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<p>Gabriel Oliveira Ferreira - N°USP 15494879</p><p>Fichamento Detalhado do Capítulo 8 - "Limpando o Nome" do Livro "O Crisântemo e</p><p>a Espada" de Ruth Benedict</p><p>Referência Bibliográfica: Benedict, Ruth. O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura</p><p>Japonesa. Editora Perspectiva</p><p>Parte 1 – O Conceito de Giri e a Manutenção da Reputação (§§ 1-2)</p><p>a) A autora define que o giri ligado ao nome é o dever de manter a reputação limpa,</p><p>incluindo seguir as normas de etiqueta e remover estigmas, sem estar relacionado a</p><p>dívidas. (§§1)</p><p>b) Benedict explica que para os japonese não há distinção entre giri geral e o giri ligado</p><p>ao nome, considerando-os parte do mesmo dever moral. Observa também que não há a</p><p>divisão ocidental de gratidão e vingança. (§§2)</p><p>Parte 2 – O Giri Para os Japoneses e Para Outras Culturas. (§§3-4)</p><p>A) Relaciona o conceito de giri com valores históricos ocidentais, como a virtude da</p><p>renascença e os códigos de honra na Europa. (§§3)</p><p>B) Destaca que tanto no Japão quanto no Ocidente essas virtudes envolvem grandes</p><p>perdas materiais em troca de honra, contrastando com os EUA em que as disputas</p><p>geralmente visam vantagens materiais. (§§3)</p><p>C) Relaciona este aspecto da cultura japonesa com outras culturas asiáticas e conclui que</p><p>não se trata também de uma cultura asiática, já que para chineses e siameses este traço</p><p>cultural não está presente. (§§4)</p><p>Parte 3 – O Estoicismo e o Autocontrole no Giri Japonês. (§§5-6)</p><p>A) Explica que o giri ligado ao nome no Japão não envolve apenas a vingança, mas</p><p>também virtudes como o autocontrole e o estoicismo, fundamentais para a preservação</p><p>da honra, sendo necessário exercer o autocontrole principalmente em situações de dor</p><p>e perigo, como o parto para a mulher e durante desastres naturais. (§§5)</p><p>B) Assinala que o autocontrole tinha função social, exigindo dos samurais que</p><p>superassem dor física, e dos cidadãos comuns que suportassem agressões sem retaliar.</p><p>Para ilustrar trás exemplos de rigor estoicista entre os samurais. (§§5-6)</p><p>C) Exemplifica o caso do Conde Ksu, que mesmo em uma situação de extrema dor</p><p>manteve silêncio e compostura, sob ameaça do pai, demonstrando o autocontrole.</p><p>(§§6)</p><p>Parte 4 – O Giri e a Dignidade Ligada à Posição Social no Japão. (§§7-8)</p><p>a) Explica que o giri ligado ao nome exige viver conforme a própria posição social,</p><p>aceitando as leis que regulam a vida. (§§7)</p><p>b) Contrasta as diferenças de classe nos EUA, onde o amor-próprio está ligado a</p><p>elevação de classe social e a riqueza justifica a posse de melhores bens, com a cultura</p><p>japonesa, que vê ascensão social com suspeita e valoriza a manutenção das</p><p>convenções hierárquicas. (§§7)</p><p>c) Relaciona a visão de Tocqueville sobre a verdadeira dignidade como aceitação da</p><p>própria posição social, destacando que ele entenderia a postura japonesa de que as</p><p>diferenças de classes não são humilhantes por si mesmas. (§§7)</p><p>d) Argumenta que as diferentes culturas definem “dignidade” de formas distintas,</p><p>denunciando e criticando o etnocentrismo dos americanos que impõem o igualitarismo</p><p>ao Japão. (§§8)</p><p>Parte 5 – O Giri Ligado ao Nome e os Compromissos Profissionais no Japão. (§§9-12)</p><p>a) Descreve que o giri abrange compromissos financeiros e morais, como o pagamento</p><p>de dívidas, em que a falha pode resultar em suicídio para preservar a honra. Utiliza</p><p>como forma de exemplificar a relação entre o giri profissional e o nome exemplos</p><p>externos, como diretores de escolas que se suicidaram após incêndios que colocaram</p><p>em risco os retratos do imperador em sala, demonstrando a seriedade da obrigação</p><p>moral em situação de falha pública. (§§9-10)</p><p>b) Aponta que o giri ligado ao nome no contexto profissional exige que os indivíduos</p><p>mantenham uma imagem infalível, como professores que não admitem ignorância ou</p><p>homens de negócios que escondem suas falhas financeiras para proteger a reputação.</p><p>(§§11)</p><p>c) Compara as reações defensivas dos japoneses em relação às falhas profissionais com</p><p>as dos americanos, mostrando que, no Japão, admitir um erro pode ser motivo de</p><p>grande vergonha, enquanto nos EUA há flexibilidade na aceitação de falhas. (§§12)</p><p>Parte 6 – Sensibilidade ao Fracasso e Competições no Japão (§§ 13-16)</p><p>a) Descreve a sensibilidade ao fracasso e como a vergonha intensa no Japão leva a</p><p>desmotivação e melancolia. Os japoneses, ao enfrentarem derrotas em competições,</p><p>demonstram publicamente o sofrimento, o que contrasta com a reação dos americanos.</p><p>(§§ 13, 14)</p><p>b) Explica a abordagem japonesa para reduzir a competição direta em escolas e a</p><p>preocupação com o impacto emocional de derrotas. As escolas primárias minimizam</p><p>comparações e evitam situações competitivas diretas, levando a uma menor</p><p>competição ao longo da vida. (§§ 15, 16)</p><p>c) Analisa como a competição é minimizada nas relações sociais e familiares japonesas,</p><p>contrastando com o modelo americano onde a competição é uma parte significativa da</p><p>dinâmica familiar e social. (§ 16)</p><p>Parte 7 – Evitação de Confronto e Vergonha no Japão (§§ 17-19)</p><p>a) Explica o uso de intermediários para evitar confrontos diretos e situações de vergonha,</p><p>como em negociações e contratos, permitindo que as partes evitem lidar com o giri</p><p>diretamente. (§ 17)</p><p>b) Descreve práticas de etiqueta que minimizam situações constrangedoras, como trocar</p><p>de roupas para receber convidados, e técnicas para evitar a exposição direta de</p><p>intenções em arranjos de casamento. (§ 18)</p><p>c) Compara a abordagem japonesa de evitar o fracasso e a vergonha com outras culturas,</p><p>destacando a ênfase em minimizar a probabilidade de insultos. (§ 19)</p><p>Parte 8 – Insultos e Limitações das Ocasiões de Vergonha. (§§20-21)</p><p>a) Descreve o uso do insulto como incentivo à ação entre os povos horticultores da Nova</p><p>Guiné e Melanésia, observando que tais práticas incentivam vitalidade e competição</p><p>em festas, casamentos e guerras, mas não são vistas como corteses. (§ 20)</p><p>b) Explica a abordagem japonesa de evitar situações que exigem limpeza do nome,</p><p>enfatizando a polidez e o controle sobre o uso de insultos. Destacar que o Japão</p><p>valoriza a limitação das ocasiões de vergonha, diferindo das práticas mais combativas</p><p>de outras culturas, como as tribos da Nova Guiné. (§ 21)</p><p>Parte 9 – Sensibilidade ao Escárnio e Reação à Vingança (§§ 22-27)</p><p>a) Explica a sensibilidade japonesa ao escárnio, destacando que os comentários ligeiros,</p><p>muitas vezes desconsiderados pelos americanos, têm um impacto profundo no Japão.</p><p>Dessa forma, utiliza o exemplo de Yoshio Markino para ilustrar como ele reagiu ao</p><p>escárnio do missionário com uma determinação para limpar seu nome. (§§ 22-24)</p><p>b) Descreve a importância da vingança na tradição japonesa como resposta ao escárnio,</p><p>observando que é considerada uma forma de restaurar a honra e satisfazer o sentido de</p><p>justiça. Para isso ela incluí as opiniões de Inazo Nitobe e Yoshisaburo Okakura sobre</p><p>a necessidade de vingança para equilibrar o “sentido de justiça”. (§§ 25-27)</p><p>Parte 10 – Vingança, Desforra e Suas Transformações na Cultura Japonesa (§§ 28-31)</p><p>A) Relata como o giri, no Japão, vai além da lealdade, podendo justificar a vingança em</p><p>casos de insulto ou erro. Usa como exemplo a história de Nagoya Sanza, atacado após</p><p>identificar corretamente uma espada, e com o caso de um dependente de Ieyasu que,</p><p>após se sentir insultado, planejou incendiar Yedo para se vingar. (§§ 28-29)</p><p>B) Explica como a vingança, embora valorizada nas tradições japonesas, se tornou menos</p><p>comum na sociedade moderna, sendo substituída por reações defensivas ao insulto, e</p><p>como isso paralisa as energias das pessoas, tornando as represálias diretas raras. (§ 30)</p><p>C) Descreve a vulnerabilidade dos japoneses a fracassos e rejeições, que se manifesta em</p><p>tédio e melancolia, com forte introversão da agressão em contraste com a abordagem</p><p>ocidental. (§ 31)</p><p>Parte 11 – O Suicídio e Suas Transformações na Sociedade Japonesa (§§ 32-35)</p><p>a) Descreve como, no Japão moderno, o</p><p>suicídio é visto como um ato de honra e</p><p>reabilitação, diferente da perspectiva americana de desespero. Ele é utilizado para</p><p>cumprir o giri em casos de dívida ou desonra, transformando-se de uma obrigação</p><p>social em uma escolha pessoal. (§§ 32-33)</p><p>b) Explica que o suicídio de protesto, na era moderna, assume a forma de martírio ao</p><p>invés de chantagem. A modernização acentua a tendência à autoagressão, com muitos</p><p>intelectuais direcionando sua energia para objetivos nacionalistas para superar a</p><p>depressão e o tédio. (§§ 34-35)</p><p>Parte 12 – O Abatimento Pós-Guerra e a Reação dos Japoneses (§§ 36-41)</p><p>a) Descreve a lassitude como uma ameaça psíquica no Japão pós-guerra, destacando a</p><p>apatia e o desânimo após a derrota. Relata a aceitação pacífica da derrota e a</p><p>dificuldade em retomar a ordem nacional. (§§ 36-37)</p><p>b) Analisa a resposta dos japoneses à lassitude, mostrando como a busca por manter a</p><p>boa reputação leva a comportamentos dependentes e adiamentos, além do esforço</p><p>contínuo para superar a passividade e buscar novos objetivos. (§§ 38-40)</p><p>c) Compara a reação japonesa com a de outras nações, destacando a aceitação da derrota</p><p>e a falta de resistência subterrânea, e explica como a mudança de atitude reflete a</p><p>adaptação ao conceito de giri, mantendo a busca pela honra. (§§ 41)</p><p>Parte 13 – O Giri e as Reações Japonesas a Conflitos (§§ 42-45)</p><p>a) Relata a reação japonesa a ataques, como o bombardeio de Kagoshima e o ataque a</p><p>Choshu, mostrando a transformação da adversidade em amizade e aprendizado. (§§</p><p>42-43)</p><p>b) Explica a dualidade do giri: seu aspecto sombrio, que levou ao programa de guerra, e</p><p>seu aspecto luminoso, que permitiu a aceitação da rendição em 1945. (§§ 44)</p><p>c) Critica a interpretação ocidental do giri como bushido, destacando que bushido é uma</p><p>visão moderna e não reflete a complexidade do giri, que é uma obrigação presente em</p><p>todas as classes sociais. (§§ 45)</p>

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