Os resultados de todas as análises críticas e as ações</p><p>tomadas devem ser registrados.</p><p>6 Gestão de recursos</p><p>6.1 Recursos humanos</p><p>6.1.1 Responsabilidade do pessoal</p><p>A gestão da função metrológica deve definir e documentar as responsabilidades de todo o pessoal designado</p><p>para o sistema de gestão de medição.</p><p>Orientação</p><p>Estas responsabilidades podem ser definidas em organogramas, descrição de atribuições e instruções de</p><p>trabalho ou procedimentos.</p><p>Esta Norma não exclui o uso de pessoal especialista externo para a função metrológica.</p><p>6.1.2 Competência e treinamento</p><p>A gestão da função metrológica deve assegurar que o pessoal envolvido no sistema de gestão de medição</p><p>tenha demonstrado ter habilidade para desempenhar as tarefas designadas. Qualquer habilidade</p><p>especializada requerida deve ser especificada. A gestão da função metrológica deve assegurar que seja</p><p>fornecido treinamento focado nas necessidades identificadas, sejam mantidos registros das atividades de</p><p>treinamento, e que a eficácia do treinamento seja avaliada e registrada. O pessoal deve ser conscientizado</p><p>sobre a extensão de suas responsabilidades e do impacto de suas atividades sobre a eficácia do sistema de</p><p>gestão de medição e na qualidade do produto.</p><p>Orientação</p><p>A competência pode ser obtida através da educação, treinamento e experiência, e demonstrada por testes</p><p>ou desempenho observado.</p><p>Quando pessoal que está em treinamento é usado, deve ser fornecida supervisão adequada.</p><p>6.2 Recursos de informação</p><p>6.2.1 Procedimentos</p><p>Os procedimentos do sistema de gestão de medição devem ser documentados na extensão necessária e</p><p>validados para assegurar a implementação adequada, sua consistência de aplicação e a validade dos</p><p>resultados de medição.</p><p>Novos procedimentos ou alterações em procedimentos documentados devem ser autorizados e controlados.</p><p>Procedimentos devem estar atualizados, disponíveis e fornecidos quando requeridos.</p><p>Orientação</p><p>Procedimentos técnicos podem ser baseados em práticas de medição, padrão publicados ou em instruções</p><p>escritas de clientes ou de fabricantes de equipamento.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 5</p><p>6.2.2 Programa de computador (software)</p><p>Programas de computador usados nos procedimentos de medição e cálculos de resultados devem ser</p><p>documentados, identificados e controlados para assegurar sua adequabilidade para o uso continuado.</p><p>Programa de computador e qualquer revisão dele devem ser testados e/ou validados antes do uso inicial,</p><p>aprovados para uso e arquivados. Testes devem ser realizados na extensão necessária para assegurar</p><p>resultados válidos das medições.</p><p>Orientação</p><p>Programas de computadores podem estar em diversas formas, tais como embutidos, programáveis, ou</p><p>prontos para aquisição.</p><p>Programas de computadores prontos para aquisição podem não requerer testes.</p><p>Testes podem incluir verificação de vírus, verificação dos algoritmos programados do usuário, ou uma</p><p>combinação deles, sempre que necessário para encontrar o resultado de medição requerido.</p><p>Controle da configuração de programas de computador pode ajudar a manter a integridade e validade dos</p><p>processos de medição que utilizam programas de computador. O arquivamento pode ser pela criação de</p><p>cópias-reserva, armazenagem em locais diferentes, ou qualquer outro meio de salvaguardar a programação,</p><p>assegurar acessibilidade e fornecer o nível de rastreabilidade necessário.</p><p>6.2.3 Registros</p><p>Devem ser mantidos registros contendo informações requeridas para a operação do sistema de gestão de</p><p>medição. Procedimentos documentados devem assegurar a identificação, armazenagem, proteção,</p><p>recuperação, tempo de retenção e disposição dos registros.</p><p>Orientação</p><p>Exemplos de registros são: resultados de comprovação, resultado de medição, aquisição, dados</p><p>operacionais, dados de não-conformidades, reclamações de clientes, treinamento, qualificação ou qualquer</p><p>outro dado histórico que suporte os processos de medição.</p><p>6.2.4 Identificação</p><p>Equipamentos de medição e procedimentos técnicos usados no sistema de gestão de medição devem ser</p><p>claramente identificados, individual ou coletivamente. Deve haver uma identificação da situação da</p><p>comprovação metrológica do equipamento.</p><p>Equipamento comprovado para ser utilizado unicamente em um processo ou processos de medição</p><p>específicos deve ser claramente identificado ou controlado de outra forma para evitar o uso não autorizado.</p><p>Equipamento usado no sistema de gestão de medição deve ser distinguível de outro equipamento.</p><p>6.3 Recursos materiais</p><p>6.3.1 Equipamento de medição</p><p>Todo equipamento de medição necessário para satisfazer requisitos metrológicos especificados deve estar</p><p>disponível e identificado no sistema de gestão de medição. O equipamento de medição deve ter uma situação</p><p>de calibração válida antes de ser comprovado. Equipamentos de medição devem ser usados em um ambiente</p><p>que é conhecido ou controlado na extensão</p><p>necessária para assegurar resultados de medição válidos.</p><p>Equipamentos de medição usados para monitorar e registrar as grandezas que influenciam devem ser</p><p>incluídos no sistema de gestão de medição.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>6 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Orientação</p><p>Equipamento de medição pode ser comprovado para uso em processos específicos de medição e não</p><p>comprovado para uso em outros processos de medição por causa de diferentes requisitos metrológicos.</p><p>Requisitos metrológicos para o equipamento de medição são derivados de requisitos especificados para o</p><p>produto ou dos equipamentos a serem calibrados, verificados e comprovados.</p><p>O erro máximo permissível pode ser definido pela referência às especificações publicadas do fabricante do</p><p>equipamento de medição ou pela função metrológica.</p><p>Equipamentos de medição podem ser calibrados por uma organização distinta daquela que desempenha a</p><p>função metrológica na comprovação metrológica.</p><p>A caracterização de materiais de referência pode satisfazer o requisito para a calibração.</p><p>A gestão da função metrológica deve estabelecer, manter e usar procedimentos documentados para receber,</p><p>manusear, transportar, armazenar e expedir equipamentos de medição, no sentido de prevenir abusos, mau</p><p>uso, danos e mudanças nas suas características metrológicas. Deve haver procedimento para processar a</p><p>retirada ou introdução de equipamentos de medição do sistema de gestão de medição.</p><p>6.3.2 Ambiente</p><p>As condições ambientais requeridas para a operação eficaz dos processos de medição cobertos pelo sistema</p><p>de gestão de medição devem ser documentadas.</p><p>As condições ambientais que afetam as medições devem ser monitoradas e registradas. Correções baseadas</p><p>nas condições ambientais devem ser registradas e aplicadas aos resultados de medição.</p><p>Orientação</p><p>Condições ambientais que afetam os resultados de medição podem incluir temperatura, taxa de variação da</p><p>temperatura, umidade, iluminação, vibração, controle de poeira, limpeza, interferência eletromagnética e</p><p>outros fatores. Fabricantes de equipamentos normalmente fornecem especificações, dando faixas e cargas</p><p>máximas, e limitações das condições ambientais, para o correto uso do equipamento.</p><p>6.4 Fornecedores externos</p><p>A gestão da função metrológica deve definir e documentar os requisitos para produtos e serviços a serem</p><p>fornecidos por fornecedores externos para o sistema de gestão de medição. Fornecedores externos devem</p><p>ser avaliados e selecionados com base na sua habilidade em atender aos requisitos documentados. Critérios</p><p>de seleção, monitoramento e avaliação devem ser definidos e documentados, e os resultados da avaliação</p><p>devem ser registrados. Devem ser mantidos registros dos produtos e serviços fornecidos pelos fornecedores</p><p>externos.</p><p>Orientação</p><p>Se um fornecedor externo for usado para testes ou calibração, o fornecedor deve ser capaz de demonstrar</p><p>competência técnica com uma norma de laboratório tal como a ABNT NBR ISO/IEC 17025. Produtos e</p><p>serviços fornecidos por fornecedores externos podem requerer verificações dos requisitos especificados.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 7</p><p>7 Comprovação metrológica e realização do processo de medição</p><p>7.1 Comprovação metrológica</p><p>7.1.1 Generalidades</p><p>A comprovação metrológica (ver figura 2 e anexo A) deve ser projetada e implementada para assegurar que</p><p>características metrológicas do equipamento de medição satisfaçam os requisitos metrológicos do processo</p><p>de medição. A comprovação metrológica compreende a calibração e a verificação do equipamento de</p><p>medição.</p><p>Orientação</p><p>Recalibração de um equipamento de medição não é necessária se o equipamento já estiver em uma</p><p>situação de calibração válida. Procedimento de comprovação metrológica pode incluir métodos para verificar</p><p>que as incertezas de medição e/os erros de equipamento de medição estão dentro dos limites permissíveis</p><p>especificados nos requisitos metrológicos.</p><p>Informação pertinente à comprovação metrológica da situação do equipamento de medição deve estar</p><p>prontamente disponível para o operador, incluindo quaisquer limitações ou requisitos especiais.</p><p>As características metrológicas do equipamento de medição devem ser adequadas para seu uso pretendido.</p><p>Orientação</p><p>Exemplos de características para equipamentos de medição incluem:</p><p>— faixa,</p><p>— tendência,</p><p>— repetibilidade,</p><p>— estabilidade,</p><p>— histerese,</p><p>— variações,</p><p>— efeitos de grandezas que influenciam,</p><p>— resolução,</p><p>— discriminação (limite),</p><p>— erro,</p><p>— faixa morta.</p><p>Características metrológicas de equipamento de medição são fatores que contribuem para a incerteza de</p><p>medição (ver 7.3.1), os quais possibilitam comparação direta com os requisitos metrológicos no</p><p>estabelecimento da comprovação metrológica.</p><p>Recomenda-se que sejam evitadas sentenças qualitativas das características metrológicas em termos de,</p><p>por exemplo, “exatidão requerida do equipamento de medição”.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>8 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>7.1.2 Intervalos de comprovação metrológica</p><p>Os métodos usados para a determinação ou mudança dos intervalos entre comprovações metrológicas</p><p>devem ser descritos em procedimentos documentados. Esses intervalos devem ser analisados criticamente e</p><p>ajustados quando necessário para assegurar a contínua conformidade com os requisitos metrológicos</p><p>especificados.</p><p>Orientação</p><p>Dados obtidos de histórias de calibração e comprovação metrológica, e avanços de tecnologia e de</p><p>conhecimento podem ser usados para determinação dos intervalos entre comprovações metrológicas.</p><p>Registros obtidos usando técnicas de controle estatístico de processo para medições podem ser úteis na</p><p>determinação da necessidade ou não de alterar os intervalos de comprovação metrológica.</p><p>O intervalo de calibração pode ser igual ao intervalo de comprovação metrológica. (ver OIML D10).</p><p>Cada vez que um equipamento de medição não conforme é reparado, ajustado ou modificado o intervalo para</p><p>sua comprovação metrológica deve ser analisado criticamente.</p><p>7.1.3 Controle de ajustes de equipamento</p><p>Acessos aos meios de ajustes e dispositivos sobre equipamento de medição comprovado, cuja posição afeta</p><p>o desempenho, devem ser selados ou de alguma outra forma protegidos para prevenir mudanças não</p><p>autorizadas. Selos ou proteções devem ser projetados e implementados de tal forma que mudanças não</p><p>autorizadas sejam detectadas.</p><p>Procedimentos do processo de comprovação metrológica devem incluir ações a serem tomadas quando selos</p><p>ou proteção são encontrados quebrados, danificados, contornados ou faltando.</p><p>Orientação</p><p>O requisito para selagem não se aplica a meios ou dispositivos de ajuste que são intencionalmente</p><p>posicionados pelo usuário sem a necessidade de referências externas; por exemplo, ajustes de zero.</p><p>Recomenda-se que seja dada atenção especial para técnicas de proteção de escrita, para prevenir</p><p>alterações não autorizadas em programas de computadores e nos procedimentos da organização.</p><p>Recomenda-se que as decisões sobre que equipamento de medição deveria ser selado, os controles ou</p><p>ajustes que serão selados e o material de selagem, tais como etiquetas, soldas, fios, tintas, sejam</p><p>normalmente deixadas para a função metrológica. Recomenda-se que a implementação de um programa de</p><p>selagem pela função metrológica seja documentada. Nem todos os equipamentos de medição têm a</p><p>possibilidade</p><p>de serem selados.</p><p>7.1.4 Registros do processo de comprovação metrológica</p><p>Registros do processo de comprovação metrológica devem ser datados e aprovados por uma pessoa</p><p>autorizada para atestar a correção dos resultados, como apropriado.</p><p>Esses registros devem ser mantidos e estar disponíveis.</p><p>Orientação</p><p>O tempo mínimo para a retenção de registros depende de muitos fatores, incluindo os requisitos do cliente,</p><p>requisitos estatutários ou regulamentares e responsabilidade civil do fabricante. Registros relacionados com</p><p>padrões de medição podem precisar ser mantidos indefinidamente.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 9</p><p>Registros do processo de comprovação metrológica devem demonstrar se cada item do equipamento de</p><p>medição satisfaz os requisitos metrológicos especificados.</p><p>Os registros devem incluir, quando necessário:</p><p>a) descrição e identificação única do fabricante do equipamento, tipo, número de série etc.;</p><p>b) data na qual a comprovação metrológica foi completada;</p><p>c) resultado da comprovação metrológica;</p><p>d) intervalo fixado para comprovação metrológica;</p><p>e) identificação do procedimento de comprovação metrológica (ver 6.2.1);</p><p>f) erro(s) máximo(s) permissível(eis) definido(s);</p><p>g) condições ambientais pertinentes e declaração sobre quaisquer correções necessárias;</p><p>h) incertezas envolvidas na calibração do equipamento;</p><p>i) detalhes de qualquer manutenção, tais como ajustes, reparos ou modificações realizadas;</p><p>j) quaisquer limitações de uso;</p><p>k) identificação da(s) pessoa(s) que realiza(m) a comprovação metrológica;</p><p>l) identificação da(s) pessoa(s) responsável(eis) pela correção da informação registrada;</p><p>m) identificação única (como números de série) de qualquer relatório ou certificado de calibração e outros</p><p>documentos pertinentes;</p><p>n) evidência da rastreabilidade dos resultados da calibração;</p><p>o) requisitos metrológicos para o uso pretendido;</p><p>p) resultados da calibração obtidos após, e onde requerido, antes de qualquer ajuste, modificação ou reparo.</p><p>Orientação</p><p>Recomenda-se que resultados de calibração sejam registrados de forma que a rastreabilidade de todas as</p><p>medições possa ser demonstrada e de forma que os resultados das calibrações possam ser reproduzidos</p><p>sob condições próximas das condições originais.</p><p>Algumas vezes, o resultado da verificação é incluído no relatório ou certificado de calibração onde é</p><p>declarado se o equipamento está em conformidade (ou falha em estar em conformidade ) com os requisitos</p><p>especificados.</p><p>Os registros podem ser manuscritos, datilografados ou microfilmados, ou em um meio eletrônico ou em</p><p>meio magnético, ou outro meio de informação.</p><p>O erro máximo permissível pode ser determinado pela função metrológica, ou por referência às</p><p>especificações publicadas do fabricante do equipamento de medição.</p><p>A função metrológica deve assegurar que somente a pessoas autorizadas seja permitido gerar, emendar,</p><p>emitir ou apagar registros.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>10 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>7.2 Processo de medição</p><p>7.2.1 Generalidades</p><p>Processos de medição que são partes do sistema de gestão de medição devem ser planejados, validados,</p><p>implementados, documentados e controlados. Grandezas de influências que afetem os processos de medição</p><p>devem ser identificadas e consideradas.</p><p>A especificação completa de cada processo de medição deve incluir a identificação de todo o equipamento</p><p>pertinente, procedimentos de medição, programas de computador para medição, condições de uso,</p><p>habilidades do operador e todos os outros fatores que afetam a confiabilidade do resultado de medição.</p><p>O controle dos processos de medição deve ser conduzido de acordo com procedimentos documentados.</p><p>Orientação</p><p>Um processo de medição pode ser limitado ao uso de um único equipamento de medição.</p><p>Um processo de medição pode requerer correção de dados, por exemplo, devido às condições ambientais.</p><p>7.2.2 Projeto do processo de medição</p><p>Os requisitos metrológicos devem ser determinados com base nos requisitos do cliente, da organização,</p><p>estatutários e regulamentares. Os processos de medição projetados para satisfazer esses requisitos</p><p>especificados devem ser documentados, validados como apropriado e, se necessário, acordados com o</p><p>cliente.</p><p>Para cada processo de medição, os elementos e os controles do processo pertinente devem ser identificados.</p><p>A escolha de elementos e limites de controle deve ser compatível com o risco de falha na conformidade com</p><p>os requisitos especificados. Esses elementos e controles do processo devem incluir os efeitos de operadores,</p><p>equipamento, condições ambientais, grandezas de influência e métodos de aplicação.</p><p>Orientação</p><p>Ao especificar os processos de medição, pode ser necessário determinar:</p><p>— quais medições são necessárias para assegurar a qualidade do produto;</p><p>— os métodos de medição;</p><p>— o equipamento requerido para executar a medição e defini-lo;</p><p>— a qualificação e habilidade requeridas do pessoal que executa a medição;</p><p>Os processos de medição podem ser validados por comparação com resultados de outros processos</p><p>validados, pela comparação de resultados por outros métodos de medição ou por análise contínua de</p><p>características de processo de medição.</p><p>O processo de medição deve ser projetado para prevenir resultados de medições errôneos e deve assegurar</p><p>a pronta detecção de deficiências e ações corretivas em tempo oportuno.</p><p>Orientação</p><p>Recomenda-se que o esforço dedicado ao controle do processo de medição seja compatível com a</p><p>importância das medições para a qualidade do produto final da organização. Exemplos de onde um alto</p><p>grau de controle do processo de medição é apropriado incluem sistemas de medição críticos ou complexos,</p><p>medições que assegurem segurança do produto ou medições que resultem em alto custo subseqüente, se</p><p>for incorreta. Controles mínimos de processo podem ser adequados para medições simples de partes não</p><p>críticas. Procedimentos para controle do processo podem ser genéricos para tipos similares de</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 11</p><p>equipamentos de medição e aplicações, tais como o uso de ferramentas de mão para medir partes</p><p>usinadas.</p><p>Recomenda-se que o impacto das grandezas de influência sobre o processo de medição seja quantificado.</p><p>Pode ser necessário projetar e realizar experimentos ou investigações específicos para este fim. Quando</p><p>isto não é possível, recomenda-se que sejam usados os dados, especificações e advertências fornecidas</p><p>por um fabricante de equipamento.</p><p>As características de desempenho requeridas para o uso pretendido do processo de medição devem ser</p><p>identificadas e quantificadas.</p><p>Orientação</p><p>Exemplos de características incluem</p><p>— incerteza de medição,</p><p>— estabilidade,</p><p>— erro máximo permissível,</p><p>— repetibilidade,</p><p>— reprodutibilidade, e</p><p>— nível de habilidade do operador.</p><p>Outras características podem ser importantes para alguns processos de medição.</p><p>7.2.3 Realização do processo de medição</p><p>O processo de medição deve ser realizado sob condições controladas projetadas para atender aos requisitos</p><p>metrológicos.</p><p>As condições a serem controladas devem incluir:</p><p>a) o uso de equipamento comprovado,</p><p>b) aplicação de procedimentos de medição validados,</p><p>c) a disponibilidade das fontes de informações requeridas,</p><p>d) manutenção das condições ambientais requeridas,</p><p>e) o uso</p><p>de pessoal competente,</p><p>f) o relato adequado dos resultados, e</p><p>g) a implementação de monitoramento como especificado.</p><p>7.2.4 Registros de processos de medição</p><p>A função metrológica deve manter registros para demonstrar conformidade com os requisitos do processo de</p><p>medição, incluindo:</p><p>a) uma descrição completa dos processos de medição implementados, incluindo todos os elementos (por</p><p>exemplo, operadores, qualquer equipamento de medição ou padrões de verificação) usados e as</p><p>condições de operação pertinentes;</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>12 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>b) os dados pertinentes obtidos dos controles do processo de medição, incluindo qualquer informação</p><p>pertinente à incerteza de medição;</p><p>c) quaisquer ações tomadas como um resultado de dados do controle do processo de medição;</p><p>d) a(s) data(s) na(s) qual(is) foi conduzida cada atividade de controle do processo de medição;</p><p>e) a identificação de quaisquer documentos de verificação pertinente;</p><p>f) a identificação da pessoa responsável por prover a informação para os registros;</p><p>g) as habilidades (requeridas e alcançadas) do pessoal.</p><p>Orientação</p><p>Para os propósitos de registro, identificações por lote podem ser adequadas para itens de consumo usados</p><p>em controle de processo de medição.</p><p>A função metrológica deve assegurar que somente a pessoas autorizadas é permitido gerar, emendar, emitir</p><p>ou apagar registros.</p><p>7.3 Incerteza de medição e rastreabilidade</p><p>7.3.1 Incerteza de medição</p><p>A incerteza de medição deve ser estimada para cada processo de medição abrangido pelo sistema de gestão</p><p>de medição (ver 5.1).</p><p>Estimativas da incerteza devem ser registradas. A análise das incertezas de medição deve ser completada</p><p>antes da comprovação metrológica do equipamento de medição e da validação do processo de medição.</p><p>Todas as fontes conhecidas da variabilidade de medição devem ser documentadas.</p><p>Orientação</p><p>Os conceitos envolvidos e os métodos que podem ser usados na combinação dos componentes de</p><p>incerteza e a apresentação dos resultados são apresentados no “Guia para a expressão de incerteza em</p><p>medição” (GUM). Outros métodos documentados e aceitos podem ser usados.</p><p>É possível que alguns componentes de incerteza sejam pequenos comparados com outros componentes, o</p><p>que poderia tornar injustificável sua determinação detalhada sob aspectos técnicos ou econômicos. Desta</p><p>forma, recomenda-se que a decisão e a justificativa sejam registradas. Em todos os casos, recomenda-se</p><p>que o esforço dedicado na determinação e registro de incerteza de medições seja compatível com a</p><p>importância dos resultados de medição para a qualidade do produto da organização. O registro de</p><p>determinações de incerteza pode tomar a forma de “declarações genéricas” para tipos similares de</p><p>equipamento de medição, com contribuições sendo adicionadas para processos de medição individuais.</p><p>Recomenda-se que a incerteza de um resultado de medição leve em conta, entre outras contribuições, a</p><p>incerteza da calibração do equipamento de medição.</p><p>O uso apropriado de técnicas estatísticas para análise dos resultados de calibrações prévias e para a</p><p>avaliação dos resultados de calibrações de vários itens similares de equipamento de medição pode auxiliar</p><p>na estimativa de incertezas.</p><p>7.3.2 Rastreabilidade</p><p>A gestão da função metrológica deve assegurar que todos resultados de medição sejam rastreáveis às</p><p>unidades padrões do Sistema Internacional (SI).</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 13</p><p>Rastreabilidade de medições às unidades do SI deve ser alcançada por referência a um padrão primário</p><p>apropriado ou por referência a uma constante natural, cujo valor em termos de unidades SI pertinentes é</p><p>conhecido e recomendado pela Conferência Geral de Pesos e Medidas e pelo Comitê Internacional de Pesos</p><p>e Medidas.</p><p>Onde acordado, padrões de consenso usados em situações contratuais devem ser somente usados quando</p><p>não existem unidades do SI ou constantes naturais reconhecidas.</p><p>Orientação</p><p>Rastreabilidade é usualmente alcançada através de laboratórios de calibração confiáveis tendo sua própria</p><p>rastreabilidade aos padrões nacionais de medição. Por exemplo, um laboratório que atenda aos requisitos</p><p>da ABNT NBR ISO/IEC 17025 poderia ser considerado confiável.</p><p>Institutos Nacionais de Metrologia são responsáveis por padrões nacionais de medição e sua</p><p>rastreabilidade, incluindo aqueles casos onde o padrão nacional de medição é mantido por Instituições</p><p>outras que não sejam os Institutos Nacionais de Metrologia. Resultados de medição podem ser rastreáveis</p><p>através de um Instituto Nacional de Metrologia externo ao país onde a medição é feita.</p><p>Materiais de referência certificados podem ser considerados como padrões de referência.</p><p>Registros de rastreabilidade de resultados de medições devem ser mantidos por tanto tempo quanto</p><p>requerido pelo sistema de gestão de medição, pelo cliente ou por requisitos estatutários e regulamentares.</p><p>8 Análise e melhoria do sistema de gestão de medição</p><p>8.1 Generalidades</p><p>A função metrológica deve planejar e implementar o monitoramento, análise e melhorias necessários para:</p><p>a) assegurar conformidade do sistema de gestão de medição com esta Norma, e</p><p>b) melhorar continuamente o sistema de gestão de medição.</p><p>8.2 Auditoria e monitoramento</p><p>8.2.1 Generalidades</p><p>A função metrológica deve usar auditoria, monitoramento e outras técnicas, como apropriado, para determinar</p><p>a adequação e a eficácia do sistema de gestão de medição.</p><p>8.2.2 Satisfação do cliente</p><p>A função metrológica deve monitorar informações relativas à satisfação do cliente para verificar se as</p><p>necessidades metrológicas do cliente foram satisfeitas. Os métodos para obter e usar esta informação devem</p><p>ser especificados.</p><p>8.2.3 Auditoria do sistema de gestão de medição</p><p>A função metrológica deve planejar e conduzir auditorias do sistema de gestão de medição para assegurar</p><p>sua implementação eficaz contínua e atendimento aos requisitos especificados. Resultados das auditorias</p><p>devem ser relatados para as partes envolvidas na gestão da organização.</p><p>Os resultados de todas as auditorias do sistema de gestão de medição e todas as mudanças do sistema</p><p>devem ser registrados. A organização deve assegurar que ações são tomadas sem atrasos indevidos para</p><p>eliminar não-conformidades detectadas e suas causas.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>14 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Orientação</p><p>Auditorias do sistema de gestão de medição podem ser conduzidas como uma parte das auditorias do</p><p>sistema de gestão da organização.</p><p>A ABNT NBR ISO 19011 fornece orientações sobre sistemas de auditoria.</p><p>Auditorias do sistema de gestão de medição podem ser conduzidas pela função metrológica da</p><p>organização, ou por pessoal contratado ou de terceira parte. Recomenda-se que auditores não auditem</p><p>suas próprias áreas de responsabilidade.</p><p>8.2.4 Monitoramento do sistema de gestão de medição</p><p>Nos processos contidos no sistema de gestão de medição, devem ser monitorados a comprovação</p><p>metrológica e os processos de medição. O monitoramento deve ser realizado de acordo com procedimentos</p><p>documentados e a intervalos estabelecidos.</p><p>Ele deve incluir a determinação de métodos aplicáveis, incluindo técnicas estatísticas, e a extensão do seu</p><p>uso.</p><p>O monitoramento do sistema de gestão de medição deve prevenir desvios dos requisitos, assegurando a</p><p>pronta detecção de deficiências</p><p>e tomando, em tempo oportuno, ações para sua correção.</p><p>Este monitoramento deve ser na proporção correta ao risco de falha para atender os requisitos especificados.</p><p>Os resultados do monitoramento dos processos de medição e comprovação e quaisquer ações corretivas</p><p>resultantes devem ser documentados para demonstrar que a medição e os processos de comprovação vêm</p><p>atendendo continuamente com os requisitos documentados.</p><p>8.3 Controle de não-conformidades</p><p>8.3.1 Sistemas de gestão de medição não-conformes</p><p>A função metrológica deve assegurar a detecção de quaisquer não-conformidades e adotar ação imediata.</p><p>Orientação</p><p>Convém que elementos não-conformes sejam identificados para prevenir uso inadvertido.</p><p>Neste ínterim, ações (por exemplo, planos imediatos) podem ser tomadas até que as ações corretivas sejam</p><p>implementadas.</p><p>8.3.2 Processos de medição não-conformes</p><p>Qualquer processo de medição conhecido que produza, ou seja, suspeito de produzir, resultados de medição</p><p>incorretos, deve ser adequadamente identificado e não deve ser usado até que ações apropriadas tenham</p><p>sido tomadas.</p><p>Se um processo de medição não-conforme for identificado, o usuário do processo deve determinar as</p><p>conseqüências potenciais, fazer as correções necessárias e tomar as ações corretivas necessárias.</p><p>Um processo de medição, modificado devido a uma não-conformidade, deve ser validado antes do seu uso.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 15</p><p>Orientação</p><p>Falha de um processo de medição devida, por exemplo, à deterioração de um padrão de verificação ou</p><p>mudanças na competência do operador podem ser reveladas pelos indicadores pós-processo tais como:</p><p>— análise de gráficos de controle,</p><p>— análise de gráficos de tendência,</p><p>— inspeções subseqüentes,</p><p>— comparações interlaboratoriais,</p><p>— auditorias internas, e</p><p>— retroalimentação de cliente.</p><p>8.3.3 Equipamentos de medição não-conformes</p><p>Qualquer equipamento de medição comprovado que é suspeito ou conhecido:</p><p>a) ter sido danificado,</p><p>b) ter sido sobrecarregado,</p><p>c) ter mau funcionamento de forma que possa invalidar seu uso pretendido,</p><p>d) produzir resultados de medição incorretos,</p><p>e) estar além do seu intervalo de comprovação metrológica especificado,</p><p>f) ter sido manuseado erroneamente,</p><p>g) ter um selo ou proteção danificado ou quebrado,</p><p>h) ter sido exposto à influência de grandezas que possam afetar adversamente seu uso pretendido (por</p><p>exemplo, campo eletromagnético, poeira)</p><p>deve ser removido do serviço por segregação ou identificado por marcação ou etiquetagem facilmente visível,</p><p>a não-conformidade deve ser verificada e um relatório de não-conformidade deve ser preparado.</p><p>Tal equipamento não deve retornar ao serviço até que as razões para sua não-conformidade tenham sido</p><p>eliminadas e ele seja comprovado novamente.</p><p>Equipamento de medição não-conforme, que não retornou às suas características metrológicas pretendidas,</p><p>deve ser claramente marcado ou identificado de outra maneira. A comprovação metrológica de tal</p><p>equipamento para outros usos deve assegurar que a situação de alteração está claramente aparente e inclui</p><p>identificação de qualquer limitação de uso.</p><p>Orientação</p><p>Se for impraticável ajustar, reparar ou revisar com o propósito de ser reparado o equipamento considerado</p><p>não adequado para seu uso pretendido, uma opção é rebaixamento de função ou uma mudança em seu</p><p>uso pretendido. Convém que reclassificação seja somente usada com muito cuidado, pois pode causar</p><p>confusão entre os usos permitidos de partes de equipamentos aparentemente idênticas. Isto inclui</p><p>comprovações metrológicas limitadas de somente algumas faixas ou funções de equipamentos multifaixas.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>16 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Se o resultado de uma verificação metrológica antes de qualquer ajuste ou reparo indicar que o equipamento</p><p>de medição não atendeu aos requisitos metrológicos de tal forma que a correção dos resultados de medição</p><p>pode ter sido comprometido, o usuário do equipamento deve determinar as conseqüências potenciais e tomar</p><p>qualquer ação necessária. Isto pode envolver reexame do produto produzido, usando medições realizadas</p><p>com o equipamento de medição não-conforme.</p><p>8.4 Melhoria</p><p>8.4.1 Generalidades</p><p>A função metrológica deve planejar e gerenciar a melhoria contínua do sistema de gestão de medição com</p><p>base nos resultados das auditorias, análise crítica pela administração e outros fatores pertinentes, tais como,</p><p>retroalimentação dos clientes. A função metrológica deve analisar criticamente e identificar oportunidades</p><p>potenciais para a melhoria do sistema de gestão de medição e modificá-lo se necessário.</p><p>8.4.2 Ação corretiva</p><p>Quando um elemento importante do sistema de gestão de medição não atende aos requisitos especificados,</p><p>ou quando dados pertinentes mostram um comportamento inaceitável, ações devem ser tomadas para</p><p>identificar a causa e eliminar a discrepância.</p><p>Correções e soluções de ação corretiva devem ser verificadas antes de retornar o processo de medição ao</p><p>uso.</p><p>O critério para a adoção de ação corretiva deve ser documentado.</p><p>8.4.3 Ação preventiva</p><p>A função metrológica deve determinar ação(ões) para eliminar as causas potenciais de não-conformidade de</p><p>medição ou comprovação, no sentido de prevenir suas ocorrências. Ações preventivas devem ser apropriadas</p><p>para o efeito do problema potencial. Um procedimento documentado deve ser estabelecido para definir</p><p>requisitos para:</p><p>a) determinação de não-conformidades potenciais e suas causas,</p><p>b) avaliação da necessidade de ações para prevenir ocorrência de não-conformidades,</p><p>c) determinação e implementação de ações necessárias,</p><p>d) registro de resultados de ação tomada, e</p><p>e) análise crítica de ação preventiva adotada.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 17</p><p>Figura 2 – Processo de comprovação metrológica para equipamento de medição</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>18 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Anexo A</p><p>(informativo)</p><p>Visão geral do processo de comprovação metrológica</p><p>A.1 Introdução</p><p>O processo de comprovação metrológica tem duas entradas, os requisitos metrológicos do cliente (RMC) e as</p><p>características metrológicas do equipamento de medição (CMEM), e uma saída, a situação de comprovação</p><p>metrológica do equipamento de medição.</p><p>A.2 Requisitos metrológicos do cliente (RMC)</p><p>Os requisitos metrológicos do cliente são aqueles requisitos de medição especificados pelo cliente como</p><p>pertinente para os processos de produção do cliente. Eles, portanto, dependem das especificações para as</p><p>variáveis a serem medidas. Os RMC incluem aqueles envolvidos na verificação da conformidade do produto</p><p>com as especificações do cliente, em adição àqueles oriundos do controle do processo de produção e suas</p><p>entradas. A determinação e especificação destes requisitos é de responsabilidade do cliente, embora este</p><p>processo possa ser desempenhado em nome do cliente por algumas pessoas qualificadas adequadamente.</p><p>Isto freqüentemente requer um profundo conhecimento do processo de produção, bem como de metrologia.</p><p>Recomenda-se que os RMC também levem em conta o risco de</p><p>más medições e os efeitos delas sobre a</p><p>organização e os negócios. Os RMC podem ser expressos em termos de erro máximo permissível, limites</p><p>operacionais etc. Recomenda-se que eles sejam suficientemente detalhados para permitir aos operadores do</p><p>processo de comprovação metrológica decidir inequivocamente se um equipamento de medição particular é</p><p>capaz ou não de controlar, medir ou monitorar a variável ou quantidade especificada de acordo com o seu uso</p><p>pretendido.</p><p>Exemplo: É requerido que a pressão seja controlada entre 200 kPa e 250 kPa em um reator de processo para</p><p>uma operação crítica. Este requisito deve ser interpretado e expresso como um RMC para o equipamento de</p><p>medição de pressão. Isto poderia resultar em um RMC que o equipamento seja capaz de medir uma faixa de</p><p>pressão de 150 kPa a 300 kPa, com 2 kPa de erro máximo permissível, uma incerteza de medição de 0,3 kPa</p><p>(não incluindo os efeitos relacionados com o tempo), e com uma tendência não maior que 0,1 kPa por período</p><p>de tempo especificado. O cliente compara os RMC com as características (explícitas ou implícitas)</p><p>especificadas pelo fabricante do equipamento e seleciona equipamento de medição e procedimentos que</p><p>melhor atendam aos RMC. O cliente pode especificar um fornecedor particular para um manômetro com uma</p><p>classe de exatidão de 0,5% e faixa de 0 kPa a 400 kPa.</p><p>A.3 Características metrológicas do equipamento de medição (CMEM)</p><p>Visto que as CMEM são freqüentemente determinadas por calibração (ou várias calibrações) e/ou testes, a</p><p>função metrológica dentro do sistema de comprovação metrológica especifica e controla todas aquelas</p><p>atividades necessárias. As entradas para o processo de calibração são o equipamento de medição, um</p><p>padrão de medição e um procedimento que estabeleça as condições ambientais. Convém que os resultados</p><p>da calibração incluam uma declaração da incerteza da medição.</p><p>Esta é uma importante característica como uma entrada quando se avalia a incerteza da medição para o</p><p>processo de medição quando o equipamento é usado.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>© ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados 19</p><p>Os resultados da calibração podem ser documentados dentro do sistema de comprovação metrológica por</p><p>qualquer método apropriado como, por exemplo, certificados de calibração ou relatórios de calibração (onde</p><p>calibrações são terceirizadas ) ou por registros dos resultados da calibração (quando desempenhado</p><p>inteiramente dentro da função metrológica da organização).</p><p>Características importantes para a medição, por exemplo, incerteza de medição, são não só dependentes do</p><p>equipamento, mas, também, do ambiente, do procedimento de medição específico e, algumas vezes, da</p><p>habilidade e experiência do operador. Por esta razão, é muito importante que o processo de medição</p><p>completo seja considerado quando se seleciona o equipamento de medição para satisfazer requisitos.</p><p>Esta consideração é a responsabilidade da função metrológica para a organização, embora atividades</p><p>específicas possam ser desempenhadas pela organização ou por uma pessoa adequadamente qualificada,</p><p>como um metrologista independente.</p><p>A.4 Verificação e comprovação metrológica</p><p>Após a calibração, as características metrológicas do equipamento de medição (CMEM) são comparadas aos</p><p>requisitos metrológicos do cliente (RMC) antes de confirmar o equipamento para seu uso pretendido. Por</p><p>exemplo, o erro relatado da indicação do equipamento de medição deveria ser comparado ao erro máximo</p><p>especificado como um requisito metrológico do cliente (RMC). Se o erro for menor que o erro máximo</p><p>permissível, então o equipamento está conforme com aqueles requisitos e pode ser comprovado para uso. Se</p><p>o erro for maior, ações deveriam ser tomadas para remover a não-conformidade ou o consumidor deve ser</p><p>informado que o equipamento não pode ser comprovado.</p><p>Tal comparação direta do CMEM e RMC é freqüentemente chamada de verificação (ver</p><p>ABNT NBR ISO 9000:2000). O sistema de comprovação metrológica é firmemente baseado em tais</p><p>verificações, mas convém, também, incluir considerações detalhadas e análise crítica do processo de</p><p>medição completo, no sentido de fornecer garantia da qualidade das medições feitas com o equipamento em</p><p>apoio à determinação da conformidade do produto com os requisitos do cliente.</p><p>Exemplo: Seguindo o exemplo de A.2, é assumido que o erro encontrado pela calibração é 3 kPa em 200 kPa,</p><p>com uma incerteza da medição na calibração de 0,3 kPa. Portanto, o instrumento não atende ao requisito de</p><p>erro máximo permissível. Após o ajuste, o erro encontrado pela calibração é 0,6 kPa e a incerteza no</p><p>processo de calibração é 0,3 kPa. O instrumento agora atende ao requisito do erro máximo permissível e</p><p>pode ser confirmado para uso, assumindo que a evidência de demonstração de atendimento do requisito de</p><p>tendência vem sendo obtida. Contudo, se o instrumento foi submetido a recomprovação, convém que o</p><p>usuário do instrumento seja informado dos resultados da primeira calibração, uma vez que ações corretivas</p><p>referentes à realização do produto podem ser requeridas para o período antes que instrumento tenha sido</p><p>retirado do uso aguardando a reconfimação.</p><p>Se a verificação dos processos for desempenhada pelos usuários ou pela função metrológica, os resultados</p><p>desta verificação podem ser compilados em um documento de verificação, em adição a quaisquer relatórios</p><p>ou certificados de calibração ou teste, como parte de observação de auditoria dentro do sistema de</p><p>comprovação metrológica. O estágio final no sistema de comprovação metrológica é a identificação adequada</p><p>da situação do equipamento de medição, por exemplo, por etiquetagem, marcação etc. Após isto, o</p><p>equipamento de medição pode ser usado para a finalidade para a qual ele tenha sido comprovado.</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p><p>ABNT NBR ISO 10012:2004</p><p>20 © ABNT 2004 ─ Todos os direitos reservados</p><p>Bibliografia</p><p>[1] ISO 3534-1:1993, Statistics  Vocabulary and symbols  Part 1: Probability and general statistical</p><p>terms.</p><p>[2] ISO 3534-2:1993, Statistics  Vocabulary and symbols  Part 2: Statistical quality control</p><p>[3] ISO 5725-1, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results — Part 1: General</p><p>principles and definitions.</p><p>[4] ISO 5725-2, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results — Part 2: Basic</p><p>methods for the determination of repeatability and reproducibility of a standard measurement method.</p><p>[5] ISO 5725-3, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results — Part 3:</p><p>Intermediate measures of the precision of a standard measurement method</p><p>[6] ISO 5725-4, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results — Part 4: Basic</p><p>methods for the determination of the trueness of a standard measurement method.</p><p>[7] ISO 5725-5, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results — Part 5:</p><p>Alternative methods for the determination of the precision of a standard measurement method.</p><p>[8] ISO 5725-6, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and results — Part 6; Use in</p><p>practice of accuracy values</p><p>[9] ABNT NBR ISO 9001:2000, Sistemas de gestão da qualidade  Requisitos</p><p>[10] ABNT NBR ISO 9004:2000, Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para melhorias de</p><p>desempenho</p><p>[11] ABNT NBR ISO 19011:2002, Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou</p><p>ambiental</p><p>[12] ISO 14001:1996, Environmental management systems — Specification with guidance for use</p><p>[13] ABNT ISO/TR 10017:1999:— 2) Guias de técnicas para ABNT NBR ISO 9001:1994</p><p>[14] ISO/TR 13425:1995 — Guide for the selection of statistical</p><p>methods in standardization and specification</p><p>[15] ABNT NBR ISO/IEC 17025:1999 — Requisitos gerais para competência de laboratório de teste e</p><p>calibração</p><p>[16] GUM:1995, Guide to the expression of uncertainty in measurement. Published jointly by BIPM, IEC,</p><p>IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP, OIML</p><p>[17] OIML D10:1984, Guidelines for the determination of recalibration intervals of measuring equipment</p><p>used in testing laboratories.</p><p>2) A ser publicada. (Revisão do ISO/TR 10017:1999)</p><p>Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A</p><p>Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb</p>