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Unidade 9 - D H Lawrence (1885-1930)

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Priscilla PF

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<p>Unidade de Estudos 9 - D.H.</p><p>Lawrence (1885-1930) In search of</p><p>integral consciousness. The</p><p>theoretical effort</p><p>Apresentação</p><p>O cenário é a Inglaterra do início do século XX, momento de grandes mudanças. Em 1914, eclode a</p><p>Primeira Guerra Mundial, evento que levou à morte milhares de jovens ingleses. Além disso, os</p><p>progressos trazidos pela industrialização mudaram as formas de trabalho e mexeram com a vida das</p><p>classes trabalhadoras inglesas. Tudo isso impactou também o mundo das artes. D. H. Lawrence</p><p>dirigiu seu foco para a questão da constituição do homem e de sua consciência em uma sociedade</p><p>conturbada e problemática, sobre a qual ele discute tanto em seus romances quanto em sua obra</p><p>não ficcional.</p><p>Nascido em 1885, em uma família operária na Inglaterra, Lawrence usou frequentemente sua</p><p>infância e o contexto social de sua época como pano de fundo para suas histórias. Sua narrativa é</p><p>marcada por profunda introspecção psicológica e crítica aos valores vitorianos, especialmente em</p><p>relação à sexualidade e ao papel da mulher na sociedade. Ao relacionar suas obras entre si e com o</p><p>contexto histórico, percebe-se uma evolução no estilo e nas temáticas, refletindo as mudanças</p><p>sociais e pessoais vivenciadas pelo autor.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a vida e a obra do escritor inglês D. H.</p><p>Lawrence, o enredo e as características de seus principais livros, contextualizando-os</p><p>historicamente. Além disso, vai conhecer em profundidade sua obra mais emblemática, o romance</p><p>Women in love, considerado um de seus maiores sucessos.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Analisar a vida e a obra de D. H. Lawrence.•</p><p>Relacionar as obras de D. H. Lawrence entre si e com o contexto histórico.•</p><p>Descrever o panorama do romance Women in love no período modernista.•</p><p>Infográfico</p><p>D. H. Lawrence, um dos mais célebres autores do século XX, nasceu em 11 de setembro de 1885,</p><p>em Eastwood, Nottinghamshire, na Inglaterra. Filho de um minerador e de uma mãe educada e</p><p>incentivadora, Lawrence cresceu em um ambiente que misturava a dura realidade da vida operária</p><p>com o estímulo intelectual. Esse contraste entre a vida cotidiana e a busca pelo conhecimento</p><p>marcou profundamente sua escrita, refletindo-se em suas obras que exploram temas como classe,</p><p>amor, sexualidade e natureza. A casa onde Lawrence nasceu, hoje transformada em museu,</p><p>permanece como local de peregrinação para admiradores de seu trabalho, preservando o legado e a</p><p>memória do escritor.</p><p>As obras de Lawrence são notáveis não apenas por seu conteúdo e estilo literário, mas também</p><p>pela forma como ele imortalizou as paisagens e as pessoas de sua terra natal. Seus romances e</p><p>contos frequentemente descrevem as regiões mineiras da Inglaterra, retratando com autenticidade</p><p>a vida e os desafios dos trabalhadores locais. Seu talento para descrever os detalhes do ambiente e</p><p>as complexidades humanas é uma das razões pelas quais suas obras continuam a ser estudadas e</p><p>apreciadas até hoje. Lawrence soube captar a essência do espírito humano em seus conflitos e</p><p>desejos, tornando suas histórias universais e atemporais.</p><p>Neste Infográfico, conheça o museu D. H. Lawrence, localizado na casa onde o autor nasceu, além</p><p>de outros lugares que foram importantes em sua vida e serviram de inspiração para suas obras.</p><p>Esse passeio visual não só oferece um olhar sobre os espaços físicos que moldaram a vida e a</p><p>escrita de Lawrence, mas também destaca como os cenários de suas obras são reflexos vívidos de</p><p>seu contexto e suas experiências pessoais.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/21236215-c17c-4cb8-9e3c-0db0a6fbfd5f/c5e27c9f-08d3-4694-9833-6874a16e7a11.png</p><p>Conteúdo do Livro</p><p>D. H. Lawrence, um dos escritores mais intrigantes e controversos do modernismo inglês, navegou</p><p>por águas que muitos de seus contemporâneos evitavam. Sua obra profundamente introspectiva e</p><p>muitas vezes provocativa aborda a sexualidade humana de uma maneira que desafiou os tabus de</p><p>sua época e continua a provocar discussões até hoje. Lawrence não via a sexualidade apenas como</p><p>um aspecto da experiência humana, mas como uma força vital que deveria ser vivida plenamente,</p><p>sem as restrições impostas pelas normas sociais da época.</p><p>Essa abordagem ousada de temas tão íntimos fez com que sua obra fosse recebida com tanto</p><p>entusiasmo quanto censura, estabelecendo-o como um autor cuja relevância transcende o tempo.</p><p>O conteúdo dos textos de D. H. Lawrence era, e ainda é, considerado polêmico, já que uma das</p><p>temáticas centrais de suas obras era a sexualidade e a forma como ele acreditava que ela deveria</p><p>ser vivida.</p><p>No capítulo D. H. Lawrence e a sociedade moderna, base teórica desta Unidade de Aprendizagem,</p><p>veja sobre a vida e a obra desse escritor inglês. Compreenda os conceitos que compõem a visão</p><p>que o autor tinha sobre o homem e o mundo, os quais fazem dele um personagem peculiar dentro</p><p>da história da literatura inglesa e mundial.</p><p>Boa leitura.</p><p>TEXTOS</p><p>FUNDAMENTAIS DE</p><p>FICÇÃO EM LÍNGUA</p><p>INGLESA</p><p>Aline Gomes Vidal</p><p>D. H. Lawrence e a</p><p>sociedade moderna</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Analisar a vida e a obra de D. H. Lawrence.</p><p>� Relacionar as obras de D. H. Lawrence entre si e com o contexto</p><p>histórico.</p><p>� Descrever o panorama do romance Women in Love no período</p><p>modernista.</p><p>Introdução</p><p>D. H. Lawrence foi um autor que refletiu sobre as consequências da</p><p>realidade do mundo moderno e industrializado e sobre a constituição</p><p>da consciência humana. Seus textos causaram muita polêmica na época</p><p>em que foram publicados (e até hoje!) por conta de sua visão sobre as</p><p>relações humanas e a sexualidade. Sua linguagem é carregada de excessos</p><p>emocionais e seus personagens possuem personalidades complexas.</p><p>Neste capítulo, você vai estudar a vida e a obra do escritor D. H. La-</p><p>wrence, relacionando seus escritos com o respectivo contexto histórico</p><p>e ampliando o panorama do romance no período modernista.</p><p>Vida e obra de D. H. Lawrence</p><p>D. H. Lawrence nasceu em 11 de setembro de 1885 na cidade de Eastwood,</p><p>Nottinghamshire, na Inglaterra. Seu pai era minerador e sua mãe teve acesso</p><p>aos estudos e foi uma das incentivadoras do talento de Lawrence. O lugar onde</p><p>nasceu é, hoje, um museu dedicado à memória do escritor.</p><p>A casa onde Lawrence viveu sua infância é, hoje, o D.</p><p>H. Lawrence Birthplace Museum, que está localizado</p><p>na cidade de Eastwood e atrai turistas do mundo</p><p>todo. É possível fazer um tour virtual e conhecer um</p><p>pouco desse espaço.</p><p>Confira no link ou código a seguir.</p><p>https://goo.gl/tzeaqL</p><p>Lawrence casou-se, em 1914, com uma alemã chamada Frieda Freiin von</p><p>Richthofen. Quando conheceu Frieda, em 1912, ela era casada com um professor</p><p>de Nottingham a quem Lawrence tinha procurado a fim de pedir conselhos a</p><p>respeito de seu futuro como escritor. Depois de casados, Lawrence e Frieda</p><p>moraram em países como Alemanha, Itália, México, Taiti e Austrália.</p><p>Em 1912, Lawrence publicou sua primeira peça, The Daugther-in-law,</p><p>e, em 1913, seu primeiro romance, intitulado Sons and Lovers (“Filhos e</p><p>Amantes”), considerada uma obra de conteúdo autobiográfico e que chegou</p><p>a ser adaptada para o cinema e a televisão. O livro tem como tema os dramas</p><p>e conflitos de uma família rural inglesa, passando por questões psicológicas</p><p>e sociais. No enredo, a mãe, Gertrude, deposita altas expectativas nos dois</p><p>filhos, e o amor entre eles é recíproco. Os filhos se sentem impedidos de se</p><p>apaixonar em função da força que a mãe exerce sobre suas vidas.</p><p>Em 1915, uma de suas obras mais famosas é lançada. Trata-se de The</p><p>Rainbow, cujo conteúdo sexual era bastante explícito para a época — por esse</p><p>motivo, o livro sofreu censura. Entre 1916 e 1919, Lawrence publicou quatro</p><p>livros de poemas: Amores (1916), Look! We Have Come</p><p>Through! (1919),</p><p>New Poems (1918) e Bay: A Book of Poems (1919). O romance Women in Love</p><p>(“Mulheres Apaixonadas”), o qual detalharemos mais adiante, é de 1920.</p><p>Nos anos seguintes, Lawrence publicou outras obras, entre elas, Lady</p><p>Chatterley's Lover, publicada na Itália em 1928, e talvez seu romance mais</p><p>conhecido e comentado. O livro explora detalhadamente as relações sexuais</p><p>entre uma mulher da aristocracia, Constance Reid (Lady Chatterley), e seu</p><p>amante, Oliver Mellors, homem da classe trabalhadora. Seu marido, Clifford</p><p>Chatterley, ficou paralisado da cintura para baixo depois da Primeira Guerra</p><p>Mundial, não podendo satisfazer perfeitamente os desejos de sua esposa. O</p><p>romance trata da busca de Constance por realização, já que a satisfação física</p><p>D. H. Lawrence e a sociedade moderna2</p><p>que ela não encontra no marido é compensada no envolvimento com o amante.</p><p>A relação entre os dois é marcada pela diferença de classes, demonstrando a</p><p>dominação das classes mais altas sobre as mais baixas.</p><p>D. H. Lawrence faleceu na França, em 2 de março de 1930, de pneumonia,</p><p>condição que o afetou ao longo de toda a sua a vida e que acabou agravada</p><p>à época.</p><p>Algumas obras de Lawrence tiveram adaptações para o cinema e para a televisão.</p><p>Adaptações implicam uma mudança de perspectiva e sua análise exige uma leitura</p><p>atenta, pois as escolhas do diretor têm efeito sobre o direcionamento da narrativa.</p><p>Para saber mais sobre o assunto, consulte o artigo de Bruna Fernandes e Carlos Silva</p><p>sobre a adaptação de The Rainbow para o cinema, acessando o link a seguir.</p><p>https://goo.gl/SibZ7H</p><p>Em busca da integridade (ensaios)</p><p>De acordo com Lawrence, a relação sexual seria a forma pela qual o homem</p><p>poderia redescobrir sua integridade. A relação com o corpo deveria estar no</p><p>centro de uma revolução social, pois seria um meio de provocar mudanças reais.</p><p>A inibição sexual destruiria a consciência humana e afetaria as relações entre</p><p>os indivíduos. Lawrence defendia, portanto, a naturalização da sexualidade</p><p>como forma de transformação individual e social.</p><p>Por isso, o escritor acreditava que não eram tão óbvias as fronteiras da</p><p>obscenidade, já que “aquilo que choca” pode mudar de tempos em tempos.</p><p>Coisas que, em outros tempos, eram consideradas naturais, hoje, podem</p><p>impressionar, e o contrário também. Na concepção do escritor, a sexualidade</p><p>seria algo natural e psicologicamente necessário.</p><p>Lawrence faz, ainda, uma distinção entre pornografia e obscenidade,</p><p>valendo-se da etimologia das palavras: obsceno seria aquilo que não se pode</p><p>colocar em cena; pornografia estaria ligada à ideia de prostituição e de segredo,</p><p>mistério e disfarce. Para o escritor, acabar com esse sigilo, com esse “esconder”,</p><p>seria uma forma de acabar com a pornografia, isto é, com a degradação do</p><p>corpo humano.</p><p>3D. H. Lawrence e a sociedade moderna</p><p>A liberdade corporal levaria, portanto, ao desenvolvimento de uma cons-</p><p>ciência de si e do outro. Seria uma forma de o homem construir sua própria</p><p>ética existencial, de viver naturalmente de acordo com aquilo que o corpo</p><p>pede. Por outro lado, a partir dessa visão, Lawrence desconsidera a questão</p><p>moral e religiosa como algo que possa pertencer a uma vida consciente do</p><p>homem, reduzindo-a à esfera da opressão e manipulação.</p><p>Lawrence revelou sua postura em inúmeros ensaios críticos, artigos e cartas,</p><p>mas também em sua obra literária. Seus textos são fortemente permeados</p><p>pela questão sexual e, por esse motivo, sofreram duras críticas e censura.</p><p>Lady Chatterley’s Lover, por exemplo, sua obra de ficção mais conhecida, foi</p><p>proibida de circular tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra. Apesar</p><p>disso, o autor não entendia seus livros como “romances sexuais” e preferia</p><p>descrevê-los como “romances de consciência fálica” (ARNS, 1969).</p><p>Podemos entender que a obra de Lawrence tem profunda relação com a</p><p>psicanálise, em particular, com o pensamento freudiano. Para Freud, a psique</p><p>humana é constituída por três instâncias: id, ego e superego. O id seria nossa</p><p>energia psíquica inconsciente, incluindo nossas pulsões e nossos instintos</p><p>primitivos, e está ligado ao princípio do prazer. Queremos que nossos desejos</p><p>sejam satisfeitos e, quando isso não acontece, ocorre um estado de tensão ou</p><p>ansiedade. O ego, por sua vez, corresponde à nossa relação com a realidade</p><p>e o nosso esforço em tornar nossos comportamentos socialmente aceitáveis</p><p>a fim de vivermos em conjunto. Conforme interagimos com o mundo, preci-</p><p>samos aprender a lidar com ele. O ego é responsável pelo equilíbrio da nossa</p><p>psique, atuando sobre as decisões que tomamos em relação a nossos instintos</p><p>e pulsões. Por fim, o superego se constitui a partir do ego e representa os</p><p>valores morais e culturais que fornecem subsídio para que o indivíduo julgue</p><p>o que é certo e o que é errado. De acordo com a teoria freudiana, o superego</p><p>começa a se solidificar por volta dos cinco anos de idade. No entanto, nenhum</p><p>desses elementos atua sozinho. Rita de Cássia da Silva (2015) explica melhor</p><p>a relação entre eles:</p><p>Freud afirma que nada ocorre ao acaso e muito menos os processos mentais. O</p><p>fato da consciência foi um ponto de partida para os pressupostos do consciente,</p><p>pré-consciente, inconsciente. As observações de Freud a respeito de seus pa-</p><p>cientes revelaram uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos. A</p><p>um instinto opunha-se outro; proibições sociais bloqueavam pulsões biológicas</p><p>e os modos de enfrentar situações frequentemente chocavam-se uns com os</p><p>outros. Ele tentou ordenar esse caos aparente propondo três componentes</p><p>básicos estruturais da psique: o id, o ego e o superego, que juntos formam a</p><p>estrutura da personalidade (SILVA, 2015, p. 04).</p><p>D. H. Lawrence e a sociedade moderna4</p><p>A inibição moral gera efeitos no homem e ele procura compensá-los de</p><p>alguma maneira. O instinto existe, mas a consciência tenta equilibrar as coisas.</p><p>A compensação é uma forma de buscar o equilíbrio entre o que temos e o que</p><p>queremos, entre a realidade (ou o mundo) e os nossos desejos. Muitos de nossos</p><p>desejos são reprimidos em nosso dia a dia, o que, muitas vezes, é necessário</p><p>para que consigamos viver em sociedade e em paz com nossa consciência. No</p><p>entanto, quando isso resulta em atitudes exageradas e obsessivas, podemos</p><p>apresentar sintomas neuróticos e maléficos à nossa saúde mental.</p><p>Para o escritor D. H. Lawrence, a naturalização da sexualidade deveria ser</p><p>uma forma de buscar um equilíbrio para o estado de tensão e repressão de um</p><p>indivíduo. Para ele, não deveríamos fazer uso de artifícios de compensação,</p><p>mas revelar e vivenciar essa sexualidade instintiva e plenamente, pois a repres-</p><p>são dessas pulsões levaria a um estado de medo e paralisia, o que resultaria,</p><p>também, em uma aniquilação da própria consciência. Quando Lawrence fala</p><p>em integridade, portanto, ele se refere a uma integridade que é, ao mesmo</p><p>tempo, física e espiritual. Espiritual não no sentido religioso propriamente</p><p>dito, mas no sentido de constituição da consciência humana.</p><p>O autor inglês via no romance uma forma de estimular esse processo de</p><p>libertação do corpo e da mente. Lawrence considerava o ofício do romancista</p><p>superior a outros, como o do cientista e o do filósofo, pois o romance poderia</p><p>impactar toda a dimensão da experiência humana e do homem vivo, não se</p><p>limitando a impactar uma parte dele apenas. O romance seria o lugar em que as</p><p>coisas estão realmente vivas, onde os personagens vivem. Suas possibilidades</p><p>seriam, portanto, infinitas.</p><p>O autor postulou essas notas em seu ensaio Why the novel matters</p><p>(“A importância do romance”), em que tenta justificar a importância dos</p><p>romances na vida cotidiana. As obras não ficcionais de Lawrence nos ajudam</p><p>a ter uma melhor compreensão de suas ideias a respeito de seu projeto literário</p><p>e ideológico.</p><p>A relação entre a consciência moral e a ética é um tema importante dentro dos estudos</p><p>sobre o comportamento humano. No artigo “Ética e Consciência Moral: a teoria, a</p><p>clínica e o outro”,</p><p>a pesquisadora Camila Junqueira se debruça sobre essa questão.</p><p>Com base nessa leitura, você poderá aprofundar-se no tema e compreender melhor</p><p>conceitos importantes dentro do campo da psicanálise.</p><p>5D. H. Lawrence e a sociedade moderna</p><p>Simbolismo em Women in Love (1910)</p><p>Women in Love é um romance que trata da questão de classes e também da</p><p>sexualidade nas relações humanas. Gerald, pertencente à classe aristocrata, é</p><p>herdeiro de minas de carvão. Rupert, um homem de classe média, é inspetor</p><p>escolar. Junto a Ursula, uma professora primária, e Gudrun Brangwen, uma</p><p>artista, os quatro formam o grupo de protagonistas da história. As irmãs</p><p>Brangwen aparecem como mulheres cujos pensamentos e desejos são ousados</p><p>para a época. Gudrun, por exemplo, contestava a importância do matrimônio,</p><p>questionando-o e problematizando-o. O livro é a continuação de The Rainbow</p><p>(1915), do mesmo autor.</p><p>A narrativa se passa na Inglaterra, no período após a Primeira Guerra</p><p>Mundial. Gerald faz o tipo “durão” e inicia um romance com Gudrun, porém,</p><p>o casal demonstra total falta de sintonia tanto no campo físico quanto em</p><p>relação a suas personalidades. Rupert, por sua vez, envolve-se com Ursula,</p><p>mas, ao mesmo tempo, nutre desejos por Gerald. Rupert é representado como</p><p>um homem mais aberto em relação a seus sentimentos por Gerald, e a relação</p><p>heterossexual não é suficiente para ele, embora ele e Ursula se deem bem. Já</p><p>para Gerald, isso não soa como algo natural e os dois chegam a lutar.</p><p>Um dos momentos mais tensos do romance é quando os dois casais resol-</p><p>vem ir para os Alpes em férias. Gudrun conhece Loerke e se interessa por</p><p>ele. Gerald fica irado com a situação e, em um ataque de fúria, atenta contra</p><p>a vida da mulher. Entretanto, com as mãos em torno do pescoço dela, ele</p><p>percebe que não deseja realmente matá-la. Perturbado, ele a deixa e segue</p><p>andando pela montanha, onde eventualmente cai no sono e acaba morrendo</p><p>congelado. A morte de Gerald afeta profundamente Rupert, revelando ainda</p><p>mais seu drama em relação a essa amizade.</p><p>O fim trágico de Gerald é carregado de um forte simbolismo e representa o</p><p>homem em sua desagregação interna. Em algumas cenas, por exemplo, Gerald</p><p>aparece domando sua égua assustada pela passagem do trem, enquanto as</p><p>irmãs Brangwen observam a cena. Para alguns autores, seu empenho nesse</p><p>processo remeteria a uma ideia de virilidade que o personagem estaria tentando</p><p>legitimar. Gerald é retratado como alguém que não consegue se despir das</p><p>amarras dos valores sociais e que, portanto, não se dispõe a dar vazão a seus</p><p>impulsos e desejos. O romance tem um apelo no sentido de fazer com que</p><p>comportamentos eróticos considerados desviantes possam ser naturalizados.</p><p>Para Lawrence, como vimos, deixar fluir as pulsões tem a ver com uma espécie</p><p>de ética diante da vida, pois, ao se permitir, as pessoas estariam sendo honestas</p><p>consigo e com os outros, não precisando esconder nada.</p><p>D. H. Lawrence e a sociedade moderna6</p><p>Rupert, por outro lado, representa o oposto de Gerald. Ele é aquele que</p><p>tenta se permitir e deixar fluir suas pulsões e seus sentimentos. Em um diálogo</p><p>com o amigo, Rupert afirma que a exclusividade da relação de um homem</p><p>com uma mulher acaba por enclausurá-los. Disso, nasceria uma falta, uma</p><p>carência, uma insuficiência. Até aí Gerald concorda com ele. Em seguida,</p><p>Rupert sugere que a resposta para essa insuficiência estaria em uma relação</p><p>perfeita entre dois homens, sem que a relação com a mulher seja excluída.</p><p>Para ele, os dois tipos de relação seriam igualmente importantes, embora</p><p>guardassem suas diferenças. É aí que o diálogo com Gerald desanda e os dois</p><p>não entram em um acordo.</p><p>Esse diálogo mostra a abertura do personagem e o conflito que ele encontra</p><p>na própria relação de amizade por conta de sua posição direta. Rupert mostra</p><p>que não defende a homossexualidade em si, mas sim a liberdade sexual. Ele</p><p>representa tudo o que o autor D. H. Lawrence defende em sua obra não ficcional</p><p>também, revelando sua postura ideológica, sua visão de mundo.</p><p>Do ponto de vista das relações sociais, existe, no romance, uma crítica às</p><p>formas como o mundo moderno oprime os homens. O progresso da civilização</p><p>industrial, simbolizado pelas minas de carvão, mudou a natureza e a forma</p><p>de pensar das pessoas, além de transformar as paisagens que são descritas no</p><p>romance. No texto de Lawrence, a vida moderna, em vez de liberar o homem</p><p>daquilo que o oprime, acabou por aprisioná-lo ainda mais. Aqui, o aprisio-</p><p>namento do corpo pelas relações de trabalho serve como simbologia para a</p><p>dominação do corpo no sentido sexual. A modernidade e a industrialização</p><p>teriam, portanto, desumanizado o homem acima de tudo.</p><p>Além disso, a forma como as mulheres vivem o amor e a sexualidade</p><p>também é problematizada. Gudrun Brangwen é uma artista que estudou e</p><p>trabalhou no exterior. É extrovertida, boêmia e mais simpática do que sua</p><p>irmã Ursula. No entanto, ao se envolver com Gerald, Gudrun mostra sua</p><p>personalidade temperamental e mantém com ele uma relação ambígua pois,</p><p>ao mesmo tempo que ela diz amá-lo, machuca-o com palavras duras, chegando</p><p>a ofender sua masculinidade.</p><p>A relação dos dois é conturbada e carregada de um simbolismo no que diz</p><p>respeito à mulher como figura materna. Na narrativa, os conflitos de Gerald</p><p>em relação aos sentimentos de Rupert por ele são sublimados no seu desejo</p><p>por Gudrun. Ele buscaria saciar nela uma espécie de vazio causado pela</p><p>ausência de uma figura materna, um refúgio para suas faltas. Gerald acaba</p><p>misturando a natureza de suas necessidades, e essa mistura pode ser entendida</p><p>como busca por uma integridade perdida. Assim, as questões psicológicas e</p><p>seus simbolismos marcam o estilo literário do escritor.</p><p>7D. H. Lawrence e a sociedade moderna</p><p>Já a irmã de Gudrun, Ursula, tem uma personalidade completamente</p><p>diferente, com certo complexo de inferioridade e necessidade de reafirmação</p><p>constante. Ela também está à procura de sua completude, e sua postura diante</p><p>do casamento reflete essa busca. Entretanto, sua relação com Rupert não pode</p><p>ser chamada de usual, especialmente no campo sexual. Em comparação com</p><p>a relação destrutiva de sua irmã com o marido, o relacionamento de Ursula</p><p>pode ser entendido como positivo.</p><p>Embora as mulheres sejam fundamentais para o desenvolvimento do en-</p><p>redo, não é unânime a ideia de que elas sejam verdadeiramente protagonistas.</p><p>Ainda que o título do romance seja “Mulheres Apaixonadas” (Women in Love),</p><p>o trabalho de Lawrence é, ainda hoje, bastante criticado pelo movimento</p><p>feminista. Existe uma leitura de sua obra segundo a qual as mulheres seriam</p><p>colocadas como naturalmente submissas ao homem. Além disso, Lawrence</p><p>é acusado de generalizar determinados comportamentos como sendo típicos</p><p>de todas as mulheres.</p><p>Apesar da força que a questão sexual tem no romance, não podemos dizer</p><p>que esse seja o único assunto tratado pelo autor. Temáticas como a crise do</p><p>capitalismo, as convenções sociais, o servilismo dos meios artísticos, a futi-</p><p>lidade dos intelectuais e a morte também estão presentes no romance. De um</p><p>modo geral, a realização pessoal e a problemática do outro na constituição do</p><p>indivíduo são o foco do romance.</p><p>A Fênix e o modernismo</p><p>Na mitologia grega, a fênix é uma ave que, ao morrer, queima-se e renasce</p><p>de suas próprias cinzas. O mito, até hoje, é revisitado em outras narrativas</p><p>e é utilizado como símbolo de transformação e renascimento. O mito da</p><p>Fênix também está presente na obra de Lawrence, que costumava usá-lo</p><p>nas capas de seus livros e o descreveu em um de seus poemas, intitulado</p><p>Phoenix:</p><p>Are you willing to be sponged out, erased, cancelled, made nothing?</p><p>Are you willing to be made nothing?</p><p>dipped into oblivion?</p><p>If not, you will never really change.</p><p>The phoenix renews her youth</p><p>only when she is burnt, burnt alive, burnt down</p><p>D. H. Lawrence e a sociedade moderna8</p><p>to hot and flocculent ash.</p><p>Then the small stirring of a new small bub in the nest</p><p>with strands of down like floating ash</p><p>Shows</p><p>that she is renewing her youth like the eagle,</p><p>Immortal bird.</p><p>Phoenix, The posthumous Papers of D. H. Lawrence é também uma com-</p><p>pilação de textos do escritor. São resenhas, artigos de revista, introdução de</p><p>livros, entre outros conteúdos publicados após a sua morte.</p><p>Além disso, a obra ficcional de Lawrence contém aspectos que podem ser</p><p>entendidos a partir da simbologia da fênix. A ideia de queda e renascimento da</p><p>civilização a partir do desenvolvimento da consciência humana é um exemplo</p><p>disso. Nota-se que o escritor elaborou em seus ensaios toda uma tese a respeito</p><p>do significado da consciência e de sua relação com a noção de integridade do</p><p>homem. Essa busca separaria o homem morto, não íntegro e sem consciência</p><p>de si, do homem vivo ou renascido por sua própria conscientização.</p><p>De um modo geral, a visão que Lawrence apresenta sobre a modernidade</p><p>e, em especial, sobre a constituição do homem moderno coloca o escritor em</p><p>um lugar à parte dentro da história do romance modernista. O autor dramatiza</p><p>conflitos da cultura de uma Inglaterra modernizada e industrializada, bem</p><p>como questões históricas problemáticas como a Primeira Guerra Mundial. É</p><p>nesse cenário histórico-espacial que suas personagens são construídas. As</p><p>problemáticas sociais e psicológicas que os envolvem dialogam com discussões</p><p>filosóficas e psicanalíticas de autores como Nietzsche e Freud, divisores de</p><p>água no pensamento do século XX.</p><p>D. H. Lawrence foi enterrado no cemitério de Vence, no dia 4 de março</p><p>de 1930. Sua lápide, uma fênix feita de seixos, foi desenhada por Dominique</p><p>Matteucci. Sua esposa, Frieda, contratou dois artistas para confeccioná-la. A</p><p>fênix foi, portanto, um símbolo na vida, na obra e na morte do escritor. Em</p><p>1935, a lápide foi removida do cemitério quando Frieda exumou e mandou</p><p>cremar os restos mortais do companheiro. Em 1975, a lápide foi levada a Eas-</p><p>twood para a abertura de uma nova biblioteca. Porém, quando essa biblioteca</p><p>foi restaurada em 2008, a lápide foi enviada para a D. H. Lawrence Heritage,</p><p>centro que era dedicado à memória do autor (Figura 1).</p><p>9D. H. Lawrence e a sociedade moderna</p><p>Figura 1. Memorial de D. H. Lawrence no Novo México, Estados Unidos, onde está localizado</p><p>seu túmulo. Originalmente, ele foi enterrado em Vence, porém, depois da exumação, suas</p><p>cinzas foram transferidas para os Estados Unidos.</p><p>Fonte: Photogal/Shutterstock.com.</p><p>Lawrence foi um escritor que gerou muita polêmica em função da forma</p><p>como abordou questões relativas à psique e à sexualidade em seus livros.</p><p>Falamos de um contexto histórico que remonta o início do século XX, mas,</p><p>mesmo em uma leitura atual, suas ideias ainda podem ser bastante controversas.</p><p>D. H. Lawrence e a sociedade moderna10</p><p>1. Sobre o conceito de integridade</p><p>para D. H. Lawrence,</p><p>podemos afirmar que:</p><p>a) está ligado aos estudos</p><p>freudianos sobre histeria. Dessa</p><p>forma, o indivíduo histérico seria</p><p>um indivíduo íntegro, pois estaria</p><p>aberto a revelar suas emoções.</p><p>b) o sujeito íntegro daria vazão</p><p>às suas emoções, sem se</p><p>importar com as consequências</p><p>que isso pode ter para os</p><p>que estão a seu redor.</p><p>c) a relação entre corpo e mente</p><p>formaria o homem íntegro. A</p><p>valorização da saúde do corpo</p><p>é especialmente importante</p><p>no pensamento de Lawrence.</p><p>d) o homem íntegro seria aquele</p><p>que consegue controlar suas</p><p>emoções de modo a alcançar</p><p>o equilíbrio psicológico.</p><p>e) a relação entre corpo e a</p><p>consciência constituem a</p><p>integridade humana. Para</p><p>Lawrence, a liberdade quanto às</p><p>pulsões e aos instintos estaria no</p><p>cerne no equilíbrio dessa relação.</p><p>2. Além de romances, contos e</p><p>poemas, Lawrence escreveu</p><p>inúmeros ensaios e outras obras</p><p>não ficcionais. De que forma esses</p><p>textos podem ajudar a entender a</p><p>concepção literária do escritor?</p><p>a) Em seus textos não ficcionais,</p><p>Lawrence esclarece ou</p><p>aprofunda conceitos e questões,</p><p>como a da naturalização</p><p>da sexualidade, que estão</p><p>presentes em sua obra literária.</p><p>b) Os ensaios de Lawrence são</p><p>importantes para entender a</p><p>concepção literária do autor, pois</p><p>foram publicados antes de seus</p><p>romances, contos e poemas.</p><p>c) Em função de seu conteúdo estar</p><p>ligado aos estudos sociológicos</p><p>sobre a modernidade, os</p><p>ensaios de Lawrence são, hoje,</p><p>importante referência teórica</p><p>nesse campo de pesquisa.</p><p>d) Como ensaísta, Lawrence</p><p>se destacou em função do</p><p>conteúdo teórico relacionado</p><p>a Freud e Nietzsche</p><p>que ele trabalhou.</p><p>e) A obra não ficcional de Lawrence</p><p>se dedica principalmente</p><p>à compreensão do mito da</p><p>Fênix, tema central de seu</p><p>romance Women in Love (1910).</p><p>3. Influenciado pela teoria freudiana</p><p>da estrutura da personalidade,</p><p>Lawrence faz uma crítica à</p><p>interferência da moralidade na</p><p>relação com o corpo e a sexualidade.</p><p>Assinale a alternativa correta, de</p><p>acordo com a visão do escritor:</p><p>a) Representada pelo id,</p><p>a moralidade seria um</p><p>problema para o alcance da</p><p>integridade do indivíduo.</p><p>b) A inibição sexual, desenvolvida a</p><p>partir do superego, seria maléfica</p><p>à constituição da consciência</p><p>do indivíduo e prejudicaria</p><p>sua relação com os outros.</p><p>c) A moralidade seria representada</p><p>pelo superego e conteria</p><p>os elementos responsáveis</p><p>11D. H. Lawrence e a sociedade moderna</p><p>pela libertação da mente e</p><p>do corpo do indivíduo.</p><p>d) O ego seria o principal elemento</p><p>responsável pela inibição</p><p>sexual, afetando a relação</p><p>do homem com seu id.</p><p>e) Controlada pelo id, a inibição</p><p>sexual seria um elemento</p><p>de impedição do alcance da</p><p>integridade do indivíduo.</p><p>4. Em uma Europa moderna e</p><p>industrializada, a mecanização</p><p>do corpo, marcada pela sua</p><p>relação com o trabalho, é</p><p>bastante criticada por Lawrence.</p><p>Sobre essa questão, assinale</p><p>a alternativa correta:</p><p>a) Transcendendo a questão</p><p>social, o escritor leva essa</p><p>discussão para o nível da</p><p>sexualidade, entendendo que a</p><p>libertação social estaria ligada</p><p>à libertação da mente e do</p><p>corpo, valorizando os instintos</p><p>e as pulsões humanas.</p><p>b) A libertação do corpo do</p><p>homem seria a base de sua</p><p>integridade, enquanto a</p><p>libertação da mulher estaria</p><p>ligada à relação do seu corpo</p><p>com os trabalhos domésticos.</p><p>c) A libertação do corpo do</p><p>homem e da mulher estariam</p><p>no mesmo nível, de acordo</p><p>com o pensamento de</p><p>Lawrence. As questões do corpo</p><p>deveriam tomar a atenção dos</p><p>indivíduos em detrimento das</p><p>questões relativas à mente.</p><p>d) A modernidade era vista como</p><p>a solução para os problemas</p><p>relativos à mecanização</p><p>do corpo, pois a sociedade</p><p>moderna inglesa pregava</p><p>a liberdade sexual.</p><p>e) A domesticação do corpo</p><p>estaria ligada à subserviência</p><p>da mulher em relação ao</p><p>homem, de modo que</p><p>Lawrence centrava suas ideias</p><p>libertárias na figura da mulher.</p><p>5. O mito da Fênix era importante para</p><p>Lawrence e está presente na capa</p><p>de algumas de suas obras, além de</p><p>poder ser entendido simbolicamente</p><p>em suas narrativas e na</p><p>representação de seus personagens.</p><p>Tendo em vista o projeto estético</p><p>e ideológico do escritor inglês,</p><p>assinale a alternativa que melhor</p><p>representa o mito da Fênix:</p><p>a) O homem pode mergulhar no</p><p>mundo de suas emoções ao</p><p>ler um romance, sem deixar</p><p>de lado sua conexão com as</p><p>obrigações do mundo real.</p><p>b) Ao explorar a sexualidade</p><p>livremente, o indivíduo pode</p><p>renascer para o corpo e, ao</p><p>mesmo tempo, apegar-se aos</p><p>valores sociais como forma</p><p>de libertação da mente.</p><p>c) Libertando corpo e mente,</p><p>o homem morre para suas</p><p>prisões e renasce para uma</p><p>vida de liberdade em busca</p><p>de sua integridade.</p><p>d) A morte das prisões do</p><p>corpo leva ao renascimento</p><p>de uma mente livre de</p><p>preocupações e sofrimentos.</p><p>e) O homem pode renascer por</p><p>meio do desenvolvimento</p><p>de sua consciência. O corpo</p><p>deve morrer para que a</p><p>mente possa ser restaurada.</p><p>D. H. Lawrence e a sociedade moderna12</p><p>ARNS, H. A consciência fálica existencial, na teoria literária de DH Lawrence. Revista</p><p>de Letras, v. 17, p. 131-138, 1969. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/letras/article/</p><p>viewFile/19785/13019>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>LAWRENCE, D. H. Phoenix: the posthumous papers of D. H. Lawrence. London: William</p><p>Heinemann, 1936. Disponível em: <https://archive.org/details/in.ernet.dli.2015.77133>.</p><p>Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>SILVA, R. C. G. Pressupostos teóricos da estrutura saussuriana no discurso psicanalítico</p><p>lacaniano: linguagem e psicanálise. Revista Traduzir-se, v. 1, n. 1, p. 1-11, 2015. Disponível</p><p>em: <http://www.site.feuc.br/traduzirse/index.php/traduzirse/article/view/23>. Acesso</p><p>em 30 jul. 2018.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>EGGERT, P. C. S. Peirce, D. H. Lawrence, and Representation: artistic form and polarities.</p><p>DH Lawrence Review, v. 28, n. 1-2, p. 97-113, 1999. Disponível em: <http://dhlawrencere-</p><p>view.org/archive/v28/eggert2812.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>FERNANDES, B. R. R.; SILVA, C. A. V. The Rainbow e a tradução de D. H. Lawrence para as</p><p>telas. Revista FSA, v. 15, n. 2, mar./abr. 2018. Disponível em: <http://www4.fsanet.com.</p><p>br/revista/index.php/fsa/article/view/1503/1450>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>GONÇALVES, L. B. D. H. Lawrence, um classicista. Revista de Letras, v. 19, n. 1/2, p. 105-</p><p>107, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.periodicos.ufc.br/revletras/article/</p><p>viewFile/2101/1580>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>JUNQUEIRA, C. Ética e consciência moral: a teoria, a clínica e o outro. Impulso, v. 21, n.</p><p>52, p. 7-18. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.</p><p>php/impulso/article/view/428>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>LIBERTY LEISURE LIMITED. D. H. Lawrence Birthplace Museum: Virtural tour. 2018. Dis-</p><p>ponível em: <https://www.lleisure.co.uk/d-h-lawrence-birthplace-museum/visit-us/</p><p>virtual-tour/>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>LOSA, M. L. O romance familiar em Women in love. In: CUNHA, G. Estudos ingleses:</p><p>ensaios sobre língua, literatura e cultura. Lisboa: Minerva, 1998. p. 95-113. Disponível</p><p>em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/55496/2/margaridalosaro-</p><p>mance000125132.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>MOORE, J. A. Dark imagery in Women in Love. 1967. 88 f. Dissertation (Master of Arts) -</p><p>North Texas State University, Texas, 1967. Disponível em: <https://digital.library.unt.</p><p>edu/ark:/67531/metadc130806/>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>PIRES, R. M. S. S. O romance britânico do século XX. Itinerários: Revista de Literatura, n. 8, p. 199-</p><p>209, 1995. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/107385/</p><p>ISSN0103-815X-1995-8-199-209.pdf?sequence=1>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>SILVA, C. A. V. Lady Chatterley’s lover e a narrativa moderna inglesa em transmutação.</p><p>Cultura e Tradução, v. 2, n. 1, 2014. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/</p><p>index.php/ct/article/view/21050/11574>. Acesso em: 30 jul. 2018.</p><p>13D. H. Lawrence e a sociedade moderna</p><p>Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para</p><p>esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual</p><p>da Instituição, você encontra a obra na íntegra.</p><p>Dica do Professor</p><p>D. H. Lawrence é um escritor que habilmente entrelaça o pessoal e o histórico, tecendo narrativas</p><p>que não apenas contam histórias de personagens íntimos, mas também capturam o zeitgeist de uma</p><p>era tumultuada. As suas obras são permeadas por um profundo senso de lugar e tempo, com</p><p>eventos como a Primeira Guerra Mundial e as rápidas mudanças na Europa do início do século XX</p><p>servindo de pano de fundo para a evolução dramática de seus personagens.</p><p>As narrativas de D. H. Lawrence estão repletas de elementos históricos importantes para a</p><p>contextualização de sua obra. A Primeira Guerra Mundial e a modernização do continente europeu</p><p>afetam a constituição e a trajetória dos personagens do escritor. Esses eventos históricos não são</p><p>meros detalhes, mas forças ativas que moldam e desafiam a sociedade, influenciando diretamente a</p><p>vida e as relações humanas descritas em suas histórias.</p><p>Nesta Dica do Professor, aprofunde seu olhar sobre o romance O amante de Lady Chatterley, uma</p><p>das obras mais conhecidas de Lawrence, para explorar a complexa relação entre história e</p><p>literatura. Nesse romance, Lawrence examina como a vida moderna e os traumas da guerra</p><p>trouxeram incertezas não apenas à estrutura da sociedade inglesa como um todo, mas também</p><p>tiveram impacto desproporcional nas classes trabalhadoras.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7d39166ef6bc6f9576ed5863e47d75da</p><p>Exercícios</p><p>1) D. H. Lawrence, um escritor profundamente preocupado com a autenticidade da experiência</p><p>humana, explorou extensivamente o conceito de integridade em suas obras. Em um mundo</p><p>que ele percebia como cada vez mais despersonalizado e desumanizado pelas forças da</p><p>industrialização e do conflito global, Lawrence via a busca pela integridade como meio</p><p>essencial de resistência e afirmação da individualidade.</p><p>Sobre o conceito de integridade, segundo D. H. Lawrence, qual das alternativas traz uma</p><p>informação correta?</p><p>A) Está ligado aos estudos freudianos sobre histeria. Dessa forma, o indivíduo histérico seria um</p><p>ser íntegro, pois estaria aberto a revelar suas emoções.</p><p>B) O sujeito íntegro daria vazão às suas emoções, sem se importar com as consequências que</p><p>isso poderia ter para os que estavam a seu redor.</p><p>C) A relação entre corpo e mente formariam o homem íntegro. A valorização da saúde do corpo</p><p>é especialmente importante no pensamento de Lawrence.</p><p>D) O homem íntegro seria aquele que consegue controlar suas emoções de modo a alcançar o</p><p>equilíbrio psicológico.</p><p>E) A relação entre o corpo e a consciência constitui a integridade humana. Para Lawrence, a</p><p>liberdade quanto às pulsões e aos instintos estaria no cerne do equilíbrio dessa relação.</p><p>2) Além de romances, contos e poemas, D. H. Lawrence escreveu inúmeros ensaios e outras</p><p>obras não ficcionais, os quais constituem uma janela reveladora para o seu pensamento</p><p>literário e filosófico.</p><p>Nesses textos, Lawrence desenvolve sua visão do papel do escritor e da arte, bem como</p><p>suas crenças sobre a sociedade, a natureza humana e a relação do indivíduo com o mundo.</p><p>Esses escritos são fundamentais para entender o substrato ideológico que fundamenta suas</p><p>obras de ficção.</p><p>Assinale a alternativa correta que explica de que forma esses textos podem ajudar a</p><p>entender a concepção literária do escritor.</p><p>A) Em seus textos não ficcionais, Lawrence esclarece ou aprofunda conceitos e questões</p><p>presentes em sua obra literária, como a da naturalização da sexualidade.</p><p>B) Os ensaios de Lawrence são importantes para entender a concepção literária do autor, pois</p><p>foram publicados antes de seus romances, contos e poemas.</p><p>C) Como seu conteúdo está ligado aos estudos sociológicos sobre a modernidade, os ensaios de</p><p>Lawrence são, hoje, importante referência teórica nesse campo de pesquisa.</p><p>D) Como ensaísta, Lawrence se destacou por seu conteúdo teórico relacionado a Nietzsche, em</p><p>especial a questão da luta de classes.</p><p>E) A obra não ficcional de Lawrence se dedica principalmente à compreensão do mito da Fênix,</p><p>tema central de seu romance Women in love (1910).</p><p>3) D. H. Lawrence, cuja obra frequentemente examina a complexa interseção entre o instinto e</p><p>a sociedade, mergulhou nas teorias de Sigmund Freud para enriquecer sua crítica literária da</p><p>moralidade vigente e sua influência sobre a percepção e expressão do corpo e da</p><p>sexualidade.</p><p>Em uma época em que o puritanismo ainda exercia forte controle sobre os discursos</p><p>públicos e privados, Lawrence desafiou a repressão sexual e as convenções sociais por meio</p><p>de seus personagens, que muitas vezes lutavam para reconciliar seus desejos inatos com as</p><p>expectativas externas.</p><p>Influenciado pela teoria freudiana sobre a estrutura da personalidade, Lawrence faz uma</p><p>crítica à interferência da moralidade na relação com o corpo e a sexualidade. Com base</p><p>nesse contexto, assinale a alternativa correta, de acordo com a visão do escritor.</p><p>A) Representada pelo id, a moralidade seria um problema para o alcance da integridade do</p><p>indivíduo.</p><p>B) A inibição sexual, desenvolvida a partir do superego, seria</p><p>maléfica à constituição da</p><p>consciência do indivíduo, além de prejudicar sua relação com os outros.</p><p>C) A moralidade seria representada pelo superego e conteria os elementos responsáveis pela</p><p>libertação da mente e do corpo do indivíduo.</p><p>D) O ego seria o principal elemento responsável pela inibição sexual, afetando a relação do</p><p>homem com seu id.</p><p>E) Controlada pelo id, a inibição sexual seria um elemento de impedimento do alcance da</p><p>integridade do indivíduo.</p><p>4) No turbilhão da modernização que caracterizou a Europa do início do século XX, D. H.</p><p>Lawrence emergiu como um crítico feroz da mecanização da sociedade e, por extensão, do</p><p>corpo humano. Lawrence via na mecanização não apenas uma ameaça à saúde física, mas</p><p>também ao bem-estar emocional e à criatividade, o que, segundo ele, reduzia o indivíduo a</p><p>mera engrenagem na máquina industrial.</p><p>Essa visão crítica de Lawrence sobre a relação entre corpo e trabalho reflete um dos</p><p>principais debates da época: a busca por um equilíbrio entre o progresso tecnológico e a</p><p>preservação da integridade humana.</p><p>Nesse contexto de uma Europa moderna e industrializada, a mecanização do corpo, marcada</p><p>pela sua relação com o trabalho, é muito criticada por Lawrence. Sobre essa questão,</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>A) Transcendendo a questão social, o escritor leva essa discussão para o nível da sexualidade,</p><p>entendendo que a libertação social estaria ligada à libertação da mente e do corpo,</p><p>valorizando os instintos e as pulsões humanas.</p><p>B) A libertação do corpo do homem seria a base de sua integridade, enquanto que a libertação</p><p>da mulher estaria ligada à relação do seu corpo com os trabalhos domésticos.</p><p>C) A libertação do corpo do homem e da mulher estaria no mesmo nível, de acordo com o</p><p>pensamento de Lawrence. Entretanto, as questões do corpo deveriam tomar a atenção dos</p><p>indivíduos em detrimento das questões relativas à mente.</p><p>D) A modernidade era vista como a solução para os problemas relativos à mecanização do corpo,</p><p>pois a sociedade moderna inglesa pregava a liberdade sexual.</p><p>E) A domesticação do corpo estaria ligada à subserviência da mulher em relação ao homem, de</p><p>modo que Lawrence centrava suas ideias libertárias na figura da mulher.</p><p>D. H. Lawrence, um escritor profundamente simbólico e frequentemente associado ao</p><p>Renascimento e à transformação, via no mito da Fênix um poderoso emblema para suas</p><p>narrativas e personagens. A Fênix, uma criatura mítica que renasce das próprias cinzas,</p><p>simboliza a capacidade de renovação, um tema recorrente na obra de Lawrence.</p><p>O mito da Fênix era importante para Lawrence e pode ser entendido como elemento</p><p>simbólico em suas narrativas, assim como na representação de seus personagens.</p><p>5)</p><p>Tendo em vista o projeto estético e ideológico do escritor inglês, assinale a alternativa que</p><p>melhor representa o mito da Fênix.</p><p>A) O homem pode mergulhar no mundo de suas emoções ao ler um romance, sem deixar de lado</p><p>sua conexão com as obrigações do mundo real.</p><p>B) Ao explorar a sexualidade livremente, o indivíduo pode renascer para o corpo e, ao mesmo</p><p>tempo, apegar-se aos valores sociais, como forma de libertação da mente.</p><p>C) Libertando corpo e mente, o homem morre para suas prisões e renasce para uma vida de</p><p>liberdade, em busca de sua integridade.</p><p>D) A morte das prisões do corpo leva ao renascimento de uma mente livre de preocupações e de</p><p>sofrimentos.</p><p>E) O homem pode renascer por meio do desenvolvimento de sua consciência. O corpo deve</p><p>morrer para que a mente possa ser restaurada.</p><p>Na prática</p><p>A transição para o modernismo marcou um ponto de virada na literatura, caracterizado por uma</p><p>nova forma de abordar temas como amor, relações humanas e a experiência da vida moderna. Em</p><p>meio a esse cenário revolucionário, surge o romance Women in love de D. H. Lawrence, como um</p><p>marco literário que encapsula as tensões e os dilemas do início do século XX.</p><p>Esse romance não apenas reflete as mudanças sociais e culturais que estavam ocorrendo, mas</p><p>também se aprofunda nas dinâmicas psicológicas e emocionais de seus personagens, tornando-se</p><p>um estudo fundamental para aqueles interessados na intersecção entre a vida e a arte no</p><p>modernismo. Situado no pós-Primeira Guerra Mundial, Women in love explora a complexa rede de</p><p>relações entre um pequeno grupo de personagens, buscando significado e conexão em um mundo</p><p>cada vez mais industrializado.</p><p>A obra se destaca por sua narrativa densa e introspectiva, examinando os conflitos internos dos</p><p>personagens à luz das transformações sociais. Lawrence, conhecido por sua habilidade de capturar</p><p>a condição humana em palavras, usa a história para questionar e desafiar as percepções</p><p>estabelecidas de gênero, sexualidade e autoridade. A atenção meticulosa às motivações e aos</p><p>desejos dos personagens faz desse romance uma peça-chave para entender a literatura modernista</p><p>e a própria natureza das relações interpessoais.</p><p>Confira, Na Prática, uma análise dos detalhes que fazem de Women in love uma obra tão</p><p>emblemática do período modernista. Você vai explorar como Lawrence tece temas de amor e</p><p>conflito, e como esses se relacionam com o contexto histórico da Europa pós-guerra, desvelando as</p><p>camadas de significado por trás das interações dos personagens.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/a569ac27-5821-469e-8e40-65c3f9a35193/581e0b66-5d2d-4505-9e6f-e74e19612570.png</p><p>Saiba mais</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Ruína do corpo narrativo na obra derradeira de D. H. Lawrence</p><p>Neste artigo, você vai ter acesso a uma visão profunda sobre a obra de D. H. Lawrence, focando</p><p>sua representação da ruína e da morte. Explorando dois ensaios, um romance e um poema de</p><p>Lawrence, o texto analisa como a destruição e a decadência transcendem o mero temático para se</p><p>tornarem motores da narrativa.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>D. H. Lawrence documentary</p><p>D. H. Lawrence foi um escritor e poeta inglês cuja obra é uma profunda meditação sobre os efeitos</p><p>desumanizantes da modernidade e da industrialização. Conhecido por seu olhar penetrante sobre</p><p>temas como sexualidade, saúde emocional, vitalidade, espontaneidade e instinto, Lawrence nos</p><p>deixou romances emblemáticos como Filhos e amantes, O arco-íris, Mulheres apaixonadas e o</p><p>controverso O amante de Lady Chatterley. Neste vídeo, confira a biografia desse autor</p><p>extraordinário, explorando as nuances que fizeram de sua escrita uma das mais influentes do século</p><p>XX.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>“The Horse Dealer’s Daughter” e a Crítica ao Racionalismo, de</p><p>D. H. Lawrence, na tela: uma análise do social e do individual</p><p>Em The Horse Dealer’s Daughter (1918), D. H. Lawrence apresenta uma narrativa que se distancia</p><p>dos experimentos estruturais típicos de sua época, entregando uma história marcada por uma</p><p>abordagem mais tradicional. Neste estudo, explore a transposição dessa narrativa para o cinema</p><p>https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/42093/34493</p><p>https://www.youtube.com/embed/WPvBzTVErOo?si=sJ0_e2clYu_vsejl</p><p>pelo diretor e tradutor Robert Burgos, em 1983, e uma análise das técnicas de tradução adotadas</p><p>para capturar os controversos temas sociais e individuais do conto nas telas.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/195270/196231</p>

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