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<p>FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO PARA O CIRURGIÃO - DENTISTA</p><p>CÓDIGO DE ÉTICA E REGULAMENTAÇÃO DO EXERCÍCIO DA ODONTOLOGIA</p><p>André de Oliveira Ortega</p><p>Iniciar</p><p>OLÁ!</p><p>Você está na unidade Código de Ética e Regulamentação do Exercício da Odontologia. Conheça aqui as diretrizes que regem os princípios éticos dos cirurgiões-dentistas através do Código de Ética Odontológico, bem como a Lei 5.081/66 que regula o exercício da profissão. Compreender estes dois pilares que sustentam a profissão garantem que o profissional atue corretamente dentro das normas e lei estabelecidas.</p><p>Bons estudos!</p><p>1 Compreendendo a Lei e o Código de Ética Odontológico para o dia a dia Clínico</p><p>Nesse tópico discutiremos sobre os principais aspectos da Lei 5.081 e do Código de Ética Odontológico exemplificando e correlacionando-os com o dia a dia do profissional. Para tal, você conhecerá os tópicos de conhecimentos indispensáveis pelo cirurgião-dentista, todavia, não esgotamos o assunto e, para tanto, faz-se necessário que você complemente seus conhecimentos acessando tais documentos na íntegra.</p><p>1.1 Lei 5.081</p><p>A Lei 5.081 regula o exercício da Odontologia no território nacional. Neste documento está descrito que é permitido o exercício da Odontologia ao cirurgião-dentista habilitado por escola ou faculdade reconhecida, após registro do diploma e inscrição no Conselho Regional de Odontologia.</p><p>No Art. 6° está descrito que compete ao cirurgião-dentista (CFO – Lei 5.081, 1966, p.2):</p><p>I. praticar todos os atos pertinentes a Odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação;</p><p>II. prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia;</p><p>III. atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros;</p><p>IV. proceder à perícia odontolegal em foro civil, criminal, trabalhista e em sede administrativa;</p><p>V. aplicar anestesia local e truncular;</p><p>VI. empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento;</p><p>VII. manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e instalação adequadas para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, bem como aparelhos de Raios X, para diagnóstico, e aparelhagem de fisioterapia;</p><p>VIII. prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente;</p><p>IX. utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça.</p><p>É válido dizer que houve uma extensa disputa judicial entre médicos e dentistas para definir que apenas o médico havia conhecimentos e habilidades para tal. Foi a partir desta Lei e, mais especificamente deste Artigo, que as justificativas para que os odontólogos conquistassem a liberdade de atuação na harmonização orofacial tivesse pleno embasamento.</p><p>Assista aí</p><p>Contudo, no Art. 7° observamos que é vedado ao cirurgião-dentista (CFO – Lei 5.081, 1966, p.2):</p><p>· a) expor em público trabalhos odontológicos e usar de artifícios de propaganda para granjear clientela;</p><p>·</p><p>·</p><p>· b) anunciar cura de determinadas doenças, para as quais não haja tratamento eficaz;</p><p>·</p><p>·</p><p>· c) exercício de mais de duas especialidades;</p><p>·</p><p>·</p><p>· d) consultas mediante correspondência, rádio, televisão ou meios semelhantes;</p><p>·</p><p>·</p><p>· e) prestação de serviço gratuito em consultórios particulares (entende-se, portanto, que todos os procedimentos que o cirurgião-dentista realizar deverão ser remunerados quando este estiver prestando serviços em consultórios particulares);</p><p>·</p><p>·</p><p>· f) divulgar benefícios recebidos de clientes;</p><p>·</p><p>·</p><p>· g) anunciar preços de serviços, modalidades de pagamento e outras formas de comercialização da clínica que signifiquem competição desleal.</p><p>·</p><p>2 Código de Ética Odontológico</p><p>No descreve que o (Resolução CFO – 118/2012, p. 1):</p><p>regula os direitos e deveres do cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, segundo suas atribuições específicas.</p><p>Em suma, nos demais artigos ( ) deste Capítulo definem os princípios éticos que devem ser obedecidos pelos profissionais envolvidos com a Odontologia. Para tanto, deve atender às necessidades de saúde da população e defender os princípios das políticas públicas de saúde e ambientais (Resolução CFO – 118/2012, p. 1).</p><p>2.1 Dos Direitos Fundamentais</p><p>O Capítulo II, Art. 5º declara que constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos (Resolução CFO – 118/2012, p. 1):</p><p>I. diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignidade profissional;</p><p>Neste artigo, compreende-se que o profissional cirurgião-dentista tem total liberdade de convicção para definir o diagnóstico, planejamento e tratamento, baseando-se nas evidências científicas.</p><p>II. guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempenho de suas funções;</p><p>Todos os profissionais envolvidos direta ou indiretamente no atendimento do paciente devem guardar sigilo com relação às informações do mesmo.</p><p>III. contratar serviços profissionais de acordo com os preceitos deste Código;</p><p>IV. recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, seguras e salubres;</p><p>O profissional pode escolher ou não pelo atendimento em algum estabelecimento, caso julgue que o ambiente encontra-se insalubre ou não apresente condições satisfatórias que o permitam exercer a profissão.</p><p>V. renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação de fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho profissional.</p><p>Nestes casos tem o profissional o dever de comunicar previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao cirurgião-dentista que lhe suceder todas as informações necessárias para a continuidade do tratamento.</p><p>O cirurgião-dentista pode abdicar do tratamento do paciente caso exista algum fato ou condutas advindas do paciente que prejudiquem o relacionamento entre ambos. Exemplos são: Pacientes com faltas consecutivas e/ou recorrentes que prejudiquem o bom andamento do tratamento e, questionamento do paciente quanto ao planejamento ou tratamento realizado, pondo à prova a capacidade técnica e intelectual do profissional.</p><p>Todavia, cabe ao profissional contrabalancear e analisar se esta será, de fato, a melhor conduta a ser adotada, visto que tentativas para dialogar e definir um consenso com o paciente são, a priori, fundamentais e evitam quaisquer desconfortos tanto pelo profissional, quanto pelo paciente.</p><p>VI. decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente ou periciado, evitando que o acúmulo de encargos, consultas, perícias ou outras avaliações venham prejudicar o exercício pleno da Odontologia.</p><p>O artigo VII garante que o profissional tenha a liberdade de definir o tempo de atendimento a ser dedicado para o paciente visando exercer a profissão em sua plenitude, sem que seja obrigado a se submeter às pressões dos estabelecimentos públicos e privados e que possam vir a prejudicar a qualidade do procedimento realizado.</p><p>2.2 Dos Deveres Fundamentais</p><p>O Capítulo III, Art. 8º declara que todos os profissionais que exerçam atividades no âmbito da Odontologia, devem respeitar os preceitos éticos e legais da profissão e, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham conhecimento e caracterizem possível infringência do então Código de Ética odontológico (Resolução CFO – 118/2012, p. 2).</p><p>Clique para abrir a imagem no tamanho original</p><p>Figura 1 - Exercício profissional do DentistaFonte: Fonte: Solis Images, Shutterstock, 2020.</p><p>#PraCegoVer: A imagem mostra uma dentista em seu</p><p>consultório, pronta para atender o paciente.</p><p>Ainda no Capítulo 2, no Art. 9º temos descritos os deveres fundamentais que devem ser obedecidos. Dentre eles, destacam-se os principais (Resolução CFO – 118/2012, p. 3):</p><p>V. exercer a profissão mantendo comportamento digno;</p><p>VI. manter atualizado os conhecimentos profissionais, técnico-científicos e culturais, necessários ao pleno desempenho do exercício profissional;</p><p>VII. zelar pela saúde e pela dignidade do paciente;</p><p>X. elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas em vigor, incluindo os prontuários digitais;</p><p>Em se tratando do art. 9º, parágrafo X, existe um questionamento irresoluto com relação ao tempo de guarda de prontuários.</p><p>O Jornal do CROSP (2018, p. 6) recomenda que o prontuário deva ser guardado ao longo de toda sua vida, visto que ela pode ser utilizada como prova documental para contestar uma alegação de erro, formalizada pelo paciente, de um procedimento realizado há muito tempo.</p><p>Entretanto, o Código de Defesa do Consumidor no Capítulo IV, Seção IV, Art. 27 (CDC, 2017, p. 17):</p><p>Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço (...), iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.</p><p>Isto é, é previsto um prazo de cinco anos para reclamação após o conhecimento e evidenciação do problema.</p><p>2.3 Relacionamento</p><p>O Capítulo V, Seção I com o paciente, Art. 11 prevê como infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 5):</p><p>I. discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto;</p><p>II. aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/ paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou política;</p><p>III. exagerar em diagnóstico, prognóstico ou terapêutica;</p><p>IV. deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas do tratamento;</p><p>Os esclarecimentos adequados ao paciente devem advir de forma verbal, bem como através de um documento denominado “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (TCLE).</p><p>Clique para abrir a imagem no tamanho original</p><p>Figura 2 - Relação entre dentista e pacienteFonte: maxbelchenko, Shutterstock, 2020.</p><p>#PraCegoVer: A imagem mostra uma paciente e um dentista, onde o dentista está explicando a paciente um procedimento.</p><p>O Jornal do CROSP (2018, p.6) complementa que o cirurgião-dentista deve esclarecer os propósitos, riscos, custos e as alternativas do tratamento. Acrescenta que é tanto uma obrigação como uma maneira de o profissional se proteger ética e civilmente.</p><p>oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.</p><p>Ainda no Art.11 (Resolução CFO – 118/2012, p. 5):</p><p>V. executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado;</p><p>VI. abandonar paciente, salvo por motivo justificável, circunstância em que serão conciliados os honorários e que deverá ser informado ao paciente ou ao seu responsável legal de necessidade da continuidade do tratamento;</p><p>VII. deixar de atender paciente que procure cuidados profissionais em caso de urgência, quando não haja outro cirurgião-dentista em condições de fazê-lo;</p><p>VIII. desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;</p><p>IX. adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva comprovação científica;</p><p>X. iniciar qualquer procedimento ou tratamento odontológico sem o consentimento prévio do paciente ou do seu responsável legal, exceto em casos de urgência ou emergência;</p><p>A lei não faz qualquer ressalva quanto à presença dos pais no momento do atendimento, ou seja, não pode ser exigida como condição para realizar o atendimento e/ou tratamento, sob pena de crime de omissão de socorro, a depender do caso. No entanto, sob o ponto de vista ético odontológico, para fins de se resguardar, recomenda-se que, se possível, o início do tratamento/atendimento odontológico de menores seja autorizado pelos pais, responsáveis ou representantes legais, exceto em casos de urgência ou emergência. Desse modo, antes de iniciar o tratamento do menor de idade, o responsável ou o seu representante legal deve estar de acordo com o que foi proposto pelo profissional e autorizá-lo a fazê-lo. O mais indicado é dar um consentimento esclarecido, documento assinado pelos pais ou responsáveis alegando que receberam as devidas orientações do profissional e que estão cientes das opções de tratamento (Jornal do CROSP, 2018, p. 6).</p><p>XII. opor-se a prestar esclarecimentos e/ou fornecer relatórios sobre diagnósticos e terapêuticas, realizados no paciente, quando solicitados pelo mesmo, por seu representante legal ou nas formas previstas em lei;</p><p>XIV. propor ou executar tratamento fora do âmbito da Odontologia.</p><p>Ainda em se tratando do Capítulo V, Seção II com a Equipe de Saúde, Art. 12 (Resolução CFO – 118/2012, p. 6): “No relacionamento entre os inscritos, sejam pessoas físicas ou jurídicas, serão mantidos o respeito, a lealdade e a colaboração técnico-científica”.</p><p>No Art. 13 está descrito que constitui infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 6):</p><p>I. agenciar, aliciar ou desviar paciente de colega, de instituição pública ou privada (neste artigo, compreende-se que, o profissional que atua como prestador de serviço para um estabelecimento, não pode angariar pacientes para outro estabelecimento).</p><p>III. praticar ou permitir que se pratique concorrência desleal;</p><p>IV. ser conivente em erros técnicos ou infrações éticas, ou com o exercício irregular ou ilegal da Odontologia;</p><p>VI. criticar erro técnico-científico de colega ausente, salvo por meio de representação ao Conselho Regional (ou seja, não se deve evidenciar qualquer erro profissional de outro colega quando este não estiver presente. Sendo assim, tal erro deve ser informado ao Conselho Regional);</p><p>VII. explorar colega nas relações de emprego ou quando compartilhar honorários; descumprir ou desrespeitar a legislação pertinente no tocante às relações de trabalho entre os componentes da equipe de saúde.</p><p>3 Sigilo Profissional</p><p>No Capítulo VI, Art. 14° constitui infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 7):</p><p>I. revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício de sua profissão;</p><p>II. negligenciar na orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional; e,</p><p>III. fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer outro elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo se o cirurgião-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais, a autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da imagem ou prontuários com finalidade didático-acadêmicas.</p><p>Há, porém, um parágrafo único que define que revelar fatos sigilosos que são entendidos como justa causa, são eles (Resolução CFO – 118/2012, p. 7):</p><p>I. notificação compulsória de doença;</p><p>II. colaboração com a justiça nos casos previstos em lei;</p><p>III. perícia odontológica nos seus exatos limites;</p><p>IV. estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos; e,</p><p>V. revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz.</p><p>No Art. 15º tem-se (Resolução CFO – 118/2012, p. 7): “Não constitui quebra de sigilo profissional a declinação do tratamento empreendido, na cobrança judicial de honorários profissionais”.</p><p>3.1 Documentos Odontológicos</p><p>O Capítulo VII, Art. 17° determina que (Resolução CFO – 118/2012, p. 7): “É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital”.</p><p>Parágrafo Único. Os profissionais da Odontologia deverão manter no prontuário os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com</p><p>data, hora, nome, assinatura e número de registro do cirurgião-dentista no Conselho Regional de Odontologia.</p><p>Cabe ressaltar que o prontuário do paciente deve ser composto por alguns documentos citados pelo Jornal da APCD (2018, p.6), que incluem:</p><p>1st</p><p>2nd</p><p>3rd</p><p>4th</p><p>5th</p><p>6th</p><p>7th</p><p>8th</p><p>8) Termo de autorização para tratamento de menor</p><p>Previous</p><p>No Art. 18 afirma que, constitui infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 8):</p><p>I. negar, ao paciente ou periciado, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionem riscos ao próprio paciente ou a terceiros;</p><p>Toda vez que o paciente solicitar seu prontuário, é dever do profissional fornecer ao mesmo, ainda que a o profissional ou a instituição tenha arcada com os custos dos exames. O profissional tem o dever de custódia, todavia, todo o conteúdo pertinente ao prontuário pertence ao paciente.</p><p>II. deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou por seu representante legal;</p><p>III. expedir documentos odontológicos: atestados, declarações, relatórios, pareceres técnicos, laudos periciais, auditorias ou de verificação odontolegal, sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade;</p><p>IV. comercializar atestados odontológicos, recibos, notas fiscais, ou prescrições de especialidades farmacêuticas;</p><p>V. usar formulários de instituições públicas para prescrever, encaminhar ou atestar fatos verificados na clínica privada;</p><p>VI. deixar de emitir laudo dos exames por imagens realizados em clínicas de radiologia; e,</p><p>VII. receitar, atestar, declarar ou emitir laudos, relatórios e pareceres técnicos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação, inclusive com o número de registro no Conselho Regional de Odontologia na sua jurisdição, bem como assinar em branco, folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos odontológicos.</p><p>Contudo, foi publicado no Diário das Leis, a Resolução nº87 de 26/05/2009 / Conselho Federal de Odontologia que normatiza a perícia e junta odontológica e dá outras providências e, segundo Art. 14, parágrafo único que diz que</p><p>Quando o atestado ou relatório odontológico for solicitado pelo paciente ou seu representante legal para fins de licença ou de perícia/junta odontológica oficial, no âmbito da administração pública, deverá ser observado (...):</p><p>II. diagnóstico codificado de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID.</p><p>Desta forma, compreende-se que o profissional só deve incluir o CID no atestado, com a autorização do paciente ou atestado para fins de licença ou perícia, já que neste caso, será mantido o sigilo médico-paciente.</p><p>As empresas, em sua grande maioria, exigem dos funcionários o atestado contendo o CID. Todavia, cabe ao profissional orientar o paciente que, se não for de sua vontade, não há necessidade de descrever o CID. Para ler mais sobre o assunto, acesse: https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211178.</p><p>4 Dos Honorários Profissionais</p><p>O Capítulo VIII, Art. 19° define que na fixação dos honorários profissionais, devem ser considerados (Resolução CFO – 118/2012, p. 8):</p><p>I. condição socioeconômica do paciente e da comunidade;</p><p>II. o conceito do profissional;</p><p>III. o costume do lugar;</p><p>IV. a complexidade do caso;</p><p>V. o tempo utilizado no atendimento;</p><p>VI. o caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho;</p><p>VII. circunstância em que tenha sido prestado o tratamento;</p><p>VIII. a cooperação do paciente durante o tratamento;</p><p>IX. o custo operacional; e,</p><p>X. a liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o aviltamento profissional.</p><p>Parágrafo Único. O profissional deve arbitrar o valor da consulta e dos procedimentos odontológicos, respeitando as disposições deste Código e comunicando previamente ao paciente os custos dos honorários profissionais.</p><p>Em suma, este Artigo exprime que o profissional possui a liberdade de definir o valor da consulta e dos procedimentos baseando seus honorários nos parágrafos acima, desde que não haja redução extrema (aviltamento).</p><p>No Art. 20° é definido como infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 9):</p><p>I. oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente;</p><p>Entende-se, portanto, que o profissional não deve prestar serviços odontológicos, bem como consulta odontológica gratuitos, através do qual, é externado o conhecimento e habilidades adquiridos ao longo de sua vida profissional, devendo o cirurgião-dentista, cobrar adequadamente pelo seu serviço.</p><p>II. oferecer seus serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza;</p><p>III. receber ou dar gratificação por encaminhamento de paciente;</p><p>IV. instituir cobrança através de procedimento mercantilista;</p><p>V. abusar da confiança do paciente submetendo-o a tratamento de custo inesperado;</p><p>O paciente deve receber o plano de tratamento (item que compõe o prontuário) com os valores previamente acordados. Quando da necessidade de rever e/ou replanejar custos, o paciente deverá ser elucidado e, principalmente, estar de acordo com o novo planejamento financeiro.</p><p>VI. receber ou cobrar remuneração adicional de paciente atendido em instituição pública, ou sob convênio ou contrato;</p><p>VII. agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, paciente de instituição pública ou privada para clínica particular;</p><p>VIII. permitir o oferecimento, ainda que de forma indireta, de seus serviços, através de outros meios como forma de brinde, premiação ou descontos;</p><p>IX. divulgar ou oferecer consultas e diagnósticos gratuitos ou sem compromisso;</p><p>Há uma polêmica e divergente opinião dos profissionais cirurgiões-dentistas com relação a este tema, pois na prática clínica há aqueles que defendem piamente a cobrança da consulta, baseando-se no ponto de vista administrativo, isto é, compreendem que seu consultório é uma empresa. Há, porém, aqueles que se negam a cobrar pela consulta, alegando a não aceitação do paciente na cobrança. Contudo, conforme mencionado no parágrafo acima, a não cobrança de consulta é prevista como infração ética.</p><p>X. a participação de cirurgião-dentista e entidades prestadoras de serviços odontológicos em cartão de descontos, caderno de descontos, “gift card” ou “vale presente” e demais atividades mercantilistas.</p><p>Com o advento das mídias digitais, há, portanto, a preocupação dos profissionais em angariar pacientes e permanecerem em destaque na internet. Contudo, é vedado anunciar sorteios, prêmios, campanhas ou outros com a finalidade de bonificar e captar pacientes. Tal conduta pode ser caracterizada como concorrência desleal e, assim, estará o profissional infringindo a ética descrita pelo CFO (conforme Capítulo V, Sessão II, Art. 13, parágrafo III).</p><p>O Artigo 21 define que o profissional cirurgião-dentista deve evitar o aviltamento ou submeter-se a exercer a profissão cujos valores são fixados de maneira irrisória ou inferior aos valores referenciais para os procedimentos odontológicos (Resolução CFO – 118/2012, p. 9).</p><p>Assista aí</p><p>4.1 Das Especialidades</p><p>O Capítulo IX apresenta quatro artigos (Art. 22, Art. 23, Art. 24 e, Art. 25) que, em suma, descreve que o profissional não pode se intitular especialista sem inscrição da especialidade. O especialista que atender o paciente encaminhado de outro profissional deverá, o paciente, após o atendimento, ser restituído ao cirurgião-dentista que o encaminhou (Resolução CFO – 118/2012, p. 9).</p><p>4.2 Da Odontologia Hospitalar</p><p>O Capítulo X do Código de Ética com três artigos (Art. 26, Art. 27 e, Art. 28) destina-se à Odontologia Hospitalar alegando que compete ao cirurgião-dentista internar e assistir paciente em hospitais públicos e privados. Constitui infração ética, realizar qualquer intervenção fora do âmbito legal odontológico e, se ausentar de suas atividades, ainda que temporariamente, sem deixar outro cirurgião-dentista encarregado do atendimento</p><p>(Resolução CFO – 118/2012, p. 10).</p><p>4.3 Das Entidades com Atividades no Âmbito da Odontologia</p><p>No Capítulo XI, os Artigos 29 e 30 destinam-se às aplicações do Código às clínicas, policlínicas, cooperativas, planos de assistência à saúde, convênios de qualquer forma, credenciamento, administradoras, intermediadoras, seguradoras de saúde, ou quaisquer outras entidades. No Art. 30 mais especificamente, consta que os profissionais inscritos responderão nos limites de sua atribuição pela infração ética praticada, ainda que não desenvolva a função de sócio ou responsável técnico (Resolução CFO – 118/2012, p. 10).</p><p>Ainda no Capítulo XI, o Art. 31, descreve que constitui infração ética a não observância pela entidade da obrigação de (Resolução CFO – 118/2012, p. 10):</p><p>I. indicar um responsável técnico de acordo com as normas do Conselho Federal, bem como respeitar as orientações éticas fornecidas pelo mesmo;</p><p>II. manter a qualidade técnico-científica dos trabalhos realizados;</p><p>III. propiciar ao profissional condições adequadas de instalações, recursos materiais, humanos e tecnológicos que garantam o seu desempenho pleno e seguro;</p><p>IV. manter auditorias odontológicas constantes, através de profissionais capacitados, desde que respeitadas a autonomia dos profissionais;</p><p>V. restringir-se à elaboração de planos ou programas de saúde bucal que tenham respaldo técnico, administrativo e financeiro;</p><p>VI. manter os usuários informados sobre os recursos disponíveis para atendê-los; e,</p><p>VII. atender as determinações e notificações expedidas pela fiscalização do Conselho Regional, suspendendo a prática irregular e procedendo as devidas adequações.</p><p>No Art. 32 o Código cita que constitui infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 11):</p><p>I. apregoar vantagens irreais visando a estabelecer concorrência com entidades congêneres;</p><p>II. oferecer tratamento abaixo dos padrões de qualidade recomendáveis;</p><p>III. anunciar especialidades sem constar no corpo clínico os respectivos especialistas, com as devidas inscrições no Conselho Regional de sua jurisdição;</p><p>IV. anunciar especialidades sem as respectivas inscrições de especialistas no Conselho Regional;</p><p>V. valer-se do poder econômico visando a estabelecer concorrência desleal com entidades congêneres ou profissionais individualmente;</p><p>VI. deixar de manter os usuários informados sobre os recursos disponíveis para o atendimento e de responder às reclamações dos mesmos;</p><p>VII. deixar de prestar os serviços ajustados no contrato;</p><p>VIII. oferecer serviços profissionais como bonificação em concursos, sorteios, premiações e promoções de qualquer natureza;</p><p>IX. elaborar planos de tratamento para serem executados por terceiros, inclusive na forma de perícia prévia;</p><p>X. prestar serviços odontológicos, contratar empresas ou profissionais ilegais ou irregulares perante o Conselho Regional de sua jurisdição;</p><p>XI. usar indiscriminadamente Raios X com finalidade, exclusivamente, administrativa em substituição à perícia/auditoria e aos serviços odontológicos;</p><p>XIII. constitui infração ética a participação de cirurgiões-dentistas como proprietários, sócios, dirigentes ou consultores dos chamados cartões de descontos, assim como a comprovada associação ou referenciamento de cirurgiões-dentistas a qualquer empresa que faça publicidade de descontos sobre honorários odontológicos, planos de financiamento ou consórcio.</p><p>4.4 Do Responsável Técnico e dos Proprietários Inscritos</p><p>No descreve que (Resolução CFO – 118/2012, p. 10):</p><p>Ao responsável técnico cabe a fiscalização técnica e ética da instituição pública ou privada pela qual é responsável, devendo orientá-la, por escrito, inclusive sobre as técnicas de propaganda utilizadas.</p><p>4.5 Do Magistério</p><p>No Capítulo XIII, o Art. 34 refere-se ao exercício do magistério, onde (Resolução CFO – 118/2012, p. 12): “o profissional inscrito exaltará os princípios éticos e promoverá a divulgação deste Código.”</p><p>Já no Art. 35, o Código de Ética Odontológico entende como infração ética algumas condições, sendo algumas delas, dispostas a seguir: Utilizar do paciente e/ou aluno de forma abusiva em aula ou pesquisa; eximir-se da responsabilidade nos trabalhos executados em pacientes pelos alunos; entre outras (Resolução CFO – 118/2012, p. 12).</p><p>5 Da Doação, do Transplante e do Banco de Órgãos, Tecidos e Biomateriais</p><p>O Capítulo XIV, Art.36 reforça que todos os registros de banco de ossos, dentes e outros tecidos devem ser de caráter confidencial (Resolução CFO – 118/2012, p. 13).</p><p>Ademais, neste Capítulo, no Art. 37 é definido como infração ética algumas condições, como: descumprir a legislação referente ao banco de tecidos ou dentes, participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos e tecidos humanos, entre outras (Resolução CFO – 118/2012, p. 13).</p><p>5.1 Das Entidades de Classe</p><p>No Capítulo XV, destacam-se as competências atribuídas às entidades de classe que, em resumo defende que as comunicações pertinentes de interesse público, diz respeito ao seu presidente, bem como a responsabilidade pelas infrações cometidas (Resolução CFO – 118/2012, p. 13).</p><p>Ainda no Capítulo XV, Art. 40, é referido como infração ética servir-se da entidade para obtenção de vantagens pessoais; prejudicar moral ou materialmente a entidade, desrespeitar a entidade, entre outros (Resolução CFO – 118/2012, p. 13).</p><p>6 Do Anúncio, da Propaganda e da Publicidade</p><p>No Capítulo XVI, no Art. 41 consta que a comunicação e a divulgação em Odontologia obedecerão ao disposto neste Código. Neste artigo há três caputs que, em suma descrevem que os técnicos em prótese dentária, auxiliares de prótese dentária, laboratórios de prótese dentária estão impedidos de fazer anúncios, propagandas ou publicidade dirigida ao público geral, porém, é permitido que estes façam propagandas em meios off-line, desde que dirigidas ao cirurgião dentista (Resolução CFO – 118/2012, p. 14).</p><p>No Art. 42 está descrito que a propaganda e publicidade podem ser feitos em qualquer meio de comunicação. Todavia, há de se respeitar os preceitos deste Código (Resolução CFO – 118/2012, p. 14).</p><p>O Art. 43 define ser necessário que, em toda divulgação, conste o nome e o número de inscrição, bem como o nome representativo da profissão de cirurgião-dentista e também das demais profissões auxiliares regulamentadas. O Caput (§) 1° afirma que poderão constar na divulgação (Resolução CFO – 118/2012, p. 14):</p><p>I. áreas de atuação, procedimentos e técnicas de tratamento, desde que precedidos do título da especialidade registrada no Conselho Regional ou qualificação profissional de clínico geral. Áreas de atuação são procedimentos pertinentes às especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal;</p><p>II. as especialidades nas quais o cirurgião-dentista esteja inscrito no Conselho Regional;</p><p>III. os títulos de formação acadêmica ‘stricto sensu’ e do magistério relativos à profissão;</p><p>IV. endereço, telefone, fax, endereço eletrônico, horário de trabalho, convênios, credenciamentos, atendimento domiciliar e hospitalar;</p><p>V. logomarca e/ou logotipo; e,</p><p>VI. a expressão “clínico geral”, pelos profissionais que exerçam atividades pertinentes à Odontologia decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso de graduação ou em cursos de pós- graduação.</p><p>No Caput (§) 2º resume-se em definir que, no caso de pessoa jurídica, quando referir-se a especialidades, deverão possuir, a seu serviço o referido profissional devidamente inscrito e disponibilizar ao público a relação de profissionais com suas qualificações (Resolução CFO – 118/2012, p. 15).</p><p>No Art. 44 estão descritas como infração ética (Resolução CFO – 118/2012, p. 15):</p><p>I. fazer publicidade e propaganda enganosa, abusiva, inclusive com expressões ou imagens de antes e depois, com preços, serviços gratuitos, modalidades de pagamento, ou outras formas que impliquem comercialização da Odontologia ou contrarie o disposto neste Código;</p><p>Com o crescimento das redes sociais, fez-se necessário uma avaliação mais criteriosa quanto ao disposto neste Código de Ética. Desta forma, o CFO, através de uma nova Resolução vigorada</p><p>em 29 de Janeiro de 2019, autorizou a divulgação de imagens relativas ao “diagnóstico” e à “conclusão” dos tratamentos odontológicos quando realizada pelo cirurgião-dentista responsável pela execução do procedimento. Todavia, faz-se necessária autorização prévia do paciente ou responsável legal através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução CFO-196, 2019, p.2).</p><p>II. anunciar ou divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua, sem registro no Conselho Federal, ou que não sejam por ele reconhecidas;</p><p>III. anunciar ou divulgar técnicas, terapias de tratamento, área da atuação, que não estejam devidamente comprovadas cientificamente, assim como instalações e equipamentos que não tenham seu registro validado pelos órgãos competentes;</p><p>IV. criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como sendo inadequadas ou ultrapassadas;</p><p>V. dar consulta, diagnóstico, prescrição de tratamento ou divulgar resultados clínicos por meio de qualquer veículo de comunicação de massa, bem como permitir que sua participação na divulgação de assuntos odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e educação da coletividade;</p><p>VI. divulgar nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifique o paciente, a não ser com seu consentimento livre e esclarecido, ou de seu responsável legal, desde que não sejam para fins de autopromoção ou benefício do profissional, ou da entidade prestadora de serviços odontológicos, observadas as demais previsões deste Código;</p><p>Conforme discutido acima, a partir da Resolução do CFO-196 (2019, p.1) passou a ser autorizada a divulgação de autorretratos (selfies) de cirurgiões-dentistas, acompanhado de pacientes ou não. Todavia, faz-se necessário o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelo paciente (Resolução CFO-196, 2019, p.1).</p><p>Assista aí</p><p>O Conselho Federal de Odontologia animou os profissionais após a divulgação da Resolução CFO-196, visto que a forma de fazer publicidade e propaganda sofreu drástica mudança ao longo dos tempos e, hoje, com o advento das mídias digitais torna-se de fundamental importância estreitar o relacionamento com o paciente. Para compreender melhor sobre o assunto, leia sobre a Resolução 196/19 do CFO. Disponível em: http://sistemas.cfo.org.br/visualizar/atos/RESOLU%C3%87%C3%83O/SEC/2019/196.</p><p>VII. aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços através de informação ou anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela, ou outros atos que caracterizem concorrência desleal ou aviltamento da profissão, especialmente a utilização da expressão “popular”;</p><p>IX. oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção ou promover campanhas oferecendo trocas de favores;</p><p>X. anunciar serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza ou através de aquisição de outros bens pela utilização de serviços prestados;</p><p>XI. promover direta ou indiretamente por intermédio de publicidade ou propaganda a poluição do ambiente;</p><p>Sabemos que em grandes centros urbanos, principalmente em regiões periféricas, uma das formas de divulgação é através de panfletos. Além de não ser uma forma de divulgação autorizada pelo CFO, denigre a imagem da profissão, visto que, os profissionais que aderem a este tipo de publicidade demonstram que não respeitam os colegas e às determinações dos órgãos competentes e ainda, prejudicam o meio ambiente.</p><p>XII. expor ao público leigo artifícios de propaganda, com o intuito de granjear clientela, especialmente a utilização de imagens e/ou expressões antes, durante e depois, relativas a procedimentos odontológicos;</p><p>XIII. participar de programas de comercialização coletiva oferecendo serviços nos veículos de comunicação; e,</p><p>XIV. realizar a divulgação e oferecer serviços odontológicos com finalidade mercantil e de aliciamento de pacientes, através de cartão de descontos, caderno de descontos, mala direta via internet, sites promocionais ou de compras coletivas, telemarketing ativo à população em geral, stands promocionais, caixas de som portáteis ou em veículos automotores, plaqueteiros entre outros meios que caracterizem concorrência desleal e desvalorização da profissão.</p><p>No Art. 45 define que os profissionais que responderão pelo desacordo das normas são proprietários, responsável técnico e demais profissionais envolvidos. Ademais, o Art. 46 define que, as normas deste Capítulo a todos que exerçam a Odontologia, como clínicas, policlínicas, operadoras de planos de assistência à saúde, convênios de qualquer forma, credenciamentos ou quaisquer outras entidades (Resolução CFO – 118/2012, p. 16).</p><p>6.1 Seção I – Da Entrevista</p><p>No Art. 47 é permitido que o profissional inscrito utilize de meios de comunicação para conceder entrevistas ou palestras públicas, com a finalidade de esclarecimento e educação, sem que haja autopromoção ou sensacionalismo (Resolução CFO – 118/2012, p. 16).</p><p>Já no Art. 48 descreve que está vedado ao profissional, algumas condições relacionadas a este Capítulo, sendo: Realizar palestras em escolas ou outras entidades com o objetivo de divulgar serviços; distribuir material publicitário ou distribuir brindes em escolas e empresas com a finalidade de angariar pacientes; fazer diagnóstico ou procedimentos, entre outras (Resolução CFO – 118/2012, p. 16).</p><p>O profissional deve se atentar às condições acima descritas pelo Código de Ética, pois é fato que existam profissionais que buscam escolas (públicas ou privadas) para realizar programas de avaliação da condição de saúde dos alunos, com a finalidade única de angariar novos pacientes para seus consultórios particulares. Como visto neste Código de Ética, tal condição não é permitida.</p><p>6.2 Das Penas e suas Aplicações</p><p>No Capítulo XVIII, no Art. 51, alega que a não observância obrigatória e sua violação sujeitará ao infrator às penas previstas na Lei nº. 4.324, de 14 de abril de 1964, que envolvem advertência confidencial, censura confidencial, censura pública, suspensão do exercício profissional e cassação do exercício profissional (Resolução CFO – 118/2012, p. 18).</p><p>No Art. 52 consta que salvo em casos graves e que exijam aplicação imediata de penalidade mais grave, a imposição de pena obedecerá a gradação do artigo anterior. Sua gravidade pela extensão do dano e suas consequências estão na Resolução CFO – 118/2012, p. 18.</p><p>No Art. 54 nota-se a observação de que alegar desconhecimento ou interpretação errônea não exime o infrator da penalidade (Resolução CFO – 118/2012, p. 19).</p><p>Portanto, é dever de todo cirurgião-dentista conhecer as regulamentações contidas no Código de Ética Odontológica e mais, saber aplica-las no dia a dia clínico evitando assim, o descumprimento.</p><p>É ISSO AÍ!</p><p>Nesta unidade, você teve a oportunidade de:</p><p>· aprender sobre a Lei 5081/66 responsável por regulamentar a profissão;</p><p>· compreender sobre o Código de Ética Odontológico aprovado pelo Conselho Federal de Odontologia;</p><p>· aprender as aplicações do Código de Ética no dia a dia do cirurgião-dentista;</p><p>· estudar as principais regulamentações que regem a profissão do cirurgião- dentista;</p><p>· compreender sobre as atualizações que envolvem o Código de Ética, bem como a Lei 5.081.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Conselho Federal de Odontologia (CFO). Código de Ética Odontológica - Resolução n°. 118 de 11 maio de 2012. Rio de Janeiro, CFO, 2012.</p><p>Conselho Federal de Odontologia (CFO). Lei 5081 - Regula o exercício da profissão odontológica. Disponível em:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5081.htm. Acesso em: 21 de Maio de 2020.</p><p>Código de defesa do consumidor e normas correlatas (CDC). – 2. ed. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 132 p.</p><p>Jornal do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Atenção aos prontuários – Saiba quais são os direitos e deveres de cirurgiões-dentistas e pacientes. Ano XXIV, Ed. 156, Março, 2018. Disponível em:</p><p>http://www.crosp.org.br/uploads/publicacoes/8d82e3153f4cca761b4e699e73e78164.pdf. Acesso em: 21 de Maio de 2020.</p><p>Conselho Federal de Odontologia (CFO). Resolução</p><p>n° 196 de 29 de Janeiro de 2019. Disponível em:</p><p>http://sistemas.cfo.org.br/visualizar/atos/RESOLU%C3%87%C3%83O/SEC/2019/196. Acesso em: 21 de Maio de 2020.</p><p>Conselho Federal de Odontologia (CFO). Resolução nº 87 de 26 de Maio de 2009. Disponível em:</p><p>https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211178. Acesso em: 21 de Maio de 2020.</p><p>image3.png</p><p>Você está sendo redirecionado para outra página</p><p>Aguarde...</p><p>Clique aqui para acessar a página para a qual você está sendo encaminhado.</p><p>image4.png</p><p>Você está sendo redirecionado para outra página</p><p>Aguarde...</p><p>Clique aqui para acessar a página para a qual você está sendo encaminhado.</p><p>image5.png</p><p>Você está sendo redirecionado para outra página</p><p>Aguarde...</p><p>Clique aqui para acessar a página para a qual você está sendo encaminhado.</p><p>image1.png</p><p>Você está sendo redirecionado para outra página</p><p>Aguarde...</p><p>Clique aqui para acessar a página para a qual você está sendo encaminhado.</p><p>image2.png</p><p>Você está sendo redirecionado para outra página</p><p>Aguarde...</p><p>Clique aqui para acessar a página para a qual você está sendo encaminhado.</p>