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<p>HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE CONSTITUCIONAL</p><p>As hipóteses de inelegibilidade enquadram-se dentro do que a doutrina chama de direitos políticos negativos, tendo em vista que impede o cidadão de ser candidato caso não preencha certos requisitos estabelecidos na legislação.</p><p>No texto constitucional os casos de inelegibilidade estão previstos no art. 14, §4º a 7º, mais precisamente:</p><p>1. INALISTÁVEIS:</p><p>São inelegíveis os cidadãos considerados inalistáveis. Sendo este, os estrangeiros e os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório (Art. 14, § 2º, CF88). Não possuindo nem mesmo direitos políticos.</p><p>Em relação aos estrangeiros, há uma exceção a essa regra. Os portugueses, embora estrangeiros, se houver reciprocidade em Portugal, são elegíveis. Logo, não incidem nessa causa de inelegibilidade constitucional.</p><p>2. ANALFABETOS:</p><p>Define-se analfabeto aquele que não sabe escrever e ler. “A noção de analfabetismo prende-se ao domínio da escrita e da compreensão de textos, ainda que singelos” (GOMES, 2016, P. 142). [3]</p><p>É certo que os analfabetos são alistáveis, podem inscrever-se no Cadastro de Eleitores e votar de forma facultativa. Contudo, ficam impedidos de exercer direitos políticos passivos.</p><p>3. REELEGIBILIDADE:</p><p>Os Chefes do Poder Executivo, presidente e Vice-Presidente, Governador e Vice-Governador, Prefeitos e Vice-Prefeitos e quem os houver substituído no curso dos mandados poderão ser reeleitos para único período subsequente. A reeleição decorre do princípio da continuidade político-administrativa. Busca-se evitar a descontinuidade no desenvolvimento de programas e ações governamentais estratégicos.</p><p>Nessas situações, caso o candidato esteja disputando a reeleição, não precisará afastar-se de seu cargo com a finalidade de desincompatibilizar-se. No entanto, caso haja a necessidade de concorrerem a outros cargos, é indispensável a desincompatibilização por um período mínimo de seis meses anteriores ao pleito.</p><p>4. INELEGIBILIDADE REFLEXA:</p><p>A constituição vedou o exercício do direito à elegibilidade, no território de jurisdição do titular, do cônjuge e dos parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau oi por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seus meses anteriores ao pleito, salvo se já forem titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição (art. 14, 7, f 88).</p><p>A norma em análise busca efetivar o princípio da lisura das eleições e da isonomia entre os candidatos. Isso porque tenta evitar que o uso da máquina administrativa em favor de determinados candidatos que possuam laços de parentesco com o gestor público.</p><p>O TSE ampliou o alcance normativo da disposição constitucional ao editar a sumula nº 12, com o seguinte teor:</p><p>São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.</p><p>A inelegibilidade reflexa somente atinge os cônjuges e aos parentes do Chefe do Poder Executivo. Não abrange os familiares dos Vices, salvo se estes substituírem os titulares durante os seis meses anteriores às eleições.</p><p>REFERENCIAS</p><p>BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum Direito Mackenzie. Ed. Especial. Revista dos Tribunais, 2015.</p><p>______. Tribunal Superior Eleitoral. SÚMULAS. Vade Mecum Direito Mackenzie. Ed. Especial. Revista dos Tribunais, 2015.</p><p>GOMES, Jose Jairo. Direito Eleitoral. Editora Atlas. 12ª Edição. 2016. P. 151.</p>

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