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Problemas Econômicos e Políticas Macroeconômicas

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<p>8ºAula</p><p>In ação, Desempre o e Principais</p><p>Pol ticas Macroeconômicas</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao término desta aula, vocês serão capazes de:</p><p>• conceituar inflação;</p><p>• identificar as causas da inflação e conhecer seus efeitos negativos na economia;</p><p>• analisar as causas da inflação brasileira a partir da década de 50 até a atualidade;</p><p>• entender os programas de estabilização econômica adotados no Brasil no mesmo período acima;</p><p>• conceituar desemprego;</p><p>• conhecer os tipos de desemprego;</p><p>• compreender o papel das políticas fiscal e monetária no nível de atividade econômica;</p><p>• conhecer os instrumentos de política fiscal e monetária, e como cada um deles são utilizados para atingir os objetivos</p><p>macroeconômicos básicos;</p><p>• identificar os fatores que determinam a eficácia das políticas fiscal e monetária.</p><p>Prezados(as) alunos(as), nesta aula 08, iremos analisar dois</p><p>grandes problemas econômicos que causam distorções em relação</p><p>ao equilíbrio. Estudaremos também, o papel das principais políticas</p><p>macroeconômicas (a política fiscal e a política monetária) na</p><p>correção das flutuações do produto em relação ao equilíbrio e na</p><p>solução dos dois grandes problemas econômicos: a inflação e o</p><p>desemprego. Hora de começar!</p><p>Bons estudos!</p><p>111</p><p>62Economia</p><p>Seções de estudo</p><p>1 - O Problema da Inflação</p><p>1 – O Problema da Inflação</p><p>2 – O Processo Inflacionário no Brasil: de 1950 aos dias</p><p>de hoje</p><p>3 – O Problema do Desemprego</p><p>4 – Políticas de Correção do Nível de Atividades</p><p>5 – Eficácia das Políticas Fiscal e Monetária</p><p>Inflação caracteriza-se pela elevação contínua,</p><p>generalizada e prolongada dos preços de todos os bens</p><p>produzidos na economia (PINHO & VASCONCELLOS,</p><p>2004, p. 364). Não se considera inflação o aumento de preço</p><p>de apenas um determinado produto e quando esse aumento</p><p>ocorre em um curto espaço de tempo.</p><p>A moeda de um país que vive períodos de inflação</p><p>elevada fica com seu poder de compra corroído, diminuído,</p><p>ou seja, a moeda perde seu valor no mercado. Esta seção será</p><p>dedicada ao estudo das possíveis causas da inflação e também</p><p>das suas consequências para a economia como um todo.</p><p>INFLAÇÃO</p><p>1.1 - As Causas da Inflação</p><p>Os processos inflacionários podem ser classificados</p><p>segundo os fatores que a ocasionam. A inflação pode ter</p><p>suas causas na demanda agregada, nos custos de produção</p><p>ou, ainda, nos mecanismos de indexação da economia.</p><p>Estudaremos suas causas em detalhes.</p><p>1.1.1 - Inflação de demanda</p><p>Este é considerado o tipo mais clássico de inflação.</p><p>Quando a economia está em pleno emprego de todos os</p><p>recursos produtivos que possui, se houver um aumento</p><p>da demanda agregada, a economia não terá condições de</p><p>aumentar a oferta, pois já não possui recursos disponíveis</p><p>para isso. Consequentemente, haverá um aumento no nível</p><p>geral de preços do país.</p><p>Assim, pode-se afirmar que a inflação de demanda é</p><p>causada pelo excesso de demanda em relação à quantidade</p><p>disponível (ofertada) de bens e serviços.</p><p>Para combater esse tipo de inflação, o governo deve</p><p>fazer políticas que provoquem uma redução da demanda por</p><p>bens e serviços (PINHO & VASCONCELLOS, 2004, p.</p><p>369). Exemplo das ações governamentais: redução dos gastos</p><p>do próprio governo para diminuir a quantidade de moeda em</p><p>circulação na economia e fazer com que as pessoas tenham</p><p>menos dinheiro para realizar suas transações (principalmente</p><p>as compras); restrição ao crédito, que também reduz a</p><p>disponibilidade de moeda com o objetivo de limitar a tomada</p><p>de empréstimos e as transações por parte da população;</p><p>aumento da carga tributária, a fim de reduzir a renda da</p><p>população e o consumo.</p><p>Um exemplo de inflação de demanda ocorreu no período</p><p>pós Segunda Guerra Mundial, quando a demanda era muito</p><p>maior do que a capacidade de oferta da economia.</p><p>1.1.2 - Inflação de custos</p><p>A inflação de custos, também denominada inflação de</p><p>oferta está relacionada diretamente com os custos de produção</p><p>e a demanda agregada permanece inalterada.</p><p>A inflação de custos ocorre devido à redução na oferta de</p><p>fatores de produção, consequentemente, os preços dos mesmos</p><p>aumentam. Dado que o nível de demanda agregada permanece</p><p>o mesmo, os produtores e empresas se deparam com menores</p><p>chances de lucro. Assim, para não terem seus lucros reduzidos,</p><p>os produtores e empresas repassam o aumento dos custos de</p><p>produção ao preço dos produtos.</p><p>Um exemplo de inflação de custos é o aumento dos salários.</p><p>Suponhamos que os sindicatos tenham poder para forçar um</p><p>reajuste acima do nível de produtividade. Esse aumento eleva</p><p>os custos de produção de bens e serviços e, por consequência, o</p><p>preço do produto final (PINHO & VASCONCELLOS, 2004,</p><p>p. 371). Como resultado do aumento dos custos de produção,</p><p>a inflação sobe.</p><p>1.1.3 - Inflação inercial</p><p>Para entendermos do que se trata este tipo de inflação, é</p><p>preciso antes entender o significado de indexação, um termo</p><p>muito conhecido quando o assunto é inflação.</p><p>Indexação é um mecanismo de ajuste de preços, salários,</p><p>aluguéis, tarifas etc. baseado nas variações de seus valores no</p><p>passado. Assim, se houve aumento no nível de preços no</p><p>período passado, esse aumento é automaticamente repassado</p><p>aos preços no período corrente. Haverá, então, aumento</p><p>no nível de preços correntes e, consequentemente, haverá</p><p>aumento no nível de preços futuro.</p><p>Em outras palavras, a inflação passada é automaticamente</p><p>repassada para o próximo período, fazendo com que sempre</p><p>haja inflação, pelo menos a inflação passada. Os agentes da</p><p>economia criam uma memória inflacionária, ou uma cultura</p><p>inflacionária (NUSDEU, 2008, p. 322); é a perpetuação da</p><p>inflação. Esse processo “autorrealimentador” da inflação é</p><p>chamado inflação inercial.</p><p>1.2 - Distorções causadas pela</p><p>inflação</p><p>Inflação significa perda do poder aquisitivo da população</p><p>do país que vive tal fenômeno, principalmente os assalariados,</p><p>que vão ficando com seu orçamento cada vez menor, conforme</p><p>a inflação aumenta, até que seus salários sejam reajustados.</p><p>A classe dos trabalhadores assalariados é a mais prejudicada</p><p>pela inflação. Podemos dizer também que a inflação faz com</p><p>que o dinheiro que as pessoas têm em mãos passe a valer</p><p>menos, tanto no sentido monetário como no sentido de</p><p>compra de bens e serviços (inflação corrói o poder de compra</p><p>do dinheiro).</p><p>Além disso, a inflação faz com que o produto nacional</p><p>fique mais caro se comparado ao produto estrangeiro (PINHO</p><p>& VASCONCELLOS, 2004, p. 367). Dessa forma, as pessoas</p><p>112</p><p>63</p><p>vão preferir comprar o produto estrangeiro, mais em conta,</p><p>fazendo aumentar as importações e reduzir as exportações,</p><p>prejudicando a balança comercial (exportações menos</p><p>importações).</p><p>Durante períodos de inflação, as pessoas ficam com</p><p>dinheiro em mãos menos tempo possível, pois o dinheiro</p><p>logo perde seu poder de compra. Mesmo que sobre algum</p><p>dinheiro, este não será aplicado em poupança ou na compra de</p><p>títulos, mas sim na compra de imóveis e terras ou outros ativos</p><p>mais seguros. Há, portanto, um desestímulo às aplicações no</p><p>mercado financeiro.</p><p>É importante ressaltar que a inflação também causa</p><p>influências negativas no setor produtivo da economia e,</p><p>consequentemente, no crescimento econômico. A instabilidade</p><p>dos preços e a crescente perda do poder aquisitivo da população</p><p>fazem com que os empresários criem expectativas pessimistas</p><p>com relação aos seus lucros futuros.</p><p>Assim, enquanto o pessimismo durar, os empresários não</p><p>farão investimentos no setor produtivo, o que pode prejudicar</p><p>o nível de emprego, renda e demanda, provocando mais efeitos</p><p>negativos no setor produtivo.</p><p>2 - O Processo Inflacionário no Brasil:</p><p>de 1 0 aos dias de hoje</p><p>O processo inflacionário brasileiro se tornou muito</p><p>conhecido e debatido mundialmente, políticos, economistas</p><p>e estudiosos sobre o tema vinham para o Brasil apenas para</p><p>entender como o país conseguia sobreviver com uma inflação</p><p>tão elevada.</p><p>Nesta seção, faremos um breve histórico do processo</p><p>inflacionário brasileiro a partir de 1950, destacando as principais</p><p>causas da inflação apontadas em</p><p>cada período.</p><p>Aqui, analisaremos as características e as medidas</p><p>propostas pelos diversos planos econômicos de combate à</p><p>inflação implantados no período: Plano Cruzado I e II, Plano</p><p>Bresser, Plano Verão e Plano Collor I e II. Serão estudadas,</p><p>também, as possíveis causas determinantes do fracasso desses</p><p>planos. Finalmente, estudaremos o Plano Real.</p><p>A herança negativa deixada pelo longo processo</p><p>inflacionário, com certeza, perdura até hoje. E, como se trata</p><p>de um assunto tão debatido, porque não conhecê-lo um pouco</p><p>mais?! Então vamos lá.</p><p>INFLAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA</p><p>2.1.1 - Anos 0</p><p>A inflação brasileira tornou-se crônica a partir de 1950</p><p>e, de acordo com estudiosos, durante toda esta década a</p><p>inflação foi diagnosticada com inflação de demanda causada,</p><p>principalmente, pelo elevado déficit do governo.</p><p>Naquela época, o governo precisava investir pesadamente</p><p>na infraestrutura (transportes, rodovias, ferrovias, geração e</p><p>distribuição de energia, saneamento etc.) necessária para que o</p><p>setor produtivo produzir os bens e serviços demandados pela</p><p>sociedade e levar o país ao crescimento econômico.</p><p>Porém, os serviços prestados pelo governo eram</p><p>ineficientes e de baixa produtividade e, ainda, como a renda</p><p>per capita brasileira era muito baixa, o governo não podia</p><p>aumentar os impostos.</p><p>Consequentemente, a receita do governo era baixa</p><p>frente aos gastos elevados. Como o governo poderia, então,</p><p>financiar o crescimento econômico se não podia aumentar os</p><p>impostos? A medida tomada foi a emissão de moeda.</p><p>Emitir moeda para financiar seus gastos com</p><p>investimento provocou aumento da quantidade de moeda</p><p>em circulação, os cidadãos em geral tiveram mais acesso ao</p><p>dinheiro e aumentaram o consumo, aumentando a demanda</p><p>agregada. Como a oferta agregada não conseguiu acompanhar</p><p>o aumento da demanda, o resultado obtido foi a inflação de</p><p>demanda.</p><p>2.1.2 - Período de 1 6 a 1 73</p><p>O início dos anos 60, particularmente, 1963 e 1964, foi</p><p>marcado por uma inflação alta, em torno de 100% ao ano.</p><p>Mais uma vez, afirma-se que a inflação tenha sido causada</p><p>pelo elevado déficit do governo, o qual provocou aumento na</p><p>emissão de moeda e alta nos preços.</p><p>A partir de 1964, o governo adotou medidas rigorosas</p><p>de combate à inflação: controle dos meios de pagamento</p><p>(política monetária) e contenção do déficit governamental</p><p>(política fiscal). Tais medidas reduziram a inflação para</p><p>aproximadamente 30% em 67.</p><p>O período de 1964 a 1973 foi marcado pelo “milagre</p><p>econômico” brasileiro, devido ao elevado crescimento</p><p>econômico registrado na época. Nesse período, as altas</p><p>taxas de crescimento da produção contribuíram para o</p><p>enfraquecimento da inflação a qual fechou em torno de 15%</p><p>em 1973.</p><p>2.1.3 - Após 1 73 – crise do petróleo</p><p>A partir de 1973, fatores internos e, principalmente,</p><p>externos levaram a inflação brasileira a taxas elevadas. O</p><p>conhecido choque do petróleo em 1973 (fator externo),</p><p>quando o cartel da OPEP (Organização dos Países</p><p>Exportadores de Petróleo) impôs o aumento do preço desta</p><p>importante commodity, provocou alta generalizada nos níveis de</p><p>preços mundiais e, claro, brasileiros também.</p><p>Na mesma época, o governo brasileiro adotara o</p><p>programa de substituição de importações nas áreas de energia,</p><p>aço, minérios e bens de capital, o que elevou os gastos públicos</p><p>e, consequentemente, as taxas de inflação (fator interno).</p><p>Outro fator que contribui para a elevação da inflação</p><p>nesse período foi o aumento da dívida externa brasileira (fator</p><p>interno).</p><p>Os planos de estabilização da in ação de 1 6 a 1 73 são chamados</p><p>planos ortodoxos de estabilização Estes defendem que a causa da</p><p>in ação é o elevado gasto p blico, o qual leva ao aumento dos meios</p><p>de pagamento e acarreta a in ação de demanda</p><p>Para controlar a in ação, os planos ortodoxos utilizam medidas como:</p><p>controle dos gastos do governo, da oferta de moeda e da demanda</p><p>113</p><p>64Economia</p><p>2.1.4 - Década de 80 e início dos</p><p>anos 0</p><p>No início da década de 80, a inflação brasileira alcança</p><p>níveis altíssimos, até atingir mais de 300% em 1986. A inflação</p><p>nessa época era caracterizada como inflação inercial, ou seja,</p><p>a inflação passada era automaticamente repassada à inflação</p><p>presente.</p><p>Este período foi marcado por remarcações sucessivas</p><p>nos preços dos produtos e serviços, os agentes econômicos já</p><p>criavam expectativas de que haveria inflação futura baseando-</p><p>se na inflação corrente, o que realimentava ainda mais a</p><p>inflação e criava uma memória inflacionária.</p><p>A partir de 1986 até 1994, o governo brasileiro adotou</p><p>uma séria de planos de estabilização da inflação. Cada um</p><p>deles será apresentado a seguir.</p><p>Plano Cruzado I e II</p><p>Presidente: José Sarney</p><p>Ministro da Fazenda: Dilson Funaro</p><p>Medidas propostas do Plano Cruzado I:</p><p>• Criação de uma nova moeda (reforma monetária),</p><p>denominada Cruzado (Cz$) que substitui o Cruzeiro.</p><p>• Congelamento de preços dos bens e serviços.</p><p>• Congelamento da taxa de câmbio, salários, aluguéis e</p><p>taxa de câmbio.</p><p>• Congelamento dos salários. Obteve o valor da média</p><p>dos salários nos 06 últimos meses e o salário ficou congelado</p><p>neste valor.</p><p>• Reajuste dos salários sempre que a inflação alcançasse</p><p>o patamar de 20%, o que ficou conhecido como “gatilho</p><p>salarial”.</p><p>• Fim da correção monetária ou desindexação da</p><p>economia com o objetivo de acabar com o caráter inercial da</p><p>inflação.</p><p>Medidas propostas do Plano Cruzado II:</p><p>• Descongelamento dos preços dos bens e serviços e</p><p>dos aluguéis (que poderiam ser negociados entre inquilinos</p><p>e proprietários).</p><p>• Aumento de impostos sobre bebidas e cigarros (no</p><p>intuito de reduzir o déficit público).</p><p>• Aumento das tarifas públicas (no intuito de reduzir o</p><p>déficit público).</p><p>• Reindexação da economia.</p><p>Período de vigência: 1986-87</p><p>Causas do fracasso:</p><p>• Muitos preços ficaram congelados abaixo da</p><p>rentabilidade desejada pelo produtor ou empresa e até mesmo</p><p>abaixo do custo de produção, isso provocou desabastecimento</p><p>e queda na qualidade dos produtos.</p><p>• A demanda de bens e serviços aumentou e, como os</p><p>produtores e empresas viam chances de vender seus produtos</p><p>a preços maiores, principalmente aqueles produtos de primeira</p><p>necessidade como: leite, pão, carne e alimentos em geral, pois</p><p>havia demanda para seus produtos, consequentemente, os</p><p>próprios produtores e consumidores acabaram burlando o</p><p>congelamento.</p><p>• Não houve controle dos gastos do governo.</p><p>• O congelamento da taxa de câmbio fez com que as</p><p>reservas internacionais diminuíssem consideravelmente.</p><p>• A baixa taxa de juros desincentivou a poupança e</p><p>incentivou o consumo.</p><p>Plano Bresser</p><p>Presidente: José Sarney</p><p>Ministro da Fazenda: Luiz Carlos Bresser Pereira</p><p>Medidas propostas:</p><p>• Manteve o congelamento dos preços, aluguéis e salários.</p><p>• Desativou o gatilho salarial</p><p>• Para diminuir o déficit público aumentou os tributos,</p><p>eliminou os subsídios do trigo e adiou algumas obras de grande</p><p>porte.</p><p>• Redução do índice de rendimento das cadernetas de</p><p>poupança.</p><p>Período de vigência: 1987-1988.</p><p>Plano Verão</p><p>Presidente: José Sarney</p><p>Ministro da Fazenda: Maílson Ferreira da Nóbrega</p><p>Medidas propostas:</p><p>• Criação de uma nova moeda (reforma monetária),</p><p>denominada Cruzado Novo (CzN$) que substitui o Cruzado.</p><p>• Congelamento de preços e salários.</p><p>• Redução do índice de rendimento das cadernetas de</p><p>poupança.</p><p>Período de vigência: 1989-1990.</p><p>Pode-se a rmar que a principal causa do fracasso dos planos acima</p><p>foi a rápida monetização da economia muita moeda em circulação,</p><p>aumenta a demanda e puxa a alta dos preços</p><p>Plano Collor I e II</p><p>Presidente: Fernando Collor de Mello</p><p>Ministro da Fazenda: Zélia Cardoso de Melo</p><p>Medidas propostas:</p><p>• Criação de uma nova moeda (reforma monetária),</p><p>denominada Cruzeiro (Cr$), que substitui o Cruzado Novo.</p><p>• Bloqueio por 18 meses dos saldos em conta correntes,</p><p>cadernetas de poupança e outros investimentos, cujo valor</p><p>fosse superior a Cr$50.000,00.</p><p>• Congelamento dos preços e salários para, mais tarde,</p><p>serem descongelados gradualmente.</p><p>• Aumento dos impostos e das tarifas públicas</p><p>e criação</p><p>de novos impostos</p><p>• Redução dos investimentos públicos, cortes nos</p><p>subsídios e incentivos fiscais.</p><p>• Redução dos gastos de custeio da administração pública</p><p>com demissão de funcionários públicos.</p><p>• Privatização de algumas empresas estatais (a Usiminas é</p><p>a primeira estatal a ser privatiza, o leilão ocorreu em outubro</p><p>de 1991).</p><p>• Início da abertura comercial e redução gradativa das</p><p>alíquotas de importação. A abertura comercial provocaria</p><p>entrada de produtos estrangeiros e empresas estrangeiras no</p><p>Brasil, o que estimularia a concorrência no setor industrial e</p><p>controlaria a inflação.</p><p>• Elevação nos juros.</p><p>Período de vigência: 1991-1993.</p><p>114</p><p>65</p><p>O Plano Real também é um plano ortodoxo</p><p>Resultados: o Plano Collor deixou para o Brasil a maior</p><p>recessão de sua história. Causou aumento no desemprego,</p><p>falências, queda na produção e no PIB brasileiro.</p><p>Os planos de estabilização da in ação da década de 80 são chamados</p><p>planos heterodoxos de estabilização Para acabar com a in ação inercial</p><p>estes planos utilizam o congelamento dos preços, aluguéis, salários e</p><p>câmbio</p><p>2.1.5 - Junho de 1 até hoje</p><p>Ainda no final de 1993, o governo brasileiro, cujo</p><p>Presidente da República era Itamar Franco e o Ministro da</p><p>Fazenda era Fernando Henrique Cardoso, lançou as bases do</p><p>programa de estabilização econômica mais bem sucedido da</p><p>economia brasileira, capaz de controlar e reduzir a inflação</p><p>brasileira, aumentar o poder de compra da população e,</p><p>finalmente, gerar crescimento econômico.</p><p>Este plano, vigente na economia brasileira até hoje é</p><p>denominado Plano Real. O objetivo do Plano Real era alcançar,</p><p>simultaneamente, o controle da inflação e um novo tipo</p><p>crescimento econômico caracterizado pela abertura comercial</p><p>e incentivo a concorrência no mercado.</p><p>O plano foi elaborado em três etapas:</p><p>• A primeira etapa do plano ocorre entre 1993 e 1994 e</p><p>ficou conhecida como ajuste fiscal. Nesta etapa foi realizado</p><p>o equilíbrio das contas públicas (LACERDA ET. AL., 2006,</p><p>p.229) com redução das despesas do governo através de cortes</p><p>em investimentos, cortes nos gastos públicos e demissão de</p><p>funcionários públicos; e aumento na receita do governo, através</p><p>do aumento em 5% em todos os impostos federais.</p><p>• Criação da URV (Unidade Real de Valor), a qual servia</p><p>como moeda e tinha seus valores diários publicados pelo Banco</p><p>Central, sem levar em conta qualquer tipo de influência dos</p><p>preços passados e, portanto, garantindo o poder de compra</p><p>da população. A criação da URV promoveu a bem sucedida</p><p>desindexação da economia.</p><p>• Lançamento da moeda definitiva e utilizada até hoje: o</p><p>Real (R$).</p><p>O sucesso do Plano Real deve-se às seguintes medidas</p><p>adotadas:</p><p>• Desindexação da economia. Era necessário acabar com a</p><p>memória inflacionária e com o processo de autorrealimentação</p><p>da inflação com base na inflação passada, o que fazia com que</p><p>a inflação atingisse níveis cada vez mais altos. Além disso, o</p><p>plano queria acabar com as remarcações de preços. Para atingir</p><p>estes resultados, foi realizada a desindexação da economia,</p><p>com a criação, primeiramente, da URV e, posteriormente, do</p><p>Real (R$). Além disso, os preços passaram a ser reajustados</p><p>anualmente (não mais diariamente como acontecia antes do</p><p>plano) com base nos custos de produção (não mais com base</p><p>na inflação passada).</p><p>• Privatizações: as privatizações de empresas estatais</p><p>tinham como principais objetivos reduzir os gastos do</p><p>governo com investimentos e possibilitar a modernização</p><p>destas empresas. As privatizações se provaram bem sucedidas,</p><p>já que os investimentos no setor produtivo passaram a ser</p><p>realizados pela iniciativa privada, utilizando recursos próprios</p><p>ou financiamentos. Além disso, as empresas se mostraram mais</p><p>produtivas depois de privatizadas, a qualidade dos produtos</p><p>aumentou e o preço caiu. Sem falar que as empresas, agora</p><p>privadas, pagam impostos ao governo, aumenta a receita dele.</p><p>• Equilíbrio fiscal. Como já explicado acima era preciso</p><p>enxugar a máquina pública e reduzir o tamanho do governo,</p><p>cortando despesas com investimentos e folha de pagamento.</p><p>• Abertura econômica. Havia certo receio de que, a</p><p>exemplo do que ocorreu no Plano Cruzado, o excesso de</p><p>demanda provocasse uma crise de abastecimento e o aumento</p><p>dos preços. Portanto, era necessário aperfeiçoar a indústria</p><p>brasileira, pois assim, haveria aumento da produção e uma</p><p>maior oferta de produtos. Por isso, a abertura comercial teve</p><p>papel importante no sucesso do plano, as tarifas de importação</p><p>foram reduzidas gradualmente e foi incentivada a entrada de</p><p>empresas e serviços estrangeiros.</p><p>• Políticas monetárias restritivas. A taxa de juros e o</p><p>depósito compulsório foram mantidos em altos níveis. Com</p><p>uma alta taxa de juros, a demanda por empréstimos é reduzida</p><p>e um alto compulsório (os bancos comerciais têm que deixar</p><p>uma grande parcela dos depósitos à vista depositados no Banco</p><p>Central), a quantidade de dinheiro disponível nos bancos</p><p>comerciais para fornecer empréstimos e financiamentos seria</p><p>menor.</p><p>• Contingenciamento. A nova moeda brasileira foi</p><p>mantida artificialmente valorizada em relação ao dólar.</p><p>Com o Real valorizado, as importações seriam estimuladas,</p><p>possibilitando o aperfeiçoamento da indústria e a maior oferta</p><p>de produtos.</p><p>As duas últimas medidas e suas implicações</p><p>serão estudadas em detalhes nas últimas seções,</p><p>respectivamente.</p><p>3 - O Problema do Desemprego</p><p>O desemprego é, sem dúvida alguma, uma das principais</p><p>preocupações das autoridades governamentais e do público em</p><p>geral. Isto se justifica porque o desemprego afeta a economia</p><p>tanto no lado do consumo como no lado da produção.</p><p>Analisando pelo lado da produção, desemprego significa</p><p>desperdício de um dos principais fatores de produção:</p><p>o trabalho. Este desperdício afeta a produção, pois os</p><p>trabalhadores desempregados poderiam estar produzindo</p><p>bens e serviços para atender as necessidades da coletividade.</p><p>Pelo lado do consumo, o desemprego significa um</p><p>desestímulo à demanda. Pois os trabalhadores desempregados</p><p>não recebem renda, o que é um desincentivo ao consumo e à</p><p>demanda agregada.</p><p>Não podemos esquecer-nos de mencionar o impacto</p><p>social do desemprego, já que este traz consigo uma série de</p><p>dificuldades para o desempregado, entre elas a redução do</p><p>115</p><p>66Economia</p><p>padrão de vida, problemas familiares, angústia etc.</p><p>DESEMPREGO</p><p>3.1 - Força de trabalho, Desemprego</p><p>e Taxa de Desemprego</p><p>Primeiramente, é preciso entender o conceito de força</p><p>de trabalho. Está é definida como a quantidade de pessoas</p><p>que estão trabalhando mais as pessoas que estão procurando</p><p>trabalho.</p><p>Em outras palavras, o total da força de trabalho de um</p><p>país é o total dos empregados mais os desempregados. Vale</p><p>lembrar que, as pessoas que estão desempregadas, mas não</p><p>estão à procura de trabalho, não fazem parte da força de</p><p>trabalho.</p><p>Desemprego, por sua vez, é definido como o conjunto</p><p>de pessoas dentro de uma determinada faixa etária “ativa”</p><p>(geralmente entre 14 e 65 anos de idade) que estão sem</p><p>emprego e disponíveis para trabalhar e, ainda, que estão</p><p>procurando por trabalho.</p><p>Finalmente, a taxa de desemprego é definida como a</p><p>quantidade de pessoas desempregadas em proporção ao total</p><p>da força de trabalho. Infelizmente, todo país possui uma taxa</p><p>natural de desemprego, ou seja, todo país possui um nível</p><p>médio de desemprego.</p><p>3.2 - Tipos de Desemprego</p><p>Abaixo estão citados e explicados os tipos de desemprego.</p><p>Pois, o entendimento de cada um deles fica melhor quando</p><p>analisados os exemplos.</p><p>3.2.1 - Desemprego estrutural</p><p>Este tipo de desemprego está relacionado com a</p><p>mudança na estrutura da economia e do mercado de trabalho,</p><p>graças a uma inovação tecnológica ou o surgimento de uma</p><p>nova máquina. Neste caso, a vaga do trabalhador é substituída</p><p>por máquinas ou por processos de produção mais modernos.</p><p>Uma inovação tecnológica na produção agrícola que</p><p>possibilite que a mesma quantidade de produto seja obtida</p><p>utilizando uma menor quantidade de mão de obra irá causar</p><p>um desemprego estrutural. A inovação tecnológica acaba</p><p>expulsando os trabalhadores do campo.</p><p>3.2.2 - Desemprego friccional</p><p>Desemprego friccional: diz respeito ao tempo necessário</p><p>para o trabalhador adequar suas habilidades de trabalho às</p><p>novas exigências da economia e do mercado de trabalho.</p><p>Pode ser também o tempo necessário para um trabalhador</p><p>que saiu de um trabalho, conseguir se encaixar em outro.</p><p>Um exemplo de desemprego friccional foi a invenção</p><p>do computador que reduziu a procura por máquinas de</p><p>escrever, assim, a produção de máquinas de escrever também</p><p>caiu até serem extintas. Consequentemente, os trabalhadores</p><p>nas fábricas de máquinas de escrever ficaram sem emprego</p><p>enquanto a demanda por trabalhadores na indústria de</p><p>computadores aumentou.</p><p>Os trabalhadores irão se adequar a mudança ocorrida</p><p>na economia para atender as exigências da economia e do</p><p>mercado de trabalho. Podemos dizer que os trabalhadores</p><p>irão ficar desempregados até o momento em que estiverem</p><p>hábeis e puderem migrar para o novo mercado em expansão</p><p>(neste caso, a indústria de computadores). Este fato pode ser</p><p>caracterizado como desemprego friccional.</p><p>Suponhamos que um aumento do preço do petróleo torna</p><p>sua produção mais lucrativa e a demanda de trabalhadores no</p><p>mercado produtor de petróleo aumenta. Por outro lado, o</p><p>aumento do preço do petróleo provavelmente irá provocar</p><p>uma queda na demanda de automóveis, consequentemente, a</p><p>produção da indústria automobilística irá diminuir e a demanda</p><p>por trabalhadores nesta área também irá cair.</p><p>Estes novos trabalhadores desempregados poderão se</p><p>adequar a exigência do mercado em ascensão (neste caso, o</p><p>mercado produtor de petróleo) e migrar para este. Mais uma</p><p>vez, o tempo necessário para os trabalhadores adequarem suas</p><p>habilidades ao novo mercado causa um desemprego friccional.</p><p>3.2.3 - Desemprego de espera</p><p>Ocorre quando o salário está muito elevado e faz com que</p><p>a oferta de trabalho seja maior que a demanda. Neste caso, os</p><p>indivíduos não estão desempregados, pois estão se adequando</p><p>às mudanças e exigências da economia e do mercado de trabalho</p><p>(como ocorre no desemprego friccional). Os indivíduos estão</p><p>desempregados, pois estão esperando que os salários caiam e</p><p>as empresas comecem a demandar mais trabalho.</p><p>4 - Políticas de Correção do Nível de</p><p>Atividades</p><p>Já foi estudado que os principais objetivos da Política</p><p>Macroeconômica são: crescimento econômico, alto nível de</p><p>emprego, estabilidade dos preços e equilíbrio das transações</p><p>externas.</p><p>Vimos também que, para atingir tais objetivos, a Política</p><p>Macroeconômica dispõe de alguns instrumentos ou políticas:</p><p>política fiscal, política monetária, política cambial e política de</p><p>rendas.</p><p>Cada uma dessas políticas já foi explicada em aulas</p><p>anteriores. Nesta seção, focaremos nossa atenção à atuação</p><p>das políticas fiscal e monetária na luta da economia em direção</p><p>ao seu objetivo e, mais ainda, na correção das flutuações da</p><p>atividade econômica.</p><p>O PAPEL DAS POLÍTICAS FISCAL E</p><p>MONETÁRIA NO NÍVEL DE ATIVIDADES</p><p>4.1 - Política Fiscal</p><p>Segundo Keynes, a economia tende a ser instável,</p><p>alterando períodos de recessão e desemprego com períodos</p><p>de inflação. Porém, ele mesmo acreditava que o mundo não</p><p>está fadado a arcar com os custos sociais do desemprego e</p><p>da inflação. A mensagem que ele deixou é que o governo tem a</p><p>capacidade e a responsabilidade de combater as causas desses</p><p>problemas.</p><p>Como vimos, o desemprego é resultado de uma demanda</p><p>agregada insuficiente, enquanto a inflação é resultante de uma</p><p>116</p><p>67</p><p>demanda agregada exagerada que se confronta com a oferta de</p><p>bens e serviços insuficiente, levando ao aumento dos preços.</p><p>Em caso de recessão ou depressão, o governo poderia</p><p>tomar certas medidas que proporcionem o aumento da</p><p>demanda agregada, fazendo com que a quantidade de produto</p><p>nacional aumente e que as pessoas retornem ao trabalho.</p><p>Por outro lado, nos períodos de inflação, o governo pode</p><p>adotar medidas que restrinjam a demanda agregada e assim</p><p>reduzir a taxa de crescimento dos preços.</p><p>Para obter os resultados esperados, segundo Keynes,</p><p>o governo deve fazer uso de políticas fiscais de controle</p><p>da demanda agregada para assegurar que o país atinja a</p><p>prosperidade sem inflação.</p><p>A política fiscal utiliza instrumentos como variação</p><p>nos gastos do governo e/ou variação nas taxas e impostos</p><p>para atingir os objetivos macroeconômicos (PINHO &</p><p>VASCONCELLOS, 2004, p. 334). A política fiscal pode ser</p><p>expansionista ou restritiva, dependendo do objetivo da Política</p><p>Macroeconômica.</p><p>Agora é a hora de estudarmos em detalhes os efeitos da</p><p>política fiscal sobre o nível de atividade da economia, conforme</p><p>prometido na Aula 01.</p><p>4.1.1 - Política fiscal expansionista</p><p>Se o objetivo da política macroeconômica for um alto</p><p>crescimento do produto e do emprego, a política fiscal deve</p><p>ser expansionista. Vejamos, então, os efeitos da política fiscal</p><p>expansionista por duas óticas: aumento dos gastos do governo</p><p>e redução dos impostos.</p><p>Ótica do aumento dos gastos públicos</p><p>A variação nos gastos do governo é um instrumento fiscal</p><p>muito importante para o aumento da demanda agregada, já</p><p>que os gastos do governo são um importante componente</p><p>da demanda agregada, conforme estudamos na aula 03 e é</p><p>mostrado novamente na equação abaixo.</p><p>DA = C + I + G + (X – M)</p><p>O governo pode aumentar seus gastos com investimento</p><p>no país e desencadear um ciclo de prosperidade. Ele pode</p><p>contratar trabalhadores para a construção de estradas, para o</p><p>ensino nas escolas e universidades, para manutenção de ruas e</p><p>praças etc. Quando os trabalhadores recebem seus pagamentos</p><p>mais gastos acontecem na economia. Os trabalhadores</p><p>destinam a maior parte do seu salário em consumo</p><p>estimulando a produção nas empresas, consequentemente,</p><p>mais trabalhadores são contratados por elas e estes gastam seus</p><p>salários em consumo. E o ciclo continua!</p><p>Ótica da redução nos tributos</p><p>A variação nos tributos afeta indiretamente via consumo, a</p><p>demanda agregada. O consumo é também um componente da</p><p>demanda agregada, veja novamente a equação.</p><p>DA = C + I + G + (X – M)</p><p>Quando ocorre uma queda nos tributos cobrados ao</p><p>consumidor, a renda disponível aumenta. Renda disponível é</p><p>o montante da renda total que sobra para os consumidores</p><p>depois que eles pagam seus impostos.</p><p>Se este montante é maior, devido à queda nos impostos,</p><p>então sobrará mais renda que poderá ser destinada ao consumo</p><p>das famílias. O aumento do consumo e, consequente, aumento</p><p>na demanda agregada estimula o crescimento do produto e</p><p>do emprego. Um corte nos impostos também é uma política</p><p>fiscal expansionista.</p><p>A desvantagem de um aumento, os gastos do governo e/</p><p>ou da redução da arrecadação de tributos do governo é que</p><p>estas medidas podem levar o orçamento governamental em</p><p>direção ao déficit, ou seja, a arrecadação do governo pode ser</p><p>menor que seus gastos e o governo ficará devendo.</p><p>4.1.2 - Política fiscal restritiva</p><p>Podem acontecer períodos em que a demanda agregada</p><p>é muito elevada e o produto agregado não é suficiente para</p><p>atender toda a demanda. Se isso ocorre, haverá um aumento</p><p>dos preços e pressões inflacionárias. Nesse caso, o governo</p><p>poderia entrar com uma política fiscal restritiva, controlando</p><p>seus próprios gastos ou aumentando tributos trazendo assim,</p><p>a demanda agregada de volta ao nível de produto, o que</p><p>contribui para eliminar as pressões inflacionárias.</p><p>Da mesma forma que fizemos acima, analisaremos os</p><p>efeitos da política fiscal restritiva por duas óticas: redução dos</p><p>gastos do governo e aumento dos impostos.</p><p>Ótica da redução dos gastos públicos</p><p>A redução dos gastos públicos causará uma redução</p><p>na demanda agregada, pois, como vimos, os gastos públicos</p><p>são um componente da demanda agregada. Porém, quando</p><p>o objetivo é controlar a inflação por meio dos gastos</p><p>públicos, o ideal seria que houvesse redução nos gastos</p><p>públicos improdutivos, como redução de gastos com folha</p><p>de pagamento do setor público, por exemplo, em vez de</p><p>redução</p><p>dos gastos com investimento, os quais são potenciais</p><p>geradores de emprego.</p><p>Ótica do aumento dos tributos</p><p>Quando ocorre um aumento nos impostos, a renda</p><p>disponível do consumidor diminui e o consumo também</p><p>diminui. Consequentemente, a demanda agregada será menor.</p><p>O desestímulo à demanda agregada irá, portanto, reduzir as</p><p>pressões inflacionárias.</p><p>4.1.3 - Variação nos gastos ou</p><p>variação nos impostos?</p><p>Como o governo escolhe qual dos instrumentos de</p><p>política fiscal que irá utilizar para atingir os objetivos da</p><p>Política Macroeconômica, é uma decisão que envolve uma</p><p>série de fatores. As necessidades primordiais da sociedade, a</p><p>aceitação do governo frente aos seus eleitores e, até mesmo, o</p><p>ano eleitoral são fatores cruciais na tomada de decisões.</p><p>Sem dúvida, uma variação nos gastos governamentais</p><p>tem efeito mais poderoso sobre a demanda agregada do que</p><p>variações nos impostos. Os economistas recomendam, na</p><p>maioria das vezes, como melhor política fiscal a ser adotada,</p><p>mexer nos gastos do governo.</p><p>117</p><p>68Economia</p><p>Porém, desde a década de 60, variação nos tributos tem</p><p>sido o recurso adotado pelos governantes para controlar a</p><p>demanda agregada. Existem três razoes para que seja adotada</p><p>uma variação dos impostos como instrumento de política</p><p>fiscal, são elas:</p><p>• Um corte nos impostos, para estimular a demanda</p><p>agregada e a expansão da economia é mais bem aceito do</p><p>que um aumento nos gastos do governo. Isto porque existe</p><p>certa incerteza em relação à habilidade e honestidade do</p><p>governo em gastar inteligentemente o dinheiro e, também,</p><p>porque existe certo temor em se aumentar cada vez mais a</p><p>participação do governo na economia, já que vivemos a era</p><p>do neoliberalismo.</p><p>• Um corte ou aumento nos impostos pode ser</p><p>implementado mais rapidamente do que uma mudança nos</p><p>gastos do governo. Por exemplo, a construção de uma rodovia</p><p>requer tempo e planejamento para poder ser colocada em</p><p>prática.</p><p>• O corte de impostos faz com que a renda do consumidor</p><p>seja maior, aumentando seu consumo e a utilidade e fazendo</p><p>com que a aceitação do governo seja melhor.</p><p>• O corte de impostos permite que as empresas vendam</p><p>produtos com valores mais baratos, isentos de impostos,</p><p>atraindo compradores. Compradores e empresas ficarão</p><p>satisfeitos com o governo, com certeza.</p><p>Políticas expansionistas são necessárias em períodos</p><p>de demanda insuficiente, recessão e políticas restritivas são</p><p>necessárias em períodos de demanda excessiva e inflação.</p><p>Assim, a política fiscal precisa ser ajustada de tempos em</p><p>tempos e o lado dos impostos é o mais conveniente.</p><p>4.2 - Política Monetária</p><p>Política Monetária e oferta de moeda estão intimamente</p><p>ligadas. A oferta de moeda é realizada pelas autoridades</p><p>monetárias (Banco Central) através da emissão de notas</p><p>e moedas metálicas e é também realizada pelos bancos</p><p>comerciais que não emitem moeda, mas podem criar ou</p><p>destruí-la (PINHO & VASCONCELLOS, 2004, p. 350).</p><p>A Política Monetária pode ser expansionista ou restritiva</p><p>e se refere à necessidade de se aumentar ou reduzir a oferta de</p><p>moeda e é executada pela Autoridade Monetária do país, ou</p><p>seja, o Banco Central.</p><p>O objetivo é que a oferta de moeda seja suficiente para</p><p>garantir o desenvolvimento da economia, sem excessos nem</p><p>falta, ou seja, o objetivo é que haja crescimento econômico e</p><p>alto nível de emprego, mas sem inflação.</p><p>Para atingir seu objetivo, a política monetária trabalha</p><p>com alguns instrumentos como, controle da taxa de juros e</p><p>do crédito, operações de mercado aberto (compra e venda</p><p>de títulos públicos), política de redesconto, depósitos</p><p>compulsórios. Cada um deles será estudado a seguir, quando</p><p>analisaremos os efeitos de uma política monetária sobre o</p><p>nível de atividade econômica.</p><p>4.2.1 - Política monetária expansionista</p><p>Em caso de recessão, baixo nível de demanda agregada e</p><p>de produto e alto nível de desemprego, o Banco Central pode</p><p>utilizar uma política monetária expansionista para estimular a</p><p>economia.</p><p>Cabe ao Banco Central expandir a quantidade de moeda</p><p>para elevar a demanda agregada e, assim, atingir os objetivos</p><p>da Política Macroeconômica. Os instrumentos que utiliza para</p><p>atingir tais objetivos podem ser:</p><p>• Reservas compulsórias. O Banco Central pode reduzir o</p><p>percentual dos depósitos compulsórios (ou seja, o percentual</p><p>dos depósitos à vista que os bancos comerciais são obrigados</p><p>a deixar guardados no Banco Central), assim, haverá mais</p><p>dinheiro disponível para os bancos poderem fazer empréstimos</p><p>ao público. Assim, com mais empréstimos, o público em</p><p>geral terá mais acesso a moeda, pois a quantidade de moeda</p><p>em circulação aumenta. Finalmente, o consumo e a demanda</p><p>agregada serão estimulados, estimulando também a produção,</p><p>geração de emprego e renda na economia.</p><p>• Compra de títulos públicos. Se o Banco Central comprar</p><p>títulos públicos que estão em poder dos cidadãos, estará</p><p>injetando dinheiro na economia e a quantidade de moeda em</p><p>circulação aumenta. Assim, o público em geral terá mais acesso</p><p>a moeda, o consumo e a demanda agregada serão estimulados</p><p>e o mesmo ocorre com a produção, geração de emprego e</p><p>renda na economia.</p><p>• Política de Redesconto. À medida que o Banco Central</p><p>adota uma política liberal de fornecimento de empréstimos</p><p>e cobra uma taxa de redesconto baixa, os bancos comerciais</p><p>também adotam uma política liberal de empréstimos ao</p><p>público (já que se ficarem com dificuldades de caixa e tiverem</p><p>que recorrer ao Banco Central, não pagarão uma taxa de</p><p>redesconto elevada). Isso faz com que a oferta de moeda na</p><p>economia seja maior, o que estimula a economia como um</p><p>todo.</p><p>• Redução na taxa de juros. Uma baixa taxa de juros</p><p>oferecida ao público em geral estimula a demanda por</p><p>empréstimos ao mesmo tempo em que estimula a demanda</p><p>agregada e toda a economia.</p><p>• Facilidades na obtenção de crédito. Desde o início do</p><p>Plano Real, o público em geral obteve um maior acesso ao</p><p>crédito, ou seja, maiores facilidades de parcelar suas compras,</p><p>automóveis, viagens, etc. Assim, a maioria das pessoas tem</p><p>acesso a grande maioria dos bens e serviços oferecidos no</p><p>mercado. Isso estimulou a demanda e também estimulou</p><p>muito a produção em todos os setores, gerando mais emprego,</p><p>renda e demanda.</p><p>Estamos estudando um tema muito interessante e</p><p>constantemente noticiado. Procure em jornais, revistas e</p><p>na televisão sobre o assunto, será muito bom confirmar</p><p>que o assunto faz parte de seu cotidiano.</p><p>4.2.2 - Política monetária restritiva</p><p>Apesar de toda a expansão maravilhosa que uma política</p><p>monetária ou fiscal expansionista pode causar em uma</p><p>economia, se o setor produtivo não acompanhar o aumento da</p><p>demanda agregada, a economia irá se deparar com um excesso</p><p>de demanda em relação à oferta agregada. Consequentemente,</p><p>haverá pressões para alta da inflação na economia.</p><p>Em períodos de inflação, o Banco Central precisa</p><p>adotar uma política monetária restritiva. Ele utilizará seus</p><p>118</p><p>69</p><p>instrumentos para reduzir a quantidade de moeda em circulação</p><p>e desestimular a demanda agregada, pelo menos até que o setor</p><p>produtivo possa se desenvolver e se ajustar às exigências de um</p><p>elevado nível de demanda.</p><p>Os instrumentos de política monetária restritiva podem</p><p>ser:</p><p>• Reservas compulsórias. Aumentando o percentual dos</p><p>depósitos compulsórios, os bancos comerciais terão menos</p><p>dinheiro disponível para empréstimos. Desestimulando a oferta</p><p>de empréstimos ao público, os quais respondem reduzindo</p><p>consumo e a demanda agregada será desestimulada.</p><p>• Venda de títulos públicos. Se o Banco Central vende</p><p>títulos públicos aos cidadãos, estará enxugando ou retirando</p><p>dinheiro da economia e a quantidade de moeda em circulação</p><p>diminui, diminuindo também o consumo e a demanda</p><p>agregada.</p><p>• Política de Redesconto. Uma alta taxa de redesconto faz</p><p>com que os bancos comerciais adotem uma política restritiva</p><p>de empréstimos ao público (já que se ficarem com dificuldades</p><p>de caixa e tiverem que recorrer ao Banco Central, pagarão uma</p><p>taxa de redesconto elevada). Isso faz com que a</p><p>oferta de moeda</p><p>na economia seja menor desestimula a demanda agregada.</p><p>• Elevação na taxa de juros. Uma alta taxa de juros oferecida</p><p>ao público em geral desestimula a demanda por empréstimos</p><p>ao mesmo tempo em que desestimula a demanda agregada.</p><p>• Restrições à obtenção de crédito. Um menor prazo</p><p>dos empréstimos e financiamentos, fixação de um limite para</p><p>rolagem de dívidas de cartão de crédito, adoção de encargos</p><p>maiores para operações de leasing, são medidas de contenção</p><p>do crédito com o objetivo de conter o consumo.</p><p>5 - Eficácia das Políticas Fiscal e</p><p>Monetária</p><p>A eficácia das políticas fiscal e monetária é um tema</p><p>bastante discutido entre os defensores de cada uma delas.</p><p>É correto afirmar que ambas as políticas são de extrema</p><p>importância e muito eficazes, mas vale a pena estudar os fatores</p><p>que determinam a escolha da melhor política a ser utilizada.</p><p>POLÍTICA FISCAL OU POLÍTICA MONETÁRIA?</p><p>5.1 - Fatores Determinantes da</p><p>Escolha da Melhor Política</p><p>Os economistas avaliam qual política é mais eficaz e qual</p><p>será a escolhida dependendo da situação em que a economia</p><p>se encontra. Antes da tomada de decisão eles avaliam a</p><p>velocidade de implementação de cada uma delas, o grau de</p><p>intervencionismo na economia, o efeito das variações das taxas</p><p>de juros no nível de investimento e do efeito do multiplicador</p><p>dos gastos (VASCONCELLOS, 2008, p. 188).</p><p>Com relação ao primeiro fator, a política monetária é</p><p>implementada mais rapidamente do que a política fiscal. O</p><p>Banco Central pode aplicar seus instrumentos de política</p><p>monetária de imediato, enquanto a decisão do governo de</p><p>iniciar um novo investimento ou aumentar determinado</p><p>imposto envolve muito burocracia e tempo.</p><p>A política fiscal é mais intervencionista que a política</p><p>monetária. Além disso, a política monetária discrimina menos</p><p>os setores, as regiões e o público do que a política fiscal. Isso</p><p>pode ser explicado se comparar os efeitos de um aumento na</p><p>taxa de juros (política monetária) com um aumento nos gastos</p><p>do governo (política fiscal).</p><p>Quanto ao papel das taxas de juros na economia,</p><p>sabemos que se o Banco Central precisa fazer uma política</p><p>monetária expansionista, ele pode reduzir a taxa de juros</p><p>da economia. Se os investidores, ao perceberem a redução</p><p>dos juros, aumentarem seus investimentos, então, a política</p><p>monetária terá sido eficaz.</p><p>Por outro lado, se a maior parte da moeda for parar nas</p><p>mãos de especuladores, não haverá investimentos, pois os</p><p>especuladores irão esperar os juros subirem para aplicar seu</p><p>dinheiro em ativos. Neste caso, a política monetária terá sido</p><p>ineficaz.</p><p>Finalmente, quanto maior o efeito do multiplicador</p><p>keynesiano, maior será o impacto que um aumento dos</p><p>gastos ou uma queda nos impostos irá causar na economia.</p><p>Consequentemente, quanto maior o efeito do multiplicador</p><p>keynesiano, maior a eficácia da política fiscal.</p><p>Retomando a aula</p><p>Caros as alunos as , vamos relembrar o que foi</p><p>estudado nesta aula!</p><p>1 – O Problema da Inflação</p><p>Nessa seção, nos dedicamos ao estudo da inflação, o</p><p>seu conceito, as suas causas e as distorções que provoca na</p><p>economia.</p><p>2 – O Processo Inflacionário no Brasil: de 1950 aos</p><p>dias de hoje</p><p>Nessa seção, estudamos o processo inflacionário</p><p>brasileiro de 1950 até hoje, identificando as causas da inflação</p><p>em cada período e os planos de estabilização adotados.</p><p>3 – O Problema do Desemprego</p><p>Nessa seção, falamos um pouco sobre a questão do</p><p>desemprego, foram apresentados alguns conceitos e tipos de</p><p>desemprego.</p><p>4 – Políticas de Correção do Nível de Atividades</p><p>Nessa seção, estudamos as políticas fiscal e monetária,</p><p>seus objetivos e os instrumentos que utilizam para alcançá-los.</p><p>5 – Eficácia das Políticas Fiscal e Monetária</p><p>Nessa seção, falamos um pouco sobre a eficácia das</p><p>políticas fiscal e monetária.</p><p>119</p><p>70Economia</p><p>GREMAUD, Amaury P., VASCONCELLOS,</p><p>Marco A. S. & TONETO Jr., Rudinei. Economia Brasileira</p><p>Contemporânea. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2008.</p><p>PINHO, Diva Benevides & VASCONCELLOS,</p><p>Marco Antônio Sandoval. Manual de Economia. 5ª edição. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2004.</p><p>VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval &</p><p>LOPES, Luiz. Martins. Manual de Macroeconomia: básico e</p><p>intermediário. 2ª edição. São Paulo: editora Atlas, 2000.</p><p>ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19ª</p><p>edição. São Paulo: editora Atlas, 2002.</p><p>Vale a pena Referências</p><p>Vale a pena ler</p><p>Disponível em: < http://www.sociedadedigital.com.</p><p>br/artigo.php?artigo=114&item=4 >.</p><p>Disponível em: < http://www.sociedadedigital.com.</p><p>br/artigo.php?artigo=114&item=4>.</p><p>Disponível em: < http://www.idec.org.br/</p><p>cyberativismo/planocollor/saibamais.htm >.</p><p>Disponível em: < http://www.sociedadedigital.com.</p><p>br/artigo.php?artigo=112&item=4 >.</p><p>Disponível em: < http://www.sociedadedigital.com.</p><p>br/artigo.php?artigo=115 >.</p><p>Vale a pena acessar</p><p>Disponível em: <http://www.youtube.com/</p><p>watch?v=7KHza2R-C-E >.</p><p>Disponível em: <http://www.youtube.com/</p><p>watch?v=AXjU8csvJJg >.</p><p>Vale a pena assistir</p><p>GALVEZ, Carlos. Manual de Economia Política Atual. 15ª</p><p>edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.</p><p>VASCONCELLOS, M. A. Sandoval. Fundamentos de</p><p>Economia. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.</p><p>PINDYCK, R. S. & RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 7ª</p><p>edição. Editora Prentice Hall – Br, 2010.</p><p>PINHO, Diva Benevides & VASCONCELLOS, Marco</p><p>A. Sandoval de. Manual de Economia. 5ª edição. São Paulo:</p><p>Saraiva, 2004.</p><p>VARIAN, H. R. Microeconomia: princípios básicos. 6ª</p><p>edição. Rio de Janeiro: editora Campus, 2003.</p><p>VASCONCELLOS, Marco A. S. Economia: Micro e</p><p>Macro. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2008.</p><p>PINDYCK R. S. & RUBINFELD D. L. Microeconomia. 5ª</p><p>edição. Pearson Education do Brasil, 2002.</p><p>PINDYCK Robert S. & RUBINFELD Daniel L.</p><p>Microeconomia. 5ª edição. Pearson Education do Brasil, 2002.</p><p>VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval. Economia:</p><p>Micro e Macro. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.</p><p>VASCONCELLOS, M. A. Sandoval. Fundamentos de</p><p>Economia. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 2008.</p><p>NUSDEO, Fábio. Curso de Economia: introdução ao direito</p><p>econômico. 5ª edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,</p><p>2008.</p><p>SACHS, Jeffrey. D. & LARRAIN, Felipe. Macroeconomia –</p><p>em uma economia global. Makron Books, 2000.</p><p>VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval. Manual de</p><p>Macroeconomia. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>MANKIW, N. Gregory. Macroeconomia. 3ª edição. Rio de</p><p>Janeiro: editora LTC, 2000.</p><p>LOPES, João do Carmo & ROSSETTI, José Paschoal.</p><p>Economia Monetária. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2005.</p><p>GREMAUD, Amaury P., VASCONCELLOS, Marco</p><p>Antônio Sandoval. & TONETO Jr., Rudinei. Economia Brasileira</p><p>Contemporânea. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2008.</p><p>MANKIW, N. Gregory. Macroeconomia. Rio de Janeiro:</p><p>LTC editora. 7ª edição, 2010.</p><p>VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval.</p><p>Fundamentos de Economia. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.</p><p>ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19ª</p><p>edição. São Paulo: editora Atlas, 2002.</p><p>120</p>

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