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<p>EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA _______ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA - CE.</p><p>*PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO CONFORME PREVISÃO DO ESTATUTO DO IDOSO LEI Nº 10.741/03</p><p>AÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DE VISITAS AVOENGAS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA</p><p>-----------------------, brasileiro, divorciado, aposentado, portador da cédula de identidade RG nº -------------------, inscrito no CPF sob nº ------------------, residente e domiciliado à Rua --------------, Bairro --------------, CEP ---------------, Fortaleza – CE, por sua procuradora que ao final subscreve, vem, respeitosamente à honrosa presença de Vossa Excelência, propor a presente</p><p>AÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA:</p><p>Em face de ---------------, brasileira, casada, médica, inscrita no CPF: ------------, residente e domiciliada na Rua ----------, nº -------, apto -----, Bairro -------, CEP: -------, Fortaleza-CE., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir alinhados:</p><p>DA PRELIMINAR DE JUSTIÇA GRATUITA</p><p>Requer os benefícios de Assistência Judiciária Gratuita de acordo com a Lei 1.060/50, em seu art. 4º, dada a impossibilidade financeira de arcar com o dispêndio decorrente da lide sem prejuízo de seu próprio sustento, nos termos da declaração em anexo, razão pela qual suplica, desde já, o teor do preconizado no art. 98 da Lei 13.105/15.</p><p>Destaca-se que neste sentido é a orientação jurisprudencial do STJ, inclusive, sendo firme em recepcionar o benefício, senão vejamos:</p><p>“EMENTA: Assistência Judiciária. Benefício postulado na inicial, que se faz acompanhar por declaração firmada pelo Autor. Inexigibilidade de outras providências. Não-revogação do art. 4º da Lei nº 1.060/50 pelo disposto no inciso LXXIV do art. 5º da Constituição. Precedentes. Recurso conhecido e provido”.</p><p>“Em princípio, a simples declaração firmada pela parte que requer o benefício da assistência judiciária, dizendo-se ‘pobre nos termos da lei’, desprovida de recursos para arcar com as despesas do processo e com o pagamento de honorários de advogado, é, na medida em que dotada de presunção iuris tantum de veracidade, ser suficiente à concessão do benefício legal.”</p><p>Porquanto, observa-se que o artigo retro mencionado, da Constituição Federal, não revogou o art. 4º, § 1º, da Lei 1060/50, in verbis:</p><p>“Art. 4º - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.</p><p>§ 1º - Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais”.</p><p>Neste sentido, a afirmação de hipossuficiência da parte é dotada de presunção juris tantum em favor de quem a alega, cabendo à outra parte trazer aos autos prova contundente de que a beneficiária possui condições financeiras de arcar com os ônus processuais, conforme entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça:</p><p>“PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PRESUNÇÃO DE POBREZA. DESNECESSIDADE DO REQUERENTE COMPROVAR SUA SITUAÇÃO. 1. É desnecessária a comprovação do estado de pobreza pelo requerente, a fim de lograr a concessão de assistência judiciária, sendo suficiente a sua afirmação de que não está em condições para arcar com as custas processuais, presumindo-se a condição de pobreza, até prova em contrário. Agravo regimental desprovido.”</p><p>“JUSTIÇA GRATUITA. HIPÓTESES DE DEFERIMENTO.DECISÃO IMPLÍCITA. DESERÇÃO. 1. A jurisprudência desta Corte Superior admite a concessão da assistência judiciária gratuita mediante a simples declaração, pelo requerente, deque não pode custear a demanda sem prejuízo da sua própria manutenção e da sua família. 2. Apresentado o pedido, e não havendo indeferimento expresso, não se pode, em princípio, estabelecer uma presunção em sentido contrário ao seu deferimento, mas sim a seu favor. Precedentes (...).”</p><p>Portanto, ressalte-se que, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a declaração de hipossuficiência firmada pela Requerente tem presunção iuris tantum de veracidade, sendo, portanto, suficiente para a concessão do benefício pleiteado.</p><p>I - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO</p><p>O REQUERENTE, em observância ao art. 319, VII do Código de processo civil, opta pela realização da audiência de conciliação uma vez que se trata de matéria envolvendo menor, razão pela qual se faz necessário empreender todos os esforços possíveis a manter o melhor interesse da criança.</p><p>II – DOS FATOS</p><p>Os autores são avós paternos do menor impúbere ------------, nascido em 05/11/2013, e sempre mantiveram uma convivência saudável com a criança.</p><p>A requerida, genitora da menor, possui até o presente momento a guarda unilateral da criança, pois enfrenta uma batalha judicial com o genitor da mesma.</p><p>Ocorre que os Autores, ora Avós Paternos não tem acesso à criança, pois a genitora não permite que a mesma tenha qualquer contato com os Avós Paternos.</p><p>A avó paterna presenteou a neta com um celular na esperança por telefone, manter contato com a neta, o que foi de pronto proibido pela genitora. Buscou-se também contato telefônico através do celular da babá, o que segundo a mesma em resposta a avó paterna, estava proibida de deixar avó e neta se comunicarem.</p><p>Requerida possui conflitos com os requerentes devido aos conturbados conflitos decorrentes do divórcio do filho dos autores, por isso, impede que a criança tenha contato com os mesmos, que por sinal sofrem muito com esta separação.</p><p>Compreende-se excelência, a gravidade das acusações feitas da genitora ao pai da menor, filho dos demandantes, porém, tais acusações merecem apuração e comprovação não podendo ser os avós punidos pelas supostas práticas do filho.</p><p>Nessa idade, a criança necessita de acompanhamento familiar, principalmente dos avós que oferecem amor, carinho e educação.</p><p>Ocorre Excelência, que segundo os Avós Paternos, ora demandantes, a requerida impede de forma reiterada a convivência entre a criança e os mesmos, proibindo que com estes, a menor mantenha qualquer tipo de contato.</p><p>Tal atitude vem causando extremo sofrimento aos Requerentes, bem como à sua neta, que sente falta do convívio harmonioso e saudável que estabeleceram entre si.</p><p>Desta feita, os Avós ao questionarem todos esses acontecimentos e relatos feitos pela criança junto à requerida, que não quer que os Requerentes tenham mais contato com à neta, não obtiverem êxito. Por esse motivo, não restou alternativa, que o ingresso da presente demanda para que os Avós Paternos exerçam o seu direito de visita à neta.</p><p>Diante disto, e tendo em vista o melhor interesse e o bem estar da menor, faz-se necessária a presente ação para regularizar judicialmente o direito de visitas dos autores em relação à criança, e assim, permitir que seus avós paternos continuem a proporcionar-lhe todo o cuidado e apoio afetivo de que necessita.</p><p>III - DO DIREITO</p><p>A lei nº 12.398/2011 estende aos avós o direito de convivência com os netos, onde acrescentou ao art. 1.589 do Código Civil o parágra único:</p><p>Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.</p><p>Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.398, de 2011) (grifo nosso)</p><p>Preceitua o artigo 227, caput, da Constituição Federal:</p><p>Art. 227 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.</p><p>Para maior amplitude, traz a este juízo sentença extraída</p><p>da Obra de Galeno Lacerda na sua obra Direito de Família, casos selecionados. Rio de Janeiro: Forense, v. III, 2000, páginas 18-20, por ser esta sensível e humana, sendo a sua transcrição necessária nesta ocasião:</p><p>“Examinada a espécie, tenho para mim que o caso sub judice não é de amor contido pela força; é de puro, triste e condenável desamor!... Faço a primeira afirmação porque o depoimento da autora acabou não confirmando relação causal direta e concreta entre quaisquer ações da demandada e a omissão afetiva de seus filhos. Ouso a segunda, porque não vislumbro neles algum motivo suficientemente forte que lhes justifique a recusa. Creio poder, em rápidas pinceladas, retratar as partes envolvidas. De um lado, uma anciã solitária, viúva, sem saúde para arrostar os três andares de escada que, à falta de um elevador, constituem o exclusivo acesso à morada dos netos. De outro, uma mulher descasada, que não restringe, mas também não estimula aquilo que seria saudável intercâmbio de ternura, e que, ao menos aparentemente, não conseguiu poupar os filhos de uma participação muito envolvente em sua derrocada matrimonial. Entre elas, os dois adolescentes, imbuídos de verdades absolutas e de uma visão maniqueísta do drama familiar. Que o não visitar a avó tenha sido uma deliberação voluntária deles, parece-me evidência consumada. Recolho com reservas os seus pretensos fundamentos. Admito, como quer ‘C’ (fls. 77v.), possa a pobre velha tornar-se incômoda por lhes falar do filho, pessoa contra quem o rapaz não esconde um forte rancor. Contudo, não vejo nessa inconveniência, único argumento apontado, causa de insuportabilidade ponderável, capaz de justificar um afastamento. Desprezadas, pois, as filigranas de cunho psicológico, penso que os dois jovens estejam apenas procedendo com o individualismo egoísta que vai tornando a pedra fundamental da sociedade moderna, e que reserva aos velhos as mais dolorosas e cruéis de suas farpas. Acusados de improdutivos, encarados como coisas imprestáveis, mal amados ou desamados, os velhos perdem espaços e cada vez encontram menos lugar. Já não aconselham, porque não têm ouvintes; já não produzem, porque são desacreditados; já não participam, porque se decretou fossem marginalizados.</p><p>Particularmente, acredito que as pessoas não nascem amantes; são ensinadas a amar. E parece-me gravíssima omissão que não se lhes ensine. Que não se lhes grave indelevelmente o que escreveu Thiago de Melo nos Estatutos do Homem: ‘Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu amor. Mas que, sobretudo, tenha sempre o sabor quente da ternura. ’ A manifesta inclinação de ‘C’ no sentido de ‘manter com a avó um relacionamento à certa distância, visitando-a eventualmente quando lhe for possível’, pode ser cômoda, explicável e até compreensível, mas isso não a torna menos egocêntrica...</p><p>Diria, via de consequência, que a aspiração da autora (cujo provimento, ainda no arrepio de textos legais expressos, o venerando acórdão de fls. 64-72 demonstrou possível em tese) esbarra na inexistência de reciprocidade. Ela quer, no fundo, uma prestação de afeto, e os netos recusam mesmo uma presença convencional, esgrimindo com o constrangimento que lhes seria imposto por uma sentença que determinasse a realização das visitas. Não me parece, nessa sede, bom argumento.</p><p>Conquanto irreversível que o menor adquira, muito jovem, maior independência, nem por isso se nega aos pais ou ao Estado um poder/dever de cerceá-los e constrangê-los no interesse de sua formação, como ocorre, v.g., nos casos de internamento em colégios, que independem da aquiescência do internado. Se a isso e a mais se chega validamente, com maior razão se poderá impor alguma disciplina no campo do vínculo da solidariedade familiar, que não se concebe ausente de um caráter medianamente estruturado. Quem, como o homem moderno, aprende desde cedo a quase tudo sacrificar no altar alheio das convenções e dos modismos, pode perfeitamente aprender a dar de si uma oferenda ínfima à própria estirpe, para, no mínimo, poder um dia pedir outro tanto. Uma sentença que negasse, por esse prisma, a pretensão da autora, pessoa fisicamente impedida de ir ter com os que lhe são caros, mais do que negá-la afirmaria um odioso ‘direito à indiferença’ divorciando-se daquele mínimo ético que constitui parte essencial do ideal jurídico de uma civilização. Evidente, pois, que o ponto nevrálgico do caso repousa na duvidosa eficácia e na discutível exequibilidade do decisum. O amor não se impõe; o afeto não pode ser extorquido. Posso, enquanto menores, mandar ou fazer conduzir os netos à presença da avó. Não posso determinar que a amem. Todavia, sempre entendi, que não se nega um direito porque duvidosa a sua execução. Coube-me ouvir a autora, vê-la chorar, e, nada encontrando que lhe desampare a súplica, iria contra minha consciência o subtrair-lhe a oportunidade de, ao menos, tentar! Se for inevitável que a doçura almejada se converta em amargo fel, que o carinho tenha por recompensa a incompreensão, que isso se faça por obra de outrem. Acho que, no fundo, confio na generosidade dos jovens, no potencial imenso de suas almas, e na sensibilidade de quem, sendo mãe e educadora, será amanhã, também uma avó.”</p><p>Conforme estabelecido de forma expressa no texto constitucional, a criança deve ter garantidos de forma prioritária, todos os direitos fundamentais inerentes à sua condição de ser humano e imprescindível para que se desenvolva de forma digna e propícia para a sua saúde física, mental e intelectual.</p><p>Com isto, em respeito ao Princípio da Solidariedade Familiar, a convivência entre a pessoa em formação e seus parentes deve ser estabelecida de forma plena desde o seu nascimento, ou seja, sem qualquer tipo de condição ou restrição. É imprescindível que a criança tenha contato com seus familiares para um desenvolvimento saudável.</p><p>Maria Berenice Dias acerca do assunto entende que: “Quando a Constituição ( CF 227) e o ECA asseguram o direito à convivência familiar, não estabelecem limites. Como os vínculos parenterais não se esgotam entre pais e filhos, apesar do silencio legal, o direito de convivência estende-se aos avós de conviverem com seus netos.”</p><p>Assim, não se podem impedir visitas entre avós e netos, o que já vem, de há muito, sendo consagrado pela jurisprudência. Tal direito deve ser conjugado com o principio do melhor interesse da criança, fundamentando-se na prerrogativa do neto de ser visitado por seus ascendentes ou por qualquer parente que com ele mantenha laços de afeto, de solidariedade, de respeito e amor. A criança tem o direito de personalidade de ser visitada não só pelos avós, como também pelos bisavós, irmãos, tios, primos, padrinho, madrinha, enfim, por toda e qualquer pessoa que lhe tenha afeto.</p><p>O Tribunal de Justiça de Rio Grande do Sul afirma em Jurisprudência</p><p>APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS AVOENGAS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. MANUTENÇÃO. 1. Todas as crianças ou adolescentes têm direito a serem criados e educados no seio da sua família, no que se insere a convivência com os avós, devendo ser assegurada, na medida do possível, a preservação e o fortalecimento de vínculos afetivos saudáveis. 2. No caso, a despeito de animosidades entre a o genitor e a avó materna do infante, não foi apurada qualquer situação a contraindicar o seu convívio com o neto, com o que deve ser mantida a procedência do pedido de regulamentação das visitas, providência indicada pelo estudo social realizado na origem. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70077385391, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 16/08/2018). (TJ-RS - AC: 70077385391 RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Data de Julgamento: 16/08/2018, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 23/08/2018)(grifo nosso)</p><p>AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. VISITAS DOS AVÓS PATERNOS À NETA NA CASA DA GENITORA. MANUTENÇÃO. PRESERVAÇÃO DO CONVÍVIO SAUDÁVEL ENTRE A MENOR E SEUS FAMILIARES.</p><p>PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70076062751, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 28/02/2018).(TJ-RS - AI: 70076062751 RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Data de Julgamento: 28/02/2018, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 02/03/2018)(grifo nosso)</p><p>APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA CUMULADA COM REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. PRINCÍPIO DO BEM-ESTAR DO MENOR. DISPUTA ENTRE A GENITORA E A AVÓ PATERNA. I - As questões atinentes à guarda devem sempre ser decididas tendo como norte o princípio do bem-estar do menor, assim como devem ser evitadas, sempre que possível, alterações da situação de fato, na medida em que acarretam modificações na rotina de vida e nos referenciais do menor, e, por conseguinte, geram transtornos de toda ordem. Nesse contexto, deve ser confirmada a sentença que deferiu a guarda à genitora, tendo em vista que corresponde à vontade do menino e atende ao princípio do melhor interesse. II - A avó tem o direito de exercer a visitação em relação ao neto e este tem o direito de receber o afeto avoengo, bem como de estreitar - ou estabelecer - laços de convivência familiar e ampliar a convivência social. Mantida a visitação regulametada na sentença. RECURSOS DESPROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70075555755, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 22/11/2017).(TJ-RS - AC: 70075555755 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 22/11/2017, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 24/11/2017)</p><p>Na qualidade de parentes diretos dos netos, a convivência avoenga é uma das maneiras de respeito as garantias constitucionais descritos no art. 227 da Carta Magna, razão pela qual deve o juízo considerar o interesse da menor em manter-se integrada a convivência familiar, inclusive, com os avós que tanto a amam.</p><p>IV – DAS VISITAS</p><p>Com o intuito de preservar os direitos dos avós e da menor em continuarem a convivência familiar e manter os laços já criados, requererem a regulamentação do direito de visitas nos seguintes termos:</p><p>a) Os avós paternos deverão, passar um final de semana no mês com a neta, recolhendo a criança às 17:30 horas da sexta-feira, e a devolvendo à requerida às 21:00 horas do domingo;</p><p>b) Os avós paternos deverão, também de forma alternada, buscarem a criança para passarem com esta a data de seu aniversário, e do aniversário dos Requerentes;</p><p>c) Nas férias escolares da criança, os avós terão direito à 1/3 das mesmas;</p><p>d) As festividades de carnaval, semana santa, bem como natal e final de ano, os avós desejam participar com a Neta, ainda que seja apenas para passar um dia em cada um dos feriados prolongados, recolhendo a menor às 8 horas e devolvendo até às 22 horas do mesmo dia.</p><p>V – DO PEDIDO LIMINAR</p><p>Não há controvérsia acerca do direito dos demandantes, conforme já explicitado, os requerentes sempre mantiveram exemplar relacionamento com a neta e necessitam se resguardar com a regularização de visitas provisória em relação ao mesmo, posto que, não lhes tem sido permitido sequer o direito de visitar a criança por parte da genitora da menor, o que lhes causa extrema preocupação acerca das atuais condições em que esta se encontra.</p><p>Conforme os art. 300 do Código de Processo Civil, requer a antecipação da tutela inaudita altera pars para que os avós paternos possam exercer o seu direito de visitas.</p><p>Presente o requisito na verossimilhança das alegações bem como a prova inequívoca, mister destacar que a melhor prova da imperiosidade da antecipação da tutela é o sucesso de ser necessário aos autores, para que possam exercer o seu direito de visitas, a propositura da presente demanda.</p><p>Também resta evidente o dano irreparável, pois,impossibilitados de manter contato com a neta, jamais recuperará as horas perdidas, como afirma o cediço brocardo factum nequit infectum, prolongando um sofrimento e temor de que ao longo tempo de distância ante a curta idade da neta, esta possa esquecê-los com o passar do tempo, afinal, já são 5 (cinco) meses em que não a têm no colo.</p><p>No presente caso, não se pode aguardar a citação da parte contrária, pois tal procedimento prorrogaria ainda mais a distância de avós e neta, prejudicando de forma irreparável o direito de ambos. Ademais, o art. 4º da Lei nº 12.318/2010, permite a concessão de medidas provisórias inaudita altera pars para que se resguarde o direito da infante, onde se inclui a determinação de tramitação prioritária ao processo e faz ressalva ao direito de visita.</p><p>Neste sentido, já demonstrada as condições para que a tutela antecipada seja concedida e buscando garantir o resultado fático da presente ação, requer o provimento dos pedidos narrados nessa exordial, ou concedida a tutela antecipada, sendo fixada a sanção pecuniária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) em caso de eventual descumprimento.</p><p>Ademais, a emergência da medida se impõe, para que os avós maternos do menor voltem a lhe proporcionar todos os cuidados imprescindíveis à sua criação, garantindo desta forma, o seu bem-estar e a sua dignidade.</p><p>IV- DOS REQUERIMENTOS</p><p>Diante dos fatos e fundamentos legais acima articulados, requer a Vossa Excelência em caráter de urgência:</p><p>a) Seja concedido aos requerentes, de plano, o benefício da Justiça Gratuita, haja vista que os mesmos não possuem condições econômicas e/ou financeiras de arcarem com as custas processuais e demais despesas aplicáveis à espécie, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos da inclusa DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIENTE;</p><p>b) A tramitação prioritária do presente processo, consoante determinação do ESTATUTO DO IDOSO LEI Nº 10.741/03;</p><p>c) Seja deferida liminarmente a REGULARIZAÇÃO DO DIREITO DE VISITAS AOS AVÓS (Art. 300 do CPC), inaudita altera pars para que os autores exerçam de imediato o seu direito nos termos acima mencionados, para que os mesmos voltem a promover os cuidados imprescindíveis ao bem-estar de sua neta;</p><p>d) A citação da demandada para que compareça a audiência de conciliação, instrução e julgamento, a ser designada por este juízo, onde poderá oferecer resposta, sob pena de revelia (Art. 344 do CPC);</p><p>e) A regulamentação de visitas conforme acima delineado;</p><p>f) Seja ouvido o ilustre Representante Ministerial no feito;·.</p><p>g) Seja determinada a realização de estudo psico-social avaliativo;</p><p>h) Seja fixada sanção pecuniária, na forma descrita nos termos do art. 814 do CPC, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia, na eventualidade de a ré descumprir a decisão que antecipe os efeitos da tutela ou senteça de mérito.</p><p>Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, principalmente pelo depoimento das testemunhas arroladas.</p><p>Dá-se a presente causa o valor de R$ 998,00 (Novecentos e noventa e oito reais), meramente para efeitos fiscais.</p><p>Nestes termos,</p><p>Pede e espera deferimento.</p><p>Fortaleza-CE, 05 de Fevereiro de 2018.</p><p>FRANCISCA ROSÂNIA SILVA DE SOUSA</p><p>OAB/CE 35.679</p>

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