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<p>CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS</p><p>DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB</p><p>VOLUME ÚNICO</p><p>COMUM</p><p>CAS</p><p>IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR</p><p>MINISTÉRIO DA DEFESA</p><p>COMANDO DA AERONÁUTICA</p><p>ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA</p><p>DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB</p><p>VOLUME ÚNICO</p><p>Texto Dialogado da Disciplina Doutrina e</p><p>Planejamento da FAB (DPL) do Curso de</p><p>Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS).</p><p>Edição(es):</p><p>1a Edição: SO BMA Refm De Lima – 2/2019</p><p>2a Edição: SO BMA Refm De Lima – 1/2020</p><p>3ª Edição: SO BMA Refm De Lima – 2/2020</p><p>4ª Edição: SO BMA Refm De Lima – 1/2021</p><p>5ª Edição: SO BMA Refm De Lima – 2/2021</p><p>Revisor(es) Pedagógico(s):</p><p>2T PED ÉRICA – 2023</p><p>Revisor(es) de Diagramação:</p><p>2S SML FABIO – 2023</p><p>GUARATINGUETÁ – SP</p><p>2023</p><p>SO BMA REFM DE LIMA</p><p>SUMÁRIO</p><p>APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................7</p><p>CAPÍTULO 1 - DOUTRINA MILITAR...................................................................................11</p><p>TÓPICO 1.1 - DOUTRINA MILITAR BRASILEIRA...........................................................13</p><p>TÓPICO 1.2 - PRINCÍPIOS DA DOUTRINA MILITAR AEROESPACIAL......................18</p><p>TÓPICO 1.3 - FONTES DA DOUTRINA MILITAR.............................................................20</p><p>CAPÍTULO 2 - PODER AEROESPACIAL.............................................................................26</p><p>TÓPICO 2.1 - A GUERRA AÉREA (CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA)..................26</p><p>TÓPICO 2.2 - TEORIAS DO PODER AÉREO E DO PODER AEROESPACIAL............32</p><p>TÓPICO 2.3 - PRINCÍPIOS DE GUERRA SOB A ÓTICA DO PODER AEROESPACIAL</p><p>.......................................................................................................................................................34</p><p>TÓPICO 2.4 - CARACTERÍSTICAS DO PODER AEROESPACIAL................................39</p><p>TÓPICO 2.5 - A DISSUASÃO...................................................................................................43</p><p>TÓPICO 2.6 - PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO E SEUS ELEMENTOS............46</p><p>CAPÍTULO 3 - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA AERONÁUTICA...................55</p><p>TÓPICO 3.1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................55</p><p>TÓPICO 3.2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL......................................59</p><p>TÓPICO 3.3 - DEFINIÇÃO DA MISSÃO...............................................................................62</p><p>TÓPICO 3.4 - DEFINIÇÃO DA VISÃO DE FUTURO..........................................................65</p><p>TÓPICO 3.5 - DEFINIÇÃO DOS VALORES NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA...........67</p><p>CAPÍTULO 4 - ÁREA DE ATUAÇÃO: DIMENSÃO 22.......................................................75</p><p>TÓPICO 4.1 - A DIMENSÃO 22...............................................................................................75</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................81</p><p>REFERÊNCIAS...........................................................................................................................82</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 77 / / 8383</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Prezado(a) aluno(a), parabéns por sua matrícula neste Curso de Aperfeiçoamento de</p><p>Sargentos (CAS). Trata-se de um grande momento em sua carreira.</p><p>Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta</p><p>apostila. Entretanto, o que se pretende é sistematizar esse conhecimento de forma a capacitá-lo</p><p>para exercer as atribuições de um graduado, visto que, em sua posição hierárquica, serão</p><p>exigidos conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas</p><p>por militares mais modernos.</p><p>Recomenda-se que estude atentamente todo o conteúdo disponibilizado, até mesmo</p><p>aquele de que já tenha conhecimento. Isso contribuirá para que se aproprie, de foma mais efetiva</p><p>dos assuntos tratados.</p><p>É importante destacar que você será o protagonista na construção de sua aprendizagem;</p><p>desse modo, é necessário que desenvolva uma rotina de estudo e mantenha-se atento às etapas do</p><p>curso.</p><p>Segue uma sugestão de roteiro para seus estudos.</p><p>1) Registre suas observações iniciais sobre o texto destacando os pontos mais relevantes.</p><p>2) Identifique de 3 a 5 palavras-chave e faça breves anotações sobre cada uma delas.</p><p>3) Compare o texto a outras leituras que você já tenha realizado sobre assuntos similares (Quais</p><p>correlações e associações você pode fazer com relação ao texto?) Faça breves anotações,</p><p>infográficos ou desenhos.</p><p>4) Experimente decompor o texto em tópicos acrescidos de um breve comentário. Após ter feito</p><p>essa decomposição, faça um resumo, reconstruindo o texto com suas próprias palavras a partir</p><p>dos tópicos.</p><p>5) Estabeleça um diálogo sobre o texto utilizando o fórum entre pares no AVA. Você poderá</p><p>construir um “mapa mental” sobre o assunto estudado.</p><p>6) Faça uso do material complementar disponível na Biblioteca Virtual no AVA.</p><p>Votos de sucesso em seus estudos!</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>88 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>ESTRUTURA DA DISCIPLINA</p><p>A disciplina “Doutrina e Planejamento da FAB”, pertencente ao Campo Militar e à área</p><p>das Ciências Militares, tem como objetivos específicos:</p><p>a) descrever as características e as fontes da Doutrina Militar Aeroespacial (Cp);</p><p>b) identificar o poder aeroespacial na história e no contexto atual (Cn);</p><p>c) explicar a relevância e a dissuasão no poder aeroespacial (Cp);</p><p>d) demonstrar como o planejamento institucional da FAB pode promover a eficácia na</p><p>administração da Aeronáutica (Cp);</p><p>e) apontar as características da Missão, Visão e Valores contidas na Concepção</p><p>estratégica da FAB (Cn); e</p><p>f) definir Dimensão 22 e suas principais características (Cn).</p><p>Buscando atingir os objetivos específicos, a disciplina contará com uma carga horária de</p><p>38 (trinta e oito) tempos para instrução e 04 (quatro) tempos para avaliação, distribuídos em 04</p><p>(quatro) unidades didáticas:</p><p>1) Doutrina Militar Aeroespacial</p><p>2) Poder Aeroespacial Brasileiro</p><p>3) Introdução ao Planejamento Institucional da FAB</p><p>4) Dimensão 22</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 99 / / 8383</p><p>A Unidade 1 está estruturada da seguinte forma:</p><p>1. DOUTRINA MILITAR AEROESPACIAL</p><p>Objetivo específico da Unidade 1:</p><p>a) Descrever as características e as fontes da Doutrina Militar Aeroespacial (Cp).</p><p>SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS</p><p>1. CARACTERÍSTICAS,</p><p>PRINCÍPIOS E FONTES</p><p>DA DOUTRINA</p><p>MILITAR</p><p>a) Identificar as características da Doutrina Militar Brasileira (Cp);</p><p>b) apontar os princípios da doutrina militar aeroespacial (Cp);</p><p>c) exemplificar as fontes da doutrina militar aeroespacial (Cp);</p><p>d)descrever a Doutrina Militar Aeroespacial a partir da comparação</p><p>de suas características, seus princípios e suas fontes (Cp).</p><p>A Unidade 2 está assim estruturada:</p><p>2. PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO</p><p>Objetivos específicos da Unidade 2:</p><p>a) Identificar o Poder Aeroespacial na história e no contexto atual (Cn); e</p><p>b) explicar a relevância da dissuasão no Poder Aeroespacial (Cp).</p><p>SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS</p><p>1. PODER</p><p>AEROESPACIAL</p><p>a) Citar o processo histórico relacionado à Guerra Aérea e ao Poder</p><p>Aeroespacial (Cn);</p><p>b) identificar as Teorias do Poder Aéreo e do Poder Aeroespacial (Cn);</p><p>c) enunciar os Princípios de Guerra sob a ótica do Poder Aeroespacial</p><p>(Cn); e</p><p>e) enunciar as Características do Poder Aeroespacial (Cn).</p><p>2. PODER</p><p>AEROESPACIAL E</p><p>DISSUASÃO</p><p>a) Explicar como se estabelece a dissuasão e sua relevância no</p><p>contexto do Poder Aeroespacial (Cp).</p><p>3. PODER</p><p>AEROESPACIAL</p><p>BRASILEIRO</p><p>aeronaves e das plataformas espaciais para atingir</p><p>objetivos a grandes distâncias, em função de propriedades como, por exemplo, autonomia,</p><p>capacidade de reabastecimento em voo, cargas externas, tipo de órbita no caso de satélites, entre</p><p>outras.</p><p>FLEXIBILIDADE OU VERSATILIDADE</p><p>Apesar de não serem sinônimos, flexibilidade e versatilidade, no âmbito do Poder</p><p>Aeroespacial, expressam características concorrentes. Em ambas estão implícitas as ideias-</p><p>síntese de maleabilidade, rapidez e facilidade nos movimentos, mutabilidade e mudança. Os</p><p>Meios Aeroespaciais podem assumir funções distintas de forma rápida, cujos impactos podem</p><p>variar desde o nível tático até o nível político. Um mesmo meio pode variar de destino ou alvo</p><p>em voo, pode gerar efeitos cinéticos ou não e cumprir distintas Ações de Força Aérea.</p><p>MOBILIDADE</p><p>Resulta da habilidade do pessoal, das aeronaves, dos armamentos, dos equipamentos e</p><p>dos sistemas de Força Aérea para, de imediato, desdobrarem-se de um aeródromo para outro,</p><p>operando com igual ou maior efetividade.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>4040 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>PENETRAÇÃO</p><p>Característica que provém da capacidade que as aeronaves e as plataformas espaciais</p><p>possuem para adentrar o território do oponente, a despeito das defesas inimigas ou dos</p><p>obstáculos naturais.</p><p>PERSPECTIVA</p><p>Consiste na atuação a partir da terceira dimensão do espaço de batalha, o que fornece</p><p>ampla perspectiva e consciência situacional. O advento dos veículos orbitais dilatou essas</p><p>características superando em muito a limitação da impermanência das aeronaves.</p><p>PRECISÃO</p><p>Consiste no emprego de armamento aéreo com alto grau de precisão. Pequenas</p><p>concentrações de Poder Aeroespacial, com armas de precisão, no local exato e no tempo certo,</p><p>podem produzir efeitos muito superiores à quantidade dos meios envolvidos. Essa característica</p><p>minimiza danos colaterais, reduz custos e esforço logístico.</p><p>PRONTA-RESPOSTA</p><p>É a consequência da habilidade do Poder Aeroespacial para reagir, imediatamente, a uma</p><p>demanda, empregando meios na dimensão adequada, no local preciso e no momento oportuno.</p><p>TECNOLOGIA</p><p>Conjunto de conhecimentos aplicados na atividade aeroespacial, oriundo das pesquisas</p><p>científicas, geralmente derivando em produtos, sistemas ou aperfeiçoamentos que inovam no</p><p>emprego das aeronaves e seus sistemas d’armas. O Poder Aeroespacial é essencialmente uma</p><p>arma de cunho tecnológico. Naturalmente, essa característica pode também redundar em ponto</p><p>fraco, quando a sensibilidade e o domínio das evoluções científico-tecnológicas não forem</p><p>acompanhados pela Instituição e obtida sua autonomia.</p><p>VELOCIDADE</p><p>Decorre do potencial das aeronaves para percorrer, rapidamente, grandes distâncias. A</p><p>velocidade pode ser utilizada na obtenção da surpresa e permite reduzir o tempo de exposição</p><p>dos Meios Aeroespaciais à ação do inimigo, aumentando sua capacidade de sobrevivência.</p><p>CUSTOS</p><p>Naturalmente, resultam do alto valor investido na aquisição, na operação e na</p><p>manutenção de aeronaves, plataformas espaciais, armamentos, instalações, equipamentos e</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 4141 / / 8383</p><p>sistemas, bem como do tempo e dos esforços despendidos na formação de recursos humanos</p><p>especializados.</p><p>DEPENDÊNCIA DE TECNOLOGIA</p><p>Resulta do fato de o emprego efetivo do Poder Aeroespacial ser muito sensível às</p><p>evoluções científico-tecnológicas, porque, no mundo moderno, faz-se necessário o domínio de</p><p>tecnologias para se operarem aeronaves de última geração e seus sistemas d’armas, engenhos</p><p>espaciais e comunicações/monitoramento por satélite.</p><p>DEPENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA</p><p>Tem origem na necessidade de instalações e de equipamentos especializados para o</p><p>desenvolvimento, o preparo, o lançamento, a sustentação e o acolhimento de aeronaves, sistemas</p><p>d’armas e de plataformas espaciais. Tal fato restringe a operação desses artefatos a aeródromos e</p><p>locais apropriados, mesmo que por tempo reduzido.</p><p>FRAGILIDADE</p><p>É consequência das particularidades intrínsecas às aeronaves, às plataformas espaciais,</p><p>aos equipamentos e aos sistemas, normalmente dotados de componentes relativamente frágeis e</p><p>fáceis de destruir. Danos em suas estruturas podem ter resultados catastróficos para as operações.</p><p>NECESSIDADE DE COMANDO E CONTROLE</p><p>O emprego eficaz do Poder Aeroespacial demanda capacidade de comandar, controlar e</p><p>dirigir as aeronaves no campo de batalha. Estruturas militares de comando e controle, com sua</p><p>inteligência e suas comunicações adjudicadas existem, precisamente, para detectar e superar</p><p>pequenos e grandes atritos por meio de intervenções oportunas, assim como explorar</p><p>oportunidades momentâneas no combate e lidar com os perigos decorrentes. A infraestrutura</p><p>moderna de comando e controle opera em grande parte no Domínio Cibernético, sendo</p><p>necessárias ações de Defesa Cibernética para a manutenção da confidencialidade, da integridade</p><p>e da disponibilidade das informações.</p><p>NECESSIDADE DE INTELIGÊNCIA E DE CONTRA-INTELIGÊNCIA</p><p>O emprego eficaz do Poder Aeroespacial demanda conhecimento profundo do inimigo,</p><p>principalmente quando se empregam armas de precisão, que demandam acuradas informações</p><p>que permitam atingir os efeitos desejados sem o dano colateral. Na perspectiva contrária, o</p><p>acesso do inimigo às informações de capacidade, à disponibilidade e ao planejamento de</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>4242 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>emprego dos Meios Aeroespaciais e de Força Aérea anula todos os pontos fortes do Poder</p><p>Aeroespacial. A necessidade de inteligência e de contra-inteligência é característica de grande</p><p>importância para o Poder Aeroespacial, constituindo-se em tarefa que se inicia desde o tempo de</p><p>paz, responsável por dimensionar os aspectos quantitativos e qualitativos do poder adversário e</p><p>por salvaguardar as informações que possibilitem o emprego do Poder Aeroespacial, com</p><p>efetividade, dos princípios de guerra de surpresa, ofensiva, segurança e economia de meios.</p><p>PERMANÊNCIA</p><p>Essa característica está relacionada à incapacidade de as aeronaves voarem</p><p>indefinidamente, pois necessitam reabastecer, rearmar ou trocar tripulações, o que resulta em</p><p>restrições no cumprimento de atividades continuadas, portanto demandando rodízio de vetores</p><p>ou repetição de surtidas para obter os efeitos desejados.</p><p>RESTRIÇÃO DE CARGA ÚTIL</p><p>Deriva da limitação que as aeronaves e as plataformas espaciais possuem para carregar</p><p>pessoal, armamento, material e sensores, o que pode exigir o uso de múltiplos vetores e repetidas</p><p>surtidas para a consecução de um objetivo.</p><p>SENSIBILIDADE ÀS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS</p><p>Esse aspecto relaciona-se à influência das condições atmosféricas ou da falta de luz solar</p><p>sobre as capacidades das aeronaves e das plataformas espaciais de cumprirem determinadas</p><p>missões. Sistemas e sensores que permitem operar em condições ambientais adversas e</p><p>tripulações devidamente treinadas diminuem a incerteza dos efeitos das condições</p><p>meteorológicas na realização das operações aéreas e espaciais, mas não a eliminam.</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve</p><p>comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO</p><p>DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 4343 / / 8383</p><p>TÓPICO 2.5 - A DISSUASÃO</p><p>Este tópico tem o capítulo 4.1 da DCA 11-45 (EMAER, 2018), que dispõe</p><p>sobre a Concepção Estratégica da FAB, como base textual (com</p><p>adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Você conhece o significado de “franzir o cenho”? Prefere consultar no</p><p>Google ou que eu lhe responda já? Vou lhe adiantar: é quando uma pessoa</p><p>une as sobrancelhas, franzindo a testa, aparentando um semblante</p><p>fechado. Já observou que esse gesto é bastante usado para dissuadir?</p><p>Certamente você já utilizou esse gesto em algum momento.</p><p>Na esfera internacional, o Brasil atua em conformidade com os princípios listados no Art.</p><p>4º da Constituição Federal, dentre eles a “defesa da paz” e a “solução pacífica dos conflitos”. A</p><p>política externa brasileira considera o diálogo e a cooperação internacionais como instrumentos</p><p>essenciais para a superação de obstáculos e para a aproximação e o fortalecimento da confiança</p><p>entre os Estados.</p><p>Em alinhamento com esses princípios, todos os documentos de alto nível editados pelo</p><p>MD, em todas as suas edições e versões, quer seja no desenho da Concepção Política de Defesa,</p><p>quer seja no estabelecimento de diretrizes, abordam o tema “Capacidade de Dissuasão das</p><p>Forças Armadas”. No Glossário das FA (MD, 2015), consta que dissuasão é a “atitude estratégica</p><p>que, por intermédio de meios de qualquer natureza, inclusive militares, tem por finalidade</p><p>desaconselhar ou desviar adversários, reais ou potenciais, de possíveis ou presumíveis propósitos</p><p>bélicos”.</p><p>Segundo André Beaufre (estrategista militar francês), “a dissuasão tende a impedir que</p><p>uma potência adversa tome a decisão de empregar suas armas ou, mais genericamente, que atue</p><p>ou reaja frente a uma situação dada, mediante a existência de um conjunto de dispositivos que</p><p>constituam uma ameaça suficiente. Portanto, o que se busca com esta ameaça é um resultado</p><p>psicológico”. (Itálico no corpo do texto conforme consta na DCA 11-45, EMAER, 2018, p. 25.)</p><p>No emprego militar da palavra, a dissuasão não reprime fisicamente um inimigo, mas cria</p><p>um bloqueio psicológico. A dissuasão baseia-se na criação de um efeito psicológico que funciona</p><p>em dois tempos:</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>4444 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>✔ na obrigação de fazer um cálculo das reais possibilidades de vencer, que surge na</p><p>comparação de suas capacidades com as do seu adversário; e</p><p>✔ no temor aos riscos de um possível conflito, que emerge de uma combinação do cálculo</p><p>anterior com outros elementos intangíveis, tais como o prestígio militar do seu adversário</p><p>e sua determinação de afrontar a ameaça.</p><p>Somam-se a isso os custos de uma guerra prolongada e a instabilidade criada na</p><p>Comunidade Internacional durante e após o conflito.</p><p>Pode-se dizer também que o êxito da dissuasão depende de três fatores: um técnico,</p><p>um político e um psicológico. O fator técnico varia com o avanço tecnológico dos armamentos;</p><p>o fator político baseia-se na análise das consequências da ação ou inação; e o fator psicológico</p><p>significa que quem dissuade convence o potencial agressor de que sua ameaça é real.</p><p>A Capacidade de Dissuasão, por sua vez, configura-se como aspecto essencial para a</p><p>Segurança Nacional, na medida em que tem como propósito desestimular possíveis agressões.</p><p>Sustenta-se nas condições que a Nação possui de congregar e aplicar suas Capacidades de</p><p>Proteção e de Pronta-resposta no caso de eventuais ações hostis contra a soberania e os legítimos</p><p>interesses nacionais. A Capacidade de Dissuasão, portanto, é uma ferramenta da diplomacia.</p><p>A Capacidade de Proteção exprime a essência da Defesa Nacional: garantir a soberania, o</p><p>patrimônio nacional, a integridade territorial e a incolumidade da população brasileira. Ela</p><p>contempla os sistemas de vigilância nas áreas de interesse e de controle sobre o território</p><p>nacional, as Águas Jurisdicionais Brasileiras, o espaço aéreo sobrejacente e o espaço exterior,</p><p>além do espaço cibernético e outras áreas relevantes.</p><p>Por sua vez, a Capacidade de Pronta-resposta visa prevenir o agravamento de uma</p><p>situação de crise ou encerrar, de forma célere, uma contenda já deflagrada, evitando o</p><p>engajamento do país em um conflito armado prolongado. Quanto maior for o reconhecimento</p><p>internacional da capacidade de Pronta-resposta de um país, mais expressiva será a dissuasão</p><p>gerada. Dessa forma, a contribuição da FAB para a consolidação da Capacidade de Dissuasão</p><p>das FA concentra-se no fortalecimento de suas Capacidades de Proteção e de Pronta-resposta.</p><p>“Pegou” a ideia de dissuadir? Muitas vezes, basta franzir o cenho, não é</p><p>mesmo?</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 4545 / / 8383</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 7 – FAB realiza fase ostensiva da Operação</p><p>Ostium III. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=Cl18dpyfABw>.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Cl18dpyfABw</p><p>4646 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>TÓPICO 2.6 - PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO E SEUS ELEMENTOS</p><p>Este tópico tem o capítulo 4.2 da DBFAB (EMAER, 2012) como base</p><p>textual (com adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Você sabia que, em uma situação de “guerra declarada”, o país pode</p><p>lançar mão de todos os recursos disponíveis para fins de defesa? Ou seja,</p><p>você sabia que o Poder Aeroespacial vai além da Força Aérea?</p><p>O Poder Aeroespacial Brasileiro é a projeção do Poder Nacional resultante da integração</p><p>dos recursos de que a Nação dispõe para a utilização do espaço aéreo e do espaço exterior, quer</p><p>como instrumento de ação política e militar quer como fator de desenvolvimento econômico e</p><p>social, visando conquistar e manter os objetivos nacionais.</p><p>Os elementos que constituem o Poder Aeroespacial Brasileiro são o conjunto de recursos</p><p>que são disponibilizados pelo País: a Força Aérea Brasileira, a Aviação Civil, a Infraestrutura</p><p>Aeroespacial, a Indústria Aeroespacial e de Defesa, o Complexo Científico-tecnológico</p><p>Aeroespacial, e os Recursos Humanos Especializados em Atividades Relacionadas ao Emprego</p><p>Aeroespacial. Para seu melhor entendimento, na sequência, segue uma breve descrição desses</p><p>elementos.</p><p>• Força Aérea Brasileira</p><p>É o conjunto de organizações, instalações, recursos humanos e materiais empenhados no</p><p>cumprimento da missão militar atribuída à Aeronáutica e que compõe o esforço principal da</p><p>Defesa Nacional no campo militar aeroespacial.</p><p>• Aviação Civil</p><p>É o conjunto das empresas de transporte aéreo regular e não regular das empresas de</p><p>serviços aéreos especializados e dos meios da aviação desportiva e da aviação privada do Brasil.</p><p>A Aviação Civil é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do País e representa</p><p>uma importante fonte de recursos humanos e materiais que podem ser mobilizados, em casos de</p><p>crises ou de conflitos armados, para atender às necessidades complementares da Aeronáutica.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 4747 / / 8383</p><p>• Infraestrutura Aeroespacial</p><p>É o conjunto de instalações e serviços militares e civis que proporciona o apoio</p><p>necessário às atividades aeronáuticas e espaciais do País. Essa infraestrutura é essencial para</p><p>promover o controle e a vigilância do espaço aéreo, a segurança da</p><p>navegação aérea e a operação</p><p>segura e eficiente da aviação no espaço aéreo brasileiro. Ademais, o conjunto de aeródromos</p><p>civis, somado à infraestrutura aeronáutica militar, aumenta a mobilidade dos Meios de Força</p><p>Aérea, à medida que permite seu emprego nas diversas regiões do país. A Figura 4 mostra a</p><p>imagem do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a segunda base de lançamento de</p><p>foguetes da Força Aérea Brasileira. Este Centro consiste de uma estrutura aeroespacial.</p><p>FIGURA 4: INFRAESTRUTURA AEROESPACIAL: CENTRO DE</p><p>LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA</p><p>FONTE: PORTAL EBC (AGÊNCIA BRASIL)</p><p>• Indústria Aeroespacial e de Defesa</p><p>É o conjunto das empresas do parque industrial brasileiro, que oferece produtos e</p><p>serviços aos setores aeronáutico, espacial e de defesa. Trata-se de um importante instrumento de</p><p>soberania, à medida que possibilita a progressiva nacionalização de equipamentos e de serviços</p><p>requeridos pela Aeronáutica, objetivando reduzir a dependência externa.</p><p>• Complexo Científico-tecnológico Aeroespacial</p><p>É o conjunto das organizações brasileiras, que executa atividades de pesquisa e de</p><p>desenvolvimento nos setores aeronáutico e espacial e realiza formação e aperfeiçoamento de</p><p>recursos humanos para o Poder Aeroespacial. Tais atividades são essenciais para que o País</p><p>amplie sua soberania no campo científico-tecnológico aeroespacial e domine as tecnologias</p><p>requeridas pela Aeronáutica com vistas ao cumprimento de sua destinação constitucional e suas</p><p>atribuições subsidiárias.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>4848 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>• Recursos Humanos Especializados em Atividades Relacionadas ao Emprego</p><p>Aeroespacial</p><p>São o contingente de militares e civis que desempenham atividades relacionadas ao Poder</p><p>Aeroespacial. Essa força de trabalho é essencial para a Aeronáutica e precisa estar qualificada</p><p>para desenvolver as tecnologias aeronáuticas e espaciais compatíveis com as exigências</p><p>decorrentes da destinação constitucional e das atribuições subsidiárias.</p><p>Um dos elementos que compõem o Poder Aeroespacial é a Força Aérea Brasileira (FAB).</p><p>Deve ser compreendido que o elemento FAB e os meios aeroespaciais adjudicados pelos Poderes</p><p>Naval e Militar Terrestre, quando vinculados ao cumprimento de missão da FAB e submetidos a</p><p>algum tipo de comando e controle de autoridade militar aeroespacial, passam a ser designados</p><p>como Poder Militar Aeroespacial. Desse modo, cabe destacar que o preparo dos elementos do</p><p>Poder Aeroespacial brasileiro para atender às necessidades da Aeronáutica será executado à luz</p><p>da Constituição Brasileira e da legislação sobre a Mobilização Nacional. Esse preparo consiste</p><p>na realização de ações estratégicas por parte do Estado brasileiro, planejadas, coordenadas e</p><p>desenvolvidas de modo metódico e permanente desde a situação de normalidade, que viabilizem</p><p>a capacitação da FAB.</p><p>A Mobilização Nacional será decretada por ato do Poder Executivo autorizado pelo</p><p>Congresso Nacional ou referendado por ele. Esse ato deverá especificar o espaço geográfico do</p><p>território nacional em que será realizada a Mobilização e as medidas necessárias à sua execução.</p><p>Cessados os motivos que determinaram a decretação da Mobilização Nacional, devem ser</p><p>iniciadas as ações de Desmobilização Nacional, executando-a de modo gradativo e conciliando-</p><p>se a necessidade decrescente do esforço de mobilização com a volta à normalidade.</p><p>O emprego dos elementos do Poder Aeroespacial Brasileiro em proveito da Missão da</p><p>Aeronáutica ocorrerá de acordo com a Doutrina Militar Aeroespacial, respeitadas as imposições</p><p>legais, as limitações técnicas, as normas e os procedimentos específicos de cada elemento.</p><p>Ao final deste tópico há uma relação de documentos que detalham a Doutrina relativa à</p><p>Mobilização Nacional. Recomenda-se a familiarização com os principais temas desses</p><p>documentos com a finalidade de facilitar a compreensão da decomposição dos Elementos do</p><p>Poder Aeroespacial.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 4949 / / 8383</p><p>Aluno(a), vou aproveitar o momento para lhe perguntar sobre a disciplina:</p><p>como está sua assimilação do conteúdo até aqui? Lembre-se de que não</p><p>basta “decorar” o conteúdo.</p><p>Veja isso!</p><p>Site 1 – Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007.</p><p>(Dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema</p><p>Nacional de Mobilização – SINAMOB). Disponível em:</p><p><https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-</p><p>2010/2007/Lei/L11631.htm>.</p><p>Site 2 – Mobilização Nacional. Disponível em:</p><p><https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/mobilizacao-</p><p>nacional/mobilizacao-nacional>.</p><p>Site 3 – Sistema Nacional de Mobilização (SINAMOB).</p><p>Disponível em:</p><p><https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/mobilizacao-</p><p>nacional/sinamob>.</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 8 – FAB & Indústria de Defesa – Paraquedas.</p><p>Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?</p><p>v=y99V6O8Gpqc>.</p><p>Vídeo 9 – FAB & Indústria de Defesa – Ração</p><p>Operacional. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=g5xCDO7ph8w>.</p><p>Vídeo 10 – FAB em Ação – Tecnologia Aeroespacial.</p><p>Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?</p><p>v=Edu7rFCLAhc>.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Edu7rFCLAhc</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Edu7rFCLAhc</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=g5xCDO7ph8w</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=y99V6O8Gpqc</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=y99V6O8Gpqc</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/mobilizacao-nacional/sinamob</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/mobilizacao-nacional/sinamob</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/mobilizacao-nacional/mobilizacao-nacional</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/mobilizacao-nacional/mobilizacao-nacional</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11631.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11631.htm</p><p>5050 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 11 – FAB presente na vida dos brasileiros – Indústria</p><p>Aeroespacial. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=s54hORn6WjA>.</p><p>Vídeo 12 – FAB em Ação – Centro de Lançamento de</p><p>Alcântara. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=9glKrJLGGQA>.</p><p>Vídeo 13 – FABTV – Bastidores do lançamento do</p><p>primeiro Satélite Geoestacionário Brasileiro. Disponível</p><p>em: <https://www.youtube.com/watch?v=RTf6SHNDItw>.</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um</p><p>breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi</p><p>visto.</p><p>Agora, que tal</p><p>uma pausa?</p><p>Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de</p><p>fazer uma pausa.</p><p>Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte</p><p>do estudo.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=RTf6SHNDItw</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=9glKrJLGGQA</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=s54hORn6WjA</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 5151 / / 8383</p><p>Está na hora de</p><p>resumir!</p><p>A partir de suas anotações, reconstrua, com suas</p><p>palavras, todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou,</p><p>se preferir, elabore um mapa mental ou um</p><p>infográfico sobre o texto.</p><p>Exercícios para aprendizagem do capítulo</p><p>Avançamos mais um degrau acerca da Doutrina da FAB. Podemos</p><p>verificar sua compreensão acerca do conteúdo deste capítulo? Como nos</p><p>exercícios anteriores, a proposta é que você consulte as suas anotações,</p><p>o</p><p>fórum de debates ou outro recurso, desde que responda às questões a</p><p>seguir.</p><p>9. Quais fatos você anotou como mais relevantes na história da aviação que podem ser</p><p>associados ao seu emprego como Arma? Quais fatos poderiam ser citados como influenciadores</p><p>da Doutrina Militar Aeroespacial?</p><p>_______________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________</p><p>____________</p><p>10. O que você entende por Poder Aéreo e Poder Aeroespacial? Qual a amplitude</p><p>desses termos no contexto da Doutrina Básica da FAB?</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>11.Elabore três questões de múltipla escolha sobre o tópico “Princípios de Guerra sob a ótica</p><p>do Poder Aerospacial” e poste no fórum. Depois resolva as questões postadas pelos</p><p>companheiros. Em seguida, discuta sobre o tema no fórum.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>5252 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>12. Elabore três questões de múltipla escolha sobre o tópico “Características do Poder</p><p>Aerospacial” e poste no fórum. Depois resolva as questões postadas pelos companheiros.</p><p>Em seguida, discuta sobre o tema no fórum.</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>13. Faça uma ampliação do conceito de Dissuasão. Como o conceito é trabalhado na</p><p>Doutrina Militar? A Dissuasão propõe o enfrentamento? Quais associações podem ser feitas</p><p>entre Dissuasão, Doutrina Militar e a posição diplomática brasileira?</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>14. Faça um mapa mental que contemple os seis elementos do Poder Aeroespacial Brasileiro.</p><p>Nesse mapa, além da definição, coloque exemplos para cada um desses elementos.</p><p>Exemplificando: ao lado da definição de “Indústria Aeroespacial de Defesa”, posso colocar</p><p>“Embraer e Avibras”.</p><p>15. Leia o texto a seguir.</p><p>No dia 24 SET 2020, foi noticiado, no Portal da FAB, a realização do primeiro voo da aeronave</p><p>F-39E Gripen, em solo brasileiro. Sobre isso, a matéria faz o seguinte apontamento: “O Ministro</p><p>da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, destacou a importância do compartilhamento de</p><p>experiências por meio da cooperação entre Brasil e Suécia. ‘O Gripen aumenta a capacidade</p><p>operacional da Força Aérea Brasileira e impulsiona uma parceria que fomenta a pesquisa e o</p><p>desenvolvimento industrial dos dois países’, declarou o Ministro”. (Recorte de matéria</p><p>publicada no Portal da FAB em 24/09/2020.)</p><p>Enuncie a importância desse evento:</p><p>I – no contexto da Dissuasão.</p><p>II – no contexto dos Elementos do Poder Aeroespacial.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 5353 / / 8383</p><p>16. Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre o conceito de</p><p>Dissuasão no contexto do Poder Aeroespacial.</p><p>( ) A Capacidade de Dissuasão visa ao aprimoramento do potencial para destruir o poder</p><p>antiaéreo do inimigo.</p><p>( ) A política externa brasileira considera o diálogo e a cooperação como instrumentos essenciais</p><p>para a solução de conflitos.</p><p>( ) O êxito da Dissuasão está vinculado a três fatores: o tático, o operacional e o estratégico; esse</p><p>último, ligado às decisões políticas.</p><p>( ) No contexto militar, o conceito de Dissuasão está associado à adoção de um conjunto de</p><p>procedimentos que criam um bloqueio psicológico no inimigo.</p><p>A sequência correta é:</p><p>a) V - V - F - V</p><p>b) F - V - F - V</p><p>c) F - V - V - F</p><p>d) V - F - F – V</p><p>17. Leia o texto a seguir.</p><p>“A Altec tem expressiva participação em projetos como o de aviões militares (cargueiro militar</p><p>KC390), submarinos (PROSUB), blindagem de veículos militares (Guarani), além de fornecer</p><p>estruturas para radares de vigilância terrestres, mísseis, vants (veículos aéreos não tripulados) e</p><p>foguetes do programa espacial brasileiro”. (LEMOS, Armando. Integração. Informe: Revista</p><p>Oficial da ABIND, p. 11. Edição 12, abr. 2018).</p><p>A Doutrina Básica da FAB apresenta os “Elementos do Poder Aeroespacial Brasileiro”. Sobre</p><p>esse tema, o elemento a que se refere o recorte da matéria é.</p><p>a) Infraestrutura Aeroespacial.</p><p>b) Indústria Aeroespacial e de Defesa.</p><p>c) Complexo Científico-tecnológico Aeroespacial.</p><p>d) Recursos Humanos Especializados em Atividades Relacionadas ao Emprego</p><p>Aeroespacial.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>5454 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>18. Leia o texto a seguir:</p><p>“O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Organização Militar da Força Aérea Brasileira</p><p>(FAB) localizada no Maranhão, recebeu a visita de representantes de diversos Ministérios e</p><p>Órgãos Governamentais nos dias 01 e 02 de outubro de 2019. O Chefe de Operações Conjuntas</p><p>do Estado-Maior – Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa – Tenente-Brigadeiro</p><p>do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, integrou a comitiva e falou sobre o objetivo da visita.</p><p>O Programa Espacial Brasileiro é um assunto complexo do Estado e, para ele, precisamos da</p><p>união de diversos Órgãos Federais, Estaduais e Municipais. Então, trouxemos aqui a</p><p>administração federal em seu mais alto nível, com secretários-executivos, para que vejam in loco</p><p>e tenham a percepção do que cada Ministério tem a contribuir para o Programa Espacial’, disse o</p><p>Oficial-General”. (Recorte de matéria publicada no Portal da FAB em 2 out. 2019).</p><p>A descrição fornecida faz referência a qual elemento constituinte do Poder Aeroespacial</p><p>Brasileiro?</p><p>a) Aviação Civil</p><p>b) Infraestrutura Aeroespacial</p><p>c) Indústria Aeroespacial e de Defesa</p><p>d) Complexo Científico-tecnológico Aeroespacial</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 5555 / / 8383</p><p>CAPÍTULO 3 - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA AERONÁUTICA</p><p>TÓPICO 3.1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>Este tópico tem o capítulo 2.2 da DCA 11-1 (EMAER, 2020), que dispõe</p><p>sobre a Sistemática de Planejamento e Gestão Institucional, como base</p><p>textual (com adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Você sabe como é feito o Planejamento na FAB? Após a leitura dos</p><p>capítulos anteriores você consegue ter uma ideia sobre esse processo? É o</p><p>que veremos neste capítulo. Venha comigo.</p><p>Segundo a DBFAB (EMAER, 2020, Vol I, p. 14), há uma vinculação entre Doutrina e</p><p>Planejamento Estratégico Militar. Esse planejamento tem o propósito de definir e de organizar as</p><p>atividades relacionadas com o preparo e com o emprego do Poder Militar. O Planejamento do</p><p>Preparo refere-se à fase do Planejamento Estratégico Militar na qual são construídas as</p><p>capacidades do Poder Militar Nacional, enquanto o Planejamento do Emprego é o estágio no</p><p>qual são organizadas as estruturas operativas e formuladas as concepções operacionais para a</p><p>aplicação do Poder Militar. Conforme já foi visto, esses planejamentos, no âmbito da FAB,</p><p>acontecem de forma encadeada com a Doutrina e com o Planejamento do MD.</p><p>O conceito de planejamento estratégico está associado à palavra “estratégia”.</p><p>Etimologicamente, o termo é de origem militar (do grego strategos), o qual</p><p>descreve o caminho</p><p>que leva os exércitos a cumprirem seus objetivos. Desse modo, “planejamento estratégico” diz</p><p>respeito às atividades que abrangem a definição da missão e dos objetivos da instituição, ao</p><p>estabelecimento de uma visão estratégica e ao desenvolvimento de uma hierarquia de planos para</p><p>integrar e coordenar atividades.</p><p>Uma estratégia decorre de uma análise dos possíveis caminhos que devem ser utilizados</p><p>para que a instituição possa atingir os objetivos a que se propõe. São escolhas que ela faz</p><p>fundamentadas na análise dos caminhos a serem percorridos. Essa análise e essas escolhas</p><p>também ponderam os recursos disponíveis (humanos, materiais e financeiros), bem como os</p><p>desafios e os riscos que podem afetar a instituição.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>5656 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Para Evans (2013), estratégia é a forma como a instituição pretende atingir seus objetivos,</p><p>mediante o emprego de recursos (escassos). A estratégia definirá como a instituição pretende</p><p>alocar os recursos humanos, materiais e financeiros para alcançar suas metas e seus objetivos. O</p><p>termo estratégia também está associado a uma “vantagem competitiva”, no sentido de obter-se e</p><p>manter um posicionamento estratégico. (LUECKE, 2005)</p><p>Em relação ao planejamento institucional, um dos aspectos favoráveis à sua construção é</p><p>que, ao estabelecer o seu Planejamento Estratégico, a instituição aponta uma direção a ser</p><p>seguida por todos os seus integrantes, otimizando a aplicação de recursos.</p><p>A estratégia trata da busca de resultados a longo prazo e, embora seja definida no mais</p><p>alto nível da instituição, deve envolver toda a organização. Também deve antecipar, ao máximo,</p><p>os fatores que venham a interferir nesse caminho.</p><p>A FAB vem sendo impactada por constantes restrições orçamentárias, comprometendo o</p><p>alcance das metas anteriormente programadas. Esse contexto deve ser analisado e incorporado ao</p><p>planejamento, de modo a permitir uma rápida adequação às possíveis alterações que possam</p><p>ocorrer. Portanto, deve ser adotada uma estratégia de condução do COMAER no curto prazo que</p><p>leve a instituição a superar condições adversas, mediante um planejamento balizado por</p><p>projeções factíveis de orçamento, adequando a trajetória da FAB à realidade orçamentária do</p><p>País. Logo, torna-se indispensável o acompanhamento constante da conjuntura orçamentária</p><p>nacional, a fim de gerar subsídios para acomodar o planejamento futuro da Força.</p><p>Com a finalidade de regular as normas que balizam o planejamento, a execução e o</p><p>controle, das ações administrativas, orçamentárias e financeiras, o COMAER decidiu formular</p><p>uma metodologia sobre o tema, que recebeu a denominação de Sistemática de Planejamento e</p><p>Gestão Institucional da Aeronáutica (SPGIA), e é definida pelo Estado-Maior da Aeronáutica</p><p>(EMAER), que é o Órgão responsável por disciplinar tecnicamente os assuntos relacionados ao</p><p>tema. A SPGIA destina-se a:</p><p>a) promover maior eficácia na administração da Aeronáutica, contribuindo para o</p><p>cumprimento de sua destinação constitucional;</p><p>b) condicionar processos e meios dedicados à consecução de metas compatíveis com a</p><p>Concepção Estratégica e com os Objetivos Institucionais;</p><p>c) promover a integração entre os planejamentos de longo, médio e curto prazos;</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 5757 / / 8383</p><p>d) harmonizar o planejamento orçamentário-financeiro desenvolvido na Aeronáutica com os</p><p>Planos e os Programas de Governo;</p><p>e) possibilitar a obtenção das capacidades militares necessárias para o cumprimento da</p><p>destinação constitucional da Aeronáutica; e</p><p>f) propiciar continuidade administrativa, em todos os escalões da Aeronáutica, quanto ao</p><p>emprego dos recursos orçamentários e financeiros disponíveis.</p><p>A SPGIA exerce forte influência sobre o comportamento da instituição, tanto por sua</p><p>abrangência, quanto pelas ferramentas organizacionais que fornece. Com a finalidade de orientar</p><p>suas ações, a SPGIA baseia-se nos princípios listados adiante. Vamos entendê-los?</p><p>a) Abrangência Institucional – atuar sobre os processos administrativos relacionados ao</p><p>planejamento, à execução e ao controle dos recursos orçamentários e financeiros,</p><p>permeando toda a instituição;</p><p>b) Suporte à Decisão – apoiar o processo de tomada de decisão em todos os níveis</p><p>organizacionais, pela visualização das prioridades e das disponibilidades orçamentárias e</p><p>financeiras;</p><p>c) Aderência ao Modelo Governamental – prover uma estrutura compatível e integrada às</p><p>necessidades e às características do modelo de gestão do Governo Federal;</p><p>d) Previsão Integral de Gastos – assegurar o planejamento dos dispêndios de recursos</p><p>orçamentários no âmbito institucional;</p><p>e) Transparência Processual – proporcionar ampla visibilidade dos processos institucionais</p><p>de orçamento e gestão, respeitado o grau de sigilo das informações; e</p><p>f) Melhoria Contínua – buscar, permanentemente, a excelência dos serviços que se propõe a</p><p>prestar, pelo aprimoramento de seus recursos humanos, materiais e processuais.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>5858 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>E aí? Tudo bem quanto a esse tópico? Agora você já sabe o que é SPGIA e</p><p>para que ela serve. Podemos seguir adiante? “Topa” conhecer as fases da</p><p>SPGIA?</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 5959 / / 8383</p><p>TÓPICO 3.2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL</p><p>Este tópico tem o capítulo 2.8 da DCA 11-1 (EMAER, 2020), que dispõe sobre</p><p>a Sistemática de Planejamento e Gestão Institucional, como base textual (com</p><p>adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Você já ouviu falar, no âmbito de sua Unidade, sobre o termo PTA? É</p><p>fundamental que um(a) Cassiano(a) detenha conhecimento sobre esse assunto.</p><p>Para isso, vamos aprender sobre a Sistemática de Planejamento da FAB?</p><p>Como vimos, o Planejamento Institucional da Aeronáutica está classificado em três níveis</p><p>(estratégico, operacional e tático). Além disso, ocorre em cinco fases, sendo as duas primeiras no</p><p>nível estratégico, as duas seguintes no nível operacional e a quinta no nível tático.</p><p>As fases possibilitam a identificação do grau de detalhamento que vai sendo aplicado ao</p><p>planejamento à medida que ele se afasta do nível conceitual e se aproxima do nível de efetiva</p><p>execução das ações.</p><p>Para melhor visualização, a Figura 5 associa os documentos que são produzidos ao final</p><p>de cada fase do Planejamento Institucional aos respectivos níveis e órgãos responsáveis pela</p><p>elaboração.</p><p>FIGURA 5: ASSOCIAÇÃO ENTRE AS FASES, NÍVEIS, DOCUMENTOS PRODUZIDOS E ÓRGÃO ELABORADOR</p><p>FONTE: PRÓPRIO AUTOR (BASEADO NA DCA 11-1)</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>6060 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>A Figura 6 apresenta a visão geral do encadeamento dos documentos da SPGIA e os</p><p>principais conteúdos de cada um desses documentos (observe as setas indicando a</p><p>concatenação).</p><p>FIGURA 6: VISÃO GERAL DO ENCADEAMENTO DE DOCUMENTOS DA SPGIA</p><p>FONTE: DCA 11-1/2020, P. 29</p><p>Além das cinco fases do Planejamento Institucional, esse quadro ainda apresenta os</p><p>seguintes itens:</p><p>a) Documentos do MD: utilizado para direcionar a confecção da Concepção Estratégica;</p><p>b) Plano de Articulação e Equipamento da Aeronáutica</p><p>(PLAER): o PLAER decorre</p><p>diretamente da Concepção Estratégica e provê dados e informações para a confecção do</p><p>PEMAER e da DIPLAN.</p><p>c) Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA): utilizado para atualizar a projeção</p><p>orçamentária para o ano seguinte; e</p><p>d) Plano de Ação da Aeronáutica: documento que congrega as principais informações</p><p>orçamentárias que subsidiam a execução do planejamento realizado.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 6161 / / 8383</p><p>Na Figura 6, também é representado o ciclo de “acompanhamento, controle e</p><p>realimentação”, que se relaciona com todas as fases e por meio do qual é realizada a Gestão</p><p>Institucional.</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de</p><p>um breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi</p><p>visto.</p><p>Agora, que tal</p><p>uma pausa?</p><p>Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de</p><p>fazer uma pausa.</p><p>Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem</p><p>parte do estudo.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>6262 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>TÓPICO 3.3 - DEFINIÇÃO DA MISSÃO</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo14 – Como elaborar a missão da minha empresa</p><p>(SEBRAE). Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=MtDtncecW24>.</p><p>Este tópico tem como base textual (com adaptações para adequação do</p><p>conteúdo) o item 3.1.2 da DCA 11-1 (EMAER, 2020), que dispõe sobre a</p><p>Sistemática de Planejamento e Gestão Institucional, e o capítulo 3 da DCA</p><p>11-45 (EMAER, 2018), que dispõe sobre a Concepção Estratégica da FAB.</p><p>NOTA: a DCA 11-45 (EMAER, 2018) atualizou a “Missão da Aeronáutica”</p><p>em relação à ICA 11-1 (EMAER, 2007).</p><p>Você já ouviu falar sobre a tríade “Missão, Visão e Valores”? Já notou que</p><p>ela está cada vez mais presente no cotidiano das empresas? E em relação à</p><p>própria Instituição? Está na hora de ampliar seu conhecimento sobre esse</p><p>assunto. Então venha comigo.</p><p>Conforme apontado no quadro que trata da visão geral do encadeamento de documentos</p><p>da SPGIA, a Concepção Estratégica contém os Fundamentos Institucionais: Missão, Visão e</p><p>Valores. Para fins teóricos, esse “tripé” estabelece a “identidade” da instituição com a seguinte</p><p>proposta. Vamos entendê-la melhor.</p><p>➢ A Missão responde às perguntas “O quê?” “Por quê?” “Para quem?” e identifica “qual é o</p><p>negócio” e a “razão de ser” da instituição.</p><p>➢ A Visão responde às perguntas “Para onde?” “Para quando?” e identifica o</p><p>“posicionamento estratégico futuro” da instituição.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=MtDtncecW24</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 6363 / / 8383</p><p>➢ Os valores traduzem os princípios que deverão permear o comportamento organizacional</p><p>e as atividades da instituição.</p><p>No tocante à Missão, ela traduz o desígnio ou a razão de ser da instituição, segundo uma</p><p>perspectiva ampla e duradoura, ao mesmo tempo em que individualiza e identifica o escopo de</p><p>suas operações em termos de atribuições e público-alvo.</p><p>Quando há o entendimento da Missão, torna-se possível compreender o papel que a</p><p>instituição desempenha para seus stakeholders (o termo faz referência aos órgãos e às pessoas</p><p>que se relacionam com a – em torno da – instituição, tais como fornecedores, sociedade,</p><p>instituições sociais e governamentais).</p><p>Para os órgãos governamentais, a Missão pode ser entendida como a função que ela</p><p>desempenha de modo a tornar útil sua ação e justificar sua existência do ponto de vista dos seus</p><p>integrantes e da sociedade em que ela atua. O estabelecimento da Missão tem como ponto de</p><p>partida a análise e a interpretação de questões como:</p><p>a) Qual a razão de ser da organização?</p><p>b) Qual a natureza do negócio da organização?</p><p>c) Quais os tipos de atividades em que a organização deve concentrar seus esforços no</p><p>futuro?</p><p>Quando a alta administração da instituição estabelece a Missão e a declara formalmente,</p><p>são obtidos, dentre outros, os seguintes benefícios:</p><p>a) direcionamento dos esforços do efetivo para a mesma e única direção;</p><p>b) definição das áreas de atuação prioritárias em que devem ser aplicados os recursos</p><p>disponíveis; e</p><p>c) obtenção do consenso de que os esforços e os recursos alocados propiciarão o</p><p>cumprimento da missão.</p><p>A definição da missão do Comando da Aeronáutica (COMAER) considera as suas</p><p>atribuições legais, a sua amplitude, o seu caráter dual e a visão institucional de como são</p><p>realizadas, com foco na sua atribuição principal e na razão de ser como Força Armada.</p><p>Considera, ainda, o seu papel de contribuinte com o desenvolvimento da Nação, de forma que</p><p>possa ser facilmente entendida por todos os seus componentes. A missão deve nortear todas as</p><p>atividades da FAB.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>6464 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Sinteticamente, o COMAER deverá defender o Brasil, impedindo o uso do espaço aéreo</p><p>brasileiro e do espaço exterior para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais.</p><p>Para isso, deverá dispor de capacidade efetiva de vigilância, de controle e de defesa do espaço</p><p>aéreo, sobre os pontos e áreas sensíveis do território nacional, com recursos de detecção,</p><p>interceptação e destruição.</p><p>Paralelamente, com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento da Nação, deverá</p><p>participar da integração do seu território. Para atender a essa demanda, sempre que possível,</p><p>disponibilizará os seus meios operacionais e logísticos para levar a presença do Estado a todos os</p><p>pontos do país em apoio a órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, bem como em</p><p>atendimento a políticas públicas e sociais.</p><p>A Missão do Comando da Aeronáutica foi atualizada pela DCA 11-45 (EMAER, 2018)</p><p>em relação à ICA 11-1 (EMAER, 2007) e ficou sintetizada conforme o quadro seguinte:</p><p>MANTER A SOBERANIA DO ESPAÇO AÉREO E INTEGRAR O</p><p>TERRITÓRIO NACIONAL, COM VISTAS À DEFESA DA PÁTRIA.</p><p>Agora que você já entendeu esse “tripé” que, conforme mencionado,</p><p>estabelece a “identidade” da instituição, você saberia “explicar” qual é a</p><p>Missão do Comando da Aeronáutica?</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 6565 / / 8383</p><p>TÓPICO 3.4 - DEFINIÇÃO DA VISÃO DE FUTURO</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 15 – Como definir a visão de futuro para a minha</p><p>empresa (SEBRAE). Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=EP_XxGX1Ngs>.</p><p>Este tópico tem como base textual (com adaptações para adequação do</p><p>conteúdo) o capítulo 3.1.3 da DCA 11-1 (EMAER, 2020), que dispõe sobre a</p><p>Sistemática de Planejamento e Gestão Institucional, e o capítulo 3 da DCA</p><p>11-45 (EMAER, 2018), que dispõe sobre a Concepção Estratégica da FAB.</p><p>Você costuma pensar em seu futuro? Concorda que isso é importante? Então,</p><p>para uma instituição como a FAB, isso não é diferente, ela também precisa</p><p>projetar-se no futuro. Você saberia dizer qual a Visão de Futuro de nossa</p><p>Força? Vamos avançar e procurar a resposta para essa pergunta.</p><p>A Visão de Futuro (ou simplesmente Visão) pode ser definida como a descrição de um</p><p>estado futuro ambicioso (porém factível), exprimindo uma conquista estratégica de grande valor</p><p>para a instituição. O maior intento de se definir a Visão é o de criar uma imagem que desafie e</p><p>mobilize</p><p>todas as pessoas envolvidas na construção dessa conquista de forma “inspiradora”.</p><p>A Visão de Futuro deve apresentar um quadro descritivo do que a instituição almeja ser</p><p>em um horizonte temporal determinado. Por refletir um “posicionamento estratégico futuro”, a</p><p>Visão de Futuro deve possuir as seguintes características e atributos essenciais:</p><p>a) ser desenvolvida pela alta direção da instituição;</p><p>b) ser, ao mesmo tempo, abrangente e precisa;</p><p>c) ser compartilhada e ter o apoio de todos; e</p><p>d) transmitir uma noção de direção.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=EP_XxGX1Ngs</p><p>6666 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Conforme a Concepção Estratégica da FAB, o processo de elaboração da Visão de Futuro</p><p>delineou os aspectos que se seguem como fundamentais:</p><p>a) Operacionalidade: no contexto atual, esse aspecto identifica a necessidade de</p><p>desenvolver a capacidade de pronta-resposta a qualquer ameaça à soberania, ao</p><p>patrimônio nacional e à integridade territorial;</p><p>b) Modernidade: ao reconhecer que uma força aérea necessita encontrar-se no “estado da</p><p>arte” para cumprir a sua missão, esse aspecto suscita a necessidade de direcionar recursos</p><p>orçamentários para investimento em tecnologia de ponta, técnicas, táticas de vanguarda</p><p>nos ambientes aéreo, espacial e cibernético; e</p><p>c) Integração: aspecto que congrega duas vertentes relevantes para a FAB: contribuir para</p><p>uma sociedade mais evoluída, que seja alcançada pelas ações do Estado e pelas políticas</p><p>públicas e sociais; e estreitar a cooperação com MB e EB, com as agências</p><p>governamentais brasileiras e com as Forças Armadas de Nações Amigas.</p><p>A Concepção Estratégica é o documento que enuncia a Visão de longo prazo. Entretanto,</p><p>o Plano Estratégico (PEMAER) poderá apresentar uma ou mais visões, de curto ou médio prazo,</p><p>que deem suporte para o alcance da visão de longo prazo estabelecida.</p><p>A Visão de Futuro da FAB (no sentido de posicionamento estratégico em relação àquilo</p><p>que a Instituição estabeleceu para o futuro) foi projetada para 2041, ano em que completa 100</p><p>anos de sua criação, e ficou sintetizada conforme o quadro seguinte:</p><p>UMA FORÇA AÉREA DE GRANDE CAPACIDADE DISSUASÓRIA,</p><p>OPERACIONALMENTE MODERNA E ATUANDO DE FORMA INTEGRADA</p><p>PARA A DEFESA DOS INTERESSES NACIONAIS.</p><p>Gostou do conteúdo até aqui? As coisas aparentam fazer mais sentido para</p><p>você? Isso é bom! Indica que você está se “aperfeiçoando” profissionalmente.</p><p>O próprio nome desse Curso nos remete a isso, não é mesmo?</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 6767 / / 8383</p><p>TÓPICO 3.5 - DEFINIÇÃO DOS VALORES NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA</p><p>Este tópico tem como base textual (com adaptações para adequação do</p><p>conteúdo) o capítulo 3.1.4 da DCA 11-1 (EMAER, 2020), que dispõe sobre a</p><p>Sistemática de Planejamento e Gestão Institucional, o capítulo 3 da DCA 11-</p><p>45 (EMAER, 2018), que dispõe sobre a Concepção Estratégica da FAB, e o</p><p>capítulo 2 do MCA 909-1 (EMAER, 2021), que dispõe sobre o Programa de</p><p>Formação e Fortalecimento de Valores.</p><p>Você já ouviu a expressão “mantenha os modos”? Essa expressão nos alerta</p><p>para os bons costumes e para os bons hábitos. Que tal caminharmos mais um</p><p>pouco nesta disciplina em direção aos Valores da Força? Vamos juntos!</p><p>Como mencionado, os valores traduzem os princípios que deverão permear o</p><p>comportamento organizacional e as atividades da instituição. Os valores são definidos como o</p><p>conjunto de princípios e crenças que norteiam os trabalhos e que auxiliam os membros da</p><p>instituição a tomar decisões, principalmente aquelas que envolvem situações complexas,</p><p>associadas à ética e que geram conflitos de interesses (dilemas éticos). Os valores tratam dos</p><p>ideais que servem de orientação e inspiração para as futuras gerações da instituição. Os</p><p>princípios organizacionais referem-se a conceitos dos quais não se está disposto a abrir mão.</p><p>Cabe refletir que grande parte dos conflitos que afetam o ambiente corporativo não são de</p><p>natureza técnica, mas sim de natureza ética.</p><p>O MCA 909-1 (EMAER, 2021), que dispõe sobre o Programa de Formação e</p><p>Fortalecimento de Valores – PFV, afirma que</p><p>os valores são crenças e atitudes que dão personalidade a uma instituição.</p><p>Funcionam como uma bússola norteadora de suas condutas e políticas</p><p>adotadas. Eles representam os ideais de atitude, comportamento e resultados</p><p>que devem estar presentes em todos os seus integrantes. No meio militar,</p><p>transparecem o espírito da instituição das Forças Armadas perante os seus</p><p>membros e toda a sociedade. (MCA 909-1, EMAER, 2021, p. 13)</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>6868 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>A FAB, em sua Concepção Estratégica (DCA 11-45, p. 21), destaca que os valores “[…]</p><p>são princípios duradouros que sintetizam a essência da organização”. A mesma diretriz afirma</p><p>ainda que os Valores são fundamentais para a cultura organizacional ao agrupar as pessoas em</p><p>torno de pensamentos comuns.</p><p>Os valores não estão restritos aos conceitos associados ao ambiente de trabalho; eles</p><p>também se relacionam com o planejamento, com a doutrina e com a estratégia institucional.</p><p>Segundo o que se estabelece na Concepção Estratégica da FAB, as práticas e os objetivos</p><p>organizacionais devem estar em harmonia com os valores institucionais.</p><p>Os valores da FAB estão estabelecidos na sua Concepção Estratégica (DCA 11-45,</p><p>EMAER, 2018). São apontados cinco valores que traduzem a personalidade da Força e que, por</p><p>isso, devem balizar a conduta e a cultura de todos os militares e civis da Força Aérea.</p><p> Disciplina</p><p>É a rigorosa observância e o acatamento integral a leis, regulamentos, normas e</p><p>disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e</p><p>harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um</p><p>dos componentes da instituição.</p><p> Patriotismo</p><p>É o sentimento de orgulho, amor e devoção incondicional à sua terra, aos seus símbolos,</p><p>às suas instituições e ao seu povo. É a razão do amor dos que querem servir ao seu país e ser</p><p>solidários com a nação. Ele é traduzido pelo compromisso permanente de fidelidade e devoção à</p><p>Pátria, em quaisquer circunstâncias.</p><p> Integridade</p><p>É um traço de caráter que exprime a vontade de fazer o que é correto em qualquer</p><p>circunstância. É a bússola moral, a voz interior que deve conduzir todas as ações de seus</p><p>indivíduos na prática dos deveres, segundo os princípios da ética militar, associados ainda com a</p><p>honestidade e a responsabilidade.</p><p> Comprometimento</p><p>É a satisfação de pertencer à instituição, externada pela demonstração cotidiana de</p><p>entusiasmo, motivação profissional, espírito de sacrifício, gosto pelo trabalho bem-feito,</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 6969 / / 8383</p><p>dedicação integral à missão e aos seus companheiros, trabalho em equipe e lealdade ao País e aos</p><p>irmãos de farda.</p><p> Profissionalismo</p><p>É trabalhar de forma competente e responsável, focado no atendimento dos</p><p>compromissos assumidos. É perseverar diante de problemas difíceis e desafios, esforçando-se</p><p>por permanecer inabalado diante do esgotamento físico e mental. É orgulhar-se do sucesso de seu</p><p>trabalho. É motivar-se por questões profissionais em vez de pessoais.</p><p>No que diz respeito aos valores, a Concepção Estratégica da</p><p>FAB estabelece que</p><p>[…] o caráter do militar não deve ser corrompido pela cobiça e delírio da</p><p>autopromoção; nem pela omissão, covardia, maledicência, sequer pela inércia,</p><p>comodismo, e muito menos pela ostentação, vaidade ou prepotência. A Força</p><p>Aérea é forte pelas virtudes de desprendimento, solidariedade e idealismo dos</p><p>seus homens e mulheres, que fizeram o juramento de bem servir com eficiência</p><p>e profissionalismo, na paz e na guerra, sempre fiéis às suas consciências. (DCA</p><p>11-45, EMAER, 2018, p. 21)</p><p>E aí? Preparado para contribuir com o PFV de sua Unidade? Você sabe</p><p>que`, com seu bom exemplo, já está contribuindo para o crescimento da</p><p>Força, não é mesmo?</p><p>Veja isso!</p><p>Site 4 – Missão, Visão e Valores da FAB. Disponível em:</p><p><http://www.fab.mil.br/missaovisaovalores>.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>http://www.fab.mil.br/missaovisaovalores</p><p>7070 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Vamos fazer algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um</p><p>breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi</p><p>visto.</p><p>Agora, que tal uma</p><p>pausa?</p><p>Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de</p><p>fazer uma pausa.</p><p>Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem</p><p>parte do estudo.</p><p>Está na hora</p><p>de resumir!</p><p>A partir de suas anotações, reconstrua, com suas palavras,</p><p>todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou, se preferir,</p><p>elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 7171 / / 8383</p><p>Exercícios para aprendizagem do capítulo</p><p>Vejo que você está progredindo. Parabéns! Entretanto, precisamos avaliar</p><p>a qualidade de seu estudo. Não “pule” esta etapa, ela é essencial para seu</p><p>aprendizado.</p><p>1. Qual a origem do conceito de Planejamento Estratégico? Como a FAB trabalhou o</p><p>conceito? Descreva a seguir.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>2. Qual a finalidade da SPGIA? Em quais princípios ela se baseia? Apresente a seguir.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>3. Represente o quadro com as fases do planejamento da FAB. Faça observações</p><p>manuscritas acerca dessas fases. Em seguida, faça associação com o encadeamento dos</p><p>documentos da SPGIA.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>4. Descreva, a seguir, quais documentos e conceitos fundamentam a elaboração do</p><p>PEMAER.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>7272 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>5. Justifique a Missão-síntese da FAB. Qual associação pode ser feita com as atribuições</p><p>legais da FAB? Apresente a seguir.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>6. Qual o conceito de Visão (de futuro)? O que a FAB propôs para 2041? Por que 2041?</p><p>Quais aspectos foram julgados essenciais para sua elaboração?</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>7. Indique quais características e atributos são essenciais para o sucesso quando se</p><p>estabelece a Visão Institucional.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>8. Qual a importância dos valores para uma instituição? Qual o conceito de cada um dos</p><p>valores estabelecidos pela FAB?</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>9. A partir de uma situação contextualizada, você seria capaz de identificar os valores</p><p>envolvidos? Cite exemplos contextualizados para cada valor.</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>10. Considere as seguintes afirmações sobre as fases do Planejamento Institucional da</p><p>Aeronáutica.</p><p>I - O Planejamento Institucional da Aeronáutica é classificado em três níveis: estratégico,</p><p>operacional e tático.</p><p>II - O PTA (Programa de Trabalho Anual) é elaborado na primeira fase.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 7373 / / 8383</p><p>III - O Planejamento Institucional da Aeronáutica ocorre em cinco fases, que possibilitam</p><p>a identificação de seu grau de detalhamento.</p><p>IV - Os Fundamentos Institucionais (Missão, Visão e Valores) são delineados no nível</p><p>estratégico do Planejamento Institucional da Aeronáutica.</p><p>Está(ão) correta(s), somente:</p><p>a) I, II e IV.</p><p>b) I III e IV.</p><p>c) II, III e IV.</p><p>d) III.</p><p>11. O Relatório de Gestão do COMAER (Exercício 2019) traz o seguinte texto:</p><p>“No nível de suas Unidades subordinadas e em alinhamento aos planejamentos de mais</p><p>alto nível, Concepção Estratégica do COMAER, Planejamento Estratégico Militar da</p><p>Aeronáutica (PEMAER) e da Diretriz de Planejamento (DIPLAN) do CMTAER,</p><p>_______________________, com as linhas mestras de como executar e o que executar,</p><p>dentro de uma visão temporal, tanto do período da LOA quanto extrapolando-o, visando a</p><p>um entendimento num contexto amplo de entrega ao público-alvo do que é previsto na</p><p>‘Cadeia de Valor’, onde são traduzidas a totalidade das entregas do COMAER para o</p><p>atingimento de sua missão”. (Comando da Aeronáutica. Relatório de Gestão - Exercício</p><p>2019, p. 23)</p><p>No contexto do Planejamento Institucional da Aeronáutica, assinale a alternativa que</p><p>completa a lacuna acima.</p><p>a) os ODSA produzem seu Plano Setorial (PLANSET)</p><p>b) os ODGSA produzem seu Plano Setorial (PLANSET)</p><p>c) os ODSA produzem seu Programa de Trabalho Anual (PTA)</p><p>d) os ODGSA produzem seu Programa de Trabalho Anual (PTA)</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>7474 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>12. Bandeira, Marques e Veiga (2000, p. 2), em um estudo de caso, apresentam determinado</p><p>Valor Organizacional conforme a definição a seguir:</p><p>“_________, em linhas gerais, pode ser entendido como forte vínculo do indivíduo com a</p><p>organização, que o incita a dar algo de si, a saber: sua energia e lealdade”.</p><p>Informe o Valor Organizacional que preenche a lacuna acima:</p><p>a) Disciplina</p><p>b) Patriotismo</p><p>c) Comprometimento</p><p>d) Profissionalismo</p><p>13. Considere o texto a seguir, no contexto dos Valores Institucionais da FAB.</p><p>Diariamente, grande quantidade de profissionais da FAB cobram de si mesmos a</p><p>permanente correção de atitudes, a despeito de circunstâncias adversas. São profissionais</p><p>que se orientam pelo dever que impõem a si mesmos, agindo sempre no cumprimento de</p><p>seus deveres de acordo com os preceitos da ética militar e do próprio senso moral, com</p><p>honestidade e responsabilidade.</p><p>Quando assim o fazem, esses militares tornam-se exemplos em relação ao Valor</p><p>Institucional de</p><p>a) Comprometimento.</p><p>b) Integridade.</p><p>c) Patriotismo.</p><p>d) Disciplina.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 7575 / / 8383</p><p>CAPÍTULO 4 - ÁREA DE ATUAÇÃO: DIMENSÃO 22</p><p>Este texto</p><p>tem o capítulo 3.4 da DCA 11-45 (EMAER, 2018), que dispõe</p><p>sobre a Concepção Estratégica da FAB, como base textual (com</p><p>adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 16 – Dimensão 22. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=Lb2-H34iDyA>.</p><p>Texto 6 – Revista Aerovisão, nº 254 (Dimensão 22, p. 30-</p><p>37). Disponível em:</p><p><https://issuu.com/portalfab/docs/aerovisao_254_out_nov</p><p>_dez_2017>.</p><p>TÓPICO 4.1 - A DIMENSÃO 22</p><p>Estamos caminhando para o último assunto a ser discutido em nossa</p><p>apostila. Até o momento, nossa parceria foi muito proveitosa, pois tenho a</p><p>certeza de que sanou dúvidas e progrediu em conhecimentos. Portanto,</p><p>vamos lá!</p><p>A Missão síntese da Força Aérea Brasileira foi declarada em consonância com o</p><p>arcabouço legal que estabelece o papel que ela precisa desempenhar. Seu enunciado evidencia as</p><p>três principais ações executadas pela FAB com as quais ela mais contribui para o cumprimento</p><p>da destinação constitucional das Forças Armadas: Controlar, Defender e Integrar.</p><p>Controlar está associado à responsabilidade da FAB pela prestação dos Serviços de</p><p>Tráfego Aéreo em todo espaço aéreo sobrejacente ao território nacional. Em cumprimento a</p><p>acordos internacionais, por intermédio da FAB, o Brasil também é responsável por prestar esses</p><p>serviços em uma área que extrapola o continente, abrangendo uma área bastante extensa sobre o</p><p>Oceano Atlântico, totalizando 22 milhões de quilômetros quadrados. Os serviços prestados são o</p><p>controle da circulação aérea, a vigilância do espaço aéreo e o gerenciamento do tráfego aéreo,</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://issuu.com/portalfab/docs/aerovisao_254_out_nov_dez_2017</p><p>https://issuu.com/portalfab/docs/aerovisao_254_out_nov_dez_2017</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Lb2-H34iDyA</p><p>7676 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>além da meteorologia aeronáutica, da cartografia aeronáutica e de informações aeronáuticas. A</p><p>FAB também tem a atribuição de cumprir missões de busca e salvamento em toda a extensão</p><p>dessa área, tanto territorial quanto marítima.</p><p>Defender está associado à garantia da soberania do espaço aéreo, que inclui todo</p><p>território nacional e suas fronteiras, e também se relaciona com a defesa dos interesses nacionais</p><p>na chamada Zona Econômica Exclusiva, totalizando doze milhões de quilômetros quadrados.</p><p>Com unidades operacionais localizadas em pontos estratégicos do país, a FAB realiza missões</p><p>típicas das aviações de Caça, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, Reconhecimento e</p><p>Transporte para assegurar a Defesa Aérea. No viés relacionado a Defender, além de utilizar a</p><p>aviação, A FAB realiza ações terrestres de Contraterrorismo, de Garantia da Lei e da Ordem</p><p>(GLO) e de Defesa Antiaérea.</p><p>Integrar, que sempre esteve presente nas ações da FAB, consta como uma de suas</p><p>responsabilidades, traduzindo-se na realização de diversas missões no território nacional que</p><p>proporcionam a integração do Brasil. O Integrar está presente por meio de serviços de ajuda</p><p>humanitária, ações cívico-sociais, transporte de pessoas e de suprimentos, transporte de órgãos e</p><p>de urnas eleitorais, evacuações aeromédicas e construção de pistas. Essas são algumas das ações</p><p>realizadas pela FAB e que garantem direitos fundamentais à população carente e desenvolvem a</p><p>percepção da presença do Estado em regiões de difícil acesso do país.</p><p>Essas três principais ações executadas pela FAB (controlar, defender, integrar) estão</p><p>ilustradas por meio da Figura 7.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>FIGURA 6: FOLDER RELATIVO À DIMENSÃO 22.</p><p>FONTE: PORTAL DA FAB.</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 7777 / / 8383</p><p>A tríade “controlar, defender e integrar” está relacionada com a Missão da FAB e suas</p><p>atribuições subsidiárias, conforme se constata nos textos da ICA 11-1 (EMAER, 2007), que</p><p>dispõe sobre a Missão da Aeronáutica, em correlação com o capítulo 3 da DCA 11-45 (EMAER,</p><p>2018), que dispõe sobre a Concepção Estratégica da FAB.</p><p>Deve ser observado que a Dimensão 22 é “algo conceitual”, trata-se de uma forma</p><p>(visual) de a FAB comunicar sua Missão. É importante compreender que a Dimensão 22 possui</p><p>um papel no campo da “comunicação corporativa”, no sentido de a FAB dialogar com seu</p><p>público interno e externo para esclarecer sua missão e sua “entrega de valor” à sociedade.</p><p>Também se pode interpretar o Programa Dimensão 22 como uma maneira de a FAB “mostrar”</p><p>“QUAL É e COMO” ela cumpre sua missão institucional, demonstrando a razão de sua</p><p>existência e de sua importância para a sociedade.</p><p>A revista Aerovisão nº 254 (4º tri/2017, p. 30) denomina a Dimensão 22 como “uma</p><p>campanha institucional”. Segundo a matéria, trata-se de “um conceito moderno que sintetiza a</p><p>responsabilidade de atuação da instituição no cumprimento da sua missão, em sintonia com os</p><p>desafios do futuro”.</p><p>Veja isso!</p><p>Site 5 – Dimensão 22. Disponível em:</p><p><http://www.fab.mil.br/dimensao22/>.</p><p>Vídeo 17 – FAB no Controle – DECEA. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=jGGfzokBR1w>.</p><p>Vídeo 18 – FAB presente na vida dos brasileiros - Defesa</p><p>Aérea. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=8NrMgib3p5I>.</p><p>Vídeo 19 – FAB presente na vida dos brasileiros –</p><p>Integração. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=D5QdmOWUJpU>.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=D5QdmOWUJpU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8NrMgib3p5I</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=jGGfzokBR1w</p><p>http://www.fab.mil.br/dimensao22/</p><p>7878 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Exercícios para aprendizagem do capítulo</p><p>Preparado para responder a mais alguns exercícios de aprendizagem?</p><p>Aproveito para relembrar que a “decoreba” não é um método eficaz de</p><p>estudo, portanto verifique sua compreensão sobre o conteúdo.</p><p>Não deixe de realizar os exercícios de aprendizagem sobre este capítulo,</p><p>tudo bem?</p><p>14. De que maneira você associaria a Dimensão 22 aos Fundamentos Institucionais?</p><p>________________________________________________________</p><p>________________________________________________________</p><p>15. Considere diferentes operações aéreas ou exercícios militares e identifique se</p><p>correspondem a Controlar, Defender ou Integrar. Exemplo: “missões destinadas ao transporte</p><p>de urnas”: Integrar. Quais outros exemplos podem ser apontados?</p><p>16. Frequentemente, o Portal da FAB publica matérias sobre diversas ações da FAB.</p><p>Identifique notícias que se enquadrem nos conceitos de Controlar, de Defender e de Integrar.</p><p>Poste pelo menos uma matéria (com sua observação) no fórum para debate na turma.</p><p>17. Escreva um parágrafo conceituando o Programa Dimensão 22.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 7979 / / 8383</p><p>18. Assista aos vídeos disponíveis nos links a seguir e discuta com algum companheiro sobre</p><p>qual conceito da Dimensão 22 está sendo estampado, justificando seu posicionamento com</p><p>base no texto do cap. 4.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=3YXSSUjwi00</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=IRmuz5cJJEY</p><p>__________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________</p><p>19. Leia o texto a seguir:</p><p>“Foi celebrado no dia 27 de setembro de 2019 o Dia Nacional de Doação de Órgãos e</p><p>Tecidos, uma data significativa também para a Força Aérea Brasileira (FAB), que mantém,</p><p>permanentemente, disponível uma aeronave para esse transporte, conforme</p><p>preconiza o</p><p>Decreto nº 9175, de 18 de outubro de 2017. Apenas em 2019, até o dia 25 de setembro, a FAB</p><p>foi responsável por 117 missões de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ),</p><p>totalizando 121 órgãos transportados. Em muitos casos, o emprego das aeronaves da Força</p><p>Aérea é fundamental para que o processo de transplante aconteça. Por isso, existem</p><p>tripulações de sobreaviso, em tempo integral, nas seguintes localidades: Manaus (AM), Belém</p><p>(PA), Natal (RN), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Canoas (RS)”. (Recorte de matéria</p><p>publicada no Portal da FAB, em 27 SET 2019.)</p><p>No contexto da Dimensão 22, o emprego desse esforço aéreo corresponde a</p><p>a) Salvar.</p><p>b) Integrar.</p><p>c) Defender.</p><p>d) Controlar.</p><p>20. Leia o texto a seguir:</p><p>“No período de 27 a 30 de outubro, ocorreu a Operação de Adestramento Conjunto Escudo</p><p>antiaéreo, sob a condução da Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Comando de</p><p>Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF). A Operação aconteceu de forma</p><p>conjunta entre a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a FAB, e consistiu no acionamento</p><p>das Unidades de Defesa Antiaérea do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=IRmuz5cJJEY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=3YXSSUjwi00</p><p>8080 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>(SISDABRA). A FAB empregou, ainda, aeronaves em apoio ao adestramento, efetuando</p><p>missões de ataque ao solo. Já a Marinha e o Exército atuaram no treinamento de suas</p><p>Unidades de Artilharia Antiaérea e na autodefesa da Corveta Barroso”. (Recorte de matéria</p><p>publicada no Portal da FAB, em 30 OUT 2020.)</p><p>No contexto da Dimensão 22, a operação descrita na matéria enquadra-se como</p><p>a) Adestrar.</p><p>b) Integrar.</p><p>c) Defender.</p><p>d) Controlar.</p><p>Para “fechar com chave de ouro”, ponha em prática o</p><p>marcador seguinte.</p><p>Roteirize o seu</p><p>estudo!</p><p>- Quais suas observações iniciais acerca do texto? Identifique</p><p>algumas palavras-chave e faça breves anotações sobre elas.</p><p>Faça uma breve descrição do texto. Quais correlações e</p><p>associações você pode fazer em relação a ele? Compare-o a</p><p>outras leituras que você já tenha realizado. Faça breves</p><p>anotações, infográficos ou desenhos.</p><p>- Experimente decompor o texto em tópicos. Anote cada</p><p>tópico acrescido de um breve comentário. Após, faça um</p><p>resumo, reconstruindo o texto com suas próprias palavras a</p><p>partir dos tópicos. Avalie todas as suas anotações de forma</p><p>reflexiva. Há algo que você possa melhorar?</p><p>- Tente explicar seu resumo para alguém, prepare uma aula</p><p>com 3 a 5 slides, ou faça um “mapa mental” sobre o assunto</p><p>estudado. Faça uma “busca” na Internet por algum texto,</p><p>infográfico ou vídeo que esteja relacionado com o assunto e</p><p>que possa ser acrescentado ao seu material de estudo.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 8181 / / 8383</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Prezado Aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com sucesso,</p><p>Parabéns! Esperamos que, em todos esses momentos em que estivemos juntos, você tenha</p><p>aproveitado e aprendido muito.</p><p>Durante nosso estudo, realizamos leituras, aprendemos conceitos, verificamos novos</p><p>procedimentos. Fizemos anotações, resumos, exercícios, elaboramos roteiros de estudo e</p><p>dialogamos bastante. Não foi mesmo?</p><p>Nesta disciplina, estudamos como se estrutura a Doutrina Militar, o Poder Aeroespacial, o</p><p>Planejamento Institucional da Aeronáutica e a Área de Atuação: Dimensão 22. Vimos também os</p><p>aspectos que envolvem a Doutrina Militar, como essa doutrina é executada em nosso território</p><p>nacional, os princípios da doutrina militar aeroespacial e suas fontes. Trabalhamos os conceitos</p><p>relacionados ao Poder Aeroespacial, desde o seu início até a sua evolução e demais aspectos</p><p>importantes sobre esse assunto. Estudamos o Planejamento Institucional da Aeronáutica, sua</p><p>fundamentação, fases e definições da missão, visão e valores de futuro. Finalizamos realizando</p><p>algumas reflexões a respeito do tema Dimensão 22 e as três principais ações executadas pela</p><p>FAB.</p><p>Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos. Não importa o nome que</p><p>damos; o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!</p><p>Com as saudações da Equipe do Berço dos Especialistas, sucesso em sua Missão!</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>8282 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.</p><p>BRASIL. Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro</p><p>Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores e das</p><p>Funções Gratificadas do Comando da Aeronáutica, do Ministério da Defesa, e dá outras</p><p>providências. Brasília, 2009.</p><p>BRASIL. Decreto nº 9.077, de 8 de junho de 2017. Altera o Decreto nº 6.834, de 30 de abril de</p><p>2009, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do</p><p>Grupo-Direção e Assessoramento Superiores e das Funções Gratificadas do Comando da</p><p>Aeronáutica, do Ministério da Defesa, e o Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004, que</p><p>regulamenta os §§ 1º, 2º e 3º do art. 303 da Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que dispõe</p><p>sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica, no que concerne às aeronaves hostis ou suspeitas de</p><p>tráfico de substâncias entorpecentes e drogas afins, e dispõe sobre a estrutura do Sistema de</p><p>Defesa Aeroespacial Brasileiro – SISDABRA. Brasília, 2017.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 1-1 (Vol I e II). Doutrina Básica da Força</p><p>Aérea Brasileira. Brasília, 2020.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 11-1. Sistemática de Planejamento e</p><p>Gestão Institucional da Aeronáutica. Volume 1 – Planejamento. Brasília, 2020.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 11-45. Concepção Estratégica – Força</p><p>Aérea 100. Brasília, 2018.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 55-40. Adjudicação de Meios de Preparo e</p><p>Emprego. Brasília, 2019.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. ICA 11-1. Missão da Aeronáutica. Brasília,</p><p>2007.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. MCA 10-4. Glossário da Aeronáutica. Brasília.</p><p>2001.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. MCA 909-1. Programa de Formação e</p><p>Fortalecimento de Valores – PFV. Brasília. 2021.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. NSCA 1-1. Sistema de Doutrina Aeroespacial.</p><p>Brasília, 2013.</p><p>BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. PCA 11-47. Plano Estratégico Militar da</p><p>Aeronáutica 2018-2027 (PEMAER). Brasília, 2018.</p><p>BRASIL. Ministério da Defesa. MD35-G-01. Glossário das Forças Armadas. 5ª ed. Brasília,</p><p>2015.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 8383 / / 8383</p><p>BRASIL. Ministério da Defesa. MD 35-D-02. Diretrizes para organização e funcionamento</p><p>do Sistema de Doutrina Militar Combinada (SIDOMC). Brasília, 2008.</p><p>BRASIL. Ministério da Defesa. MD51-M-04. Doutrina Militar de Defesa. 2ª ed. Brasília,</p><p>2007.</p><p>EVANS, Vaghan. Ferramentas estratégicas: guia essencial para construir estratégias</p><p>relevantes. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.</p><p>FREDERICO JÚNIOR, José. Dimensão 22: o DNA da FAB. Aerovisão – A revista da Força</p><p>Aérea Brasileira. Out/Nov/Dez 2017, nº 254 (p. 30-37). Edição eletrônica disponível em</p><p><https://issuu.com/portalfab/docs/aerovisao_254_out_nov_dez_2017>. Acesso em: 30 Jan. 2020.</p><p>E SEUS</p><p>ELEMENTOS</p><p>a) Enunciar os elementos que constituem o Poder Aeroespacial</p><p>Brasileiro (Cn).</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>1010 / / 8383 CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB EEAREEAR</p><p>A Unidade 3 está assim estruturada:</p><p>3. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA FAB</p><p>Objetivos específicos da Unidade 3:</p><p>a) Demonstrar como o planejamento institucional da FAB pode promover a eficácia na</p><p>administração da Aeronáutica (Cp); e</p><p>b) apontar as características da Missão, Visão e Valores contidas na Concepção estratégica da</p><p>FAB (Cn).</p><p>SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS</p><p>1. FUNDAMENTAÇÃO</p><p>TEÓRICA</p><p>a) Identificar a fundamentação teórica de planejamento institucional</p><p>(Cp).</p><p>2. SISTEMÁTICA DE</p><p>PLANEJAMENTO DA</p><p>AERONÁUTICA</p><p>a) Apontar a contribuição da Sistemática de Planejamento e Gestão</p><p>Institucional da Aeronáutica no planejamento institucional (Cp);</p><p>b) descrever as fases do planejamento institucional (Cp); e</p><p>c) demonstrar como o planejamento institucional, ao ser aplicado no</p><p>contexto da FAB, promove a eficácia na administração da</p><p>Aeronáutica (Cp).</p><p>3. CONCEPÇÃO</p><p>ESTRATÉGICA:</p><p>MISSÃO, VISÃO,</p><p>VALORES</p><p>a) Caracterizar a Missão da Aeronáutica contida em sua concepção</p><p>estratégica (Cn);</p><p>b) identificar a Visão da Aeronáutica contida em sua concepção</p><p>estratégica (Cn); e</p><p>c) enunciar os Valores da FAB, contidos em sua concepção</p><p>estratégica (Cn).</p><p>Por fim, a Unidade 4 está assim estruturada:</p><p>4. DIMENSÃO 22</p><p>Objetivo específico da Unidade 4:</p><p>a) Definir Dimensão 22 e suas principais características (Cn).</p><p>SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS</p><p>1. INTRODUÇÃO À</p><p>DIMENSÃO 22</p><p>a) Identificar as características da Dimensão 22 (Cn); e</p><p>b) conceituar “Controlar, Defender e Integrar” no contexto da</p><p>Dimensão 22 (Cn).</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 1111 / / 8383</p><p>CAPÍTULO 1 - DOUTRINA MILITAR</p><p>Olá! Ao longo da leitura, você observará algumas estratégias as quais</p><p>utilizamos para facilitar a sua compreensão. Queremos que nosso contato</p><p>seja proveitoso, agradável e que essa fase da sua vida seja lembrada pelo</p><p>sucesso alcançado por meio de seu esforço e sua dedicação. Passaremos</p><p>algumas horas juntos e, a todo momento, dialogaremos sobre assuntos</p><p>com os quais você convive diariamente. É importante destacar que você</p><p>será o “ator” nesta construção da própria aprendizagem. Leia e responda</p><p>todos os questionamentos, respeite os marcadores, pois a metodologia</p><p>utilizada na confecção do material busca minimizar dúvidas, produzir</p><p>reflexões e desenvolver sua aprendizagem e as habilidades necessárias.</p><p>Compreender, interpretar, analisar e avaliar são pontos importantes para a</p><p>sua aprendizagem. Esperamos que nossa convivência contribua para seu</p><p>aperfeiçoamento de habilidades necessárias para seu sucesso profissional.</p><p>Veja isso!</p><p>Texto1 – Compilação de textos e notícias do site do</p><p>Ministério da Defesa (MD) com assuntos ligados à</p><p>Defesa Nacional. Disponível no AVA [20 p.].</p><p>Texto2 – Doutrina Militar de Defesa – DMD. Disponível</p><p>em:</p><p><https://www.gov.br/defesa/pt-br/arquivos/File/legislacao</p><p>/emcfa/publicacoes/</p><p>md51a_ma_04a_doutrinaa_militara_dea_defesaa_2aa_ed</p><p>2007.pdf>.</p><p>Vídeo1 – Doutrina Militar – A alma de um exército.</p><p>Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?</p><p>v=w8rVJrsH0mA>.</p><p>BREVE “AQUECIMENTO” EM RELAÇÃO AO ASSUNTO “DOUTRINA”</p><p>Considerando que a proposta da disciplina é fazer uma introdução aos temas “Doutrina e</p><p>Planejamento da FAB”, uma forma de abordar o assunto (em uma visão didática, e não de</p><p>aplicação militar) é fazer uma visualização em camadas. Deve-se observar que o termo</p><p>DOUTRINA não é específico do meio militar; outras áreas do conhecimento também o utilizam.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=w8rVJrsH0mA</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=w8rVJrsH0mA</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/arquivos/File/legislacao/emcfa/publicacoes/md51a_ma_04a_doutrinaa_militara_dea_defesaa_2aa_ed2007.pdf</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/arquivos/File/legislacao/emcfa/publicacoes/md51a_ma_04a_doutrinaa_militara_dea_defesaa_2aa_ed2007.pdf</p><p>https://www.gov.br/defesa/pt-br/arquivos/File/legislacao/emcfa/publicacoes/md51a_ma_04a_doutrinaa_militara_dea_defesaa_2aa_ed2007.pdf</p><p>1212 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Pequenas diferenças em relação à compreensão de conceitos podem gerar conflitos</p><p>durante a execução de uma ação militar. Ações militares são complexas, dispendiosas e muitas</p><p>envolvem dilemas próprios do ser humano. Na atualidade, muitas ações militares acontecem por</p><p>meio de coalizões de Forças “distintas”, além de ser necessário enfrentar combates assimétricos.</p><p>Desse modo, é necessário padronizar o entendimento de princípios, diretrizes, normas, conceitos</p><p>e procedimentos. Essa padronização é feita pela Doutrina.</p><p>Considerando que um dos objetivos da Doutrina Militar é padronizar conceitos, para que</p><p>Forças Militares (distintas e com características próprias), operando juntas, tenham a mesma</p><p>compreensão de diretrizes, normas e procedimentos, torna-se necessário partir da definição</p><p>daquilo a que estou me referindo quando utilizo o termo “Doutrina Militar”. Aqui se torna</p><p>necessário “pensar sobre” todo o significado da profissão militar (suas características e</p><p>especificidades, seus códigos internos de conduta e sua cultura organizacional, além de outros</p><p>aspectos). Neste momento de nossa discussão, poderíamos trazer fatos, história e cultura de</p><p>Forças Militares de outras nações. Iríamos concluir que, apesar de válidas, muitas “regras</p><p>doutrinárias” de determinado país não fariam sentido para nós, visto que se aplicam,</p><p>especificamente, ao contexto cultural dele.</p><p>Isso nos levaria a pensar que, nesse universo da doutrina militar, poderíamos fazer um</p><p>recorte (uma nova camada) e focar na doutrina militar brasileira. Porém, mesmo “aqui”, também</p><p>poderíamos trazer para o debate não apenas a doutrina de cada Força mas a das Forças</p><p>Auxiliares, que possuem “doutrinas específicas” para o cenário em que atuam (a função das</p><p>Forças Auxiliares não é a “Defesa” do modo como trabalhamos o conceito nas FA). Também se</p><p>deve compreender que há ações das FA que não são tipicamente de Defesa, mas são afetas ao</p><p>cumprimento de atribuições subsidiárias.</p><p>Novamente, precisaríamos considerar mais uma camada: a Doutrina Militar de Defesa, no</p><p>sentido da doutrina que deve ser comum às FA, que de fato atuam na “Defesa Nacional” (aqui no</p><p>conceito que lhe é aplicado na própria Constituição Federal). Então prosseguiríamos com nossas</p><p>“camadas”, e chegaríamos à Doutrina Aeroespacial e na sequência, à Doutrina Militar</p><p>Aeroespacial.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 1313 / / 8383</p><p>TÓPICO 1.1 - DOUTRINA MILITAR BRASILEIRA</p><p>O que a Força Aérea pensa sobre determinado assunto? Você já se fez essa</p><p>pergunta? A Doutrina de uma Força se encarrega de sistematizar esse</p><p>pensamento. Vamos fazer um “voo rasante” para conhecer um pouquinho</p><p>mais sobre esse tema?</p><p>A Doutrina Militar Brasileira é estabelecida pelo Ministério da Defesa (MD) em</p><p>consonância com a política do Estado Brasileiro. Para facilitar a compreensão da amplitude da</p><p>aplicação dos conceitos de Doutrina nos diversos contextos das Forças Armadas (FA), como já</p><p>dito, propõe-se visualizar o tema na forma de uma “espiral”, ou seja, ao mesmo tempo em que</p><p>suas partes estão alinhadas,</p><p>LUECKE, Richard. Estratégia – criar e implementar a melhor estratégia para seu negócio.</p><p>4ª Ed. Série: Harvard Business Essentials. Rio de Janeiro: Record Ltda, 2009.</p><p>PORTAL FAB. Dimensão 22 (Folder). Disponível em: <http://www.fab.mil.br/dimensao22/>.</p><p>Acesso em: 20 jan. 2020.</p><p>PORTAL EBC (Agência Brasil). Infraestrutura Aeroespacial: Centro de Lançamento de</p><p>Alcântara. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 20 jan. 2020.</p><p>SANTOS, Frederico Fernandes dos. O que são princípios? Suas fases, distinções e</p><p>juridicidade. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/45194/o-que-sao-principios-suas-fases-</p><p>distincoes-e-juridicidade>. Acesso em: 12 jun. 2020.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>apresentação</p><p>CAPÍTULO 1 - DOUTRINA MILITAR</p><p>TÓPICO 1.1 - DOUTRINA MILITAR BRASILEIRA</p><p>TÓPICO 1.2 - PRINCÍPIOS DA DOUTRINA MILITAR AEROESPACIAL</p><p>TÓPICO 1.3 - FONTES DA DOUTRINA MILITAR</p><p>CAPÍTULO 2 - PODER AEROESPACIAL</p><p>TÓPICO 2.1 - A GUERRA AÉREA (CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA)</p><p>TÓPICO 2.2 - TEORIAS DO PODER AÉREO E DO PODER AEROESPACIAL</p><p>TÓPICO 2.3 - PRINCÍPIOS DE GUERRA SOB A ÓTICA DO PODER AEROESPACIAL</p><p>TÓPICO 2.4 - CARACTERÍSTICAS DO PODER AEROESPACIAL</p><p>TÓPICO 2.5 - A DISSUASÃO</p><p>TÓPICO 2.6 - PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO E SEUS ELEMENTOS</p><p>CAPÍTULO 3 - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA AERONÁUTICA</p><p>TÓPICO 3.1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>TÓPICO 3.2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL</p><p>TÓPICO 3.3 - DEFINIÇÃO DA MISSÃO</p><p>TÓPICO 3.4 - DEFINIÇÃO DA VISÃO DE FUTURO</p><p>TÓPICO 3.5 - DEFINIÇÃO DOS VALORES NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA</p><p>CAPÍTULO 4 - ÁREA DE ATUAÇÃO: DIMENSÃO 22</p><p>TÓPICO 4.1 - A DIMENSÃO 22</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>há uma hierarquia entre os conceitos, semelhante a uma visão em</p><p>camadas.</p><p>Vamos às definições de Doutrina, Doutrina Militar e Doutrina Militar de Defesa,</p><p>encontradas no MD35-G-01, 5ª edição (MD, 2015), que dispõe sobre o Glossário das FA.</p><p>DOUTRINA – Conjunto de princípios, conceitos, normas e procedimentos,</p><p>fundamentado principalmente na experiência, destinado a estabelecer linhas de</p><p>pensamentos e a orientar ações, expostos de forma integrada e harmônica.</p><p>DOUTRINA MILITAR – Conjunto harmônico de ideias e de entendimentos que</p><p>define, ordena, distingue e qualifica as atividades de organização, preparo e</p><p>emprego das Forças Armadas. Engloba, ainda, a administração, a organização</p><p>e o funcionamento das instituições militares.</p><p>DOUTRINA MILITAR DE DEFESA – Parte da doutrina militar brasileira que</p><p>aborda as normas gerais da organização, do preparo e do emprego das Forças</p><p>Armadas, quando empenhadas em atividades relacionadas com a defesa do</p><p>país. Seus assuntos relacionam-se diretamente com a garantia da soberania e</p><p>da integridade territorial e patrimonial do país, além da consecução dos</p><p>interesses nacionais. (MD, 2015, p. 94, grifo nosso).</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>1414 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>NOTA: para nosso estudo, a primeira definição deve ser entendida no seu sentido</p><p>LATO, e as seguintes devem ser entendidas no sentido ESTRITO.</p><p>A Doutrina Militar sistematiza orientações com foco em como agir, portanto não são um</p><p>conjunto de regras imutáveis, devido a sua própria dinamicidade. Ela se vale da experiência</p><p>acumulada, constituindo-se no que pode ser comparado a um “caderno de boas práticas”, além</p><p>de tornar-se uma referência que contribui para a educação e para o treinamento, conforme se</p><p>pode observar na citação que segue, extraída do Prefácio da DCA 1-1, Vol I, que dispõe sobre a</p><p>Doutrina Básica da FAB.</p><p>A Doutrina, em seu significado mais amplo, é o conjunto de princípios,</p><p>conceitos, normas e procedimentos, exposto de forma integrada e</p><p>harmônica, destinado a estabelecer linhas de pensamentos e a orientar</p><p>ações. A formulação doutrinária é fundamentada principalmente na</p><p>experiência e deve refletir as melhores práticas até então conhecidas e</p><p>aprovadas. (EMAER, 2020)</p><p>Além das definições supracitadas, o item 1.4.5 do MD51-M-04 (MD, 2007), que dispõe</p><p>sobre a Doutrina Militar de Defesa (DMD), afirma que</p><p>a Doutrina Militar de Defesa brasileira aborda os fundamentos doutrinários,</p><p>que visam ao emprego de forças militares na defesa da Pátria e em outras</p><p>missões previstas na Constituição Federal, nas leis complementares e em outros</p><p>diplomas legais. As concepções para a organização e o preparo das FA não</p><p>constituem objeto desta publicação, tendo em vista que esses fundamentos são</p><p>estabelecidos pelos respectivos Comandos de Força. Dessa forma, esta</p><p>publicação deve ser complementada por documentos operacionais que</p><p>contenham conceitos, normas e procedimentos. (MD, 2007, p. 12, grifo nosso)</p><p>Esse recorte da DMD mostrou um conceito envolvendo os Comandos de cada Força.</p><p>Portanto, deve ser observado que o MD estabelece os fundamentos doutrinários e, a partir daí,</p><p>cada Força estabelece sua doutrina com base em suas peculiaridades, porém alinhada com a</p><p>DMD. Com isso, chegamos à Doutrina Aeroespacial.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 1515 / / 8383</p><p>Quanto à Doutrina Aeroespacial, o MCA 10-4 (EMAER, 2001), Manual do COMAER</p><p>que dispõe sobre o Glossário da Aeronáutica, traz as seguintes definições (observe que os</p><p>conceitos e definições se complementam).</p><p>DOUTRINA AEROESPACIAL – Conjunto de princípios e normas orientadores</p><p>do preparo e emprego do Poder Aeroespacial da Nação, em tempos de paz ou</p><p>em período de conflito.</p><p>DOUTRINA BÁSICA DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA – Conjunto de</p><p>princípios e normas fundamentais que orientam o preparo e o emprego da</p><p>Força Aérea Brasileira. A formulação da Doutrina Básica da Força Aérea</p><p>Brasileira é um processo que evolui em função da conjuntura nacional e</p><p>internacional, dos objetivos nacionais, das novas concepções de emprego das</p><p>Forças Armadas e dos novos desenvolvimentos tecnológicos. Situa-se em um</p><p>quadro mais amplo da Doutrina Militar, uma vez que deve guardar coerência</p><p>com os princípios de emprego conjunto ou combinado das Forças Armadas.</p><p>(EMAER, 2001, p. 57)</p><p>Após essas reflexões, você saberia explicar a aplicação da expressão</p><p>Doutrina Militar?</p><p>A Doutrina Militar de Defesa se decompõe nas doutrinas de cada Força. No âmbito da</p><p>FAB, a DCA 1-1 (EMAER, 2020), que dispõe sobre a Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira</p><p>(DBFAB), tem a finalidade de fixar princípios e conceitos que orientam o preparo e o emprego</p><p>da FAB (Doutrina Militar Aeroespacial).</p><p>Na reedição de 2020, a DCA 1-1 passou a ser composta por dois volumes (Vol I e II). Em</p><p>síntese, o Volume I aborda os aspectos históricos, conceituais e acadêmicos da Doutrina</p><p>Aeroespacial e o Volume II concentra-se no aspecto operacional da Força, com foco nas Tarefas</p><p>e Ações da Força Aérea.</p><p>A Doutrina Militar Aeroespacial estabelece como deve ser executado o preparo e o</p><p>emprego de pessoal, aeronaves, plataformas espaciais, armamentos, instalações, equipamentos e</p><p>sistemas.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>1616 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>NOTA: para se aprofundar nos conceitos de “Preparo” e “Emprego”, consulte a DCA</p><p>55-40 (EMAER 2019), que dispõe sobre a Adjudicação de Meios de Preparo e Emprego.</p><p>Considerando-se que Doutrina Militar é algo “dinâmico”, é importante destacar que, em</p><p>uma visão macro, outros documentos estratégicos, no âmbito da FAB, corroboram com a</p><p>formação do conceito da Doutrina da FAB.</p><p>Os principais documentos estratégicos que expandem a doutrina relativa ao seu preparo e</p><p>ao seu emprego são a DCA 1-1 (DBFAB – Doutrina Básica da FAB, Vol I e II); a DCA 11-45</p><p>(Concepção Estratégica – Força Aérea 100); o PCA 11-47 (PEMAER – Plano Estratégico Militar</p><p>da Aeronáutica); e a NSCA 1-1 (Sistema de Doutrina Militar Aeroespacial – SIDMAE), dentre</p><p>outros documentos de nível estratégico, os quais são desdobramentos da Doutrina Militar de</p><p>Defesa com aplicação específica no contexto da FAB.</p><p>De acordo a DBFAB (EMAER, 2020, Vol I), a Doutrina Militar Aeroespacial divide-se</p><p>em três níveis: estratégico, operacional e tático, conforme Figura 1.</p><p>NOTA: diferente daquilo que normalmente é encontrado em outras literaturas, que</p><p>apresentam o nível tático como intermediário, no âmbito das FA, o escalonamento entre os</p><p>níveis decisórios estão dispostos nesta ordem: Estratégico, Operacional e Tático (Fig. 1).</p><p>Segundo a DBFAB (EMAER, 2020, Vol I, p. 13), no âmbito da FAB, a Doutrina Militar</p><p>Aeroespacial em Nível Estratégico é de competência do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER)</p><p>e abrange os princípios e os conceitos que orientam o preparo e o emprego da FAB.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>FIGURA 1: NÍVEIS DA DOUTRINA DA FAB</p><p>FONTE: (NSCA 1-1, 2013, P. 14).</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 1717 / / 8383</p><p>A Doutrina em Nível Operacional é de competência dos Órgãos de Direção Setorial e dos</p><p>Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Comandante da Aeronáutica (ODSA).</p><p>NOTA: para saber quais são esses Órgãos, veja o Texto 5 (na midiateca), ou consulte o</p><p>Decreto nº 6.834/2009 (com alterações pelo Decreto 9.077/2017), disponível no link a seguir.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6834.htm</p><p>Nesse nível são definidos os conceitos, as normas e os procedimentos que orientam o</p><p>planejamento, a execução e o controle das Ações de Força Aérea em uma operação militar ou em</p><p>uma operação aeroespacial, e deve ser estabelecida em concordância com os princípios e os</p><p>conceitos da Doutrina em Nível Estratégico.</p><p>A Doutrina em Nível Tático, também sob competência dos Órgãos de Direção Setorial e</p><p>dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Comandante da Aeronáutica (ODSA), define as</p><p>normas e os procedimentos a serem seguidos na execução das Ações de Força Aérea, que</p><p>sustentam o emprego do Poder Militar Aeroespacial, em concordância com os conceitos, as</p><p>normas e os procedimentos preconizados na Doutrina em Nível Operacional.</p><p>Veja</p><p>isso!</p><p>Texto 3 – DCA 55-40, Adjudicação de meios de preparo e emprego.</p><p>(Veja o cap. 2, para distinguir os conceitos de Preparo e Emprego).</p><p>Disponível em: <http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?</p><p>codigo=3504&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=4392</p><p>&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0>.</p><p>Texto 4 – Definições de ODG, ODS, ODSA e ODGSA. Disponível</p><p>no AVA [3 p.].</p><p>Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você “saiu inteiro” desse nosso</p><p>primeiro voo sobre esse tema tão apaixonante!</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?codigo=3504&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=4392&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0</p><p>http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?codigo=3504&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=4392&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0</p><p>http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?codigo=3504&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=4392&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6834.htm</p><p>1818 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>TÓPICO 1.2 - PRINCÍPIOS DA DOUTRINA MILITAR AEROESPACIAL</p><p>Você já se perguntou sobre a razão de haver tantos documentos normativos</p><p>no âmbito de nossa profissão?</p><p>Que tal prosseguirmos em nossa jornada, no sentido de conhecermos melhor</p><p>a Doutrina de nossa própria Instituição? Vamos juntos?</p><p>Veja</p><p>isso!</p><p>Texto 5 – NSCA 1-1, Sistema de Doutrina Aeroespacial.</p><p>Disponível em: <http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?</p><p>codigo=6&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=13&t</p><p>ipo=2&iBanner=0&iIdioma=0>. Veja o Cap. 2.</p><p>Prezado(a) Cassiano(a), antes de prosseguirmos será necessário harmonizar o significado</p><p>de “princípios” para o nosso tema em estudo. Entre os diversos significados encontrados, Santos</p><p>(2015) nos dá uma explicação bastante apropriada para o contexto de nossa discussão.</p><p>Os princípios, além de serem a origem, a base de sustentação da norma,</p><p>também são ideias mais genéricas – de onde podem ser extraídas concepções e</p><p>intenções para a criação de outras normas, ou onde se encontra sustentação em</p><p>caso de lacunas na sua aplicação. Princípios são os alicerces da norma, são o</p><p>seu fundamento em essência, são o refúgio em que a norma encontra</p><p>sustentação para racionalizar a sua legitimação, são a base de onde se extrai o</p><p>norte a ser seguido por um ordenamento [...]. (SANTOS, 2015, p. 1).</p><p>A DBFAB (EMAER, 2020, Vol I, p. 12) define Princípio como “[...] a base orientadora da</p><p>Doutrina, alicerçada na teoria e nas convicções éticas da FAB”. Essa base orientadora são os</p><p>fundamentos (no sentido de um referencial que se admite como “ponto de partida”) da Doutrina</p><p>Aeroespacial.</p><p>Quando se afirma que a Doutrina da FAB é um conjunto de “princípios” e normas que</p><p>orientam o preparo e o emprego da FAB, a Doutrina da FAB (como conceito) pode ser descrita</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?codigo=6&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=13&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0</p><p>http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?codigo=6&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=13&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0</p><p>http://www.sislaer.intraer/asp/download.asp?codigo=6&tipo_midia=2&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=13&tipo=2&iBanner=0&iIdioma=0</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 1919 / / 8383</p><p>como um conjunto de fundamentos (de referenciais) que se constituem no “ponto de partida”</p><p>para o estabelecimento das normas doutrinárias, e apoia-se em dois pilares: base teórica e</p><p>convicções éticas da Instituição (o “core de valores”, no sentido de Valores Centrais da Força).</p><p>Princípios são as premissas teóricas, alinhadas aos valores da profissão militar e da</p><p>Instituição, que funcionam como base para o estabelecimento de normas doutrinárias</p><p>relacionadas ao Poder Militar Aeroespacial. Aqui poderíamos considerar essas premissas teóricas</p><p>como “princípios basilares” que fundamentam os diversos documentos normativos em relação ao</p><p>preparo e ao emprego dos meios aéreos. De certa forma, é uma parte da doutrina que, em tese,</p><p>não será alterada. É uma base (um ponto de partida) e que se mantém nas reedições dos</p><p>documentos doutrinários.</p><p>Um exemplo que pode ajudar na compreensão do conceito é colocá-lo ao lado das “fontes</p><p>da doutrina”. Consideremos, de forma hipotética, que fôssemos atualizar um procedimento</p><p>doutrinário (há um processo específico que orienta como isso deve ser feito). Em tese, iríamos</p><p>analisar o histórico desse procedimento que está sendo alterado, levando em consideração os</p><p>“fatores que influenciaram” a necessidade de mudança e sua “origem” (a fonte doutrinária de</p><p>nosso procedimento). Durante nossa análise, será necessário verificar se a mudança que será</p><p>proposta não fere algum “princípio”, algum ponto da doutrina que “não deve ser alterado”, sob o</p><p>risco de “quebrarmos” princípios (que no nosso caso podem ser fundamentos operacionais já</p><p>estabelecidos como concretos ou princípios na esfera da ética e dos valores de nossa</p><p>profissão/Instituição). Em síntese, princípios são fundamentos que devem ser observados e</p><p>mantidos e dos quais não se deve abrir mão.</p><p>Para fins de comparação, considere outro exemplo de seu cotidiano: certamente há alguns</p><p>procedimentos em seu ambiente de trabalho que obedecem a “regras rígidas”, e que não podem</p><p>ser violadas por razões de “quebrar princípios” que foram estabelecidos. Isso também se aplica à</p><p>Doutrina.</p><p>E então? Você observou que os conceitos estão relacionados entre si?</p><p>Conseguiu identificar a importância de se conhecer os aspectos teóricos</p><p>de nossa profissão?</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>2020 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um</p><p>breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi</p><p>visto.</p><p>TÓPICO 1.3 - FONTES DA DOUTRINA MILITAR</p><p>Você pode estar se perguntando: “Tá, mas de onde surgiu isso? Baseado</p><p>em que isso tudo está sendo afirmado?”. Aí é que entram as fontes da</p><p>Doutrina.</p><p>As fontes da Doutrina Militar são uma ampla gama de vetores que fomentam o processo</p><p>de desenvolvimento doutrinário. Essas fontes são as teorias e as estratégias vigentes, a análise</p><p>das experiências históricas, as alterações na política nacional, os impactos relacionados ao</p><p>surgimento de novas tecnologias e a influência de fatores contextuais e operacionais. Como já se</p><p>afirmou, a Doutrina é um processo dinâmico, encontrando-se em constante evolução. Sua</p><p>elaboração e sua atualização são compostas por diversos níveis, devendo ser observado que a</p><p>Doutrina Aeroespacial encontra-se alinhada a outros documentos de nível superior.</p><p>A Doutrina Militar não se fundamenta apenas nas próprias experiências, ela se atualiza</p><p>regularmente por meio da apropriação e da adequação de experiências e práticas de outras</p><p>nações à realidade brasileira.</p><p>Outra fonte permanente para estabelecimento da Doutrina Militar são as teorias</p><p>desenvolvidas por estudiosos das guerras e, no caso da Doutrina Aeroespacial, do emprego do</p><p>Poder Aéreo como Arma. Essas teorias agregam novos conceitos e, via de regra, são</p><p>experimentadas em exercícios e operações militares para validar sua sistematização.</p><p>No caso da DBFAB, os exercícios e as operações militares também compõem o escopo</p><p>de atualização do conjunto doutrinário da Força, principalmente no contexto atual, em que a FAB</p><p>tem marcado presença em exercícios combinados, com a participação de Forças de nações</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 2121 / / 8383</p><p>amigas, e em diapasão com as novas tecnologias embarcadas nas novas aeronaves incorporadas</p><p>ao acervo da FAB.</p><p>Com o avanço de tecnologias aplicadas ao ambiente militar, os jogos de guerra e as</p><p>simulações também vêm sendo incorporados ao rol de fontes doutrinárias. Cabe destacar que o</p><p>avanço tecnológico é exponencial e tem sido um forte agente de mudanças (agente portador de</p><p>futuro). No contexto da Doutrina Aeroespacial, esse avanço vai além das Tecnologias da</p><p>Informação e Comunicação (TIC).</p><p>Para ampliar a percepção do conceito e das fontes da Doutrina e suas influências nos</p><p>destinos da Força, as Figuras 2 e 3 demonstram os principais fatores que influenciam a Doutrina</p><p>e que são influenciados por ela, e isso ocorre nos diversos níveis. No caso da Doutrina Militar</p><p>Aeroespacial, isso não é diferente, daí se afirmar que a Doutrina é dinâmica e que deve ser</p><p>atualizada constantemente, valendo-se de experiências que combinam prática e teoria.</p><p>FIGURA 2: FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMULAÇÃO DA DOUTRINA</p><p>FONTE: (MD35-D-02, P. 13).</p><p>FIGURA 3: FATORES INFLUENCIADOS PELA DOUTRINA</p><p>FONTE: (MD35-D-02, P. 13).</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>2222 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um</p><p>breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto.</p><p>Agora, que</p><p>tal uma</p><p>pausa?</p><p>Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer</p><p>uma pausa.</p><p>Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do</p><p>estudo.</p><p>Está na hora</p><p>de resumir!</p><p>A partir de suas anotações, reconstrua, com suas palavras,</p><p>todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou, se preferir,</p><p>elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 2323 / / 8383</p><p>Exercícios para aprendizagem do capítulo</p><p>Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu</p><p>grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?</p><p>Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que</p><p>você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum</p><p>companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você</p><p>resolva as questões a seguir.</p><p>1. O que você compreendeu sobre o tema Doutrina Militar Brasileira? Como você</p><p>explicaria esse conceito para alguém? Quais argumentos e quais partes do texto você usaria para</p><p>firmar seu parecer? Imagine que você fosse explicar o assunto para um “novinho”, o que você</p><p>lhe diria?</p><p>_______________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________</p><p>____________</p><p>2. Como você explicaria o link que há entre a Doutrina Militar e a Doutrina Aeroespacial? E</p><p>por falar em Doutrina Aeroespacial, existe diferença entre ela e a Doutrina Militar Aeroespacial?</p><p>Qual é (ou quais são)?</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>3. Se você fosse ministrar uma aula sobre os Princípios da Doutrina Militar Aeroespacial e</p><p>dispusesse de apenas cinco minutos, utilizando no máximo três slides, quais seriam os conteúdos</p><p>desses slides?</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>2424 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>4. Construa um mapa mental que possibilite uma visão macro das fontes da Doutrina</p><p>Militar. Insira nesse seu mapa mental os fatores que influenciam a Doutrina e que são</p><p>influenciados por ela. Como ficou? Discuta sobre ele no fórum da Disciplina.</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>5. Leia o texto a seguir:</p><p>“O Exercício Carranca foi desenvolvido para tornar-se referência e servir de fórum de</p><p>discussões. Atuando como laboratório de novas doutrinas para atividade SAR, a manobra inclui</p><p>o treinamento exclusivo de coordenação e execução das missões componentes das operações de</p><p>busca e salvamento. Em 2015, no período de 2 a 13 de março, mais de 350 militares de todo</p><p>Brasil participaram da quarta edição do Exercício Carranca, na Base Aérea de Florianópolis</p><p>(BAFL)”. (Recorte de matéria publicada no Portal da FAB, menu: Operações Militares).</p><p>Justifique a importância desse Exercício no contexto da Doutrina da FAB.</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________</p><p>6. Leia as sentenças relativas às características estratégicas contidas na DCA 1-1 (EMAER,</p><p>2020), que dispõe sobre a Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira (DBFAB).</p><p>I - A responsabilidade pela sua edição cabe aos ODSA.</p><p>II - Seu conteúdo encontra-se em harmonia com a Doutrina Militar de Defesa.</p><p>III - Seu conteúdo é baseado nos manuais táticos específicos que orientam o emprego da FAB.</p><p>IV - Trata-se de um documento de nível estratégico em relação à Doutrina Militar Aeroespacial.</p><p>Está(ão) correta(s) somente</p><p>a) I.</p><p>b) I e IV.</p><p>c) II e III.</p><p>d. II e IV.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 2525 / / 8383</p><p>7. Leia o texto a seguir:</p><p>“Parte da Doutrina Militar Brasileira que aborda as normas gerais da organização, do preparo e</p><p>do emprego das Forças Armadas, quando empenhadas em atividades relacionadas com a defesa</p><p>do País”. (MD, 2015. Glossário das Forças Armadas, MD35-G-01).</p><p>A descrição fornecida se refere ao conceito de</p><p>a) Doutrina Militar Conjunta.</p><p>b) Doutrina Militar de Defesa.</p><p>c) Doutrina Militar de Emprego.</p><p>d) Doutrina Militar Aeroespacial.</p><p>8. Estreitando-se a compreensão da Doutrina Militar Brasileira para o contexto aeroespacial,</p><p>informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir.</p><p>( ) A Doutrina Aeroespacial é um conceito amplo que faz menção ao Poder Aeroespacial e a</p><p>todos os seus elementos constituintes.</p><p>( ) A Doutrina Básica da FAB (DBFAB) faz menção ao Poder Militar Aeroespacial, tratando</p><p>especificamente do emprego do elemento FAB.</p><p>( ) Diferente da DBFAB, a Doutrina Aeroespacial ordena seus níveis decisórios em estratégico,</p><p>tático e operacional.</p><p>( ) A doutrina</p><p>em nível estratégico é atribuição do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).</p><p>A sequência correta é</p><p>a) F – F – V – V.</p><p>b) V – V – F – F.</p><p>c) V – V – F – V.</p><p>d) F – V – F – F.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>2626 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>CAPÍTULO 2 - PODER AEROESPACIAL</p><p>TÓPICO 2.1 - A GUERRA AÉREA (CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA)</p><p>Este tópico tem o capítulo 3.1, do Vol I, da DBFAB (EMAER, 2020) como</p><p>base textual (com adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Você gosta de história? Se sua resposta for sim, você se deu bem… Caso</p><p>contrário, terá que se abrir para uma varredura pela história da aviação.</p><p>Tudo bem? Conto com seu esforço.</p><p>Historicamente, foi um padre brasileiro, Bartolomeu de Gusmão, quem pela primeira vez,</p><p>ascendeu um aeróstato utilizando ar quente, em 1709, como princípio de sustentação. Esse</p><p>personagem abriu o caminho para o emprego militar no ambiente aeroespacial, cujo episódio</p><p>inicial teria ocorrido em 1792, na Guerra Revolucionária francesa. Daí em diante, mormente com</p><p>o propósito de observação e, posteriormente, regulando o tiro da artilharia de campanha.</p><p>A partir de 1849, os balões seriam utilizados em uma nova função. Tropas austríacas</p><p>empregaram aeróstatos para transportar granadas que seriam lançadas quando esses dispositivos</p><p>sobrevoassem a cidade de Veneza, em uma primeira tentativa de explorar aquelas características</p><p>que distinguiriam a guerra aérea. Entretanto, esses primeiros aeróstatos não possuíam</p><p>dirigibilidade, ficando à mercê dos ventos, o que muitas vezes limitava seu emprego. Somente</p><p>com o advento da capacidade de direcionar o movimento, transformando balões em dirigíveis,</p><p>surgiu a possibilidade de emprego que viria a contextualizar, de forma mais contundente, a</p><p>guerra aérea. Novamente um brasileiro, Alberto Santos Dumont, se distinguiria nessa</p><p>empreitada, quando, em 1901 e 1906, conquistou, respectivamente, a dirigibilidade nos balões e</p><p>ascendeu de forma controlada e autônoma em uma aeronave mais pesada que o ar.</p><p>O episódio que marcou a introdução na guerra do conceito de aeronave desenvolvido por</p><p>Santos Dumont foi a Guerra ítalo-turca, na Líbia, em 1911. Experiências semelhantes àquelas</p><p>registradas pelos pilotos italianos nesse conflito foram conduzidas na Guerra dos Bálcãs, de 1912</p><p>a 1913. Entretanto, puderam-se considerar a 1ª Guerra Mundial como aquela que testemunhou</p><p>uma guerra aérea de intensidade relevante. Nela, pôde-se observar praticamente todas as funções</p><p>que hoje desempenham as aeronaves. Aperfeiçoaram-se as técnicas de observação a partir do ar,</p><p>surgidas com os balões e as aeronaves, empregaram equipamento de fotografia para identificar</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 2727 / / 8383</p><p>concentrações de tropas, alvos, redutos de defesa e linhas de comunicação do oponente. Por fim,</p><p>surgiram os primeiros combates aéreos, quando as aeronaves opostas se encontravam no ar.</p><p>Há que se destacar que, em 1915, o Brasil fazia sua primeira tentativa de usar um avião</p><p>como instrumento de poder aéreo em operações militares, durante um movimento sedicioso em</p><p>um dos estados da Federação. O tenente Ricardo Kirk armou três aeronaves Morane-Saulnier</p><p>com bombas para combater os separatistas. Da mesma forma, durante a 1ª Guerra Mundial, o</p><p>Exército e a Marinha do Brasil se preocuparam com a emergência da guerra aérea.</p><p>Em 1917, o Exército enviou dois tenentes à Aéronautique Militaire para aprender como</p><p>iniciar sua aviação no Brasil. A Marinha, por outro lado, designou alguns pilotos para treinar</p><p>com o Royal Naval Air Service, os quais posteriormente realizariam missões de patrulha</p><p>marítima em Plymouth.</p><p>Ainda na Guerra de 1914, foi ressaltado um fator que estaria presente em toda a história</p><p>da guerra aérea: a tecnologia. Equipamentos com características de voo superiores, tais como</p><p>velocidade, razão de subida, manobrabilidade (capacidade de fazer curvas rápidas) e armamento,</p><p>sucederam-se nas linhas de produção, reforçando as Forças Aéreas. A tecnologia, associada a</p><p>uma empírica doutrina aérea, permitiu o desenvolvimento de novos tipos de aeronaves, que</p><p>executariam missões diferenciadas: o bombardeio aéreo, o transporte logístico, a evacuação de</p><p>enfermos e a interceptação aérea.</p><p>No período entre as guerras mundiais, houve uma desmobilização das Forças Aéreas</p><p>formadas para a 1ª Guerra Mundial. Alguns países, como a Grã-Bretanha, descobriram novas</p><p>funções para as suas aeronaves, empregando-as nos conflitos coloniais em ações contra rebeldes</p><p>locais que se insurgiam contra o domínio imperial. Surgia o controle aéreo, uma forma mais</p><p>econômica de substituir as tropas de superfície na tarefa de manter as possessões ultramarinas.</p><p>Por sua vez, a Guerra Civil Espanhola foi um laboratório para novos equipamentos aéreos e</p><p>novas táticas de emprego, quando as Forças Aéreas desenvolveram novas aeronaves e testaram</p><p>sua eficácia. O transporte aéreo assumiu uma nova dimensão com a operação da Força Aérea</p><p>Alemã (Luftwaffe) no transporte de soldados através do Mediterrâneo, destacando efeitos</p><p>marcantes nas batalhas terrestres desse conflito. Nessa mesma Guerra, desenvolveram-se</p><p>técnicas e táticas de apoio aéreo aproximado, permitindo uma ampliação da cooperação entre a</p><p>Força Aérea e a Força Terrestre, por meio de planejamento conjunto e aperfeiçoamento das</p><p>comunicações.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>2828 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>Com a eclosão da 2ª Guerra Mundial, a guerra aérea adquiriu uma significativa</p><p>maturidade, pois, a partir de então, não era mais possível se pensar em guerra sem a participação</p><p>das aeronaves. Na Europa, a aviação alemã resgatou a mobilidade perdida no conflito anterior,</p><p>por meio das invasões na Polônia, na França e na União Soviética, quando surgiu um novo</p><p>conceito de emprego, a guerra-relâmpago (ou blietzkrieg). Posteriormente, em resposta, a</p><p>campanha de bombardeio estratégico conduzida pela Grã-Bretanha e pelos EUA contra a</p><p>Alemanha significou um desgaste considerável na Luftwaffe e na economia alemã. Depois da</p><p>Normandia, a sincronização das ações aéreas com o avanço terrestre foi fundamental na derrota</p><p>alemã, não somente do lado ocidental mas também quando se observa a campanha soviética de</p><p>reconquista dos territórios invadidos. No Atlântico, a campanha antissubmarino e de</p><p>patrulhamento marítimo permitiu que os comboios navais entregassem os suprimentos e as</p><p>tropas necessárias para a continuidade da guerra. No Pacífico, as batalhas navais mudaram sua</p><p>configuração, pois os navios não mais combatiam entre si como no passado. A aeronave</p><p>embarcada e aquelas que operavam no litoral passaram a ter um papel relevante naquilo que se</p><p>denominou batalha aeronaval. Ainda nesse cenário, o bombardeio a longa distância infligiu</p><p>danos severos ao Japão, obrigando-o a capitular. As operações aéreas na Europa e no Atlântico,</p><p>assim como aquelas desenvolvidas no Pacífico, contribuíram sobremaneira para a vitória dos</p><p>Aliados.</p><p>A participação do Brasil na guerra aérea desse conflito iniciou-se com a criação da FAB,</p><p>em 1941. Esta não foi uma tarefa fácil, devido às diferenças de experiência, doutrina,</p><p>equipamento, propósito, treinamento e logística, que caracterizaram a consolidação das aviações</p><p>do Exército e da Marinha em uma força aérea independente. Em 1942, o Brasil decidiu se juntar</p><p>ao esforço de guerra ao lado dos Aliados e, em menos de dois anos, a recém-criada FAB fora</p><p>obrigada a lidar com a ameaça ao transporte marítimo</p><p>no Atlântico Sul e enviar contingentes</p><p>para a frente italiana. O batismo de fogo da FAB ocorreu em três contextos bem diferentes: na</p><p>participação do 1º Grupo de Aviação de Caça, o Senta a Púa; na atuação da 1ª Esquadrilha de</p><p>Ligação e Observação, Olho Neles; e na caça aos submarinos italianos e alemães ao longo do</p><p>litoral brasileiro conduzida pelas aeronaves de patrulha marítima.</p><p>A partir da 2ª Guerra Mundial, a guerra aérea tornou-se uma realidade em todos os</p><p>conflitos. As aeronaves assumiriam um papel de independência nos combates, mas também</p><p>seriam integradas às operações de superfície, seja cooperando com o Exército seja tripulando as</p><p>embarcações nos navios-aeródromo.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 2929 / / 8383</p><p>Encerrado o grande conflito em 1945, consolidam-se duas potências militares que iniciam</p><p>uma luta pelo predomínio político e pela influência nas diversas regiões do globo. A Guerra Fria</p><p>foi um período em que as Forças Aéreas direcionavam sua preocupação para a capacidade de</p><p>bombardeio nuclear, ora por meio da utilização da aeronave, ora por meio do uso dos mísseis</p><p>intercontinentais. Esse tipo de arma desencadeou a corrida pelo espaço.</p><p>Apesar de a Guerra Fria não ter escalado para o confronto direto entre os EUA e a URSS,</p><p>alguns conflitos regionais colocaram em choque as ambições capitalistas e comunistas em</p><p>guerras como a da Coreia (1950-1953) e a do Vietnã (1965 a 1972). O conflito no Vietnã foi</p><p>emblemático no contexto da guerra aérea, pois, além de diversas inovações no campo</p><p>tecnológico, como as bombas de precisão, os equipamentos de interferência eletrônica, a</p><p>consolidação das aeronaves a reação, o emprego de helicópteros em combate, dos mísseis ar-ar e</p><p>superfície-ar, uma realidade viria a ter impacto significativo na doutrina: o dilema entre a guerra</p><p>aérea convencional e a guerra contra uma insurgência.</p><p>No Oriente Médio, a criação do Estado de Israel desencadeou uma série de conflitos entre</p><p>os judeus e os árabes, sendo o mais marcante deles a Guerra dos Seis Dias, na qual, em 1967,</p><p>testemunhou-se uma das ações mais espetaculares do poder aéreo: a Operação Moked, na qual a</p><p>Força Aérea Israelense atacou bases aéreas e aeródromos egípcios, praticamente destruindo a</p><p>Força Aérea Egípcia no solo. Nessa operação, foram fundamentais o trabalho de inteligência, o</p><p>treinamento e a doutrina de que se valeram os israelenses para obter uma vitória decisiva.</p><p>O ano de 1982 trouxe a guerra aérea para o continente sul-americano, quando argentinos</p><p>e britânicos lutaram na Guerra das Falklands/Malvinas (1982), considerada, do ponto de vista da</p><p>guerra aérea, uma guerra aeronaval. Ela demonstrou a importância da projeção de poder, as</p><p>limitações do emprego naval sem a devida proteção aérea e a diferença tecnológica em termos de</p><p>equipamento e de processo de planejamento e condução de operações militares.</p><p>Nos anos de 1990, foi a Guerra do Golfo (1991) o evento mais marcante, que pode ser</p><p>reconhecida como o apogeu da guerra aérea. Tanto na Operação Desert Shield quanto na Desert</p><p>Storm, a aviação da Coalizão desempenhou um papel fundamental para o seu sucesso. Nesse</p><p>conflito inúmeros fatores mereceram destaque, como o esforço logístico de transporte aéreo de</p><p>tropas e suprimentos para a campanha militar. Pela primeira vez, os EUA requisitaram aviões</p><p>comerciais para o transporte de tropas para o teatro de operações. Nessa Guerra, a</p><p>responsabilidade pelo planejamento e pela condução das operações aéreas foi centralizado em</p><p>um comandante único, o que representou uma grande conquista no conceito de operação</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>3030 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>conjunta e combinada, fator não observado no Vietnã. Nos primeiros dias da campanha, o foco</p><p>foi a desestruturação da capacidade de comando e controle iraquiana, inclusive com a tentativa</p><p>de decapitação da sua liderança. A fase de superioridade aérea eliminou a Força Aérea Iraquiana,</p><p>destruída em solo. Obtido o domínio do ar, o esforço voltou-se para a destruição das forças</p><p>blindadas, da artilharia de campanha e das concentrações da Guarda Republicana Iraquiana.</p><p>Concluída essa fase, a guerra terrestre desenvolveu-se em curto espaço de tempo, no qual foram</p><p>alcançados os objetivos políticos da Coalizão, cuja superioridade tecnológica, doutrina e</p><p>treinamento foram decisivos nos combates. Outro fator importante foi a presença das</p><p>capacidades espaciais como fator multiplicador da força. Alguns teóricos chegaram a afirmar que</p><p>essa teria sido a primeira guerra espacial da história, pois o domínio espacial se justapunha ao</p><p>domínio aéreo e, a partir daquele momento, fazia sentido a definição de ambiente aeroespacial.</p><p>Na esteira do sucesso de 1991, a guerra aeroespacial seria observada entre 1992 e 1995,</p><p>na Bósnia (Operação Deliberate Force), em Kosovo, entre 1998-1999 (Operação Allied Force),</p><p>no Afeganistão, a partir de 2001 (Operação Enduring Freedom) e no Iraque em 2003 (Operação</p><p>Iraq Freedom). Nesses conflitos, puderam-se observar, em maior ou menor intensidade, negação</p><p>do uso do espaço aéreo, ataque em larga escala aos alvos terrestres, bombardeio às estruturas de</p><p>importância estratégica, guerra contra insurgentes, utilização de forças especiais e guias aéreos</p><p>avançados, aeronaves não tripuladas, apoio de fogo às forças de superfície e imensa</p><p>superioridade tecnológica americana, em especial aquela decorrente do uso de sistemas de</p><p>navegação e comunicação a partir do espaço exterior.</p><p>No presente momento, apesar do foco que se tem dado aos conflitos ditos de baixa</p><p>intensidade decorrente das experiências recentes, cuja natureza de emprego é caracterizada pelo</p><p>combate na forma de guerrilha, contra insurgência ou contra o terrorismo, observa-se, em face</p><p>das características geopolíticas, um retorno à discussão da guerra convencional, em especial no</p><p>contexto das grandes operações militares entre pares. A ascensão de novas potências globais que</p><p>venham a contestar a predominância unipolar dos EUA ressuscita, no debate da guerra aérea, o</p><p>caráter primordial na luta pelo controle do ar. Nesse ponto, surge a necessidade de se repensar a</p><p>discussão teórica sobre Poder Aéreo, fruto dessa evolução da história da guerra e da guerra aérea.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 3131 / / 8383</p><p>Interessante conhecer (ou relembrar) tudo isso, não é mesmo? Após essa</p><p>viagem no tempo e a seleção de tantos fatos importantes para a evolução</p><p>da Força Aérea e a proteção do território nacional, passamos a</p><p>compreender e a significar nosso trabalho diário, dando continuidade e</p><p>aperfeiçoamento ao trabalho iniciado por essas figuras históricas, as</p><p>quais são lembradas por suas condutas inovadoras nos conflitos. Na</p><p>posição de integrantes da Força Aérea Brasileira, precisamos saber</p><p>recontar essa história.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>3232 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>TÓPICO 2.2 - TEORIAS DO PODER AÉREO E DO PODER AEROESPACIAL</p><p>Este tópico tem o capítulo 3.2 e 3.3, Vol I, da DBFAB (EMAER, 2020)</p><p>como base textual (com adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Cassiano(a), é assim que o chamam em sua Unidade não é? Vamos</p><p>prosseguir. Apesar de toda discussão histórica do progresso da Força</p><p>Aérea Brasileira que realizamos no texto anterior, você sabia que</p><p>o papel</p><p>da FAB na Defesa Nacional não se restringe ao espaço aéreo destinado ao</p><p>voo? “Arregalou os olhos?”</p><p>A guerra aeroespacial é travada em uma dimensão de características próprias, que seriam</p><p>distintivas das operações na superfície. Contudo, o reconhecimento dessa realidade não foi</p><p>obtido apenas de forma empírica. Para dar consistência a esse novo domínio da guerra, foram</p><p>necessárias formulações teóricas que sustentassem o conceito de emprego de aeronaves em</p><p>combate, surgindo a Teoria do Poder Aéreo.</p><p>A teoria, irmanada com a observação da experiência histórica, forma a essência de uma</p><p>doutrina. A experiência é adquirida por meio da prática (a guerra em si), das simulações</p><p>(treinamentos, jogos de guerra, estudos históricos) ou pela troca de conhecimentos (parcerias</p><p>internacionais ou observação da experiência alheia). No que tange à teoria, trata-se de um</p><p>produto de pessoas (e às vezes escolas, centros de desenvolvimento, think tanks) que antecipam</p><p>proposições, normalmente à luz de pesquisas e hipóteses, transformando-as em base sistemática</p><p>de análise em determinado campo do conhecimento.</p><p>Em verdade, a Teoria do Poder Aéreo, face à crescente presença e importância da arma</p><p>aérea no campo de batalha, tem progressivamente ampliado seu escopo. A inclusão da dimensão</p><p>do espaço exterior e do ciberespaço, conjugadas à dimensão aérea, transforma-a em Teoria do</p><p>Poder Aeroespacial.</p><p>Sobre o tema, teorias subsidiárias identificam esse domínio de forma separada do</p><p>contexto aéreo, em função de características físicas distintas, apesar de sua contiguidade</p><p>(diferença entre aerodinâmica e astrodinâmica). Em verdade, as atuais aeronaves não têm</p><p>condições de operar no espaço exterior, assim como os satélites ou outros dispositivos similares</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 3333 / / 8383</p><p>apenas transitam pelos ares até atingirem seu ambiente de operação, comumente acima dos 100</p><p>km da superfície terrestre. Apesar dessas limitações tecnológicas, hoje não há mais como se</p><p>conceber uma Teoria de Poder Aeroespacial que não contemple o uso das potencialidades</p><p>(telecomunicações, imagens, posicionamento geográfico, digitalização etc.) advindas do espaço</p><p>exterior. Assim, faz sentido o entendimento contemporâneo de que a guerra no ar e no espaço</p><p>não mais se restringe aos enfrentamentos entre aeronaves.</p><p>O Poder Aeroespacial consiste na projeção da parcela do Poder Nacional que resulta da</p><p>integração dos recursos de que a Nação dispõe para a utilização do espaço aéreo e do espaço</p><p>exterior, quer como instrumento de ação política e militar quer como fator de desenvolvimento</p><p>econômico e social, visando conquistar e manter os objetivos nacionais.</p><p>NOTA: os elementos que compõem o Poder Aeroespacial Brasileiro serão detalhados</p><p>em tópico específico.</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 2 – FAB TV – Modernização da Indústria</p><p>Aeroespacial Brasileira. Disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=Qn8bFIQlnKU>.</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de</p><p>um breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que</p><p>foi visto.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Qn8bFIQlnKU</p><p>3434 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>TÓPICO 2.3 - PRINCÍPIOS DE GUERRA SOB A ÓTICA DO PODER AEROESPACIAL</p><p>Este tópico tem o capítulo 3.5, Vol I, da DBFAB (EMAER, 2020) como</p><p>base textual (com adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Vamos conhecer sob quais Princípios de Guerra o Poder Aeroespacial</p><p>atua?</p><p>Veja isso!</p><p>Vídeo 3 – FABTV - FAB na História - Década de 40.</p><p>Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?</p><p>v=Mmuz5pYk4LE>.</p><p>Vídeo 4 – FAB TV - FAB na História - déc 50 e 60. Disponível</p><p>em: <https://www.youtube.com/watch?v=AwQL5Bqikco>.</p><p>Vídeo 5 – FAB na História - Décadas de 70 e 80. Disponível</p><p>em: <https://www.youtube.com/watch?v=DTAg1Eos0ts>.</p><p>Vídeo 6 – FAB na História - Décadas de 90 e 2000. Disponível</p><p>em: <https://www.youtube.com/watch?v=2IPmNMa6mqA>.</p><p>Elementarmente, os princípios de guerra foram desenvolvidos a partir de observações e</p><p>análises de batalhas terrestres e, em alguns casos, para a batalha naval. Portanto, esses princípios</p><p>devem ser adaptados à luz da guerra aérea e aeroespacial.</p><p>Os princípios de guerra foram deduzidos ou analisados por estudiosos do fenômeno da</p><p>guerra aérea e revelados a partir da experiência obtida na história dos conflitos, em cujos</p><p>contextos houve significativa participação de meios aéreos. Os princípios, quando aplicados aos</p><p>problemas militares, requerem flexibilidade intelectual e criatividade na sua utilização, não</p><p>devendo ser encarados como leis absolutas (rígidas e inflexíveis) de conduta. Eles orientam o</p><p>planejamento e a conduta das operações de combate ou de qualquer outra natureza, sendo</p><p>consolidados na forma de palavras, expressões ou ideias que traduzem condutas sugeridas, cujo</p><p>contexto e tantas outras variáveis determinarão a maior ou a menor ênfase, sua presença ou sua</p><p>ausência, a observância ou não.</p><p>Os princípios de guerra estão conceituados na Doutrina Militar de Defesa. Em face das</p><p>recentes evoluções no fenômeno da guerra e pela demanda de interpretações próprias, no âmbito</p><p>da FAB, os seguintes princípios de guerra serão apresentados sob a ótica da guerra aeroespacial:</p><p>Economia de Forças ou de Meios, Exploração, Manobra, Massa, Moral, Objetivo, Ofensiva,</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=2IPmNMa6mqA</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=DTAg1Eos0ts</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=AwQL5Bqikco</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Mmuz5pYk4LE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Mmuz5pYk4LE</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 3535 / / 8383</p><p>Prontidão, Segurança, Simplicidade, Surpresa, Unidade de Comando. Apesar de se referirem a</p><p>eventos da guerra aeroespacial, o cumprimento de ações em todo o espectro da guerra (paz, crise</p><p>ou conflito armado), seja em exercícios, seja em operações ou ações independentes, demanda a</p><p>observância de princípios de guerra.</p><p>ECONOMIA DE FORÇAS OU DE MEIOS</p><p>Os Meios Aeroespaciais e de Força Aérea possuem alto valor agregado, crescente</p><p>complexidade científico-tecnológica e demandam intensa capacitação para a operação das</p><p>plataformas e dos sistemas d’armas. Em face dessas condicionantes, a quantidade de meios</p><p>disponíveis para emprego (tanto recursos materiais quanto humanos) exige que este seja</p><p>realizado de forma judiciosa, voltado para a obtenção de efeitos mormente de caráter estratégico,</p><p>aproveitando a oportunidade de se atingir o centro de gravidade. Dessa forma, o esforço</p><p>prioritário da campanha deve preceder sobre a dispersão de meios que objetivem esforços</p><p>secundários.</p><p>EXPLORAÇÃO</p><p>Aquele que planeja e conduz uma campanha aeroespacial, de qualquer natureza, deve</p><p>estar consciente e ser perspicaz do potencial que um sucesso inicial pode trazer para a</p><p>continuidade das ações. Haja vista a possibilidade de rapidamente mobilizar seus recursos e</p><p>explorar a terceira dimensão sobre o teatro de operações, o Poder Aeroespacial pode</p><p>proporcionar a todas as forças em combate aproveitamento de êxito inicial. Esse princípio está</p><p>diretamente ligado à consciência situacional do comandante e à sua capacidade de comando</p><p>centralizado.</p><p>MANOBRA</p><p>No âmbito da guerra aeroespacial, a manobra está associada a duas perspectivas.</p><p>A</p><p>primeira delas compartilha a ideia de movimento, cujo espaço físico é a variável predominante.</p><p>Para tanto, observa-se a capacidade intrínseca aos Meios Aeroespaciais de Força Aérea em se</p><p>deslocar e se posicionar no espaço de batalha. Essa capacidade contribui sobremaneira com</p><p>aspectos relacionados à liberdade de movimento, ao desdobramento e gera opções de</p><p>configuração da posição das forças na campanha militar. A segunda perspectiva do princípio da</p><p>manobra está associada à variável tempo. Explorando a velocidade, principalmente, busca-se</p><p>colocar o inimigo em desvantagem quanto à sua capacidade de decisão, interferindo</p><p>efetivamente em sua habilidade de comandar e controlar.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>3636 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>MASSA</p><p>Esse princípio, em decorrência da evolução tecnológica aeroespacial que ampliou</p><p>sobremaneira a precisão no emprego de armamento, tem sofrido uma variação conceitual. A</p><p>guerra aeroespacial tem demonstrado que a quantidade de meios, outrora um fator essencial nas</p><p>operações aéreas, cede espaço à ideia de massa na obtenção de efeitos.</p><p>Obviamente que é desejável ser superior ao inimigo em termos de quantidade, porém o</p><p>conceito de massa, atualmente, não significa essencialmente maior número, tampouco maior</p><p>concentração de meios em pontos decisivos. O princípio da massa, no âmbito da guerra</p><p>aeroespacial moderna, está diretamente relacionado aos efeitos resultantes das Ações de Força</p><p>Aérea.</p><p>MORAL</p><p>O estado de ânimo ou a atitude mental das tripulações de combate é um fator decisivo</p><p>para o sucesso da campanha aeroespacial. A história demonstra que forças aéreas motivadas e</p><p>imbuídas do espírito de corpo podem obter sucessos significativos contra inimigos cujas</p><p>aeronaves sejam de maior valor quantitativo, e mesmo qualitativo. A manutenção do moral na</p><p>guerra é alcançada por boa liderança, senso de disciplina consciente, preocupação com o bem-</p><p>estar da tropa e clareza nos propósitos da missão. Importante também destacar o efeito positivo</p><p>que as aeronaves obtêm sob o moral das forças amigas que se sentem protegidas e negativo sobre</p><p>as forças inimigas que se veem fustigadas pelas ações aéreas.</p><p>OBJETIVO</p><p>Princípio mestre na guerra aeroespacial, o estabelecimento de objetivos de guerra provê</p><p>foco para a atuação do Poder Aeroespacial. Preservadas as características de clareza e coerência,</p><p>sempre com o foco prioritário de atuação de forma estratégica, a ideia-chave é a de perseverança</p><p>no objetivo. Muitos são os exemplos históricos nos quais mudanças precipitadas no objetivo</p><p>levaram ao fracasso. A questão que se impõe, portanto, é o julgamento criterioso, levando-se em</p><p>conta todas as variáveis da pertinência da manutenção do objetivo ou da necessidade de alterá-lo.</p><p>OFENSIVA</p><p>Os principais teóricos do Poder Aeroespacial consideram que esse é um princípio de</p><p>especial atenção, igualando-o em importância ao princípio do objetivo. A ofensiva deve estar na</p><p>gênese de toda campanha aeroespacial. Por meio da obtenção da iniciativa das ações, a ofensiva</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 3737 / / 8383</p><p>obriga o oponente a reagir, ao invés de agir. Assim, obtém-se uma vantagem valiosa sobre o ciclo</p><p>de decisão do adversário, impondo-se o ritmo desejado.</p><p>PRONTIDÃO</p><p>Outro princípio de elevada importância para o Poder Aeroespacial, a prontidão significa</p><p>estar em condições de colocar em prática todas as capacidades demandadas em uma guerra</p><p>aeroespacial. Dessa forma, demandam ações desde o tempo de paz, que exigem planejamento e</p><p>treinamento, de forma que não haja solução de continuidade nos momentos de conflito. Na</p><p>campanha aeroespacial em si, a prontidão se revela na forma de atendimento premente às</p><p>demandas dos níveis operacional e estratégico, essencialmente voltadas ao cumprimento de</p><p>objetivos das fases da campanha conjunta.</p><p>SEGURANÇA</p><p>Consiste na preservação da capacidade de combate do Poder Aeroespacial. Envolve</p><p>medidas que reduzam vulnerabilidades, assegurem a disponibilidade dos Meios Aeroespaciais,</p><p>mantenham a habilidade em exercer as funções de comando e controle e, em última instância,</p><p>conservem o potencial de infligir efeitos estratégicos e nos centros de gravidade do adversário.</p><p>SIMPLICIDADE</p><p>No âmbito da guerra aeroespacial, a simplicidade observa-se na forma como se planejam</p><p>as Ações de Força Aérea, na conjugação dos meios em determinado cenário tático, na elaboração</p><p>de um plano de campanha aeroespacial e nas decisões tomadas ao longo da condução dessa</p><p>campanha. A simplicidade está associada à plena compreensão dos objetivos, à comunalidade de</p><p>conceitos, à facilidade de coordenação das ações e à eficiência na obtenção de resultados.</p><p>SURPRESA</p><p>Esse princípio se revela por meio de ações que obtenham efeitos decisivos sobre o</p><p>adversário, de forma inesperada, levando-o a uma paralisia momentânea ou mais duradoura. Essa</p><p>paralisia está associada inegavelmente à capacidade de reagir; por conseguinte, afeta o ciclo de</p><p>decisão do oponente. Ela será estratégica quando a ação que explore a surpresa leve o inimigo a</p><p>tornar-se incapaz, física ou mentalmente, de responder com alguma efetividade ao estímulo</p><p>recebido. Na guerra aeroespacial, a exploração das características de velocidade, alcance e</p><p>penetração dos Meios Aeroespaciais é fundamental para a obtenção da surpresa.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>3838 / / 8383 CAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTOCAS – DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB DA FAB EEAREEAR</p><p>UNIDADE DE COMANDO</p><p>A unidade de comando, que decorre da premissa do controle centralizado e da execução</p><p>descentralizada, tem se demonstrado essencial no contexto de campanhas aeroespaciais. As</p><p>demandas de coordenação no uso do espaço aéreo, na sinergia para alcance dos objetivos da</p><p>campanha militar, no aproveitamento da capacidade estratégica do Poder Aeroespacial exigem</p><p>que a autoridade aeroespacial no teatro de operações seja atribuída a um único comandante com</p><p>experiência nessa atividade. Tal fato é essencial não somente para que a cooperação entre as</p><p>forças singulares alcance um grau ótimo de eficiência mas também para que se evite o</p><p>fratricídio.</p><p>Vamos fazer</p><p>algumas</p><p>anotações!</p><p>- Procure no texto as palavras-chave que melhor</p><p>representam o que foi estudado até aqui.</p><p>- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um</p><p>breve comentário.</p><p>- A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto.</p><p>Agora, que tal</p><p>uma pausa?</p><p>Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de</p><p>fazer uma pausa.</p><p>Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem</p><p>parte do estudo.</p><p>EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)EEAR – DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO (DEPF)</p><p>EEAREEAR CAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FABCAS - DOUTRINA E PLANEJAMENTO DA FAB 3939 / / 8383</p><p>TÓPICO 2.4 - CARACTERÍSTICAS DO PODER AEROESPACIAL</p><p>Este tópico tem o capítulo 3.6, Vol I, da DBFAB (EMAER, 2020) como</p><p>base textual (com adaptações para adequação do conteúdo).</p><p>Você “curte” filmes de guerra? Mesmo que não aprecie, imagino que você</p><p>já tenha assistido a pelo menos um deles. Você notou o quanto o poder</p><p>aéreo é decisivo para o resultado da guerra?</p><p>Decorridos vários anos de emprego de aeronaves em conflitos armados e em situações de</p><p>não guerra, é possível agruparem-se propriedades que dão ao Poder Aeroespacial identidade</p><p>própria. Características do Poder Aeroespacial podem ser fatores de potencialização da força ou</p><p>atuar como limitadoras de seu emprego.</p><p>ALCANCE</p><p>Está relacionado ao potencial das</p>