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<p>ROTEIRO MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL - UI</p><p>Profª: Juliana Barros Mendes Rodrigues</p><p>Alunas: Ester Alvarenga Rocha</p><p>Indyanna Vithoria Braga Pereira</p><p>Usando-se técnicas não invasivas, a medida da pressão arterial (Pa) no homem pode ser feita pelos</p><p>métodos palpatório e pelo auscultatório. O primeiro, avalia apenas a pressão sistólica enquanto que, o</p><p>segundo, mede as pressões sistólica e diastólica. Ambos baseiam-se na comparação entre a pressão</p><p>existente na artéria e a de um manguito de borracha aplicado sobre a artéria (para bloquear o fluxo, quando</p><p>insuflado). Um manômetro aneroide ou um de mercúrio (Hg) indica a pressão no manguito e, portanto,</p><p>indicarão a pressão arterial em cada um dos métodos.</p><p>Método palpatório:</p><p>1. Com o voluntário confortavelmente sentado e com o braço estendido sobre a mesa,</p><p>preferencialmente na altura do coração, adapte o esfigmomanômetro ao redor do braço,</p><p>posicionando-o sobre a artéria braquial.</p><p>2. Tome o pulso na artéria radial. Enquanto o pulso radial está sendo tomado, insufle o manguito</p><p>aumentando a sua pressão de 10 em 10 mmHg. Anote o valor da pressão em que desaparecerem as</p><p>pulsações. Aumente ainda a pressão cerca de 20 mmHg (pulso obliterado).</p><p>3. Faça a descompressão do manguito gradualmente e, anote a pressão em que reaparecem as</p><p>pulsações (reaparecimento do pulso).</p><p>4. A média dos valores obtidos em 2 e 3 é a pressão arterial sistólica.</p><p>Método auscultatório:</p><p>1. Adapte o manguito do esfigmomanômetro ao redor do braço do seu colega.</p><p>2. Identifique, pela palpação, o curso da artéria braquial na fossa anticubital e, coloque a campânula do</p><p>estetoscópio sobre a mesma.</p><p>3. Insufle o manguito até a pressão aproximada de 30 mmHg acima do valor encontrando pelo método</p><p>palpatório ou quando deixar de sentir o pulso radial. Em seguida, desinfle lentamente o sistema</p><p>procurando ouvir o primeiro som pelo estetoscópio (sons de korotkof): pressão arterial sistólica.</p><p>Anote !!!</p><p>4. Continue a descompressão gradual do manguito até que o som do fluxo arterial turbulento</p><p>desapareça ou fique abafado: pressão arterial diastólica. Anote !!! Continue auscultando até zerar o</p><p>manômetro. Em certas situações fisiológicas (exercício intenso) ou patológicas (insuficiência aórtica),</p><p>considerar como pressão diastólica o momento em que o som se abafa.</p><p>5. Repita a medida da Pa mais duas vezes.</p><p>6. Tomando o pulso radial, quantifique a frequência cardíaca (F.C.): conte o número de batimentos</p><p>cardíacos em 1 minuto. Repita 3 vezes em repouso.</p><p>Para o Relatório:</p><p>- Fazer uma introdução sobre a importância da medida da pressão arterial como parâmetro de</p><p>homeostase.</p><p>A pressão arterial (PA) é uma das importantes variações hemodinâmicas, que serve como parâmetro da</p><p>homeostase cardiovascular. Isso ocorre, pois uma simples medida da PA, nos permite avaliar como estão</p><p>os vasos, a força de contração do coração, a frequência cardíaca, o volume sanguíneo, o controle</p><p>hidroeletrolítico (íons e água), o grau de constrição das arteríolas, entre outros. Por exemplo, o principal</p><p>papel do sistema circulatório é fazer o sangue chegar a todos os capilares do organismo em quantidade e</p><p>pressão suficientes para manter boa perfusão de todos os tecidos. Para isso, é necessário a manutenção</p><p>consideravelmente constante da PA, já que esta irá influenciar diretamente o débito cardíaco, ou seja, o</p><p>volume de sangue que está sendo ejetado a cada batimento cardíaco por minuto, e a resistência periférica</p><p>total (RPT), ou seja, o grau de contração do músculo liso das arteríolas. Tudo isso, irá determinar uma</p><p>maior ou menor perfusão sanguínea a todos os órgãos. Apesar de a PA ser uma variável fisiológica</p><p>bastante estável, ela costuma sofrer pequenas flutuações a cada batimento cardíaco. Assim, para não</p><p>haver prejuízo à circulação e garantir o fluxo sanguíneo, é importante que a pressão arterial seja regulada</p><p>para se obterem valores constantes. Esses valores são adquiridos por meio de mecanismos que englobam</p><p>o sistema nervoso, como o reflexo barorreceptor, mecanismos hormonais, trocas líquidas a nível dos</p><p>capilares, e o sistema renal: sistema renina-angiotensina-aldosterona. Por isso, muitas das variações da PA</p><p>que ocorrem ao longo do dia, como quando há uma mudança de posição corporal ou durante o exercício</p><p>físico, são necessárias para manter a normalidade da função cardiovascular em todo o organismo. Alguns</p><p>destes ajustes, como aquele que ocorre na mudança de posição do corpo, devem ser bastante rápidos para</p><p>garantir a homeostase. Outros, como no caso do exercício físico, devem ser mais lentos e mantidos por</p><p>maior tempo. Para exemplificar a importância da PA na homeostase, podemos citar quando a PA não está</p><p>funcionalmente adequada a situação necessária para aquele momento. Por exemplo, quando a PA está tão</p><p>baixa que leva à redução da oferta de oxigênio e o acúmulo de metabólicos tóxicos nos tecidos,</p><p>comprometendo seriamente todo o organismo, principalmente os órgãos mais nobres. Outra situação, que</p><p>1ª medida 2ª medida</p><p>(2 min após 1ª medida)</p><p>3ª medida</p><p>(5 min após 1ª medida)</p><p>F.C.</p><p>72bpm 64bpm 60bpm</p><p>P.S. – P.D.</p><p>110/80mmHg 110/70mmHg 100/70mmHg</p><p>F.C.</p><p>68bpm 64bpm 64bpm</p><p>P.S. – P.D.</p><p>110/70mmHg 110/70mmHg 110/70mmHg</p><p>F.C.</p><p>92bpm 84bpm 76bpm</p><p>P.S. – P.D.</p><p>140/80mmHg 130/80mmHg 130/80mmHg</p><p>Deitado</p><p>De pé</p><p>Após exercício</p><p>(mínimo 7 min)</p><p>exemplifica a importância da PA na homeostase, é nos casos de hemorragia, onde a perfusão adequada</p><p>dos tecidos está comprometida. Assim, em função das respostas de controle da PA, levam a mecanismos</p><p>compensatórios, que aumentam a chance de sobrevida do indivíduo, até que o problema da hemorragia</p><p>seja resolvido.</p><p>- Colocar a tabela com os valores encontrados na prática!</p><p>- Discutir os resultados encontrados com a literatura!</p><p>Os primeiros resultados encontrados referentes à posição de decúbito dorsal, nos mostra que a frequência</p><p>cardíaca (FC) foi diminuindo conforme o indivíduo permanecia deitado, variando entre 60-72bpm. Isso</p><p>ocorre porque o músculo cardíaco responde à necessidade de oxigênio e fluxo sanguíneo para os órgãos.</p><p>Como em repouso, a necessidade metabólica é menor, temos então, queda do débito cardíaco e assim</p><p>também da FC. Já, a pressão arterial (PA) permaneceu consideravelmente constante, com pequena</p><p>variação de 110/80 para 100/70. Mas, assim que houve mudança postural, em decúbito dorsal para a</p><p>posição em pé, a frequência cardíaca aumentou. Isso ocorre porque durante a mudança postural, ocorrem</p><p>adaptações cardiovasculares pelo fato de que a força da gravidade age contra o retorno venoso, ou seja,</p><p>faz com que o sangue se acumule nas pernas, e agora, este, precisa chegar ao átrio direito migrando contra</p><p>a força gravitacional. Isso resulta num volume sistólico reduzido e frequência cardíaca aumentada para</p><p>manutenção do débito cardíaco. Isso é resultado da ativação simpática pelo reflexo barorreceptor que</p><p>detecta queda da pressão arterial, com isso menos potenciais de ação chegam ao núcleo do trato solitário.</p><p>Então, a resposta motora será ativação da atividade simpática e diminuição da atividade parassimpática. O</p><p>aumento da atividade simpática, por sua vez, aumenta a contratilidade e consequentemente o débito</p><p>cardíaco, mantendo assim, a perfusão dos tecidos. Mas ao aferir a pressão arterial, esta permaneceu</p><p>igualmente na última medição. Isso ocorre porque o reflexo barorreceptor acionou o simpático e essa</p><p>diferença já foi compensada. Ou seja, esse reflexo é muito rápido, em questão de segundos, e o tempo que</p><p>gastamos para aferir a pressão já não é suficiente, pra detectar essa queda da PA, pois já estará</p><p>compensado. Já, em relações aos valores da frequência cardíaca e da pressão arterial após 7 minutos de</p><p>exercícios temos que: a frequência cardíaca aumentou de 64bpm para 92bpm. Já, a pressão arterial</p><p>assume também um valor aumentado, de 110/70mmHg para 140/80mmHg. Relembrando, que a PA é</p><p>depende do débito cardíaco e da resistência periférica total (RPT), ou seja, é dependente do volume de</p><p>sangue que está sendo ejetado a cada batimento cardíaco por minuto e é dependente do grau de</p><p>contração do músculo liso das arteríolas (maior responsável pelo componente da RPT). O aumento da FC e</p><p>da PA ocorre porque a grande massa de músculo esquelético, necessita de grandes quantidades de fluxo</p><p>sanguíneo durante a atividade física. E o aumento do fluxo sanguíneo depende do aumento do débito</p><p>cardíaco que, por sua vez, depende do débito sistólico e da frequência cardíaca. Esses novos ajustes</p><p>cardiovasculares são em função da ativação simpática e diminuição da atividade parassimpática pelo</p><p>reflexo barorreceptor. Assim, podemos concluir que durante a atividade física, o aumento da atividade</p><p>simpática determinou: aumento da frequência cardíaca e da força de contração, o que proporcionou</p><p>aumento do débito cardíaco; aumento da contração arteriolar, e consequente aumento da RPT, com isso o</p><p>fluxo sanguíneo deixa de ser maior para os órgãos que não necessitam nesse momento de uma grande</p><p>demanda metabólica e assim, é direcionado para os locais com maior demanda metabólica, como por</p><p>exemplo, o músculo esquelético, coração e cérebro; além disso o simpático promove venoconstrição, com</p><p>isso diminui o volume não estressado e aumenta o retorno venoso. E por fim, os metabólitos locais agem</p><p>sobre as arteríolas do músculo, produzindo vasodilatação local, logo, diminuindo a RPT. Isso permite que o</p><p>fluxo de sangue das grandes artérias para a microcirculação seja facilitado. Logo após, nas próximas</p><p>medidas, em que o indivíduo permanece em repouso, vamos tendo gradualmente uma queda da FC e da</p><p>PA, já que os ajustes cardiovasculares foram acionados em função da nova mudança postural.</p>