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<p>10:38 SHEIN X LuísaSonza espera por VOC... agora S Use o código [SonzaNaSHEIN] ao finalizar sua compra e garanta até 20% de desconto. Ou... continente para outro. Ratzel, mais adiante, foi relido pelo 14 ORGANIZAÇÃO DO ESPACO: ESTUDOS DE TERRITÓRIO E AMÉRICA Seguindo três autores mais recentes, hoje podemos nos apoiar da reconceituação de território, com novas prerrogativas importantes para a prática cientifica na geografia. Começamos por Milton Santos, que é um dos artifices centrais do movimento de renovação e fortalecimento da geografia brasileira, a qual considera território e espaço conceitos a serem entendidos Na obra Por uma Geografia Nova, ele sustenta que, ao ocupar um território, povo criaria espaço, de tal maneira que 0 território precederia espaço. Para Milton Santos (1978), 0 espaço aponta a totalidade das relações; portanto, território não é central em sua obra, mas nem por isso seria menos importante, pois, para esse autor, deveriamos entender sua dinâmica em sua complexidade, que abarcaria e consideraria muitos atores e relações Para Santos, território seria um nome político conferido ao espaço de um país. Um geógrafo e professor que erige sua obra a partir desse conceito é Rogério Haesbaert, quem conceberia uma análise a partir de três focos jurídico-politico cultural(ista) e 0 primeiro aspecto tem relação com um entendimento de território como unidade administrativa; desta maneira, a delimitação e 0 controle impõem sua importância. 0 Estado é um dos componentes-chave para a institucionalização No segundo, termo identidade soma-se a dimensões simbólicas para a produção do território, a partir dos aspectos culturais dos grupos que realizam: um território quilombola e uma Terra Indigena (TI) seriam exemplos brasileiros dessa constituição culturalista do território. 0 terceiro aspecto está relacionado aos embates entre capital e trabalho, bem como entre as classes sociais existentes: a periferia das grandes cidades os conjuntos habitacionais de baixo custo e os condomínios fechados seriam exemplos desses embates que se Na multiterritorialidade e na complexidade em que vivemos na contemporaneidade, Haesbaert seciona a noção de território em três prismas: os os territórios-zona e os aglomerados de contribuições dos últimos quarenta anos, somadas a muitas outras, demonstram a móvel do conceito de território. Seja tomando-o para dialogar com outro conceito, seja aprofundando- se em sua especificidade e seus múltiplos aspectos, 0 que se nota é seu dinamismo e, por isso, sua operacionalidade na ciência 0 geógrafo Marcelo Lopes de Souza (2001) aborda território na junção entre 0 político e cultural atendo-se a estudar as grandes valendo-se do conceito como instrumento fundamental para explicar, por exemplo, de que maneira "todo espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder é um território, do quarteirão aterrorizado por uma gangue de jovens até bloco constituído pelos países membros da 2001, p. 1). A partir disso, propõe uma nova conceituação que indica essas relações na busca pela autonomia: território autônomo. Ele inaugura um viés propositivo, e não apenas explicativo, como os demais, em relação à Assim, sugere uma relação que rompa com a centralidade do Estado-Nação e aponte uma nova perspectiva para a gestão e desenvolvimento Como sociedade e território estabelecem relações de reciprocidade, uma não existe sem 0 outro: uma sociedade autônoma deverá defender seu território e ser responsável pela gestão Exemplos concretos disso estariam nas lutas por assegurar os territórios dos povos indigenas, os assentamentos camponeses, remanescentes de quilombos, e as reservas A discussão da autonomia espraia-se, portanto, em âmbito nacional, a partir de reivindicações das minorias, e reclama 15 Unidade uma democracia participativa, em vez de apenas representativa. Objetiva 0 caminho da soberania, em escala macro, para a territorialidade da diversidade cultural e dos povos que compõem uma nação. Lembrete 25</p>