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<p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>ESQUEMA DO LIVRO: ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>MIRIAN DA SILVA DIAS</p><p>ESQUEMA DO LIVRO: ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes – Capítulo 1 – Páginas 26 à 30</p><p>A Grande Agonia</p><p>✓ A Grande onde escravagista, repleta de dor e sofrimento, cenário de morte e ruínas;</p><p>✓ Entre1520 e 1570, a busca desenfreada por escravos chegou à região de Cassanje;</p><p>✓ Por volta de 1830, cerca de 80% de todos os escravos que chegavam ao Brasil ainda</p><p>tinham como origem regiões costeiras de Angola;</p><p>✓ Segundo o historiador Luiz Felipe de Alencastro:</p><p>“A destruição constante de Angola se apresenta como a contrapartida da construção</p><p>contínua do Brasil”;</p><p>✓ No século XVIII, quase um terço da área territorial brasileira, onde hoje se situam</p><p>Angola e os dois Congos, estava dominada pela guerra e pelo medo;</p><p>✓ O Atlântico, foi um grande cemitério de escravos, durante mais de três séculos e</p><p>meio;</p><p>✓ Os navios que faziam a rota África – Brasil eram chamados de “tumbeiros”;</p><p>✓ Relatos de como eram descartado os escravos que faleciam durante a viagem,</p><p>segundo Alexander Falconbridge, John Atkins e Hugh Crow.</p><p>“ Em números inacreditável, devorando rapidamente os negros que eram</p><p>arremessados da amarrada”(Falconbridge)</p><p>“ Diversas vezes eu vi os tubarões se apoderarem de um cadáver, assim que era</p><p>jogado ao mar, despedaçando-o e devorando-o com tal voracidade que não dava</p><p>tempo sequer para que começasse a afundar nas águas” (Atkins)</p><p>“ Eles estão sempre ao redor do navio, à espera de que de algum corpo seja jogado</p><p>nas águas” (Crow)</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes – Capítulo 2 – Páginas 31 à 36</p><p>O Leilão</p><p>✓ Em 1444, ocorreu o primeiro leilão de africanos escravos em Portugal;</p><p>✓ Dos seus porões começou a sair uma carga inusitada de 235 homens, mulheres e</p><p>crianças, todos escravos que ali seriam arrematados em leilão;</p><p>✓ O primeiro lote, de 46 escravos, ficou reservado para o infante dom Henrique;</p><p>✓ Gomes Exames de Azurara, descreve como ocorreu o primeiro leilão.</p><p>“Uma coisa maravilhosa de se ver, porque entre eles havia alguns de razoada</p><p>brancura, formosos [...]; outros menos brancos, como os pardos; outros tão negros</p><p>como os etíopes, disformes nas feições, tanto nos rostos como nos corpos, como a</p><p>representar imagens do hemisfério inferior”</p><p>“O campo estava cheio de gente, tanto do lugar como das aldeias e comarcas dos</p><p>arredores, a qual deixava naquele dia folgar suas mãos, em que estava a força de seu</p><p>ganho, somente para ver aquela novidade”</p><p>O infante, por sua vez, estava “ali em cima de um poderoso cavalo, acompanhado de</p><p>suas gentes, repartindo suas mercês, como homem que de sua parte queria fazer</p><p>pequeno tesouro”</p><p>✓ As regras do leilão estavam definidas nas leis portuguesas e previam que dom</p><p>Henrique teria a prerrogativa de escolher em primeira mão 46 cativos que julgasse mais</p><p>fortes e saudáveis. Era sua cota pessoal, o chamado “Quinto Real”, equivalente a 20%</p><p>sobre o total das cargas dos navios que lhe cabiam na condição de financiador e</p><p>organizador da expedição africana.</p><p>✓ Desse modo, a partir do leilão de 1444 em Lagos, o comércio de escravos ajudaria a</p><p>financiar as chamadas viagens dos descobrimentos. O sangue, o suor e o sacrifício dos</p><p>cativos permitiriam que os portugueses, no meio século seguinte, chegassem ao Brasil,</p><p>que logo se firmaria como a maior e mais lucrativa colônia do Império Português, e</p><p>também a mais dependente de mão de obra escrava.</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes – Capítulo 3 – páginas 37 à 47</p><p>As Origens</p><p>✓ O uso de mão de obra cativa foi o alicerce de todas as antigas civilizações, incluindo</p><p>a egípcia, a grega e a romana. Era um dos principais negócios dos vikings. Na Idade</p><p>Média, deu sustentação ao desenvolvimento da Inglaterra, da França, da Espanha, da</p><p>Rússia, da China e do Japão. Floresceu entre os povos pré-colombianos da América,</p><p>como os incas, do Peru, e os astecas, do México. Assegurou a prosperidade de Veneza,</p><p>Gênova e Florença no auge do Renascimento Italiano. A expansão do islã foi possível</p><p>mediante a escravização de milhares e milhares de pessoas;</p><p>✓ Segundo Orlando Patterson:</p><p>“A escravidão existiu desde o início da história da humanidade até o século XX, nas</p><p>sociedades mais primitivas e também nas mais avançadas”;</p><p>“Não há uma única região do planeta que em algum momento não tenha abrigado</p><p>essa instituição. Provavelmente não existe hoje nenhum grupo de pessoas cujos</p><p>ancestrais nunca tenham sido em algum momento escravos ou donos de escravos”;</p><p>“Na verdade, ela aumentou justamente em épocas e culturas que a moderna</p><p>civilização ocidental considera hoje como divisoras de águas na história do seu</p><p>desenvolvimento”;</p><p>✓ Entre 1580 e 1600, centenas de cativos gregos, eslavos, turcos, franceses e alemães</p><p>ainda podiam ser vistos em Havana, capital de Cuba, Cartagena das Índias, na atual</p><p>Colômbia, e na Ilha de Santo Domingo, hoje Haiti e República Dominicana,</p><p>trabalhando em lavouras de açúcar ao lado de escravos africanos negros;</p><p>✓ Segundo David Brion Davis, o destino do escravo não lhe pertencia. Privado de</p><p>qualquer possibilidade de escolha, estaria sempre à mercê da vontade e das</p><p>necessidades do seu amo;</p><p>✓ Pela lei islâmica, uma escrava tomada como concubina não poderia mais ser vendida</p><p>uma vez que desse à luz um filho do seu amo. Esse filho seria tecnicamente livre, tanto</p><p>quanto a mãe também seria quando o seu dono falecesse;</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>✓ Segundo Orlando Patterson:</p><p>“Não existe uma única sociedade escravista em que o chicote não tenha sido um</p><p>instrumento indispensável”;</p><p>✓ Segundo Paul E. Lovejoy:</p><p>“a escravidão era fundamentalmente uma maneira de negar ao forasteiro, ou</p><p>estrangeiro, o outro, os direitos e privilégios de uma sociedade em particular,</p><p>de</p><p>modo que pudesse ser explorado com objetivos econômicos, políticos ou sociais”;</p><p>✓ O que pensava Aristóteles sobre a escravidão:</p><p>“A humanidade se divide em duas: os senhores e os escravos; aqueles que têm o</p><p>direito de mando e os que nasceram para obedecer”</p><p>“ambos nos emprestam os seus esforços físicos para satisfazer nossas</p><p>necessidades”;</p><p>✓ O mais famoso mercado de escravos do Império Romano, era capaz de fornecer</p><p>escravos treinados de acordo com a demanda do freguês, como músicos, escribas,</p><p>malabaristas, cozinheiros, carpinteiros, ferreiros e ourives;</p><p>✓ A história da escravidão na América se distingue das formas mais antigas de cativeiro</p><p>por duas características principais. A primeira é o regime de trabalho, e a segunda é o</p><p>nascimento de uma ideologia racista, que passou a associar a cor da pele à condição de</p><p>escravo. As raízes da ideologia racista, eram muitas vezes, resultante de observações</p><p>pretensamente científicas, que se referiam não apenas às diferenças relacionadas à cor</p><p>da pele, mas também a alguns traços anatômicos peculiares dos negros, como o formato</p><p>dos olhos, da cabeça e do nariz;</p><p>✓ A mais antiga e recorrente justificativa teológica para a escravização dos negros</p><p>africanos é a chamada “maldição de Cam”, baseada em um trecho da Bíblia, que diz:</p><p>“Maldito seja Canaã. Que se torne o último dos escravos de seus irmãos”;</p><p>“Um dos efeitos do pecado original de nossos primeiros pais, Adão e Eva, donde se</p><p>originaram todos os nossos males”</p><p>“O pecado foi o que abriu as portas por onde entrou o cativeiro”</p><p>“É a mesma geração dos pretos que nos servem; e, aprovando Deus essa maldição,</p><p>foi condenada à escravidão e cativeiro”;</p><p>✓ Voltaire, faz uma afirmação de como seriam os negros.</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>“Os olhos redondos, o nariz achatado, os lábios sempre grossos, o formato diferente</p><p>das orelhas, o cabelo encrespado na cabeça, e mesmo a sua capacidade mental</p><p>estabelecem uma prodigiosa diferença entre eles e as outras espécies de seres</p><p>humanos”;</p><p>✓ O alemão Immanuel Kant escreveu em 1764, que a diferença entre as duas raças</p><p>(negra e branca) é muito substancial. A distância no que diz respeito às faculdades</p><p>mentais parece ser tão grande quanto a da cor (da pele);</p><p>✓ Para Georg W. Friedrich Hegel, a África não merecia atenção dos povos ocidentais</p><p>por ser um continente, na sua visão, sem qualquer contribuição significativa à história</p><p>do mundo.</p><p>“A falta de controle distingue o caráter dos negros”</p><p>“Essa condição incapacita o desenvolvimento e a cultura”</p><p>“A única essencial ligação que existiu e permaneceu entre negros e europeus é</p><p>aquela da escravidão”;</p><p>✓ Para o historiador Eric Williams.</p><p>“A escravidão não nasceu do racismo; mas o racismo foi a consequência da</p><p>escravidão”;</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes – Capítulo 4 – Páginas 48 à 52</p><p>Em nome de Alá</p><p>✓ Praticada por todas as civilizações desde os primórdios da história humana, o uso de mão</p><p>de obra cativa ganhou fôlego renovado a partir do século VII, com a expansão do islã.</p><p>✓ A escravidão foi a base da expansão do islã. Em 1960, um relatório dizia que peregrinos</p><p>muçulmanos da África vendiam escravos para pagar suas despesas de viagens ao chegar a</p><p>Meca, na Arábia Saudita.</p><p>✓ Segundo o historiador Paul E. Lovejov:</p><p>“A escravidão já era fundamental para a ordem social, econômica e política em toda a</p><p>região norte da África, na Etiópia e na costa do Oceano Índico por muitos séculos antes</p><p>da chegada dos europeus”</p><p>“O cativeiro era uma atividade organizada, sancionada pela lei e pelos costumes”</p><p>✓ Os reis providenciavam mulheres para que os escravos, todos eles homens, pudessem se</p><p>reproduzir. As crianças ali nascidas eram rapidamente treinadas para o trabalho de</p><p>mineração, que executariam durante o resto de suas vidas.</p><p>✓ Segundo Ibn Battuta, um cronista muçulmano, a maioria dos cativos que seguia por essas</p><p>rotas através do deserto era composta de eunucos e mulheres.</p><p>✓ O explorador escocês Mungo Park, relatou como os 35 cativos dessa caravana eram</p><p>transportados e vigiados ao longo da viagem:</p><p>“ Eles seguem amarrados, a perna esquerda de um presa à perna direita do outro pelo</p><p>mesmo par de argolas; essas argolas são ligadas em fileiras entre si por cordas, de modo</p><p>que eles podem andar, embora muito lentamente. Além das argolas nos pés, cada grupo</p><p>de quatro escravos é também atado por uma longa corda presa ao pescoço. À noite, mais</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>um par de argolas é amarrado aos seus pulsos e, às vezes, também uma pequena corrente</p><p>de ferro é passada pelo pescoço”</p><p>✓ Os relatos de todos esses viajantes retratam duas facetas do tráfico muçulmano que até</p><p>hoje causam curiosidade entre os leitores e estudiosos do assunto: as escravas destinadas</p><p>ao harém e os eunucos, seus guardiões.</p><p>✓ Os eunucos, por sua vez, eram homens privados da virilidade mediante a castração dos</p><p>órgãos genitais ainda na adolescência, assim, estavam impedidos de criar um novo grupo</p><p>social pela formação de laços de parentesco de qualquer espécie.</p><p>✓ Entre a Idade Média e o início da expansão portuguesa no século XIV, o cativeiro e o</p><p>tráfico de cativos afetavam indistintamente muçulmanos e cristãos. Uma história exemplar</p><p>desse período é a do advogado, viajante e cronista muçulmano Al-Hasan ibn Mohammed</p><p>al-Wazzan al-Zaaiyati. Que em 1519, no regresso de uma peregrinação a Meca, foi</p><p>capturado como escravo por corsários cristãos no Mediterrâneo e enviado de presente ao</p><p>papa Leão X. Morreu em Túnis, atual capital da Tunísia, reconvertido ao islã.</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>ESCRAVIDÃO – VOLUME 1</p><p>Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares</p><p>Laurentino Gomes – Capítulo 5 – Páginas 53 à 58</p><p>O Patrono</p><p>✓ O infante dom Henrique é hoje uma figura nebulosa na história do Brasil e de</p><p>Portugal, tanto quanto a misteriosa Fortaleza de Sagres. A ele o papel de artífice,</p><p>incentivador e mecenas das grandes navegações, considerado um amante da literatura</p><p>e das ciências, “Henrique, o Navegador”.</p><p>✓ Segundo o historiador Malyn Newitt:</p><p>“Henrique não era versado em geografia nem em matemática, não tinha qualquer</p><p>conhecimento de náutica, e a suposta existência de um grupo de cientistas ao redor</p><p>dele nunca se comprovou”</p><p>✓ O Bojador era uma espécie de barreira psicológica aos europeus. Os mistérios que</p><p>envolviam o local também explicariam o trágico destino dos irmãos genoveses Ugolino</p><p>e Vadino Vivaldi, que, em 1291, cruzaram o Bojador e nunca mais se teve notícias. A</p><p>famosa barreira foi, finalmente, vencida em 1434 pelo português Gil Eanes, primeiro</p><p>navegador a ultrapassar o Bojador e voltar para casa são e salvo.</p><p>✓ O rei dom Manuel se autodenominava na carta que enviou ao papa Alexandre VI,</p><p>em agosto de 1499, anunciando o retorno de Vasco da Gama, ele era o dono do mundo:</p><p>“rei</p><p>de Portugal e dos Algarves, d’aquém e de d’além-mar em África, senhor da</p><p>Guiné e da conquista da navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”</p><p>✓ Em um século, onze diferentes bulas papais concederam privilégios à Ordem de</p><p>Cristo, incluindo monopólio nas navegações, posse de terras, isenção de taxas e</p><p>impostos e autorização para capturar e vender escravos.</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA</p><p>COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS</p><p>CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA</p><p>LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA</p><p>LITERATURA PORTUGUESA II</p><p>Boa Vista – RR, 04 de abril de 2024</p><p>✓ Segundo Jorge Caldeira:</p><p>“Em Tomar e em Lagos, os navegadores progrediam na hierarquia apenas depois</p><p>que sua lealdade era comprovada, se possível em batalha”</p><p>“Só então tinham acesso aos relatórios reservados de pilotos que já haviam</p><p>explorado regiões desconhecidas e a preciosidades como as tábuas de declinação</p><p>magnética.”</p><p>BIBLIOGRAFIA</p><p>Gomes, Laurentino, 1956 Escravidão : do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte</p><p>de Zumbi dos Palmares, volume 1 / Laurentino Gomes. – 1. Ed. – Rio de Janeiro : Globo</p><p>Livros, 2019. (Uma história da escravidão no Brasil ; 1) recurso digital Inclui bibliografia</p><p>e índice Formato: ebook Requisitos do sistema: Modo de acesso: world wide web ISBN</p><p>9786580634033 (recurso eletrônico) 1. Escravidão – Brasil – História. I. Título. II. Série.</p>