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<p>Sumário</p><p>1</p><p>Apresentação......................................................................2</p><p>Resumo.................................................................................3</p><p>Introdução...........................................................................4</p><p>A Importancia do Conhecimento Sobre o DM.....6</p><p>Tipos de Diabetes.............................................................7</p><p>Glicosímetro......................................................................10</p><p>Interferencias da Diabete na Saude Bucal...........11</p><p>Atendimento Odontológico.......................................14</p><p>Pacientes Diabéticos de Diferentes Idades..........18</p><p>Horátio do Atendimento.............................................20</p><p>Medicamnetos em Pacientes Diabéticos...............21</p><p>Considerações Finais....................................................24</p><p>Referencial teórico........................................................25</p><p>Apresentação</p><p>Gustavo Rodrigues Montalto Mourão - 600924524</p><p>Flavia Rodrigues Montalto Santos - 600925074</p><p>Jhonny Reis Branco de Oliveira - 600921426</p><p>Gabriel Pereira Austregésilo da Silva - 600733159</p><p>Maria de Fátima Ferreira da Silva - 600928344</p><p>Mary Elen da Rocha Tavares - 600927355</p><p>Sabrine Correos Barcelos - 600513970</p><p>Curso.: Odontologia - UNIVERSO / SG</p><p>Semiologia</p><p>Docente : Alice Diniz</p><p>Rio de Janeiro</p><p>2023.2</p><p>2</p><p>RESUMO</p><p>3</p><p>A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica que se particulariza pela</p><p>hiperglicemia, isto é, o aumento na quantidade de glicose no sangue que pode</p><p>provir da insuficiência da formação, secreção e ação da insulina produzida pelas</p><p>células beta das ilhotas de Langerhans no pâncreas. Alguns dos sinais e sintomas</p><p>mais encontrados em pacientes diabéticos são a poliúria, polidipsia, polifagia e</p><p>perda de peso. A cavidade bucal também pode apresentar sinais e sintomas bucais</p><p>muito característicos da diabetes. Abordar as condutas odontológicas perante um</p><p>paciente diabético, apontar aspectos relevantes de como proceder à frente ao</p><p>atendimento odontológico e esclarecer informações sobre a doença se faz</p><p>extremamente necessário.</p><p>O Diabetes Mellitus (DM) representa um dos mais importantes problemas de</p><p>saúde pública, tendo grande repercussão social e econômica, como também</p><p>comprometendo a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos portadores de</p><p>tal patologia. Trata-se de uma doença sistêmica a qual engloba um grupo de</p><p>distúrbios metabólicos, resultante de uma falha na secreção e/ou na atividade da</p><p>insulina, gerado pelo aumento de níveis de glicose no sangue, identificado como a</p><p>hiperglicemia. Estes distúrbios também podem incluir redução na secreção de</p><p>insulina, diminuição da utilização da glicose e aumento da produção de glicose.</p><p>Seus principais sintomas são a polidipsia (sede excessiva), poliúria (aumento</p><p>do volume urinário), polifagia (fome excessiva) e perda de peso, também podendo</p><p>ocasionar disfunção e falência de alguns órgãos.</p><p>4</p><p>Introdução</p><p>Ela atinge 17 em cada 1.000 pessoas entre os 25 e 44 anos. E, a cada 1.000 pessoas,</p><p>79 estão acima dos 65 anos. Sabe-se, ainda, que 3 a 4% dos pacientes adultos que</p><p>realizam algum tipo de tratamento odontológico são diabéticos. O Diabetes tipo II tem</p><p>atingido mais de 217 milhões de pessoas em todo o mundo, devendo aumentar</p><p>futuramente a sua predominância. De acordo com a Organização Mundial de Saúde</p><p>(OMS), cerca de 366 milhões de pessoas terão Diabetes Mellitus, aproximadamente, até</p><p>o ano de 2030. O diabetes está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de</p><p>desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, como também de</p><p>neuropatias, pode resultar em cegueira, insuficiência renal e amputações de membros.</p><p>Visto isso, é fundamental o conhecimento das características clínicas apresentadas por</p><p>estes pacientes, bem como a atuação do cirurgião-dentista em equipes</p><p>multiprofissionais, assim possibilitando oferecer os cuidados adequados aos portadores</p><p>do diabetes.</p><p>IMPORTANTE</p><p>5</p><p>Introdução</p><p>6</p><p>Para manter um melhor controle do paciente</p><p>portador de DM, é de grande importância levar em</p><p>consideração o sistema de saúde, as necessidades do</p><p>paciente e os recursos locais oferecidos. O manejo</p><p>adequado do DM no nível de atenção básica poderia</p><p>reduzir os efeitos econômicos adversos para famílias</p><p>e a sociedade.</p><p>A integração de uma equipe multidisciplinar</p><p>para o desenvolvimento de atividades que tenham</p><p>como objetivo elevar os níveis de saúde da população</p><p>é sem dúvidas a essência para um manejo adequado</p><p>destes pacientes.</p><p>A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE O DM PARA</p><p>OS CIRURGIÕES DENTISTAS</p><p>TIPOS DE DIABETES</p><p>7</p><p>O diabetes tipo 1 surge em geral até os 30 anos, atingindo preferencialmente crianças e</p><p>adolescentes, podendo, entretanto, afetar pessoas de qualquer idade. Caracteriza-se por</p><p>deficiência de produção de insulina no pâncreas, causando assim dificuldades ao fígado de</p><p>compor e manter os depósitos de glicogênio que é vital para o organismo, com isso acumulando</p><p>açúcar no sangue, levando a hiperglicemia. Neste caso, as células do pâncreas que normalmente</p><p>produzem insulina são destruídas e, quando pouca ou nenhuma insulina vem do pâncreas, o</p><p>corpo não consegue absorver a glicose do sangue e as células ficam sem insulina.</p><p>No diabetes tipo 1, o pâncreas não consegue produzir insulina, por essa razão ela dever ser</p><p>reposta. A reposição de insulina pode ser realizada através de injeção. Como a insulina é</p><p>destruída no estômago, ela não pode ser administrada por via oral.</p><p>Existem classificações feitas por meio da etiologia para essa doença, podendo ser: do</p><p>tipo I, tipo II, entre outros tipos específicos.</p><p>TIPO I</p><p>TIPO II</p><p>O diabetes tipo 2 é causado pela resistência à insulina e obesidade. Ocorre em</p><p>pessoas com mais de 40 anos. O pâncreas secreta insulina normalmente, mas sobram</p><p>insulina e glicose no sangue. O pâncreas libera muita insulina levando as células β a</p><p>se deteriorarem. Essas células β por terem sido destruídas acabam por não produzir</p><p>insulina e o indivíduo passa a ter a necessidade de tomar insulina e medicamentos</p><p>para aumentar a sensibilidade à insulina. O diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome</p><p>heterogênea que resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina, sendo que a</p><p>patogênese de ambos os mecanismos está relacionada a fatores genéticos e</p><p>ambientais.</p><p>A insulina é injetada na pele, na camada de gordura, normalmente no membro superior, na coxa</p><p>ou na parede abdominal. O uso de seringas pequenas com agulhas finas torna as injeções</p><p>praticamente indolores.</p><p>IMPORTANTE</p><p>TIPOS DE DIABETES</p><p>8</p><p>TIPO GESTACIONAL</p><p>O diabetes melito gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose de graus</p><p>variáveis com início ou primeiro diagnóstico durante o segundo ou terceiros trimestres da</p><p>gestação. Sua incidência é variável, sendo estimada em 3% a 8% das gestantes. A gestação é</p><p>um estado hiperinsulinêmico caracterizado por uma diminuição da sensibilidade à insulina,</p><p>parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como a</p><p>progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário.</p><p>O comprometimento fetal decorre primordialmente da hiperglicemia materna, que por</p><p>difusão facilitada chega ao feto. A hiperglicemia fetal, por sua vez, estimula a produção</p><p>exagerada de insulina que interfere na homeostase fetal, desencadeando: macrossomia, fetos</p><p>grandes para idade gestacional (GIG), aumento das taxas de cesárea, traumas de canal de</p><p>parto etc. Historicamente, a introdução da insulina na terapêutica da gestante diabética foi</p><p>um marco na qualidade da assistência a essas mulheres. Os dados sobre diabetes e gestação</p><p>anteriores à utilização clínica da insulina são sombrios, com relato de cerca de 30% de</p><p>mortalidade materna durante a gestação e 50% de óbitos perinatais. Após a aplicação da</p><p>insulina no controle do DMG, diminuíram significativamente suas complicações perinatais,</p><p>com grande impacto principalmente na taxa de</p><p>óbitos fetais.</p><p>TIPOS DE DIABETES</p><p>9</p><p>Os glicosímetros são dispositivos médicos que têm por finalidade apontar a medição aproximada</p><p>da concentração de glicose no sangue.</p><p>GLICOSÍMETRO</p><p>10</p><p>INTERFERÊNCIA DO DIABETES NA SAÚDE BUCAL E SUAS</p><p>MANIFESTAÇÕES</p><p>O paciente diabético apresenta inúmeras</p><p>alterações fisiológicas responsáveis por</p><p>diminuir a capacidade imunológica e a</p><p>resposta inflamatória, tornando-o mais</p><p>suscetível a infecções. Muitas dessas</p><p>alterações são encontradas na cavidade oral, a</p><p>exemplo têm-se a doença periodontal.</p><p>Assim, o diabetes, além de afetar</p><p>negativamente o fluxo salivar, também</p><p>aumenta o risco de incidência da periodontite,</p><p>o que pode ser explicado por fatores</p><p>microbianos, alterações vasculares e na</p><p>microflora oral, síntese alterada de colágeno,</p><p>disfunção de neutrófilos e até predisposição</p><p>genética.11</p><p>Além disso, a ausência do controle</p><p>metabólico pode estar relacionada à</p><p>presença de infecções fúngicas, como é o</p><p>caso da candidíase oral que inclui glossite</p><p>romboide mediana, glossite atrófica,</p><p>candidíase pseudomembranosa e quelite</p><p>angular.</p><p>Outro aspecto comum entre os</p><p>portadores de diabetes não controlada é a</p><p>síndrome de ardência bucal, glossodinia e a</p><p>grande susceptibilidade a cárie dentária</p><p>devido à maior concentração de glicose</p><p>salivar, aumento da acidez do meio bucal,</p><p>da viscosidade e hipocalcificação do</p><p>esmalte.</p><p>INTERFERÊNCIA DO DIABETES NA SAÚDE BUCAL E SUAS</p><p>MANIFESTAÇÕES</p><p>12</p><p>INTERFERÊNCIA DO DIABETES NA SAÚDE BUCAL E SUAS</p><p>MANIFESTAÇÕES</p><p>13</p><p>Pacientes com controle inadequado do</p><p>diabetes têm significativamente mais</p><p>sangramento gengival e gengivite do que</p><p>aqueles com controle moderado e bom e do</p><p>que pacientes que não apresentam a doença.</p><p>Os tecidos periodontais dos pacientes</p><p>diabéticos tipo 2 quando comparados aos</p><p>pacientes saudáveis apresentam:</p><p>• maior grau de vascularização;</p><p>• maior grau de espessamento de parede</p><p>vascular;</p><p>• obliteração total e parcial de luz vascular;</p><p>• alterações vasculares nos tecidos gengivais.</p><p>Durante o atendimento odontológico o profissional cirurgião</p><p>dentista se depara com casos atípicos em que a consulta necessita de</p><p>um atendimento diferenciado e personalizado, mediante as</p><p>necessidades do paciente. Nesse sentido, na primeira consulta</p><p>odontológica, o cirurgião-dentista deve obter informações a respeito</p><p>do tipo de DM, tratamentos prévios e medicações utilizadas pelo</p><p>paciente, bem como classificá-lo de acordo com o grau de risco para</p><p>os procedimentos clínicos. Também devem ser investigados quadros</p><p>infecciosos, uso de antibióticos e de outros medicamentos para</p><p>complicações relacionadas à referida doença.</p><p>É importante ressaltar que pacientes submetidos à insulinoterapia apresentam suscetibilidade</p><p>aumentada à hipoglicemia durante o procedimento odontológico. Adicionalmente, os</p><p>hipoglicemiantes orais podem sofrer interações medicamentosas com fármacos prescritos pelo</p><p>cirurgião-dentista.</p><p>IMPORTANTE</p><p>O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE DIABÉTICO</p><p>14</p><p>15</p><p>Nos casos ainda não diagnosticados, o cirurgião-dentista deve</p><p>estar atento a possíveis sinais e sintomas como perda de peso e</p><p>polifagia, que são sugestivos de diabetes tipo I, ou ainda hipertensão</p><p>e obesidade, os quais sugerem diabetes tipo II. No exame intraoral,</p><p>devem ser avaliados diversos parâmetros periodontais, a exemplo da</p><p>presença de biofilme e/ou cálculo dentário, sangramento gengival,</p><p>profundidade de sondagem, recessão gengival, mobilidade dentária,</p><p>lesões de furca, bem como a presença de cáries, restaurações</p><p>defeituosas, infecções e hálito cetônico.</p><p>Condutas preventivas em pacientes com DM são essenciais,</p><p>principalmente tendo em vista o aumento do risco de doença</p><p>periodontal em pacientes diabéticos. Torna-se necessário, portanto,</p><p>incluir na conduta clínica uma criteriosa avaliação da saúde do</p><p>periodonto, além de profilaxias frequentes, em associação a</p><p>orientações de higiene oral. Embora existam vários estudos que</p><p>apontam esta relação entre a doença periodontal e o DM, ainda há</p><p>um desconhecimento por parte dos indivíduos doentes a respeito da</p><p>importância de manter a saúde bucal.</p><p>O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE DIABÉTICO</p><p>16</p><p>O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE DIABÉTICO</p><p>Alguns estudos apontam que</p><p>pacientes diabéticos, em comparação a</p><p>indivíduos saudáveis, têm maiores</p><p>riscos de desenvolvimento de doenças</p><p>periodontais, comumente</p><p>apresentando reabsorção óssea</p><p>alveolar, inflamação gengival e</p><p>abscessos do periodonto.</p><p>17</p><p>Para uma realização de uma consulta adequada o paciente deve estar com</p><p>seu metabolismo estável, sob um acompanhamento médico e com uma boa</p><p>resposta terapêutica. Descompensações metabólicas podem gerar complicações</p><p>durante o procedimento, no qual torna-se necessário o adiamento da seção até</p><p>que o quadro se estabilize, para retornar com o tratamento. A ansiedade e o</p><p>medo do paciente devem ser observados e controlados, pois podem levá-lo a</p><p>uma hiperglicemia, visto que a adrenalina liberada promove um aumento da</p><p>glicemia.</p><p>O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE DIABÉTICO</p><p>18</p><p>Estudos demostram que adultos diabéticos apresentam maior gravidade das</p><p>condições periodontais quando comparados aos não diabéticos e esses</p><p>apresentam mais chance de sofrer perda de tecido periodontal de suporte. E</p><p>ainda, dados relatam um aumento da presença de doenças crônicas com a idade,</p><p>o que justifica o alto índice de idosos diabéticos que sofrem com a doença</p><p>periodontal. A difícil cicatrização inerente aos pacientes que sofrem desta</p><p>patologia, associada à má higiene bucal e uso de próteses parciais mal adaptadas</p><p>ressaltam a dificuldade e a necessidade de um maior cuidado na atuação de</p><p>tratamento odontológico desta faixa etária.</p><p>Dessa forma, é necessário que o Cirurgião Dentista reconheça os mecanismos</p><p>do processo de envelhecimento e que também contribua para prevenção de</p><p>enfermidades no idoso, como é o caso de apresentar dificuldades ao manusear os</p><p>medicamentos e seguir dietas ou prescrições, com risco, inclusive, de ocorrer a</p><p>troca de medicação, trazendo prejuízos ao paciente e reafirmando a importância</p><p>de uma orientação redobrada dos profissionais que os acompanham.</p><p>ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A PACIENTES DIABÉTICOS DE</p><p>DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS</p><p>19</p><p>Quanto à ocorrência do diabetes nos pacientes da</p><p>Odontopediatria, a incidência desta patologia aumentou, devido à</p><p>obesidade, podendo ser influenciada pela etnia, histórico familiar,</p><p>desenvolvimento no útero e por fatores maternos. As complicações</p><p>relatadas mais devastadoras da disfunção salivar foram a dificuldade</p><p>na lubrificação, mastigação, degustação e deglutição as quais</p><p>prejudicam a ingestão alimentar e ainda favorece ao aumento no</p><p>índice de cárie dentária. Neste caso é necessário, atuar além do</p><p>tratamento odontológico, mas também elaborar um plano</p><p>interdisciplinar com a colaboração do paciente, da família e de toda</p><p>médica, onde serão necessários ter conta parâmetros como idade,</p><p>horários, as suas condições, a atividade física, fatores culturais e se faz</p><p>uso de alguma medicação.</p><p>Assim, é imprescindível a promoção de um estilo de vida</p><p>saudável com programas comportamentais e nutricionais com efeitos</p><p>a longo prazo e que sejam aplicados desde a infância para que os</p><p>valores da obesidade sejam diminuídos e consequentemente atuar na</p><p>diminuição da frequência de diabetes e as doenças periodontais por</p><p>ela ocasionadas.</p><p>ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A PACIENTES DIABÉTICOS DE</p><p>DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS</p><p>O atendimento odontológico aos pacientes diabéticos deve ser</p><p>adaptado conforme as suas particularidades, levando-se em</p><p>consideração o horário e o tempo dos procedimentos clínicos. O</p><p>melhor horário para consultas dos referidos pacientes é no período da</p><p>manhã, em que a insulina atinge seu nível máximo de secreção.</p><p>Adicionalmente, durante a manhã, os níveis endógenos de</p><p>corticosteroides estão mais elevados, permitindo uma maior</p><p>tolerância do paciente ao aumento da adrenalina e da glicemia, que</p><p>resultam de situações de estresse.</p><p>Consultas longas devem ser evitadas, pois podem levar o paciente</p><p>a quadros de ansiedade. Além disso, o paciente deve alimentar-se</p><p>normalmente antes das consultas. O cirurgião-dentista deve</p><p>esclarecê-lo sobre a adequada dieta e higiene bucal, bem como aferir a</p><p>pressão arterial antes e após as consultas. Nos casos em que o</p><p>atendimento necessitar de tempo maior que o previsto e o paciente</p><p>apresentar sinais de hipoglicemia, o cirurgião-dentista deverá</p><p>interromper o procedimento clínico e oferecer ao paciente algum</p><p>alimento leve, no intuito de reverter o quadro de hipoglicemia.</p><p>20</p><p>HORÁRIO DE ATENDIMENTO</p><p>A anestesia local define-se como um bloqueio reversível da</p><p>condução nervosa, que determina a perda das sensações sem</p><p>alteração do nível de consciência. Um bom anestésico deve possuir</p><p>baixa toxicidade sistêmica, não irritar os tecidos e não causar lesão</p><p>permanente às estruturas nervosas. O tempo para início do efeito</p><p>anestésico deve ser o mais curto possível e a sua ação deve ser</p><p>reversível, com duração suficiente para a realização do procedimento</p><p>cirúrgico.</p><p>A lidocaína, considerada um anestésico local de curta duração,</p><p>assim como os anestésicos com longo tempo de atuação, os quais</p><p>exercem influência sobre a atividade do miocárdio, não devem ser as</p><p>primeiras escolhas para pacientes diabéticos. O anestésico</p><p>mepivacaína a 3% sem vasoconstritor, bem como a prilocaína</p><p>associada à felipressina, podem ser administrados em pacientes</p><p>diabéticos. A felipressina pode ser utilizada com estabilidade em</p><p>pacientes compensados através de dieta, em pacientes</p><p>insulinodependentes ou que fazem uso de medicamentos</p><p>hipoglicemiantes orais.</p><p>21</p><p>MEDICAMENTOS, ANTIBIÓTICOS E ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES</p><p>DIABÉTICOS</p><p>Em relação ao uso da epinefrina, conhecimentos atuais mostram que este</p><p>vasoconstritor exerce um efeito farmacológico oposto ao da insulina, contribuindo</p><p>para o aumento da glicemia, particularmente em quadros de diabetes</p><p>descompensado. A administração de vasoconstrictores do grupo das catecolaminas,</p><p>a exemplo da epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina) e</p><p>levonordefrina (neocoberfina), não é recomendada nestes pacientes até que haja o</p><p>controle glicêmico. Sendo assim, admite-se o uso desses vasoconstritores em</p><p>pacientes com o diabetes controlado, restringindo o uso destes fármacos a 3 a 4</p><p>tubetes por sessão.</p><p>Além disso, alguns anti-inflamatórios não-esteróides, como o Ácido Acetil</p><p>Salicílico, podem competir com os hipoglicemiantes orais pelos mesmos sítios de</p><p>ligação com proteínas plasmáticas, deslocando-as e impedindo a ligação. Assim,</p><p>esses hipoglicemiantes podem ter seu efeito potencializado, ocasionando um</p><p>quadro de hipoglicemia. Contudo, para o cirurgião-dentista prescrever anti-</p><p>inflamatórios não-esteróides para um paciente diabético, deve-se trocar</p><p>informações com o médico dele. Os anti-inflamatórios mais indicados para</p><p>pacientes diabéticos são benzidamina e diclofenaco. O uso de antibióticos em</p><p>pacientes com bom controle glicêmico só deve ser realizado quando existirem sinais</p><p>e sintomas sistêmicos de infecções. Já nos pacientes com diabetes não controlada,</p><p>mesmo na ausência de sinais de infecções, é indicado a profilaxia antibiótica.</p><p>22</p><p>MEDICAMENTOS, ANTIBIÓTICOS E ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES</p><p>DIABÉTICOS</p><p>Como também, em caso de dor, pode ser</p><p>usado analgésicos simples como o acetaminofeno</p><p>e dipirona. Nos casos graves, usar preparações</p><p>com codeína. O uso de clorexidina durante o</p><p>tratamento é indicado, pois permite a prevenção</p><p>da doença periodontal. Com relações as</p><p>radiografias e moldagens elas podem ser</p><p>realizadas sem restrição, já as exodontias,</p><p>raspagem e cirurgias periodontais, endodontias,</p><p>apicectomias, injeções anestésicas locais</p><p>intraligamentares e limpeza profilática com</p><p>sangramento, deve-se avaliar uso de</p><p>antibioticoterapia.</p><p>23</p><p>MEDICAMENTOS, ANTIBIÓTICOS E ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES</p><p>DIABÉTICOS</p><p>Diante da alta ocorrência de Diabetes Mellitus e suas</p><p>complicações para o paciente, nota-se, a importância do</p><p>conhecimento do cirurgião-dentista no que diz respeito aos</p><p>aspectos clínicos, epidemiológicos, patogênicos e etiológicos da</p><p>doença, com o intuito de adotar condutas clínicas adequadas a</p><p>condição particular de cada paciente, promovendo, assim, bem-</p><p>estar e melhores condições de saúde.</p><p>Há casos, entretanto, em que se faz necessário atuar além</p><p>do tratamento odontológico, mas também na promoção de um</p><p>plano multidisciplinar com a colaboração tanto do paciente,</p><p>quanto da família e de toda equipe médica, devendo ser</p><p>considerado: idade, condições sociais, constância de atividades</p><p>físicas, horários e fatores culturais. Programas</p><p>comportamentais e nutricionais podem motivar a adoção de um</p><p>estilo de vida saudável, diminuindo, dessa forma, a frequência</p><p>do diabetes e de suas consequentes doenças.</p><p>Considerações Finais</p><p>24</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>25</p><p>1. LABOLITA, K. A.; SANTOS, I. B.; BALBINO, V. C.; ANDRADE, G. L.; ARAUJO, I. C.; FERNANDES, D. C. ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA</p><p>À PACIENTES DIABÉTICOS. Caderno de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde - UNIT - ALAGOAS, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 89, 2020.</p><p>Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/6835. Acesso em: 2 set. 2023</p><p>2. LUCENA, Joana Bezerra da Silva. Diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2. Monografia]. São Paulo (SP): Centro Universitário das Faculdades</p><p>Metropolitanas Unidas, 2007. Acesso em: 2 set. 2023</p><p>3. MAGANHA, Carlos Alberto et al. Tratamento do diabetes melito gestacional. Revista da associação médica brasileira, v. 49, p. 330-</p><p>334, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/DDwhTGjXMfXmWrKmWhWqvKh/?lang=pt. Acesso em: 2 set. 2023</p><p>4. OLIVEIRA, Marcia de Freitas et al. Cuidados odontológicos em pacientes diabéticos. ACM arq. catarin. med, p. 158-170, 2019.</p><p>Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1023568. Acesso em: 2 set. 2023</p><p>5. FERNANDES DE OLIVEIRA, Thais et al. Conduta odontológica em pacientes diabéticos: considerações clínicas. Odontologia</p><p>Clínico-Científica (Online), v. 15, n. 1, p. 1-5, 2016. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-</p><p>38882016000100003&script=sci_artte xt. Acesso em: 2 set. 2023</p><p>6. SOUSA, Renata Rolim de et al. O paciente odontológico portador de Diabetes Mellitus: uma revisão da literatura. 2003. Disponível</p><p>em: https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/1053/mod_page/content/3/bibliogra fia_basica/D4S4_texto19.pdf.</p><p>Acesso em: 2 set. 2023</p>